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FACULDADE DE ENGENHARIA DE ILHA SOLTEIRA

DEPARTAMENTO DE FÍSICA E QUÍMICA

LABORATÓRIO DE FÍSICA 1

TURMA 223 - ENGENHARIA CIVIL

3º EXPERIMENTO: GRÁFICOS E FUNÇÕES MOVIMENTO EM MEIO VISCOSO

PROFº DR. EUDES BORGES DE ARAÚJO

DISCENTES:

EMANUEL DE LIMA BRANDÃO RA: 211050611

GABRIEL LORENZETTI DOURADO RA: 211054046

GABRIEL TESLENCO MANSANO RA: 211050075

LEONARDO PIAI BRAIT RA: 211052175

LEONARDO SPADOTTO RA: 211051969

ILHA SOLTEIRA, SP.

21/07/2021

1
Sumário

1. Objetivo ............................................................................................................................ 3
2. Resumo ............................................................................................................................. 4
3. Introdução Teórica ............................................................................................................ 5
4. Procedimento Experimental .............................................................................................. 6
5. Resultados ...................................................................................................................... 14
6. Discussão ........................................................................................................................ 21
7. Conclusão ....................................................................................................................... 22
8. Apêndice ......................................................................................................................... 23
9. Referências Bibliográficas ................................................................................................ 26

2
1. Objetivo

Estudar, experimentalmente, o comportamento de uma esfera metálica em movimento


no meio viscoso e compreender as variáveis desse fenômeno.

3
2. Resumo

O experimento trabalha com as informações necessárias para se aplicar a “Teoria de


Erros”, isto é, repetir cincos vezes a medição do objeto através de um instrumento de medida,
a extração de resultados é utilizada para um mais provável dado erro estimado. Alguns materiais
compõem o experimento como, régua milimetrada, cronômetro digital, tubo de vidro, esfera
metálica, dentre outros. Realizado o experimento é possível notar como a ideia teórica é
funcional, de início esperava-se o ganho de velocidade da esfera de aço em um Movimento
Retilíneo Uniforme (MRU), a obtenção desses resultados foi satisfatória. Com as marcações de
tempos registradas foi possível elaborar um gráfico expondo o coeficiente linear e angular,
chegando à equação que rege o experimento, o mesmo experimento é feito com o tubo na
vertical, no capítulo referente ao procedimento experimental será provado teoricamente que
nesse caso a esfera passa de um movimento acelerado para um movimento constante.

4
3. Introdução Teórica

Inicialmente, é importante o entendimento acerca da “Teoria de Erros”, ela se aplica


após a realização de medidas de um dado objeto, onde é possível perceber que na verdade o que
acontece são comparações feitas através da unidade do instrumento de medida utilizado. Desse
modo, podendo até mesmo se obter medidas indiretas. Fato é que muitas vezes na realização de
medições obtêm-se diversos valores que não coincidem. Nesse caso, o resultado sempre estará
sujeito a erros, os quais não podem ser eliminados. Sendo assim, o resultado a ser considerado
é o valor verdadeiro medido pelo instrumento com a certa margem de incerteza, que é dada no
próprio instrumento. Na disciplina que se refere à realização desse relatório (Laboratório de
Física 1), estudasse a maneira correta de se expressar resultados experimentais, por conseguinte,
é necessário que sejam efetuadas várias medidas do mesmo objeto, a fim de incluir o máximo
de informação e obter o valor mais provável com um dado erro estimado.
Durante o teste, as medições serão repetidas várias vezes e da mesma forma, porém, os
valores nem sempre são os mesmos. A diferença entre o valor obtido e o valor real é chamada
de erro. O desvio é a diferença entre o resultado obtido pela medição de uma certa grandeza e
o valor verdadeiro mais próximo que foi adotado. Vários são os fatores que contribuem para a
existência dessas oposições, como, o meio ambiente, instrumentos de medição, clima, dentre
outros. Na prática, o desvio é mais comum do que o erro nas atividades laborais.

