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Cláudia Almeida 94445 | Pedro Neves 84605

Trabalho Prático 4
Apresentação e Análise de Resultados
Calibração da sonda de efeito de Hall:
Primeiramente montou-se o circuito da Figura 1 usando o
solenoide-padrão. Introduziu-se a sonda no solenoide tentando
colocá-la num ponto que minimizasse o erro associado e anulou-
se a tensão residual para que 𝑉𝐻 fosse nulo na ausência de campo
magnético.

Figura 1 - Circuito montado


Registou-se a tensão 𝑉𝐻 para vários valores do campo magnético
fazendo variar a corrente 𝐼𝑆 , que percorre o solenoide:
Medições
𝐼𝑆 (A) ± 0.001 1.021 0.870 0.747 0.659 0.589 0.462 0.345
𝑉𝐻 (mV) ± 0.1 161.1 137.0 117.4 103.2 92.1 71.7 52.9

𝑁
Partindo das equações 𝐵 = 𝜇0 × × 𝐼 e 𝑉𝐻 = 𝐾 × 𝐵 , chegamos á relação:
𝐿

𝑉𝐻 𝑁 𝑁
= 𝜇0 × × 𝐼 ↔ 𝑉𝐻 = 𝐾 × 𝜇0 × × 𝐼𝑆
𝐾 𝐿 𝐿
𝑁
Linearizando, temos que: 𝑉𝐻 = 𝑦, 𝑥 = 𝐼 , 𝑚 = 𝐾 × 𝜇0 × .
𝐿
𝑚
Através da expressão do declive deduz-se que: 𝐾 = 𝑁 , relembrando ainda que 𝜇0 = 4𝜋 × 10−7 .
𝜇0 × 𝐿

Calibração da Sonda de Hall


0.18
0.16 y = 0.1599x - 0.0022
R² = 1
0.14
0.12
VH (V) / V

0.1
0.08
0.06
0.04
0.02
0
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2
𝐼s (A) / A
Cláudia Almeida 94445 | Pedro Neves 84605

O gráfico foi obtido através do dados da tabela de medições exibida para que fosse possível a determinação
da relação de proporcionalidade entre 𝑉𝐻 e IS ,que corresponderá ao valor do declive. Por observação do
gráfico, obteve-se 𝑚 = 0.1599, para o qual temos um erro associado de:
1
( 2 −1)
∆𝑚 = |𝑚| × √ 𝑅𝑁−2 , onde N = 7 (número de amostras)

1
( 2 −1)
∆𝑚 = |0.1599| × √ 1 5 = 0

A partir de m, conseguimos retirar o valor de K:


0.1599
𝐾= = 36.75862
4𝜋 × 10−7 × 3467
Medição do campo magnético, B:
Utilizando uma corrente fixa de I = 0.814 A e com uma distância entre as bobinas de x = 4 ± 0.05 cm, foram
medidas as Tensões de Hall para várias posições da sonda (registadas na tabela abaixo) para as duas bobinas
individualmente.

