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METROLOGIA

APLICADA
À MECÂNICA
AUTOMOTIVA

Thiago Alves da Silva


Turma MASA 62
vol. único
Índice

1- Paquímetro

2- Micrômetro

3- Relógio Comparador

4- Súbito

5- Calibre de Lâminas

6- Torquímetro
1 - Paquímetro

O paquímetro é um instrumento usado para medir com precisão as dimensões de objetos


de acordo com sua capacidade métrica. São fabricados em aço inoxidável temperado
garantindo vida longa sem oxidação, sendo que as superfícies de medição são todas
retificadas e lapidadas. Para o paquímetro universal sua escala é gravada por um
processo a laser que garantirá linhas e números nítidos sobre as escalas.

Partes do Paquímetro

A figura abaixo ilustra os componentes do paquímetro.

1. orelha fixa 8. encosto fixo


2. orelha móvel 9. encosto móvel
3. nônio ou vernier (polegada) 10. bico móvel
4. parafuso de trava 11. nônio ou vernier (milímetro)
5. cursor 12. impulsor
6. escala fixa de polegadas 13. escala fixa de milímetros
7. bico fixo 14. haste de profundidade
Medição com Paquímetro

O paquímetro é um instrumento para medições internas e externas. Como ilustrado


abaixo:

Formas de medição com um paquímetro: medição externa, interna, ressalto e profundidade.

Utilização correta do paquímetro:

É importante salientar a correta utilização do paquímetro.

Forma de posicionar a peça entre as superfícies de medição. Devesse abrir além do limite da peça e só
após encostar levemente a superfície de contato.
Posicionamento do paquímetro para medições externas.

Posicionamento do paquímetro para medições internas.

Posicionamento do paquímetro para medições de ressalto.

Posicionamento do paquímetro para medições de profundidade.


Utilização do paquímetro.

A escala do cursor é chamada de nônio ou vernier, em homenagem ao português Pedro


Nunes e ao francês Pierre Vernier, considerados seus inventores

O nônio possui uma divisão a mais que a unidade usada na escala fixa.

No sistema métrico, existem paquímetros em que o nônio possui dez divisões


equivalentes a nove milímetros (9mm).
Há, portanto, uma diferença de 0,1 mm entre o primeiro traço da escala fixa e o primeiro
traço da escala móvel.
Essa diferença é de 0,2 mm entre o segundo traço de cada escala; de 0,3 mm entre o
terceiros traços e assim por diante.

Cálculo de resolução

As diferenças entre a escala fixa e a escala móvel de um paquímetro podem ser


calculadas pela sua resolução.
A resolução é a menor medida que o instrumento oferece. Ela é calculada utilizando-se a
seguinte fórmula:
Paralaxe

Dependendo do ângulo de visão do operador, pode ocorrer o erro por paralaxe, pois
devido a esse ângulo, aparentemente há coincidência entre um traço da escala fixa com
outro da móvel.
O cursor onde é gravado o nônio, por razões técnicas de construção, normalmente tem
uma espessura mínima (a), e é posicionado sobre a escala principal.
Assim, os traços do nônio (TN) são mais elevados que os traços da escala fixa (TM).
Colocando o instrumento em posição não perpendicular à vista e estando sobrepostos
os traços TN e TM, cada um dos olhos projeta o traço TN em posição oposta, o que
ocasiona um erro de leitura.
Para não cometer o erro de paralaxe, é aconselhável que se faça a leitura situando o
paquímetro em uma posição perpendicular aos olhos.

2 – Micrômetro

O micrômetro é um instrumento de medida voltado para a medição de pequenas peças


com extrema precisão, assim como o paquímetro. A diferença é que o micrômetro é ainda
mais preciso!

Ele é caracterizado por um arco, uma estrutura de batente e fuso para apertar, e por uma
estrutura para segurar. Nela, temos a bainha, onde há uma escala graduada, o tambor,
onde há outra escala, e a catraca para girar.

