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ME 101 - ACOPLAMENTOS
APRESENTAÇÃO
A maneira mais simples para que ocorra a transmissão mecânica de energia (como, por
exemplo, entre um motor e uma bomba) é a de se ter os eixos unidos diretamente.
Ao conjunto mecânico empregado para realizar essa união de eixos denomina-se
acoplamento.
Nesse sentido, esse texto complementa o da disciplina CT 109 – Transmissão de Potência e
foi estruturado da seguinte maneira:
O Capítulo 5, por outro lado, é dedicado aos acoplamentos de engrenagem da Falk do tipo
“G”, assim como os seus procedimentos de montagem e desmontagem.
ÍNDICE
CAPÍTULO 7: EMBREAGENS___________________________________________________ 32
RESUMO _________________________________________________________________________ 32
1.0 - INTRODUÇÃO ________________________________________________________________ 32
2.0 – EMBREAGEM POR ATRITO ___________________________________________________ 32
ME 101 - ACOPLAMENTOS
Ditado popular
ME 101 - ACOPLAMENTOS
RESUMO
1.0 - INTRODUÇÃO
Figura 3 – Flanges.
Figura 5 – Flanges.
Esta peça é montada sobre a junção de dois Os acoplamentos elásticos são construídos em
eixos, com uma chaveta, encaixada entre eles, forma articulada, elástica ou articulada e elástica.
passando ao longo de toda sua extensão. Permitem a compensação de até 6 graus de ângulo de
Dessa forma, o acoplamento com luva de torção e deslocamento angular axial.
compressão ou de aperto, facilita a manutenção de Esses acoplamentos sempre apresentam
máquinas e equipamentos, com a vantagem de não se melhores resultados quando o desalinhamento é casual,
interferir no posicionamento dos eixos, podendo ser tal como os que decorrem do assentamento de pisos ou
montado e removido sem problemas de alinhamento. fundações, desgaste de mancais, variações de
temperatura ou uma deflexão anormalmente grande na
conexão, devida a uma correia apertada demais, por
4.0 – ACOPLAMENTOS FLEXÍVEIS (ELÁSTICOS) exemplo. Algumas conexões podem tolerar maior
desalinhamento que outras, sem conseqüência, mas, em
As finalidades básicas dos acoplamentos qualquer caso, um bom alinhamento é benéfico.
flexíveis ou elásticos, além da transmissão de potência, Existem muitos tipos de acoplamentos
são: elásticos, sendo os principais analisados a seguir.
a) tornar mais suave a transmissão em eixos 4.1 – Isentos de Lubrificação
que apresentem movimentos bruscos, ou
seja, aliviar choques e absorver vibrações Acoplamento elástico de pinos
existentes, bem como compensar Nos acoplamentos elásticos de pinos, os
movimento axial dos eixos; elementos transmissores são pinos de aço com mangas
de borracha.
Acoplamento “peflex”
O acoplamento “peflex” é semelhante ao
anterior, possuindo o elemento elástico moldado em
borracha natural maciça com grande grau de absorção
de vibrações e melhor resposta elástica, sem provocar
empuxo axial, mesmo em altas rotações, forma
compacta e disposição dos insertos roscados
vulcanizados no corpo do elemento elástico.
Nesse acoplamento, o torque é transmitido por
compressão, não tendo incidência, portanto, os efeitos
da tração e cisalhamento, como nos acoplamentos com
elementos elásticos tipo "pneu". Outra virtude é que,
devido à fixação dos cubos nos elementos elásticos
serem através de insertos metálicos, os parafusos de
fixação não possuem contato físico com a borracha
preservando-a assim de um desgaste por atrito e
proporcionando uma melhor transmissão de força.
Além disto, a manutenção é rápida e simples,
constituindo-se apenas na substituição do elemento
elástico, quando necessário, sem que haja o
afastamento dos cubos.
Outros acoplamentos
Existem muitos outros tipos de acoplamentos
como ilustram as figuras 17 a 19 mostram alguns
exemplos. Figura 18 – Acoplamento com pino e disco elástico.
