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Faculdade de Engenharia

Departamento de Engenharia Electrotécnica

Curso: Engenharia do Ambiente Iº Ano

Cadeira: Física I

Laboratório de Física I

Experiencia nº 1

Tema: Erros de Medição

Discente: Docente:

Macuche, Gervásio Emílio Eng Dombo

Maputo, Abril de 2017


Eng. Ambiental Experiência Nº 1

Introdução

A física é uma Ciência baseada em observações, experiências e em medições


quantitativas.
Os instrumentos usados nas medições das grandezas físicas por vezes induzem nos a um
certo erro, embora a física seja considerada como uma ciência exacta.
Neste presente trabalho ira se falar dos erros da medição e apresentar alguns cálculos
como o da área e do volume, baseado em experiências realizadas no laboratório da
faculdade de engenharia.

Objectivos

Realizou-se estas experiencias laboratoriais com o objectivo de: medir comprimentos,


medir massas e pesos, medir áreas e volumes, medir tempos, verificar erros através do
método estatístico e de diferencial logaritmo e com algarismos significativos.

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Eng. Ambiental Experiência Nº 1

Resumo teórico
Teoria dos erros
Dispersão das medidas: quando se mede uma grandeza física diversas vezes, nem
sempre os valores encontrados são coincidentes. O valor mais provável da grandeza é a
média aritmética dos valores encontrados.

Desvio individual: é a diferença do valor avaliado e o valor dos desvios individuais.

Desvio absoluto médio: é a média aritmética dos módulos dos desvios individuais.

Desvio relativo: é a razão entre o desvio absoluto ou padrão e o valor mais provável.

Erro absoluto: é a diferença entre o valor encontrado e o valor exacto da grandeza


medida.

Erro absoluto avaliado: é a metade da menor divisão do aparelho utilizado na


determinação do valor do mérito da grandeza, i.e., o valor dividido por 2.

Erro relativo: é o quociente entre o erro absoluto e o valor exacto.

Para obter se o erro relativo percentual multiplica o erro relativo por 100%.

Tipos de Medição
Existem 2 tipos de medição que são: medições direitas e endireitas.

Medição direita: é aquela que resulta da aplicação direita de instrumentos de medição,


podendo ser feita também por máquinas e outros dispositivos. Ex: para medir o
comprimento de um livro usamos uma régua graduada.

Medição endireita: quando o valor prove da aplicação de uma fórmula que relacionam
a grandeza a medir com outras grandezas.

Tipos de erros
Existem 3 tipos de erros que são nomeadamente, erros grosseiros; erros acidentais e
erros sistemáticos.

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Erros grosseiros: é o tipo de erro que é ocasionado por falta de conhecimento e


cuidado do experimentador. Exemplo: em um instrumento de escala múltipla o
experimentador lê o valor em uma escala errada.

Erros acidentais: são erros que ocorrem ocasionalmente mesmo a um experimentador


competente e cuidadoso. Exemplo: instrumento electrónico de medida, onde a uma
variação momentânea na corrente eléctrica pode alterar o valor de uma medição.

Erros sistemáticos: São erros que ocorrem por imperfeição no instrumento de medição
ou falha no método. Ex: instrumento onde não aferiu-se o zero inicial da escala acarreta
um erro em toda serie de medições.

Fontes de erros
Existem 4 fontes de erros que São: instrumentos de medição; observatório que realiza a
experiencia; organização da experiencia e influencia do ambiente.

Procedimento da experiencia
1.Medição de comprimentos, áreas e volumes.

1. 1. Traçar uma régua numa folha A4. Fazer uma divisão em cm na linha recta. Dobrar
a folha de modo que a linha graduada em cm funcione como régua.

1.2 Meça com essa régua graduada em cm, a maior dimensão da caixa de fosforo.
Repetir o processo de medição 8 vezes e organizar os dados numa tabela da seguinte
maneira.

1.3 Achar através do método estatístico, o erro cometido na medição do comprimento.

1.4 Medir uma única vez com a régua graduada em milímetros o comprimento a largura
e a altura da caixa de fosforo.

1.5 Com os resultados obtidos, calcular o volume da caixa de fosforo.

1.6 Achar a partir do método de diferencial logarítmico, o erro cometido na medição do


volume.

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1.7 Traçar uma circunferência com o auxílio de uma moeda. Medir o diâmetro.
Determinar a área da circunferência. Exprimir correctamente o resultado em termos de
algarismos significativos.

1.8 Achar a partir do método do diferencial logarítmico, o erro cometido na medição da


área.

