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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA – UFPB

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E NATUREZA - CCEN


DEPARTAMENTO DE FÍSICA - DE
FÍSICA EXPERIMENTAL I - 2022.2

2ª EXPERIÊNCIA - LANÇAMENTO DE PROJÉTIL: CONSERVAÇÃO DE ENERGIA


LUCAS GOMES SOARES – 2020010541

JOÃO PESSOA – PB
2023
Sumário
1. INTRODUÇÃO .............................................................................................................................. 3

2. MATERIAIS E MÉTODOS .......................................................................................................... 4

2.1. Materiais................................................................................................................................. 4

2.2. Métodos experimentais........................................................................................................ 4

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................................................. 5

4. CONCLUSÃO ............................................................................................................................... 8

5. REFERÊNCIAS ............................................................................................................................ 9
1. INTRODUÇÃO
A conservação de energia é um princípio fundamental da física que afirma que
a energia total de um sistema isolado permanece constante ao longo do tempo, desde
que nenhuma energia seja adicionada ou removida do sistema. No contexto do
lançamento de um projétil, podemos aplicar a conservação de energia para analisar o
movimento do projétil antes e depois do lançamento.

Vamos considerar um sistema isolado composto pelo projétil e pela Terra,


assumindo que não há influências externas significativas, como a resistência do ar.
Antes do lançamento, o projétil está em repouso na posição inicial. Nesse momento,
sua energia cinética é zero e toda a sua energia está armazenada como energia
potencial gravitacional, devido à sua altura em relação à superfície da Terra.

Na prática iremos determinar a velocidade de lançamento de um projétil a partir


de medidas de altura de lançamento e alcance. Iremos comparar o resultado obtido
com o esperado a partir da conservação de energia mecânica do objeto e com uma
medida direta da velocidade de lançamento.

Realizada no Laboratório de Física Experimental I da Universidade Federal da


Paraíba, os estudantes tiveram a oportunidade de realizar uma prática envolvendo o
lançamento de projéteis. Essa atividade desafiadora e instrutiva permitiu aos futuros
engenheiros explorar os conceitos fundamentais da conservação de energia.

A importância dessa prática para os engenheiros ambientais é significativa,


uma vez que eles são profissionais responsáveis por projetar soluções sustentáveis
para preservar o meio ambiente e minimizar os impactos negativos causados pelas
atividades humanas. Nesse contexto, compreender os princípios básicos da física,
como a conservação de energia, é crucial para desenvolver abordagens eficazes e
eficientes na resolução de problemas ambientais.

Ao realizar o experimento de lançamento de projéteis, os estudantes puderam


observar diretamente como a energia é convertida de uma forma para outra,
acompanhando a transformação da energia potencial gravitacional em energia
cinética durante o movimento do projétil em direção ao solo. Essa análise permitiu aos
engenheiros ambientais entenderem como a energia é transferida e distribuída em um
sistema físico, uma habilidade essencial para projetar sistemas de energia renovável,
como a energia solar e eólica, que são relevantes para a engenharia ambiental.
2. MATERIAIS E MÉTODOS

2.1. Materiais

• Trilho para lançamento do projétil;


• Cronômetro;
• Trena
• Bolina de ferro
• Papel de carbono
• Papel milimetrado
• Prumo
• Barbante

Figura 1 Materiais utilizados para o experimento

Fonte: Autores, 2023

2.2. Métodos experimentais

I. Posicione o trilho tal que o ponto de lançamento esteja na borda da mesa;


II. Meça a altura h do ponto de soltura do projétil com relação ao ponto de
lançamento. Repita a medida cinco vezes.
III. Meça a altura H do ponto de lançamento até o solo; repita a medida 5 vezes.
IV. O alcance R será a distância horizontal do ponto de lançamento até do ponto de
impacto no solo. Para medir está distância horizontal vamos primeiramente
transladar o ponto de lançamento para o chão. Para isto usaremos um fio de prumo
(barbante com peso amarrado). Faça uma marcação no solo correspondente a
posição horizontal do ponto de lançamento.
V. Realize um lançamento de teste para verificar o funcionamento do cronometro;
VI. Aproveite o lançamento teste para observar a região em que o projétil se choca
com o chão;
VII. Posicione a prancheta com o papel carbono de modo que o projétil se choque em
seu centro;
VIII. Realize cinco lançamento do projétil: para cada lançamento anote o intervalo de
tempo ∆t medido pelo cronômetro e o alcance R.

