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METROLOGIA

Metrologia

Leitura e Interpretação de Paquímetros

O paquímetro é um instrumento usado para medir com precisão as dimensões de pequenos objetos.
Trata-se de uma régua graduada, com encosto fixo, sobre a qual desliza um cursor. O paquímetro
possui dois bicos de medição, sendo um ligado à escala e o outro ao cursor.

Para que serve um paquímetro?

Com um paquímetro podemos medir diversos objetos, tais como: parafusos, porcas, tubos, entre ou-
tros. Para realizar tal medição basta aproximar o objeto do bico superior e deslizar o cursor até que a
peça fique justa.

Quem inventou o paquímetro e como são suas medida?

O paquímetro possui normalmente uma graduação em centímetros e outra em polegadas para que
possamos realizar as medições. O cursor móvel tem uma escala de medição que se denomina nônio
ou vernier. A escala é chamada de nônio ou vernier em homenagem aos seus criadores: o português
Pedro Nunes e o francês Pierre Vernier. O vernier (nônio) possui uma escala com n divisões para X
mm da escala fixa.

No exemplo ao lado, o nônio está dividido em 10 partes iguais e que equivalem a 9mm, ou seja, o
primeiro traço do nônio está 1/10 mm antes do traço da escala fixa, o segundo está a 2/10 e assim por
diante.

Elementos Do Paquímetro

Em um paquímetro temos:

1. Orelha fixa

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2. Orelha móvel

3. Nônio ou vernier *(polegada)

4. Parafuso e trava

5. Cursor

6. Escala fixa

7. Bico fixo

8. Encosto fixo

9. Encosto móvel

10. Bico móvel

11. Nônio ou vernier (milímetro)

12. Impulsor

13. Escala fixa de milímetros

14. Haste de profundidade

Tipos de Paquímetros

Existem diversos tipos de paquímetro no mercado. Abaixo listamos os principais instrumentos, suas
respectivas características e uma imagem representativa.

Exemplo Do Uso Do Paquímetro

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Na animação acima é possível ver o funcionamento de um paquímetro e a forma que é realizada a


medição. É dessa maneira que é feita a leitura do paquímetro.

Como usar o Paquímetro

Para ser usado de forma correta, o paquímetro precisa:

• Ter seu cursor e encosto limpos e a peça a ser medida precisa estar bem posicionada entre seus
bicos;

• Não expor o instrumento a luz solar direta;

• Não desmontar o equipamento;

• Evitar choques ou movimentos bruscos;

• Evitar um aperto forte dos bicos sobre o objeto que seá medido

Aplicações Usuais do Paquímetro

Acima uma imagem que ilustra sete formas de utilizar o paquímetro. Exemplos de medição interna,
externa e de profundidade. A figura mostra várias maneiras de utilizar o instrumento.

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O paquímetro é encontrado em qualquer loja de ferramentas de precisão, casa de máquinas, acessó-


rios de ferramentas, casas de parafusos e outros locais onde é comercializados ferramentas de preci-
são.

Existem no mercado e em vários seguimentos de mecânicas modelos variados de paquímetros desti-


nados aos serviços que estão e serão executados:

Na figura abaixo mostra, vários modelos de paquímetros:

Os paquímetros Universais, digitais, com relógio comparador são para medirem comprimentos, diâme-
tros, profundidades, larguras, diâmetros externos, internos, etc.

No nosso artigo usaremos por hora o universal.

Este tipo de paquímetro atende todos os requisitos de medidas que os demais e na mesma precisão.

Conhecendo o paquímetro

O paquímetro é um instrumento para medir comprimentos que permite leituras de frações de milímetros
e de polegadas, através de uma escala chamada vernier ou nônio.

No sistema métrico, a escala fixa é dividida em intervalos de 1 mm e existe Vernier com 10, 20 e 50
divisões. Tem-se, portanto, paquímetros com as seguintes sensibilidades:

Vernier com 10 divisões: S = 1 / 10 -» S = 0,1mm


Vernier com 20 divisões: S = 1 / 20 -» S = 0,05mm
Vernier com 50 divisões: S = 1 / 50 -» S = 0,02mm

N “sistema inglês de polegadas fracionárias, a menor fração é 1/16” e o Vernier tem 8 divisões:

S = (1/16”)/8 -» S=(1/16")*(1/8) -» S=1/128"

Utiliza-se “para medições em peças cujo grau de precisão é aproximado até 0,02 mm, 1/128” ou 0,001".

