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26 de OUTRUBRO/2017
rev.:01
Fundamentos da Metrologia Dimensional
Índice Pág.
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 3
2. CONCEITOS FUNDAMENTAIS/TERMINOLOGIA .................................................. 3
3. A DEFINIÇÃO DO METRO PADRÃO .................................................................... 11
4. CRITÉRIO DE SELEÇÃO DO INSTRUMENTO DE MEDIÇÃO .................................... 12
5. CLASSIFICAÇÃO DOS INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO .......................................... 12
6. PRINCIPAIS FONTES DE ERRO NA MEDIÇÃO ...................................................... 14
7. TIPOS DE INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO ........................................................... 16
8. PAQUÍMETROS ................................................................................................. 16
9. TRAÇADOR DE ALTURAS ................................................................................... 27
10. MICRÔMETRO ................................................................................................ 32
11. RELÓGIO COMPARADOR ................................................................................ 44
12. RELÓGIO APALPADOR .................................................................................... 51
13. COMPARADORES DE DIÂMETROS INTERNOS .................................................. 56
14. ESQUADROS COMBINADOS ............................................................................ 62
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Fundamentos da Metrologia Dimensional
1. INTRODUÇÃO
Este trabalho tem a finalidade de auxiliar a todos os profissionais que, de uma ou outra forma,
estão envolvidos com atividades de metrologia dimensional.
O leitor encontrará no início definição dos principais termos usados, de forma a facilitar o
entendimento de conceitos fundamentais e a seguir, terá uma análise dos principais tipos de
instrumentos, como paquímetros, traçadores de altura, micrômetros, relógios comparadores,
relógios apalpadores, comparadores de diâmetros internos como relógio e esquadros
combinados.
Em cada caso será feita uma análise do princípio de funcionamento, resolução, leitura,
aplicação, cuidados, erro máximo admissível, calibração e os principais tipos.
Estamos satisfeitos, pois embora modestos, estamos contribuindo com você, que tanto
trabalha por um Brasil melhor.
2. CONCEITOS FUNDAMENTAIS/TERMINOLOGIA
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Fundamentos da Metrologia Dimensional
NOTA 3: A medição pressupõe uma descrição da grandeza que seja compatível com o uso
pretendido dum resultado de medição, segundo um procedimento de medição e com um
sistema de medição calibrado que opera de acordo com o procedimento de medição
especificado, incluindo as condições de medição.
NOTA: A metrologia engloba todos os aspectos teóricos e práticos da medição, qualquer que
seja a incerteza de medição e o campo de aplicação.
NOTA: O termo “tolerância” não deve ser utilizado para designar erro máximo admissível.
NOTA 1: Uma calibração pode ser expressa por meio duma declaração, uma função de
calibração, um diagrama de calibração, uma curva de calibração ou uma tabela de calibração.
Em alguns casos, pode consistir duma correção aditiva ou multiplicativa da indicação com uma
incerteza de medição associada.
NOTA 2: Convém não confundir a calibração com o ajuste dum sistema de medição,
frequentemente denominado de maneira imprópria de “auto-calibração”, nem com a
verificação da calibração.
NOTA 3: Frequentemente, apenas a primeira etapa na definição acima é entendida como sendo
calibração.
NOTA 1: Para esta definição, a “referência” pode ser uma definição duma unidade de medida
por meio de sua realização prática, ou um procedimento de medição que inclui a unidade de
medida para uma grandeza não-ordinal, ou um padrão.
NOTA 2: A rastreabilidade metrológica requer uma hierarquia de calibração estabelecida.
NOTA 3: A especificação da referência deve incluir a data em que ela foi utilizada no
estabelecimento da hierarquia de calibração, juntamente com qualquer outra informação
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Fundamentos da Metrologia Dimensional
metrológica relevante sobre a referência, tal como a data em que foi realizada a primeira
calibração da hierarquia de calibração.
NOTA 4: Para medições com mais duma grandeza de entrada num modelo de medição, cada
valor de entrada deveria ter sua própria rastreabilidade e a hierarquia de calibração envolvida
pode formar uma estrutura ramificada ou uma rede. O esforço envolvido no estabelecimento
da rastreabilidade metrológica para cada valor da grandeza de entrada deve ser
correspondente à sua contribuição relativa para o resultado de medição.
NOTA 5: A rastreabilidade metrológica dum resultado de medição não assegura a adequação
da incerteza de medição para um dado objetivo ou a ausência de erros humanos.
NOTA 6: Uma comparação entre dois padrões pode ser considerada como uma calibração se
ela for utilizada para verificar e, se necessário, corrigir o valor e a incerteza de medição
atribuídos a um dos padrões.
NOTA 7: O ILAC considera que os elementos necessários para confirmar a rastreabilidade
metrológica são uma cadeia de rastreabilidade ininterrupta a um padrão internacional ou um
padrão nacional, uma incerteza de medição documentada, um procedimento de medição
documentado, uma competência técnica reconhecida, a rastreabilidade metrológica ao SI e
intervalos entre calibrações (ver ILAC P-10:2002).
NOTA 8: O termo abreviado “rastreabilidade” é, às vezes, utilizado com o significado de
“rastreabilidade metrológica”, assim como de outros conceitos, tais como “rastreabilidade de
uma amostra, rastreabilidade dum documento, rastreabilidade dum instrumento ou
rastreabilidade de um material”, em que o histórico (o “rasto”) de um item está em causa.
