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Apostila de
Laboratório de Física
Experimental II
Mecânica
Oscilações
Fluidos e Ondas
Termodinâmica
ÍNDICE GERAL
CONTEÚDO PÁGINA
Notas importantes 2
1
_______________ _________________________________ Laboratório de Física II UFG / Campus Catalão 2011
Notas Importantes:
Em caso de perda de uma das provas, somente farão a prova os estudantes que apresentarem uma
justificativa formal por escrito (atestado médico, junta militar, etc.). Além disso, será necessário
montar um processo de pedido de segunda chamada junto à secretária de assuntos acadêmicos. O
assunto da prova de segunda chamada será todo o curso, independente da prova perdida.
Reposição de aula
A reposição de uma (ou mais) experiência perdida será feita na décima quarta semana de aula do
semestre ou em outra turma, desde que haja vaga e que ambos os professores (o professor da turma
do estudante e o professor da turma em que se deseja fazer a reposição) estejam de acordo.
Freqüência
A freqüência mínima nas aulas será de 75% das aulas, cobrada através de chamada.
Avaliação
A avaliação consistirá de provas práticas/escritas (uma ou duas) sobre o assunto de cada uma das
duas partes do curso. O estudante poderá ser avaliado mesmo sobre o assunto das aula s a que ele
eventualmente tenha faltado. O valor das avaliações será de 60% dos pontos do curso. A
aprovação no curso será conseguida se a média final MF, calculada através da expressão,
MF = (40 MR + 60 P)/100
for maior ou igual a 5.0, onde MR é a média das notas dos relatórios e P a média aritmética das
notas das provas.
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LABORATÓRIO DE FÍSICA
1. INTRODUÇÃO
2
MAKIUCHI, Nilo, Apostila de Física 2 Experimental, Instituto de Física da Universidade de Brasília, Editora
Universidade de Brasília, Brasília, DF, 1996.
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1.2 O Relatório
Não existe uma maneira exata de escrever um relatório, pois a redação de um trabalho
científico depende de seu autor. Apesar da forma e estilo variarem, há certas normas que devem ser
obedecidas em todos os trabalhos. O relatório deve propiciar ao leitor um entendimento dos
principais pontos do trabalho e, portanto, deve ser claro e objetivo.
Apresenta-se a seguir uma possível divisão de um relatório. Entretanto, para facilidade do
aluno, um possível MODELO DE RELATÓRIO segue anexo.
1. Título e Data da realização da experiência;
2. Objetivo: finalidades do que está sendo estudado;
3. Introdução: apresentação sobre o assunto do trabalho, apresentando de uma forma
ordenada e explicada a teoria utilizada. O assunto deverá ser estudado, pesquisado em livros e
apresentado resumidamente. A introdução deverá dar a um leitor uma percepção global do
trabalho;
4. Material utilizado: descrição do material utilizado, apresentando suas características
principais (marca, modelo, etc.). Se necessário, faça uma figura (esboço ou esquema) de partes do
equipamento. As figuras devem ter números e legendas e estarem referidas no texto; a legenda deve
ser auto-explicativa;
5. Procedimento experimental: descrição breve de como se obteve os dados experimentais;
6. Resultados: apresentação e tratamento dos dados experimentais, visando à discussão dos
resultados. Quando se tem um conjunto de dados, estes devem ser apresentados em tabelas e, se
possível, mostrados em um gráfico. Os resultados numéricos devem ser apresentados com o número
correto de algarismos significativos e com respectiva unidade de grandeza;
7. Discussão e Conclusão: apresentação das observações pessoais sobre o significado dos
resultados experimentais e das discrepâncias entre os valores obtidos experimentalmente e os
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valores teóricos e/ou catalogados. Apresentação, de forma resumida, das principais conclusões do
trabalho. Qualquer leitor, ao ler os objetivos propostos, deverá encontrar na conclusão comentários
sobre eles;
8. Referência Bibliografia: lista das obras pesquisadas, constando autor, título, cidade da
edição, editora, ano e página;
9. Apêndices: quando houver necessidade.
OBSERVAÇÃO
Para uma revisão acerca dos algarismos significativos (potência de dez, incerteza e tipos de
incertezas de uma medida, operações com algarismos significativos) e do tratamento estatístico dos
dados (por exemplo, valor médio de uma grandeza, desvio médio, desvio padrão, etc.), consultar
APOSTILA DE LABORATÓRIO DE FÍSICA EXPERIMENTAL I . Sabe-se, entretanto, que ao se
realizar uma medida indireta, obtida através de cálculos com valores de medidas diretas, os erros
(ou incertezas) associados a cada medida causam uma incerteza na determinação da grandeza
calculada e, portanto, se propagam para o resultado final de acordo com regras definidas pelo
cálculo diferencial. Nesse sentido, apresentar-se-á abaixo uma forma simples que não exige
conhecimento mais profundo de cálculo, que será utilizada no cálculo da propagação de erros
em medidas indiretas de uma grandeza qualquer envolvida nos experimentos dessa
disciplina.3
Conforme fora dito no parágrafo acima, uma medida indireta é efetuada através de uma série
de medidas diretas de grandezas que se relacionam matematicamente com a grandeza em questão.
Para estudar a influência dos erros individuais, no resultado das operações matemáticas que
fornecem o valor da grandeza medida indiretamente, considere que uma grandeza y seja dependente
de outras grandezas x1, x2 , x3, ......, xn. Neste caso, pode-se escrever:
y f x1 , x2 ,..., xn
A variação da grandeza y, em função de cada uma das variações infinitesimais de cada um
dos xi (i = 1, 2, 3, ..., n), é dada pela diferencial exata de y,ou seja:
f f f
dy dx1 dx2 ... dxn
x1 x2 xn
3
PIACENTINI, João J., GRANDI, Bartira C. S., HOFMANN, Márcia P., de LIMA, Flávio R. R., ZIMMERMANN,
Erika. Introdução ao Laboratório de Física. Editora da UFSC, Florianópolis, SC, 2ª Ed., 2005, pp.33-36.
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f
onde os são as derivadas parciais da função f em relação a cada uma das variáveis x i de que
xi
depende.
Como as variações infinitesimais (diferenciais exatas) e os desvios (erros) das variáveis
representam variações, pode-se fazer uma analogia entre ambos, tal que:
f f f
y x1 x2 ... xn
x1 x2 xn
Como se pretende determinar o máximo erro na medida, deve-se considerar a situação na
qual os erros, atuando no mesmo sentido, somam-se. Isto só é possível tomando-se o módulo das
derivadas parciais na equação anterior. Assim, obtém-se a EQUAÇÃO DO ERRO
INDETERMINADO:
f f f
y x1 x2 ... xn
x1 x2 xn
EXEMPLO
D2
V R L L
2
4
Substituindo os valores de D e L, obtém-se, após arredondamento:
2,00 5,00
2
V 15,7079 cm 3 15,7cm 3
4
Observa-se que no cálculo do volume não foram utilizados os erros das medidas. O erro
propagado na determinação de V é calculado através da Equação do Erro Indeterminado. Neste
caso,
V f D, L
Então
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V V
V D L
D L
e, portanto,
DL D2
V D L
2 4
O resultado final, expresso de acordo com a teoria de erros (vide Apostila de Laboratório de
Física Experimental I), será dado por:
V 15,7 0,2 cm 3
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2. EXPERIMENTOS
Este experimento tem como objetivos: i) determinar a flexão de uma haste metálica apoiada
em função da força aplicada; ii) determinar o Módulo de Young (E) para esta haste no limite
elástico.