Nomenclatura do micrômetro
O micrômetro é composto de mais partes que um paquímetro, inclusive possui partes
mais delicadas e menores para possibilitar medições mais precisas. Segue abaixo as
principais partes que constituem esse instrumento:
· Arco - Principal parte. Abrange todas as partes e possui fixo em si o isolamento
térmico.
· Contato fixo - Parte que possui uma das duas superfícies de contato.
· Contato móvel - Uma das duas partes que entram em contato com a peça.
· Fuso - Parte cilíndrica que gira alternando a abertura do micrômetro. Em sua
extreminade está o contato móvel.
· Bainha ou Cilindro - Como o próprio nome diz, é por onde percorre o fuso. Nela
está contido a escala principal por onde percorre o tambor. Nos micrômetros milesimais
possui o nônio milesimal.
· Bucha interna - fornece o alinhamento e folga adequada ao fuso.
· Porca de ajuste - para calibrar o instrumento.
· Catraca - Na regulagem correta permite a pressão adequada de contado na peça.
· Parafuso Micrométrico - É um pequeno parafuso no interior da bainha. Além de
possuir filetes micrométricos também possui uma precisão muito grande para garantir a
precisão do micrômetro.
· Tambor - Parte cilíndrica onde em seu interior estão a maioria das partes. Em sua
superfície externa está gravado o nônio. Permite leituras menores que a menor divisão
da escala principal gravada na bainha.
· Trava de Parafuso Micrométrico - É uma pequena trava do tipo alavanca para fixar
o movimento de abertura do micrômetro. Utilizada para evitar a alteração da medida
durante o manuseio.
· Isolamento térmico - É uma cobertura sobre o arco para evitar que o contato da
mão do usuário não aqueça o instrumento causando sua dilatação e possível variação
na medida.

Capacidade
A capacidade de medição dos micrômetros normalmente é de 25 mm (ou 1″polegada),
variando o tamanho do arco de 25 em 25mm (ou 1 em 1″polegada). Podem chegar a
2000mm (ou 80″polegadas).

Resolução
A resolução nos micrômetros pode ser de 0,01mm – 0,001mm – .001″ ou .0001″.
No micrômetro de 0 a 25 mm ou de 0 a 1″, quando as faces dos contatos estão juntas, a
borda do tambor coincide com o traço zero (0) da bainha. A linha longitudinal, gravada na
bainha, coincide com o zero (0) da escala do tambor.
O que medir com o micrômetro?

Esse instrumento serve para medir espessura, altura, largura e profundidade de peças
pequenas, em milímetros ou polegadas.

Como funciona o micrômetro?


O princípio de funcionamento do micrômetro assemelha-se ao do sistema parafuso e
porca. Assim, há uma porca fixa e um parafuso móvel que, se der uma volta completa,
provocará um descolamento igual ao seu passo. Confira na figura:

Imagem: Digimess

Desse modo, se dividirmos a cabeça do parafuso, podemos avaliar frações menores que
uma volta e, com isso, medir comprimentos menores do que o passo do parafuso.

Então, para medir um objeto, é só colocá-lo entre o batente e o fuso. A seguir, é só girar o
controle do pistão até tocar no objeto e ouvir "cliques". Acione a trava e pronto. Agora é só
ler!

Como ler o micrômetro:


Pode parecer difícil ler o micrômetro, mas basta ter atenção e conhecer bem a
ferramenta. Como falamos antes, existem duas escalas na ferramenta: a escala
horizontal da bainha e a escala vertical do tambor, indicadas na imagem acima.
Nesta escala horizontal, cada traço grande vale 1mm e os traços pequenos valem 0,5mm.
Na escala vertical do tambor, cada traço vale 0,01mm.
Então, depois de colocar o objeto, veja onde o tambor parou. Primeiro, olhe os traços
grandes da escala horizontal, depois os traços pequenos da escala horizontal. Por
exemplo, se o tambor passou o traço grande de 10mm, e parou um traço pequeno depois,
temos 10,5mm.
Por fim, somamos a medida da escala vertical que estiver em contato com a linha da
escala horizontal (o ponto de contato está marcado com um círculo na imagem acima).
Por exemplo, se ali marcar no 12, então são mais 0,12mm na medida.
Isso quer dizer que o objeto do nosso exemplo tem 10,5+0,12 = 10,62mm.
Existe, também, a versão digital do micrômetro. Neste caso, a medida aparecerá
automaticamente no visor após acionar a trava.