5
4. Procedimento Experimental

Para realização do experimento foram utilizados um tubo de vidro com líquido viscoso
fixado em um suporte de madeira com 9 cm de altura, e com marcações de comprimento a cada
10 cm; caneta para realizar as marcações; uma esfera de metal dentro do tubo; uma régua
milimetrada, com desvio instrumental de ± 0,5 milímetro, para fazer as medições do
comprimento no tubo; um cronômetro digital, com desvio de ± 0,01 segundo, para marcar o
tempo que a esfera atinge cada marcação de comprimento e um ímã para reposicionar a esfera
no ponto de partida no tubo. O tubo foi fixado na mesa (para evitar erros) a uma distância de
56 cm do suporte de madeira. Foram realizadas 5 medidas de tempo para cada marcação de
comprimento, para calcular o tempo e o desvio médio, sendo dispostos os dados na tabela, e 7
marcações, resultando em 6 medidas de comprimento com 10cm de distância entre elas. Após
a elaboração da tabela, com seu desvio médio absoluto de cada medida já calculado, foram
realizadas, por meio da fórmula da velocidade média 6 operações encontrando a velocidade
média de cada medida resultando nos seguintes valores.

Fórmula da velocidade média em relação a esfera.

𝑑 ± 𝛥𝑑
𝑡 ± 𝛥𝑡

Velocidade média 1.

100 100×0,05+5,00×0,5
𝑉𝑚1 = ±( )
5,012 5,012

𝑉𝑚1 = 19,96 ± 0,299

𝑉𝑚1 = 20 ± 0,3

Velocidade média 2.

200 200 × 0,09 + 10,2 × 0,5


𝑉𝑚2 = ± ( )
10,19 10,192

𝑉𝑚2 = 19,63 ± 0,22

𝑉𝑚2 = 19,6 ± 0,2

6
Velocidade média 3.

300 300 × 0,02 + 15,1 × 0,5


𝑉𝑚3 = ± ( )
15,08 15,082

𝑉𝑚3 = 19,89 ± 0,06

Velocidade média 4.

400 400 × 0,08 + 20,1 × 0,5


𝑉𝑚4 = ± ( )
20,07 20,072

𝑉𝑚4 = 19,93 ± 0,1

𝑉𝑚4 = 19,9 ± 0,1

Velocidade média 5.

500 500 × 0,05 + 24,80 × 0,5


𝑉𝑚5 = ± ( )
24,85 24,852

𝑉𝑚5 = 20,12 ± 0,06

Velocidade média 6.

600 600 × 0,04 + 29,7 × 0,5


𝑉𝑚6 = ± ( )
29,71 29,712

𝑉𝑚6 = 20,20 ± 0,04


∑𝑉𝑚
Desse modo, através da expressão matemática, = 𝑉𝑚𝑓 . Têm-se a média das
6

velocidades médias.

∑𝑣𝑚
= 𝑉𝑚𝑓
6

119,71 ± 0,76
6

19,95 ± 0,13 = 20 ± 0,1 𝑚𝑚/𝑠

7
Além disso, após a elaboração do gráfico, foi calculada a equação da reta formada, sendo
essa. (𝑦 = 𝑎𝑥 + 𝑏), utilizando a fórmula para encontrar os valores de “a” e “b”, portanto.

(𝑛∑𝑥𝑦 − ∑𝑥 ∑𝑦 )
𝑎=
𝑛∑(𝑥 )2 − (∑𝑥 )2

(∑𝑦∑(𝑥 )2 − ∑𝑥∑𝑥𝑦)
𝑏=
(𝑛∑(𝑥 )2 − (∑𝑥 )2)

Efetuando os cálculos para “a”.