INTRODUÇÃO
F (2)
A
e, portanto,
F L (3)
E
A L0
4
CAMPOS, Agostinho Aurélio, ALVES, Elmo Salomão, SPEZIALI, Nivaldo Lúcio – Física Experimental Básica na
Universidade, 2ª Ed., Editora UFMG, Belo Horizonte, MG, 2008, pp.45-46.
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Considere, portanto, o caso de uma haste metálica presa por uma de suas extremidades
(Figura 1.1). Uma força F, vertical, aplicada na extremidade livre, provoca uma flexão y na haste.
Essa flexão depende do valor da força aplicada, bem como do material e das dimensões da haste.
Dentro do limite elástico, tem-se:
F kf y (4)
PROCEDIMENTO EXPEREIMENTAL
Material utilizado
5
Observação: 100 gf = 0,98 N.
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Experimento
Então, tendo como base a Equação (4), faça uma regressão linear para obter as constantes A
e B. Indique a grandeza física associada à constante B.
A constante elástica kf é uma propriedade da haste e depende de suas dimensões –
comprimento x, largura L e espessura e – bem como do material de que é feita. A
grandeza que mede como um determinado material reage a uma força que tende a
flexionar o objeto é o Módulo de Young para a flexão E que, por outro lado, é uma
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propriedade apenas do material de que a haste é feita. Essas duas grandezas estão
relacionadas através da equação
E L e3 (6)
kf
x3
Referências Bibliográficas
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Este experimento tem como objetivos: i) estudar o Movimento Harmônico Simples (MHS)
através do movimento de um pêndulo simples; ii) determinar experimentalmente o valor da
aceleração da gravidade g através da medida do período T do pêndulo.
INTRODUÇÃO
Oscilações (ou vibrações) são movimentos que se repetem. Por exemplo: i) lustres que
oscilam; ii) barcos ancorados que flutuam, subindo e descendo com as ondas; iii) diafragmas em
telefones e sistemas de alto-falantes; etc. Há outros tipos de oscilações que são menos evidentes no
dia-a-dia, tais como: i) oscilações das moléculas de ar que transmitem a sensação do som; ii)
oscilações dos átomos em um sólido que transmitem a sensação de temperatura; iii) as informações
são transmitidas através das oscilações dos elétrons nas antenas de rádio e de transmissores de TV;
etc.
Há na Natureza inúmeros exemplos de movimentos periódicos, tais como: i) o movimento
da Terra e dos outros planetas em torno do Sol; ii) o movimento da Terra em torno do seu eixo; iii)
o movimento de um pêndulo; etc. Outros fenômenos, como o som e a luz, também apresentam um
caráter periódico, o qual não é evidente à primeira vista. Por isso, o estudo dos movimentos
periódicos tem grande importância na Física. Assim, um tipo particular, e especialmente importante,
de movimento periódico é o Movimento Harmônico Simples (MHS). Por definição, o fenômeno
periódico é um fenômeno que se repete em ciclos, isto é, que se repete identicamente em intervalos
de tempos iguais. Define-se período T do movimento periódico como o menor intervalo de tempo
de uma repetição, isto é, o intervalo de tempo para o sistema executar uma oscilação completa (ou
ciclo).
Com estas considerações, os pêndulos pertencem a uma classe de oscilador harmônico
simples na qual a flexibilidade está associada à força gravitacional (exerce a função da mola em um
oscilador harmônico simples). O pêndulo simples é constituído de um fio inextensível de massa e
deformação desprezíveis, de comprimento L e um corpo de massa m. Quando o corpo é liberado a
partir de um ângulo θ0 com a vertical, ocorre um balanço para frente e para trás com um período T.
De acordo com a Figura 2.1, as forças que atuam no corpo são o seu peso mg, devido à força
gravitacional Fg, e a tração na mola (fio) T. As componentes radial Fr e tangencial Ft da força
gravitacional são dadas por:
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Fr Fg cos
e (1)
Ft Fg sen
F t mat (3)
e, portanto,
d 2S (4)
mgsen m
dt 2
onde o comprimento de arco S está relacionado ao ângulo θ por:
S L (5)
Derivando ambos os lados da Equação (5) em relação ao tempo t, obtém-se:
dS d d 2S d 2 (5)
L 2 L 2
dt dt dt dt
que, quando substituída na Equação (4) resulta em:
d 2 g (6)
2
sen
dt L
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A Equação (6) mostra que o movimento do pêndulo não depende da massa m. Para um
ângulo θ pequeno, isto é, para pequenas oscilações,
1 sen (7)
e, portanto,
d 2 g (8)
0
dt 2 L
g (10)
L
L (11)
T 2
g
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PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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INTRODUÇÃO
De acordo com o que fora dito no experimento acerca do pêndulo simples (Experimento 02),
os pêndulos pertencem a uma classe de oscilador harmônico simples na qual a flexibilidade está
associada à força gravitacional (exerce a função da mola em um oscilador harmônico simples).
Sabe-se que o pêndulo simples é constituído de um fio inextensível de massa e deformação
desprezíveis, de comprimento L e um corpo de massa m. Quando o corpo é liberado a partir de um
ângulo θ0 com a vertical, ocorre um balanço para frente e para trás com um período T. Em geral,
qualquer corpo oscilando em torno de um eixo fixo localizado fora de seu centro de massa, constitui
um pêndulo físico. Na realidade, todo pêndulo real é um pêndulo físico.
De acordo com a Figura 3.1 (pêndulo físico arbitrário), a força que atua no centro de massa
do pêndulo é o seu peso mg, devido à força gravitacional Fg. As componentes radial Fr e tangencial
Ft da força gravitacional são dadas por:
Fr Fg cos
e (1)
Ft Fg sen
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Para determinar o período T, pela definição de torque, sabe-se que, por um lado:
r F (3)
de forma que,
hFg sen (mgh)sen (4)
Por outro lado, de acordo com a Segunda Lei de Newton na forma angular o torque pode ser
expresso como:
I (5)
a 2 x (7)
mgh (8)
I
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I I cm Mh 2 (11)
onde Icm é o momento de inércia do corpo em torno de um eixo que passa pelo centro de massa e M
a massa total desse corpo. Considerando h = L/2, o momento de inércia I do pêndulo em torno de
um eixo que passa por uma das extremidades da barra é dado pela equação:
1 (12)
I ML2
3
2L (13)
T 2
3g
e, portanto,
8 2 L (14)
g
3 T2
L0 I (15)
T0 T 2 2
g mgh
onde T 0 e T são os períodos dos pêndulos simples e físico, respectivamente. Assim, para uma haste
retangular:
I 2 (16)
L0 a
mh 3
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Uma sustentação para pêndulos físicos com pêndulo simples (1), regulagem do
comprimento (1a), cabeçote de retenção (1b), tripé delta max com sapatas (3) e haste
(4);
Uma trena de 5 m (6);
Um pêndulo físico em forma de barra retangular (7);
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Um cronômetro;
Um paquímetro.