3 - Relógio Comparador

O relógio comparador é um instrumento de medição de comprimento por comparação, no


qual o deslocamento axial de uma haste móvel (percebida pela superfície de contato) é
transmitido e amplificado por meio mecânico adequado para um ponteiro que gira na
frente de uma escala analógica circular.
Pode existir também um indicador de voltas, por exemplo, um ponteiro menor que gira na frente de
uma escala que indica o número de voltas do ponteiro maior ou o deslocamento axial da haste
móvel.
O relógio comparador é um dos poucos instrumentos de medida analógicos que permitem a
medição de grandezas lineares de forma direta (medindo diretamente a grandeza desejada) ou
indireta (estabelecendo a diferença entre a grandeza desejada e outra conhecida).
Alguns relógios trazem indicadores móveis de limites (limitadores de tolerância). Esses indicadores
podem ser ajustados nos valores máximo e mínimo permitidos para a peça que será medida.
Este instrumento de medição opera afixado a dispositivos como bases, apoios, desempenos ou
guias. Existem ainda os acessórios especiais que se adaptam aos relógios comparadores. Sua
finalidade é possibilitar controle em série de peças, medições especiais de superfícies verticais, de
profundidade, de espessuras de chapas, etc.
No Brasil, a norma ABNT NBR ISO 463:2013 especifica as mais importantes características
metrológicas e de projeto de relógios comparadores mecânicos (analógicos).

Partes de um relógio comparador analógico.

Quando a superfície de contato sofre uma pressão e o ponteiro gira em sentido horário, a
diferença é positiva. Isso significa que a peça apresenta dimensão maior do que a
estabelecida.
Se o ponteiro girar em sentido anti-horário, a diferença será negativa, ou seja, a peça
apresenta dimensão menor do que a estabelecida.
Os relógios comparadores possuem um sistema de ajuste do zero, o qual não pode ser
movido acidentalmente. Este sistema geralmente é um dispositivo de trava com uma
braçadeira ou por atrito.
Os relógios comparadores, em geral, trazem impresso no mostrador as informações sobre
seu valor de divisão (por exemplo: 0,01 mm, 0,001″, etc.).
Nos relógios comparadores mais utilizados, uma volta completa do ponteiro principal
corresponde a um deslocamento de 1 mm da superfície de contato. Como a escala
contém 100 divisões, cada divisão equivale a 0,01 mm.
Esta característica torna necessário que algum dispositivo conte o número de voltas do
ponteiro principal (número de milímetros inteiros a ser somado à parte centesimal).
Condições de uso

Antes de medir uma peça, é necessários certificar-se de que o relógio se encontra em


boas condições de uso.
A verificação de possíveis erros é feita da seguinte maneira: com o auxílio de um suporte
de relógio, tomam-se as diversas medidas nos blocos-padrão. Em seguida, deve-se
observar se as medidas obtidas no relógio correspondem às dos blocos. São encontrados
também calibradores específicos para relógios comparadores.

Suporte magnético para relógio comparador.


Verificação de relógio comparador com uso de blocos padrão sobre uma mesa de desempeno.

Colocar o relógio sempre numa posição perpendicular em relação à peça, para não
incorrer em erros de medição.

Fixação do relógio comparador

Há dezenas de modelos de relógios comparadores em uso na indústria metal-mecânica,


todos têm em comum locais apropriados para os fixar a dispositivos ou acessórios
adequados.
Geralmente, os relógios comparadores não são instrumentos de medição manuais, exceto
quando associados a dispositivos manuais adequados.

Aplicando a pré-carga

Quando o relógio comparador está ‘fora de uso’ uma mola empurra sua haste móvel e a
superfície de contato até o final do curso, para se tomar a medida adequadamente é
necessário encostar a superfície de contato na superfície que se deseja medir, ou na de
controle, e ‘empurrar’ o relógio, de modo a dar uma carga na mola e espaço para a haste
móvel ir e voltar, sem correr o risco da superfície de contato se afastar da superfície ou a
haste móvel ‘bater’ no fim-de-curso, forçando o instrumento contra o dispositivo de
fixação.

Zerando o relógio comparador

A aplicação da pré-carga faz o ponteiro do relógio comparador girar. Alguns acessórios de


fixação possuem dispositivos que permitem um ajuste fino, levando o ponto zero da
escala até onde se encontra o ponteiro, contudo, os relógios comparadores são dotados
de um anel externo que permite girar o mostrador para alinhar o zero do mostrador com o
ponteiro principal. Para isto deve-se soltar o parafuso de fixação do anel externo.
Aplicação de pré-carga e ajuste do zero.