(6(45.300 ± 200) − (104,9 ± 0,3)(2.100 ± 3))


𝑎=
(6(2.260 ± 10) − (11.000 ± 60))

((271.800 − 220.290) ± (1.200 + 944,7))


𝑎=
((13.560 − 11.000) ± (60 + 60))

((272.000 − 220.000) ± (1.000 + 900))


𝑎=
((13.560 − 11.000) ± (60 + 60))

(52.000 ± 1.900)
𝑎=
(2.600 ± 100)

52.000 (52.000 × 100 + 2.600 × 2.000


𝑎= ±
2.600 2.6002

(5.200.000 + 3000 × 2000)


𝑎 = 20 ±
(6.760.000)

𝑎 = 20 ± 1,656

𝑎 = 20 ± 2

8
Efetuando os cálculos para “b”.

((2.100 ± 3)(2.260 ± 10) − (104,9 ± 0,3) (45.300 ± 200))


𝑏=
(6(2.260 ± 10) − (11.000 ± 60))

((4.746.000 ± 27.780) − (4.751.970 ± 34.570))


𝑏=
((13.560 − 11.000) ± (60 ± 60))

((4.750.000 ± 30.000) − (4.750.000 ± 30.000))


𝑏=
(2.560 ± 120 )

(0 ± 60.000)
𝑏=
(2600 ± 100)

0 (0 × 100) + (2.600 × 60.000)


𝑏= ±
2.600 (2.600)2

(3.000 × 60.000)
𝑏 =0±
(2.600)2

𝑏 = 0 ± 26,627

𝑏 = 0 ± 30

Por conseguinte, obteve-se como resultado.

𝑎 = 20 ± 2

𝑏 = 0 ± 30

Formando assim, a equação da reta.

𝑦 = (20 ± 2)𝑥 + (0 ± 30)

9
Para o cálculo do ângulo de inclinação do tubo utilizado no experimento, se tornou
necessária a utilização da tabela trigonométrica.

Figura 1 – Tabela Trigonométrica

Fonte: Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2014.

10
Com a montagem do experimento, o ângulo de inclinação do tubo em relação ao plano
𝑐𝑎𝑡𝑒𝑡𝑜 𝑜𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜
pode ser calculado pela fórmula, 𝜃 = 𝑡𝑎𝑛−1 . Com isso têm-se.
𝑐𝑎𝑡𝑒𝑡𝑜 𝑎𝑑𝑗𝑎𝑐𝑒𝑛𝑡𝑒

9
𝑡𝑎𝑛(𝜃) =
56

𝑡𝑎𝑛(𝜃) = 0,16071429

Assim sendo, pode-se analisar pela tabela trigonométrica que o ângulo formado está
entre 9° e 10°. Como o valor está próximo a tangente de 9°, pode-se chegar, por meio da
calculadora, que o ângulo formado é de, aproximadamente, 9,13°.

A velocidade da esfera metálica é constante ao longo de sua trajetória pois, o movimento


do corpo em um meio viscoso é influenciado pela ação de uma força viscosa (Fv), a qual é
proporcional a velocidade (v) e representada pela equação.

𝐹𝑣 = 𝑏. 𝑣

A força da viscosidade para um esfera que cai nesse fluido em velocidade baixa é dada
pela lei de Stokes.

𝐹𝑣 = 6𝜋. 𝑅. 𝑛. 𝑣

Onde (R) é o raio da esfera, (v) refere-se a sua velocidade instantânea e (n) representa
a viscosidade eficaz do líquido, a esfera está dependente também ao peso e a força de impulsão.
No movimento, a força peso (P) e a força impulsão (I) são forças constantes, entretanto (Fv)
dependerá da velocidade.

(𝑚𝑎 = 𝑃 − 𝐼 − 𝐹𝑣).

A esfera começa a descer com um certo aceleramento, todavia, após um breve intervalo
de tempo, a força resultante é anulada quando 𝐹𝑣 = 𝑃 − 𝐼 e a esfera calha a descer com
velocidade fida. Quando tal fenômeno ocorre, dizemos que a esfera finalmente atingiu sua
velocidade limite, que é representada por:

6𝜋. 𝑅. 𝑛. 𝑣𝑙𝑖𝑚𝑖𝑡𝑒 = 𝑃 − 𝐼

A velocidade limite nada mais é que a velocidade culminante chegada pela esfera no
interior do fluído viscoso. O deslocamento desse corpo em queda, tende, assim sendo a ser
retilíneo e invariável, quando a velocidade limite é atingida, não existe mais aceleração e a
11
soma de todas as forças que atuam sobre a esfera é nula.
Caso o tubo de vidro fosse colocado na vertical, o corpo seria célere até certo momento
e depois passaria a ter uma velocidade constante. Isso aconteceria por conta da força peso da
própria esfera. Logo, o movimento não será invariável em todo o curso. Pois, quando uma esfera
se move verticalmente, com velocidade constante no interior de um fluido viscoso em repouso,
as seguintes forças agem na esfera. A qual "P" é a força peso dela, em sentido vetorial para
baixo, "E" a força de empuxo, com sentido para cima, "FD" sendo a força resistente, conhecida
como força de arrasto, também determinada para cima, e "V" é sua velocidade, a favor da
gravidade. Dada por.