Portanto, é preferível utilizar o termo completo “rastreabilidade metrológica” para evitar risco
de confusão.
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Fundamentos da Metrologia Dimensional
NOTA 1 A “exatidão de medição” não é uma grandeza e não lhe é atribuído um valor numérico.
Uma medição é dita mais exata quando fornece um erro de medição menor.
NOTA 2 O termo “exatidão de medição” não deve ser utilizado no lugar de veracidade de
medição, assim como o termo “precisão de medição” não deve ser utilizado para expressar
exatidão de medição, o qual, contudo, está relacionado a ambos os conceitos.
NOTA 3 A “exatidão de medição” é algumas vezes entendida como o grau de concordância
entre valores medidos que são atribuídos ao mensurando.
NOTA 1 Uma classe de exatidão é usualmente caracterizada por um número ou por um símbolo
adotado por convenção.
NOTA 2 O conceito de classe de exatidão aplica-se a medidas materializadas.
NOTA 1 A veracidade de medição não é uma grandeza e, portanto, não pode ser expressa
numericamente. Porém, a norma ISO 5725 apresenta características para o grau de
concordância.
NOTA 2 A veracidade de medição está inversamente relacionada ao erro sistemático, porém
não está relacionada ao erro aleatório.
NOTA 3 Não se deve utilizar o termo “exatidão de medição” no lugar de “veracidade de
medição”.
NOTA 1 A “realização da definição duma dada grandeza” pode ser fornecida por um sistema de
medição, uma medida materializada ou um material de referência.
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“Um metro é a distância percorrida pela luz, no vácuo, no intervalo de tempo de 1 segundo
dividido por 299.792.458”.
Esta definição é universal e se aplica a todo tipo de medições, desde o lar até a astronomia. O
metro em si não foi alterado, o que ocorreu foi mais uma impressionante melhoria na exatidão
de sua definição.
O erro atual de reprodução por este meio corresponde a ± 1,3 x 10-9, isto é, ± 0,0013 µm.
Em terminologia mais atual dizemos 1,3 nm (nm = nanômetros) o que significa um erro de 1,3
milímetros para 1.000 quilômetros!
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Fundamentos da Metrologia Dimensional
O instrumento ideal para cada caso deve ter uma leitura ou resolução de acordo com a medida
a ser verificada e sua tolerância. Assim, recomenda-se que o instrumento possua uma leitura
no mínimo igual à décima parte do campo de tolerância da peça ou, no pior dos casos igual à
quinta parte:
Se considerarmos como exemplo uma peça com tolerância de ± 0,25 mm (campo de tolerância
= 0,50 mm) podemos concluir que um instrumento com leitura de 0,05 mm seria satisfatório,
porém outro com leitura de 0,10 mm ainda poderia ser utilizado.
Este critério está fundamentado na existência de uma relação direta entre a exatidão de um
instrumento de medição e sua leitura ou resolução.
Assim, para cada faixa horizontal de exatidão (numeradas de 1 a 6) corresponde uma faixa
inclinada no gráfico cartesiano, de acordo com a faixa nominal do instrumento.
Por exemplo, podemos concluir que os instrumentos da faixa horizontal nº 1 e com faixa
nominal de 250 mm definem seu erro entre 12 e 30 µm e os de faixa nominal 1000 mm a
definem entre 30 e 60 µm, e assim pode-se fazer uma análise comparativa entre os diversos
sistemas de medição, o que ajudará a entender melhor porque alguns instrumentos podem
auxiliar na verificação de outros (ação que chamamos de calibração).
Nota: Este gráfico não tem nenhum valor para selecionar instrumentos nem tomar decisões. Trata-se apenas de
uma orientação para entender a diferença.
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Fundamentos da Metrologia Dimensional
∆ = x x ∆ ( )
Onde:
∆ = variação de comprimento
L = comprimento original da peça
α = coeficiente de expansão térmica do material
∆ = variação da temperatura
Exemplo: Calcular o incremento de medida de uma peça de aço que se encontra a uma
temperatura de 35oC, sendo que a 20oC sua medida é igual a 200 mm.
∆ = 200 x 0,000012 x 15
∆ = 0,036 mm
Nota: Como regra empírica se aceita que um corpo de aço de 100 mm de comprimento, ao
aumentar sua temperatura em 10oC, se dilata 0,012 mm.
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Paquímetros
Traçadores de altura
Micrômetros
Relógios comparadores
Relógios apalpadores
Comparadores de diâmetros internos com relógio
Esquadros combinados
8. PAQUÍMETROS
Esse sistema de medição é constituído basicamente de dois corpos, um móvel e outro fixo, que
permitem geralmente quatro maneiras de acesso à peça para efetuar a medição e, por isso, são
chamados de paquímetros quadrimensionais.
Podem fornecer resultados de medição com leituras de 0,1 mm, 0,05mm ou 0,02 mm no
sistema métrico e de .001” ou 1/128” no sistema polegada.
8.1 Nomenclatura
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Fundamentos da Metrologia Dimensional
A graduação que define o tipo de leitura é feita na parte móvel e fixa do instrumento e cada um
tem as particularidades que se indicam a seguir:
a) Régua Principal: Aqui geralmente os paquímetros têm dupla gravação de traços: sistema
métrico e polegada.
