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UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE

FACULDADE DE ENGENHARIA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELECTROTÊCNICA

CURSO: ENGENHARIA ELÉCTRICA (Laboral)

FÍSICA I

RELATÓRIO DA EXPERIÊNCIA
LABORATORIAL I – ERROS DE
MEDIÇÃO

Discentes: Docente assistente:


De Andrade, Rivaldo Castro Graça Massimbe
Microsse, Francisco
Novele, Alfredo Arlindo
Sualé, Sualé Omar

Maputo, Agosto de 2021


1. INTRODUÇÃO

Sempre que realizamos uma medida precisamos estabelecer a confiança que o valor
encontrado para a medida representa. Medir é um acto de comparar e esta comparação
envolve erros dos instrumentos, do operador, do processo de medida e outros. Em
qualquer situação deve-se adoptar um valor que melhor represente a grandeza e uma
margem de erro dentro da qual deve estar compreendido o valor real.

É evidente que podemos ter erros sistemáticos que ocorrem quando há falhas no método
empregado, defeitos do instrumentos, etc... e erros acidentais que ocorrem quando há
imperícia do operador, erro de leitura em uma escala, erro que se comente na avaliação
da menor divisão da escala utilizada etc...

Em qualquer situação deve-se adoptar um valor que melhor represente a grandeza e uma
margem de erro dentro da qual deve estar compreendido o valor real, assim demonstro
como determinar o devido valor e o seu respectivo desvio ou erro.

2. OBJECTIVO
 Medir as dimensões lineares de um prisma quadrangular;
 Medir a área e volume de um prisma quadrangular;
 Medir o tempo de deslocamento de uma esfera;
 Medir a massa e o peso de objectos de tamanhos diferentes;
 Apresentar os resultados obtidos com algarismos significativos.

3. TEORIA
Na realização de uma medição ao estimar o valor situado entre duas menores divisões
do aparelho de medição podemos obter diferentes valores para a mesma medida.

4. PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS

4.1. Medição de comprimento, área e volume


Primeiro realizamos a maior medição dum prisma quadrangular 8 vezes com ajuda de
uma régua de papel graduada em cm. Eis os resultados obtidos:
N Xn(cm) d
1 8.60 -0.01
2 8.50 0.04
3 8.40 -0.06
4 8.50 0.04
5 8.60 0.02
6 8.60 0.04
7 8.60 -0.01
8 8.60 -0.06

De seguida o valor médio da grandeza medida;


n

__ ∑ Xi
X = i−l
n
__
8.60+8.50+8.40+ 8.50+8.60+8.60+ 8.60+8.60+ 8.60
X= =8.60 cm
8
O erro absoluto
d 1=8.60−8.60=0
d 2=8.50−8.60=−0 .1
d 3=8.40−8.60=−0 .2
d 4 =8.50−8.60=−0.1
d 5=8.60−8.60=0
d 6 =8.60−8.60=0
d 7=8.60−8.60=0
d 8 =8.60−8.60=0
n

__ ∑ di
d = i−l
n
__
0+0 .1+0 . 2+ 0.1+ 0+0+0+ 0+0
d= =0.05 cm
8
X = 8.6 ± 0.05
Xmax = 8.6 + 0.05 = 8.65
Xmin = 8.6 −0.05 = 8.55
Medir o comprimento, a largura e a altura; com uma régua graduada em milímetros , de
seguida calcular o volume;
l=2.4
C=8 , 6
h=2.40
V =CxLxh
V = ( 8.6 x 2.4 x 2.4 ) cm
V = ( 49,5 36 ) cm
Medir o comprimento, a largura e a altura; com uma régua de papel , de seguida calcular
o volume;
l=2.42
C=8.58
h=2.41
V =CxLxh
V = ( 2.42 x 8.58 x 2.41 ) cm
V = (50.0403 ) cm
Determinação dos erros cometidos no cálculo do volume
n

__ ∑ Xi
X = i−l
n
__
49.536+ 50.0403
X= =49.788cm
2
d 1=50.0403−49.536=0 .5 04 ≈ 0.5
d 2=49.536−50.0403=−0 .504 ≈−0.5
X =49.8 ± 0.5
Xmax =49.8+ 0.5=50.3 cm
Xmin=49.8−0.5=49.3 cm

Medir o diâmetro de uma circunferência, particularmente uma moeda de 2 meticais,


com papel e o cálculo da sua respectiva área;
d 1=2 .80
2
πd
A 1=
4
2
π ( 1.20 )
A 1=
4
A1=1.145 cm2