Atividades
Descrever o arranjo experimental e anotar o material utilizado (com suas respectivas
incertezas);
De acordo com a Figura 3.3, medir o comprimento a da haste, a largura b, a
espessura da haste, a distância L (distância do ponto P ao centro de oscilação O) e a
distância h do centro de massa em relação ao ponto P;
Determinar teoricamente o período de oscilação da haste retangular;
Figura 3.3: Pêndulo Físico – ponto de sustentação P, centro de massa G e centro de oscilação O.
Em seguida, com o pêndulo suspenso pelo ponto P: i) medir dez vezes o intervalo de
tempo correspondente a 10 oscilações completas (t = 10 T); ii) calcular o período T
de oscilação para cada caso; iii) calcular o período médio T das N medidas e o
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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INTRODUÇÃO
O fenômeno do empuxo é bastante familiar. Quase todos sabem que um corpo imerso na
água parece possuir um peso menor do que no ar. Quando o corpo possui densidade menor que a do
fluido, ele flutua e se a densidade for maior, ele afunda. O corpo humano, por exemplo, pode flutuar
na água e um balão cheio de hélio flutua no ar.
De acordo com o Princípio de Arquimedes, “quando um corpo está parcial ou
completamente imerso em um fluido, este exerce sobre o corpo uma força de baixo para cima
igual ao peso do volume do fluido deslocado pelo corpo”. Esta força de baixo para cima
denomina-se força de empuxo sobre o corpo. Quando um balão flutua em equilíbrio no ar, seu peso
(incluindo o gás do seu interior) deve ser igual ao peso do ar deslocado pelo balão. Quando um
submarino está em equilíbrio em baixo da água do mar, seu peso deve ser igual ao peso da água que
ele desloca. Assim, um corpo cuja densidade média é menor do que a do líquido pode flutuar
parcialmente submerso na superfície livre do líquido. Quanto maior for a densidade do líquido,
menor é a parte do corpo submersa. Quando um indivíduo nada na água do mar (ρ ≈ 1030 kg/m 3),
seu corpo flutua mais facilmente do que quando ele nada na água doce (ρ ≈ 1000 kg/m3). Esta força
de empuxo é dada por:
FE m f g (1)
6
Livro de Atividades Experimentais, Física Experimental – Kit de Mecânica I, MLEQ804, ver.01, Cidepe, pp.14, 79-
80.
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PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Material Utilizado
Atividades
O cilindro maciço (1) tem diâmetro ligeiramente menor do que o diâmetro interno do
recipiente (2). Para corrigir esta diferença: i) colocar uma porção de água no
recipiente; ii) introduzir o cilindro maciço no recipiente, deixando vazar o excesso de
água. Obs.: A porção de água que restar no interior do recipiente deverá permanecer
durante a execução do experimento para compensar a diferença volumétrica entre
eles;
O cilindro de Arquimedes é composto por um cilindro maciço (êmbolo) de massa m
e um recipiente de massa m* . Neste caso: i) determinar, através de uma balança
digital e de um dinamômetro de 2N, o peso do cilindro de Arquimedes (recipiente +
êmbolo) no ar (peso real, W); ii) medir o volume de água inicial V0 que se encontra
no copo;
Montar o sistema conforme a Figura 4.1b;
Mergulhar lentamente o êmbolo na água do copo até ele ficar completamente
submerso (Figura 4.1c). Neste caso: i) Medir o volume final V da água no recipiente
e determinar o volume de água deslocado pelo corpo, ΔV = V – V0 ; ii) Medir o peso
do cilindro de Arquimedes quando completamente submerso na água (peso aparente,
Wap);
De acordo com as Equações (1) e (2): i) determinar a intensidade da força de empuxo
sofrido pelo êmbolo quando ele estiver completamente submerso; ii) determinar o
valor da densidade da água utilizada neste experimento e compará-lo com o valor
tabelado;
Através da Equação (1), determinar o valor da intensidade da força de empuxo e
compará-lo com o valor obtido anteriormente;
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(a)
(b) (c)
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Esse experimento tem como objetivos estudar o fenômeno de ressonância em um fio sob
tensão e determinar, a partir desse estudo, uma expressão empírica que estabeleça uma conexão
entre as freqüências de ressonância desse sistema com todos os parâmetros relevantes ao
experimento.
INTRODUÇÃO
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onde A e b são constantes. Outras formas (exponencial, logarítmica, trigonométrica, etc.) podem
ocorrer. Contudo, uma escolha mais adequada depende somente da observação e da análise das
medidas efetuadas. No caso do violão, por exemplo, os parâmetros que podem influenciar a
freqüência de vibração do fio são: o comprimento L, a tensão aplicada T e as suas características de
construção. No último caso, pode-se representar essas características de construção através da
densidade linear do fio , dada por:
=M/L
onde M é a massa do fio. Assim, uma primeira aproximação para uma expressão que correlacione a
freqüência de ressonância com esses parâmetros pode ser escrita como:
f AL T
onde A, , e são constantes.
No caso de um fio de violão, observa-se que, devido a sua construção, outras freqüências
além da freqüência natural de ressonância podem ser obtidas. Devido ao fato da corda estar presa
em ambas as extremidades, além da freqüência natural, freqüências de meio tom também são
possíveis de ser obtidas. Na Figura 5.1 é mostrado um esquema da vibração de uma corda cujo
comprimento é bem determinado, presa em ambas as extremidades. O modo mais simples de
vibração é aquele no qual a corda se movimenta totalmente em fase. Costuma-se denominar essa
freqüência de ''freqüência natural de vibração". Um segundo modo de vibração pode ser observado
quando a corda é dividida ao meio. Neste caso, cada metade se movimenta em oposição de fase,
pois a corda permanece fixa em suas extremidades. Com esse procedimento sucessivo, outros
modos também podem ser observados, conforme mostra a Figura 5.1. Cada um desses modos é
representado por um número que corresponde ao número de ventres (máximos de vibração)
observados. Assim, o primeiro modo de vibração possui n = 1, o segundo n = 2 e assim
indefinidamente. Com base nesses argumentos, espera-se que a freqüência de vibração de um fio
também dependa do modo de vibração observado. Assim, a fórmula empírica para as freqüências de
ressonância pode ser escrita como:
f Cn L T
onde C, , , e são constantes que podem ser extraídas dos dados experimentais.
Como fora dito anteriormente, o objetivo desse experimento é estudar o fenômeno de
ressonância em um fio sob tensão e verificar se a suposição acima para a dependência da freqüência
com os parâmetros experimentais é válida e, caso seja, determinar o valor das constantes na
expressão acima.
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L
n=l
= 2L
n=2
=L
n=3
= 2L/3
Figura 5.1: Modos normais de vibração de um fio de comprimento L.
