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Teoria de Erros e Medidas

Exercício 1
1. Faça as transformações de unidades abaixo apresentando o resultado em notação
científica e mantendo o mesmo número de algarismos significativos.
a) 31,4 cm para m
R: 3,14*10^-1 m

b) 123,89 km2 para mm2


R:1,2389*10^14 mm2

c) 1,3 km/h para mm/s


R: 3,6*10^-1 mm/s

d) 0,02 g para kg
R: 2*10^-5kg

e) 2,01 kg/m3 para g/cm3


R: 2,01*10^-3 g/cm3

2. Na tabela abaixo há exemplos de medidas. Diga a quantidade de algarismos


significativos em cada uma. medida número de algarismos significativos
a) 0,0008 s – 1;
b) 1179 cm – 4;
c) 179,0 cm – 4;
d) 0,0091 s 3 × 108 m/s – 2;
e) 299792458 m/s – 9;
f) 10,00 V – 4;
g) 21,01 g - 4;
h) 6,02214 ×1023 moléculas – 6.

3. Faça os arredondamentos de modo que todos os valores abaixo fiquem com dois
algarismos significativos.
a) 0,00355 cal/g
R: 0,0036 cal/g;

b) 29,500 g/s
R: 30g/s;

c) 26,5 m
R: 26 m;

d) 98,5 J
R: 98 J;
e) 0,04556 N
R: 0,046 N;

e) 0,998766 g/cm3
R: 1,0 g/cm3

4) Todos os resultados abaixo estão apresentados de maneira inadequada. Corrija-os.


a) 6,123456789 ± 0,0923 m/s
R: 6,123 ± 0,092 m/s;

b) 9,997 ± 1 m
R: 10,0 ± 1,0 m

c) 1,79 m ± 0,5 cm
R: 179,0 ± 0,5 cm

d) 8,6531 ± 0,666 s
R: 8,65 ± 0,67 s

e) 49,98 ± 4 V
R: 50 ± 4 V

f) 120,31 × 10−4 m ± 0,01 mm


R: 0, 120 ± 0, 010 mm

g) 5,670 × 10−7 ± 3 × 10−9 kg


R: (567 ± 3) × 10−9 kg

5) Faça a leitura dos comprimentos abaixo estimando o melhor valor e sua incerteza.

R: a) La = 9, 8 ± 0, 5 cm b) Lb = 66, 5 ± 0, 5 mm
La = 0, 098 ± 0, 005 m Lb =0, 0665 ± 0, 0005 m
6) O volume V de uma esfera pode ser obtido a partir do diâmetro d obtido
experimentalmente. Mostre que a incerteza relativa do volume é o triplo da incerteza
relativa do diâmetro:
σV/V = 3σd/d

• R: O volume de uma esfera é dado por:

V=4/3πr³

• Onde r é o raio da esfera, que é metade do diâmetro d. Logo, podemos escrever:

V=4/3π (d/2)³ = π/6d³

Definição de incerteza relativa:

• A incerteza relativa ou erro relativo é uma medida da precisão de uma medição


ou de um cálculo. Ela é calculada como:

δ = Δ/x

• Onde δ é a incerteza relativa, Δ é a incerteza absoluta e x é o valor medido ou


calculado. A incerteza absoluta é o intervalo de valores em que o valor
verdadeiro provavelmente se encontra. Por exemplo, se medimos o diâmetro de
uma esfera como d=10,0±0,1 cm, isso significa que a incerteza absoluta é
Δd=0,1 cm e o valor medido é d=10,0 cm. A incerteza relativa do diâmetro é
então:

δd = Δd/d = 0,1/10,0 = 0,01

Demonstração da relação entre as incertezas relativas:

• Para mostrar que a incerteza relativa do volume é o triplo da incerteza relativa


do diâmetro, vamos usar a regra de propagação de erros para funções de uma
variável. Essa regra diz que:

Δf(x) = ∣f′(x)∣Δx

• Onde f(x) é uma função de uma variável x, Δf(x) é a incerteza absoluta da


função e f′(x) é a derivada da função em relação a x. Usando essa regra para o
volume da esfera em função do diâmetro, temos:

ΔV(d) = ∣V′(d)∣ Δd

• Derivando a função do volume em relação ao diâmetro, obtemos:

V′(d) = π/6 (3d²) = π/2d²


• Substituindo na regra de propagação de erros, temos:

ΔV(d) = ∣π/2d²∣ Δd = π/2d²Δd

• Agora, vamos dividir ambos os lados dessa equação pelo valor do volume
V(d)=6πd3, obtendo:

ΔV(d)/ V(d) = ((π/d²Δd)/π/6d³)) =3Δd/d

• Comparando com a definição de incerteza relativa, vemos que:

𝛿𝑉(𝑑) = 3𝛿𝑑

Ou seja, a incerteza relativa do volume é o triplo da incerteza relativa do


diâmetro. Isso significa que um pequeno erro na medição do diâmetro se
propaga para um erro três vezes maior no cálculo do volume.