𝑃 = 𝐹𝐷 + 𝐸

Para a força peso da esfera, a qual peso (P) de uma esfera de diâmetro (D) e densidade
(d) é calculada pela seguinte expressão matemática.

𝑃 = 𝑣 ∗ 𝑑 ∗ 𝑔

De acordo com o princípio de Arquimedes em relação a flutuação de corpos, “uma força


de empuxo que atua sobre qualquer corpo imerso em um líquido é igual ao peso do volume de
um líquido deslocado pelo corpo”. Por conseguinte, o empuxo exercido sobre uma esfera
inteiramente imersa em um líquido é calculado pela fórmula.

𝐸 = (𝜋. 𝐷 3/6)𝑑𝑙𝑖𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜𝑔

Isaac Newton desenvolveu a equação geral para força resistente (força de arrasto)
atuando sobre a esfera, que deve atuar sobre uma esfera que se move através de um vapor. O
físico situou teoricamente que a esfera deve empurrar um volume de gás idêntico à área
projetada da esfera multiplicada pela sua velocidade. Tal equação é dada por.

𝐹𝐷 = 𝐶𝐷(𝜋/8)𝑑𝑙𝑖𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜𝐷 2𝑣 2

Desse modo, as representações para se utilizar na fórmula são o (FD) que é força de
arrasto drag force sobre a esfera, (CD) é o coeficiente de arrasto drag coeficiente, (D) é o
diâmetro da esfera e por último, (V) é a velocidade relativa entre a esfera e o líquido. Através
da análise das forças no movimento de queda, nota-se a influência de grandezas prontamente
mensuráveis, como. Densidade do líquido; Velocidade da esfera em queda; Diâmetro da esfera;
Peso da esfera

12
Se estudado mais profundamente o significado do coeficiente de arrasto (CD), é possível
notar seu atrelamento à viscosidade.

O produto de arrasto CD é uma constante definida a partir da forma do corpo e o


algarismo de Reynolds, (Re).

O número de Reynolds é um princípio simples e sem dimensão, definido por.

𝐷𝑉𝑝
𝑅𝑒 =
𝜇

Onde (D) é o comprimento percorrido do fluido “diâmetro hidráulico”, (V) a velocidade


do fluxo, (𝑝) a massa específica do fluido e (μ) representa a viscosidade dinâmica dada em
pascal segundo (Pa.s).

13
5. Resultados

Tabela 1: Medidas dos intervalos de tempo t percorridos pela esfera.

t(s) t1 t2 t3 t4 t5 t ± Δt (s)
(d ± Δd)
100,0 ± 0,5 5,03s 5,00s 5,00s 5,10s 4,90s (5,01 ± 0,05) s
200,0 ± 0,5 10,34s 10,12s 10,07s 10,15s 10,25s (10,19 ± 0,09)s

300,0 ± 0,5 15,06s 15,10s 15,09s 15,10s 15,03s (15,08 ± 0,02)s


400,0 ± 0,5 20,00s 20,00s 20,00s 20,19s 20,16s (20,07 ± 0,08)s
500,0 ± 0,5 24,78s 24,87s 24,87s 24,81s 24,94s (24,85 ± 0,05)s
600,0 ± 0,5 29,71s 29,72s 29,75s 29,75s 29,62s (29,71 ± 0,04)s
Fonte: Elaborado pelo autor.

Portanto, a partir da tabela (𝑑 ± 𝛥𝑑), por (𝑡 ± 𝛥𝑡). Têm-se o gráfico.

