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• de aço especial ou fundido, tratado termicamente para eliminar as tensões

internas.
• O isolante térmico, fixado ao arco, evita sua dilatação porque isola a
transmissão do calor das mãos pa-
o instrumento.
• O fuso micrométrico é construído de aço especial temperado e retificado
para garantir exatidão ao passo
da rosca.
• As faces da medição tocam a peça a ser medida e, para isso, apresentam-se
rigorosamente planas e pa-
ralelas. Em alguns instrumentos, os contatos são de metal duro, de alta
resistência ao desgaste.
• A porca do ajuste permite o ajuste da folga do fuso micrométrico, quando
isso é necessário.
• O tambor é onde se localiza a escala centesimal. Ele gira ligado ao fuso
micrométrico. Portanto, a cada
Volta, seu deslocamento é igual ao passo do fuso micrométrico.
• A catraca ou fricção assegura uma pressão da medição constante.
• A trava permite imobilizar o fuso numa pressão da medição predeterminada.

Não esqueça!

O elemento que garante a uniformidade na aplicação da força da medição nos


micrômetros é geralmente a
catraca.
A catraca é ligada ao parafuso micrométrico. Se a força da medição for superior à
resistência da catraca, a
mesma gira em falso sobre o parafuso. A catraca em suma, limita o torque
transmitido ao fuso.Uma outra for-
ma comum de controlar a força da medição é a utilização de um elemento de
fricção ligado a parafuso micro-
métrico. Quando a força ultrapassar certo limite, as duas faces deslizam e o
parafuso não mais se move.

Vamos agora fazer leituras no micrômetro!

Para ler as medidas n o micrômetro procede-se da seguinte forma:

a) Verifica-se quantos traços da bainha estão descobertos pelo tambor ( traços de


cima representam o miíi-
metro inteiro e traços de baixo representam a metade do milímetro).

b) Adicionar a leitura acima a fração lida no tambor ( 50 divisões ).

c) Caso o micrômetro tenha nônio, procede-se de forma semelhante ao


paquímetro, adicionando esta fração
às leituras anteriores.

Para efetuar a leitura em polegada executa-se o mesmo procedimento, tendo


cuidado especial com a divisão
da escala.
Agora que você já conhece um pouco do micrômetro, vamos executar
algumas medições em
Milímetro. Acompanhe com seu micrômetro...

Leitura no micrômetro com resolução de 0,01 mm

1º. Passo – leitura dos milímetros inteiros na escala da bainha


2º. Passo – leitura dos meios milímetros, também na escala da bainha.
3º. Passo – leitura dos centésimos do milímetro na escala do tambor.

Exemplos: (a)

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Exemplos: b)

Verificando o entendimento:
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Quando no micrômetro houver nônio, ele indica o valor a ser acrescentado à


leitura obtida na bainha e no tambor.
A medida indicada pelo nônio é igual à leitura do tambor, dividida pelo número de
divisões do nônio.
Se o nônio tiver dez divisões marcadas na bainha, sua resolução será:

R= 0,01 = 0,001 mm.


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Leitura no micrômetro com resolução de 0,001 mm

1º. Passo – leitura dos milímetros inteiros na escala da bainha.


2º. Passo – leitura dos meios milímetros, também na escala da bainha.
3º. Passo – leitura dos centésimos do milímetro na escala do tambor.
4º. Passo – leitura dos milésimos com o auxilio do nônio da bainha, verificando
qual dos traços do nônio coincide
com o traço do tambor.

A leitura final será a soma dessas quatro leituras parciais.


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Verificando o entendimento:
• Faça os exercícios restantes (com as respostas) no final deste
módulo.
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Micrômetros: Sistema inglês

Agora que você já conhece um pouco do micrômetro, vamos executar,


também, algumas medições
em polegada. Acompanhe com seu micrômetro...

No sistema inglês, o micrômetro apresenta as seguintes características:

• Na bainha está gravado o comprimento de uma polegada, dividida em 40


partes iguais. Desse modo
cada divisão equivale a 1” : 40 = .025”;
• O tambor do micrômetro, com resolução de .001”, possui 25 divisões.
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Para medir com o micrômetro de resolução ,001”, lê-se primeiro a indicação da


bainha. Depois, soma-se essa
medida ao ponto da leitura do tambor que coincide com o traço da referência da
bainha.

