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CURITIBA
2º SEMESTRE/2023 (iniciado em 24/07/2023)
Página Introdução 03
Cronograma do Semestre.......................................................................... 04
Avaliação .................................................................................................... 04
Hidrostática............................................................................................................ 21
Calorimetria ............................................................................................................ 53
INTRODUÇÃO
A aprendizagem dos conceitos básicos da física é melhor desenvolvida quando se utilizam metodologias
em que os fenômenos sejam apresentados em experiências simples de laboratório.
Porém, desenvolver os conceitos em laboratório não é tão simples. Necessita-se isolar os fenômenos, para
que fique explícito o conceito a desenvolver. Para isto foi preparado este conjunto de experimentos com o objetivo
de apresentar alguns dos conceitos básicos de mecânica, fluidos, oscilações, ondulatória e termodinâmica.
São utilizados alguns equipamentos desenvolvidos mais recentemente e outros já utilizados há mais de
um século com o mesmo fim. O objetivo final é fazer com que sejam entendidos alguns dos conceitos básicos do
eletromagnetismo e da óptica.
Para que essa metodologia de curso, composto de 15 semanas com 4 horas de aula semanais, tenha êxito
é necessário como contrapartida dos alunos iniciativa, criatividade e responsabilidade.
As seguintes regras deverão ser observadas, com o objetivo de se obter a maior eficiência do laboratório
e, conseqüentemente, um melhor aproveitamento por parte dos alunos.
BLOCO TEÓRICO
SEMANA
BLOCO EXPERIMENTAL 1 1a 2a 3a 4a
aula 3 aula 4 aula 5 aula 6
Conservação do Momento Angular G1 e G2 G3 e G4 G5 e G6 G7 e G8 10/08
Calorimetria G3 e G4 G5 e G6 G7 e G8 G1 e G2 17/08
Ondas em Cordas G5 e G6 G7 e G8 G1 e G2 G3 e G4 24/08
Pêndulo Físico G7 e G8 G1 e G2 G3 e G4 G5 e G6 31/08
SEMANA
1 a 2 a 3a 4a
BLOCO EXPERIMENTAL 2
aula 7 aula 8 aula 9 aula 10
Dilatação em Sólidos G1 e G2 G3 e G4 G5 e G6 G7 e G8 21/09
Hidrostática G3 e G4 G5 e G6 G7 e G8 G1 e G2 28/09
Expansão de Gases G5 e G6 G7 e G8 G1 e G2 G3 e G4 05/10
AJUSTE FERIADO 12/10
SIEPE 19/10
Stokes G7 e G8 G1 e G2 G3 e G4 G5 e G6 26/10
AJUSTE FERIADO 02/11 02/11
Provas escritas:
A disciplina terá em seu processo de avaliação, duas provas escritas que serão realizadas no horário de aula.
São erros devido a fatores que atuam da mesma forma, contribuindo com o erro sempre
no mesmo sentido. São provenientes de hábitos do operador (erro de paralaxe), imperfeição de
instrumentos (o zero da escala não está calibrado corretamente), método empregado
equivocadamente, ação de um agente externo, simplificações no modelo físico do problema
estudado, entre outros.
Em princípio estes erros podem ser determinados e as medidas corrigidas, desde que se
conheçam suas contribuições durante o processo de medida.
São erros devido à técnica não adequada ou imperícia do experimentador. Por exemplo,
enganos de leituras, de digitação, de anotações e não organização do ambiente de trabalho, erros
em manipulações numéricas e erros de manuseio inadequado do equipamento. Estes erros
podem ser evitados repetindo-se as medidas.
Os erros devidos à vizinhança do sistema (meio ambiente) são os mais freqüentes; suas
origens são várias, e dependem do tipo de experimento. Apenas para chamar a atenção citamos:
variação da pressão atmosférica, temperatura, umidade do ar, aceleração da gravidade, etc.
1
2
Quando identificadas suas contribuições, adota-se soluções para minimizá-las, isto é, procura-
se isolar o experimento e controlar a vizinhança.
A medida direta é o resultado de uma comparação direta entre a grandeza a ser medida e
um padrão (ou instrumento calibrado). Exemplos: o comprimento de uma haste usando uma
régua e a resistência elétrica de um fio usando um multímetro
Existem situações no laboratório em que uma grandeza é medida apenas uma única
vez de modo direto. Neste caso emprega-se como erro um erro estimado, considerando a
resolução do instrumento (que é o menor valor que pode ser medido diretamente de sua escala).