No sistema métrico são gravados traços com distância de 1 mm, e no sistema polegada
estes podem corresponder a 1 polegada dividida em 16 partes ou 40 partes.
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b) Cursor: Nesta parte são gravados dois conjuntos de traços chamados “NÔNIO”, um para
trabalhar com a escala do sistema métrico e outro para a escala do sistema polegada.
Para o sistema métrico, geralmente são compostos por 10, 20 ou 50 divisões e para o
sistema polegada, geralmente por 8 ou 25 divisões, que têm valor progressivo da mesma
forma que a escala principal.
Assim temos:
Este valor corresponde à primeira divisão do nônio depois do “zero”; assim, a segunda
divisão vale 0,10 mm, a terceira vale 0,15 mm e assim por diante até a última que vale 1
mm.
b) Da mesma forma, se o nônio estiver composto por 50 divisões, a leitura deste paquímetro
será:
Assim, este será o valor da primeira divisão do nônio depois do “zero”; a segunda divisão
vale 0,04 mm, a terceira vale 0,06 mm e assim por diante até a última que vale 1 mm.
c) Se o valor de uma divisão da escala for 1/16” (polegada dividida em 16 partes) e o nônio
tiver 8 divisões, a leitura será:
E da mesma forma que no exemplo anterior, esse valor corresponde à primeira divisão do
nônio depois do “zero”; assim, a segunda vale 1/64”, a terceira vale 3/128” e assim por
diante até a última que vale 1/16” (8/128”).
d) E por último, se o valor de uma divisão da escala for .025” (polegada dividida em 40 partes)
e o nônio tiver 25 divisões, a leitura será:
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Fundamentos da Metrologia Dimensional
Por analogia com os exemplos anteriores, este valor corresponde à primeira divisão do
nônio depois do “zero”, a segunda vale .002”, a terceira vale .003” e assim por diante até a
última que vale .025” (o mesmo valor de uma divisão da escala, como em cada um dos
casos acima).
a) Tomando como referência o primeiro traço do nônio (traço “zero”) conte todos os traços
da escala principal que ficam à esquerda.
b) Verifique qual dos traços do nônio coincide com outro da escala principal. Sempre haverá
um que fica melhor alinhado que os restantes.
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Fundamentos da Metrologia Dimensional
Tipo (normal ou especial), para ter acesso ao lugar que será medido na peça.
Leitura, de acordo com o campo de tolerância especificado na peça.
Faixa nominal e etc.
8.7.2 Limpe cuidadosamente as partes móveis, eliminando poeira e sujeiras com um pano
macio. Apresentação de partículas abrasivas causam desgaste prematuro. Repita esta
operação antes e depois do uso.
8.7.3 Verifique se o movimento do cursor é suave e sem folgas em toda a faixa nominal
útil. Caso exista um jogo anormal, proceda o seu ajuste girando os parafusos até
encostar no fundo e a seguir retorne 1/8 de volta aproximadamente (45º) e verifique
novamente que o movimento do cursor seja suave, porém sem folga.
8.7.5 Posicione corretamente as faces para medição interna. Procure introduzir o máximo
possível as orelhas no furo ou ranhura, mantendo o paquímetro sempre paralelo à
peça que está sendo medida. Verifique que as superfícies de medição das orelhas
coincidam com a linha de centro do furo:
Ao medir um diâmetro, tome a máxima leitura.
Ao medir ranhuras tome a mínima leitura.
8.7.8 Evite o erro de paralaxe ao fazer a leitura. Posicione sua vista em direção
perpendicular à escala e ao nônio, isso evitará erros de leitura que poderão ser
consideráveis.
8.7.9 Tome providências ao medir furos pequenos com as faces de medição interna.
Devido à construção do paquímetro, quando são feitas medições em furos pequenos
(menores que Ø 10 mm) o valor da leitura é sempre menor que o real. Isto devido à
folga existente entre as orelhas e as faces planas de medição.
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A tabela a seguir foi elaborada para valores do cateto menor (2b + c) de 0,3 a 0,7 mm
e valores d2 (diâmetro encontrado pelo paquímetro) de 1,5 até 10 mm. Exemplo de
aplicação:
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d2 Medida 2b + c do paquímetro
0,3 0,4 0,5 0,6 0,7
1,50 0,030 0,050 0,090 0,12 0,17
2,00 0,023 0,041 0,060 0,09 0,13
2,50 0,018 0,032 0,050 0,07 0,10
3,00 0,015 0,027 0,042 0,06 0,08
3,50 0,013 0,023 0,036 0,05 0,07
4,00 0,011 0,020 0,031 0,045 0,06
4,50 0,010 0,017 0,028 0,038 0,05
5,00 0,009 0,014 0,026 0,033 0,047
6,00 0,009 0,013 0,021 0,029 0,041
7,00 0,007 0,011 0,018 0,026 0,036
8,00 0,007 0,010 0,016 0,023 0,033
9,00 0,006 0,009 0,013 0,020 0,028
10,00 0,005 0,008 0,012 0,017 0,023
Como pode-se observar, o paquímetro não é um bom recurso para medir furos
pequenos de precisão. Deve ser usado apenas na falta de outros instrumentos mais
adequados, como micrômetros ou pinos calibrados.
8.8.2 Evite danos nas pontas de medição. Procure que as orelhas de medição nunca sejam
utilizadas como compasso de traçagem. Nem outras pontas.