2. Medição de tempo
2.1 Preparar o cronómetro.

2.2 Largar um grave de uma altura de 2m e medir com o cronómetro o tempo de queda
com o auxílio de um cronómetro.

2.3 Repetir o procedimento 6 vezes e elaborar uma tabela onde se possam registrar os
tempos gastos.

2.4 Achar a partir do método estatístico, o cometido na medição do tempo.

2.5 Comparar esse erro com a precisão do cronómetro.

Medição de massas e peso


1.1.Com o auxílio da balança determinar a massa de um corpo.
1.2.Supondo que a aceleração de gravidade media é de 9.8 m/ Calcular o valor do
peso do corpo usando a expresao P = m×g
1.3.Utilizando o dinamómetro adequado ao peso calcudo medir directamente o valor do
peso do corpo.

1.4.Comparar os valores obtidos em 2 e 3 (repetir os passos 1 a 3, de modo a obter 3


ensaios).

1.5.Repetir os passos 1 a 4, com outros corpos, de massas sucessivamente superiores.


1.6.Elaborar uma tabela onde se possam registrar as massas e o respectivo peso.
1.7,Traçar um gráfico peso medido versus massa.
1.8.Determinar o declive da recta e explicar o seu significado físico.
1.9.Tirar conclusões.

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Eng. Ambiental Experiência Nº 1

I - Medição de comprimentos, áreas e volumes

1. Traçamos uma recta numa folha A4. Fizemos uma divisão em centímetros na linha
recta traçada. Dobramos a folha de modo que a linha graduada funcionasse como régua;
2. Medimos com a nossa criada régua, graduada em cm, a maior dimensão duma caixa
de fósforos. Repetimos este processo por 8 vezes e colocamos, ordenadamente, os dados
colhidos na tabela abaixo:
Nr de medicoes 1 2 3 4 5 6 7 8
Dimensoes(cm) 5 5.2 5.1 5 5 5.1 5 5

3. Depois de medir o fósforo calculei o erro cometido através do método estatístico.

Valor mais provável:

= = 5+5,2+5,1+5+5+5,1+5+5/8 = 5,1125cm

Desvio absoluto ou erro absoluto:


= xi -
5,2 - 5,1125=0,0875cm 5,2 - 5,1125=0,0875cm
5,0 - 5,1125=-0,1125cm 5,2 - 5,1125=0,0875cm
5,1 - 5,1125=-0,0125cm 5,1 - 5,1125=-0,0125cm
5,0 - 5,1125=-0,1125cm 5,1 - 5,1125=-0,0125cm

X (cm) 5,2 5,0 5,1 5,0 5,2 5,2 5,1 5,1


0,0875 -0,1125 -0,0125 -0,1125 0,0875 0,0875 -0,0125 -0,0125

Erro absoluto médio

= 0,065625cm

0,065625cm

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Erro relativo ou desvio relativo:

= = 0,012836

Desvio relativo percentual

x 100% = 1,2836%

4. Medimos, também, uma única vez com régua graduada em centímetros, o


comprimento, a largura e a altura da caixa de fósforos:

5. Cálculo de volume do fósforo


Dados: Resolução
c = 51mm = 5,1cm V= cxlxh
l = 37mm = 3,7cm V=5,1cmx3,7cmx1,4cm
h = 14mm = 1,4cm V= 26,418

6.Acheir através do método diferencial logarítimico,o erro cometido na medição do


volume.
obs: dx=

= +

V = V( + )

V = 26,418( + )

V = 1,5595

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7. Traçamos uma circunferência com auxílio de uma moeda (de 5 MTS). Medimos o
diâmetro. Determinei a área da circunferência e exprimi, correctamente, o resultado em
termos de algarismos significativos.

Dados: Resoluçao
d d = 28mm = 2,8cm
r = d/2 = 1,4cm A= 3,14x
A= 6,1544

8. Calculei através do método diferencial logarítmico o erro cometido no cálculo da área


lnA = ln
lnA = ln + ln
(lnA)’ = (ln + (ln

= 2

A = 2A

A = 2x6,1544

A = 0,4396

II - Medição do tempo

1. Preparamos o cronómetro;
2. Largamos a caixa de fósforo a uma altura de 2 m e medimos com o cronómetro o
tempo (t= 0.35s) de queda da mesma;
3. Repetimos este processo 6 vezes e registamos os dados na tabela abaixo:
Tabela1:
Nº 1 2 3 4 5 6 7
t(s) 0.35 0.37 0.34 0.39 0.35 0.37 0.35

4. Através do método estatístico, achei o erro cometido na medição do tempo de queda.

Valor mais provável:

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= = = 0,36

Desvio absoluto ou erro absoluto:


