INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO CIÊNCIA E

TECNOLOGIA DO NORTE DE MINAS GERAIS

CAMPUS JANUÁRIA

GABRIEL SANTOS LIMA

RELATÓRIO MOVIMENTO CIRCULAR UNIFORMEMENTE

VARIADO

ESTUDO DO MOVIMENTO CIRCULAR UNIFORMEMENTE

VARIADO

JANUÁRIA – MG

2022
 GABRIEL SANTOS LIMA

RELATÓRIO DA AULA PRÁTICA

Física experimental I

Aula ocorrida no laboratório, diante à

disciplina de Física experimental I com
orientação do professor Mário da
Silva Araújo.

JANÚARIA – MG

2022
Sumário
Resumo: ...................................................................................................................... 4
Objetivos: .................................................................................................................... 4
Fundamentação teórica: Movimento circular uniforme ................................................ 4
Materiais utilizados: ..................................................................................................... 5
Procedimento experimental: ........................................................................................ 6
Regressão Linear: ....................................................................................................... 7
Conclusão: ................................................................................................................ 11
Bibliografia:................................................................................................................ 12
Resumo:

No dia 4 de agosto de 2022, foi apresentado aos alunos da disciplina de física

experimental I um experimento baseado no movimento circular uniformemente
variado, com o propósito de verificar que o deslocamento angular é proporcional ao
quadrado do intervalo de tempo no movimento circular uniformemente variado com a
utilização de uma plataforma giratória. Este experimento foi realizado em laboratório
com a orientação do professor Mário Araújo. A utilização de alguns equipamentos foi
essencial para constatar que o deslocamento angular é proporcional ao quadrado do
intervalo de tempo.

Objetivos:

▪ Realizar medidas com o auxílio de instrumentos digitais;

▪ Coletar dados e tratar de forma sistemática;
▪ Utilização do princípio de regressão linear e interpretar os resultados obtidos;
▪ Constatar que o deslocamento angular é proporcional ao quadrado do intervalo
de tempo no movimento circular uniforme.

Fundamentação teórica: Movimento circular uniforme

Quando uma partícula se movimenta em uma velocidade angular variável em

uma trajetória circular com um raio constate, este tipo de movimento pode ser
denominado movimento circular uniformemente variável (MCUV). Distinto do
movimento circular uniforme, além do MCUV possuir uma aceleração centrípeta, esse
movimento também possui uma aceleração angular que é responsável por uma
variação na velocidade em que o ângulo é percorrido. Se uma serra de disco é capaz
de alterar sua velocidade de rotação de forma constante, o movimento que esta serra
está desenvolvendo é o movimento circular uniformemente variado.
 A seguir, acompanhe a equação para o cálculo do movimento circular uniforme:

1
𝜃 = 𝜃0 + 𝑤0𝑡 + 𝛼𝑡²
2

𝜃 = Espaço angular final

𝜃0 = Espaço angular inicial

𝑤 = Velocidade angular

α = Aceleração angular

t = Período de tempo

Materiais utilizados:

Nesse experimento, com o propósito de verificar que o deslocamento angular

é proporcional ao intervalo de tempo no movimento circular uniforme, utilizamos os
seguintes materiais:

▪ Suporte tripé,
▪ Massa de 104,04g
▪ 1 roldana raiada com haste para fixação;
▪ Conjunto de polias com rolamento;
▪ Plataforma giratória;
▪ Fio inextensível;
▪ Balança digital;
▪ Cronômetro digital.

Itens complementares também utilizados:

▪ Calculadora científica;
▪ Software Excel.
Procedimento experimental:

O experimento foi montado de acordo a figura 1. Após montado, foi ajustado a

roldana com a polia da plataforma giratória, para que assim, o fio possa desenrolar
sem que saia das guias. Após este ajuste, foi colocado uma massa de 104,04g
pendurada no fio de modo que essa massa consiga “cair” desenrolando o fio vinculado
ao sistema.

Com a utilização de um cronômetro, foi medido o intervalo de tempo necessário

para que a plataforma possa completar 1, 2, 3, 4, 5 voltas. Com o intuito de minimizar
os erros de medições, os discentes foram orientados pelo professor Mário Araújo a
realizar três medições.

Figura 1: EXPERIMENTO MONTADO

Após coletarmos as três medições em experimento, preenchemos a tabela 1

diante aos resultados obtidos.
Medida (N) t1 (s) t2 (s) t3 (s) Média Voltas
1 3,23 3,16 3,08 3,157 1
2 4,41 4,53 4,61 4,517 2
3 5,78 5,65 5,68 5,703 3
4 6,66 6,5 6,48 6,547 4
5 7,48 7,2 7,78 7,387 5
TABELA 1: RESULTADOS OBTIDOS NAS MEDIÇÕES
 Preenchendo a tabela 2 diante aos resultados obtidos na tabela 1.
Medida (N) t (s) Voltas t² (s) = x θ= Y (rad.) X*Y X² Y²
1 3,157 1 9,967 2π 62,624 99,334 39,478
2 4,517 2 20,403 4π 256,391 416,294 157,913
3 5,703 3 32,524 6π 613,062 1057,824 355,305
4 6,547 4 42,863 8π 1077,264 1837,255 631,654
5 7,387 5 54,568 10π 1714,304 2977,641 986,960
Média 5,4622 ~~ 32,065 6π 744,729 1277,670 434,262
Soma 27,311 ~~ 160,325 30π 3723,645 6388,349 2171,310
TABELA 2: RESULTADOS DIANTE A TABELA 1.

Regressão Linear:
Após realizarmos o experimento e preenchermos a tabela 1 e 2 diante aos
resultados obtidos, iremos agora, efetuar os cálculos necessários utilizando os
princípios de regressão linear e posteriormente encontrarmos a constante elástica da
mola utilizada no experimento.