Exemplo

Bainha ⇒ .675”
+Tambor ⇒ .019”
Leitura ⇒ .694”
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Leitura no micrômetro com “resolução de 0,0001”


Para a leitura no micrômetro de .0001”, alem das graduações normais que
existem na bainha (25 divisões), há
um nônio com (10 divisões). O tambor divide-se, então, em 25 partes iguais.
Verificando o entendimento:

Leitura...................

Veja se acertou. As respostas corretas.

a) .4366”

b) .0779”

• Faça os exercícios restantes (com as respostas) no final deste


módulo.
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3.4 Micrômetros Internos: Tipos e Usos

Para medição das partes internas empregam-se dois tipos de micrômetros:


micrometro interno de três contatos, micrômetro interno de dois contatos (tubular e
tipo paquímetro).

Micrômetro interno de três contatos

Este tipo de micrômetro é usado exclusivamente para realizar medidas em


superfícies cilíndricas internas, per-
mitindo leitura rápida e direta.Sua característica é a de ser auto-centrante, devido à
forma e à disposição das suas
pontas de contato, que formam, entre si, um ângulo de 120º.
Micrômetro interno de três contatos com pontas
intercambiáveis

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Sua leitura é feita no sentido contrário à do micrômetro externo.

A leitura em micrômetros internos de três contatos é realizada da seguinte


maneira:

• O tambor encobre a divisão da bainha correspondente a 36,5 mm;


• A esse valor deve-se somar aquele fornecido pelo tambor: 0,240 mm;
• O valor total da medida será, portanto: 36,74 mm.

Precaução: devem-se respeitar, rigorosamente, os limites mínimo e máximo da


capacidade da medição, para
evitar danos irreparáveis ao instrumento.
Micrômetros internos de dois contatos.

O micrômetro tubular é empregado para medições internas acima de 30,00mm.


Devido ao uso em grande escala
do micrômetro interno de três contatos pela sua versatilidade, o micrômetro tubular
atende quase que somente a
casos especiais, principalmente as grandes dimensões.

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O micrômetro tubular utiliza hastes de extensão com dimensões de 25 a 2.000


mm. As hastes podem ser aco-pladas umas às outras. Nesse caso, há uma variação
de 25 mm em relação a cada haste acoplada.

As figuras a seguir ilustram o posicionamento correto para cada medição.

Micrômetro tipo paquímetro


Esse micrômetro serve para medidas acima de 5 mm e, a partir daí, varia de 25
em 25 mm.
A leitura em micrômetro tubular e micrômetro tipo paquímetro é igual à leitura em
micrômetro externo.

Observação: a calibração dos micrômetros internos tipo paquímetro e tubular é


feita por meio de anéis de
referência, dispositivos com blocos-padrão ou com micrômetros
externo. Os micrômetros in-
ternos de três contatos são calibrados com anéis de referência.

• Faça os exercícios restantes (com as respostas) no final deste


módulo.

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3.5 Relógio Comparador

Agora trabalharemos um pouco com o relógio comparador.


Acompanhe...

O relógio comparador é um medidor de deslocamentos lineares por medição


diferencial. Isto significa que o
Instrumento mede a diferença entre duas refrências quaisquer. Os medidores de
deslocamentos transformam
um pequeno deslocamento captado por um sensor de medição em um
deslocamento amplificado num pon -
teiro, que passa ser lido numa escala, ou mesmo ser indicado diretamente em um
indicador digital.
Os relógios comparadores são muito utilizados para medir características
geométricas especificas das pe -
ças, tais como cilindricidade, ovalização,conicidade e alinhamentos diversos.
Também podem ser utilizados de forma ampla para medição das peças associadas a
um padrão do comprimento.
Existem vários modelos de relógios comparadores.Os mais utilizados possuem
resolução de 0,01mm a 10mm
.250” ou 1” .
• Relógio típico com curso de 10 mm e resolução de 0,01 mm

Em alguns modelos a escala dos relógios se apresentam perpendicularmente em


relação a ponta do contato (vertical). E, caso apresentem um curso que
implique mais de uma volta, os relógios comparadores possuem ,
além do ponteiro normal, outro menor, denominado contador das voltas do ponteiro
principal ( ponteiro maior).

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Cuidado!

O relógio comparador é um instrumento muito delicado. Choque mecânicos,


umidade , ambientes ácidos e
temperaturas elevadas podem causar danos invisíveis a olho nu, mas causadores do
elevado erro da medição
Qualquer travamento ou dificuldade do avanço ou retorno do fuso indica a
necessidade da manutenção e ca-
libração urgente.