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Capítulo 1: Conceitos Básicos - 6
ME 101 - ACOPLAMENTOS
4.3 – Junta Universal calhas permite que o plano de contato entre as esferas e
as calhas divida, sempre, o ângulo dos eixos em duas
Uma junta universal, também conhecida por partes iguais. Essa posição do plano de contato é que
junta Cardan, é usada para unir eixos que formam um possibilita a transmissão constante da velocidade.
ângulo fixo ou variável durante o movimento,
possibilitando transmitir grandes forças. É um dos tipos
mais simples de juntas, formada basicamente por uma
cruzeta ligada a uma forquilha conduzida por meio de
quatro articulações, como ilustra a figura 24.
5.0 - EMBREAGENS
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Capítulo 1: Conceitos Básicos - 9
ME 101 - ACOPLAMENTOS
Figura 1 – Acoplamento elástico de grade. Figura 3 – Sistema grade – ranhura em plena carga.
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Capítulo 2: Aspectos Comuns aos Tipos dos Acoplamentos Falk Steelflex - 10
ME 101 - ACOPLAMENTOS
Sobrecarga
O acoplamento é elástico dentro de sua
capacidade. Nos picos de carga a grade se acomoda ao
longo de toda a ranhura, transmitindo diretamente toda
a carga.
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Capítulo 2: Aspectos Comuns aos Tipos dos Acoplamentos Falk Steelflex - 13
ME 101 - ACOPLAMENTOS
1.0 - INTRODUÇÃO
Alinhamento paralelo
Alinhar os eixos de modo que uma régua
assente em esquadro em ambos os cubos, e também em
outra posição a 90" da anterior. Apertar os parafusos de
fixação e verificar novamente o alinhamento e folga.
Aplicar graxa
Encher de lubrificante a folga, ranhuras e
rebaixos laterais. Verificar se os rebaixos laterais estão
totalmente cheios.
Grade
Velocidade Graxa
Tamanho Folga (mm) N0 de N0 de Segmentos
Máxima (rpm) (Peso em Kg)
Camadas por Camada
3 6.000 0,03 3 1 1
4 6.000 0,04 3 1 1
5 6.000 0,06 3 1 1
6 6.000 0,09 3 1 1
7 6.000 0,09 3 1 2
8 5.000 0,14 3 1 2
9 4.500 0,17 3 1 2
10 3.750 0,17 5 1 2
11 3.600 0,23 5 1 2
12 3.600 0,28 5 2 2
13 2.700 0,34 5 2 2
14 2.500 0,68 6 2 2
15 2.400 0,68 6 2 2
16 2.300 0,91 6 2 2
17 2.200 1,25 6 2 2
18 2.100 1,47 6 2 3
190 2.000 3,63 6 2 4
200 1.800 4,5 13 2 4
210 1.600 5,8 13 2 4
220 1.500 6,3 13 2 4
230 1.300 7,6 13 2 6
240 1.200 12,2 19 2 8
250 1.000 15,3 19 ? 8
260 900 19,4 19 2 8
270 700 24,5 19 2 8
280 600 31,4 19 2 8
290 500 38,5 19 2 9
300 400 42 19 2 10
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Capítulo 3: Acoplamentos Falk Steelflex Tipo “F” - 17
ME 101 - ACOPLAMENTOS
1.0 - INTRODUÇÃO
Montagem das tampas, anel de vedação e cubos no Montagem do conjunto da luva de conjugado
eixo Manter a lona de fricção limpa e livre de óleo.
Colocar a tampa com o anel de vedação no Limpar cuidadosamente o cubo FT ou PT e os mancais
eixo antes do cubo. da luva de torque.
Para colocação, aquecer os cubos que vão ser Colocar o conjunto de luva de conjugado
montados com interferência como explicado o Capítulo sobre o cubo FT ou PT.
2. Montar o disco impulsor, molas, arruelas, anel
Montar os cubos em seus respectivos eixos de guia e porcas retentoras.
modo que a face de cada cubo fique rente à Apertar as porcas até que as molas estejam
extremidade do eixo correspondente. comprimidas ligeiramente.
