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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZA


DEPARTAMENTO DE FÍSICA
DISCIPLINA: FÍSICA EXPERIMENTAL 1

RELATÓRIO DE ATIVIDADE PRÁTICA


LEVANTAMENTO DE MEDIDAS DIRETAS E INDIRETAS EM CONJUNTO COM
A TEORIA DE PROPAGAÇÃO DE ERROS

Aluno: Antônio Pereira Soares Júnior – 20190045458

Professora: Karoline Oliveira Moura Período: 2021.2

João Pessoa – PB
Setembro de 2021
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Antônio Pereira Soares Júnior – 20190045458

RELATÓRIO DE ATIVIDADE PRÁTICA


LEVANTAMENTO DE MEDIDAS DIRETAS E INDIRETAS EM CONJUNTO COM
A TEORIA DE PROPAGAÇÃO DE ERROS

Relatório de atividade pratica, apresentado


como requisito para a obtenção de nota
parcial da primeira unidade, na disciplina
de física experimental I, no curso de
Engenharia Civil da Universidade Federal
da Paraíba, UFPB.
Profª Dr. Karoline Oliveira Moura

João Pessoa – PB
Setembro de 2021
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1. INTRODUÇÃO:

É necessário saber utilizar conceitos como erros estatísticos e instrumentais


quando se calcula um valor usando medidas conseguidas em campo com
ferramentas, para melhorar a precisão e encontrar o intervalo onde há maior
probabilidade de encontrar a medida correta. Para isso se utiliza os conceitos de
física experimental 1, que serão abordados no relatório a seguir.

2. OBJETIVOS

2.1 Geral: Medir diretamente as dimensões de uma borracha e de uma salsicha,


obtendo indiretamente seus volumes e áreas superficiais. Logo após verificando
se o volume encontrado nos cálculos é coerente.

2.2 Especifico: Para atingir o objetivo geral, uma série de passos deve ser seguida:
preparação das ferramentas, obtenção de medidas diretas, obtenção de medidas
indiretas, aplicação da teoria de erros e de propagação de erros, comparação entre
as medidas diretas e indiretas.

3. MATERIAL E MÉTODOS

3.1 Materiais utilizado


• Borracha retangular
• Seringa descartável 10 mL
• Detergente
• 1 salsicha
• 1 copo que comporte a salsicha e a borracha, cada um individualmente.
• Régua
3.2 Métodos
3.2.1 Preparação das ferramentas: Verifica-se se o copo comporta a salsicha
e borracha inteiros sem ficarem para fora da borda do mesmo, cozinha-se
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a salsicha em água fervente por cerca de 8 minutos para que fique o mais
redonda possível.

3.2.2 Obtenção de medidas diretas:


Mede-se inicialmente o diâmetro da salsicha, anota-se a medida, divide-se
por 2 e se marca com uma caneta hidrocor de ambas as pontas para o centro
da salsicha o valor do raio, para que as duas pontas unidas contem como
uma esfera. Logo em seguida se mede o comprimento da salsicha desde a
marcação feita com o lápis hidrocor na ponta esquerda até a da ponta
direita. Se os passos forem bem sucedidos teremos o raio da esfera
juntamente com a altura e raio do cilindro. Um procedimento similar é
feito com a borracha, onde encontraremos ao fim das medições,
comprimento, altura e largura da mesma.

Após essa primeira medição, enche-se um copo de água até a borda, se


pinga 3 gotas de detergente e se mistura de modo a não fazer espuma,
coloca-se o copo em um recipiente de fundo plano e mergulha-se por
completo a salsicha, a água irá transbordar para o fundo do recipiente,
onde usa-se a seringa para coletar todo o liquido, desse modo teremos o
volume real da salsicha em mL. O procedimento deve ser repetido para a
borracha, uma agulha presa nela pode ajudar a manter a mesma totalmente
submersa para que a água transborde de modo a nos mostrar o volume real
da borracha.

Se realiza o processo 8 vezes e se anota todas as medidas. Logo após se


calcula o valor médio de cada medida, utilizando a equação:

1
𝑥̅ = ∑𝑁
𝑖=1 𝑥𝑖 (1)
𝑁

Onde N é o numero de medidas e 𝑥̅ indica o valor médio.

3.2.3 Obtenção de medidas indiretas:


Agora que temos as medidas diretas, podemos calcular o volume do
cilindro e da esfera para obtermos indiretamente o volume total da salsicha
e da borracha. Além disso podemos calcular o desvio padrão e o erro
estatístico da média:

∑𝑁
𝑖=1(𝑥𝑖 −𝑥̅ )
2
𝜎=√ (2)
𝑁−1

𝜎
𝜎𝑥̅ = ∆𝑥𝐸𝑠𝑡𝑎𝑡𝑖𝑠𝑡𝑖𝑐𝑜 = (3)
√𝑁
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3.2.4 Aplicação da teoria de erros e de propagação de erros:


Uniremos o erro estatístico da média junto ao erro instrumental e
encontraremos o erro total seguindo a formula:

