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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA QUÍMICA

Fala gás nobre! Tudo bem? Nesse primeiro resumo do ano vamos falar
sobre a Química e os conceitos fundamentais que envolvem essa ciência.
Ok? Vamos começar com alguns questionamentos. Onde podemos
encontrar a Química? De que forma ela influencia em nossas vidas? Bem,
a Química está em todos os lugares! Está nos remédios, nos alimentos,
no seu celular, nos combustíveis, no vestuário... Inclusive no nosso
organismo nas diversas reações químicas que acontecem dentro de nós.
Então gás nobre, entender a química é entender a própria vida.

No geral, é comum as pessoas associarem a química a algo ruim,


dizendo, por exemplo, que um tipo de tratamento capilar pode fazer mal
ao cabelo porque tem química. Mas como ficam o shampoo e o
condicionador? Afinal, tem química nesses produtos, não é mesmo?
Perceba, gás nobre, que a química pode ser boa, mas também pode ser
ruim. Lembre-se que ela está presente em todos os lugares. Certo?

Mas o que de fato essa ciência estuda? Podemos dizer de modo simples,
que ela estuda a matéria e as transformações que envolvem, não só a
matéria como também a energia.
E você sabe o que é matéria? O que é energia? Matéria é tudo aquilo que
possui massa e ocupa um lugar no espaço. No geral, não existe matéria
sem energia, ainda que a energia não esteja se manifestando na matéria.
Em relação a energia, não existe uma definição para ela. Entretanto, o
conceito de energia está diretamente relacionado a realização de
trabalho, sendo capaz de provocar modificações na matéria e de ser
interconversível em suas várias formas.

Toda matéria é formada por pequenas partículas, designadas


átomos.

Em 1808 o cientista britânico John Dalton (1766-1844), baseado em fatos


experimentais, formulou uma teoria atômica para explicar a constituição
da matéria.

Teoria atômica de Dalton

1. A matéria é constituída de pequenas partículas esféricas maciças e


indivisíveis denominadas átomos.
2. Um conjunto de átomos com as mesmas massas e tamanhos
apresentam as mesmas propriedades e constitui um elemento químico.
3. Elementos químicos diferentes apresentam átomos com massas,
tamanhos e propriedades diferentes.
4. A combinação de átomos de elementos diferentes, numa proporção de
números inteiros, origina substâncias diferentes.
5. Os átomos não são criados nem destruídos: são simplesmente
rearranjados, originando novas substâncias.

Certo gás nobre?


Quando a matéria é analisada ​quantitativamente nós a chamamos de
Corpo​. Mas o que é corpo? São quantidades limitadas de matéria. Como
por exemplo: um pedaço de madeira ou uma barra de ouro.

Esses corpos quando trabalhados e com certo uso são chamados de


objetos​. Logo, o pedaço de madeira (corpo) pode ser transformado em
uma cadeira (objeto) e a barra de ouro (corpo) pode ser transformada em
anel (objeto). Tudo bem?

Contudo, a matéria possui propriedades que podem ser gerais, específicas


e funcionais.

PROPRIEDADES GERAIS DA MATÉRIA

Essas propriedades são as características de qualquer tipo matéria.


Vamos ver quais são elas?

● Massa

No geral, a massa está associada a quantidade de partículas existentes


em uma matéria.

● Volume

Espaço que uma matéria ocupa independentemente do seu estado físico.

● Impenetrabilidade

Duas matérias não podem ocupar o mesmo espaço ao mesmo tempo.

● Divisibilidade

A matéria pode ser dividida inúmeras vezes sem deixar de ser o que ela
é, ou seja, não ocorre modificação em sua composição química.
● Compressibilidade

A matéria diminui o espaço que estava ocupando quando submetida a


uma força externa.

Isso pode ser visto quando tampamos a ponta de uma seringa e


empurramos o gás em seu interior com o êmbolo.

● Elasticidade

A matéria retorna ao volume e a sua forma original quando cessa a


compressão.