8.8.3 Limpe cuidadosamente após o uso. Utilize um pano seco para retirar partículas de pó
e sujeira, bem como as marcas dos dedos deixadas pelo manuseio.
8.8.4 Proteja o paquímetro ao guardar por longo período. Usando um pano macio
embebido em óleo fino anti-ferrugem, aplique suavemente em todas as faces do
instrumento uma camada bem fina e uniforme.
A primeira especifica valores para instrumentos com resolução de 0,05 mm e a segunda inclui
também valores para instrumentos com resolução de 0,02 mm.
Norma ABNT
Norma JIS B-7507/1993
Faixa nominal NBR-06393
(mm) Resolução 0,05 mm Resolução 0,05 Resolução 0,02 mm
± (µm) ± (µm) ± (µm)
0 - 100 60 60 30
100 - 200 70 70 30
200 - 300 80 80 40
300 - 400 90 90 40
400 - 500 100 100 50
500 - 600 110 110 50
600 - 700 120 120 60
700 - 800 130 130 60
800 - 900 140 140 70
900 - 1000 150 150 70
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9. TRAÇADOR DE ALTURAS
Muito parecido com o paquímetro, porém realizando seu trabalho sobre uma base de apoio
horizontal, este instrumento é amplamente utilizado tanto em laboratório de metrologia como
nos setores de fabricação, para medir, traçar, como auxiliar na verificação de nivelamento,
paralelismo e etc.
Consiste fundamentalmente de uma base plana com uma coluna perpendicular graduada
(escala principal) sobre a qual desliza um cursor para traçagem ou medição.
9.1 Nomenclatura
9.3.1 Selecione o traçador mais adequado ao serviço pretendido. Para isso leve em
consideração a faixa nominal necessária, o tipo de leitura, a ponta necessária ou o
dispositivo mais apropriado.
9.3.3 Verifique se o movimento do cursor é suave e sem folgas em toda a faixa nominal do
instrumento. Caso exista um jogo anormal, proceda a seu ajuste de maneira similar
ao item 8.7.3 (do paquímetro). Isso poderá evitar acidentes lamentáveis.
9.3.6 Evite o erro de paralaxe ao fazer a leitura. Posicione sua vista em direção
perpendicular à escala e ao nônio, isso evitará erros consideráveis de leitura.
9.3.7 Ao utilizar o ajuste fino, tome providência para evitar que uma pressão excessiva da
ponta na peça possa levantar a base do traçador prejudicando a medida.
9.3.8 Evite deixar o traçador nas bordas do desempeno, bem como aplicar excessiva força
ao movimentar o instrumento sobre o desempeno, isso poderá provocar queda
acidental.
9.4.1 Projeta a ponta de traçar de eventuais danos. Após sua utilização, retire-a do traçador
e guarde-a em lugar apropriado.
9.4.2 Proteja o traçador ao guardar por longo tempo. Usando um pano macio embebido
em óleo anti-ferrugem, aplique suavemente uma fina camada em todas as faces do
instrumento.
Utilizados tanto para traçar como para medir, estes instrumentos foram desenvolvidos em
diversos tipos, sempre procurando tornar mais simples e rápida sua leitura e a forma de acesso
ao lugar de trabalho.
Com Escala Móvel para Serviços de Traçagem – Trata-se de um sistema muito econômico,
que permite zerar a leitura em qualquer ponto da sua faixa nominal pela movimentação de
escalas móveis. A ponta de traçagem é giratória e retrátil. Sua movimentação é feita por
cremalheira e engrenagem.
Com Escala Principal Fixa – Sistema que possui ajuste fino e regulagem do zero de
referência pela movimentação do nônio, o que o torna um instrumento econômico.
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Com Escala Principal Ajustável – Este tipo apresenta um dispositivo especial para deslocar
a escala principal, o que permite ajustar o zero de referência toda vez que for necessário
trocar a ponta.
São sistemas precisos que geralmente incorporam uma lupa para facilitar a leitura. A base
pode ser de ferro fundido ou aço.
Com Leitura por Escala e Relógio – Possui uma escala de graduação por traços para
aproximação e um relógio para complementar a leitura final. Movimenta-se por
cremalheira e engrenagem.
Com Leitura por Relógio e Contador Mecânico – Sua movimentação é feita por cremalheira
e engrenagem de ajuste fino. A leitura é feita através de um contador mecânico e
complementada pela indicação do ponteiro do relógio. Sua característica principal é a
zeragem em qualquer ponto, o que facilita tanto os trabalhos de medição como os de
traçagem.
Com Leitura Digital Eletrônica – Possui leitura através de visor LCD (de cristal líquido), que
elimina os erros de operador, de paralaxe e da graduação por traços, tornando possível
uma leitura de maior exatidão (0,001 mm ou .0005”).
Dispositivo para Medição de Profundidade – Consiste de uma haste com uma barra
cilíndrica regulável para introduzir em furos ou canais. Na extremidade de contato,
incorpora uma ponta de relógio comparador que pode ser trocada.
Dispositivo para Medição da Distância entre Centros de Furos – Possui uma ponta móvel
com um ângulo agudo, que ao ser introduzida no furo, pode ser nivelada pelo movimento
do cursor. A leitura é feita quando um ponteiro indica que o dispositivo está na posição
horizontal.