O erro estimado pode ser tomado como a metade da menor divisão da escala empregada.
Exemplo: numa escala milimétrica com resolução de 1 mm, o erro estimado na medida é de 0,5
mm. O erro estimado considerado desta forma pode ser em alguns casos super avaliado, contudo
é mais honesto do que uma sub avaliação. O resultado desta medida é expresso como:
X x x
Existem outras situações em que se deve realizar uma série de medidas em condições
idênticas, obtendo-se um conjunto de valores que se distribuem mais ou menos simetricamente
em torno de um valor médio. A largura desta distribuição é inversamente proporcional à
precisão da medida (medidas mais precisas implicam em largura menor). Neste caso obtém-se
o erro considerando uma distribuição Gaussiana e o resultado da medida é expresso por:
x x x
Em geral não é possível distinguir qual dos dois casos ocorre. Quase sempre se trata de
uma combinação destes dois tipos de situações. Esses erros variam de uma medida para outra.
Mesmo para medidas realizadas sob as mesmas condições, elas se distribuem ora para mais, ora
para menos em torno de um valor médio da grandeza. Esta distribuição em torno da média
segue, freqüentemente, uma lei bem definida chamada de distribuição Gaussiana, que será
descrita mais adiante.
Será apresentada aqui apenas uma descrição operacional do método de análise estatística
de dados, supondo que a distribuição de freqüência seja do tipo de Gauss (ou normal), ou seja,
a distribuição que mais ocorre durante as medidas. Há outros tipos de distribuições de
freqüências de medidas que não serão abordados aqui. Para uma descrição mais completa e
justificada deve-se consultar as referências bibliográficas sugeridas no final desta aula [1, 2 e
3].
t t t
onde t é o valor mais provável e t é o desvio padrão da média. Como será enfatizado mais
adiante quanto menor t , as medidas de t estarão mais próximas do valor verdadeiro. Para se
obter o valor de t e t , precisa-se antes definir:
ti
i 1
t N
Comporta-se com uma média aritmética quando não há medidas repetidas. Quando há valores
repetidos deve-se fazer uma média ponderada, levando em conta o número de vezes
(freqüência) que um dado valor de t ocorreu. No caso do exemplo que se está seguindo (dados
experimentais da Tabela 1):
n
Sempre que se fizer a tomada de valores de uma série de medidas, a média destes
valores é a melhor avaliação do valor verdadeiro.
(ti) = -0,45; -0,35; -0,25; -0,15; -0,05; 0,05; 0,15; 0,25; 0,35; 0,45.
t
10,2 10,65 x 2 ... 11,110,65 x 3
(t ) N
1
i t fi 118 0, 144 s .
i 1
Esta é uma informação que pode ser útil e representa de modo grosseiro as flutuações em
torno do valor médio. Neste caso a medida de tempo será:
5
t = (10,65 0,14) s
( t )
( t ) r 0,013
0,144s
t 10, 65s
( t )
( t ) p 100 0,144s
10, 65s
100 1,3%
t
É definido por:
ti t
N 2 N
( t i )2
i 1 i 1
t N 1 N 1 . ,
t i t fi
n 2 n
( ti )2 fi (10, 210, 65)2 x 2 ... (11,110, 65)2 x 3
t i 1 i 1 .
N 1 N 1 1181 0,186s ,
O valor 2 é definido como a variância da série de medidas. Para o exemplo este valor
é = 0,035 s2.
2
Quando são realizadas N medidas, a flutuação associada à média será t . Ela é menor do que
a flutuação associada a cada medida de t . O erro adotado no processo de medida é dado por
t . Logo, o valor explícito da medida tempo, no exemplo seguido, será:
t = (10,65 0,02) s
4 INTERPRETAÇÃO DE t t :
Quando uma série de medidas independentes é efetuada, muitos fatores podem contribuir
com pequenas quantidades para o desvio das medidas. Logo, as medidas se distribuem em torno
do valor médio formando uma distribuição do tipo Gaussiana ou Normal. Representando-se
os pontos experimentais da Tabela 1 num gráfico da freqüência em função do tempo, observa-
se que os pontos se distribuem quase que simetricamente em torno do valor médio. A estes
pontos pode-se ajustar uma curva do tipo:
t t
2
-
( t ) A exp
t 2 2 t 2
Figura 1 - Gráfico da freqüência em função do tempo para os dados da Tabela 1. A curva contínua
corresponde a um ajuste de uma curva aos pontos experimentais, com centro em 10,63s.
ajustado de tal maneira que a curva gaussiana da Fig. 2 tenha a mesma altura daquela da Fig.