● Inércia

Tendência de manter o seu estado de repouso ou movimento, isto é, se a


matéria estiver em repouso tende a continuar em repouso. A não ser que
uma força externa influencie.

PROPRIEDADES ESPECÍFICAS DA MATÉRIA

Cada matéria tem uma propriedade específica e essas propriedades


podem ser divididas em três: organolépticas, físicas e químicas.

● Propriedades Organolépticas

Estimulam pelo menos um dos nossos cinco sentidos. Veja alguns


exemplos:

➢ Paladar: quando ingerimos açúcar, sentimos o sabor adocicado


➢ Audição: o som produzido pelo bife sendo frito em uma panela
➢ Tato: ao passar a toalha no rosto, sentimos que ela é áspera
➢ Visão: brilho da luz dos fogos de artifício
➢ Olfato: o aroma liberado ao descascar uma mexerica.
● Propriedades Físicas

Podem ser medidas em laboratório e cada substância possui a sua


característica.

➢ Ponto de ebulição (PE)

Temperatura que indica quando uma matéria deixa de ser líquida e passa
a ser gasosa. A água, por exemplo, deixa de ser líquida e passa a ser
gasosa a 100 oC.

➢ Ponto de fusão (PF)

Temperatura que indica quando uma matéria deixa de ser sólida e passa
a ser líquida. O ferro, por exemplo, deixa de ser sólido e passa a ser
líquido a 1535 oC.

➢ Densidade (d)

É a relação entre a massa (m) da matéria e o espaço (volume) que ela


ocupa. Ela é calculada por meio da seguinte expressão:

d=m

➢ Tenacidade

É a capacidade que uma matéria tem de resistir ao impacto com outra


matéria.

➢ Dureza

É a capacidade que uma matéria apresenta de riscar outra.

➢ Solubilidade

É a característica que uma determinada matéria apresenta de dissolver


outra. A água, por exemplo, tem a capacidade de dissolver o cloreto de
sódio (sal de cozinha).
Lembrando que a quantidade de soluto, solvente e a temperatura são
fatores que influenciam a solubilidade.

● Propriedades Químicas

Refere-se ao comportamento de uma substância quando está na presença


de outra substância. É a característica que uma matéria apresenta de se
transformar em outra, em um processo denominado de fenômeno
químico, como veremos logo a seguir.

A matéria, gás nobre, só se transforma em outra quando apresenta uma


característica química em comum, principalmente átomos de elementos
químicos em comum. Por exemplo, para produzir iogurte, não podemos
usar água ou suco de morango e sim o leite.

PROPRIEDADES FUNCIONAIS

São características apresentadas por um grupo de substâncias, cuja as


principais são a acidez, basicidade e salinidade. Vamos ver os grupos
principais a seguir:

● ​Ácidos

Toda substância classificada como ácida apresenta sabor azedo (quando


ingerida) e é capaz de sofrer o fenômeno da ionização (produzir íons).

● Bases

Toda substância classificada como básica promove a sensação de


adstringência (sensação de secura e aperto na boca quando ingerida) e é
capaz de sofrer o fenômeno da dissociação (liberar íons) em água.
● Sais

Toda substância classificada como salina possui sabor salgado (quando


ingerida) e é capaz de sofrer o fenômeno da dissociação (liberar íons) em
água.

Agora vamos falar mais um pouco sobre as transformações químicas.


Quando falamos em fenômeno? O que você entende?

Gás nobre, se ocorrer qualquer alteração em um sistema temos um


fenômeno. Mas esse fenômeno pode ser de dois tipos. Quando se altera
apenas a aparência física, mas não altera a composição temos um
fenômeno físico​. ​Entretanto, quando ocorre alteração na composição
química da matéria, ou seja, quando são formadas novas substâncias
temos um ​fenômeno químico​.​ Veja o exemplo:

O papel amassado é um fenômeno físico, pois o papel não deixou de ser


papel e, portanto, ainda possui a mesma estrutura. Mas se esse papel for
queimado ocorre a alteração da composição, o que caracteriza é um
fenômeno químico.