= ti -
0,35 - 0,36= -0,01 0,35 - 0,36= -0,01
0,37 - 0,36= 0,01 0,37 - 0,36= 0,01
0,34 - 0,36= -0,02 0,35 - 0,36= -0,01
0,39 - 0,36= 0,03

Tabela2:
t(s) 0.35 0.37 0.34 0.39 0.35 0.37 0.35
(s) -0,01 0,01 -0,02 0,03 -0,01 0,01 -0,01

Erro absoluto médio

= = 0,0142857

t = 0,36 ± 0,0142857

Erro relativo ou desvio relativo:

= = 0,0396825

Desvio relativo percentual

x 100% = = 3,96825

E, por fim comparei esse erro obtido com a precisão do cronómetro me concluí que o
erro obtido é menor do que a da precisão do cronómetro.

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III – Medição de massas e pesos

1. Com o auxílio da balança determinar a massa do corpo:


m = 297,5g = 0.2957kg

2. Supondo que a aceleração da gravidade tem o valor g = 9,8 m/s2 calculei o valor do
peso do corpo através da fórmula P = m x g.
P=mxg
P = 0.2957kg x 9,8
P = 2,89786N

3. Usar o dinamómetro e medir directamente o valor do peso.


P=3N

4. Os valores obtidos no cálculo de peso e na medição de peso são aproximadamente


iguais sendo o da medição no dinamómetro maior que ao peso do cálculo.
Repeti o processo 3 vezes, em que temos massas em quilograma e pesos em Newton
Pesos obtidos em cálculos Pesos medidos no dinamómetro
Exp m(kg) P(N) = m x g
1 0,2957 2,89786 P=3N
2 0,2955 2,8959 P = 2,9N
3 0,2956 2,89688 P = 3N

5. Repetimos os passos de 1 a 4, com outros corpos, de massas sucessivamente


superiores

6. Registamos o processo na tabela3:


Pesos obtidos em cálculos Pesos medidos no dinamómetro
Exp m(kg) P(N) = m x g
1 0,4521 4,43058 P = 4,5N
2 0,4722 4,62756 P = 4,7N
3 0,4824 4,72752 P = 4,8N

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4 0,502 4,9196 P = 5,1N

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7. Traçamos o gráfico peso P(N) versos massa

m(kg):
8. Depois do gráfico vamos determinar o declive:
O ponto (0.4521;4.5) (0.4722;4.7)
m=

m= = 9,95

Determinei o declive verificamos que o valor é aproximadamente igual ao da aceleração


de gravidade na terra.

9. Conclusões
Depois tirei as seguintes conclusões:
 É sempre melhor medir muitas vezes obtermos o valor da grandeza desejada
através da média aritmética porque o grau de erro é reduzido.
 Independentemente do ângulo de vista do observador, uma medição directa pode
tomar diferentes resultados;
 Ao realizarmos medições indirectas, temos maiores probabilidades de cometer
erros nos resultados por causa das aproximações feitas;
 A massa de um corpo é directamente proporcional ao seu peso.
 Determinar peso de um corpo através da fórmula P=mg e determinar através de
um dinamómetro o resultado quase sai o mesmo só há diferença de algumas
décimas ou centésimas.

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Bibliografia

Leão, António; Machatine, Augusto e Dirks, MArinus – Física Básica Aulas


Laboratoriais. BUSC(EP) / Núcleo Editorial da UEM. Maputo. 1990.

GARCIA, ÁNGEL F. – Erros nas medidas. Acesso em - http://www.fisica.ufs.br. Aos


15-03-2013

RIZZO, Daniel. - Teoria de erros. Erros grosseiros, aleatórios e acidentais.htm. Acesso


em -http://fisicomaluco.com. Aos 15-03-2013

ZIAR, Carlos A. - Elementos de teoria de erros.htm. Acesso em -


http://www2.fisica.uminho.pt. Aos 15-03-2013

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Índice
Introdução ......................................................................................................................... 1
Objectivos ......................................................................................................................... 1
Resumo teórico ................................................................................................................. 2
Teoria dos erros ................................................................................................................ 2
Tipos de Medição ............................................................................................................. 2
Tipos de erros ................................................................................................................... 2
Fontes de erros .................................................................................................................. 3
Procedimento da experiencia ............................................................................................ 3
Medicao de comprimentos, áreas e volumes. ................................................................... 3
Medição de tempo ............................................................................................................ 4
Medição de massas e peso ................................................................................................ 4
I - Medição de comprimentos, áreas e volumes ............................................................... 6
II - Medição do tempo ...................................................................................................... 8
III – Medição de massas e pesos .................................................................................... 10
Conclusões ...................................................................................................................... 12
Bibliografia ..................................................................................................................... 13

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