Medição direta

Medição direta é quando o valor da grandeza desejado (mensurando) é lido diretamente


no dispositivo mostrador do instrumento de medição. Por exemplo, quando determinamos
uma dimensão linear com um paquímetro.
A leitura que obtemos na escala e no nônio, desconsiderando os erros, é a medida efetiva
do objeto que está sendo submetido à medição.
Utiliza-se o relógio comparador nesta modalidade de medição em conjunto com
desempenos e/ou suportes para medir a espessura de chapas, por exemplo, dentre
outras medidas relativamente pequenas.
Submete-se o instrumento a uma pré-carga, ajusta-se o zero (girando o mostrador), em
seguida a haste móvel deve ser movida manualmente dando espaço para colocar o objeto
a ser medido no eixo do instrumento. Feito isso, a haste móvel deve então retornar até
entrar em contato com a peça. A dimensão é lida diretamente no mostrador, pela posição
relativa (deslocamento) do ponteiro principal e do contador de voltas.
Este passo a passo descreve os procedimentos para a leitura da Figura 1, observe que os
ponteiros giram em sentidos contrários, sendo que o ponteiro principal se desloca no
sentido horário.
Leitura direta.

• O instrumento deve ser fixado em um suporte que trabalha em conjunto com um


desempeno;
• Encostar a superfície de contato no desempeno e aplicar a pré-carga;
• Girar o mostrador até o traço com o zero (0) fique alinhado com o ponteiro;
• Ler a condição inicial dos ponteiros, comparando com o mostrador;
• Cuidadosamente, levantar a haste móvel até que haja espaço para a entrada do
objeto da medição;
• Com o mesmo cuidado retornar a haste móvel (propelido por uma mola) até que
ele toque no objeto da medição;
• Ler o ponteiro do contador de voltas (mostrador pequeno), subtraindo o número de
traços da escala que ele varreu:
3 – 0 = 3 mm
• Observe que o ponteiro estava perfeitamente alinhado com o zero no início e
depois passou a linha três. Isto significa que há uma parte centesimal a ser
apreciada;
• Ler o ponteiro principal para determinar os centésimos;
• Ele varreu dez traços da escala (0,01 mm cada), parando exatamente sobre o traço
identificado como 10, que equivale à 0,10 mm, assim:
10 x 0,1 mm = 0,10 mm
• Somar os resultados:
3 mm + 0,10 mm = 3,10 mm
Este valor é a dimensão do objeto que está sendo medido.

Medição indireta
Uma possibilidade de utilização do relógio comparador é calcular a diferença entre a
dimensão de um padrão e a do mensurando.
Dimensão da peça = Dimensão do padrão +/- Valor lido no instrumento
O instrumento deve ser zerado com um padrão cuja dimensão seja conhecida, e então é
estabelecida a diferença entre a dimensão do padrão e a do objeto que esta sendo
submetido à medição.
Este passo a passo descreve os procedimentos para a leitura em um relógio comparador,
observe que os ponteiros giram em sentidos contrários, e dessa vez o ponteiro principal
se desloca no sentido anti-horário, pois o comprimento do bloco-padrão (referência) é
maior do que o comprimento a ser medido.

Leitura indireta.

Não esquecer que para leituras indiretas:

Dimensão da peça = Dimensão do padrão +/- Valor lido no instrumento


• O instrumento deve ser afixado em um suporte que trabalha em conjunto com um
desempeno;
• Encostar a superfície de contato no bloco-padrão e aplicar a pré-carga;
• Girar o mostrador até o traço com o zero (0) fique alinhado com o ponteiro;
• Ler a condição inicial dos ponteiros;
• Cuidadosamente, levantar a haste móvel, retirar o padrão e coloque o objeto da
medição;
• Com o mesmo cuidado retornar a haste móvel até que toque o objeto da medição;
• Ler o ponteiro do contador de voltas e subtrair o número de espaços entre os
traços que ele varreu;
8 – 6 = 2 mm
(o ponteiro se movimentou no sentido contrário ao da contagem)
• Ler o ponteiro principal para determinar os centésimos;
• O ponteiro principal varreu 56 traços quando saiu do zero, assim:
56 x 0,01 mm = 0,56 mm
• Observe que ele varreu os décimos no sentido contrário ao da contagem, contudo,
o ponteiro não chegou ao 70 centésimos, faltou um centésimo.
• Somar os resultados:
2 mm + 0,56 mm = 2,56 mm
• Somar este resultado com o valor da dimensão do padrão.
6,4 mm + 2,56 mm = 8,96 mm