Corpo Fixo e Móvel do Paquímetro

Veja abaixo um modelo de paquímetro universal, ele é composto de duas partes principais: corpo fixo
e corpo móvel ( cursor ).

Estas partes são constituídas por:

• Vernier (lê se Verniê), Escala com leituras em polegadas;

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• Nônio ou vernier – Escala com leituras em milímetros;

• Régua – Com duas escalas: polegadas e milímetros;

• Haste – para medir profundidades;

• Orelhas – uma fixa e outro móvel (cursor), indicado para medidas internas;

• Bicos – um fixo e outro móvel (cursor), para medidas externas;

• Impulsor e trava do cursor, este ultimo não está localizado nesta figura, porque o impulsor também
serve como trava do cursor. Veja mais detalhes na figura abaixo:

Na pratica, a escala mais usual é a de milímetros, por estarmos no Brasil e seguir normas brasileiras
como do INMETRO e ser de fácil leitura, já que a conhecemos. Mas, para conhecer todas as escalas
do paquímetro rapidamente, basta para isso treinar e memorizar as escalas de milímetros e polegadas.

Como Usar o Nônio

O Nônio ou Vernier (pronuncia-se verniê) é um dispositivo tecnológico que aumenta a sensibilidade de


uma escala, por subdividir a menor divisão dela. Neste simulador, o nônio tem dez espaços entre as
linhas verticais. Ele divide por dez o milímetro (obtendo décimo de milímetro) que é a menor divisão da
escala principal.

Na metrologia da área metal mecânica, é usado vários instrumentos de medição, dentre eles: paquí-
metro, micrômetro e goniômetro ou transferidor de graus.

Exemplos de simulações de medidas do paquímetro:

Neste simulador, o nônio é a escala de baixo, a que desliza sob a escala principal (escala 1:100 do
metro - isto significa que os números da escala principal expressam os centímetros, contudo, como
esta dimensão linear está subdividida por outras dez linhas, a menor divisão da escala principal é o
milímetro).

Os traços do nônio que se alinhar com um dos traços da escala principal darão a medida decimal, que
deve ser somada à medida inteira da escala principal (quantos intervalos entre os traços o zero (0) do
nônio deixou à sua esquerda).

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Observe que quando o zero do nônio não está perfeitamente alinhado com alguma marca da escala
principal não temos certeza da posição que ele ocupa (ex.: 2 mm) na figura 3, nós podemos afirmar
que o valor apontado é maior que 2,0 mm e menor que 3,0mm. Contudo, os valores, propriamente
ditos, só podem supor: 2,4?, 2,5?; 2,6?; 2,7?

Uma solução possível seria dividir o espaçamento da escala principal, de modo que houvesse mais
marcações, aumentando a chance do zero do nônio alinhar com alguma delas (ex.: 2 ¡ ¡ ¡ ¡ ¡ † ¡ ¡ ¡ 3 =
2,6!). Contudo, esta solução está restrita às limitações da visão humana.

Tecnicamente, o que o nônio faz é aumentar a sensibilidade da escala principal, ao subdividir sua
menor divisão.

Resolução

Por definição, a resolução é a menor diferença entre indicações de um dispositivo mostrador que pode
ser significativamente percebida. Deste modo, a menor medida que pode ser lida num instrumento é
chamada resolução.

Podemos determinar a resolução do instrumento dividindo a menor divisão da escala fixa pelo número
de divisões do nônio.

Neste simulador a menor divisão da escala é o milímetro, que é dividido pelas dez divisões do nônio.
A resolução deste simulador é 0,1mm.

Nesta primeira demonstração, temos registrado na escala principal uma medida correspondente a
2,mm, Pois a escala do nônio está oculta, então fica impossível saber a medida exata.

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Agora repare na figura abaixo:

Podemos identificar através da figura, precisamente a medida 2,6 mm, repare que o nônio está dividido
em 9 partes de 0 a 10, e o 6º traço coincidiu com o traço da escala da régua do paquímetro.

Características construtivas do nônio

Há duas possibilidades para a construção do nônio, o chamado nônio ou vernier direto (o adotado neste
simulador) e o nônio ou vernier retrógrado.