Se ocorrer mudança de cor, liberação de energia, liberação de gases, por


exemplo, trata-se de um fenômeno químico.

Agora, PRESTE BEM ATENÇÃO! ​Fenômeno químico nem sempre é


irreversível​. Existem reações químicas que são reversíveis. Ok? É o caso
da produção da amônia:

N​2​(g) + 3H​2​(g) ←​
​ →​ 2NH​3​(g)

A produção da amônia é feita com gás hidrogênio reagindo com gás


nitrogênio e forma amônia. Mas a amônia pode voltar a ser gás
hidrogênio e gás nitrogênio. É uma reação reversível e também é um
fenômeno químico.
Resumindo:
Fenômeno Físico: Não altera a estrutura (mesma composição)
Fenômeno Químico: Altera a estrutura (composição diferente)

SUBSTÂNCIA PURA, SIMPLES E COMPOSTA

Gás nobre, a água que bebemos é uma água pura? Bem, na química,
quando nos referimos a uma substância pura, significa que em um
determinado sistema só existe um único tipo de molécula. Portanto, em
um sistema com água pura existem apenas moléculas de água. A água
que tomamos é assim? Não! A água que tomamos é uma mistura, pois
ela possui sais minerais dissolvidos! Isso não significa que ela seja
potável. Água pura é diferente de água potável. Ok?

Água potável: é a água própria para o consumo humano.

Veja os exemplos de substâncias puras:

figura.1 figura.2

Note que na figura 1, existem apenas moléculas de H2 (gás hidrogênio) e


na figura 2, apenas moléculas de H2O (água).

Mas o que você entende sobre substância? Como ela é formada?


Dependendo de como essas substâncias são formadas elas podem ser
classificadas como simples ou compostas.
O que são as substâncias simples? São aquelas substâncias formadas por
um ou mais átomos de um ​mesmo elemento químico​. ​Veja que o gás
hidrogênio é formado por dois átomos do elemento químico hidrogênio.

Obs: Elemento químico é formado por átomos que apresentam


propriedades químicas iguais.

Já as substâncias compostas são formadas por ​mais de um elemento


químico​. Nesse caso, a molécula possui dois ou mais átomos de
elementos químicos diferentes. É o caso da água!

Então, temos que a ​água pura é uma substância ​pura composta​,


formada por dois átomos do elemento químico hidrogênio e um átomo do
elemento químico oxigênio. Certo gás nobre?

Bem, agora que você já sabe o que são as substâncias puras, simples e
compostas, o que ocorre se misturarmos essas substâncias? Teremos
uma mistura! Mas então a água com seus sais minerais é uma mistura?
Sim gás nobre. Vamos entender melhor?

MISTURAS

Mistura é quando juntamos duas ou mais substâncias. No caso da água


potável, além das moléculas de água, existem também os sais. Portanto,
não é uma substância pura e sim uma mistura. Ok?

E você sabia que a maioria dos materiais que nos cercam são misturas?
O ar que respiramos, por exemplo, é formado por uma mistura de três
tipos principais de gases. Sabe quais são eles?
• Gás Nitrogênio (N2) = 78%
• Gás Oxigênio (O2) = 21%
• Gás Carbônico (CO2) = 0,03%
Os gases nobres como o argônio (Ar), neônio (Ne), radônio (Rn), hélio
(He), criptônio (Kr) e xenônio (Xe) também fazem parte da composição
do ar com cerca de 0,93%.

Lembrando que, estamos considerando o ar seco, na ausência de


poluentes. ;)
O álcool hidratado também é um exemplo de mistura, pois é formado por
álcool etílico (C2H6O) e água (H2O). Nesse caso, por exemplo, não é
possível diferenciar a água do álcool, pois essa mistura possui apenas
uma fase. Mas como assim uma uma fase?