14
Após a construção do gráfico, é possível notar que a esfera descreve um movimento
retilíneo uniforme, formando assim, uma reta linear. Sendo assim, sua velocidade permanece
a mesma durante todo o percurso.
Posteriormente a apresentação do gráfico e da tabela, obtidos através do experimento,
os quais regem o mesmo. Segue a demonstração de todos os cálculos, desse modo, provando
algebricamente o conteúdo exposto na tabela e no gráfico.

Intervalo de P0 até P1 (100 mm)

𝑛
1
𝑥̅ = ∑ 𝑋𝑖
𝑛
𝑖=1

5,03 + 5,00 + 5,00 + 5,10 + 4,90


𝑥̅ =
5

25,03
= 5,006 ≅ 5,01
5

𝛿𝑖 = 𝑋𝑖 − 𝑥̅

5,03 – 5,01 = 0,02

5,00 – 5,01 = -0,01

5,00 – 5,01 = -0,01

5,10 – 5,01 = 0,09

4,90 – 5,01 = -0,11


𝑛
1
𝛿 = ∑ |𝛿𝑖|
𝑛
𝑖=1

|0,02| + |0,01| + |0,01| + | 0,09| + |0,11|


𝛿=
5
0,24
= 0,048 ≅ 0,05
5
Desse modo, o tempo 𝑥 = 𝑥̅ ± 𝛿, ou normalmente 𝑥 ± 𝛥𝑥′ é igual a (5,01 ± 0,05) s
15
Intervalo de P0 até P2 (200 mm)

𝑛
1
𝑥̅ = ∑ 𝑋𝑖
𝑛
𝑖=1

10,34 +10,12+10,07+10,15+10,25
𝑥̅ =
5

50,93
= 10,186 ≅ 10,19
5

𝛿𝑖 = 𝑋𝑖 − 𝑥̅

10,34 – 10, 19 = 0,15

10,12 – 10,19 = -0,07

10,07 – 10, 19 = -0,12

10,15 – 10,19 = -0,04

10,25 – 10,19 = 0,06


𝑛
1
𝛿 = ∑ |𝛿𝑖|
𝑛
𝑖=1

|0,15| + |0,07| + |0,12| + |0,04| + |0,06|


𝛿=
5
0,44
= 0,088 ≅ 0,09
5
Desse modo, o tempo 𝑥 = 𝑥̅ ± 𝛿, ou normalmente 𝑥 ± 𝛥𝑥′ é igual a (10,19 ± 0,09)s

16
Intervalo de P0 até P3 (300mm)

𝑛
1
𝑥̅ = ∑ 𝑋𝑖
𝑛
𝑖=1

15,06+15,10+15,09+15,10+15,03
𝑥̅ =
5

75,38
= 15,076 ≅ 15,08
5

𝛿𝑖 = 𝑋𝑖 − 𝑥̅

15,06 - 15,08 = -0,02

15,10 – 15,08 = 0,02

15,09 – 15,08 = 0,01

15,10 – 15,08 =0,02

15,03 – 15,08 = -0,05


𝑛
1
𝛿 = ∑ |𝛿𝑖|
𝑛
𝑖=1

|0,02| + |0,02| + |0,01| + |0,02| + |0,05|


𝛿=
5
0,12
= 0,024 ≅ 0,02
5
Desse modo, o tempo 𝑥 = 𝑥̅ ± 𝛿, ou normalmente 𝑥 ± 𝛥𝑥′ é igual a (15,08 ± 0,02) s

17
Intervalo de P0 até P4 (400 mm)

𝑛
1
𝑥̅ = ∑ 𝑋𝑖
𝑛
𝑖=1

20,00+20,00+20,00+20,19+20,16
𝑥̅ =
5

100,35
= 20,07
5

𝛿𝑖 = 𝑋𝑖 − 𝑥̅

20,00 – 20,07 = -0,07

20,00 – 20,07 = -0,07

20,00 – 20,07 = -0,07

20,19 – 20,07 = 0,12

20,16 – 20,07 = 0,09


𝑛
1
𝛿 = ∑ |𝛿𝑖|
𝑛
𝑖=1

|0,07| + |0,07| + |0,07| + |0,12| + |0,09|


𝛿=
5
0,42
= 0,084 ≅ 0,08
5
Desse modo, o tempo 𝑥 = 𝑥̅ ± 𝛿, ou normalmente 𝑥 ± 𝛥𝑥′ é igual a (20,07 ± 0,08)s