Nônio direto - o mais comumente encontrado, as (N) divisões do nônio direto correspondem a (N-1)
divisões da escala principal.

Nônio retrógrado - No nônio retrógrado suas (N) divisões correspondem a (N+1) divisões da escala
principal (o nônio do goniômetro ou transferidor de graus é um nônio retrógrado).

Na Pratica Como Medir Com o Paquímetro

Veja nos exemplos nas figuras abaixo, onde serão mostrados maneiras corretas de medir com o pa-
químetro:

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Erros Que Devem Ser Evitados Quando Está Medindo Com O Paquímetro

Algumas precauções que devem ser seguidas ao medir com o paquímetro. Por exemplo, as escalas
devem ser lidas perpendicularmente ao instrumento, e de frente, evitando-se o erro de paralaxe ou de
visada. Veja a figura:

Uso do paquímetro com nônio em polegada fracionária

Compreendendo e Medindo

Como ler e usar um paquímetro com nônio para a leitura e interpretação de polegada fracionária?

Vernier ou nônio: simulador de leitura e interpretação em polegada fracionária resolução 1/128.

Cada divisão da escala principal representa 1/16 (um dezesseis avos) de polegada.

Este espaço é dividido pelo nônio por 8 (oito) e o valor da medida é obtido pela soma do inteiro, à fração
da escala principal e à fração do nônio. Com o aperfeiçoamento trazido pela prática, esta álgebra se
torna automática. Contudo, nem sempre temos tempo para aperfeiçoar estas coisas todas.

Algumas Dicas de Medidas

Interpretação em polegada fracionária resolução 1/128 que a engenharia do uso do nônio está em
identificar em qual parte da distância entre duas marcas (de 1/16") o zero do nônio está, por exemplo:
quando ele está na metade da distância entre uma marca e outra, soma-se metade de 1/16” (1/16 * 1/2
= 1/32) à medida da escala principal. O número 4 (que é metade de 8) do nônio alinhado indica isto.

Na figura abaixo, a quinta marca do nônio indica que deveremos somar 5/128 à medida da escala
principal:

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Maneiras fáceis de elaborar este raciocínio

Na escala principal, conte o número de marcas depois da polegada inteira e antes do zero do nônio e
multiplique este valor por 1/16 (7 marcas * 1/16 = 7/16);

Veja qual é a marca do nônio que está alinhada e multiplique por 1/128 (5ª marca * 1/128 = 5/128);

Some estes valores ao inteiro da escala principal, (7/16 = 14/32 = 28/64 = 56/128 + 5/128 + 1 =
1.61/128);

Como 61 é número ímpar não dá para simplificar.

Esta álgebra toda, pode no início, deixar alguém incomodado e com medo de realizar estas contas na
hora da verdade. Mas, ainda a uma maneira prática e mais fácil de ler estas medidas:

Cada marca da escala principal é equivalente a 8/128 (1/16 = 2/32 = 4/64 = 8/128 - veja no nônio um
número 8 para ajudar a lembrar) assim:

Na escala principal, conte o número de marcas depois da polegada inteira e antes do zero do nônio e
multiplique este valor por 8/128 (7 marcas * 8/128 = 56/128);

Veja qual marca do nônio está alinhada e multiplique por 1/128” (5ª marca * 1/128 = 5/128);

Some estes valores com o inteiro da escala principal (56/128 + 5/128 + 1 = 1.61/128)

Para numeradores pares simplifique a fração dividindo tanto o numerador como o denominador por
dois até que fique ímpar.

Com a experiência, vá observando que se a marca do nônio que alinhou for um número par dá para
simplificar antes de iniciar os cálculos, facilitando ainda mais as contas. Vamos supor que a quarta
marca do nônio estivesse alinhada na figura anterior, (dá para inferir que o resultado será igual à medida
que calculamos diminuída de 1/128), mas vamos fazer lendo e interpretando. Vamos lá:

Veja qual marca está alinhada no nônio e multiplique por 1/128 (4ª marca * 1/128 = 4/128);

Simplifique esta fração: 4/128 = 2/64 = 1/32

1/32 (“lembra que é a metade de 1/16”)

Na escala principal, conte o número de marcas depois da polegada inteira e antes do zero do nônio e
multiplique este valor por 2/32 (7 marcas * 2/32 = 14/32);

Some estes valores ao inteiro da escala principal (1/32 + 14/32 + 1 = 1.15/32)

Nota: Se o denominador for: 32 cada marca da escala principal deve ser multiplicada por 2/32; se for
64 cada marca da escala principal deve ser multiplicada por 4/64 e se for 128 cada marca da escala
principal deve ser multiplicada por 8/128

"Pratique todos os dias, só assim é possível aprender".