Figura 2 Exemplo de colocação dos instrumentos

Fonte: Lançamento de projeteis, (Roberto, 2014)

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Inicialmente feito o nivelamento e medição das altura no tripé, bem como a
marcação do ponto sob do tripé que marca o ponto inicial H, foram realizados 10
lançamentos da altura com a esfera de aço. A incerteza foi calculada utilizando as
equações fornecidas durante as aulas de física. Também foi obtido os resultados de h
utilizando a trena na qual foi medido através de cada impacto da bolinha de metal que
caía na folha de papel de carbono.

• Informe os valores medidos de R, h e H na forma de tabelas.


H 1,10 ± 0,0005m
Dist. Até o papel 40,5 ± 0,05 cm
h R
18,00 ± 0,05 cm 52,20 ± 0,05 cm
18,50 ± 0,05 cm 50,50 ± 0,05 cm
18,80 ± 0,05 cm 53,50 ± 0,05 cm
18,10 ± 0,05 cm 53,70 ± 0,05 cm
17,90 ± 0,05 cm 52,60 ± 0,05 cm
17,80 ± 0,05 cm 51,90 ± 0,05 cm
18,20 ± 0,05 cm 53,40 ± 0,05 cm
18,60 ± 0,05 cm 53,00 ± 0,05 cm
18,00 ± 0,05 cm 52,20 ± 0,05 cm
18,80 ± 0,05 cm 52,50 ± 0,05 cm

• Para cada grandeza medida calcule a média e incerteza e informe o resultado na


̅ ± 𝜎𝑅
forma 𝑅 = 𝑅
Média de R 52,55
Desvio Padrão 0,8958

𝑅 = 𝑅̅ ± 𝜎𝑅 = (52,55 ± 0,89) 𝑐𝑚
Média de h 18,27
Desvio Padrão 0,3551

ℎ = ℎ̅ ± 𝜎ℎ = (18,27 ± 0,35) 𝑐𝑚
Agora, calcularemos a incerteza total de cada grandeza

𝜎𝑟 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = √(𝜎𝑖𝑛𝑠 )² + (𝜎𝑒𝑠𝑡 )² = √(0,05)² + (0,89)² = 0,89 𝑐𝑚

𝜎ℎ 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = √(𝜎𝑖𝑛𝑠 )² + (𝜎𝑒𝑠𝑡 )² = √(0,05)² + (0,35)² = 0,35 𝑐𝑚

ℎ = ℎ̅ ± 𝜎ℎ𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = (18,27 ± 0,35) 𝑐𝑚


𝑅 = 𝑅̅ ± 𝜎𝑅𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = (52,55 ± 0,89) 𝑐𝑚
Transformando em metros, temos que
ℎ = ℎ̅ ± 𝜎ℎ𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = (0,1827 ± 0,0035) 𝑚
𝑅 = 𝑅̅ ± 𝜎𝑅𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = (0,5255 ± 0,0089) 𝑚
• Determine as velocidades médias de 𝝂𝟎, 𝑳, 𝝂𝟎, 𝑬, e suas respectivas incertezas.
Observação: Determine cada velocidade uma única vez usando os valores médios
das grandezas medidas. Use propagação de erro para determinar as incertezas.
9,71
𝝂𝟎, 𝑳 = 0,5255 ∗ √ ≅ 1,10 𝑚/𝑠
2 ∗ 1,10
Agora calcularemos a incerteza.
2 2
𝑔 𝑅 𝑔
𝜎𝜈 = √(√ ∗ 𝜎𝑅 ) + ( √ ∗𝜎 ) =
2∗𝐻 2 2 ∗ 𝐻3 𝐻

2 2
9,78 0,5255 9,78
𝜎𝜈 = √(√ ∗ 0,0089) + ( √ ∗ 0,05)
2 ∗ 1,10 2 2 ∗ 1,103

𝜎𝜈 ≅ 0,12
𝝂𝟎, 𝑳 = (1,10 ± 0,12) 𝑚/𝑠

Agora calcularemos a velocidade através de 𝝂𝟎, 𝑬

10
𝝂𝟎, 𝑬 = √ ∗ 9,71 ∗ 0,1827 ≅ 1,59 𝑚/𝑠
7

Agora calcularemos a incerteza.