18
Intervalo de P0 até P5 (500 mm)

𝑛
1
𝑥̅ = ∑ 𝑋𝑖
𝑛
𝑖=1

24,78 + 24,87 + 24,87 + 24,81 + 24,94


𝑥̅ =
5
124,27
= 24,854 ≅ 24,85
5

𝛿𝑖 = 𝑋𝑖 − 𝑥̅

24,78 – 24,85 = -0,07

24,87 – 24,85 = 0,02

24,87 – 24,85 = 0,02

24,81 – 24,85 = -0,04

24,94 – 24,85 = 0,09


𝑛
1
𝛿 = ∑ |𝛿𝑖|
𝑛
𝑖=1

|0,07| + |0,02| + |0,02| + |0,04| + |0,09|


𝛿=
5
0,24
= 0,048 ≅ 0,05
5
Desse modo, o tempo 𝑥 = 𝑥̅ ± 𝛿, ou normalmente 𝑥 ± 𝛥𝑥′ é igual a (24,85 ± 0,05) s

19
Intervalo de P0 até P6 (600mm)

𝑛
1
𝑥̅ = ∑ 𝑋𝑖
𝑛
𝑖=1

29,71 + 29,72 + 29,75 + 29,75 + 29,62


𝑥̅ =
5

148,55
= 29,71
5

𝛿𝑖 = 𝑋𝑖 − 𝑥̅

29,71 – 29,71 = 0

29,72 – 29,71 = 0,01

29,75 – 29,71 = 0,04

29,75 – 29,71 = 0,04

29,62 – 29,71 = -0,09


𝑛
1
𝛿 = ∑ |𝛿𝑖|
𝑛
𝑖=1

|0| + |0,01| + |0,04| + |0,04| + |0,09|


𝛿=
5
0,18
= 0,036 ≅ 0,04
5

Desse modo, o tempo 𝑥 = 𝑥̅ ± 𝛿, ou normalmente 𝑥 ± 𝛥𝑥′ é igual a (29,71 ± 0,04) s.

Como o erro do cronômetro é menor que todos os desvios descobertos, não será levado
em conta o erro dele, pois deve-se aderir o maior desvio.

20
6. Discussão

O experimento realizado está de acordo com as ideias teóricas. A priori, esperava-se que
a esfera de aço se movimentasse em Movimento Retilíneo Uniforme (MRU), ou seja, a partir
da largada do objeto, ela ganha velocidade e permanece na mesma o restante do trajeto. A
posteriori, na prática. Foi possível obter esses resultados com base em cinco repetições dadas
para cada medida marcada no tubo de vidro. Desse modo, foi calculada a média do tempo em
relação às marcações localizadas no tubo e concluir que o movimento ocorrido era o esperado.
Já quando o tubo é colocado num plano inclinado verticalmente, e o mesmo experimento
é reproduzido. A esfera inicialmente possuirá um movimento acelerado, todavia, tal aceleração
será convertida em um movimento constante e uniforme após alguns instantes. A explicação
para tal ocorrência é obtida no capítulo que discorre acerca do procedimento experimental.

21
7. Conclusão

Conclui-se que o experimentos dado e discutido foi muito importante para a obtenção e
desenvolvimento de novas informações e técnicas experimentais, tudo isso através da análise
do tipo de movimento que uma esfera exerce num plano inclinado em meio viscoso, onde o
deslocamento está relacionado com a velocidade. Quanto à força gerada no meio, conclui-se
que o movimento da esfera é dado em MRU (Movimento Retilíneo Uniforme), logo, a
velocidade média da esfera pode ser obtida por intermédio da fórmula V = d / t, podendo-se
também findar que o movimento no meio viscoso é afetado pela velocidade Fv que é
proporcional à influência da força. Sua velocidade inicial é consistente com zero, mas a força
resultante acelera a esfera para aumentar sua velocidade. Quando a velocidade é constante, não
há aceleração nenhuma, e a soma constante das forças agindo sobre a esfera é zero. Entende-se
que quanto menor a distância, menor a velocidade. Por outro lado, quanto maior a distância,
maior a velocidade. Isso se deve à inclinação do plano, que favorece o aumento da sua
inclinação, e o corpo tenderá para aumentar a velocidade em menos tempo. Portanto, conclui-
se que os desvios e erros obtidos são causados pelas divergências das medidas, sendo essas
mudanças pequenas.