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Arranjo experimental
fio
Figura 5.2: Arranjo experimental utilizado para estudar o fenômeno de ressonância de um fio
tensionado.
Para a obtenção e análise dos dados, necessários para avaliar a dependência das freqüências
de ressonância com cada um dos parâmetros envolvidos no experimento (modo de vibração,
comprimento, tensão aplicada ao fio e densidade linear do fio), organizou-se o experimento em 4
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partes, cada uma delas relacionada a uma das grandezas que influenciam as freqüências de vibração
do fio.
Atividades
Parte 2 - Estudo da dependência da freqüência (f) com a tensão aplicada ao fio (T)
Como mesmo fio da tomada de dados anterior, ajuste a freqüência do gerador de áudio para
observar o segundo modo de vibração (n = 2). Leia e anote o valor para a freqüência de ressonância
para esse modo de vibração no gerador de áudio e para a tensão (T) aplicada ao fio (não esqueça a
incerteza).
Repita a medida acima alterando apenas a tensão que é aplicada ao fio. Para isso, deposite
ou retire os lastros presos ao sistema de polia do arranjo experimental. Não se esqueça de medir a
massa que está sendo utilizada para tensionar o fio. Repita esse processo para 6-8 tensões
diferentes e organize os dados em uma tabela. Com esses dados, construa um gráfico em papel
di-log e estabeleça a relação entre a freqüência do segundo modo de vibração (n = 2) do fio
com a tensão aplicada ao mesmo.
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Deve-se tomar o cuidado de não selecionar valores de massa muito próximos entre uma
medida e outra, pois nesse caso a análise gráfica torna-se difícil de ser realizada. Variações de
aproximadamente 40 g entre uma medida e outra fornecem dados satisfatórios.
Com o mesmo fio da tomada de dados anterior, com os mesmos parâmetros utilizados na
parte 1 da tomada de dados, ajuste a freqüência do gerador de áudio para observar o segundo modo
de vibração (n = 2). Leia e anote o valor para a freqüência de ressonância para esse modo de
vibração no gerador de áudio e para o comprimento (L) do fio utilizado (não esqueça a incerteza).
Repita o procedimento acima, reduzindo o comprimento do fio. Meça a freqüência de
ressonância do segundo modo de vibração para esse novo comprimento (não se esqueça de anotar o
comprimento e sua incerteza). Repita esse procedimento, variando o comprimento do fio de
aproximadamente 10 cm entre uma medida e outra. Organize os dados em uma tabela de tal
forma a correlacionar, via um gráfico em papel di-log, a freqüência de vibração com o
comprimento utilizado para o fio.
f Cn L T ,
onde , , e são constantes que podem ser determinadas a partir dos dados experimentais.
Nesse sentido, faça, primeiramente, uma análise dimensional da expressão acima e, com
base nessa análise, determine os valores para as constantes acima. É possível obter todos os valores
a partir de uma análise dimensional da expressão acima?
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f K .x a
onde K é uma constante que depende de como os outros parâmetros foram fixados, x é o parâmetro
que está sendo variado (n, L, T ou ) e a é a constante relacionada a esse parâmetro (, , ou ).
Nesse caso, fazendo-se um gráfico da freqüência de ressonância como função deste parâmetro
em um papel di-log, obtém-se uma reta cuja inclinação é a constante a. Assim sendo, faça um
gráfico di-log para cada um dos conjuntos de dados obtidos anteriormente. Esses gráficos são,
de fato, compatíveis com retas? Obtenha, a partir dos gráficos obtidos, valores experimentais para
as constantes , , e . Os valores experimentais são compatíveis com aqueles extraídos a partir
da análise dimensional realizada com a expressão empírica para a freqüência de ressonância?
Compare também com os valores teóricos esperados, conforme descrito no Apêndice desse
capítulo. Como você poderia obter a constante de proporcionalidade (C) da fórmula empírica?
Discuta os resultados?
Pela aplicação da Segunda lei de Newton a trechos de um fio que sob tensão, oscilando
transversalmente, obtém-se uma equação diferencial, denominada de Equação de Onda:
2 1 2
y ( x, t ) y( x, t ) 0
x 2 v 2 t 2
onde v é a velocidade de propagação da onda, (x, y) são as posições no espaço de um ponto do fio
que, quando em repouso, está contido no eixo x (y = 0) e t o tempo. A oscilação ocorre na direção y,
transversal ao eixo x. A associação da equação acima com a de propagação de uma onda não é
imediata. Esse fato pode ser percebido empiricamente quando um "chacoalhão" é dado no fio e os
pulsos assim produzidos caminham pelo fio sob tensão. A demonstração teórica é mais clara, pois
uma função qualquer dada por y(x,t) = f(x ± vt) é uma solução da Equação de Onda.
No caso particular de um fio sob tensão de comprimento L e fixo em ambas as extremidades,
quando uma perturbação transversal e periódica é aplicada ao fio, observa-se o fenômeno de
ressonância toda vez que a freqüência da perturbação externa for igual a uma das freqüências
próprias do fio sob tensão.
Para determinar quais são as freqüências de ressonância desse arranjo, deve-se lembrar que
há uma correspondência entre a freqüência de oscilação f de uma onda qualquer com o seu
31
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v
e, portanto, as freqüências naturais de vibração de um fio sob tensão são dadas por:
n T
fn , com n 1, 2, 3, 4, ...
2L
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. NUSSENZVEIG, H. Moysés, Curso de Física Básica, Vol. 2, Editora Edgard Blücher Ltda,
pp.103-115.
2. HALLIDAY, D., RESNICK, R. e WALKER, J. - Fundamentos de Física, Vol. 2, 6ª Edição, LTC
Editora, Rio de Janeiro, RJ, 2002, pp.106-110.
3. TIPLER, Paul A., MOSCA, Gene - Física, Vol. 1, 5ª Edição, LTC Editora, Rio de Janeiro, RJ,
2006, pp.572-580.
4. YOUNG, Hugh D., FREEDMAN, Roger A., Física II – Termodinâmica e Ondas, 10ª Edição,
Pearson Addison Wesley, São Paulo, SP, 2003, pp.265-274.
5. CHAVES, Alaor Silvério, Física – Ondas, Relatividade e Física Quântica, Vol. 3, Reichmann &
Affonso Ed., Rio de Janeiro, RJ, 2001, pp.8-10.
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Este experimento tem como objetivos capacitar o aluno para: i) relacionar a variação de
comprimento de um corpo de prova em função do comprimento inicial e da variação de
temperatura; ii) construir gráficos da variação do comprimento em função comprimento inicial e,
também, da variação da temperatura de um corpo de prova; iii) determinar o coeficiente de
dilatação linear do corpo de prova.
INTRODUÇÃO
A expansão ou dilatação térmica ocorre quando quase todos os materiais são aquecidos.
Por causa desse fenômeno, as estruturas das pontes são projetadas com suportes e juntas especiais
para permitir a dilatação dos materiais. Uma garrafa cheia de água e muito bem tampada pode
quebrar quando for aquecida. Da mesma forma, pode-se afrouxar a tampa metálica de um recipiente
jogando água quente sobre ela. Esses exemplos estão relacionados à dilatação térmica.