Gás nobre, de acordo com o aspecto visual de uma mistura, podemos


classificá-la em função do seu número de fases. Veja:

A água misturada ao açúcar formam uma mistura homogênea, assim


como o álcool hidratado e o ar atmosférico. Note que essa mistura
apresenta uma única fase. Lembrando que a mistura homogênea pode
ser em qualquer estado físico.

Entretanto, as misturas heterogêneas apresentam pelo menos duas


fases. É o caso da mistura entre água e o óleo. É possível visualizar as
fases do sistema.
Exemplos: Água e óleo, areia, granito, madeira, sangue, leite, água com
gás.

Obs: No caso de recipiente fechado temos a fase líquida e a fase gasosa,


ou seja, duas fases.

Mas o aspecto visual de uma mistura não se restringe apenas a percepção


a olho nu, mas também se deve a utilização de aparelhos ópticos como os
microscópios. O leite, por exemplo, é considerado uma mistura
heterogênea, como mostra a figura a seguir, assim como o sangue, a
gelatina, a maionese.

Macroscopicamente: é aquilo que é visível a olho nú

Microscopicamente: é como as partículas se comportam

Certo gás nobre? E lembre-se que independentemente de uma amostra


de qualquer material ser uma substância ou uma mistura, ela será
denominada um ​sistema e também poderá ser classificada em função do
seu aspecto visual.

Sistema homogêneo​: apresenta aspecto contínuo, ou seja, é constituído


por uma única fase
Sistema heterogêneo​: apresenta um aspecto descontínuo, ou seja, é
constituído por mais de uma fase.
Exemplo: água e gelo NÃO é uma MISTURA HETEROGÊNEA e sim um
SISTEMA HETEROGÊNEO. Água e gelo são as mesmas substâncias, logo
não pode ser uma mistura. Ok?

Cada uma das substâncias que formam a mistura são denominadas


componente​.

​ATENÇÃO!
Componente é diferente de fase
Sistema é diferente de mistura

Bem gás nobre, nós falamos sobre as substâncias simples, certo?


Entretanto, os elementos podem se combinar e formar substâncias
simples diferentes. Esse fenômeno é chamado de alotropia. Vamos ver
como isso ocorre?

ALOTROPIA

Veja o oxigênio! Já parou para pensar nas substâncias que são formados
somente com esse elemento químico? O oxigênio pode formar o gás
oxigênio(O​2​) e o gás ozônio(O​3​), que possuem propriedades totalmente
diferentes um do outro.

E o carbono? Ele pode formar o diamante e grafite. Diamante? Isso


mesmo. ;)

Mas qual é a diferença se são formados pelo mesmo elemento? A


diferença está na maneira como os átomos são organizados. No caso do
diamante, os átomos de carbono são ligados por geometria tetraédrica, o
que garante a sua rigidez! Nesse caso, não existem elétrons livres e por
isso ele não conduz eletricidade. Os carbonos do diamante também fazem
ligações simples e, portanto, possuem hibridização sp3 (assuntos para
próximos resumos).

No caso do grafite, a geometria do carbono é trigonal plana e os carbonos


fazem ligação dupla possuindo hibridização do tipo sp2. Desta forma,
temos nuvens de elétrons (devido a ligação dupla) que ficam “soltos”
através do fenômeno chamado de ressonância e por essa razão, o grafite
conduz corrente elétrica.

Mas o carbono também possui outros dois alótropos que são o fulereno e
grafeno.

Então é isso gás nobre!! Vamos agora, colocar em prática os


conhecimentos adquiridos?
Questão 01 - (UFG GO)
As frases a seguir foram tiradas de livros didáticos ou de anúncios:

I)“Nosso pão é fabricado sem substâncias químicas.”

II)“A diferença entre fenômenos químicos e físicos é que os primeiros são


irreversíveis.”

Do ponto de vista químico, elas estão corretas? Justifique sua resposta!