Existem ainda os acessórios especiais que se adaptam aos relógios comparadores.


Sua finalidade é possibi-
litar controle em controle em série das peças, medições especiais das superfies
verticais, da profundidade, das
espessuras das chapas...
As figuras abaixo mostram esses dispositivos destinados à medição da
profundidade e das espessuras das
chapas.

Os relógios comparadores também podem ser utilizados para furos. Uma das
vantagens do seu emprego é
a constatação, rápida e em qualquer ponto, da dimensão do diâmetro ou dos
defeitos, como conicidade, ova-
lização...
Consiste basicamente num mecanismo que transforma o deslocamento radial de
uma ponta de contato em
movimento axial transmitido a um relógio comparador, no qual pode-se obter a
leitura da dimensão. O instru -
mento deve ser previamente calibrado em relação a uma medida padrão da
referência.
Esse dispositivo é conhecido como medidor interno com relógio comparador ou
súbito.
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Condições do uso

Antes de medir uma peça, devemos nos certificar de que o relógio se encontra em
boas condições de uso.
A verificação dos possíveis erros é feita da seguinte maneira:com o auxílio de um
suporte de relógio,tomam-
se as diversas medidas nos blocos-padrão. Em seguida, deve-se observar se as
medidas obtidas no relógio correspondem às dos blocos. São encontrados também
calibradores específicos para relógios comparadores.

Observação
Antes de tocar na peça, o ponteiro do relógio comparador fica em uma posição
anterior a zero. Assim, ao ini-
ciar uma medida, deve-se dar uma pré-carga para o ajuste do zero.
Colocar o relógio sempre numa posição perpendicular em relação à peça, para
não incorrer em erros da medida.

Aplicações dos relógios comparadores

• Verificação do paralelismo
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Verificação da excentricidade da peça montada na placa do


torno
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• Verificação do alinhamento das pontas de um torno


• Verificação das superfícies planas

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Vamos medir!

Para medir com um relógio comparador é muito fácil. Primeiramente, escolha o


relógio adequado levando em
consideração seu curso máximo e a menor divisão da escala que ele apresenta.
Os relógios mais comuns possuem as seguintes características:

Leitura (mm) Curso máximo (mm)


0,01 1 – 5 – 10 – 20 – 30 - 50
0,005 1,25 – 3,5 – 5
0,002 0,2 – 0,5 - 1
0,001 0,1 – 0,16 – 1 – 2 – 5
0,0005 0,06

A seguir deve-se fixar o relógio cuidadosamente numa mesa de medição ou base


magnética, para que este
possa ser aplicado ao mensurado. Sempre aplique alguma deformação ao relógio
(deixe o fuso levantar um
pouco) no momento de fixar o instrumento.
Em seguida siga posicionando a escala corretamente para sua referência inicial
(zeragem). Lembre-se o re-
lógio comparador mede de forma relativa, isto é, a diferença entre duas posições
(inicial e final).
Finalmente leia diretamente sobre a escala ou indicador digital a diferença entre
as suas duas referências da
seguinte forma:
a) Número das voltas – O ponteiro pequeno marca o número das voltas. Cada
volta abrange 100 ou 200 divi-
soes da escala do relógio.
c) A fração da volta deve ser lida através do ponteiro grande.
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• Faça os exercícios restantes (com as respostas) no final deste
módulo.
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3.6 Relógio apalpador (relógio com ponta de contato de


alavanca).

Agora vamos estudar um pouco o relógio apalpador, muito parecido com o


relógio comparador.
Acompanhe!

O relógio apalpador é um tipo específico do medidor dos deslocamentos


diferenciais. Na verdade, o instru-
mento mede pequenos deslocamentos,, mas, mostra-se bastante versátil, inclusive
na medição em movimento
limitado.