1.
O valor de P(t), que é a integral da função gaussiana (t), fornece a probabilidade de uma
medida estar contida no intervalo entre t e t + dt. Se expressa P(t1 , t2) como a probabilidade
de encontrar a medida entre os valores t1 = t e t2 = t + dt. A função P(t) não é integrável através
de métodos analíticos, mas é tabelada em vários livros que tratam de problemas estatísticos.
8
t2
t t 2
2 t
P (t1 , t2 ) A e dt
t1 t 2
Calculando-se a integral P(t) para t1 = - e t2 = +, tem-se a certeza absoluta que todos
os valores estarão contidos neste intervalo, isto é, 100% dos dados experimentais seriam
considerados.
Figura 5-A área hachureada mostra a probabilidade das medidas contidas num intervalo de t = 4 t.
Portanto, para t = 6 t quase a totalidade das medidas estarão contidas nesse intervalo
( P(t1,t2) 99,7%).
5 REJEIÇÃO DA MEDIDA:
Como mostrado acima, no caso em que a incerteza na média das medidas for t
= 0,186s, isto significa que 68,3% das medidas efetuadas estão contidas no intervalo t
=2t = 0,37 s. Então, o valor verdadeiro do tempo deve estar contido neste intervalo, ou seja,
t = (10,65 0,19) s, ou seja t = (10,7 0,2) s
Para t = 6t aproximadamente 99,7% das medidas estão contidas neste intervalo, e
o valor explícito do tempo é:
Ao se definir como um desvio aceitável para qualquer medida o valor t= 3t , as
leituras de uma dada medida devem estar entre
6 PROPAGAÇÃO DE ERROS:
Nos itens anteriores estudou-se como fazer o tratamento de uma série de medidas
diretas, calculando-se o valor médio e o correspondente desvio (erro). Agora será estudado
como esses erros influenciam ou se propagam nas medidas indiretas, isto é, aquelas que são
obtidas através de outras medidas diretas, através do método do cálculo diferencial. Isto pode
ser feito utilizando-se a teoria do desvio máximo e da teoria do desvio padrão. Em ambos os
casos será estudado como uma função se modifica devido aos desvios em suas variáveis.
df ( x ) d 2f ( x )
f ( x x ) f ( x ) (x ) 1 (x )2 ...
dx x x 2 dx2 x x
11
F df
dx
x,
onde fica subentendido que a derivada é calculada para x x e deve ser tomada em módulo
para que se possa escrever F através de um intervalo de confiança dado por:
F F F
F f ( x, y,..., t ) ,
a diferencial de F, será:
F f x f y... f t
x y t
onde cada parcela é a contribuição de uma variável para o desvio de F. Na verdade esta
expressão é aproximada, já que foram desprezados os termos superiores à primeira ordem na
expansão de Taylor. Neste caso, a função deve ser dada por:
F F F onde F f ( x, y,..., t )
Exemplo:
Para F xy , tem-se:
xy
1
xy
x2 ,
x y e y y
y
F 1y x x2 y ou F xy xx y
y
12
onde cada variável contribui com a seguinte parcela para o desvio padrão de F:
Fx f x
x
2
2 2
F f f y ... f
2 2 2 2
x x y
t t
logo,
2
f
2
2
F x 2 f y 2 ... f 2
x y t t
F f x F
x
e no caso de uma única medida de x, pode-se dizer grosseiramente que x xA (desvio
avaliado de x).
F 1 e
x
F 1
y
e portanto, F 2x 2y
6.2.2 Produto
No caso do produto de duas medidas: F(x,y) = x . y,
F x e F y,
x y logo, F y2x 2x2y2 ,
6.2.3 Divisão:
Na divisão de duas medidas: F(x,y) = x/y, o procedimento é o mesmo,
x 2 y 2
F y x y
x
6.2.4 Potência:
Se a medida é elevada a uma potência y: F(x,y) = x y
F y2 . x 2( y 1) . x (ln x )2 . x 2 y . y
2
7 BIBLIOGRAFIA:
LISTA DE EXERCÍCIOS
3. Quando se quer conhecer o valor da aceleração da gravidade local, uma das maneiras
mais práticas é determinar o período de um pêndulo simples. Para tanto, mediu-se o
tempo de 10 oscilações, obtendo-se (20,259 0,002) segundos. O comprimento do
pêndulo foi (100,0 0,3)cm.