RESOLUÇÃO

Gás nobre, nesse resumos não falamos sobre ​substância ​ainda, mas não
é isso que vai atrapalhar na resolução dessa questão. ;)

I) Errada. Na fabricação do pão participam diversas substâncias químicas,


portanto é impossível fabricar um pão sem química.

II) Errada. A diferença é que os fenômenos químicos ocorrem com


alteração da composição química da matéria, enquanto que os físicos não
alteram a composição.

Para assistir a resolução desse exercício clique no link abaixo:

https://www.quimicaemacao.com.br/resumos/14-q01
Questão 02 - (UECE)
Analise os itens a seguir e escreva nos parênteses F quando se tratar de
um fenômeno físico ou Q quando se tratar de um fenômeno químico.

( ) A fervura da água a 100ºC.

( ) A obtenção do oxigênio líquido a partir do ar atmosférico.

( ) O cozimento de um ovo em uma panela de pressão.

( ) O amadurecimento de uma fruta na árvore.

( ) A permanência do óleo de cozinha na fase de cima de um recipiente


com água a que foi adicionado.

A sequência correta de cima para baixo:

a) F, Q, F, F, Q.

b) F, Q, F, Q, F.

c) Q, F, Q, F, Q.

d) F, F, Q, Q, F.
RESOLUÇÃO

A fervura da água a 100ºC: Não ocorre alteração na composição da água.


Está ocorrendo apenas a mudança de estado físico.

A obtenção do oxigênio líquido a partir do ar atmosférico: Ocorre apenas


a mudança de fase.

O cozimento de um ovo em uma panela de pressão: Aconteceu uma


reação química.

O amadurecimento de uma fruta na árvore: Está ocorrendo


transformação química.

A permanência do óleo de cozinha na fase de cima de um recipiente com


água a que foi adicionado: Não ocorreu transformação química.

Letra: D

Para assistir a resolução desse exercício clique no link abaixo:

https://www.quimicaemacao.com.br/resumos/14-q02
Questão 03 - (ACAFE SC)

Associe corretamente a segunda coluna com a primeira:

I. gás Oxigênio ( ) substância composta

II. ar puro que respiramos ( ) mistura heterogênea

III. água ( ) elemento

IV. areia e água ( ) solução homogênea

V. o átomo de sódio ( ) substância simples

A associação correta, de cima para baixo, é:

a) II, I, III, IV, V.

b) I, III, II, V, IV.

c) I, II, IV, III, V.

d) III, IV, V, II, I.

e) III, V, IV, II, I.


RESOLUÇÃO

Gás oxigênio: Substância simples, pois é formado por um único tipo de


átomo.

Ar puro que respiramos: Mistura de gases (oxigênio, nitrogênio). Toda


mistura homogênea é uma solução, portanto, é uma solução homogênea.

Água: Formada por átomos de elementos químicos diferentes (H​2​O).

Areia e Água: Não se misturam e, portanto, formam uma mistura


heterogênea.

Átomo de Sódio: É um elemento químico.

Letra: D

Para assistir a resolução desse exercício clique no link abaixo:

https://www.quimicaemacao.com.br/resumos/14-q03
Questão 04 - (UFG GO)

O Prêmio Nobel de Física de 2010 foi concedido a dois pesquisadores


russos, pelos seus estudos com o material denominado “grafeno”. O
grafeno é constituído de átomos de carbono em uma estrutura de
espessura similar às de dimensões atômicas, o que permite sua utilização
para a construção de telas de imagem sensíveis ao toque. Este material é
alótropo dos seguintes compostos:

a) fulereno e diamante.

b) fulereno e baquelite.

c) teflon e diamante.

d) grafite e teflon.

e) grafite e baquelite.

RESOLUÇÃO

O grafeno é formado por carbono. Que é o elemento químico que também


forma diamante, fulereno e grafite. Logo, são alótropos.

