Você está na página 1de 26

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E

TECNOLOGIA DE SÃO PAULO

ALINE DE MORAIS PRATES


CAROLINA FERREIRA MACHADO
FELIPE DELDUQUE GUERCHE
FLÁVIO HENRIQUE DOS SANTOS
MATHEUS HENRIQUE GUIMARÃES DE CONTO

MICRÔMETRO

Votuporanga/SP

2019

ALINE DE MORAIS PRATES


CAROLINA FERREIRA MACHADO
FELIPE DELDUQUE GUERCHE
FLÁVIO HENRIQUE DOS SANTOS
MATHEUS HENRIQUE GUIMARÃES DE CONTO

MICRÔMETRO

Relatório apresentado como parte dos requisitos


para aprovação na disciplina Física Experimental I,
do curso Bacharelado em Engenharia Elétrica, do
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia
de São Paulo – IFSP.

Prof. Dra. Vivian Delmute Rodrigues

Votuporanga/SP

2019
RESUMO

Nesse experimento, aprendemos a usar um instrumento de medida que possui uma


alta precisão em suas medições: o micrômetro. Ele permite a leitura em centésimos
de milímetros de maneira bem simples e é um instrumento metrológico capaz de medir
as dimensões lineares de um objeto, como por exemplo, espessura, altura, largura,
profundidade, diâmetro, entre outros. Cada aluno, com o auxílio de um micrômetro de
resolução 0,001mm, mediu as dimensões solicitadas na atividade e estas foram
conferidas por outro participante. Foram medidas seis vezes o diâmetro de uma esfera
e sua massa (com o auxílio de uma balança de precisão), seis vezes a altura, a
largura, a espessura e a massa de uma folha sulfite (com o auxílio de uma régua e de
uma balança) e seis vezes a espessura de um fio de cabelo. Com essas medidas
realizadas, foi preciso calcular o valor médio e o desvio padrão da esfera, da folha de
papel e do fio de cabelo, para assim minimizar os possíveis erros significativos quando
a densidade e o erro percentual fossem calculados (não foi calculada a densidade e
o erro do fio de cabelo). Foram realizadas também várias operações com desvio, para
descobrir, por exemplo, o volume da esfera e depois obter a densidade. Por fim, como
observado nos resultados e discussões, a densidade da esfera foi de (2,7 ± 0,5)𝑔/𝑐𝑚3
com erro percentual de 3,85%, a densidade superficial da folha sulfite foi de
(0,8 ± 0,2) × 10−2 𝑔/𝑐𝑚2 e seu erro percentual de 6,66%, e a média do fio de cabelo
foi de 0,042𝑚𝑚 com desvio padrão de ±0,0210 𝑚𝑚. Desse modo, foi possível discutir
sobre o erro teórico em relação às tabelas propostas pela apostila e concluir que as
medições variam de acordo com cada tentativa de medição e os erros são totalmente
plausíveis e aceitáveis.

Palavras-chave: Densidade, Erro, Esfera, Medidas, Micrômetro.


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 5
2 OBJETIVO .......................................................................................................... 10
3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL................................................................... 11
3.1 MATERIAIS UTILIZADOS ................................................................................ 11
3.2 MONTAGEM EXPERIMENTAL ........................................................................ 11
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ........................................................................... 14
4.1 PAPEL SULFITE .............................................................................................. 14
4.2 ESFERA DE VIDRO ......................................................................................... 19
4.3 FIO DE CABELO .............................................................................................. 23
5 CONCLUSÃO...................................................................................................... 25
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................... 26
1 INTRODUÇÃO

1.1. TEORIA DOS ERROS

Ao fazermos várias medições de uma grandeza física com um instrumento de


medida, encontramos valores variáveis nessas medidas. Por esse motivo, a Teoria
dos Erros é importante, ela garante que o valor de uma medida seja o mais próximo
do valor verdadeiro.

Quando uma medida é realizada, buscando chegar mais próximo do valor


verdadeiro, existe uma incerteza. Sendo assim, para diminuir os erros, a média de
todas as medições que foram realizadas deve ser feita.