3.1 Qual é a expressão do período para um pêndulo simples?
3.2 Qual é o valor de g local médio?
3.3 Qual é o valor de g na forma explícita?
3.4 Qual das medidas diretas mais contribui com o aumento da incerteza?
3 BIBLIOGRAFIA:
“Fundamentos da Física”, D. Halliday, R. Resnick, 4a edição, (1995), Vol. 2, Cap. 16.
“Curso de Física Básica”, H. M. Nussenzveig, 2ª ed, (1981), vol.2, cap. 1.
“Física“, F. Sears, M. W. Zemansky, H. D. Young, Vol. 2, (1983), Cap. 12.
Figuras 1 a 3: Esquema das três etapas realizadas para determinar a densidade relativa de um material.
16
5 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL:
Obs: Uma maneira alternativa para se determinar a densidade da pedra seria a partir de sua
massa e seu empuxo.
mP
E m .g .g .V R
m
Lei de Stokes - Viscosidade
3 BIBLIOGRAFIA:
“Física”, F. Sears, M. W. Zemansky e H. D. Young; Vol. 2, Cap. 13.
“Fundamentos de Física”, D. Halliday and R. Resnick, Vol. 1 (1994).
“Física”, P. Tipler, Vol. 1.
4) Sabe-se que a força de atrito viscosa que se opõe ao movimento da esfera (considerando
o regime lamelar ou laminar) é dada por:
F 6 rv
onde é o coeficiente de viscosidade do fluido, r é o raio da esfera e v a sua velocidade
(constante em relação ao fluido). Mostre que para uma esfera caindo através de um fluido
viscoso, a velocidade terminal é dada por:
2 g( e l ) 2
v r
9
5 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL:
Determine o valor da temperatura ambiente.
Determine a massa específica das esferas utilizadas .
Determine a massa específica do fluído usando um densímetro.
Solte a esfera sempre de uma mesma altura em relação à superfície do líquido, de
modo que sua velocidade ao entrar no fluido seja aproximadamente igual nos diversos
lançamentos.
Faça duas marcas a alturas diferentes para a determinação do tempo de percurso. A
velocidade deve ser constante entre as marcas.
Solte as esferas com diferentes diâmetros.
20
Repita o item anterior pelo menos cinco vezes para ter uma boa amostragem.
Organize os dados em forma de tabela.
21
Momento de Inércia
3 BIBLIOGRAFIA:
“Fundamentos da Física”, D. Halliday, R. Resnick, 4a edição, (1995), Vol. 1, Cap. 11 e 12.
“Física-Fundamentos e Aplicações”. R.M. Eisberg, L.S. Lerner, Vol.1, (1983), Cap. 10.
“Física“, F. Sears, M. W. Zemansky, H. D. Young, Vol. 1, (1983), Cap. 9.
I m2 (2 gh 2 r 2 )
5 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL:
22
Monte o equipamento conforme a figura 2. Use os dois discos de aço e a polia com diâmetro
25 mm.
23
1. É importante que a separação R entre os cilindros cubra o maior intervalo possível, por
isso comece com os cilindros encostados na parte central do suporte e vá até o extremo das
hastes. Também é importante que as distâncias de cada cilindro ao eixo de rotação sejam
iguais, para facilitar a análise dos resultados. A orientação dos cilindros deve ser a mesma
utilizada no item anterior, para possibilitar a comparação de resultados na análise.
fig.3a
fig.3b
R=
R=
R=
fig.3c
R=
R=
R=
24
5) Faça um gráfico de Ī em função de R2. Use o método dos mínimos quadrados para
ajustar uma função que descreva adequadamente os pontos experimentais.
6) Compare a diferença entre os valores nominais de Ī e aqueles calculados diretamente,
para as configurações das figuras 3a e 3b.
25
Conservação do Momento Angular
3 BIBLIOGRAFIA:
“Fundamentos de Física”, D. Halliday e R. Resnick, Vol. 1, (1994), Cap.
“Física”, P. Tipler, Vol. 1, 3a edição (1995), Cap. 8.
“Física - Fundamentos e Aplicações”, R. M. Eisberg e L.S. Lerner, Vol.1,(1983), Cap.9.
“Física”, F. Sears, M. W. Zemansky e H. D. Young, Vol. 1, (1983), Cap. 9.