Letra: A

Para assistir a resolução desse exercício clique no link abaixo:

https://www.quimicaemacao.com.br/resumos/14-q04
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA QUÍMICA II

Fala Gás Nobre, preparado para reagir? No resumo dessa semana vamos
continuar falando sobre a introdução do estudo da química, abordando
conteúdos como mudança de estado físico, densidade x massa específica
e separação de misturas. Vamos lá?

MUDANÇA DE ESTADO FÍSICO

Como você provavelmente já sabe (espero que sim), são três os estados
físicos da matéria: o ​sólido​, o ​líquido e o ​gasoso​. Mas qual a razão de
termos “coisas” em estados físicos diferentes? Qual a razão, por exemplo,
da água ser líquida?

Os estados físicos da matéria estão relacionados com o estado de


agregação das moléculas que a constituem. Logo, analisando
microscopicamente, se as moléculas estão fortemente ligadas elas
possuem um movimento restrito com vibrações somente em torno de um
ponto de equilíbrio, teremos nessa situação o estado sólido (forma rígida
da matéria). Já quando as moléculas podem se movimentar mais, mesmo
com alguma restrição, pois ainda há forças entre as moléculas, teremos o
estado líquido (forma fluída da matéria que toma a forma do recipiente
que a contém). Agora quando as forças entre as moléculas são
praticamente desprezíveis e elas podem se movimentar livremente,
teremos o estado gasoso (forma fluída da matéria que ocupa todo o
recipiente que a contém).

Mas uma substância apenas, pode se apresentar em qualquer um desses


estados físicos? Sim! Isso vai depender das condições de temperatura e
pressão pela qual essas substâncias são submetidas. Sendo assim, se a
substância for aquecida ela pode mudar de estado físico ou se for
resfriada também. Logo, temos que a matéria pode passar de um estado
físico para outro mediante absorção (endo) ou liberação (exo) de energia.

Para entender melhor esse assunto vamos ver as leis que regem esse
fenômeno:

1ª lei: "Durante a mudança de estado, se a substância estiver à pressão


constante, a temperatura de mudança de estado permanecerá
constante". Isso ocorre pois, durante a mudança de estado físico por
aquecimento, por exemplo, a energia que é absorvida pela substância em
forma de calor não está sendo usada para o aumento da vibração
molecular, mas sim para a quebra das ligações entre as moléculas.

Lembre-se que a temperatura permanece constante se a pressão se


manter constante. Portanto, se mudarmos a pressão, também
mudaremos a sua temperatura de mudança de estado físico.
2ª lei: "Se a pressão sobre a substância variar, a temperatura de
mudança de estado também irá variar".
No nível do mar a temperatura de ebulição da água é de 100°C, pois a
pressão ambiente ao nível do mar é de 1 atm. Mas o PE da água em uma
cidade como São Paulo, é de 98°C, pois nessa cidade a pressão é menor
que 1 atm.

No geral, o aumento de temperatura e a redução de pressão favorecem o


estado gasoso, e o inverso favorece ao estado sólido. Essas
transformações do estado físico da matéria apresentam denominações
características, como se pode ver abaixo no esquema:

Vamos ver os conceitos e exemplificar cada uma delas!

Fusão: passagem do estado sólido para o estado líquido. A


temperatura na qual ocorre recebe o nome de Ponto de Fusão.
Exemplo: derretimento de um cubo de gelo.

Vaporização: passagem do estado líquido para o estado gasoso. A


temperatura na qual ocorre recebe o nome de Ponto de Ebulição. A
vaporização pode subdividida em três (dependendo da velocidade):
evaporação, ebulição e calefação.

Evaporação: ocorre lentamente em temperatura ambiente e envolve


apenas a superfície do líquido. Ocorre por etapas.
Exemplo: a secagem de roupas no varal.
Ebulição: ocorre numa velocidade bem maior que a evaporação, por
meio de aquecimento direto envolvendo todo o líquido.
Exemplo: o aquecimento da água em uma panela ao fogão.