Distância Tensão da Campo Distância Tensão da Campo


(cm ± 0.05) * Bobine 1 (𝑉1 ) Magnético (cm ± 0.05) * Bobine 2 (𝑉2 ) Magnético
(mV±0.1) (B1) T mV±0.1 (B2) T
8 9.5 2.85 × 10−4 12 2.7 7.34 × 10−5
7 12.9 3.50 × 10−4 11 3.5 9.52 × 10−5
6 17.9 4.86 × 10−4 10 4.6 1.25 × 10−4
5 25.8 7.01 × 10−4 9 5.9 1.60 × 10−4
4 36.9 1.0 × 10−3 8 8.0 2.17 × 10−4
3 50.7 1.37 × 10−3 7 10.5 2.85 × 10−4
2 65.4 1.77 × 10−3 6 15.1 4.10 × 10−4
1 76.5 2.08 × 10−3 5 21.3 5.79 × 10−4
0 76.0 2.06 × 10−3 4 29.6 8.05 × 10−4
-1 65.3 1.77 × 10−3 3 41.9 1.13 × 10−3
-2 50.0 1.36 × 10−3 2 57.8 1.57 × 10−3
-3 35.5 9.65 × 10−4 1 73.9 2.01 × 10−3
-4 24.9 6.77 × 10−4 0 78.7 2.14 × 10−3
-5 17.6 4.78 × 10−4 -1 68.4 1.86 × 10−3
-6 12.3 3.34 × 10−4 -2 51.7 1.40 × 10−3
-7 8.8 2.39 × 10−4 -3 37.1 1.00 × 10−3
-8 6.4 1.74 × 10−4 -4 26.4 7.18 × 10−4
-9 4.7 1.27 × 10−4 -5 18.0 4.89 × 10−4
-10 3.5 9.52 × 10−5 -6 12.8 3.48 × 10−4

*De notar que as distâncias “negativas” presentes na tabela são para efeitos de orientação, a partir do
momento que a sonda passa o ponto onde a bobine estava centrada com a escala presente nas bobinas (que
consideramos como sendo os 0 cm, a origem do nosso referencial) consideramos que esta anda no sentido
oposto ao movimento positivo.
Cláudia Almeida 94445 | Pedro Neves 84605

Sabendo que B (campo magnético) é proporcional a IS , podemos relacionar 𝑉𝐻 com B da seguinte forma:
𝑉𝐻
𝑉𝐻   = 𝐾 × 𝐵 ↔ 𝐵 =
𝐾
A partir do valor K obtido anteriormente, conseguiu-se calcular o campo para as tensões de cada bobine.

Campo Magnético em função da distância [Bobine 1]


2.50E-03

2.00E-03

1.50E-03
B1(T)

1.00E-03

5.00E-04

0.00E+00
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45
d (cm)

A distância considerada para os gráficos correspondentes ao campo magnético das bobinas é a distância
marcada na sonda de Hall utilizada para o efeito. O ponto mais afastado da sonda em relação á bobina 1,
por exemplo, era quando esta se situada nos 23 cm marcados na própria sonda.
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Utilizando a mesma corrente fixa, foi feito o mesmo procedimento para a bobina 2, o que resultou no gráfico
seguinte:

Campo Magnético em função da distância [Bobina 2]

2.50E-03

2.00E-03

1.50E-03
B2(T)

1.00E-03

5.00E-04

0.00E+00
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45
d (cm)

Posteriormente e em primeiro lugar ligaram-se as duas bobinas em série, tendo a atenção de se verificar
que a corrente fluía no mesmo sentido em ambas as bobinas, e mediu-se a Tensão de Hall para várias
posições da sonda, calculando-se os respetivos valores do campo magnético. Todos estes passos e medições
foram repetidos colocando a corrente a fluir em sentido oposto em cada bobine.
Todos os valores medidos/calculados e resultados do trabalho encontram-se nas tabelas e gráficos abaixo.
Distância Distância Bobinas em Bobinas em Bobinas em Bobinas em
Bobina 1 Bobina 2 série, valores série, valores sentido oposto, sentido oposto,
(cm ± 0.05) (cm ± 0.05) previstos medidos valores previstos valores medidos
(𝑉1 + 𝑉2 ) (𝑉1 + 𝑉2 ) (𝑉1 − 𝑉2 ) (𝑉1 − 𝑉2 )
mV ± 0.1 mV ± 0.1 mV ± 0.1 mV ± 0.1
8 12 12,2 12.4 6,8 6.3
7 11 16,4 16.4 9,4 9.2
6 10 22,5 22.0 13,3 13.2
5 9 31,7 30.9 19,9 19.1
4 8 44,9 43.8 28,9 27.8
3 7 61,2 60.3 40,2 38.8
2 6 80,5 80.3 50,3 50.3
1 5 97,8 96.0 55,2 54.8
0 4 105,6 105.1 46,4 46.8
-1 3 107,2 106.1 23,4 25.6
-2 2 107,8 104.9 -7,8 -5.0
-3 1 109,4 103.7 -38,4 -31.5
-4 0 103,6 98.2 -53,8 -48.5
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-5 -1 86 82.5 -50,8 -49.7