∆𝑚𝑇 = √(∆𝑖𝑛𝑠𝑡 )2 + (∆𝑥𝐸𝑠𝑡 )2 (4)

Teremos que o erro instrumental da régua é 0,05 cm. Além disso,


utilizaremos a teria da propagação de erros, que segue a formula:

(5)

4. RESULTADOS

4.1 Valores do desvio padrão e erros:

Agora que temos os valores médios das medidas, podemos obter o desvio padrão e
erros, quando calculados obteve-se que:

Borracha Desvio Padrão Erro estatístico


Comprimento médio 0,07559 0,03
Largura média 0,92582 0,03
Altura média 0,53452 0,02

Salsicha Desvio Padrão Erro estatístico


Altura média 0,07599 0,03
Raio médio 0,53452 0,02

4.2 Valores medidos e valor médio:

Após realizar 8 medições diretas foram encontrados os seguintes valores:

Medidas em ordem Medições Borracha (cm)


Medição 1 2,8 / 1,9 / 0,5
Medição 2 2,7 / 1,8 / 0,6
Medição 3 2,9 / 1,9 / 0,5
Medição 4 2,8 / 1,7 / 0,5
Comprimento/largura/altura
Medição 5 2,7 / 1,7 / 0,5
Medição 6 2,8 / 1,9 / 0,4
Medição 7 2,9 / 1,8 / 0,5
Medição 8 2,8 / 1,7 / 0,5
Valor médio (Comprimento / Largura / Altura) 2,8 / 1,8 / 0,5
Incerteza total(Comprimento / Largura / Altura) 0,06 / 0,06 / 0,05
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Medidas em ordem Medições Salsicha (cm)


Medição 1 9,9 / 1
Medição 2 9,8 / 0,9
Medição 3 10 / 1
Medição 4 9,8 / 1
Altura/Raio
Medição 5 9,9 / 1
Medição 6 9,9 / 1,1
Medição 7 10 / 1
Medição 8 9,9 / 1
Valor médio em ordem (Altura / Raio) 9,9 / 1
Incerteza total (Altura / Raio) 0,06 / 0,05

Utilizando os dados acima podemos calcular a incerteza do volume da salsicha


(esfera e cilindro) e da borracha (paralelepípedo). Chegaremos ao valor de 0,26 cm3
para a incerteza do volume da borracha. Já para a parte cilíndrica da salsicha, temos
uma incerteza de 3,12 cm3, e para a esfera uma incerteza de 0,63 cm3. Referente a
área superficial, teremos para a esfera uma incerteza de 1,26 cm2, para o cilindro uma
incerteza de 3,76 cm2. Já para a borracha, sua área superficial tem uma incerteza de
0,5 cm2

4.3 Medidas obtidas por medição direta e indireta:

Medidas calculadas

Medida Borracha Salsicha


Volume (2,52 ± 0,26) mL [(4,19 ± 0,63) + (31,10 ± 3,76)] mL
2
Área Superficial (14,68 ± 0,50) cm [(12,57 ± 1,26) + (68,48 ± 3,76)] cm2

Medidas observadas

Medida Borracha Salsicha


Volume 2,5 mL 36,2 mL

5 Questionário:

1- Utilizei uma régua para desenho arquitetônico, cuja menor medida é 1mm, medi
todas as arestas da borracha juntamente com o raio e comprimento da salsicha. As
tabelas supracitadas contêm os dados.
2- O uso do detergente é para diminuir a tensão superficial da água, minimizando a
capacidade dela de ficar presa na superfície do copo ou da vasilha que está
segurando o mesmo. O uso do detergente permite uma maior coleta da água com
a seringa, e assim, uma melhor precisão da medida direta de volume.
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3- O processo utiliza principalmente os conceitos de volume e empuxo, onde o


principio é chamado de principio de Arquimedes. A utilização da seringa é para o
experimento ficar mais fácil de reproduzir, porém pode-se faze-lo sem ela, caso
se saiba a altura exata do liquido dentro do recipiente onde se irá introduzir os
objetos.
4- Sim, eles são compatíveis. A vantagem de utilizar o método indireto é a
possibilidade de conseguir um intervalo confiável com o mínimo de ferramentas,
além disso, muitas vezes não se tem a possibilidade de utilizar o método direto
para certas grandezas e, nesses casos, o método indireto é a maneira de conseguir
essa informação. A vantagem do método direto é sua velocidade, onde pode-se
conseguir diversas medidas com certa facilidade, onde, caso se fosse calcular os
valores, se demoraria e o resultado seria apenas um intervalo, o que é ruim caso
desejemos um intervalo muito preciso, para isso precisaríamos de ferramentas
mais precisas e um investimento maior.
5- Ambos o mais preciso foram os valores calculados, pois a seringa que utilizei para
medir possuía a menor medida de 0,2 mL, o que a tornou difícil julgar os volumes
utilizando a visão.
6- A quantidade de medidas. Quanto mais medidas se faz, mais incertezas se criam
e elas acabam por dificultar os cálculos posteriores, deve-se almejar um número
mínimo de medidas possíveis, para minimizar erros e facilitar futuros cálculos.

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