Você está na página 1de 19

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS


DEPARTAMENTO DE FÍSICA
LABORATÓRIO DE FÍSICA GERAL I

PLANO INCLINADO

Acadêmico: Racine Souza Marder RA:120251


Turma: 31 Professor: Flávio F. Ivashita

Maringá – PR 18/10/2020
5. DESENVOLVIMENTO EXPERIMENTAL

5.4 Dados obtidos experimentalmente

Neste tipo de movimento, o móvel percorre uma trajetória em linha reta, cuja
velocidade varia linearmente com o tempo, portanto a aceleração será constante.

Tabela 1: Dados obtidos experimentalmente, de espaço percorrido por um móvel e seu referente
tempo em cada posição e o respectivo tempo médio (s).

5.5 Interpretação dos resultados

Com o registro de vários tempos, realizamos o cálculo do tempo médio e o desvio


padrão para minimizar o erro de flutuação, utilizando as seguintes equações:

Tempo médio
Fórmula 1

Onde:
ẋ: tempo médio.
X1 + X2 + ...+ Xn: soma das medidas do tempo.
n: número total de medidas realizadas.

1
Desvio padrão
Fórmula 2

Onde:
∑: símbolo de somatório. Indica que temos que somar todos os termos, desde a primeira posição
(i=1) até a posição n.
x: valor da posição no conjunto de dados do tempo.
ẋ: tempo médio dos tempos.
n: número total de medidas realizadas.

Com os dados da tabela 1 e utilizando as equações do tempo médio e desvio


padrão temos:

15 cm
Tempo médio
t = 0,809s

Desvio padrão

σt = 0,0122882057s

30cm
Tempo médio
t = 1,1706666667s

Desvio padrão

σt = 0,012509996s

40cm
Tempo médio
t = 1,3706666667s

2
Desvio padrão

σt = 0,0107935166s

45cm
Tempo médio
t = 1,457s

Desvio padrão

σt = 0,0122882057s

50 cm
Tempo médio
t = 1,5446666667s

Desvio padrão

σt = 0,0107935166s

60cm
Tempo médio
t = 1,6976666667s

Desvio padrão

σt = 0,0126688595s

70cm
Tempo médio
t = 1,8456666667s

Desvio padrão

σt = 0,0107935166s

3
Resultados apresentados na seguinte tabela

Tabela 2: Dados do espaço percorrido por um móvel e seu tempo médio(s).


S (cm) t (s)
0,00 ± 0,05 0,000 ± 0,001
15,00 ± 0,05 0,81 ± 0,01
30,00 ± 0,05 1,17 ± 0,01
40,00 ± 0,05 1,37 ± 0,01
45,00 ± 0,05 1,46 ± 0,01
50,00 ± 0,05 1,54 ± 0,01
60,00 ± 0,05 1,70 ± 0,01
70,00 ± 0,05 1,85 ± 0,01

Para colocar os valores no papel milimetrado calculamos o módulo de escala através


da seguinte equação

Fórmula 3
Módulo de escala = Intervalo disponível no papel milimetrado
———————————————————
Maior valor obtido experimentalmente

Utilizando os valores da tabela 2 calculamos

Módulo de escala do eixo das ordenadas (espaço)


Me(S) = 4 mm/cm

Módulo de escala do eixo das abscissas (tempo)


Me(t) ≅ 97 mm/s

Multiplicando os valores da Tabela 2 por seus respectivos módulos de escala, temos


uma nova tabela

4
Tabela 3: Valores de t e S com os respectivos módulos de escala.
S x Me(S) mm t x Me(t) mm
0,00 ± 0,2 0,000 ± 0,097
60,00 ± 0,2 78,57 ± 0,97
120,00 ± 0,2 113,49 ± 0,97
160,00 ± 0,2 132,89 ± 0,97
180,00 ± 0,2 141,62 ± 0,97
200,00 ± 0,2 149,38 ± 0,97
240,00 ± 0,2 164,90 ± 0,97
280,00 ± 0,2 179,45 ± 0,97

O papel milimetrado tendo sua incerteza de 0,5mm, todos dos valores menores
substituímos

Tabela 4: Valores de t e s com suas incertezas modificadas.


S x Me(S) mm t x Me(t) mm
0,00 ± 0,5 0,0 ± 0,5
60,00 ± 0,5 78,6 ± 1,0
120,00 ± 0,5 113,5 ± 1,0
160,00 ± 0,5 132,9 ± 1,0
180,00 ± 0,5 141,6 ± 1,0
200,00 ± 0,5 149,4 ± 1,0
240,00 ± 0,5 164,9 ± 1,0
280,00 ± 0,5 179,5 ± 1,0

Colocando os respectivos dados da Tabela 4 no papel milimetrado temos

5
Figura 1– Posicionamento dos pontos dos dados da Tabela 4 (com módulo de escala).
Os pares ordenados estão representados na ordem crescente.