O que é um Micrômetro

Para medições depeças de pequenas dimensões com grande precisão, você deve saber o que é um
micrômetro e como utilizar este instrumento de medição

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Para momentos em que é necessário fazer a medição de objetos e verificar a sua espessura quando
em pequenas dimensões, você deve saber o que é um micrômetro, o qual também consegue verificar
a sua altura, largura e profundidade. O seu amplo uso se dá, em especial, na indústria mecânica, onde
é usado para medir peças de máquinas. O seu formato assemelha-se a um parafuso micrométrico,
obtendo mais precisão nos resultados do que o paquímetro – instrumento também usado para medir
pequenos objetos.

As principais partes do micrômetro são denominadas de arco, isolante térmico, parafuso micrométrico,
faces de medição, bainha, tambor, porca de ajuste, catraca e trava. O instrumento é, ainda, usado por
relojoeiros e cientistas para medir o diâmetro exterior de objetos esféricos. Os micrômetros são alta-
mente sensíveis a choques térmicos ou mecânicos, o que exige de seus usuários cuidados especiais
ao guardá-los, mantendo o instrumento em locais com temperatura ambiente, para que não descali-
brem.

Como Funciona o Micrômetro

Com o micrômetro pode-se ter medidas lineares, sendo normalmente usado quando a medição exige
uma precisão acima da possibilitada com um paquímetro. O princípio de medição do micrômetro ba-
seia-se no deslocamento axial de um parafuso micrométrico com passo de alta precisão dentro de uma
rosca ajustável.

Em outras palavras, o seu mecanismo consiste no sistema porca-parafuso, no qual, o parafuso avança
ou retrocede na porca na medida em que o parafuso é girado em um sentido ou noutro em relação à
porca. A circunferência de rosca (tambor) é dividida em 50 partes iguais, possibilitando leituras de
0,01mm a 0,001mm.

Como Usar Um Micrômetro e Fazer a Leitura

Confira o passo a passo a seguir para entender como usar o micrômetro.

Passo 1. Colocar o objeto a ser medido entre o pistão e o suporte.

Passo 2. Girar o controle do pistão até que ele toque o objeto.

Passo 3. Girar o controle do pistão com mais cuidado, até ouvir três cliques.

Passo 4. Verificar se tanto o pistão quanto o suporte estão tocando o objeto uniformemente.

Passo 5. Acionar a trava do dedal enquanto o objeto está dentro.

Passo 6. Remover o objeto do micrômetro.

Para entender como fazer a leitura, segue um exemplo: imagine que a medida vai começar com o
número inteiro 2. Siga os passos:

Passo 1. Olhe na marca dos décimos de polegadas na régua, digamos que seja 2,5.

Passo 2. Olhe a marca de 25 milésimos próxima a dos décimos de polegadas, digamos que seja ,025.

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Passo 3. Encontre o número e a marca correspondente na escala do dedal próxima, mas ainda inferior
à linha de medida na régua, digamos que seja 20.

Passo 4. Adicione isto à marca de 25 milésimos. Até agora, a medida se encontra em 2,545.

Passo 5. Vire o micrômetro para ver a marca dos centésimos de polegada.

Passo 6. Ache a marca na régua que está alinhada com a marca no dedal (3), para ter uma medida
final no nosso exemplo de 2,5453.

Dicas para usar o micrômetro

Para alcançar um resultado mais próximo da realidade na hora de usar o micrômetro, é aconselhável
praticar várias vezes para desenvolver a sensibilidade de fazer uma medida precisa. O ideal é realizar
diferentes medições com intervalos de tempo diferentes para ter mais certeza da medida.

Curiosidades sobre o micrômetro

Jean Louis Palmer foi quem apresentou o micrômetro pela primeira vez. Com o passar dos anos, o
instrumento foi aperfeiçoado, permitindo medições mais rigorosas e exatas do que o paquímetro. Na
França, em homenagem ao seu inventor, o micrômetro tem o nome de palmer.