4 - Súbito (RELÓGIO MEDIDOR INTERNO (SÚBITO)

Os relógios comparadores também podem ser utilizados para furos. Consiste


basicamente num mecanismo que transforma o deslocamento radial de uma ponta de
contato em movimento axial transmitido a um relógio comparador, no qual pode-se obter a
leitura da dimensão. O instrumento deve ser previamente calibrado em relação a uma
medida padrão de referência. Esse dispositivo é conhecido como medidor interno com
relógio comparador ou súbito.

Abaixo temos os principais componentes do relógio medidor interno (súbito)


As sua pontas de contato em metal duro asseguram uma alta durabilidade e resistência
ao desgaste.
Esses novos modelos reduzem em 50% a influência do aquecimento proveniente das
mãos dos operadores, com a proteção térmica mais alongada e com sua estrutura interna
oca, assegurando assim medições com mais qualidade.
Extensões opcionais podem ser montadas para medição de furos mais profundos.
Esse instrumento foi desenvolvido para efetuar medições por comparações em diâmetros
internos com diferentes profundidades.
Possui batente fixo em aço ou metal duro.
Ponta móvel com esfera de metal duro.
Batentes intercabiáveis.
Espaçadores para ajuste.

4 – Calibre de Lâminas

O calibrador de folga é utilizado inicialmente na fabricação e manutenção de


equipamentos automotivos, aviação, agrícola, diesel, dispositivos e trabalho de
calibração.
É um conjunto de lâminas de vários diâmetros para ajustar as folgas de conjuntos, para
que sejam montados de forma correta.
São projetados para medir a folga interna, durante o ajuste de rolamentos auto
compensadores de rolos. Existem duas variações: 13 lâminas de 100mm de
comprimento e outro modelo com 29 lâminas de 200mm de comprimento.

Benefícios

As ferramentas são produzidas e testadas conforme as normas específicas.


Sua utilização pode ser específica em ajustes de tuchos, velas, pontos de distribuição,
verificação de folgas em rolamentos e engrenagens, ajuste de pistões, anéis e pinos de
calibração de canais estreitos. Auxilia no controle de folga de diversos equipamentos
A folga inicial e a dilatação do anel interno permite medir, a redução da folga durante a
montagem. Ao invés de medir a redução da folga, pode-se medir o deslocamento axial
do anel interno sobre a bucha de fixação.
Fonte: casadoroadie

Utilização

Utilizado quando se deseja efetuar a medida da folga entre o anel de segmento e o


pistão de um motor de combustão endotérmica, ou a folga existente entre duas
engrenagens.
Por sua grande capacidade de carga, são utilizados para o suporte de cargas elevadas,
devendo ser montados com ajuste forte.
Quando o anel interno ou externo está devidamente fixado, o anel se move livremente,
podendo se deslocar na direção radial ou axial. E é este deslocamento que
denominamos como folga interna radial ou axial.
Aplicando uma carga leve sobre a pista de forma que a folga interna possa ser medida de
forma precisa. Uma pequena parcela de deformação elástica do rolamento ocorre com a
aplicação desta carga de medição, e o valor da medida de folga (folga média). Se a folga
negativa aumentada, pelas condições flutuantes de operação haverá aquecimento e
consequentemente, a diminuição da vida do rolamento. Em condições comuns deve-se
selecionar uma folga interna onde a folga em operação seja ligeiramente maior do que
zero.
O ângulo de folga é determinado em função do material a ser furado, quanto mais duro
for o material, menor deve ser este ângulo.
Fonte: SKF

Modelos:

Calibrador de folgas em leque

O calibrador de folga em formato de leque é utilizado na fabricação e manutenção de


equipamentos automotivos de aviação, etc. Fabricado em aço liga temperado.

Fonte: Starre
Calibrador de folgas em lâminas avulsas

Muito utilizado em verificação de folgas ou calços em ajuste de dispositivos mecânicos.