Calefação: ocorre rapidamente (instantâneo).


Exemplo: gotas de água sendo derramadas em uma chapa metálica
aquecida.

Liquefação ou condensação: passagem do estado gasoso para o


estado líquido.
Exemplo: a umidade externa de um frasco metálico ao ser exposto a uma
temperatura relativamente elevada.

Solidificação: representa a passagem do estado líquido para o estado


sólido.
Exemplo: congelamento da água em uma forma de gelo levada ao
refrigerador.

Sublimação: representa a passagem do estado sólido para o estado


gasoso ou o processo inverso, sem passagem pelo estado líquido.
Exemplo: a sublimação do gás carbônico sólido (gelo seco) em exposição
à temperatura ambiente.

Logo temos que:


S -> L (endo) - Fusão
L -> G (endo) - Vaporização
G -> L (exo) - Condensação
L -> S (exo) - Solidificação
S -> G (endo) - Sublimação
G ->S (exo) - Ressublimação
Agora vamos falar sobre a densidade.

DENSIDADE x MASSA ESPECÍFICA

Gás nobre, se te perguntarem… O que pesa mais, 1Kg de algodão ou 1Kg


de ferro? O que vc responderia? O ferro? Cuidado para NÃO CONFUNDIR
DENSIDADE COM PESO. Ok? Veja que a quantidade (massa) dos dois é a
mesma, ou seja, possuem o mesmo peso. Mas a densidade deles é
diferente, por isso que para ter 1Kg de algodão vamos precisar de um
saco grande e 1Kg de Ferro apenas uma barrinha.

A densidade é a relação entre a ​massa de um corpo e o ​volume de um


corpo​. Veja na fórmula a seguir que a densidade é inversamente
proporcional ao volume, ou seja, quanto ​maior o volume menor é a
densidade​.
d = m/v

A massa é dada em gramas (g) e o volume? No caso do volume, a


unidade de medida para sólidos e líquidos é “cm​3​“ e para gases é “L”.
Sendo assim, a densidade pode ser representada de algumas maneiras.
Veja:

Sólidos e líquidos: a densidade é dada em g/cm​3​ ou g.cm​3-1


Gases: a densidade é dada em g/L ou g.L​-1

Obs: 1mL = 1cm​3

Certo? Falamos sobre a densidade, mas e a massa específica?

Bem, massa específica (​µ) é a relação entre a massa (m) de uma porção
compacta e homogênea e o volume (V) ocupado por ela. Dessa
maneira, a massa específica está relacionada com a substância e não ao
corpo (porção limitada da matéria) como a densidade. Veja:

Nesse exemplo, os dois possuem a mesma massa. Para encontramos a


densidade de cada um deles, basta dividir a massa pelo volume. Certo?
Logo os resultados obtidos são diferentes, o Cubo terá d = 19,3 g/cm​3
visto que ocupa um volume de 50cm​3​, já a Esfera terá d = 5 g/cm​3 ​visto
que ocupa um volume de 193cm​3​.

Se d = m/v, densidade e volume são inversamente proporcionais,


portanto, se o corpo ocupa um espaço maior a densidade será menor.

Já a massa específica considera a quantidade de ouro (substância) de


uma porção compacta e homogênea, assim não se leva em consideração
o espaço vazio da esfera oca de ouro. Dessa maneira, temos que utilizar o
volume como 50cm​3​. Certo?

Gás nobre, na química densidade e massa específica são geralmente a


mesma coisa, mas fique atento pois em assuntos como Hidrostática,
estudado lá na Física, essa é uma distinção importante! Combinado?

Como vimos nos últimos resumos, a densidade é uma propriedade


específica e varia de acordo com a temperatura. Ao aquecermos uma
substância sólida que passa para o estado líquido, as moléculas estão se
afastando umas das outras e consequentemente ocupam um volume
maior. Logo, a densidade diminui. Mas temos uma exceção… A ÁGUA! O
gelo tem uma densidade menor que a água no estado líquido, por isso ele
boia. Portanto, ela ocupa um espaço maior no estado sólido e não no
estado líquido. Certo gás nobre?