7) Usando propagação de erros, calcule:


a) a área do retângulo de lados a = (7, 48 ± 0, 24) km e b = (1, 34 ± 0, 08) km
R: A = 10,02 ± 0,68 km2;

b) o volume da esfera de diâmetro d = (9, 10 ± 0, 03) cm


R: V = 394,6 ± 3,9 cm3

8) O diâmetro de uma esfera pequena foi medido utilizando-se de um paquímetro


graduado em décimos de milímetros. O resultado da medida foi d = 2,00 mm
a) Qual é o desvio absoluto?
R: Δd = 0,1 mm
i) na medida do diâmetro?
R: Δd = 0,1 mm
ii) na determinação do diâmetro?
R: d = 1/5 (1,98 + 2,01 + 2,03 + 1,99 + 2,00) = 2,002mm
Então,
Δd = ∣2,00 – 2,002∣ = 0,002 mm
iii) na determinação do raio?
R: Δr (2,00) = ½ * 0,1 = 0,05mm
iv) na determinação do volume?
R: ΔV (2,00) = π/2(2,00)² * 0,1 = 0,628 mm³

b) Qual é o desvio relativo?


R: Δd = 0,1 mm
i) na medida do diâmetro?
Δ𝑑 0,1
R: 𝛿𝑑 = = 2,00 = 0,05
𝑑

ii) na determinação do raio?


R: Para obter o desvio relativo do raio, dividimos pelo valor do raio r (2,00) =2,00/2
=1,00 mm, obtendo:
Δ𝑟(2,00) 0,05
𝛿𝑟(2,00) = = = 0,05
𝑟(2,00) 1,00

iii) na determinação do área?


R: Para obter o desvio relativo da área, dividimos pelo valor da área A(7,48;1,34) =
7,48×1,34 = 10,02 km², obtendo:
Δ𝐴(7,48; 1,34) 0,66
𝛿𝐴(7,48; 1,34) = = = 0.0659
𝐴(7,48; 1,34) 10,02
iv) na determinação do volume?
R: Para obter o desvio relativo do volume, dividimos pelo valor do volume V(2.00)=6/π
(2.00)³ = 4.1888 cm³ , obtendo:
Δ𝑉(2.00) 0.6283
𝛿𝑉(2.00) = = = 0.15
𝑉(2.00) 4.1888

9) Em um experimento para determinar o valor de g (aceleração da gravidade) com um


pêndulo simples mediu-se T com um desvio relativo de 2% e o comprimento de pêndulo
( L ) com 3%. Com que desvio relativo g pode ser determinado?

• R: Para calcular o desvio relativo da aceleração da gravidade, precisamos


primeiro calcular o desvio absoluto. Usando a regra de propagação de erros
para funções de duas variáveis, temos:
Δ𝑔(𝐿, 𝑇) = √(𝑔𝐿 (𝐿, 𝑇)Δ𝐿)2 + (𝑔𝑇 (𝐿, 𝑇)Δ𝑇)2

• Derivando parcialmente a função da aceleração da gravidade em relação ao


comprimento e ao período, obtemos:

4𝜋 2
𝑔𝐿 (𝐿, 𝑇) =
𝑇2
8𝜋 2 𝐿
𝑔𝑇 (𝐿, 𝑇) = −
𝑇3

• Substituindo na regra de propagação de erros, temos:

2 2
4𝜋 2 8𝜋 2 𝐿
Δ𝑔(𝐿, 𝑇) = √( 2 Δ𝐿) + (− 3 Δ𝑇)
𝑇 𝑇

• Para obter o desvio relativo da aceleração da gravidade, precisamos dividir o


desvio absoluto pelo valor da aceleração da gravidade g(L,T)= 4π²L/T²,
obtendo:

2 2 2 2
√(4𝜋2 Δ𝐿) + (− 8𝜋 3 𝐿 Δ𝑇)
Δ𝑔(𝐿, 𝑇) 𝑇 𝑇
𝛿𝑔(𝐿, 𝑇) = =
𝑔(𝐿, 𝑇) 4𝜋 2 𝐿
𝑇2

• Simplificando a expressão, obtemos:

Δ𝐿 2 Δ𝑇
𝛿𝑔(𝐿, 𝑇) = √( ) + (2 )2
𝐿 𝑇

• Substituindo os valores dados dos desvios relativos do comprimento e do


período, temos:

0,03 2 0,02 2
𝛿𝑔(𝐿, 𝑇) = √( ) + (2 ) = 0,0499
1 1

Portanto, o desvio relativo da aceleração da gravidade pode ser determinado


como 0,0499 ou aproximadamente 5%.

10) A massa de um corpo foi medida 15 vezes, encontrando-se os valores indicados no


quadro abaixo. Calcular os desvios (m), desvios quadráticos (m2), a média, o desvio
padrão, o erro da média e o erro relativo.
Massa (g) m = mm – mi m2
306,532 0,001 0,000001
306,531 0 0
306,538 0,007 0,000049
306,538 0,007 0,000049
306,536 0,005 0,000025
306,541 0,01 0,0001
306,536 0,005 0,000025
306,536 0,005 0,000025
306,535 0,002 0,000004
306,531 0 0
306,538 0,007 0,000049
306,531 0 0
306,536 0,005 0,000025
306,541 0,1 0,0001
306,542 0,011 0.000121
Somas ---> 0,165 0,000452

Média = 306,536
Desvio Padrão = 0,0037
Erro da média = 0,0017
Erro relativo = 5,54*a0^-6

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