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Capítulo 4: Acoplamentos Falk Steelflex Tipos “FT”, “PT” e “CMT” - 19
ME 101 - ACOPLAMENTOS
Colocação da grade
Alinhamento paralelo Colocar a grade conforme instruções
Alinhar os eixos de modo que a régua assente fornecidas no Capítulo 2.
em esquadro em ambos os cubos e também noutra Os acoplamentos do tamanho de 3 a 11
posição a 90° da anterior como mostrado na figura a possuem uma só camada de grade cor de alumínio.
seguir. Tamanhos maiores possuem 2 camadas de
Apertar os parafusos de fixação e verificar grade; a camada interna é cor de alumínio, a camada
novamente o alinhamento e folga. externa é dourada e marcada com "EXT".
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Capítulo 4: Acoplamentos Falk Steelflex Tipos “FT”, “PT” e “CMT” - 20
ME 101 - ACOPLAMENTOS
Lubrificação anual
Enchimento com graxa Lubrificar os acoplamentos até que a graxa
Encher os espaços em torno da grade com o transborde pelo outro orifício. Em seguida colocar os
máximo possível de graxa. bujões.
Eliminar a graxa em excesso em relação a
superfície da grade.
Lubrificar levemente os anéis de vedação com
óleo para facilitar o deslizamento da tampa sobre os
cubos.
Regulagem da mola
Para se obter os melhores resultados, as
comprimir as molas levemente (1/16" para molas leves
e 1/32" para molas pesadas) e amaciar a lona de fricção
deixando o acoplamento escorregar durante 1000
Colocação das tampas rotações ou um tempo em minutos equivalente a 1000
Colocar as tampas tal que as engraxadeiras ou dividido pela rpm.
orifícios de lubrificação estejam defasados de 180° e Desde que a compressão da mola determina o
alinhar as tampas para evitar oscilação. torque de escorregamento para o acoplamento FT, as
Apertar os parafusos das tampas e verificar se molas devem ser comprimidas a uma distância "X",
os anéis de vedação estão bem ajustados. como ilustra a figura a seguir.
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Capítulo 4: Acoplamentos Falk Steelflex Tipos “FT”, “PT” e “CMT” - 21
ME 101 - ACOPLAMENTOS
Folga do acoplamento
Grade
Velocidade Graxa (mm)
Tamanho
Máxima (rpm) (Peso em Kg) N0 de Segmentos
Mínimo Normal Máximo N0 de Camadas
por Camada
3 5.500 0,03 1,6 3,2 4,0 1 1
4 5.300 0,04 1,6 3,2 4,8 1 1
5 4.600 0,06 1,6 3,2 4,8 1 1
6 4.250 0,09 1,6 3,2 48 1 1
7 3.900 0,09 1,6 3,2 4,8 1 2
8 3.150 0,14 1,6 32 6.4 1 2
9 2.900 0,17 1,6 32 6,4 1 2
10 2.600 0,17 1,6 4.8 9,5 1 2
11 2.450 0,23 1,6 4,8 95 1 2
12 2.150 0,28 1,6 4,8 9,5 2 2
13 1.900 0,34 1,6 4,8 9,5 2 2
14 1.700 0,68 1,6 6,4 13 2 2
15 1.500 0,68 1,6 6,4 13 2 2
16 1.350 0,91 1,6 6,4 13 2 2
17 1.250 1,25 1,6 6,4 13 2 2
18 1.100 1,47 1,6 64 13 2 3
190 1.050 3,63 1,6 6,4 13 2 4
200 910 4,5 1,6 6,4 13 2 4
210 825 5,8 1,6 6,4 13 2 4
220 825 6,3 16 6,4 13 2 4
230 750 7,6 1,6 6,4 13 2 6
240 675 12,2 1,6 6.4 13 2 8
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Capítulo 4: Acoplamentos Falk Steelflex Tipos “FT”, “PT” e “CMT” - 23
ME 101 - ACOPLAMENTOS
CAPÍTULO 5: ACOPLAMENTO DE
ENGRENAGENS FALK TIPO “G”
1.0 - INTRODUÇÃO
4.0 - LUBRIFICAÇÃO
Tamanho do
10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 70 80 90
acoplamento
Intervalo de rotação 1.030/ 700/ 550/ 460/ 380/ 330/ 290/ 250/ 230/ 210/ 190/ 60/ 140/ 120/
com graxa NLGI n0 1 10.000 8.000 6.500 5.500 4.800 4.300 3.850 3.600 3.300 3.000 2.850 2.500 1.750 1.550
Tamanho do
100 110 120 130 140 150 160 180 200 220 240 260 280 300
acoplamento
Intervalo de rotação 110/ 100/ 94/ 88/ 82/ 76/ 72/ 64/ 58/ 52/ 48/ 44/ 40/ 38/
com graxa NLGI n0 1 1.450 1.330 1.200 1.075 920 770 650 480 370 290 200 200 200 200
Algumas das graxas recomendadas pela Falk d) Usar um lubrificante que possua as
são fornecidas nas tabelas 2 e 3. especificações fornecidas anteriormente;
e) Preencher com graxa os dentes da tampa
Fabricante Lubrificante e untar levemente com graxa os
Mobil Oil Mobilux EP1 vedadores antes da montagem;
Petrobrás Lubrax Industrial GMA1EP f) Para os melhores resultados, usar um
Shell Alvania EP 1 relógio comparador.