Fabricado em aço liga temperado, com comprimento em média de 300mm e largura de
13mm.
Fonte: tecnoferramentas

Calibrador de folga e rolo

Geralmente cortados em um cumprimento desejável, e utilizados em trabalhos de


verificação de folga ou ajuste de dispositivos mecânicos. Fabricado em aço liga
temperado e comprimento de 5m e largura de 13mm.
Geralmente utilizado para ajustar tuchos, válvulas, pontos de distribuidor, verificar folgas
de rolamentos e engrenagens.
4 – Torquímetro

Em princípio, torquímetros são ferramentas de precisão utilizadas para medir o torque


aplicado em porcas e parafusos evitando folgas ou apertos excessivos, de modo que o
aperto seja dado com valor exato.
Muitos reparadores fazem confusão entre os termos precisão e exatidão. Por serem
termos com significados parecidos, é normal que haja essa confusão. Vamos esclarecer:
• Exatidão: Um torquímetro com uma boa exatidão é aquele em que o valor
medido, ou configurado, fica próximo ao valor real, ou seja, você pode confiar no
valor medido. Isto é, se configurado para 65 N.m, o torquímetro realizará apertos
bem próximos ao valor configurado (um aperto de 65,1 ou 64,9 N.m.) e você
poderá confiar no valor da configuração.
• Precisão: Em um torquímetro com boa precisão os resultados das medidas se
repetem. Por exemplo, quando configurado para um torque de 90 N.m, o
torquímetro realizará três apertos consecutivos de 91 N.m. Portando, ele vai
“cravar” apertos em um mesmo valor e será considerado um instrumento preciso.
Contudo, um torquímetro com boa precisão nem sempre tem uma boa exatidão, e vice-
versa. Por isso a importância de adquirir produtos de procedência e que tenham passado
por testes de qualidade.

Dicas de utilização

Uma dica importante para que você aumente a vida útil do seu torquímetro é fazer o “pré-
aperto” com uma chave de torque normal. Utilize o torquímetro apenas para o ajuste fino
do aperto e nunca utilize o torquímetro para retirar parafusos já fixados.
Outra dica importante para que você utilize corretamente um torquímetro é nunca parar a
aplicação do torque na metade do aperto, sempre aplique o torque de forma contínua até
que você alcance o torque desejado. Porém, se você parar o movimento de aperto antes
do fim, ao tentar retomar o movimento, no caso dos torquímetros de estalo, é possível que
você escute o estalo antes que o torque correto seja aplicado no parafuso. Isso acontece
porque o torque para iniciar o movimento do parafuso é maior que o torque necessário
para manter o movimento contínuo.
Sempre que você finalizar os trabalhos com um torquímetro de estalo, guarde-o com a
configuração mínima de aperto. Isso fará com que o mecanismo interno mantenha os
padrões e dure por mais tempo. Porém, falaremos sobre os torquímetros de estalo mais à
frente!
O que é torque?

O torque é a multiplicação da força que se faz numa alavanca (braço de alavanca) com o
comprimento desta alavanca. Em outras palavras, se você aplicar uma força de 20
newtons numa chave que tem meio metro (0,5 m) de comprimento, o torque que você
está aplicando será de 20 * 0,5 = 10 N.m.
As unidades de medida mais utilizadas para medir torques são:
• N.m: newton x metro;
• Kgf.m: quilograma-força x metro;
• Lbf.ft: libra-força x pé;
• Lbf.in: libra-força x polegadas,
sendo as duas últimas pouco utilizadas no Brasil e muito utilizadas nos EUA.
Para fazer a conversão aproximada de valores em newton x metro para quilograma-
força x metro, e vice-versa, é simples:
• N.m para Kgf.m: divide por 10;
• Kgf.m para N.m: multiplica por 10;
Agora, se você fosse levar em consideração o valor exato desta relação, o correto seria
dividir ou multiplicar por 9,8066. Porém, esta aproximação é válida e muito utilizada na
prática. Facilita bastante o cálculo.