Modelo: Y = AX + B
• Coeficiente angular:

3.723,645 − 5(32,065 × 6π)

𝐴=
6.388,349 − 5 × (32,065)²

701,5899
𝐴=
1.247,527

𝐀 = 𝟎, 𝟓𝟔
• Coeficiente linear:
̅ − AX
B=Y ̅

B = 6π − 0,56 × (32,065)
𝐁 = 𝟎, 𝟗
• Cálculo das incertezas:
Medida (N) X= t (s) θ= Y (rad.) (Y - B - AX) ²
1 9,967 2π 0,0394102
2 20,403 4π 0,0577537
3 32,524 6π 0,0699285
4 42,863 8π 0,0523128
5 54,568 10π 0,0018559
Soma 160,33 30π 0,2212611
TABELA 3: CÁLCULO DAS INCERTEZAS

• Incerteza em Y:

1
σy = √ (0,2212)
5−2

𝛔𝐲 = 𝟎, 𝟑

• Incerteza em A:

5
σa = 0,3√
5 × (6388,349) − (160,325)²

σa = 0,3 × 0,02831

𝛔𝐚 = 𝟎, 𝟎𝟖
 • Incerteza em B:

6388,349
σb = 0,3√
5 × (6388,349) − (160,325)²

σb = 0,3 × 1,012

𝛔𝐛 = 𝟎, 𝟑

• Cálculo do coeficiente de determinação ou de ajustamento:

𝑁 × (∑ 𝑋𝑌) − ∑ 𝑋 ∑ 𝑌
r2 =
√𝑁 ∑ 𝑋 2 − (∑ 𝑋)² × √√𝑁 ∑ 𝑌 2 − (∑ 𝑌)²

5 × (3723,645) − 160,325 × 94,245

r2 =
√5 × (6388,349) − (160,325)² × √5 × (2171,310) − (94,245)²

18.618,22 − 15.109,829
r2 =
78,978 × 44,4283

3.508,391
r2 =
3.508,858

𝐫 𝟐 = 𝟎. 𝟗𝟗𝟗

Portanto, os resultados obtidos na regressão linear são A= 0,56; B= 0,9; r²=

0,999. Diante aos coeficientes angular e linear e os valores das incertezas
encontrados acima podemos determinar nossa equação linear que melhor define o
movimento circular uniformemente variado:
 𝑌 = 𝐴𝑋 + 𝐵

𝒀 = 𝟎, 𝟓𝟔𝑿 + 𝟎, 𝟗

𝐴 = 0,56 ± 0,08

𝐵 = 0,9 ± 0,3

• Gráfico de θ versus t

Gráfico de θ versus t
35

30

25
Y= θ (rad)

20

15

10

0
0 1 2 3 4 5 6 7 8
X= t (s)

Diante ao gráfico acima, pode-se concluir que o mesmo tem características de

valores diretamente proporcionais. À medida que o θ aumenta, consequentemente o
X também cresce. Uma outra peculiaridade do gráfico é que ele tem um
comportamento análogo a uma equação linear crescente.

Perante os resultados obtidos na regressão linear, podemos compreender que

o A= 0,56 é o coeficiente angular (responsável pela inclinação da reta) e o B= 0,9 é o
coeficiente linear (onde a reta corta o eixo y) da equação linear encontrada. O
coeficiente de determinação ou de ajustamento r²= 0,999 indicia que os resultados
encontrados na tabela 2 tem uma forte correlação com a equação linear encontrada
através da regressão linear.
Conclusão:

Portanto, diante ao experimento executado na aula pratica de física

experimental 1, observou-se que é possível determinar a equação que relaciona o
movimento circular uniformemente variado de uma partícula utilizando os princípios
da regressão linear juntamente com o cálculo das incertezas.

𝒀 = 𝑨𝑿 + 𝑩

𝑨 = 𝟎, 𝟓𝟔

𝑩 = 𝟎, 𝟏𝟐

𝟏
𝜽 = 𝜽𝟎 + 𝒘𝟎𝒕 + 𝜶𝒕²
𝟐

𝜽𝟎 = 𝟎

𝒘𝟎 = 𝟎

∴
𝜶= 𝑨

𝒓𝒂𝒅
𝜶 = 𝟎, 𝟓𝟔 ± 𝟎, 𝟎𝟖
𝒔²

𝒓𝒂𝒅
𝜶 = 𝒂𝒄𝒆𝒍𝒆𝒓𝒂çã𝒐 𝒂𝒏𝒈𝒖𝒍𝒂𝒓
𝒔²

Através da regressão linear e do cálculo das incertezas, podemos verificar

experimentalmente que o deslocamento angular é proporcional ao quadrado do
intervalo de tempo no movimento circular uniformemente variado.

De acordo com os cálculos efetuados acima, encontrou-se a aceleração

angular do sistema 𝜶 = 𝑨 = 𝟎, 𝟓𝟔 . Portando, podemos afirmar que sim, o
deslocamento angular é proporcional ao quadrado do intervalo de tempo no
movimento circular uniformemente variado. Sendo assim, a execução deste
experimento foi de suma importância para compreendermos o movimento circular
uniformemente variado e suas diversas aplicações.
Bibliografia:

HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J.; Fundamentos de Física I: Mecânica. Rio
de Janeiro: LTC, 1996. 1º v.

BONJORNO, J. R., BONJORNO, R. A., BONJORNO, V., RAMOS, C. M. Física

Fundamental. Volume Único. São Paulo. Ed. FTD. 1999.

RAMALHO, F. J.; FERRARO, N. G.; SOARES, P. A. T. Os Fundamentos da Física.

São Paulo: Moderna, pp.1-300,2003