5 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL:
Monte o equipamento conforme a figura 1. Utilize inicialmente apenas os discos de aço.
26
OBSERVAÇÃO: NUNCA GIRE OS DISCOS COM O COMPRESSOR DESLIGADO POIS AS SUPERFÍCIES
DOS DISCOS PODERÃO FICAR SERIAMENTE DANIFICADAS.
Insira um pino na válvula do disco inferior e o outro pino no furo central do disco
superior. Gire manualmente os discos. Eles devem girar suavemente e de forma
independente.
Selecione a chave do display para a posição “upper”, para monitorar a velocidade do
disco superior.
Mantenha o disco inferior em repouso e gire o disco superior até o display marcar entre
700 e 800 barras/s. Espere alguns segundos, então anote a leitura do display no campo
Nsup (no de barras/s superior) da tabela 1. Imediatamente após a leitura, retire o pino do
furo central do disco superior para que este caia sobre o disco inferior. Espere alguns
segundos até estabilizar a leitura e, então, anote o valor do display no campo Nfin (no
de barras/s final) da tabela 1. Faça alguns testes iniciais para ajustar a pressão do ar
comprimido de forma que tenha certeza sobre o acoplamento entre os discos.
Repita esta operação mais duas vezes para se familiarizar com o equipamento.
Recoloque o pino no furo central do disco superior. Gire os discos inferior e superior no
mesmo sentido, mas com velocidades diferentes; anote a leitura do display no campo
Nsup. Passe a chave do display para a posição “lower” e faça a leitura de Ninf (no de
barras/s inferior). Retire o pino do furo central, espere alguns segundos e faça a leitura
Nfin, anotando na tabela 1.
Refaça o item anterior girando os discos inicialmente em sentido contrário. ( NOTA:
Utilize uma convenção para diferenciar os sentidos de rotação. Por exemplo:
velocidade angular positiva para sentido anti-horário, e negativa para horário ).
Refaça as medidas anteriores trocando o disco superior de aço pelo disco de alumínio,
fazendo uma medida para cada situação.
*1) Calcule a velocidade angular inicial sup e inf de cada disco a partir de Nsup e Ninf , e a
velocidade angular final fin a partir de Nfin .
*2) Determine o momento angular inicial Lsup e Linf de cada disco e do conjunto Lini.
*3) Determine o momento angular final Lfin para cada conjunto de discos.
*4) Determine a diferença porcentual entre Lini e Lfin (em relação a Lini).
5) Dentro dos erros experimentais, houve conservação do momento angular no seu
experimento? Discuta as discrepâncias.
6) Para cada situação, calcule a energia cinética de rotação de cada disco e do conjunto,
antes e depois do acoplamento. Disponha seus dados numa tabela. Com base nestes
resultados, há conservação de energia no sistema? Discuta os efeitos do atrito na
experiência. Explique.
27
Nsup Ninf Nfin sup inf fin Lsup Linf Lini Lfin L/L
( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) (%)
Config.
1
28
2
6
Dilatação dos Sólidos
3 BIBLIOGRAFIA:
“Fundamentos da Física”, D. Halliday, R. Resnick, 4a edição, (1995), Vol. 2, Cap. 19.
“Física”, P. Tipler, Vol.2, (1995), Cap. 15.
“Física“, F. Sears, M. W. Zemansky, H. D. Young, Vol. 2, (1983), Cap. 14 e 15.
5 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL:
Coloque o tubo de vidro com a resistência elétrica dentro do tubo no qual vai se medir a
dilatação.
Prenda com o parafuso, usando uma chave Allen, uma das extremidades do tubo. Na outra
extremidade do tubo prenda uma braçadeira que irá deslocar o cursor do relógio
comparador. Cuide para que este cursor fique na posição intermediária.
Gire a escala do relógio comparador até que ele indique “zero”.
Introduza o termopar cerca de 5 cm na região entre os tubos de vidro e de metal.
Anote o comprimento L0, a temperatura T0, quando o relógio comparador está indicando
zero; neste caso L = 0.
Coloque o isolante térmico em torno do tubo metálico, para evitar perda de calor para o
meio exterior.
Ligue as extremidades da resistência à fonte. Coloque a tensão em 20V e a corrente no
máximo. Observe o que acontece com L.
29
Converse com o professor sobre a temperatura máxima a ser atingida e sobre o
número de pontos a serem medidos. Isto dará uma noção do intervalo de temperatura a
ser utilizado na próxima etapa.