Porque utilizamos o relógio apalpador e não o comparador

a) O relógio apalpador pode ser utilizado fixo, como um relógio comparador,


quando a sua maior flexibilidade
se mostrar vantajosa. O relógio apalpador pode ser fixado em varias posições
diferente e alcança locais de di-
fícil acesso.
b) O relógio apalpador é utilizado para medição em movimento, como mostra as
figuras abaixo:

O relógio apalpador possui um mecanismo de elevada exatidão apoiado em


mancais de elevada exatidão em
mancais de rubis. O eixo da alavanca (transmissor do movimento) é montado sobre
dois rolamentos de esferas
O sensor da medição é geralmente de cromo duro, podendo ser facilmente
substituído por outros com compri -
mentos e diâmetros da ponta os mais diversos sem modificação na relação entre o
comprimento da alavanca e
o valor lido. O movimento da alavanca é transmitido ao ponteiro, que está associado
a uma escala giratória. Um
sistema da dupla alavanca garante inversão no sentido da medição da forma
imediata em alguns modelos.
Os relógios apalpadores executam um grande número de tarefas distintas, onde
se destacam: verificação da
planicidade, conicidade, excentricidade, batimento, retilineidade,além de ser
utilizado como transferidor das me-
didas em controles dimensionais. São muito utilizados em associação com
traçadores da altura e mesas da me-
dição, bases magnéticas, suporte entre pontas, e diretamente sobre máquinas
operatrizes.
Vamos medir!
Os relógios apalpadores mais comuns possuem leitura de 0,01 mm ou 0,002
mm.São oferecidos com curso de
medição de até 0,8 mm.A leitura é realizada como no relógio comparador(medição
diferencial),sendo diretamente identificada na escala. Cuidado especial deve ser
observado durante o posicionamento do relógio(ver figura ime-
diatamente acima e a direita), pois a alavanca deve ser posicionada proximamente
paralela à superfície a ser
medida. Isto evita a introdução de erros de co-seno. Quando utilizado em
movimento,deve-se observar o sentido
correto do movimento, como ilustrado na figura acima.

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Relógio apalpador (relógio com ponta de contato de
alavanca).

Exemplo da aplicação

• Faça os exercícios das leituras dos relógios comparadores no


final deste módulo e
confira-os no gabarito.

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3.7 passômetro (Comparador de diâmetros internos)

Agora o passômetro! Nada mais é que um relógio


comparador associado a um
haste de medição com função específica.

O passômetro ou súbito é um
medidor de
diâmetros internos de furos que
podem va-
riar entre diâmetro de 4.5 a 550
mm. O ins-
trumento mede apoiado por
duas pontas,
uma fixa e a outra móvel. A
ponta móvel ,
sensor de medição, transmite o
movimento
até o elemento de transdução.A
centragem
no furo é realizada por duas
sapatas muni-
das de discos retificados.
Os passômetros são, na
verdade,a união
entre um relógio comparador
comum e uma
haste de medição com
características pró-
prias. A haste transmite o
movimento do
sensor até o fuso do relógio
através de um
came,(ver figura ao lado).O
sensor do pás-
sômetro pode ser fácilmente substituído,de
forma a possibilitar a medição em faixas
amplas. Na realidade, o curso máximo do
sensor não ultrapassa 1,5 mm.
No caso específico do passômetro, tra -
tando-se de um medidor de deslocamento
diferencial, torna-se necessário, para me-
dições absolutas, o acompanhamento de
um padrão. O elemento padrão ideal para
medição com o passômetro é o anel pa -
drão. O anel padrão é um padrão de diâ-
metro interno fabricado em aço,com super
fície interna retificada e tratada térmica -
mente. O valor efetivo do seu diâmetro in-
terno possui baixa incerteza de medição.
Para medições corriqueiras, pode-se uti -
Lizar um micrômetro para transferir a me-
dida padrão ao passômetro (efetuar a zé-
ragem).

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Cuidado na medição!!!

A medição com passômetro, deve ser realizada com máximo cuidado no


memento da apalpação, evitando-se
a contribuição dos erros do co-seno. Além de medir diâmetros internos em
associação com um padrão,o passo-
metro pode medir conicidade e ovalizações em cilindros.
ATENÇÃO – Cuidados especiais!

Os cuidados com o passômetro são basicamente os mesmos do relógio comparador.


Sugere-se ainda evitar
a desmontagem do equipamento, principalmente após a sua calibração.

Vamos medir com o passômetro Preste atenção à


referência...

A leitura com o passômetro, segue as regras do relógio comparador. Para facilitar a


vida do operador, a figura
acima e à direita mostra a relação entre indicação da escala e variação da medida o
furo.

Lembre-se: o curso total do passômetro não


ultrapassa de 1,5 mm.

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3.9 Nível e Esquadro

Vamos nivelar nosso trabalho!