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Fundamentos da Metrologia Dimensional
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Fundamentos da Metrologia Dimensional
10 MICRÔMETRO
Devido a sua forma construtiva, este instrumento permite leituras da ordem de 0,01 mm nos
modelos comuns e de 0,001 mm (1 µm) nos que incorporam um nônio. Os modelos para
medição de furos permitem leituras diretas de até 0,005 mm. Uma característica importante
dos micrômetros é a incorporação de um dispositivo que assegura uma pressão de medição
constante, chamado catraca ou fricção, dependendo do seu mecanismo.
10.1 Nomenclatura
Assim, uma volta completa do tambor corresponde ao passo da rosca, meia volta corresponde
à metade do passo da rosca, e assim por diante.
Se o micrômetro apresentar ainda um nônio com 10 divisões na bainha será possível a leitura
de 0,001 mm (ou .0001”) pois, da mesma forma que no paquímetro.
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Para ambos os casos, o referencial para fazer a leitura encontra-se na bainha como sendo sua
própria face lateral. Assim, para tomar a leitura deve-se considerar primeiramente o valor do
traço do tambor que coincide com a linha de referência da bainha. No caso de micrômetro com
nônio, deve-se acrescentar ainda o valor do traço do nônio que coincide com o traço do tambor.
Rosca com passo de 0,5 mm, tambor com 50 divisões e nônio com 10 divisões
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Fundamentos da Metrologia Dimensional
Rosca com passo de .025”, tambor com 25 divisões e nônio com 10 divisões
Tipo (normal ou especial) para ter acesso ao lugar que será medido na peça.
Leitura de acordo com o campo de tolerância especificado na peça (ver item 4).
Faixa nominal e etc.
10.5.2 Limpe cuidadosamente as partes móveis, eliminado poeira e sujeiras com um pano
macio e limpo. A presença de partículas abrasivas causam desgaste prematuro.
Repita esta operação antes e depois do uso.
10.5.3 Deixe estabilizar a temperatura da peça e do micrômetro numa sala com ambiente
controlado, especialmente nas medições de alta exatidão. Em temperaturas fora da
referência (20oC) faça compensação do efeito térmico. Lembre-se que uma barra de
aço de 100 mm modifica seu comprimento em 0,012 mm para cada 10oC de variação.
10.5.4 Antes do uso, limpe as faces de medição. Use somente uma folha de papel macio
(do tipo usado para limpar lentes é ideal). Prenda a folha usando a catraca e
movimente-a, sem retirá-la totalmente e a seguir solte o micrômetro para retirar o
papel (isso evitará fiapos nas faces).
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Fundamentos da Metrologia Dimensional
10.5.6 Sempre utilize a catraca ou fricção ao efetuar medições. Duas ou três voltas, após o
encosto das faces de medição na peça são suficientes. Assim, a pressão de medição
será sempre constante.
10.6.2 Após o uso, limpe cuidadosamente, retirando sujeiras e marcas deixadas pelos dedos
no manuseio. Use um pano macio e seco.
10.6.3 Proteja o micrômetro ao guardar por longos períodos. Usando um pano macio
embebido em óleo fino anti-ferrugem, aplique suavemente uma camada bem fina e
uniforme em todas as faces do instrumento.
A norma ISSO 3611 (1978) e a NBR 66701 estabelecem os seguintes valores admissíveis para
os micrômetros de acordo à sua faixa nomial:
Faixa Nominal Erro Máximo Flexão de Arco Erro de Leitura do Ajuste Paralelismo da Superfícies de
(mm) "Fmax" (µm) Admissível (µm) Zero ± (µm) Medição ± (µm)
0 -25 4 2 2 2
25 - 50 4 2 2 2
50 - 75 5 3 3 3
75 - 100 5 3 3 3
100 - 125 6 4 4 4
125 - 150 6 5 4 4
150 - 175 7 6 5 5
175 - 200 7 6 5 5
200 - 225 8 7 6 6
225 - 250 8 8 6 6
250 - 275 9 8 7 7
275 - 300 9 9 7 7
300 - 325 10 10 8 8
325 - 350 10 10 8 8
350 - 375 11 11 9 9
375 - 400 11 12 9 9
400 - 425 12 12 10 10
425 - 450 12 13 10 10
450 - 475 13 14 11 11
475 - 500 13 15 11 11
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Fundamentos da Metrologia Dimensional
Os valores da flexão permissível no arco foram definidos considerando a força exercida pela
catraca ou fricção do micrômetro que deve ser de 5 a 10N (500 a 1000gf).
Planeza das Superfícies de Medição, que pode ser controlada por meio de um plano ótico
padrão que apoiado sobre a superfície, apresenta franjas de interferência. A forma e o
número destas franjas indicam o grau de planeza da superfície. Com a luz comum
(policromática) contam-se as de cor vermelha que não devem ser mais de quatro (o valor
atribuído a cada franja é de 0,32 µm). Utilizando uma lâmpada de vapor de mercúrio (luz
monocromática), as franjas são visualizadas muito mais claramente.
A soma do número de franjas não deve exceder a oito. Para faixas nominal maiores, dois
paralelos óticos devem ser colocados nos extremos de combinações de blocos padrão.
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Fundamentos da Metrologia Dimensional
Erro máximo. Chamado também de erro instrumental, é, geralmente, controlado com uma
sequência de blocos padrão escolhidos para cada volta completa do fuso e também para
posições intermediárias.