A seguir serão feitas medidas da temperatura e da variação de comprimento. No momento
de efetuar estas duas medidas, é necessário que o sistema esteja em equilíbrio térmico, ou
seja, todos os pontos da resistência, do tubo de vidro e do tubo metálico devem estar à
mesma temperatura. Uma sugestão para se conseguir isto é ligar o circuito por determinado
tempo, observando-se o aumento da temperatura ou do comprimento; para um certo valor
destas grandezas desliga-se a fonte e aguarda-se que o sistema atinja o equilíbrio térmico;
isto pode ser observado quando o comprimento ou a temperatura cessam de aumentar. Após
as medidas serem feitas, liga-se novamente a fonte para provocar o aquecimento e, numa
nova temperatura, registrar mais um conjunto de dados.
Repita o procedimento para os demais materiais fornecidos. Para retirar um tubo aquecido
e substituí-lo por outro, UTILIZE AS LUVAS COM ISOLANTE TÉRMICO.
Material Medidas 1 2 3 4 5
Lo= T( )
L ( )
Lo= T( )
L ( )
Lo= T( )
L ( )
1) Com os dados para cada um dos tubos, desenhe um gráfico de L em função de T. Qual
o tipo de função que descreve o gráfico obtido. Obtenha o coeficiente a partir deste
gráfico.
2) Aplicação do cálculo de propagação de erros em funções, conforme estudado na primeira
aula desta disciplina. Assuma o valor de tendência de obtido no item anterior, e
determine a incerteza do coeficiente de dilatação linear em função das incertezas (L),
L e (T). Faça este cálculo para cada material estudado na experiência.
3) Descreva uma maneira de se medir o coeficiente de dilatação de líquidos.
30
Expansão de Gás
3 BIBLIOGRAFIA:
“Fundamentos da Física”, D. Halliday, R. Resnick, 4a edição, (1995), Vol. 2.
“Física“, F. Sears, M. W. Zemansky, H. D. Young, Vol. 2, (1983), Cap. 9.
“Física”, P. Tipler, Vol. 2.
4 DISCUSSÃO TEÓRICA:
V V0 1
.
V0 T
No caso de gás, a descrição desta expansão torna-se mais complexa, porque se
tem presente uma outra variável que é a pressão do gás. Neste caso definem-se dois coeficientes
31
de expansão: um deles considera o volume constante e o outro a pressão constante. Pode-se
escrever, portanto:
V Vo 1
( pressão const. )
Vo T
e
P Po 1
volume const. .
Po T
onde V e P (Vo e Po) são os volumes e pressão final (e inicial), é o coeficiente de expansão
a pressão constante e é o coeficiente de expansão a volume constante.
No estudo dos gases foram descobertas algumas leis, enunciadas por Charles,
Gay-Lussac e outros cientistas, que são válidas dentro de certas aproximações e simplificam a
aparente complexidade.
Uma destas leis afirma que "dentro de uma larga faixa de temperatura o
coeficiente de expansão a volume constante é o mesmo para todos os gases". E como
conseqüência foi definida uma escala de temperatura chamada de "escala absoluta", tal que no
zero desta escala a pressão exercida pelas moléculas nas paredes do reservatório que as contém
é reduzida a zero. Isto é, todas as moléculas do gás cessam seus movimentos.
V1 T1
( pressao const.)
V2 T2
ou
P1 T1
( volume const.) .
P2 T2
5 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL:
32
Ligue o aquecedor para elevar a temperatura da água e, conseqüentemente, do gás. Após
alguns instantes observe a coluna de mercúrio.
Aqueça todo o conjunto em intervalos de tempo de modo a obter variações na temperatura
em aproximadamente 10C. A temperatura final deve estar próxima de 90C. Desligue o
aquecedor por instantes para que o gás e a água entrem em equilíbrio térmico. Para que esta
situação seja alcançada mais rapidamente, agite a água no recipiente. A condição de
equilíbrio térmico pode ser observada, por exemplo, através do deslocamento da coluna de
mercúrio; quando este deslocamento cessar, significa que a pressão do gás está praticamente
constante, o que significa que a temperatura é praticamente constante.
Meça o desnível entre as colunas de mercúrio do manômetro.
OBS.: Quando fizer a leitura da temperatura com o termômetro, evite segurá-lo perto do
bulbo de mercúrio, bem como retirar este bulbo do banho-maria.