Para estudar esse fenômeno, suponha que para uma dada temperatura T 0 uma barra possua
comprimento L0. Quando a temperatura varia de uma quantidade de ΔT, isto é, T = T 0 + ΔT, o
comprimento da barra varia de uma quantidade de ΔL, ou seja, L = L 0 + ΔL. Observa-se,
experimentalmente, que quando ΔT não é muito grande (por exemplo, menor do que cerca de 100
°C), a variação no comprimento ΔL é diretamente proporcional à variação de temperatura ΔT.
Quando duas barras feitas com o mesmo material sofrem a mesma variação de temperatura, porém
uma possui o dobro do comprimento da outra, então a variação do comprimento também será duas
vezes maior. Espera-se, portanto, que ΔL também deva ser proporcional ao comprimento inicial L 0.
Para expressar essas dependências, introduz-se uma constante de proporcionalidade α (que é
diferente para diferentes materiais) dada por:
L L0 T
Se um corpo possui comprimento inicial L0 a uma temperatura inicial T 0, seu comprimento
L a uma temperatura T = T 0 + ΔT será de:
L L0 L L0 L0 T L0 1 T
A constante de proporcionalidade α, denominada de Coeficiente de Dilatação Linear,
descreve as propriedades de expansão térmica de um dado material. As unidades de α são K-1
ou (°C)-1 . Para muitos materiais, as dimensões lineares sofrem variações de acordo com as equações
acima. Assim, o comprimento L pode ser a espessura de uma barra, o comprimento do lado de
um quadrado ou o diâmetro de um buraco. Alguns materiais, tais como a madeira ou o cristal, se
dilatam de modo diferente em direções diferentes.
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PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Para a realização deste experimento, utilizou-se o conjunto para dilatação com gerador
elétrico de vapor. De acordo com a Figura 6.1, o Dilatômetro e o Gerador Elétrico de Vapor são
compostos dos seguintes itens:
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Material Utilizado
Um dilatômetro (Figura 6.1a) com base principal (1), medidor de dilatação, div:
centésimo de milímetro (2), escala milimetrada, guia com mufa (2a), guia de saída
(2b) e sapatas niveladoras;
Um corpo de prova em cobre;
Uma conexão rápida de saída;
Uma conexão de entrada (12);
Um medidor de temperatura (termômetro);
Um batente móvel fim de curso (14);
Uma trena milimetrada;
Uma fonte de calor;
Uma garrafa térmica com água quente;
Um recipiente de água fria e/ou gelada;
Um funil;
Um balde vazio;
Um pano de limpeza.
Atividades
Executar a montagem conforme instruções da Figura 6.2;
Com o guia com mufa (2a) na marca dos 500 mm, verificar se o batente móvel fim
de curso (14) está tocando na ponteira do medidor de dilatação (relógio comparador).
Observar se a escala do medidor está indicando zero;
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-1 -1
Valor Médio de α1 (°C ) Valor Tabelado - α (°C ) Er%
Fazer a água circular a diferentes temperaturas (vide tabela abaixo) pelo interior do
corpo de prova;
Calcular a variação de temperatura ΔT sofrida pelo corpo de prova;
Medir a variação de comprimento ΔL sofrida pelo corpo de prova. Apresentar os
resultados assim obtidos na tabela abaixo (Tabela 6.6):
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Por que o tubo de latão foi escolhido e não um dos outros dois disponíveis para
este experimento?
Obs.: i) Não se esquecer de determinar os desvios percentuais desses resultados em
relação ao valor conhecido do coeficiente linear α do corpo de prova em questão; ii)
O erro relativo percentual Er% pode ser calculado através da expressão:
Er % [(Valor Tabelado – Valor Experimental) / (Valor Tabelado)] x 100%.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
para computador com sensor e software, Referência MLEQ810 - rev.03, SIDEPE, 2008, pp.47-52.
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INTRODUÇÃO
A capacidade térmica de um calorímetro é a soma das capacidades térmicas das partes que
o constituem, tais como: copo metálico, agitador, resistência elétrica para aquecimento e o próprio
termômetro utilizado para medir a temperatura.
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Considere, então, um calorímetro contendo em seu interior certa massa de água, ambos à
temperatura To. Se um corpo, à temperatura Tc (com Tc > To), é colocado dentro da água do
calorímetro, ocorrerá transferência de energia, na forma de calor, entre a água e o corpo até
atingirem uma mesma temperatura, chamada temperatura de equilíbrio térmico, Tequilíbrio . A
quantidade de calor perdida pelo corpo é absorvida tanto pela água quanto pelo calorímetro. Então,
na condição de equilíbrio térmico:
Qcorpo = Qcalorímetro + Qágua (4)
onde Qcorpo é a quantidade de calor cedido pelo corpo, Qcalorímetro é a quantidade de calor recebido
pelo calorímetro, Qágua é o calor recebido pela água. De acordo com as Equações (1) – (3), essas
quantidades são dadas por:
Qcorpo = mc.cc.(Tc – Tequilíbrio) (5)
e, portanto,
mc.cc.(Tc – Tequilíbrio) = Ccalorímetro .(Tequilíbrio – To) + mágua.cágua.(Tequilíbrio – To ) (8)
Os valores do calor específico para algumas substancias estão apresentados na Tabela 11.1.
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Cobre 0,0923
Ferro 0,11
Latão 0,092
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Material Utilizado
Calorímetro completo;
Balança;
Termômetro;
Sistema de aquecimento;
Água e corpos metálicos.
Atividades
Qcedido pela água quente = Qrecebido pelo calorímetro + Q recebido pela água fria
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Colocar a peça de metal em água fervente durante alguns minutos, até entrar em
equilíbrio térmico com a água fervente; anotar a temperatura da água fervente, que é
igual à temperatura inicial do metal, Tcorpo;
Colocar água, à temperatura ambiente, no copo do calorímetro, em quantidade
aproximadamente igual ao total de água da primeira parte do experimento, ou seja,
metade da capacidade do calorímetro (200 ml); determinar a massa dessa quantidade
de água, mágua, e a temperatura inicial, T água;
Retirar a peça de metal de dentro da água fervente e colocá-la, rapidamente, dentro
do calorímetro, fechando-o para evitar troca de calor com o ambiente. Agite
lentamente até que a temperatura de equilíbrio seja atingida, Tequilíbrio (esta será a
máxima temperatura atingida, lida no termômetro);
Determinar o calor específico do metal (Equação 9);
Repetir o procedimento pelo menos duas vezes com cada peça de metal fornecido,
comparar o resultado médio com valores tabelados (Tabela 7.1) e determinar o erro
relativo percentual.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Este experimento tem como objetivos: i) estudar a lei de resfriamento de um líquido como a
água; ii) extrair empiricamente uma lei física através de uma análise gráfica dos dados.