6
Podemos perceber que os pontos médios parecem não se comportar de forma
linear. Sabendo disso fazemos a linearização que nada mais é que transformar um
gráfico não linear em um linear tendo duas formas de linearização: via papel
milimetrado e via papel dilog.

Linearização via papel dilog


No papel coloca-se diretamente os valores obtidos experimentalmente, sem o uso do
módulo de escala.

Para começar colocamos os valores da tabela 2 fazendo uma variação em potências


de 10, e assim temos uma nota tabela:
Log de 0 é dado como indefinido. Assim não utilizamos a primeira linha da tabela.

Tabela 5: Valores de S e t em potências de 10.

S (cm) t (s)
1,5. 101 8,1. 10−1
3,0. 101 1,2. 100
4,0. 101 1,4. 100
4,5. 101 1,5. 100
5,0. 101 1,6. 100
6,0. 101 1,7. 100
7,0. 101 1,9. 100

Para facilitar a leitura e aproveitar melhor a distribuição dos dados no papel dilog
dividimos a tabela 5 em grupos de espaço (S) e tempo (t).
Grupo (S)
1º = 101

Grupos (t)
1º = 10−1
2º = 100

Colocando os respectivos dados da tabela 5 no papel dilog temos:


7
Figura 2– Posicionamento dos pontos da Tabela 5 no papel dilog. Os pares ordenados estão
representados na ordem crescente.

8
Considerando a figura 2 espaço x tempo. Temos que a relação entre estas duas
variáveis é dada por:
S ∝ 𝑡 𝑛 ⇒ S = C. 𝑡 𝑛
Onde:
∝ = proporcional.
S = espaço.
T = tempo.
C = coeficiente linear.
N = coeficiente angular.

Aplicando log em ambos os lados ficamos com a seguinte equação da reta:


log S= log C + n log t

Temos que
Fórmula 4
S = C.tn

O coeficiente angular pode ser obtido medindo diretamente as variações ∆S e ∆T


com uma régua e dividindo um valor pelo outro
Fórmula 5
n = ΔS
——
ΔT
Onde:
ΔS = variação do espaço = log10 S final – log10 S inicial
ΔT = variação do tempo = log10 T final – log10 T inicial

Só é possível porque ambos os eixos estão em escala logarítmica.

Calculando ficamos com n ≅ 2

O coeficiente linear pode ser obtido quando o valor do tempo é igual à 1

Pelo fato de:


Log10 x = 0 10log10x = 100 = 1

9
Quando t = 1
Log10 S = log10 C
10log10S = 10log10C

Temos que:
S=C

Para saber o valor de C, observa-se na figura 2, em t = 1s quanto vale S, que será o


valor de C

Ficamos com C = 2,15

Substituindo os valores na fórmula 4 ficamos com:


S = 2,15.t2

Sabendo disso fazemos a linearização via papel milimetrado, para ter maior precisão
quando traçar a reta.

Tendo a equação da reta fazemos uma substituição de variável do tempo de t para t2


Fórmula 6
S(t2) = a + b.(t2)
Onde:
a = coeficiente angular.
b = coeficiente linear.

Usando a tabela 2 e substituindo a variável temos:

10
Tabela 6: Dados do espaço percorrido por um móvel e com os dados dos tempos elevados ao
quadrado.
S (cm) t2 (s2)
0,00 ± 0,05 0,00 ± 0,001
15,00 ± 0,05 0,66 ± 0,01
30,00 ± 0,05 1,37 ± 0,01
40,00 ± 0,05 1,88 ± 0,01
45,00 ± 0,05 2,13 ± 0,01
50,00 ± 0,05 2,37 ± 0,01
60,00 ± 0,05 2,89 ± 0,01
70,00 ± 0,05 3,42 ± 0,01

Agora calculamos as incertezas de t2 utilizando o método de propagação de erro

Usando a seguinte equação


Fórmula 7
2σt
σt2 = t2( )
𝑡
Onde:
σt2 = incerteza do tempo ao quadrado.
t2 = tempo elevado ao quadrado.
σt = incerteza do tempo.
t = tempo.
Valores de σt e t encontramos na tabela 2.

Resultados apresentados na seguinte tabela

11
Tabela 7: Dados do espaço percorrido por um móvel e com os dados dos tempos elevados ao
quadrado e seus respectivos desvios.