Organize os dados em forma de tabela.
ni h ( ) T( ) P( )
1
2
3
4
5
6
7
8
9
33
7) A presença de vapor de água no interior do balão junto com o gás tende a tornar o valor de
maior ou menor? Explique.
8) Foi possível comprovar que a pressão do gás é diretamente proporcional à temperatura
medida na escala Kelvin?
9) O resultado desta experiência confirma alguma das leis que rege o comportamento dos gases?
Enuncie esta lei.
34
Pêndulo Físico
2 MATERIAL: Haste cilíndrica metálica, suporte para oscilação da peça, trena e cronômetro.
3 BIBLIOGRAFIA:
“Fundamentos da Física”, D. Halliday, R. Resnick, 4a edição, (1995), Vol. 2.
“Física“, F. Sears, M. W. Zemansky, H. D. Young, Vol. 2, (1983), Cap. 11.
“Física”, P. Tipler, 3ª edição,Vol. 2, (1995), Cap. 12.
Id
T = 2
Mgd
8) Mostre, utilizando o teorema dos eixos paralelos e o conceito de raio de giração*, que:
k2 d2
T = 2 .
gd
5 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL:
Determine a massa da haste.
Tome como referência o centro de massa da peça. A partir desta referência, marque 10
posições em direção a uma das extremidades e 10 posições em direção da outra
extremidade. A peça será suspensa em cada uma destas posições e colocada para oscilar.
Suspenda a peça numa destas posições marcadas, conforme ilustra a figura 1.
Afaste a haste de aproximadamente 10° da sua posição de equilíbrio, permitindo que a
mesma oscile.
35
Figura 1 - Duas vistas da montagem experimental.
d Tempo Período Id
Ponto
( ) ( ) ( ) ( )
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11CM
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
36
Nos próximos passos iremos estudar como a amplitude (ângulo de oscilação) faz variar o
período das oscilações.
o Fixe o ponto de suspensão a aproximadamente 35 cm de uma das extremidades.
o Para amplitudes (ângulos iniciais de oscilação θ0) de 10°, 20°, ... , 70°, meça o tempo
para o pêndulo executar 5 oscilações. Preencha a tabela 2.
37
Movimento Harmônico
3 BIBLIOGRAFIA:
“Fundamentos de Física”, D. Halliday e R. Resnick, Vol. 1, (1994), Cap. 7, e Vol.2, Cap.
14.
“Física”, P. Tipler, Vol. 2, 3a edição (1995), Cap. 12.
“Física”, F. Sears, M. W. Zemansky e H. D. Young, Vol. 1, (1983), Cap. 6, e Vol. 2, Cap.
11.
4) Uma oscilação livre e sem qualquer amortecimento é caracterizada pela função: x(t)
= A1 cos (ot + ), onde x é a posição da massa em um instante de tempo t. Esta expressão é a
solução da equação de movimento e, se for de fato válida, a massa oscilará em torno de sua
posição de equilíbrio com uma freqüência angular o (rad/s) e um período T (s). Qual a relação
entre o e T
5) Qual o significado da constante A1
6) Como se calcula o a partir da constante elástica da mola e a da massa que está
oscilando
7) Uma oscilação amortecida é descrita pela expressão: x(t) = A2 e - (B/2m) t cos (ot + ).
Comparando esta expressão com aquela descrita no item 4, o que se pode concluir com
relação à amplitude da oscilação
8) Qual a unidade de B
9) A freqüência angular neste caso seria igual àquela definida no item 6
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5 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL:
O procedimento experimental está dividido em cinco partes. As duas primeiras tratam da
preparação do sistema e de medidas fundamentais para o experimento. As três últimas se
referem propriamente ao estudo dos osciladores.
39
Alinhe o aparelho conforme descrito no item anterior.
Ajuste o comprimento do fio, de tal maneira que a marca de 17 cm na régua de
acrílico esteja alinhada com a parte superior da guia.
Meça a massa dos dois cilindros metálicos.
Insira na régua um dos discos metálicos e anote a posição da régua.
Insira o segundo disco (mantendo ainda o primeiro) e anote a posição da régua.
Efetue os cálculos para obter a força peso aplicada à mola, a deformação e a
constante elástica k na Tabela 1.
Tabela 1 - Determinação da constante elástica k.
Massa (g) Força peso Posição na Deformação ( ) k( )
( ) régua ( )
0 0 0 ----
kmédio =
40
4 Determinação Experimental do Coeficiente de Amortecimento (Oscilador Harmônico
Amortecido):
Tmédio = fmédia=
Anote na Tabela 4 o valor da amplitude a cada período de oscilação, até que esta seja
inferior a 2 mm.