Exemplos de aplicações
Em nosso ramo automobilístico as aplicações desta ferramenta são diversas. Portanto,
separamos alguns exemplos de aplicações para que fique claro a importância de ter um
torquímetro na sua oficina:
• Parafusos de Fixação da Bomba de Óleo
• Bujão do Cárter
• Parafusos de Fixação das Bielas
• Porca e Parafuso de Fixação da Bomba D’água
• Parafusos de Fixação do Cárter
• Porca de Fixação da Coluna ao Pinhão da Caixa de Direção
• Parafusos de Fixação do Volante ao Virabrequim
• Interruptor de Pressão do Óleo do Motor
• Parafusos de Fixação dos Mancais do Virabrequim
• Sensor de Detonação
• Parafusos da Tampa de Válvula
• Interruptor de Pressão do Óleo do Motor
• Parafusos de Fixação do Coletor de Admissão ao Cabeçote
• Vela de Ignição
• Parafusos de Fixação dos Mancais do Eixo Comando de Válvulas ao Cabeçote
• Sensor de Temperatura da Água
• Parafusos do Cabeçote ao Bloco
• Parafuso de Fixação da Engrenagem do Eixo Comando

Tipos de Torquímetros

Agora, falaremos sobre os tipos de torquímetros, suas vantagens e desvantagens para


que você tenha mais confiança na hora de adquirir o seu!
Os tipos mais comuns de torquímetros encontrados à venda são:
• TORQUÍMETRO DE ESTALO
• TORQUÍMETROS DIGITAIS
• TORQUÍMETRO DE VARETA
• TORQUÍMETROS DE RELÓGIO

Torquímetros de Estalo

Como o nome já diz, esse tipo de torquímetro sinaliza com um estalo quando você
alcança o torque especificado. Neste torquímetro, você faz a configuração do torque de
forma mecânica através de uma parte móvel presente no cabo do torquímetro que aciona
um dispositivo interno ao cabo. Este dispositivo é composto por molas e esferas que
fazem o controle da medição.
Entretanto, os torquímetros não impedem que você ultrapasse o torque configurado.
Então tome cuidado e aplique o torque sempre gradativamente, para evitar retrabalhos.
Portanto, a norma regulamentadora define que o erro de exatidão, ou seja, o torque
aplicado, pode variar em +/- 6% em instrumentos com escalas menores que 10 N.m. (ou 1
kgf.m.) e de 4% para torque máximos com escalas maiores que 10 N.m. (ou 1 kgf.m.).
Estes erros são válidos para medidas feitas entre 20 a 100% da escala do instrumento.
Torquímetro de estalo

Vantagens:
• Boa precisão;
• Boa exatidão;
• Permite configurar o torque desejado.
Desvantagens:
• Custo elevado;
• Baixa faixa de operação, muitas vezes sendo necessário adquirir um torquímetro
para torques altos e outro para torques baixos.

Torquímetros Digitais

Existem três configurações de torquímetros digitais:


• Adaptador de chave de torque
• Torquímetro digital
• Torquímetro digital de estalo

Adaptador de chave de torque


Em primeiro lugar, o adaptador de chave de torque que, como o nome diz, é um
adaptador que encaixa-se entre a chave de torque e o parafuso.
Nele você faz a configuração do torque desejado através do display de LCD do
instrumento, aplica a força e aguarda o sinal sonoro indicando que você alcançou o torque
configurado.
Logo, por ser um instrumento digital, tem um custo elevado, pois ele é controlado por um
CI (circuito-integrado). É também um torquímetro com boa exatidão, porém, não é o mais
preciso.
Portanto, aqui você também precisa ter o cuidado para não ultrapassar o valor de torque
configurado, pois nada impede que você ultrapasse-o.

Adaptador digital de chave de torque

Torquímetro digital

A segunda configuração tem o princípio de funcionamento similar à primeira, mas o


sistema eletrônico de medição do torque aplicado fica no próprio cabo, ou alavanca, do
torquímetro.
Assim, é um instrumento mais robusto que a primeira configuração e também mais caro.
Têm boa exatidão e a precisão depende do operador, pela mesma característica de não
impedir que você ultrapasse o torque configurado.
Muitos modelos deste tipo de torquímetro, e também da próxima configuração que iremos
comentar, vêm com medidor de torque angular integrado. Nesse sentido, falaremos mais
sobre torques angulares neste post!
Torquímetro digital