-6 -2 64 64.1 -39,4 -40.6
-7 -3 45,9 45.7 -28,3 -29.6
-8 -4 32,8 32.2 -20 -20.5
-9 -5 22,7 22.4 -13,3 -14.3
-10 -6 16,3 16.3 -9,3 -10.0

O que se testemunha através dos dados da tabela acima é que o esperado efeito cumulativo do
campo sentido por cada bobina se verificou quando medido o campo das bobinas em série. Para o
mesmo sentido da corrente em cada bobine, temos que o campo sentido de forma individual por
cada bobina somado perfaz o campo magnético, de facto sentido, quando medido com as bobines
em série. Quando a corrente flui em sentidos opostos em cada uma das bobines algo de semelhante
se verifica, sendo que o campo magnético total medido passa a corresponder á subtração dos
campos sentidos nas bobines, individualmente.

Distância da Sonda de Hall Campo Magnético com Campo magnético com


(cm ± 0.05) boninas em série (T) boninas em série, corrente em
sentido oposto (T)
23 3.37 × 10−4 1.71 × 10−4
24 4.46 × 10−4 2.50 × 10−4
25 5.98 × 10−4 3.59 × 10−4
26 8.40 × 10−4 5.19 × 10−4
27 1.19 × 10−3 7.56 × 10−4
28 1.64 × 10−3 1.05 × 10−3
29 2.18 × 10−3 1.36 × 10−3
30 2.61 × 10−3 1.49 × 10−3
31 2.89 × 10−3 1.27 × 10−3
32 2.88 × 10−3 6.96 × 10−4
33 2.85 × 10−3 −1.36 × 10−4
34 2.82 × 10−3 −8.56 × 10−4
35 2.67 × 10−3 −1.31 × 10−3
36 2.24 × 10−3 −1.35 × 10−3
37 1.74 × 10−3 −1.10 × 10−3
38 1.24 × 10−3 −8.05 × 10−4
39 8.75 × 10−4 −5.57 × 10−4
40 6.09 × 10−4 −3.89 × 10−4
41 4.43 × 10−4 −2.72 × 10−4
Cláudia Almeida 94445 | Pedro Neves 84605

Calculados os respetivos valores de campo magnético previstos e medidos, conseguimos graficamente


comprovar que os valores se aproximam e por isso verificou-se a Lei da Sobreposição do campo magnético,
ainda que com algumas ligeiras diferenças que consideramos ser devido a erros de medição.

Campo Magnético gerado pelas bobinas em série


[mesmo sentido de corrente em ambas]
3.50E-03

3.00E-03

2.50E-03

2.00E-03
B (T)

1.50E-03 Valores de Campo previstos


Valores de Campo medidos
1.00E-03

5.00E-04

0.00E+00
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45
d (cm)

Campo Magnético gerado pelas bobinas em série


[sentido oposto da corrente em cada bobina]

2.00E-03

1.50E-03

1.00E-03

5.00E-04
B(T)

0.00E+00 Valores do Campo previstos


0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 Valores do Campo medidos
-5.00E-04

-1.00E-03

-1.50E-03

-2.00E-03
d (cm)
Cláudia Almeida 94445 | Pedro Neves 84605

Conclusão
Na primeira parte conseguimos calibrar a sonda de Hall e descobrir a constante de proporcionalidade entre
𝑉𝐻 e 𝐼𝑆 através do declive do gráfico.
Na segunda parte, conseguimos calcular a constante que relaciona a constante que relaciona a tensão medida
com o campo magnético e foi comprovado o Princípio da Sobreposição.

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