1.1.1. DESVIO

Subtraindo o valor considerado verdadeiro, ou seja, média de todas as


medidas, e o valor obtido pelas medições realizadas obtemos o que é chamado de
Erro. O erro verdadeiro é desconhecido, assim como o valor verdadeiro da medida,
consequentemente somente o conseguimos estimar ambos.

Desta forma, trabalhamos mais usualmente com as incertezas, ou com o que


chamamos de desvio. O Desvio é definido como a diferença entre o valor obtido na
medida e o valor mais próximo do real, em que usualmente utilizaremos o que
chamamos de valor médio.

1.1.2. APRESENTAÇÃO DAS MEDIDAS

Como o erro é um valor inerente ao processo de medida de uma grandeza, o


valor medido geralmente é indicado na equação a seguir:

𝑋 = (𝑥 ± ∆𝑥) (1)
Sendo:

· 𝑥 é o valor observado em uma única medida ou valor médio de uma série de


mediadas, e deve ter o mesmo número de casas decimais de ∆𝑥. ∆𝑥 é a incerteza
da medida, apenas deve ser apresentado um algarismo significativo, quando for
apresentado mais de um algarismo significativo deve-se fazer o devido
arredondamento para que se tenha apenas um algarismo significativo no valor da
medida final.

1.1.4. OPERAÇÃOES COM DESVIO

Adição: a + b = (a ±△a) + (b ±△b) = (a + b) ± (∆a + ∆b) (2)

Subtração: a − b = (a ±△a) − (b ±△b) = (̅a − ̅b) ± (∆a + ∆b) (3)

Multiplicação: a . b = (a ±△a) . (b±△b) = (a.b) ± (a.∆b + b.∆b) (4)

Multiplicação por constante: k.a = k.(a ± △a) = (k . a) ± (k . ∆a) (5)

(𝑎±∆𝑎) 𝑎 𝑎.∆𝑏+𝑏∆𝑎
Divisão: a÷b= = (𝑏 ) ± (6)
(𝑏±∆𝑏) 𝑏2

1. 2. MICRÔMETRO

As técnicas para realizar medições são cruciais em diversos processos, desde


processos de fabricação e transformação de objetos até manutenção de objetos
mecânicos, assim, torna-se crucial o desenvolvimento de equipamentos que realizem
medidas confiáveis e precisas.

Um exemplo é o micrômetro, este aparelho foi patenteado pela primeira vez por
Jean Louis Palmer, no século 17 (Figura 1). Seu funcionamento depende do sistema
parafuso-porca e, assim como o paquímetro, utiliza o sistema do nônio criado pelo
português Pedro Nunes.
Figura 1- Micrômetro de Palmer

Fonte: MASCARENHAS, (2016).

Sua resolução varia de aparelho para aparelho, tendo maior precisão os


aparelhos com menor valor de resolução. A resolução pode ser encontrada a partir da
seguinte equação:

𝑀𝑒𝑛𝑜𝑟 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑙𝑒𝑖𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑜 𝑡𝑎𝑚𝑏𝑜𝑟


𝑅𝑒𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 = (7)
𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑑𝑖𝑣𝑖𝑠õ𝑒𝑠 𝑑𝑜 𝑛ô𝑛𝑖𝑜

Os micrômetros mais comuns possuem resolução de 0,01 ou 0,001, sendo


mais precisos que o paquímetro.

1.2.1. COMPONENTES DO MICRÔMETRO E SUAS FUNÇÕES

· O arco é constituído de aço especial ou fundido, possui tratamento térmico


para eliminar tensões internas.
· O isolante térmico, fixado ao arco, evita a dilatação do instrumento porque
isola-o da transmissão de calor das mãos.
· O fuso micrométrico garante exatidão do passo da rosca.
· As faces de medição tocam a peça a ser medida e, para isso, apresentam-
se rigorosamente planos e paralelos.
· A porca de ajuste permite o ajuste da folga do fuso micrométrico, quando
isso é necessário.
· O tambor é onde se localiza a escala centesimal. Ele gira ligado ao fuso
micrométrico. Portanto, a cada volta, seu deslocamento é igual ao passo do
fuso micrométrico.
· A catraca ou fricção assegura uma pressão de medição constante.
· A trava permite imobilizar o fuso numa medida predeterminada.

Podemos observar de forma mais dinâmica abaixo os componentes do


Micrômetro (figura 2):

Figura 2 – Componentes do Micrômetro

Fonte: MASCARENHAS, (2016).

1.2.2. PASSOS PARA REALIZAR MEDIDAS COM MICRÔMETRO

Para realizar medidas utilizando um micrômetro deve-se:

1) Colocar o instrumento deitado sobre bancada para evitar quedas;


2) Colocar a peça de trabalho entre as esperas;
3) Fechar as esperas sobre a peça de trabalho rodando o tambor cuidadosa,
até que as esperas toquem de leve na peça de trabalho;
4) Realizar a leitura;
5) Primeiro efetuar a leitura dos milímetros inteiros na escala da bainha;
6) Depois efetuar a leitura dos meio milímetros, também na escala da bainha;
7) Em seguida efetuar a leitura dos centésimos de milímetros na escala do
tambor;
8) Por último, em micrômetros com resolução 0,001, efetuar a leitura dos
milésimos com o auxílio do nônio da bainha, observando qual dos traços do
nônio coincide com o traço do tambor;

O princípio de funcionamento do micrômetro assemelha-se ao do sistema


parafuso e porca. Assim, há uma porca fixa e um parafuso móvel que, se der uma
volta completa, provocará um descolamento igual ao seu passo (VICENTE, 2017).

1.2.3. MEDIDAS DO MICRÔMETRO E SUAS UTILIDADES

Através das medições realizadas pelo Micrômetro podemos definir algumas


características do objeto medido, como por exemplo:

Diâmetro(d): medida de uma extremidade a outra de uma esfera ou circunferência.

Altura(h)

Circunferência: 𝐶 = 𝜋𝑑 (8)

𝑑𝑖𝑎𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜
Raio: 𝑟 = (9)
2

4
Volume de esfera: 𝑉 = 3 𝜋𝑟 3 (10)

Volume de cilindro: 𝑉 = 𝜋 ∗ 𝑟𝑎𝑖𝑜 2 ∗ 𝑎𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎 (11)


𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎
Densidade: 𝜌 = 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 (12)
2 OBJETIVO

Estudar de forma empírica e teórica o micrômetro para melhor compreensão


de medidas de um objeto. Através de dados precisos obtidos com o micrômetro
estabelecendo médias e erros de um objeto, utilizando contas especificas para chegar
em resultados satisfatórios e de alta precisão.
3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

3.1 MATERIAIS UTILIZADOS

• Esfera de vidro;
• Fio de cabelo;
• Folha de papel;
• Régua;
• Micrômetro;
• Balança.

3.2 MONTAGEM EXPERIMENTAL

Neste experimento, recebemos três novos objetos, com as quais deveríamos


medi-las utilizando de um micrômetro, cada objeto foi medido cinco vezes e com a
média das medidas realizadas poderíamos saber o volume e consequentemente o
material da esfera, o volume superficial da folha e a densidade do fio de cabelo. Mas
para tal objetivo foi necessário utilizar de formulas para calcular o volume e a
densidade que anteriormente já foram citadas.

Uma das peças era uma esfera perfeita de vidro, seu caso em especial, não é
um objeto pequeno, mas podemos medi-la com maior precisão desta vez, e chegar
em um valor mais aproximado de seu volume e densidade e para tal calculo somente
era necessário medir o diâmetro da esfera e aplicar na fórmula de volume, e após
calcular sua densidade, também aplicando na formula.

Figura 3: Medição do diâmetro esterno da esfera

Fonte: Os autores, (2019)


Outro objeto era uma folha sulfite, neste caso foi necessário medir suas
dimensões (altura e largura) e sua espessura, aplicar os valores na formula do
volume de um paralelepípedo, para obter seu volume total, e calcular sua densidade.

Figura 4: Medição das dimensões da folha.

Fonte: Os autores, (2019)

Figura 5: Medições da espessura da folha.

Fonte: Os autores, (2019)


O último objeto era um fio de cabelo de um dos integrantes do grupo, para
calcular seu volume foram necessários obter os valores da média de seu diâmetro
externo, aplicar na formula do volume de um cilindro e obter o valor.

Figura 6: Medição do diâmetro do fio de cabelo.

Fonte: Os autores, (2019)


4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1 PAPEL SULFITE

4.1.1. Medidas das dimensões

Foram realizadas 6 medições da altura (h), largura (L) e espessura (e) de uma
folha de sulfite A4 utilizando uma régua cuja incerteza é de 0.5 mm e um micrômetro
com resolução de 0,001 mm, de acordo com a utilidade de cada instrumento para
cada medida de dimensão. Esses dados e o valor da incerteza do instrumento usado
(∆ℎ, ∆𝐿, ∆𝑒) estão apresentados na tabela 1:

Tabela1: Dimensões da altura, largura e da espessura de uma folha de papel sulfite.

Medidas Altura(cm) Largura(cm) Espessura(cm)


1 29,7 21,0 0,0097
2 29,8 21,0 0,0093
3 29,7 21,0 0,0092
4 29,8 21,0 0,0096
5 29,8 21,0 0,0085
6 29,7 21,0 0,0095
𝑥 = (𝑥̅ ± ∆𝑥) 𝑥 = (29,75 ± 0,5)𝑚𝑚 𝑥 = (21,0 ± 0,5)𝑚𝑚 𝑥 = (0,093 ± 0,001)𝑚𝑚

Fonte: Autores, (2019).

Para o cálculo da média das medidas da altura, largura e espessura utiliza-se


a equação:

Altura:
29,7 + 29,8 + 29,7 + 29,8 + 29,8 + 29,7
𝑥̅ =
6
178,5
𝑥̅ =
6
𝑥̅ = 29,75 𝑐𝑚 = 297,5 𝑚𝑚
Largura:
21,0 + 21,0 + 21,0 + 21,0 + 21,0 + 21,0
𝑥̅ =
6
126,0
𝑥̅ =
6
𝑥̅ = 21,0 𝑐𝑚 = 210 𝑚𝑚
Espessura:
0,0097 + 0,0093 + 0,0092 + 0,0096 + 0,0085 + 0,0095
𝑥̅ =
6
0,0558
𝑥̅ =
6
𝑥̅ = 0,0093𝑐𝑚 = 0,093 𝑚𝑚

4.1.2. Valor médio e desvio ou incerteza

De acordo com a Teoria de Erros, o resultado para cada medida e seus


respectivos cálculos, foi apresentado na tabela 2 na chamada forma padrão, isto é,
um valor numérico com sua respectiva incerteza (𝑥 = 𝑥̅ ± ∆𝑥).

Depois de calculada a média das medidas, usa-se a equação para o


cálculo do desvio padrão:

Altura:
(29,75 − 29,7)2 + (29,75 − 29,8)2 + (29,75 − 29,7)2 + (29,75 − 29,8)2 + (29,75 − 29,8)2 + (29,75 − 29,7)2
𝜎 = ±√
6−1

0,025 + 0,025 + 0,025 + 0,025 + 0,025 + 0,025


𝜎 = ±√
5

𝜎 = ±√0,03 = ±0,547 𝑚𝑚
Largura:
(21,0 − 21,0)2 + (21,0 − 21,0)2 + (21,0 − 21,0)2 + (21,0 − 21,0)2 + (21,0 − 21,0)2 + (21,0 − 21,0)2
𝜎 = ±√
6−1

0+0+0+0+0+0
𝜎 = ±√
5

Para se obter um desvio padrão igual a zero é necessário que os números


usados para fazer a média sejam constantes. Sendo assim, adotaremos o menor
valor do objeto, no caso da régua, 0,5 mm.

Espessura:
(0,093 − 0,097)2 + (0,093 − 0,093)2 + (0,093 − 0,092)2 + (0,093 − 0,096)2 + (0,093 − 0,085)2 + (0,093 − 0,095)2
𝜎 = ±√
6−1

0,000016 + 0 + 0,00001 + 0,0000009 + 0,000064 + 0,00004


𝜎 = ±√
5

𝜎 = ±√0,000027 = ±0,0527 𝑚𝑚

Tabela 2: Apresentação do valor médio e do desvio ou incerteza para cada dimensão


da folha sulfite.

Objeto Altura(cm) Largura(cm) Espessura(cm)


Folha Sulfite A4 𝑥 = (29,75 ± 0,005)𝑐𝑚 𝑥 = (21,0 ± 0,005)𝑐𝑚 𝑥 = (0,0093 ± 0,527)𝑐𝑚

Fonte: Os autores, (2019).

4.1.3. Área superficial

Foi calculada a área superficial da folha de sulfite A4, como mostra os cálculos
a seguir:
𝑨 = 𝒂𝒍𝒕𝒖𝒓𝒂 × 𝒍𝒂𝒓𝒈𝒖𝒓𝒂
𝐴 = (29,75 ± 0,005) × (21,0 ± 0,005)
𝐴 = (29,75 × 21,0) ± [(21,00 × 0,005) + (29,75 × 0,005)]
𝐴 = (624,75 ± 0,25375)

Sendo assim, a área superficial da folha da sulfite é igual a:


𝐴 = (6,24 ± 0,03) × 102 𝑐𝑚2
4.1.4. Massa

Foram obtidas 6 medidas da massa do papel sulfite, através de uma balança


de incerteza de 1 g. Estes valores de massa e sua respectiva (𝑚 = 𝑚
̅ ± ∆𝑚) estão
apresentados na tabela 3.

Tabela 3: Valores da massa do papel sulfite.

1 2 3 4 5 6 𝑚 = (𝑚
̅ ± ∆𝑚)
Massa(g) 4 5 5 4 5 5 𝑚 = (5 ± 1)𝑔

Fonte: Os autores, (2019).

4.1.5. Densidade superficial

A densidade superficial do papel que constitui esse material foi calculada,


conforme mostra a seguinte equação:

(5 ± 1)
𝑑=
(6,24 ± 0,03) × 102
5 5 × 0,03 + 6,24 × 1
𝑑 = [( )±( )] × 10−2
6,24 6,242
0,15 + 6,24
𝑑 = [0,8012 ± ( )] × 10−2
38,937
6,39
𝑑 = [0,8012 ± ( )] × 10−2
38,937
𝑑 = (0,8012 ± 0,1641) × 10−2

Sendo assim, a densidade superficial da folha sulfite é igual a:

𝑑 = (0,8 ± 0,2) × 10−2 𝑔/𝑐𝑚2


A partir disso, foi possível comparar a densidade superficial da folha sulfite com
as informações de fábrica fornecidas na embalagem e calcular o erro percentual E%
entre o valor de fábrica (75𝑔/𝑚2) e o valor obtido experimentalmente.

|(75 × 10−4 ) − (0,8 × 10−2 )|


𝐸% = × 100
(75 × 10−4 )

|0,0075 − 0,008|
𝐸% = × 100
0,0075

0,0005
𝐸% = × 100
0,0075

𝐸% = 0,0666 × 100

𝐸% = 6,66%

4.1.6. Densidade volumétrica

A densidade volumétrica do papel que constitui esse material foi calculada, a


partir da equação que calcula o volume.

𝑉 = 𝑙𝑎𝑟𝑔𝑢𝑟𝑎 × 𝑎𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎 × 𝑒𝑠𝑝𝑒𝑠𝑠𝑢𝑟𝑎


𝑉 = (6,24 ± 0,03) × 102 × (8,0 ± 0,2) × 10−3
𝑉 = (6,24 × 8,0) ± (6,24 × 0,2 + 8,0 × 0,03) × 10−1
𝑉 = (49,92) ± (1,248 + 0,24) × 10−1
𝑉 = (49,92 ± 1,488) × 10−1
𝑉 = (5 ± 0,1)𝑐𝑚3

A partir disso, temos a equação da densidade volumétrica:

(5 ± 1)
𝑑=
(5 ± 0,2)
5 5 × 1 + 5 × 0,2
𝑑 = [( ) ± ( )]
5 52
6
𝑑 = [1 ± ( )]
25
𝑑 = (1 ± 0,24)

Sendo assim, a densidade volumétrica da folha sulfite é igual a:

𝑔
𝑑 = (1,0 ± 0,2)
𝑐𝑚3

Uma vez calculada a densidade volumétrica, foi possível calcular o erro


percentual (𝐸%) entre a densidade do papel (0,829 𝑔/𝑐𝑚3 ) e o valor obtido
experimentalmente.

|0,829 − 1,0|
𝐸% = × 100
0,829
|−0,171|
𝐸% = × 100
0,829
0,171
𝐸% = × 100
0,829
𝐸% = 0,20627 × 100
𝐸% = 20,63%

4.2 ESFERA DE VIDRO

4.2.1 Medidas das dimensões


Foram feitas 6 medições do diâmetro de uma esfera de vidro utilizando um
micrômetro com resolução de 0,001 mm, conforme demonstrado na tabela 4.

Para o cálculo da média das medidas do diâmetro utiliza-se a equação:

16,148 + 16,177 + 16,169 + 16,131 + 16,124 + 16,126


𝑥̅ =
6
96,875
𝑥̅ =
6
𝑥̅ = 16,145 𝑚𝑚
Tabela 4: Dimensões do diâmetro de uma esfera.

Medidas 1 2 3 4 5 6 ̅ ± ∆𝒅)
𝒅 = (𝒅

Diâmetro 16,148 16,177 16,169 16,131 16,124 16,126 𝑑 = (16,145 ± 0,001)


(mm)

Fonte: Os autores, (2019)

4.2.2 Valor médio e desvio ou incerteza

De acordo com a Teoria de Erros, o resultado para cada medida e seus


respectivos cálculos, foram apresentados na chamada forma padrão, isto é, um valor
numérico com a sua respectiva incerteza (𝑑 = 𝑑̅ ± ∆𝑑).

Depois de calculada a média das medidas, usa-se a equação para o cálculo do


desvio padrão:

[(16,145 − 16,148)2 + (16,145 − 16,177)2 + (16,145 − 16,169)2 + (16,145 − 16,131)2 + (16,145 − 16,124)2 + (16,145 − 16,126)2]
𝜎 = ±√
6−1

0,000009 + 0,01024 + 0,000576 + 0,000196 + 0,000441 + 0,000361


𝜎 = ±√
5

𝜎 = ±0,0228 𝑐𝑚2

Tabela 5: Apresentação do valor médio e do desvio ou incerteza para o diâmetro da


esfera.
Objeto ̅ ± ∆𝒅)
Diâmetro (𝒅 = (𝒅
Esfera de vidro 𝑑 = (1,62 ± 0,05)𝑐𝑚

Fonte: Os autores, (2019)


4.2.3 Massa

Foram obtidas 6 medidas da massa esfera de vidro, através de uma balança


de incerteza de 1g. Estes valores de massa e sua respectiva incerteza (𝑚 = 𝑚
̅±
∆𝑚) estão apresentadas na tabela 6.

Tabela 6: Valores de massa da esfera obtidos com uma balança de incerteza de 1g.

1 2 3 4 5 6 ̅ ± ∆𝒎)
𝒎 = (𝒎
Massa(g) 6 6 5 6 5 6 𝑚 = (5 ± 1)𝑔

Fonte: Os autores, (2019).

4.2.3 Densidade

O valor da densidade (massa específica) foi calculado em g/cm3 com sua


respectiva incerteza, a partir da equação que calcula o volume.

𝑑
𝑟=
2
(1,62 ± 0,02)
𝑟=
2
𝑟 = (0,81 ± 0,01)𝑐𝑚

A partir do cálculo do raio, podemos calcular o volume:


4𝜋𝑟 3
𝑉=
3
4 × 𝜋 × (0,81 ± 0,01)3
𝑉=
3

4 × 𝜋 × [(0,81)3 ± 3 × (0,01)2 ]
𝑉=
3
4 × 𝜋 × (0,5314 ± 0,0003)
𝑉=
3

𝑉 = 4,1887(0,5314 ± 0,0003)
𝑉 = (2,225 ± 0,0125)
𝑉 = (2,22 ± 0,01)𝑐𝑚3

Por fim, temos o cálculo da densidade da esfera igual a:


𝑚
𝑑=
𝑉
(6 ± 1)
𝑑=[ ]
(2,22 ± 0,01)
6 6 × 0,01 + 2,22 × 1
𝑑 = [( )±( )]
2,22 2,222
2,28
𝑑 = [(2,702) ± ( )]
4,9284
𝑑 = 2,702 ± 0,4626
𝑑 = (2,7 ± 0,5)𝑔/𝑐𝑚3

Com isso, conclui-se que o material que constitui a esfera é o vidro.