Texaco Multifak EP 1
Por outro lado, para a montagem correta dos
0 acoplamentos, recomenda-se adotar o seguinte
Tabela 2 - Graxas NLGI n 1 recomendadas pela Falk
procedimento:
para acoplamentos de engrenagens.
Montagem das tampas, vedadores e cubos
Fabricante Lubrificante Colocar as tampas com os anéis de vedação
Mobil Oil Mobilux EP 0 sobre os eixos antes de montar os cubos. Montar os
Petrobrás Lubrax Industrial GRT cubos em seus respectivos eixos, como mostrado na
Alvania EP Grease RO figura, de modo que a face de cada cubo fique rente
Shell com a extremidade de seu eixo.
Alvania Grease EPW
Texaco Multifak EP 0 Posicionar o equipamento em alinhamento
aproximado com a folga próxima da especificada, a
Tabela 3 – Graxas NLGI n0 0 recomendadas pela Falk qual é fornecida no anexo a esse capítulo.
para acoplamentos de engrenagens.
Alinhamento paralelo
Alinhar até que a régua assente em esquadro
(ou dentro dos limites especificados, os quais são
fornecidos no anexo a esse capítulo) sobre ambos os Lubrificação
cubos como mostra a figura e também a intervalos de Encher com graxa recomendada até que um
900. Verificar com calibrador de lâminas. O vão livre excesso transborde em um outro orifício, então inserir
não pode exceder ao desvio limite especificado, o bujão. Continuar procedendo assim até que todos os
fornecido no anexo a esse capítulo. bujões tenham sido colocados.
Apertar todos os parafusos fortemente e Além disso, ventilar a tampa superior pela
repetir a etapa anterior e essa. Realinhar o acoplamento inserção de uma lâmina padrão entre o vedador e cubo.
se necessário. Encher até que um excesso saia pela lâmina.
Engraxar os dentes do cubo. Verificar se todos os bujões foram colocados
após a lubrificação.
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Capítulo 5: Acoplamentos de Engrenagens Falk Tipo “G” - 27
ME 101 - ACOPLAMENTOS
CAPÍTULO 6: ACOPLAMENTOS
HIDRODINÂMICOS
1.0 - INTRODUÇÃO
Partida
O rotor bomba acelera o fluido de trabalho
conforme aumenta a rotação do motor de acionamento
de forma a criar um fluxo circular de fluido na câmara
de trabalho.
Toda superfície das pás do rotor turbina são
atingidas e movidas por ação da energia cinética.
A evolução do torque durante o processo de
partida é indicada pela curva característica do
acoplamento.
Figura 7 – Partida.
4.0 - CARACTERÍSTICAS
________________________________________________________________________________________________
Capítulo 6: Acoplamentos Hidrodinâmicos - 31
ME 101 - ACOPLAMENTOS
CAPÍTULO 7: EMBREAGENS
RESUMO
1.0 - INTRODUÇÃO
Embreagem centrífuga
A embreagem centrífuga é empregada quando
o engate de um eixo motor deve ocorrer
progressivamente, a uma rotação predeterminada.
Os pesos, por ação da força centrífuga,
empurram as sapatas que, por sua vez, completam a
transmissão do torque.
Figura 3 – Embreagem de disco.
Embreagem cônica
A embreagem cônica apresenta duas
superfícies de fricção cônicas, uma das quais pode ser
revestida com um material de alto coeficiente de atrito.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA