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Este roteiro foi originalmente elaborado por Erivaldo Montarroyos, sucessivamente reformulado por Wilson Barros e
Alessandro Villar e continuamente aprimorado pelos docentes responsáveis pela disciplina.
Física Experimental 1
Sumário
Objetivos 2
Roteiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
Instrumentos a serem utilizados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
Objetos a serem medidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
Atividades 4
Considerações iniciais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Objetivos
Roteiro
Fará medições do comprimento e da massa de alguns objetos utilizando instrumentos de precisão adequa-
dos, como o paquímetro e o micrômetro e uma balança digital.
Perceberá que a atribuição do valor de uma medição guarda certo grau de subjetividade, em especial, no
que concerne à sua incerteza e depende muito da finalidade da medição.
Várias fontes de incerteza, em geral, contribuem para o erro de uma medição. Neste experimento vamos
explorar a fonte mais básica de incerteza: aquela gerada pelo próprio instrumento de medição.
Finalmente, ao compor fontes independentes de incerteza ou determinar grandezas de forma indireta, você
aprenderá a propagar erros.
1. Trena
2. Paquímetro
3. Micrômetro
4. Balança semi-analítica e/ou digital,
• Peça cilíndrica
• Duas esferas: uma de vidro e outra de aço.
Lembretes
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Física Experimental 1
Atividades
Considerações iniciais
Para se enunciar o resultado de uma medição, é preciso entender seu propósito mais essencial: o
resultado de uma medição deve ser sólido como um fato.
Para se aproximar desse ideal, o experimentador busca maximizar a confiança em seus resultados,
adotando procedimentos de mediçãoclaros e que minimize imprecisões.
Uma forma de conquistar a confiança dos outros é dizer sempre toda a verdade relevante e nada mais
da forma mais clara possível. Dizer a verdade significa não apenas fazer uma afirmação, mas também
explicitar seu limite de validade. Por isso, o resultado de uma medição é enunciado como um conjunto
de informações:
A notação utilizada para comunicar o resultado de uma medição traz essas informações de forma
compacta e precisa. Um dos principais objetivos desse experimento é que você passe a dominar
a notação com bastante destreza.
O ponto mais subjetivo de uma medição é quantificar sua confiabilidade através da atribuição da incerteza.
Não há uma regra única para isso, é preciso entender para que serve a medição e usar o senso crítico para
justificar o critério escolhido.
Incerteza Instrumental
1. Para instrumentos com escala física de leitura (e.g. réguas, trenas, paquímetros, etc.): usar a
metade da menor divisão na escala de leitura.
2. Para instrumentos com visor digital da leitura: usar uma unidade da menor posição decimal exibida
no visor digital.
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Experimento 1: Medições e incertezas
Como foi determinada a incerteza de medição? Descreva seu procedimento de forma sucinta.
Resposta:
Se você viu falhas no ‘palmo’ como padrão, podemos melhorar a situação considerando um segundo
padrão. Vamos tomar emprestado um padrão de comprimento do SI, representado pelo “metro”.
Assim, utilize o esquadro calibrado por esse padrão para converter a sua unidade de “palmo” para o SI,
usando frações do mesmo (cm). Escreva abaixo seu resultado.
1 palmo = ± cm.
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Física Experimental 1
Você percebeu que existem duas fontes de incerteza na conversão? Aponte-as e comente.
Resposta:
É razoável supor que essas duas fontes de incerteza sejam independentes? Justifique.
Resposta:
Utilize agora a trena, outro instrumento graduado com frações do padrão de comprimento do SI (cm ou
mm), para realizar a medição direta de L. Preencha a tabela abaixo com os resultados denotando todas
as informações importantes.
L σL
Valor
No de algarismos significativos
No de algarismos exatos −−−−−−−
No de algarismos duvidosos −−−−−−−
Comparando os dois padrões (palmo e metro), aponte vantagens e/ou desvantagens relativas.
Resposta:
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Experimento 1: Medições e incertezas
Resultado da medição
φ1
φ2
φ3
h1
h2
Se você realizou as medições de forma cuidadosa, deve ter notado que utilizamos uma idealização: a
peça à sua frente não é como descrita na figura.
Por ser um objeto real, ela não possui simetria cilíndrica perfeita, nem alturas uniformes em todos os
pontos: as dimensões devem variar se escolhermos pontos diferentes para realizarmos as medições com
instrumentos suficientemente precisos.
A pergunta que você deve se fazer é: essa idealização é válida dentro da precisão de minha
medição? Ou seja: de que maneira (escolha da incerteza) posso afirmar que a peça real é de fato tal
qual mostra o desenho? A resposta só pode ser obtida experimentalmente.
Meça o diâmetro φ2 em 5 pontos diferentes e anote seus valores e incertezas na tabela
abaixo.
A idealização da figura é válida experimentalmente? Justifique com base nos dados acima.
Resposta:
Imagine que essa peça tenha sido fabricada com a intenção de se aproximar ao máximo da forma ideal
da figura.
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Física Experimental 1
Nesse caso, o que o fabricante pode garantir como especificação? Escreva sua especificação para φ2 .
φ2 =
m=
Após cada medição, abra e feche o paquímetro para garantir que medições individuais sejam
independentes, ou seja, que uma medição não influencie a próxima.
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Experimento 1: Medições e incertezas
Idealmente, todas as medições deveriam fornecer o mesmo valor dentro da incerteza instrumental.
No entanto, você deve ter notado que a bola tende a escapar das garras do paquímetro, dificultando a
medição. Essa dificuldade pode influenciar quantitativamente sua medição, aparecendo como um aumento
da incerteza total.
Portanto, a incerteza instrumental é apenas o limite inferior da incerteza na medição, uma vez
que outros fatores podem afetar o resultado, contribuindo para o aumento da incerteza.
Assim, a tabela acima fornece uma propriedade do seu procedimento de medição (a incerteza total),
pois eventuais flutuações observadas nos valores medidos só podem ter origem no processo de medição
(afinal, o diâmetro da bola tomado no “mesmo local” não varia entre medições!1 ).
Com base em sua tabela, forneça seu resultado experimental para o diâmetro da bola.
φ( ) =
Explique sucintamente como você estimou a incerteza, justificando baseado em suas medições.
Resposta:
Com base na variação dos dados da tabela e na incerteza de cada medição (estimada anteriormente),
o que você pode afirmar sobre a esfericidade das bolas? (Suponha que você seja um(a) técnico(a) do
Inmetro, caso isso lhe ajude a dar um sentimento de propósito à medição)
Resposta:
Suponha que as bolas acima tenham sido fabricadas para serem esféricas (o que é bem provável), e que o
fabricante tenha feito os mesmos testes que você para controlar a qualidade de seu produto. Nesse caso,
como o fabricante deve especificar os valores de diâmetros das esferas?
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Mesmo a definição do que é “mesmo local” está sujeita a imperfeições em seu método de determiná-lo.
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Física Experimental 1
φv =
φa =
Com base em suas medições, determine sua incerteza real de medição e enuncie abaixo o valor do diâmetro
medido no local escolhido.
φ( ) =
Com base em sua resposta, qual instrumento se mostrou mais apropriado para medir diâmetros de bolas
com essas dimensões, o paquímetro ou o micrômetro? Explique sucintamente.
Resposta:
A partir do teste de esfericidade realizado com o paquímetro, identifique qual das bolas possui a maior
esfericidade, isto é, menor variação de diâmetro.
Meça o diâmetro desta bola em 5 locais diferentes usando agora o micrômetro.
O que as medições com micrômetro permitem dizer sobre a esfericidade da bola? Justifique quantitativa-
mente com base em suas medições.
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Experimento 1: Medições e incertezas
Resposta:
Suponha que as bolas tenham sido fabricadas para serem esféricas. Baseando-se em seus dados, enuncie
o valor do diâmetro da bola com incerteza apropriada.
φ( ) =
Compare suas especificações conforme enunciadas com o uso do paquímetro e do micrômetro. São
compatíveis?
Resposta:
Vamos ser mais rigorosos agora com a propagação de incertezas, seguindo as regras explicadas na Apostila
1.
Calcule a incerteza σV1 a partir das incertezas σφ1 e σh e escreva abaixo sua expressão.
V1 =
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Física Experimental 1
Expressões similares são utilizadas para os cálculos de V2 e V3 , bem como de suas incertezas σV2 e σV3 .
Preencha a tabela abaixo com seus valores.
V2 = V3 =
Preencha abaixo seu valor obtido para o volume da peça bem como sua incerteza.
V =
ρ=
Com base nesses resultados, determine na tabela abaixo os materiais compatíveis com seus resultados
experimentais, marcando sua(s) linha(s) correspondente(s) com um ‘X’. Caso nenhum dos materiais abaixo
seja compatível, sugira um material.
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