Já em 1890, Laroy S. Starrett patenteou um micrômetro mais aperfeiçoado, com uma tampa para a
haste, um módulo que aumentou a velocidade de medição, entre outras melhorias. Esse mesmo per-
sonagem é fundador da Starrett, hoje em dia, uma das maiores fabricantes de ferramentas e instru-
mentos de medição do mundo, com sede em diversos países.

Origem e Função de Um Micrômetro

Imagine a situação: Um mecânico queria medir um eixo da melhor maneira possível, tentou a medição
com paquímetro, mas não funcionou muito bem, pois esse instrumento não tinha resolução adequada.
Pediu a ajuda de um colega do setor de metrologia, o colega resolveu o problema oferecendo-lhe um
micrômetro que, naquele caso, era o instrumento mais adequado à medição desejada.

Jean Louis Palmer apresentou, pela primeira vez, um micrômetro para requerer sua patente. O instru-
mento permitia a leitura de centésimos de milímetro, de maneira simples.

Com o passar do tempo, o micrômetro foi aperfeiçoado e possibilitou medições mais rigorosas e exatas
do que o paquímetro.

De modo geral, o instrumento é conhecido como micrômetro. Na França, porém, em homenagem ao


seu inventor, o micrômetro é denominado palmer.

Princípio de Funcionamento

O princípio de funcionamento do micrômetro assemelha-se ao do sistema parafuso e porca. Há uma


porca fixa e um parafuso móvel que, se der uma volta cal ao seu passo.

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Desse modo, dividindo-se a cabeça do parafuso, pode-se avaliar frações menores que uma volta e,
com isso, medir comprimentos menores do que o passo do parafuso.

Nomenclatura

A figura a seguir mostra os componentes de um micrômetro.

Vamos ver os principais componentes de um micrômetro

▪ O arco é constituído de aço especial ou fundido, tratado termicamente para eliminar tensões inter-
nas.

▪ O isolante térmico, fixado ao arco, evita sua dilatação porque isola a transmissão de calor das mãos
para o instrumento.

▪ O fuso micrométrico é construído de aço especial temperado e retificado para garantir exatidão do
passo da rosca.

▪ As faces de medição tocam a peça a ser medida e, para isso, apresentam-se rigorosamente planos
e paralelos. Em alguns instrumentos, os contatos são de metal duro, de alta resistência ao desgaste.

▪ A porca de ajuste permite o ajuste da folga do fuso micrométrico, quando isso é necessário.

▪ O tambor é onde se localiza a escala centesimal. Ele gira ligado ao fuso micrométrico. Portanto, a
cada volta, seu deslocamento é igual ao passo do fuso micrométrico.

▪ A catraca ou fricção assegura uma pressão de medição constante.

▪ A trava permite imobilizar o fuso numa medida predeterminada.

Características

Os micrômetros caracterizam-se pela:

▪ capacidade;

▪ resolução;

▪ aplicação.

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A capacidade de medição dos micrômetros normalmente é de 25 mm (ou 1″), variando o tamanho do


arco de 25 em 25 mm (ou 1 em 1″). Podem chegar a 2000 mm (ou 80″).

A resolução nos micrômetros pode ser de 0,01 mm; 0,001 mm; .001″ ou .0001″.

No micrômetro de 0 a 25 mm ou de 0 a 1, quando as faces dos contatos estão juntas, a borda do tambor


coincide com o traço zero (0) da bainha.

A linha longitudinal, gravada na bainha, coincide com o zero (0) da escala do tambor. Para diferentes
aplicações, temos os seguintes tipos de micrômetro.

De Profundidade

Conforme a profundidade a ser medida, utilizam-se hastes de extensão, que são fornecidas juntamente
com o micrômetro.

Com Arco Profundo

Serve para medições de espessuras de bordas ou de partes salientes das peças.

Com Disco nas Hastes

O disco aumenta a área de contato possibilitando a medição de papel, cartolina, couro, borracha, pano
etc. Também é utilizado para medir dentes de engrenagens.

Para Medição de Roscas

Especialmente construído para medir roscas triangulares, possui as hastes furadas para que seja pos-
sível encaixar as pontas intercambiáveis, conforme o passo para o tipo da rosca a medir.