4.2.3 Erro percentual


Comparando o resultado do calculo da densidade da esfera de vidro com o
valor médio teórico do vidro -2,6 g/cm3- é possível calcular o erro percentual entre
esses valores.

|2,6 − 2,7|
𝐸% = × 100
(2,6)

0,1
𝐸% = × 100
2,6

𝐸% = 3,85%
4.3 FIO DE CABELO

4.3.1. Medidas das dimensões

Foram feitas 6 medições do diâmetro do fio de cabelo utilizando um micrômetro


com resolução de 0,001 mm, conforme demonstrado na tabela 7.

Para o cálculo da média das medidas do diâmetro utiliza-se a equação:

0,051 + 0,023 + 0,043 + 0,046 + 0,048 + 0,043


𝑥̅ =
6
0,254
𝑥̅ =
6
𝑥̅ = 0,042𝑚𝑚

Tabela 7: Dimensões do diâmetro do fio de cabelo.

Medidas 1 2 3 4 5 6 ̅ ± ∆𝒅)
𝒅 = (𝒅
Diâmetro(mm) 0,051 0,023 0,043 0,046 0,048 0,043 𝑑 = (0,042 ± 0,001

Fonte: Os autores, (2019).

4.3.2. Valor médio e desvio ou incerteza

De acordo com a Teoria de Erros, o resultado para cada medida e seus


respectivos cálculos, foram apresentados na chamada forma padrão, isto é, um valor
numérico com a sua respectiva incerteza (𝑑 = 𝑑̅ ± ∆𝑑).

Depois de calculada a média das medidas, usa-se a equação para o cálculo do


desvio padrão:

(0,051 − 0,042)2 + (0,023 − 0,042)2 + (0,043 − 0,042)2 + (0,046 − 0,042)2 + (0,048 − 0,042)2 + (0,043 − 0,042)2
𝜎 = ±√
6−1

𝜎 = ±√0,00443

𝜎 = ±0,0210
Tabela 8: Apresentação do valor médio e do desvio ou incerteza para o diâmetro do
fio de cabelo.

Objeto ̅ ± ∆𝒅)
Diâmetro 𝒅 = (𝒅
Fio de cabelo 𝑑 = (0,04 ± 0,2) mm

Fonte: Os autores, (2019)

O fio de cabelo pode ser medido pelo micrômetro pois a sua menor divisão é
de 0,001 mm, já o paquímetro não poderia ser utilizado pois a sua menor divisão é
0,01mm.
5 CONCLUSÃO

Após o experimento foi notado que a utilização do micrometro é muito válida


para as medidas de altas precisões. Aprendemos como manipular o instrumento para
seu uso correto e como realizar sua medida dentre vários objetos. Através desse
trabalho foi possível aprender mais sobre a teoria dos micrometros, sua origem, seus
tipos e formas de medições. Além disso, a aula de laboratório auxilia na prática das
medições e na forma corretada da verificação das mesmas, uma vez que pudemos
observar as formas de se evitar os erros para que as medições possam ser realizadas
com mais confiabilidade.
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1] RODRIGUES,Vivian Delmute.Física Experimental I e II. 2019. Disponível em:


https://suap.ifsp.edu.br/edu/dowloadmaterialaula/76178/. Acesso em: 10 de
setembro de 2019.
[2] Origem e função de um micrômetro. Loja do Profissional, 2019. Disponível em:
https://blog.lojadoprofissional.com.br/origem-e-funcao-de-um-micrometro/. Acesso
em: 19 de setembro de 2019.
[3] Nônio. Educ, 2002. Disponível em:
http://www.educ.fc.ul.pt/icm/icm2002/icm102/nonio2.htm. Acesso em: 21 de
setembro de 2019.
[4] MASCARENHAS, Rafael. Descubra o que são micrômetros e como usá-los.
Cursos Guru, 2016. Disponível em: https://www.cursosguru.com.br/descubra-o-
que-sao-micrometros-e-como-usa-los/ .Acesso em: 21 de setembro de 2019.
[5] VICENTE, Antenor. METROLOGIA INDUSTRIAL. Mundo Mecânico, 2017.
Disponível em: https://mundomecanico.com.br/wp-
content/uploads/2017/03/AP_Metrologia_2017.pdf . Acesso em: 21 setembro de
2019.

Você também pode gostar