INTRODUÇÃO
Assim como a Mecânica, a termodinâmica é uma das áreas mais fundamentais da física. Os
conceitos de temperatura e calor estão sempre presentes no cotidiano do ser humano, por exemplo,
quando se cozinha um alimento, ao tomar um banho, etc. Outro conceito diretamente relacionado
com temperatura e calor, que também está presente no dia-a-dia, é o conceito de troca de calor ou
transferência de energia na forma de calor.
A temperatura de um corpo é uma medida do grau de agitação de suas moléculas. Quando a
temperatura de um corpo é suficientemente baixa, suas moléculas quase não se movimentam, seja
esse movimento de translação, rotação ou ainda de vibração. Por outro lado, para temperaturas
suficientemente altas, as moléculas estão em constante agitação. A grande importância da
temperatura é que além de ser uma medida de fácil aquisição experimental, pode-se relacioná-la
com várias outras grandezas de interesse.
Como em toda física experimental, a realização de uma medida da temperatura de um corpo
também ocorre através de um instrumento de medição. O instrumento de medida mais conhecido
para se medir esta temperatura é o termômetro. Esse aparelho é utilizado freqüentemente para
medir a temperatura de um indivíduo quando ele está com febre. Seu princípio de funcionamento é
bastante simples. Quando o material que o compõe entra em equilíbrio térmico com a temperatura
do corpo em consideração, sua escala estaciona num determinado valor, que é a temperatura
corporal. Em geral, utiliza-se o termômetro de coluna de mercúrio (ou de álcool) cuja propriedade
termométrica é a dilatação volumétrica dos líquidos que se aquecem.
Outro instrumento de medida de temperatura é o termopar metálico, que apresenta o efeito
termoelétrico pelo qual é produzida uma diferença de potencial elétrico na junção de dois materiais
distintos (força eletromotriz) que é dependente da temperatura. Observa-se experimentalmente que
quando dois corpos inicialmente em temperaturas diferentes são colocados em contato um com o
outro, depois de certo tempo atingem um estado final em que suas temperaturas são iguais. O tempo
necessário para que as temperaturas dos corpos em contato se igualem varia muito nas diferentes
situações. Sabe-se, por exemplo, que a areia da praia se aquece mais rapidamente que a água do
mar. O tempo gasto para um sistema atingir o equilíbrio térmico pode depender de vários fatores,
como a própria composição química dos materiais e do reservatório térmico utilizado na
experiência.
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Considere, então, um sistema formado por uma amostra de água dentro de um Becker no qual
está inserido um termômetro para a medição de temperatura. Inicialmente a água será aquecida até
aproximadamente 100 °C e esperar seu resfriamento até atingir a temperatura ambiente, o que deve
ocorrer em torno de uma hora. Deseja-se saber qual é a função matemática que descreve o
resfriamento da água.
Assim sendo, com a finalidade de explicar a lei do resfriamento da água do ponto de vista
teórico, considerou-se um modelo [1] que leva em conta as considerações geométricas sobre o
reservatório térmico e a capacidade térmica dos materiais que compõem a glicerina. A partir deste
modelo, pode-se prever que a temperatura da solução de glicerina decai exponencialmente da
seguinte forma:
T K e t /
onde K e τ são duas constantes. De acordo com a equação acima, a temperatura do sistema decai
exponencialmente com uma constante de decaimento τ, cujo valor depende das considerações
mencionadas acima. A constante de decaimento ou tempo característico τ pode ser determinado a
partir das medidas da temperatura T e do tempo t.
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
O arranjo experimental utilizado nesta experiência está esquematizado na figura abaixo. Ele
consiste de um Becker contendo certa quantidade de água e um termômetro para a medida da
temperatura T.
Termômetro
Becker
Líquido
Figura 8.1: Esquema do arranjo experimental utilizado - termômetro inserido num Becker
contendo uma quantidade de líquido.
Atividades
Aquecer o liquido a partir de uma temperatura inicial T 0 (temperatura ambiente) até atingir
a temperatura de ebulição da água (~ 100 oC) usando um aquecedor;
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Análise de dados
Organizar os dados de temperatura T e tempo t numa tabela (Tabela 8.1). Obs.: a equação
acima descreve a diferença entre a temperatura da água e a temperatura do reservatório a
cada instante de tempo t;
Com os resultados apresentados na Tabela 1, fazer um gráfico da temperatura T em função
do tempo t utilizando um papel milimetrado. Qual é a forma da curva formada pelos
pontos experimentais? Isso confirma a descrição teórica feita através da equação (1)?;
Com os resultados apresentados na Tabela 1, fazer um gráfico da temperatura T em função
do tempo t, utilizando um papel monolog. Qual é o formato da curva agora?;
A partir da análise gráfica, determinar o valor da constante K e da constante de
decaimento τ e descrever o fenômeno ocorrido.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Este experimento tem como objetivos capacitar o aluno para: i) identificar, comparar e
classificar os mecanismos de propagação de calor; ii) reconhecer que o calor, para se propagar,
necessita de uma diferença de temperatura entre as regiões de escoamento; iii) observar que o fluxo
térmico sempre ocorre no sentido das temperaturas decrescentes.
INTRODUÇÃO
Condução
O que ocorre quando a extremidade de uma barra metálica é aquecida por um tempo
suficiente? Sabe-se que a outra extremidade ficará quente. Neste sentido, o fenômeno da condução
(ou condução térmica) é o processo pelo qual a energia, sob a forma de calor, transfere-se de um
corpo mais quente (a uma temperatura TA) para o mais frio (a uma temperatura TB), isto é, quando
TA > TB. Este processo ocorre devido à agitação molecular e dos choques entre as moléculas. A
transmissão de energia ocorre de molécula a molécula, mas sem o deslocamento de matéria.
Nas atividades que se seguirão, observar-se-á que a chama de uma lamparina transmite
energia térmica à haste metálica. Esta energia térmica, ao penetrar na haste, causa movimentos
vibratórios que permitem um intercâmbio de energia cinética entre as moléculas, isto é, as mais
energéticas cedem energia às menos energéticas.
Na atividade referente a esse fenômeno, constatar-se-á o deslocamento desta energia pelas
quedas sucessivas dos pinos de referência.
Convecção
A convecção consiste no transporte de energia térmica de uma região para outra,
através do transporte de matéria. Como há movimento de matéria, a convecção é um fenômeno
que só pode ocorrer nos fluidos (líquidos e gases). Em virtude do aquecimento ou resfriamento,
existe uma diferença de densidade o que ocasiona uma movimentação das diferentes partes do
fluido. Em outras palavras, a temperatura do fluido que está em contato com o objeto quente
aumenta e, na maioria dos casos, esse fluido se expande, tornando-se menos denso. O fluido
expandido, agora mais leve que o fluido mais frio ao seu redor, sobe por causa das forças de
empuxo. Quando se acende uma lâmpada, por exemplo, a energia elétrica se transforma em energia
térmica e luminosa, o ar (próximo à lâmpada) se dilata, diminui de intensidade e sobe, enquanto o ar
frio, penetrando por baixo do sistema, ocupa um lugar deixado pelo ar quente. O fenômeno se
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Irradiação
Na irradiação, a energia transferida, chamada de radiação térmica, efetua-se através
das ondas eletromagnéticas. Na radiação térmica, ocorre apenas transporte de energia. Além do
mais, não há transporte de matéria e nem há a necessidade de um meio material para que se
realize, e se propaga através do vácuo. Qualquer corpo, com uma temperatura diferente do zero
absoluto, isto é, com T ≠ 0 K, irradia energia.
Nesta atividade, uma resistência elétrica, ligada a uma tomada elétrica, produz irradiações na
faixa do infravermelho. Estas irradiações, parte por incidência direta e parte por reflexões nas
superfícies existentes no contorno do experimento, incidem sobre o bulbo do termômetro e
provocam a dilatação da coluna termométrica.
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Figura 9.1 – Kit para estudar os meios de propagação de calor (Refer. EQ051).
Material Utilizado
De acordo com a Figura 9.1, o kit para a realização deste experimento é composto pelos
seguintes componentes:
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Uma base principal com sapatas niveladoras, chave liga-desliga isolada, haste
vertical com regulagem de altura, refletor com soquete articulável;
Uma fonte irradiante de feixe direcional (60 W);
Uma ventoinha de alumínio com seis hélices;
Cinco corpos de prova esféricos de aço;
Uma lâmina suporte em aço inoxidável;
Um biombo protetor e canalizador, com suporte de termômetro e janelas de entrada;
Um pivot em aço inoxidável (suporte para ventoinha);
Dois elásticos ortodônticos;
Um termômetro com escala de -10 a 110 °C;
Uma lamparina com álcool;
Papel branco;
Papel carbono preto;
Cronômetro;
Calços de madeira;
Uma vela;
Uma caixa de fósforos;
Uma régua milimetrada.
OBS.: Antes de ligar o conjunto, verificar se a voltagem local confere com a
indicada na lâmpada!
Atividades
Parte A – A Condução
Prender os corpos esféricos, com cera de vela, sobre as marcas existentes sobre a
lâmina (usar o mínimo possível de parafina – vide Figura 9.2);
Figura 9.2
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Fixar a lâmina com os corpos de prova virados para baixo, 20 mm acima do pavio da
lamparina (Figura 9.3);
Figura 9.3
Acender a lamparina e aquecer a extremidade livre da lâmina;
Descrever o fenômeno observado e cronometrar o tempo de queda de cada bolinha;
Explicar o fato de a energia térmica penetrar pelo extremo da lâmina e as esferas se
desprenderem, sucessivamente, nos pontos 1, 2, 3, 4 e 5 da mesma;
Qual a função da cera e das esferas utilizadas neste experimento?;
A esfera 2 poderia cair antes da esfera 1? Justificar a resposta;
Como é denominada esta maneira do calor se propagar e qual sua principal
característica?
Parte B – A Convecção
Montar o conjunto conforme a Figura 9.4, mantendo a lâmpada desligada.
CUIDADO: Não olhar para o filamento da lâmpada enquanto a mesma estiver
em atividade;
Figura 9.4
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Parte C – A Irradiação
A fim de garantir o alinhamento entre o termômetro e a fonte irradiante, colocar o
protetor com suporte para termômetro sobre um calço (Figura 9.5). Manter a chave
desligada;
Figura 9.5
Anotar a temperatura inicial T 0 (ambiente) indicada pelo termômetro;
Ligar a lâmpada por dez minutos (cronometrados) e anotar a temperatura final T;
Desligar a lâmpada;
Qual a procedência da energia térmica capaz de provocar a elevação de temperatura
indicada pelo termômetro?;
Observa-se que a energia térmica cruza o espaço, inclusive o gás rarefeito do interior
da lâmpada até atingir o bulbo do termômetro. De acordo com o que foi observado,
pode-se afirmar que a irradiação infravermelha, fenômeno de natureza
eletromagnética, necessita de um meio material para se propagar?;
Justificar a função da superfície espelhada existente na traseira da lâmpada.
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Figura 9.6
Anotar a temperatura inicial T0;
Ligar a lâmpada por dez minutos (cronometrados) e anotar a temperatura final T;
Retirar o papel branco do termômetro e esfria-lo;
Repetir os mesmos procedimentos anteriores, cobrindo o termômetro com o papel
carbono preto;
De acordo com as observações feitas, qual a cor de tecido mais recomendada para
vestuários em zonas de temperatura elevada. Justificar resposta.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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APÊNDICE 1
A CONSTRUÇÃO DE GRÁFICOS
A.1 Introdução
Numa escala linear a distância entre traços consecutivos representa sempre o mesmo
intervalo da grandeza a ser representada. Numa escala logarítmica, isto não acontece. As
distâncias entre traços consecutivos não são lineares, ou seja, o passo é variável.
As escalas logarítmicas são constituídas de DÉCADAS. Uma década é uma escala
compreendida em um comprimento L, iniciando pelo número 10 n e terminando pelo número
10n+1, onde n é um número inteiro positivo, negativo ou nulo. Entre estes números são colocados
os algarismos inteiros de 2 a 9, representando os múltiplos de 10n.
Como aplicação, construa uma escala logarítmica simples de 1 a 10, ou seja, uma escala
logarítmica de apenas uma década, a qual deverá estar contida em um comprimento L = 15,0 cm. A
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L
m=
| f ( x f ) f ( xi ) |
15 15 cm
m= = = 15
log10 log1 10 unidade
O cálculo das distâncias correspondentes aos valores das grandezas a serem marcadas na
escala de 15 cm está apresentado na Tabela 1. Esta distância é calculada, como já se sabe,
multiplicando-se o módulo (m) pelo valor da função para cada valor da grandeza x a ser
representada.
Tabela 1: Determinação das distâncias a serem marcadas na escala em função dos valores
da grandeza.
Grandeza x a ser Distância a ser
log x m log x
representada marcada na escala
1 0 0 0,00
2 0,3010 15 x 0,3010 4,51
3 0,4771 15 x 0,4771 7,16
4 0.6020 15 x 0,6020 9,03
5 0,6990 15 x 0,6990 10,49
6 0,7781 15 x 0,7781 11,67
7 0,8451 15 x 0,8451 12,68
8 0,9031 15 x 0,9031 13,55
9 0,9542 15 x 0,9542 14,31
10 1,0000 15 x 1,0000 15,00
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É importante ter em mente que os pontos marcados não correspondem aos números escritos
abaixo da escala, (1, 2, ..., 9, 10), mas sim aos seus logaritmos (log 1, log 2, ..., log 9, log 10). A palavra
"log" não é escrita, para que se facilite a visualização e, portanto, fica subentendida.
Para construir neste comprimento L = 15,0 cm uma escala logarítmica de 2 décadas (10 0 até 102),
divide-se o comprimento L por 2, calcula-se o módulo m para metade de L, e constrói-se uma década
nesta metade. Para representar a segunda década, repete-se na segunda metade de L as marcações feitas
na primeira metade. Porém, na segunda década, a distância entre dois traços consecutivos representa
uma variação de 10 em 10 unidades, ou seja, 10, 20, ..., 90, 100. Em uma escala logarítmica de 3
décadas, com a primeira se iniciando em 10 0, a variação entre dois traços consecutivos na terceira
década representaria uma variação de 100 em 100 unidades, ou seja, 100, 200, ..., 900, 1000.