Com Contato em Forma de V

É especialmente construído para medição de ferramentas de corte que possuem número ímpar de
cortes (fresas de topo, macho, alargadores etc.). Os ângulos em V dos micrômetros para medição de
ferramentas de 3 cortes é de 60º; 5 cortes, 108º e 7 cortes, 128º34.17″.

Para Medir Parede de Tubos

Este micrômetro é dotado de arco especial e possui o contato a 90º com a haste móvel, o que permite
a introdução do contato fixo no furo do tubo.

Contador Mecânico

É para uso comum, porém sua leitura pode ser efetuada no tambor ou no contador mecânico. Facilita
a leitura independentemente da posição de observação (erro de paralaxe).

Digital Eletrônico

Ideal para leitura rápida, livre de erros de paralaxe, próprio para uso em controle estatístico de proces-
sos, juntamente com microprocessadores.

Relógio Comparador

Medir a grandeza de uma peça por comparação é determinar a diferença da grandeza existente entre
ela e um padrão de dimensão predeterminado. Daí originou-se o termo medição indireta.

Dimensão da peça = Dimensão do padrão ± diferença

Também se pode tomar como padrão uma peça original, de dimensões conhecidas, que é utilizada
como referência.

O relógio comparador é um instrumento de medição por comparação, dotado de uma escala e um


ponteiro, ligados por mecanismos diversos a uma ponta de contato.

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O comparador centesimal é um instrumento comum de medição por comparação. As diferenças perce-


bidas nele pela ponta de contato são amplificadas mecanicamente e irão movimentar o ponteiro rotativo
diante da escala.

Quando o ponta de contato sofre uma pressão e o ponteiro gira em sentido horário, a diferença é
positiva. Isso significa que a peça apresenta maior dimensão que a estabelecida. Se o ponteiro girar
em sentido anti-horário, a diferença será negativa, ou seja, a peça apresenta menor dimensão que a
estabelecida.

Existem vários modelos de relógios comparadores. Os mais utilizados possuem resolução de 0,01 mm.
O curso do relógio também varia de acordo com o modelo, porém os mais comuns são de 1 mm, 10
mm, .250" ou 1".

Em alguns modelos, a escala dos relógios se apresenta perpendicularmente em relação a ponta de


contato (vertical). E, caso apresentem um curso que implique mais de uma volta, os relógios compara-
dores possuem, além do ponteiro normal, outro menor, denominado contador de voltas do ponteiro
principal.

Alguns relógios trazem limitadores de tolerância. Esses limitadores são móveis, podendo ser ajustados
nos valores máximo e mínimo permitidos para a peça que será medida.

Existem ainda os acessórios especiais que se adaptam aos relógios comparadores. Sua finalidade é
possibilitar controle em série de peças, medições especiais de superfícies verticais, de profundidade,
de espessuras de chapas etc.

As próximas figuras mostram esses dispositivos destinados à medição de profundidade e de espessu-


ras de chapas.

Os relógios comparadores também podem ser utilizados para furos. Uma das vantagens de seu em-
prego é a constatação, rápida e em qualquer ponto, da dimensão do diâmetro ou de defeitos, como
conicidade, ovalização etc.

Consiste basicamente num mecanismo que transforma o deslocamento radial de uma ponta de contato
em movimento axial transmitido a um relógio comparador, no qual pode-se obter a leitura da dimensão.
O instrumento deve ser previamente calibrado em relação a uma medida padrão de referência.

Esse dispositivo é conhecido como medidor interno com relógio comparador ou súbito.

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Condições de uso

Nos comparadores mais utilizados, uma volta completa do ponteiro corresponde a um deslocamento
de 1 mm da ponta de contato. Como o mostrador contém 100 divisões, cada divisão equivale a 0,01
mm.

Antes de medir uma peça, devemos nos certificar de que o relógio se encontra em boas condições de
uso.

A verificação de possíveis erros é feita da seguinte maneira: com o auxílio de um suporte de relógio,
tomam-se as diversas medidas nos blocos-padrão.

Em seguida, deve-se observar se as medidas obtidas no relógio correspondem às dos blocos. São
encontrados também calibradores específicos para relógios comparadores.

Observação: Antes de tocar na peça, o ponteiro do relógio comparador fica em uma posição anterior a
zero. Assim, ao iniciar uma medida, deve-se dar uma pré-carga para o ajuste do zero.

Colocar o relógio sempre numa posição perpendicular em relação à peça, para não incorrer em erros
de medida.