S(cm) t2 (s2)
0,00 ± 0,05 0,00 ± 0,00
15,00 ± 0,05 0,66 ± 0,02
30,00 ± 0,05 1,37 ± 0,02
40,00 ± 0,05 1,88 ± 0,03
45,00 ± 0,05 2,13 ± 0,03
50,00 ± 0,05 2,37 ± 0,03
60,00 ± 0,05 2,89 ± 0,03
70,00 ± 0,05 3,42 ± 0,04

Para colocar esses valores no papel milimetrado temos que calcular o módulo de
escala utilizando a fórmula 3.
Me(S) = 4 mm/cm
Me(t2) ≅ 52 mm/s2

Multiplicando os valores da tabela 7 por seus respectivos módulos de escala, temos


uma nova tabela:

Tabela 8: Dados do espaço percorrido por um móvel e com os dados dos tempos elevados ao
quadrado e seus respectivos desvios, com seus módulos de escala.

S x Me (S) mm t2 x Me(t2) mm
0,00 ± 0,2 0,0 ± 0,0
60,00 ± 0,2 34,3 ± 1,0
120,00 ± 0,2 71,2 ± 1,0
160,00 ± 0,2 97,8 ± 1,6
180,00 ± 0,2 110,8 ± 1,6
200,00 ± 0,2 123,2 ± 1,6
240,00 ± 0,2 150,3 ± 1,6
280,00 ± 0,2 177,8 ± 2,1

12
O papel milimetrado tendo sua incerteza 0,5mm, todos dos valores menores
substituímos

Tabela 9: Valores de S e t2 com suas incertezas modificadas.


S x Me (S) mm t2 x Me(t2) mm
0,00 ± 0,5 0,0 ± 0,5
60,00 ± 0,5 34,3 ± 1,0
120,00 ± 0,5 71,2 ± 1,0
160,00 ± 0,5 97,8 ± 1,6
180,00 ± 0,5 110,8 ± 1,6
200,00 ± 0,5 123,2 ± 1,6
240,00 ± 0,5 150,3 ± 1,6
280,00 ± 0,5 177,8 ± 2,1

Colocando os dados da Tabela 9 no papel milimetrado temos:

13
Figura 3 – Posicionamento dos pontos dos dados da Tabela 9 (com módulo de escala).
Os pares ordenados estão representados na ordem crescente.
14
Próximo passo é identificar a reta na figura 3. Para isso, utilizamos o método dos
mínimos quadrados, realizando ajustes e por estes pontos traçaremos a reta.

Considerando a fórmula 6
O coeficiente linear (a) é dado por:
Fórmula 8
a = ∑S ∑t2 - ∑t ∑St
————————
n ∑t2 - (∑t)2

O coeficiente angular (b) dado por:


Fórmula 9
b = n ∑St - ∑t ∑S
———————
n ∑t2 - (∑t)2
Onde:
∑S = somatório dos valores do espaço.
∑t2 = somatório dos valores dos tempos elevados ao quadrado.
∑t = somatório dos valores do tempo.
∑St = somatório dos valores de espaço x tempo.
(∑t)2 = o quadrado do somatório dos valores do tempo.
n = número de medidas inclusive o zero.

Calculando ficamos com a = 1,2 e b = 20,39

Substituindo temos:
S = 1,2+ 20,39t2

Calculado os valores de a e b, agora vamos obter os valores para ajustar a


reta. Para isso, utilizando os dados da tabela 6, substituímos os valores de tempo
em t2 na equação e assim teremos os valores de S.

Resultados apresentados na seguinte tabela

15
Tabela 10: Dados para o espaço obtido por meio da equação S=1,2 + 20,39t2 para os tempos médios
obtidos experimentalmente.

t2(s2) S (cm)
0,00 1,2
0,66 14,6
1,37 29,1
1,88 39,5
2,13 44,6
2,40 49,5
2,89 60,1
3,42 70,9

Próximo passo é novamente multiplicar os valores da tabela 10 por seus respectivos


módulos escalares. Já obtidos anteriormente a partir da fórmula 3.
Me(S) = 4 mm/cm
Me(t2) ≅ 52 mm/s2

Tabela 11: Valores de S e t2 com os respectivos módulos de escala.


t2 (s2) S (cm)
0,0 4,8
34,3 58,4
71,2 116,4
97,8 158,0
110,8 178,4
124,8 198,0
150,3 240,4
177,8 283,6

Colocando os pontos da tabela 11 no papel milimetrado temos:

16
Figura 4: Posição S (cm) versus tempo t2 (s2), confeccionado com os dados da Tabela 11, por meio
da equação S= 1,2 + 20,39t2.

17
Figura 5: Posição S (cm) versus tempo t2 (s2), confeccionado com os dados da Tabela 11, com suas
respectivas incertezas.

18

Você também pode gostar