Medir o diâmetro de uma circunferência com papel e o cálculo da sua respectiva área;
d 2=1.23
2
πd
A 2=
4
2
π ( 1.23 )
A 2=
4
2
A2=1.18762cm
Determinação dos erros cometidos no cálculo da área;
n

__ ∑ Xi
X = i−l
n
__
1.145+ 1.18763
X= =1.1663 cm
2
d 1=1.145−1.18763=−0.0426 3 cm
d 2=6 .379−6 .269=0.042 6 3 cm
X =1.17 ± 0.043
Xmax =1.17+0.043=1.743 cm
Xmin=1.17−0.043=1.127 cm

4.2. Medição do tempo


Usou-se uma grave onde mediu-se o tempo de descida da mesma sobre uma rampa
largando a grave na parte mais alta da rampa 8 vezes. Eis a tabela:
N T (s) d

1 1.52 0.0875
2 1.39 -0.0425
3 1.66 0.2275
4 1.46 0.0275
5 1.65 0.2175
6 1.07 0.3625
7 1.45 0.0175
8 1.26 -0.1725
De seguida o valor médio da grandeza medida;
n

__ ∑ Xi
X = i−l
n
__
1.52+1.39+1.66 +1.46+1.65+1.07+ 1.45+1.26
X= =1.4325 s
8

O erro absoluto:
d 1=1.52−1.4325=0.0875
d 2=1.39−1.4325=−0.0425
d 3=1.66−1.4325=0 .2275
d 4 =1.46−1.4325=0.0275
d 5=1.65−1.4325=0.2175
d 6 =1.07−1.4325=−0.3625
d 7=1.45−1.4325=0.0175
d 8 =1.26−1.4325=−0.1725
n

__ ∑ di
d = i−l
n
__
0.0875+0 . 0425+0 . 2275+0.0275+0.0275+ 0.2175+0.3625+0.0175+ 0.1725
d= =0.144375 s
8
X =1.4325 ±0.144375
Xmax =1.4325+0.144375=1.576 s ≈1.6 s
Xmin=1.4325−0.144375=1.288 s ≈1.3 s
O erro cometido na medição do tempo de descida é maior do que da precisão do
cronómetro.
 0.14 >0.01 s2
A avaliação da transformação de energia mecânica do no ponto inicial e final da grave:
h ¿` 0.072 m
`
m ¿16.9 g
m
g=9.8 2
s
Em 1=Em 2
2
m× v
m × g ×h=
2
2
v =2× h × g
v=√ 2× 0.072× 9.8
m
v=1.19 2
s

4.3. Medição de massa e peso


Medimos a massa dum objecto cúbico de ferro três vezes, determinamos o peso usando
a aceleração de gravidade g=9.8 m/s 2 através da expressão p=m× g e com o
dinamómetro medimos a força de gravidade. Eis os dados na tabela abaixo:
N m(g) P F(N)
1 61.5 0.6027 0.5
2 61.8 0.6056 0.5
3 63.8 0.6252 0.5

Usamos mais outros itens particularmente dois smartphones onde repetimos o processo
acima feito. Eis os dados nas tabelas abaixo:
Telefone 1
N m(g) P F(N)
1 201.6 1.9757 1.8
2 202.8 1.9874 1.9
3 202.8 1.9874 1.9

Telefone 2
N m(g) P F(N)
1 125.5 1.2299 1.3
2 125.6 1.2308 1.1
3 125.5 1.2299 1.3

Peso
60

50

40

30

20

10 massa
0
0 1 2 3 4 5 6 O declive da recta será dado por:
y 2− y 1 20−10
m= = =1
x 2−x 1 2−1
y=mx+n
y=x
O sentido físico desse declive esclarece a proporcionalidade directa entre o peso e a
massa, ou seja, quanto maior for a massa maior é o peso e vice-versa.

Observação:
Sendo esta a primeira aula de física laboratorial, alguns erros cometidos pelo grupo
deveram-se à falta de experiência dos estudantes com o ambiente do laboratório, os
demais instrumentos existentes que os estudantes padecem do conhecimento acerca dos
mesmos. Há que enfatizar alguns erros cometidos pelo grupo nessa experiência podem
ser sanados futuramente tendo em conta as seguintes dicas:
 Sempre manter os equipamentos calibrados e ajustados;
 Ter atenção e cuidado no momento das medições;
 Realizar uma grande quantidade de medições, possibilitando a comparação
entre os resultados;
 Em caso de dúvidas, recorrer à profissionais com conhecimento adequado, ou
seja, o/a docente.

5. DISCUSSÃO E CONCLUSÃO
Concluímos que o erro ou desvio reactivo de uma medida de qualquer grandeza é um
número puro, independente da unidade utilizada. Os erros relativos são de importância
fundamental em tecnologia.

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