Os tipos de papéis que envolvem escalas logarítmicas são: papel mono-logarítmico (mono-log) e
papel bi ou di-logarítmico (log-log). O papel mono-log possui escala linear no eixo das abscissas e
escala logarítmica no das ordenadas. Já o papel log-log possui escala logarítmica nos dois eixos. A
utilização destes papéis será apresentada a seguir.
Se o gráfico cartesiano dos valores tabelados em uma experiência for uma reta, a função que
representa a relação entre as duas grandezas é obtida procedendo-se como indicado anteriormente
(Apostila de Laboratório de Física Experimental I), ou seja, determinando-se os coeficientes linear e
angular. Porém, se for obtida uma curva, a sua função pode não ser de fácil determinação. Algumas
vezes, esta função pode ser determinada pelo uso adequado dos papéis log-log e mono-log. Por exemplo,
se for obtida uma reta ao se marcar no papel log-log os valores dos logaritmos das duas grandezas (log y
versus log x), a função será do tipo:
y = kx B ,
e se for obtida uma reta ao se marcar no papel mono-log os valores do logaritmo da variável
dependente em relação à variável independente, (log y versus x), a função será do tipo:
y = ke cx .
A utilização dos papéis log-log e mono-log, para determinação destas funções representativas,
será apresentada a seguir.
Suponha que em certa experiência mediu-se a grandeza y em função da grandeza, cujos dados
estão apresentados na Tabela 2.
Na construção de um gráfico de escalas lineares com os valores desta tabela, obtém-se uma
curva. Admitindo-se que a função que representa esta curva seja do tipo:
y = k xB,
será necessário determinar os valores de "k" e de "B" para encontrar esta função.
Uma maneira de se resolver este resolver o problema consiste em efetuar alguma transformação
em uma ou nas duas variáveis y e x, de modo que se possa obter uma reta, ou seja, realiza-se um
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_____________________ Laboratório de Física II UFG / Campus Catalão 2009
processo de linearização da função. Isto pode ser feito aplicando-se logaritmo em ambos os lados da
expressa, isto é,
Marcando-se em um gráfico cartesiano o valor de log y em função de log x, obtém-se uma reta.
Conclui-se, então, que a equação
log y = log k B log x
representa uma reta, onde log k é uma constante. Pode-se, portanto, reescrever a equação acima da
forma:
Y = A BX.
Nesta equação, "A" é a ordenada do ponto onde a reta corta o eixo das ordenadas e "B" é o
coeficiente angular da reta. O gráfico fica do tipo:
log y2
log y1
A = log k
log x1 log x2 X
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_____________________ Laboratório de Física II UFG / Campus Catalão 2009
Figura A.3 - Gráfico da função Y = A + BX, ou seja, da função log y = log k + B log x.
A constante "B" é determinada escolhendo-se dois pontos arbitrários (X,Y), geralmente bastante
afastados, e aplicando-se a relação:
Y 2 Y 1 log y 2 log y1
B = tg α = =
X 2 X 1 log x 2 log x1
Conhecidos "A" e "B", tem-se a equação da reta que passa pelos pontos (X,Y) e, conseqüente-
mente, a função da curva que passa pelos pontos (x,y) obtidos experimentalmente.
Existe certa dificuldade para se marcar os pontos (X,Y) no papel milimetrado, devido ao excesso
de casas decimais. O papel "log-log" facilita este trabalho, pois permite marcar diretamente os
valores das grandezas y e x, sem a necessidade de calcular os valores dos logaritmos destas
grandezas.
A escala logarítmica é construída de modo que para se marcar o logaritmo de certo número, não é
necessário calcular este logaritmo, bastando apenas marcar o número diretamente na escala. Os
números que aparecem nas décadas já correspondem aos logaritmos destes números. Por exemplo, para
se marcar o valor de log (2) no papel logarítmico, não é necessário calcular este valor, basta apenas
procurar o 2 na escala e marcar o ponto. Portanto, o valor de "A" será lido diretamente no gráfico. Não
é necessário fazer nenhuma operação para encontrá-lo, bastando ler no papel log-log o valor da
ordenada para a qual a reta cruza o eixo das ordenadas.
Exercício de Fixação
Construir em papel log-log o gráfico dos valores da Tabela 2. Considere que a grandeza y seja a
posição (S) de uma partícula, em metros, e a grandeza x, o tempo (t) em segundos. Determinar a
função que relaciona as grandezas S e t.
Suponha mais uma vez, que os dados da Tabela 4 abaixo tenham sido obtidos em de certa
experiência onde foi medida a grandeza y em função da grandeza x.
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A observação direta da tabela simplesmente nos informa que a grandeza y diminui à medida que
a grandeza x aumenta. É impossível, com os dados da tabela, obter a lei que relaciona as grandezas
físicas y e x. Traçando-se o gráfico cartesiano para estes valores, obtém-se uma curva. Admitindo-se
que a lei que representa esta curva possa estar associada a uma função, como no caso anterior, do tipo
y = kx B
constrói-se o gráfico dos valores tabelados em papel log-log. A curva obtida não é uma reta, o que
afasta a possibilidade da curva ser do tipo proposto. Tenta-se, então, outro tipo de função que possa
representar a curva obtida no gráfico cartesiano. Adotando a função
y = ke cx ,
como representativa da curva, é necessário determinar as constantes "k" e "c" para encontrar a função.
Fazendo uma transformação na função acima, como no caso anterior, através da aplicação do logaritmo
em ambos os lados da equação, obtém-se:
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Na construção de um gráfico cartesiano de log y versus x, obtém-se uma reta. Pode-se, portanto,
reescrever a equação anterior da seguinte forma:
Y = A Bx,
B = c loge = 0,4343c
1
c= B = 2,303B .
0,4343
log y 2 log y1
B= ,
x 2 x1
Então:
log y 2 log y1
c = 2,303
x 2 x1
Por meio do gráfico mono-log, determinam-se as constantes "c" e "k", sendo "k" o valor lido
diretamente no gráfico, ou seja, o ponto onde a reta corta o eixo das ordenadas e "c" determinado pelo
valor do coeficiente angular multiplicado por 2,303.
Caso a escala fosse construída baseada no logaritmo neperiano (ln), ficar-se-ia com:
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ln y = ln k + c x,
onde o valor de "k" é lido diretamente no gráfico e "c" igual ao coeficiente angular da reta, sem ser
necessário multiplicar por 2,303.
Exercícios de Fixação
a) Construir em papel log-log o gráfico dos valores da Tabela 4 (não é necessário marcar os dois
últimos pontos da tabela). Considere que a grandeza y seja a velocidade (V) de um móvel, em
m/s, e a grandeza x, a resistência do ar (R), em newtons.
b) Construir em papel mono-log o gráfico dos valores de V versus R (todos os pontos); deter-
minar a função que relaciona as grandezas V e R.
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