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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO CIÊNCIA E

TECNOLOGIA DO NORTE DE MINAS GERAIS

CAMPUS JANUÁRIA

GABRIEL SANTOS LIMA

RELATÓRIO: PÊNDULO SIMPLES

MEDIÇÃO DA GRAVIDADE NO MUNICÍPIO DE JANUÁRIA

JANUÁRIA – MG

2022
GABRIEL SANTOS LIMA

RELATÓRIO DA AULA PRÁTICA

Física experimental I

Aula ocorrida no laboratório, diante à


disciplina de Física experimental I com
orientação da professor Mário da
Silva Araújo.

JANÚARIA – MG

2022
Sumário
Resumo: ...................................................................................................................... 4
Objetivos: .................................................................................................................... 4
Fundamentação teórica: Pêndulo Simples .................................................................. 4
Materiais utilizados: ..................................................................................................... 6
Procedimento experimental: ........................................................................................ 6
Regressão Linear: ....................................................................................................... 8
Conclusão: ................................................................................................................ 10
Bibliografia................................................................................................................. 12
Resumo:

No dia 14 de julho de 2022, foi apresentado aos discentes da disciplina de física


experimental I um experimento baseado no pêndulo simples, com o propósito de medir
a gravidade no Município de Januária. Este experimento foi realizado em laboratório
com a orientação do professor Mário Araújo. A utilização de alguns instrumentos foi
essencial para a obtenção da gravidade local.

Objetivos:

▪ Medir a gravidade do Município de Januária, local este com coordenadas


geográficas (-15.487778, -44.361944) com altitude de (554 m);
▪ Coletar dados e tratar de forma sistemática;
▪ Organizar dados de acordo com a teoria, de forma a possibilitar a linearização
de curvas;
▪ Utilização do princípio de regressão linear e interpretar os resultados obtidos;
▪ Determinar a gravidade local utilizando os resultados do experimento.

Fundamentação teórica: Pêndulo Simples

A construção de um pêndulo simples é bastante elementar. Basicamente, o


sistema é composto por um fio com características inextensíveis, fixo a um suporte e
com uma determinada massa (com dimensões desprezíveis) presa na outra
extremidade, podendo se movimentar livremente.

Quando o sistema do Pêndulo Simples está em repouso, o mesmo permanece


em uma posição fixa até que a massa presa na extremidade é deslocada em
determinada posição, e assim, surge uma oscilação em torno do ponto de equilíbrio
do sistema. Este movimento pendular acontece com a mesma velocidade e
aceleração à medida que a massa fixada na extremidade passa pelas diversas
posições na trajetória que a mesma realiza.
O primeiro a verificar e observar a periodicidade dos movimentos pendulares
foi Galileu Galilei (físico, matemático e astrônomo). Após essa observação, Galileu
propôs a teoria das oscilações do pêndulo.

O movimento que o Pêndulo Simples descreve é o movimento harmônico


simples (a aceleração e a força resultante são proporcionais e opostas ao
deslocamento). O período deste movimento é classificado como periódico, pois se
repete nos mesmos intervalos de tempo e pode ser calculado pela seguinte equação:

T: Período (s)

L: Comprimento do fio (m)

g: Aceleração da gravidade (m/s²)

A força restauradora é diretamente responsável em trazer o pêndulo em


movimento para a sua posição de equilíbrio. Isto ocorre porque a gravidade o direciona
para o ponto mais baixo. A força restauradora pode ser encontrada pela seguinte
equação:

Fx= -K.X

Fx: Força restauradora (N)

K: Constante de proporcionalidade (m.g/L)

X: Deslocamento da posição de equilíbrio (m)


Materiais utilizados:

Nesse experimento, com o propósito de encontrar a constante elástica de uma mola,


utilizamos os seguintes materiais:

▪ Suporte para fixar o fio;


▪ Trena com graduação milimetrada;
▪ Fio inextensível;
▪ Cilindro com ganchos (Utilizado como massa, fixado na extremidade do fio);
▪ Balança digital com precisão de 0,01g;
▪ Cronometro.

Itens complementares também utilizados:

▪ Calculadora científica;
▪ Software Excel.

Procedimento experimental:

O experimento foi elaborado de acordo a figura 1. Primeiramente, fixamos o


fio a um suporte. Em seguida, prendemos o cilindro com ganchos de massa 49,60g
na outra extremidade do fio. Logo após, medimos o comprimento L do fio utilizando
uma trena. É importante ressaltar que o comprimento L deve ser medido do ponto
fixo do fio até o centro de massa do cilindro com ganchos. Nesse experimento,
iremos utilizar cinco valores diferentes de L.

Figura 1: Representação Pêndulo Simples


Posteriormente, colocamos o pêndulo para oscilar e com o auxílio de um
cronômetro medimos o período de oscilação. Com o intuito de minimizar os erros,
contamos 10 oscilações completas e logo após, dividimos o tempo de 10 oscilações
por 10. E assim, conseguimos encontrar o tempo de cada oscilação diante a cinco
diferentes comprimentos do fio.

O experimento foi montado de acordo a figura 2.

Figura 2: Medindo o comprimento do fio do ponto fixo até o centro de massa do cilindro

Após coletarmos os cincos diferentes comprimentos do fio e os seus


respectivos períodos, preenchemos a tabela 1 diante aos resultados obtidos no
experimento.