Para micrômetros com rosca de 0,5 mm de passo, a série de blocos padrão ideal e: 2,5 –
5,1 – 7,7 – 10,3 – 12,9 – 15,0 – 17,6 – 20,2 – 22,8 e 25 mm.
Desta forma, ao suar o bloco padrão de 2,5 mm, a linha de referência da bainha coincidirá
com o zero do tambor depois de dar 5 voltas completas.
Ao usar o bloco padrão de 5,1 mm a linha de referência da bainha coincidirá com a marca
de 0,1 mm do tambor depois de dar outras 5 voltas completas.
Ao usar o bloco padrão de 7,7 mm a linha de referência da bainha coincidirá com a marca
0,2 mm do tambor, depois de dar outras 5 voltas completas e assim sucessivamente, até
chegar a usar o bloco de 25 mm, o que permitirá controlar 2 vezes cada posição angular do
fuso.
Estojo de madeira contendo o jogo de blocos padrão e um paralelo óptico para inspeção
do erro máximo e o grau de planeza dos batentes de medição do instrumento.
Feitas as verificações acima e conhecendo o estado mecânico do micrômetro, pode-se
fazer um diagnóstico de falhas ou defeitos para consertar ou substituir o instrumento.
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Fundamentos da Metrologia Dimensional
As variáveis de cada tipo têm relação principalmente com o tipo de medição a ser realizada,
assim, temos micrômetros para medição externa, interna, de profundidade e especiais. A seguir
é feita uma descrição genérica para maior compreensão:
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Fundamentos da Metrologia Dimensional
Nesta classificação existem diversos modelos, que por sua vez, podem ser
reagrupados de acordo com o componente que está sendo diversificado. Por
exemplo:
Arco, que pode ser de aço forjado com placas termo-isolantes para segurá-lo com
a mão, sem placas para fixa-lo em suportes, e de ferro fundido para torna-lo
econômico.
Pontas de medição, que podem ser planas, esféricas, cônicas, finas, tipo lâmina,
tipo disco e etc. Podendo as duas faces de medição serem diferentes (ex.: ponta
plana e esférica).
Somente o batente. Com a mesma ponta móvel, o batente pode ser esférico
móvel, o batente pode ser esférico, retangular, cilíndrico, em forma de “V”, do
tipo intercambiável, etc.
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Fundamentos da Metrologia Dimensional
Tipo cilíndrico ou tubular, trata-se de uma cabeça micrométrica com duas pontas
de contato. Para dimensões maiores são utilizadas hastes prolongadoras.
Trata-se de uma cabeça micrométrica acoplada a uma base plana com superfície de
apoio lapidada. Existem basicamente dois tipos: com haste única e com haste
intercambiável para capacidade maiores.
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Fundamentos da Metrologia Dimensional
Aqui são agrupados os micrômetros projetados para fins mais específicos. Entre eles,
podem-se destacar os seguintes:
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Fundamentos da Metrologia Dimensional
Com Arco Raso – Para medição de espessuras em lugares de difícil acesso, como
furos de flanges e outros.
Medição de Dentes de Engrenagem – Utilizado para medir as espessuras dos
dentes de uma engrenagem reta, pelo método de Wildhaber.
Cabe ainda acrescentar que muitos dos modelos apresentados podem ser
fabricados com leitura digital, mecânica ou eletrônica.
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Fundamentos da Metrologia Dimensional
Este instrumento foi desenvolvido para detectar pequenas variações dimensionais através de
uma ponta de contato e por um sistema de ampliação mecânica apresentar seu valor com uma
leitura clara e suficientemente precisa. O relógio comparador tradicional transforma (e amplia)
o movimento retilíneo de um fuso (cremalheira) em movimento circular de um ponteiro
montado em um mostrador graduado.
11.1 Nomenclatura
Conceito de Resolução:
A resolução está ligada ao grau de ampliação do deslocamento que experimenta a ponta de
contato no processo de medição. Assim, uma volta completa do ponteiro (360oC) corresponde
a um certo valor de movimento do fuso. Esta volta é subdividida angularmente em frações
iguais e o valor entre cada uma delas é o valor de uma divisão do relógio.
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Fundamentos da Metrologia Dimensional
Como exemplo, temos o relógio com o valor de uma divisão centesimal (0,01 mm) que é o mais
amplamente utilizado e onde para 1 mm de deslocamento do fuso corresponde 1 volta de
ponteiro, sendo que esta é subdividida em 100 partes iguais, daí o valor de uma divisão de 0,01
mm. Por outro lado, se o curso do fuso for maior do que uma volta do ponteiro, incorpora-se
um ponteiro menor com a finalidade de indicar o número de voltas do ponteiro maior.
11.3.2 Selecione a ponta de contato que melhor se adapte ao lugar da medição. Se houver
necessidade de atrito constante, verifique também o material e a dureza da ponta
mais adequada.
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Fundamentos da Metrologia Dimensional
11.3.4 Limpe o relógio com um pano limpo e macio antes do uso. Tanto a peça a ser medida
como a base onde será apoiada deverão estar também livres de pó e sujeiras.
11.3.5 Não levante o fuso com a mão, use a alavanca apropriada. Isso evitará sujeiras e a
possibilidade de alterar a posição do relógio.
11.3.6 Para fixar o relógio pelo canhão, introduza-o tanto quanto for possível. O furo, por
sua vez, deve ser preciso e bem acabado, de preferência com alargador de tolerância
H7. Assim, a fixação por parafuso é mais eficiente e não deforma o canhão.