Torquímetro digital de estalo

A terceira e última configuração é o torquímetro digital de estalo, de longe o torquímetro


com maior exatidão, maior precisão e também o mais caro.
Conforme, essa configuração une a eficácia das medições do sistema eletrônico com a
precisão do sistema de controle do torque aplicado dos torquímetros de estalo, fazendo
com que este seja o melhor torquímetro que você encontrará à venda.
Porém, não se anime muito… Os preços desse “brinquedo” são pra lá de salgados. Você
deve pensar muito bem sobre o retorno que este instrumento dará para sua oficina,
portanto, avalie a situação antes de adquirir um!
Portanto, a norma regulamentadora define que para torquímetros digitais, o erro de
exatidão, ou seja, o torque aplicado, pode variar em +/- 6% em instrumentos com escalas
menores que 10 N.m. (ou 1 kgf.m.) e de 4% para torque máximos com escalas maiores
que 10 N.m. (ou 1 kgf.m.). Estes erros são válidos para medidas feitas entre 20 a 100%
da escala do instrumento.
Torquímetro de estalo digital

Torquímetros de Vareta

Esse tipo de torquímetro é o recomendado para iniciar-se no mundo dos torques por ser
composto de um mecanismo mais simples, se comparados aos outros tipos existentes.
Ou seja, duas hastes paralelas onde uma delas movimenta-se em conjunto com a escala
analógica. A outra haste fica imóvel apontando o deslocamento do primeiro conjunto,
fazendo assim a medição do torque aplicado.
Porém, por não ter como configurar o torque desejado, ao utilizar o torquímetro de vareta
você precisa ter cuidado e aplicar o torque gradativamente até alcançar o valor desejado.
Portanto, a norma regulamentadora define que para este tipo de torquímetro, o erro de
exatidão, ou seja, o torque aplicado, pode variar em +/- 6%. Este erro é válido para
medidas feitas entre 20 a 100% da escala do instrumento.
Torquímetro de vareta
Vantagens:
• Baixo custo;
• Fácil de usar;
• Torques no sentido horário e anti-horário sem necessidade de ajuste.
Desvantagens:
• Descalibra com mais facilidade;
• Erros de paralaxe;
• Baixa precisão;
• Permite torques excessivos.

Torquímetros de Relógio

Primeiramente, o torquímetro de relógio é o mais simples de utilizar, pois basta você


aplicar a força necessária que o ponteiro mostra o valor medido em tempo real, sem a
necessidade de configuração ou algo do tipo.
Muitos desses torquímetros são equipados com um ponteiro de arrasto e são úteis para
verificar torques já aplicados. Por exemplo, ao fazer a verificação do torque aplicado aos
parafusos do cabeçote do motor. Aplica-se um torque até que o parafuso comece a girar e
observa-se, pela posição do ponteiro de arrasto, o valor estimado do torque que está
aplicado.
Por não ter como configurar o torque desejado, ao utilizar o torquímetro de relógio você
precisa ter cuidado e aplicar o torque gradativamente até alcançar o valor desejado.
Existem, também, torquímetros de relógio com escala móvel, facilitando a calibração do
instrumento. Falaremos sobre a importância da calibração do seu torquímetro mais à
frente!
Portanto, a norma regulamentadora define que para este tipo de torquímetro, o erro de
exatidão, ou seja, o torque aplicado, pode variar em +/- 6% em instrumentos com escalas
menores que 10 N.m. (ou 1 kgf.m.) e de 4% para torque máximos com escalas maiores
que 10 N.m. (ou 1 kgf.m.). Estes erros são válidos para medidas feitas entre 20 a 100%
da escala do instrumento.

Torquímetro de relógio
Vantagens:
• Fácil de usar;
• Possibilidade de medir torques já aplicados.
Desvantagens:
• Custo elevado;
• Erros de paralaxe;
• Precisão depende do operador.

Torque Angular

Para complementar, existem dois tipos de apertos de um parafuso:


• aperto na região elástica, onde o parafuso deforma-se e tende a voltar para a
forma original;
• aperto na região plástica, onde há uma deformação permanente no parafuso.
Assim, os parafusos que têm apertos angulares (medido em graus) sofrem uma
deformação permanente e necessitam de troca toda vez que você retirá-los.
Apesar de parecer um ponto negativo, o aperto na região plástica é muito mais firme e
você não precisará realizar o “reaperto” no futuro.
Por analogia, para ilustrar algumas situações práticas sobre este assunto o CEO da
Doutor-IE, Válter Ravagnani, fala sobre torques incomuns nos parafusos de fixação do
tensionador e do rolamento auxiliar do Motor GM 1.8 Ecotec e do parafuso de fixação da
polia dos órgãos auxiliares do Ford Ka 3 cilindros

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