2
1 10 ∗ 𝑔
𝜎𝜈 = √( √ ∗ 𝜎ℎ ) ≅ 0,26
2 7∗ℎ

𝝂𝟎, 𝑳 = (1,59 ± 0,26) 𝑚/𝑠

• Compare as duas medidas de velocidade. Elas são compatíveis entre si? Discuta
possíveis erros experimentais, de procedimento ou da teoria para explicar
discrepâncias.

Ao comparar as duas medidas de velocidade obtidas no experimento - 1,10 m/s


e 1,59 m/s - é possível notar uma discrepância entre elas. Essa diferença pode ser
atribuída a possíveis erros experimentais, de procedimento ou teóricos que podem ter
influenciado os resultados.
Como por exemplo erros experimentais, que podem ocorrer erros de medição
ou de instrumentação que afetam a precisão dos resultados. Por exemplo, um erro na
leitura da trena de deslocamento do projétil ou uma imprecisão no equipamento de
lançamento do projétil
Erros de procedimentos, a forma como o experimento é conduzido também
pode introduzir erros nas medidas de velocidade. Por exemplo, se a trajetória do
projétil não for adequadamente alinhada ou se houver alguma interferência externa
durante o lançamento, isso pode afetar a precisão das medidas.
Erros teóricos, que embora a teoria da conservação de energia seja
amplamente aceita e aplicada, existem algumas suposições e simplificações
associadas a ela. Por exemplo, a teoria assume que não há perda de energia devido
a atrito ou resistência do ar, o que nem sempre é verdadeiro na prática. Se houver
influência significativa desses fatores no experimento, os resultados podem se desviar
das previsões teóricas.
Além disso, outros fatores, como a precisão dos equipamentos utilizados, o
cuidado na execução do experimento e a habilidade do estudante em realizar as
medições de forma precisa e consistente, também podem influenciar as discrepâncias
entre as medidas de velocidade.
É importante ressaltar que, para uma análise mais precisa, é necessário
conhecer todos os detalhes do experimento, o método de medição utilizado e a
precisão dos equipamentos envolvidos. Com base nessas informações, seria possível
realizar uma análise mais completa para identificar as possíveis fontes de
discrepância entre as medidas de velocidade e discutir os erros experimentais, de
procedimento ou teóricos que podem ter contribuído para as diferenças observadas.

4. CONCLUSÃO

O experimento realizado no laboratório de Física Experimental I da


Universidade Federal da Paraíba, envolvendo o lançamento de projéteis,
proporcionou aos estudantes de Engenharia uma oportunidade valiosa de aplicar os
conceitos da conservação de energia na prática. Através da observação direta da
transformação da energia potencial gravitacional em energia cinética, os participantes
puderam compreender a importância da conservação de energia e sua relevância
para a engenharia ambiental.
Embora tenha havido uma discrepância entre as duas medidas de velocidade
obtidas no experimento (1,10 ± 0,12 m/s e 1,59 ± 0,26 m/s), é importante ressaltar que
a análise das possíveis fontes de erro é fundamental para a compreensão do
resultado. Erros experimentais, de procedimento ou teóricos podem ter contribuído
para as diferenças observadas, como erros de medição, imprecisões nos
instrumentos, influência de fatores externos ou simplificações na teoria.
Apesar da discrepância, o experimento foi valioso para o desenvolvimento dos
estudantes, uma vez que proporcionou uma oportunidade de aplicar conhecimentos
teóricos em um contexto prático, além de promover o desenvolvimento de habilidades
de medição e análise de dados. Também permitiu aos participantes uma compreensão
mais profunda dos princípios físicos envolvidos no lançamento de projéteis e na
conversão de energia.

5. REFERÊNCIAS

Passerat de Silans, T. M., & Bezerra Nobrega de Souza, B. C. (2022). Lançamento de


projétil: Conservação de energia. Material disponibilizado pelo professor.

Pereira Filho, A. F., Pimentel do Nascimento, A. J., Portela, J. L., Borges do


Nascimento, N. V., & Gonçaves Lopes, T. H. (2014). Relatório de Física Experimental
I: Lançamento de projéteis. Universidade Federal de Roraima, Biblioteca da UFRR.

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