Medida (N) X = L (m) T (s) Y = T² (s) X*Y X² Y²


1 0,51 1,41 1,988 1,014 0,260 3,953
2 1,01 1,99 3,960 4,000 1,020 15,682
3 1,12 2,13 4,537 5,081 1,254 20,583
4 1,41 2,42 5,856 8,258 1,988 34,297
5 1,93 2,81 7,896 15,239 3,725 62,348
Média 1,196 2,152 4,848 6,718 1,650 27,373
Soma 5,980 10,760 24,238 33,592 8,25 136,86
TABELA 1: RESULTADOS OBTIDOS NO EXPERIMENTO PÊNDULO SIMPLES
Regressão Linear:
Após realizarmos o experimento e preenchermos a tabela 1 diante aos
resultados obtido, iremos agora, efetuar os cálculos necessários utilizando os
princípios de regressão linear e posteriormente encontrarmos a gravidade no
Município de Januária.

Modelo: Y = AX + B
• Coeficiente angular:

33,592 − 5(1,196 × 4,848)


𝐴=
8,25 − 5 × (1,196)²

4,60
𝐴=
1,097

𝐀 = 𝟒, 𝟏𝟗𝟑

• Coeficiente linear:
B=̅ ̅
Y − AX
B = 4,848 − 4,193 × (1,196)
𝐁 = −𝟎, 𝟏𝟔𝟔
• Cálculo das incertezas:
Medida (N) X = L (m) Y = T² (s) (Y - B - AX) ²
1 0,51 1,988 0,0002424
2 1,01 3,960 0,0118657
3 1,12 4,537 0,0000468
4 1,41 5,856 0,0120714
5 1,93 7,896 0,0009296
Soma 5,980 24,237 0,0251560
TABELA 2: CÁLCULO DAS INCERTEZAS
Incerteza em y:

1
σy = √ (0,02515)
5−2

𝛔𝐲 = 𝟎, 𝟎𝟗

Incerteza em A:

5
σa = 0,09√
5 × (8,25) − (5,980)²

σa = 0,09 × 0,95

𝛔𝐚 = 𝟎, 𝟖

Incerteza em B:

8,25
σb = 0,09√
5 × (8,25) − (5,980)²

σb = 0,09 × 1,22

𝛔𝐛 = 𝟎, 𝟏
• Cálculo do coeficiente de determinação ou de ajustamento:

𝑁 × (∑ 𝑋𝑌) − ∑ 𝑋 ∑ 𝑌
r2 =
√𝑁 ∑ 𝑋 2 − (∑ 𝑋)² × √𝑁 ∑ 𝑌 2 − (∑ 𝑌)²
5 × (33,592) − 5,980 × 24,238
r2 =
√5 × (8,25) − (5,980)² × √5 × 136,86 − (24,238)²

167,96 − 144,943
r2 =
2,342 × 9,839
23,017
r2 =
23,0429
𝐫 𝟐 = 0,998

Portanto, os resultados obtidos na regressão linear são A= 4,193; B= -0,166;


r²= 0,998. Diante aos coeficientes angular e linear e os valores das incertezas
encontrados acima podemos determinar nossa equação linear:

𝑌 = 𝐴𝑋 + 𝐵

𝒀 = 𝟒, 𝟏𝟗𝟑𝑿 − 𝟎, 𝟏𝟔𝟔

𝐴 = 4,2 ± 0.8

𝐵 = − 0,2 ± 0.1

Perante os resultados obtidos na regressão linear, podemos compreender que


o A= 4,193 é o coeficiente angular (responsável pela inclinação da reta) e o B= -0,166
é o coeficiente linear (onde a reta corta o eixo y) da equação linear encontrada. O
coeficiente de correlação r²= 0,998 indicia que os resultados na regressão linear têm
uma forte correlação com a equação linear encontrada através da regressão linear.

Conclusão:

Portanto, diante ao experimento executado na aula prática de física


experimental 1, observou-se que é possível determinar a gravidade local do Município
de Januária utilizando os princípios do Pêndulo simples juntamente com a regressão
linear e com o cálculo das incertezas.

4π²
T2 = ×L
g
Y = AX + B

Y = 4,2X

4π²
A = 4,2 =
g

4π²
g=
4,2

39,478
g=
4,2

𝐠 = 𝟗, 𝟒 𝐦/𝐬²

Em 20/11/2020 a Universidade Federal de Uberlândia (UFU) mediu a


aceleração gravitacional em Januária-MG e obteve o seguinte resultado:

𝐠 = 𝟗, 𝟕𝟖 𝐦/𝐬²

Este valor da aceleração gravitacional encontrado pela UFU é bastante próximo


ao valor encontrado por nós em experimento no laboratório. Diante a estes dois
valores de aceleração gravitacional encontrados, podemos encontrar o erro diante da
gravidade encontrada em laboratório comparada a gravidade encontrada pela UFU.

| 𝑔𝐿𝑎𝑏𝑜𝑟𝑎𝑡ó𝑟𝑖𝑜 − 𝑔𝑈𝐹𝑈 |
𝑒= × 100%
𝑔𝑈𝐹𝑈

| 9,4 − 9,78 |
𝑒= × 100%
9,78

0,38
𝑒= × 100%
9,78

𝐞 = 𝟑, 𝟖𝟖 %

O erro encontrado acima é considerado baixo. Como discente e


experimentador, fiquei bastante impressionado com a precisão da aceleração
gravitacional encontrada em laboratório utilizando apenas materiais singelos.

Sendo assim, a execução deste experimento foi de suma importância para


compreendermos os princípios do pêndulo simples e suas diversas aplicações.
Bibliografia

HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J.; Fundamentos de Física I: Mecânica. Rio
de Janeiro: LTC, 1996. 1º v.

RAMALHO, F. J.; FERRARO, N. G.; SOARES, P. A. T. Os Fundamentos da Física.


São Paulo: Moderna, pp.1-300,2003

Disponível em > https://comunica.ufu.br/noticia/2021/01/ufu-instala-estacoes-


gravimetricas-em-minas-gerais< Acesso em 06/08/2022 as 17h51mim

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