O nível de bolha é um instrumento utilizado em construção mecânica em geral,


principalmente em caldeiraria.
O instrumento verifica a posição da peça quanto a horizontalidade e verticalidade.
Para verificação com o nível, deve-se empregá-lo em superfície de qualidade
suficientemente boa e livre de su -
jeiras, tais como óleo, graxa, óxido... Deve-se também ter o cuidado de somente
efetuar a leitura após a bolha es-
tar em repouso. Outra forma de aumentar a segurança, é repetir a leitura,
rotacionando o instrumento em 180º. de
forma a minizar o erro da indicação do próprio instrumento.
Os bulbos colocados no sentido do comprimento servem para determinar a
horizontalidade(nível)e os colocados
transversalmente, servem para determinar a verticalidade(prumo).
A existência de traços no bulbo e o seu número dependente da exatidão
pretendida do instrumento. Instrumentos
da melhor qualidade de onde se deseja melhor exatidão apresentam maior número
de traços na escala.
O raio da curvatura do bulbo também depende da exatidão do instrumento.
Quanto melhor a exatidão, maior o ra-
io da curvatura do bulbo.
A tabela abaixo indica as graduações para níveis segundo suas aplicações e grau
da exatidão(norma DIN 877).

Grau da Valor da divisão Aplicações


exatidão da
Escala em
mm/m

Ia 0,03 a 0,05 Para maiores


exigências
Ib 0,05 a 0,1 (baixas incertezas
necessárias)
Ic 0,1 a 0,2

II 0,2 a 0,4 Para exigências


médias
III 0,4 a 0,8 Para exigências
reduzidas
IV 0,8 a 1,6 Níveis de bolha
com prismas
transversais
V 5 a 10 Só para níveis
correntes

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O que significa esta divisão da escala...


A graduação de 1,0 mm/m, por exemplo, significa que para cada 1,0 metro do
comprimento existe uma cota
(um degrau)de 1,0 mm.Peça a seu instrutor para desenhar no quadro o triângulo
correspondente.Procure dês-
cobrir qual o ângulo resultante desta inclinação.

Características de um bom nível...

• Corpo rígido;
• Bases e laterais retificadas;
• Bulbos de vidro com líquido verde fosforescente;
• Ausência de amassamentos e empenamentos;
• Grande raio de curvatura dos bulbos.

Cuidado com a conservação!

• Evitar quedas e contatos com ferramentas;


• Limpeza após o uso;
• Proteção contra raios solares e calor.

Trabalharemos agora com o ESQUADRO. Lembra o que


é perpendicularidade

O esquadro é um instrumento
utiliza do para
verificar a exatidão da
perpendicularidade entre
superfícies.
Cuidados devem ser tomados
quando da uti -
lização do esquadro. Assim como no
caso do
nível de bolha,as superfícies devem
estar isen-
tas de óleo, graxa, oxidação e sujeira
em geral.
A tabela abaixo mostra as tolerâncias quanto à
perpendicularidade de cada tipo de esquadro.
A tabela apresenta apenas dados para alguns
comprimentos.

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Distância Distância admissível do ponto da superfície da
L do medição ao lado do ângulo
Ponto da reto, em micrometro( )
superfície
da Esquadro de Esquadro Esquadro de oficina
medição precisão comum I II
em mm
0 +/- 2 +/- 5 +/- 10 +/- 20
100 +/- 3 +/- 7 +/- 15 +/- 30
200 +/- 4 +/- 9 +/- 20 +/- 40
300 +/- 5 +/- 11 +/- 25 +/- 50
400 +/- 6 +/- 13 +/- 30 +/- 60
500 +/- 7 +/- 15 +/- 35 +/- 70
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3.10 Goniômetro é um instrumento de medição ou de
verificação de medidas angulares.

Vamos contar igual aos antigos...

Para medir ângulos, precisa-se conhecer o sistema de contagem sexagesimal.


Este sistema divide a circunfe-
rência em 360º. O grau é dividido em minutos e segundos.
Portanto, a unidade do ângulo e o grau. O grau divide-se em 60 minutos e o
minuto divide-se em 60 segundos
Os símbolos utilizados são: grau ( o ), minuto( ´ ), segundos ( “ ).

ATENÇÃO!!! Aprenda a operar com o sistema


sexagesimal...

Para somarmos ou subtrairmos no sistema sexagesimal, devemos colocar as


unidades iguais uma sobre as
Outras.
Exemplo:

90º – 25º 12´


A primeira operação a fazer é converte 90º. Em graus e minutos.
90º = 89º 60´

89º 60´ -- 25º 12´= 64º 48´

Deve-se operar da mesma forma quando se tem as unidades graus, minutos e


segundos.