Relógio Apalpador

Como o próprio nome indica, trata-se de um instrumento que determina uma medida apalpando a peça.

Semelhante aos relógios comparadores, eles dependem de algum tipo de suporte, sem o qual fica
impossibilitado de prestar suas múltiplas aplicações no controle dimensional.

Os relógios apalpadores, permitem uma solução simples e rápida para os seguintes situações:

Controle de excentricidade, controle de paralelismo, perpendicularidade, conicidade, alinhamento ou


centragem de peças, além do controle de dimensões.

Características do Instrumento

Faixa de Medição

Ë definida como a faixa de utilização do instrumento, dentro do qual se admite que o erro do instrumento
de medição mantém se, dentro dos limites especificados. Para os relógios apalpadores é o movimento
completo da haste de medição.

Resolução

Menor diferença entre indicações de um dispositivo mostrador que pode ser significativamente perce-
bida, ou seja menor leitura do instrumento. Nos relógios apalpadores é a menor divisão do mostrador.

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Sendo resolução de 0,01 (m) ou 0,001 mm por exemplo, no catálogo do fabricante será possível iden-
tificar outros modelos

Leituras

Observemos um relógio apalpador com faixa de operação de 0.8 mm e resolução de 0,01 mm.
Cada graduação do mostrador representa 0,01 mm. A cada 10 graduações está numerado, portanto
10 significa 0,10 mm, o número 20 significa 0,20 mm, e assim por diante.

Conservação/Recomendação

Limpar a face de medição do relógio apalpador;

Limpar a superfície da peça a ser medida;

Confira o alinhamento entre a ponta de contato do relógio apalpador e a peça para se obter uma medi-
ção correta. A ponta de contato do relógio apalpador deverá estar perpendicular à peça a ser medida.

Usar suportes rígidos e estáveis.

Para verificar a excentricidade de uma peça cilíndrica a ponta de contato deverá estar tangenciando
com a superfície de revolução da peça.

Utilizar pontas de contatos adequadas.

Súbito

Súbito é um instrumento utilizado para a medição de diâmetros internos de orifícios de diferentes pro-
fundidades. É composto por uma haste, ligada a um relógio comparador em uma extremidade e a uma
ponta de contato horizontal na outra. A ponta de contato pode ser modificada de acordo com o diâmetro
do orifício a ser medido.

O aparelho é inserido no furo e o relógio comparador apresenta a menor medida encontrada. Também
é possível verificar a conicidade, ovalização e cilindricidade.

Altímetro

O altímetro é o instrumento usado para medir alturas ou altitudes, geralmente em forma de um barô-
metro aneroide destinado a registrar alterações da pressão atmosférica que acompanham as variações
de altitude.

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O Altímetro é um instrumento básico exigido para todas as aeronaves a serem certificadas. Ele mede
a pressão atmosférica e apresenta-a como altitude em pés (feet = ft), metros ou quilômetros. Esta alti-
tude é denominada nível médio do mar (NMM) ou (MSL Mean Sea Level) uma vez que ela é a referência
média do nível da maioria dos oceanos.

A medição da altitude baseia-se na tabela de Atmosfera Padrão e mede em pressão com as mudanças
de altitude que é dada.

O Altímetro de bordo é um instrumento barométrico constituído de uma cápsula aneroide com vácuo
parcial interno, para medida da pressão ambiente, instalada em uma câmara blindada (sistema pitot-
estático a pressão estática é alimentada por uma linha que tem origem na tomada de ar do sistema) ou
não, neste caso a tomada do ar estático faz-se da própria cockpit através de perfuração existente na
câmara do instrumento.

Em ambos os casos no interior há pressão estática. A cápsula aneroide, como tal, sofre as variações
da pressão atmosférica circundante. Tais variações produzem um movimento de dilatação e contração
da cápsula que é transmitido, através de um mecanismo e convertido o valor da pressão estática para
uma escala linear, representada em pés (feet ou ft) ou metros (m), existente no mostrador para leitura
da altitude ou altura indicada.

Assim, a dilatação da cápsula aneroide aumenta com a diminuição da pressão ambiente que é conver-
tida para a escala do mostrador, indicando altitudes (ou alturas) maiores; enquanto que a contração da
cápsula aneroide ocorre com o aumento da pressão ambiente, indicando altitudes (ou alturas) menores.

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