22
8. Apêndice

O movimento retilíneo uniforme é apresentado em relação a um referencial ao decorrer


de uma reta, tendo sua velocidade constante e aceleração nula.

𝑉 = 𝑣0

Desse modo, o movimento retilíneo uniforme (MRU) ocorre quando um objeto se


movimenta com velocidade constante numa direção retilínea. Por conseguinte, pode-se escrever
a equação, cuja qual rege a posição da esfera, em função do tempo e pertinente à velocidade.

𝑆 = 𝑆0 + 𝑣. 𝑡

Sendo (S) o espaço percorrido, (v) a velocidade e (t) o tempo gasto.


Na construção do gráfico de função linear, primeiramente deve-se estabelecer uma
relação entre diferentes grandezas. Para esse experimento, foi estabelecida a relação entre o
comprimento disponível no papel gráfico e o intervalo da grandeza física a ser medida.

𝐶𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑖𝑠𝑝𝑜𝑛í𝑣𝑒𝑙 𝐿
𝜆= =
𝐼𝑛𝑡𝑒𝑟𝑣𝑎𝑙𝑜 𝑑𝑒 𝑔𝑟𝑎𝑛𝑑𝑒𝑧𝑎 |𝑓(𝑥𝑛 ) − 𝑓 (𝑥𝑖 )|

Onde 𝑓 (𝑥𝑛 ) é o enésimo valor da grandeza e 𝑓(𝑥𝑖 ) é o primeiro valor. Sempre que
possível, é apropriado adotar um número inteiro para 𝜆.
A equação da reta é dada por.
𝑦(𝑥 ) = 𝑎𝑥 + 𝑏
Onde (b) é o coeficiente linear e (a) o coeficiente angular, sendo definido como.
𝛥𝑦 𝑦2 − 𝑦1
𝑎= =
𝛥𝑥 𝑥2 − 𝑥1
A função exponencial é dada por.
𝑦(𝑥 ) = 𝑎. 𝑒 𝐾𝑥
Onde (a) e (K) são constantes diferentes de zero.
Se o gráfico dessa função for traçado em papel milimetrado, não será obtido uma reta.
Por isso toma-se o logaritmo de ambos os membros da equação.
O coeficiente (K) é obtido pelo cálculo da tangente no gráfico.
𝑙𝑛 𝑦𝑓 − 𝑙𝑛 𝑦𝑖
𝐾=
𝑥𝑓 − 𝑥𝑖
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O coeficiente (a) é obtido para 𝑥 = 0. Para essa função e criação do gráfico utiliza-se o
papel monolog.
A velocidade é dada pela relação entre o deslocamento de um corpo em um determinado
tempo, como apresenta a equação.
𝛥𝑥 𝑥𝑓 − 𝑥𝑖
𝑣= =
𝛥𝑡 𝑡𝑓 − 𝑡𝑖
De acordo com o S.I. (Sistema Internacional) a unidade padrão da velocidade é o m/s.
O desvio pode ser representado por.
𝛿𝑖 = 𝑥𝑖−𝑥̅
Onde (𝑥̅ ) é a média dos valores encontrados para (x).
O erro de cada medição feita para se aproximar do resultado compensaria os erros
produzidos por equipamentos como cronômetros e planos inclinados, bem como o tempo de
reação de quem marca o momento que a esfera passa por cada segmento. O comportamento da
medição é o comportamento da comparação, e essa comparação envolve erros. A teoria do erro
ainda é muito usada nos cálculos algébricos e suas variantes. O valor que age com maior
probabilidade da grandeza, pode ser obtido a partir do cálculo do valor médio, cujo qual é
representado por.