41
(Cada par de colunas corresponde a um determinado amortecimento – afastamento entre os ímãs)
5 mm 3 mm 1 mm
Tempo ( s ) Amplitude Tempo ( s ) Amplitude Tempo ( s ) Amplitude
( ) ( ) ( )
0 0 0
T
2T
3T
42
Ímãs longe da barra metálica Ímãs a 3 mm da barra metálica
Frequência
Amplitude Frequência forçada Amplitude
forçada
( ) ( ) ( )
( )
43
1) Qual é o valor da constante elástica da mola?
2) De acordo com os dados da Tabela 2, por que o período variou quando se alterou o
sistema?
3) Com base na tabela 4, faça um gráfico, para o caso intermediário, plotando no eixo X o
tempo e no Y a amplitude.
4) Repita a questão anterior, porém, utilizando um papel mono-log.
5) A partir deste gráfico encontre os coeficientes a e b da função: f (t) = a e - bt .
6) Com os dados da Tabela 5, desenhe um gráfico da amplitude em função da freqüência.
7) A partir do gráfico obtenha uma estimativa da freqüência de ressonância.
8) Compare este valor com a freqüência média obtida a partir da Tabela 3.
9) Cite casos ocorridos ou cuidados que se deve tomar com o fenômeno da ressonância.
44
Ondas Estacionárias em Cordas
3 BIBLIOGRAFIA:
“Fundamentos da Física”, D. Halliday, R. Resnick, 4a edição, (1995), Vol. 2, cap. 17.
“Física”, P. Tipler, Vol. 2, 3a edição, (1995),Cap. 13.
“Física “, F. Sears, M. W. Zemansky, H. D. Young, Vol. 2; Cap. 21 e 22.
Use uma massa de 40g para tensionar o fio (incluindo a massa do suporte).
Aumente gradativamente a freqüência do gerador de áudio, procurando ajustá-la de
modo suave, medindo as freqüências do 1º ao 5º harmônico.
Repita os procedimentos anteriores para massas de 60g, 70g, 80g e 100 g. Organize os
dados em uma tabela.
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Figura 1 - Esquema da montagem para produzir ondas estacionárias em uma corda, onde está
representado o terceiro harmônico.
m(g)
n /f(Hz) (m) 1/ (m-1)
1
2
3
4
5
6
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Calorimetria
3 BIBLIOGRAFIA:
“Fundamentos de Física”, D. Halliday e R. Resnick, Vol. 2, (1994), Cap. 20.
“Física”, P. Tipler, Vol. 2, 3a edição (1995), Cap. 15 e 16.
“Física”, F. Sears, M. W. Zemansky e H. D. Young, Vol. 2, (1983), Cap. 15.
Qfornecido pelo corpo + Qrecebido pela água + Qrecebido pelo calorímetro = 0 (3)
escreva a expressão matemática para o calor específico do corpo aquecido colocado
no interior do calorímetro.
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5 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL:
m (g) a( ) b( ) Cs ( )
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Aqueça a água em uma caneca até aproximadamente 80°C utilizando a montagem
com o ebulidor. Coloque o cilindro metálico dentro dessa mesma água.
Coloque cerca de 50 g de água no calorímetro. Agite e aguarde o equilíbrio dessa
água com o calorímetro anotando esse valor de temperatura.
Anote a temperatura da água onde se encontra o cilindro metálico.
De modo rápido e sem retirar totalmente a resistência de dentro do calorímetro
coloque o cilindro de metal dentro do calorímetro e feche a tampa rapidamente.
Aguarde o equilíbrio entre o cilindro e a água do colarímetro e anote a temperatura
final.
Repita este processo mais duas vezes.
Anote os valores na Tabela 3
Tabela 3
2) Qual a interpretação física dos parâmetros fornecidos pelo ajuste do gráfico anterior? Note
que a energia dissipada pelo resistor sob a forma de calor é dada por Uit, onde U é a tensão, i
é a corrente e t é o intervalo de tempo que a fonte ficou ligada.
3) Calcule a capacidade térmica do conjunto (água + calorímetro) com base nos resultados
medidos para cada massa de água. Faça um gráfico da capacidade térmica do conjunto
em função da massa de água. Que tipo de curva descreve bem os pontos? Qual a
interpretação física de seus parâmetros?
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