11.3.7 Tome providências para montar o relógio sempre em posição perpendicular à base
de referência, isso evitará erros de leitura. Teoricamente, deveria aplicar-se um fator
de compensação do erro, ou seja, deveria multiplicar-se a leitura do relógio pelo
coseno do ângulo Ɵ formado.
Exemplo: Se a leitura do relógio for 0.050 mm, calcular a medida real com Ɵ = 10o e
Ɵ = 30o (para se ter uma ideia do problema).
11.3.8 Use base rígida para montar o relógio e procure sempre deixa-lo o mais próximo
possível da coluna e da base. Isso evitará erros devido à flexão do suporte.
11.3.9 Evite o erro da paralaxe olhando o mostrador do relógio na posição frontal. Lembre-
se que deve olhar primeiramente o ponteiro menor (contador de voltas) e a seguir,
o maior.
11.4.2 Após o uso, limpe sujeiras e marcas deixadas pelos dedos no manuseio. Use um pano
macio e seco.
11.4.3 Proteja o relógio ao guardar por longos períodos. Usando um pano macio embebido
em óleo fino anti-ferrugem, aplique suavemente uma camada bem fina e uniforme
em todas as faces, exceto no visor, fuso e pontas de metal duro.
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Fundamentos da Metrologia Dimensional
A norma JIS B 7503 (1977 – Edição 1998) estabelece os valores máximos admissíveis para os
diferentes parâmetros de calibração, conforme a resolução e o curso máximo de medição.
Para relógios comparadores com valor de uma divisão de 0,01 mm e curso máximo de 10 mm.
Repetitividade = 5 µm
Erro de retorno = 5 µm
Qualquer 0,1 volta = 8 µm
Qualquer 0,5 volta = ± 9 µm
Qualquer 1 volta = ± 10 µm
Qualquer 2.0 volta = ± 15 µm
Qualquer intervalo maior = ± 15 µm
Força máxima de medição = 1,5N (155 gf)
Força mínima de medição = 0,4N (40 gf)
Máxima variação de força = 0,6N (62 gf)
Para relógios comparadores com valor de uma divisão de 0,002 mm e 0,001 mm, dependendo
do curso de medição, a norma apresenta os seguintes valores em µm.
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Fundamentos da Metrologia Dimensional
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Fundamentos da Metrologia Dimensional
Nota: Sistemas digitais eletrônicos são fabricados com resolução de 1 µm e curso de 100
mm e até podem ser encontrados com resolução de 0,1 µm com curso de 50 mm.
Com curso morto – Características deste tipo é uma zona do mostrador sem graduação. O
ponteiro não ultrapassa esta zona, evitando assim erros de interpretação da tolerância ao
selecionar peças em série.
Especiais – Existem relógios projetados para atender finalidades específicas e por isso são
dotados de recursos especiais como zeragem do ponteiro contador de voltas em qualquer
ponto, trava de leitura no ponto máximo, dupla face de leitura (dois mostradores, um na
frente e outro no verso), leitura invertida e etc.
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Fundamentos da Metrologia Dimensional
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Fundamentos da Metrologia Dimensional
Este instrumento permite múltiplas aplicações, porém, sempre acoplado a algum meio de
fixação e posicionamento como suportes de transferência, traçadores de altura, bases
magnéticas, eixos e mandris de máquinas e etc.
12.1 Nomenclatura
Conceito de Resolução:
Similar ao relógio comparador, guardadas as proporções quanto ao curso de medição.
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Fundamentos da Metrologia Dimensional
12.3.2 Limpe o relógio com um pano limpo e macio antes do uso. Tanto a peça a ser medida
como a base onde será apoiada deverão estar também livres de pó e sujeiras.
12.3.3 Tome providência para montar o relógio na posição mais paralela possível com a
superfície a ser verificada. Isso evitará erros de leitura. Teoricamente, deveria
aplicar-se um fator de compensação do erro, ou seja, deveria multiplicar-se a leitura
do relógio pelo coseno do ângulo Ɵ formado.
Exemplo: Se a leitura do relógio for 0,050 mm, calcular a medida real com:
12.3.4 Use uma base rígida para montar o relógio e procure sempre deixa-lo o mais próximo
possível da coluna e da base. Isso evitará erros devido à flexão do suporte.
12.3.5 Ao medir um objeto em rotação, evite que a peça gire em direção à ponta de
contato. Isso evitará vibrações e acidentes.
12.3.6 Ao medir um objeto plano, evite movimentar o relógio para frente ou a peça em
direção à ponta de contato, pela mesma razão anterior.
12.3.7 Evite o erro de paralaxe olhando o mostrador do relógio na posição frontal. Preste
atenção à relação entre a direção de deslocamento da ponta e o sentido de
movimento do mostrador.
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Fundamentos da Metrologia Dimensional
12.4.1 Proteja o relógio de impactos ou forças excessivas. Não deixe o instrumento na beira
da mesa ou em lugares onde, por descuido, possa ser derrubado. Nunca tente
aproximar ou retirar o relógio pelo movimento motorizado de uma máquina. Assim,
evitará acidentes lamentáveis.
12.4.2 Substitua a ponta de contato gasta somente por outra do mesmo comprimento, pois
a distância do centro da esfera de contato ao centro de articulação é fundamental
para manter a relação de ampliação do relógio apalpador.