𝑛
1
𝑥̅ = ∑ 𝑋𝑖
𝑛
𝑖=1

A média dessas medidas será calculada da seguinte maneira.

x = (X1 + X2 + ... + Xn) / n

O desvio médio absoluto é dado por.


𝑛
1
𝛿 = ∑ |𝛿𝑖|
𝑛
𝑖=1

Onde (∑|𝛿𝑖 |) é a soma dos módulos dos desvios encontrados.

A média aritmética será representada por.


𝑥̅ ± 𝛥𝑥 ′
A equação da reta (𝑦 = 𝑎𝑥 + 𝑏), é dada por.

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(𝑛∑𝑥𝑦 − ∑𝑥 ∑𝑦 ) (∑𝑦∑(𝑥 )2 − ∑𝑥∑𝑥𝑦)
𝑎= 𝑏=
𝑛∑(𝑥 )2 − (∑𝑥 )2 (𝑛∑(𝑥 )2 − (∑𝑥 )2 )
A inclinação do tubo é dada por.
𝑐𝑎𝑡𝑒𝑡𝑜 𝑜𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜
𝜃 = 𝑡𝑎𝑛−1
𝑐𝑎𝑡𝑒𝑡𝑜 𝑎𝑑𝑗𝑎𝑐𝑒𝑛𝑡𝑒
Desse modo, 𝜃 sendo o ângulo de inclinação.
Pertencendo às operações com desvios e tendo como forma representativa.
𝑎 = (𝑥̅ ± 𝛥𝑥 ) 𝑏 = (𝑦̅ ± 𝛥𝑦)
A adição é dada por.

𝑎 + 𝑏 = (𝑥 ± Δ𝑥 ) + (𝑦̅ ± Δ𝑦) = (𝑥 + 𝑦̅) ± (Δ𝑥 + Δ𝑦)

A subtração é dada por.

𝑎 − 𝑏 = (𝑥 ± Δ𝑥 ) − (𝑦̅ ± Δ𝑦) = (𝑥 − 𝑦̅) ± (Δ𝑥 + Δ𝑦)

A multiplicação é dada por.

𝑎. 𝑏 = (𝑥 ± Δ𝑥 ) . (𝑦̅ ± Δ𝑦) = (𝑥. 𝑦̅) ± (𝑥̅ . Δ𝑦 + 𝑦̅. Δ𝑥 )

A multiplicação por uma constante “c” é dada por.

𝑐. 𝑎 = 𝑐 (𝑥 ± Δ𝑥 ) = 𝑐. 𝑥̅ ± 𝑐. 𝛥𝑥

A divisão é dada por.

𝑎⁄𝑏 = (𝑥̅ ± 𝛥𝑥 )⁄(𝑦̅ ± 𝛥𝑦) = 𝑥̅ ⁄𝑦̅ ± (𝑥̅ ⋅ 𝛥𝑦 + 𝑦̅ ⋅ 𝛥𝑥)⁄𝑦̅ ²

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9. Referências Bibliográficas

GUIDORIZZI, H. L. Um Curso de Cálculo. 5ª Edição. São Paulo: Instituto de Matemática e


Estatística da Universidade de São Paulo, 2013.

LEITHOLD, L. O Cálculo com Geometria Analítica. 3ª Edição. Editora HARBRA Ltda. São
Paulo, 1994.

NAGASHIMA, H. N. Laboratório de Física 1. Ilha Solteira: Instituto de Física e Química da


Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, 2018.

HALLIDAY, D. RESNICK, R. WALKER, J. Fundamentos de Física. 6ª Edição. Livros


Técnicos e Científicos Editora S/A. v.1: Mecânica. Rio de Janeiro, 2002.

SEARS E ZEMANSKY. Física I Mecânica / Hugh D. Young, Roger A. Freedman. 10ª Edição
São Paulo: Addison Wesley, 2003.

NUSSENZVEIG, M. H. Curso de Física Básica. 4ª edição. Editora Edgard Blücher Ltda. v.1
Mecânica, 2002.

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