Exemplo:

90º – 10º 15´ 20´


Convertendo 90º. Em graus, minutos e segundos, teremos:

90º = 89º 59´ 60”

89º- 59´ 60”- 10º 15´ 20”= 79º 44´ 40”


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Atenção vamos agora trabalhar com o goniômetro...

O goniômetro simples, também chamado de transferidor de graus é utilizado para


medidas onde não há preo-
cupação com a exatidão do resultado. Nas figuras abaixo, encontram-se exemplos
de transferidores de graus,
como também exemplos de diferentes medições de ângulos, mostrando várias
posições distintas da lâmina do
transferidor.
Nos transferidores simples, a divisão da escala é 1º. Lê-se os graus inteiros na
graduação do disco fixo, indi-
cados traço 0(zero)da referência e aproxima-se a leitura para a posição mais
próxima dentro da variação de 0,5º
Portanto, pode-se ler até 0,5º nos transferidores simples por interpolação na escala.

Exemplos da aplicação dos goniômetros


Atenção!!!

Fazer a leitura do ângulo sempre com o goniômetro aplicado à peça.


Manter sempre os goniômetros limpos e acondicionados em estojos próprios.

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E quando tiver nônio...

Nos goniômetros que possuem nônio (ou Vernier) a leitura no disco graduado nos
dará variações de 1º, enquanto
que o nônio dividirá o grau em 12 partes iguais. Isto significa que a menor divisão
possível e 5´(cinco minutos).
Alguns goniômetros de melhor exatidão possuem uma pequena lupa associada ao
nônio.

Leitura do goniômetro

Os graus inteiros são lidos na graduação do disco, com o traço zero do nônio. Na
escala fixa, a leitura pode ser feita tanto no sentido horário quanto no sentido anti-
horário.
A leitura dos minutos, por sua vez, é realizada a partir do zero nônio, seguindo a
mesma direção da leitura dos
graus.

Verificando o entendimento:

• Faça os exercícios no final deste módulo e confira pelo gabarito!

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3.11 Calibrador passa – não passa

Os Calibradores são instrumentos extremamente


práticos para realização de inspeção
dimensional.
São fabricados em aço carbono, mas as
faces de
contatos são temperadas e retificadas.
Os calibradores são utilizados para
verificar ros -
Cãs, diâmetros, espessuras e comprimentos.São
amplamente utilizados na produção em série de
de peças intercambiáveis.
O principio de funcionamento do calibrador passa
não passa é muito simples. As duas dimensões
que ele representa são os extremos do intervalo
da tolerância pretendida.Portanto se a peça pás-
sa no lado “PASSA”, significa que está menor
que a tolerância máxima e se não passa no lado
“NÃO PASSA”significa que está maior que tole-
rância mínima.

Vamos conhecer os tipos de calibradores P N P:


3.11.1 Calibrador tampão
O calibrador PNP tampão tem duas extremidades cilíndricas, como mostrado na
figura acima.
Como trata-se de furos com tolerância 50 H7, teremos na extremidade da
esquerda ( 50 + 0,000 mm ) e na
extremidade da direita (50 +0,030 mm). O lado “passa” tem maior comprimento
e o lado “não passa” é marcado
com uma marca vermelha.
3.11.2 Calibrador de boca
Esses calibradores têm duas “bocas”
para verificar as
medidas: uma “passa”, com a medida
máxima e a ou-
tra “não passa”, com a medida mínima.
O lado “não
passa” tem chanfros e uma marca
vermelha.São nor-
malmente utilizados para eixos e
materiais planos até
100 mm (ver figura ao lado).
A força de medição utilizada na
verificação com ca -
libradores PNP deve corresponder ao
próprio peso do
do calibrador, sem força auxiliar do
operador.
Existem também calibradores de boca
separadas, uti-
Lizados para dimensões muito grandes,
acima de 100
e até 500 mm (ver figura na pagina seguinte).
Uma outra forma do calibrador de boca é aquela onde
Necessita-se de maior rapidez na verificação das pe-
ças. Caracteriza-se por dispor de bocas progressivas
ou escalonadas e é utilizado para dimensões usuais
até 500 mm.
Um outro tipo de calibrador de boca possui ajuste para tolerâncias diferentes. São
ferramentas úteis, pois limi-
tam a necessidade da aquisição de número de calibradores. Os calibradores
devem ser ajustados, utilizando -
se blocos-padrão.

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