12.4.3 Proteja o relógio ao guardar por longos períodos. Usando um pano macio embebido
em óleo anti-ferrugem, aplique suavemente uma camada bem fina e uniforme em
todas as faces, exceto no visor, nos mancais e na ponta de metal duro.
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Fundamentos da Metrologia Dimensional
Para atender diversas necessidades, tanto dos setores de metrologia como de fabricação na
indústria de mecânica de precisão, foram desenvolvidos diversos tipos de relógios apalpadores.
As principais variáveis de criação de novos modelos são as seguintes:
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Fundamentos da Metrologia Dimensional
Consistem, basicamente, de uma série de pontas especiais com esferas de diâmetros de 1,2 e
3 mm e hastes de fixação do tipo rígidas ou articuláveis, para fixar o relógio apalpador nas suas
diversas formas de trabalho.
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Fundamentos da Metrologia Dimensional
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Fundamentos da Metrologia Dimensional
13.3.2 Limpe o comparador de diâmetros internos com um pano limpo e macio antes do
uso. Tanto a peça a ser medida como o lugar onde será deixado o instrumento,
devem estar livres de pó e sujeira.
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Fundamentos da Metrologia Dimensional
13.4.3 Após o uso, limpe sujeiras e marcas deixadas pelos dedos no manuseio. Use um pano
macio e seco.
13.4.4 Guarde sempre o comparador e seus acessórios colocando-os no lugar que lhes
corresponde, no estojo próprio ou similar. Esta prática lhe poupará tempo e
aborrecimentos.
Proteja o instrumento ao guardar por longos períodos. Usando um pano embebido
em óleo fino anti-ferrugem, aplique suavemente uma camada bem fina e uniforme
em todas as faces, exceto no visor do relógio, fuso e pontas de metal duro.
Desvios Permissíveis
Descrição com relógio 0,01 mm com relógio 0,001 mm
Repetitividade 3 µm máx. 2 µm máx.
Efeito da rotação da ponta móvel 4 µm máx. 2 µm máx.
Erro de medição na faixa 10 µm máx. 5 µm máx.
Erro de limite adjacente (passo a passo) 4 µm máx. 2 µm máx.
Efeito dos roletes guia 2 µm (18 – 160 mm) 1 µm (18 – 160 mm)
3 µm (160 – 400 mm) 2 µm (160 – 400 mm)
Força de medição 4N – 480gf (18 – 60 mm)
5N – 510gf (50 – 160 mm)
6N – 612gf (160 – 400 mm)
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Fundamentos da Metrologia Dimensional
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Fundamentos da Metrologia Dimensional
13.8.2 Barras de extensão para diâmetros. Similar à anterior, porém, aplicadas para
medição de diâmetros maiores. Seu uso deve ser restringindo, pois o apoio dos
roletes fica menor em relação ao diâmetro.
13.8.3 Anéis padrão para calibração. São fabricados em aço temperado com acabamento
de retífica fina e apresentam o valor nominal gravado.
13.8.4 Suporte especial para blocos padrão. Trata-se de uma estrutura robusta onde
podem-se acondicionar blocos padrão e peças terminais para apoiar as pontas de
contato do instrumento.
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Fundamentos da Metrologia Dimensional
Este instrumento é composto de uma régua metálica e três corpos para medição e traçagem,
que podem descrever-se da seguinte maneira:
Régua Metálica – Consiste de uma régua fabricada em aço inoxidável com duplo sistema
de graduação. Um lado da régua apresenta graduação com valor de uma dimensão de 0,5
mm e 1/32”, e outro lado com 1 mm e 1/64”.
Transferidor – Consiste de um corpo giratório com valor de uma dimensão de 1o e abertura
de 15o até 165o para medir diretamente sobre a peça ou com apoio em um desempeno de
medição. Geralmente incorpora também um nível de bolha com referência na régua
metálica.
Esquadro Duplo – Possui dois ângulos fixos, de 90o e 45o com referência na régua metálica.
Geralmente apresenta também um nível de bolha com referência em seu lado maior.
Alguns modelos incorporam uma ponta de traçar que poder ser guardada no corpo do
esquadro.
Esquadro para Centragem – Possui uma abertura com ângulo de 90o posicionado de tal
maneira que uma lado da régua metálica passa exatamente pelo vértice do ângulo,
permitindo assim traçar o centro de peças redondas. Posicionando adequadamente a
régua metálica permite medir diâmetros internos ou externos com a mesma.
14.1 Nomenclatura
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Fundamentos da Metrologia Dimensional
14.2.5 Outras alternativas de trabalho utilizando o esquadro com ângulos fixos de 90o e
45o:
a) Traçado de ângulo retos com a régua metálica na posição vertical.
b) Medição angular em relação a uma superfície de referência.
c) Verificação de um ângulo de 45o com a régua metálica na posição horizontal.
d) Medição de profundidade de um canal reto.
e) Verificação de um ângulo de 90o com a régua metálica em posição horizontal.
14.3.2 Ao utilizar o esquadro combinado de centrar em uma peça que não esteja
completamente cilíndrica, é aconselhável traçar mais de duas linhas interseccionais.
14.3.3 Projeta o esquadro combinado ao guardar por longo período. Usar um pano macio
embebido em óleo fino anti-ferrugem, aplicar suavemente uma camada bem fina em
todas as faces do instrumento.
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