Resumindo:
I. A densidade depende da temperatura.
II. Densidade e volume são inversamente proporcionais.
III. A densidade também pode ser calculada para uma mistura.
IV. Geralmente d gás< d líquido < d sólido. V.

OBSERVAÇÃO - Água é uma exceção


A água possui um comportamento anômalo em relação à densidade. A
densidade da água líquida é maior que a da água sólida (0,92g/mL). Por
isso, o gelo bóia quando em água.

SEPARAÇÃO DE MISTURAS

Nós falamos sobre as misturas no último resumo, mas e se quisermos


separá-las? Primeiro vamos ver como isso é possível em misturas
heterogêneas, que são aquelas misturas que possuem duas fases.

Misturas heterogêneas

Catação (S+S): processo de separação mecânica, de sólidos com


tamanhos diferentes. Ex: feijão + pedra

Separação magnética (S+S): processo de separação em que um dos


componentes sofre ação do ímã. Ex: limalha de ferro + areia
Ventilação (S+S): processo de separação que utiliza uma corrente de ar
para separar sólidos com densidades diferentes. A corrente de ar arrasta
o sólido menos denso separando-o do mais denso. Ex: arroz + casca

Levigação (S+S): processo de separação qu utiliza uma corrente de


água para separar mistura de sólidos com densidades diferentes. A
corrente de água arrasta o sólido menos denso separando-o do mais
denso. Ex: ouro + areia

Flutuação ou sedimentação fracionada (S+S): processo de separação


baseado na diferença de densidade dos componentes da mistura. Ex:
serragem + areia

Sublimação (S+S): processo de separação em que um dos


componentes da mistura deve ter a capacidade de sublimar quando
aquecido. Ex: areia + naftalina

Fusão fracionada (S+S): diferença de temperatura de fusão. Ex: areia


+ enxofre

Cristalização fracionada (S+S): Método baseado na diferença do


coeficiente de solubilidade dos componentes da mistura. A mistura é
dissolvida em um solvente adequado que posteriormente é evaporado ou
resfriado. O componente menos solúvel cristaliza-se antes dos outros,
separando-se da mistura. Ex: açúcar + sal

Peneiração ou tamisação (S+S; S+L): processo de separação em que


o componente de maior tamanho é retido na peneira e o de menor
atravessa. Ex: areia + brita, suco de laranja + sementes
Dissolução fracionada (S+S; L+L): processo de separação que
considera a solubilidade de alguns componentes. É utilizado um solvente
que dissolva somente uma parte dos componentes da mistura. Ex: areia
+ sal, álcool + gasolina

Filtração (S+L; S+G): processo de separação em que um dos


componentes atravessa o filtro e o outro fica retido. Ex: preparação de
café, poeira + ar (aspirador de pó, filtro de ar)

Decantação (S+L; S+G; L+L): processo de separação baseado na ação


da gravidade sobre o corpo de maior densidade. Ex: barro + água, poeira
+ ar, água + óleo.

Certo gás nobre? E as misturas heterogêneas, que são aquelas que


possuem uma única fase?

Mistura homogêneas

Evaporação (S+L): processo de separação em que o líquido evapora,


restando o sólido. Ex: água + NaCl(aq), extração de sal do mar.
Obs: A evaporação só recupera o sólido.

Destilação simples (S+L): processo de separação baseado na diferença


dos pontos de ebulição (PE) dos componentes da mistura. Quanto maior a
diferença entre os PE mais fácil é a separação. Ex: água + NaCl(aq)

Destilação fracionada (L+L): processo de separação baseado na


diferença entre os pontos de ebulição (PE) dos componentes da mistura.
Ex: água + acetona; destilação do petróleo.
Obs: A destilação fracionada não separa misturas azeotrópicas (que
possuem o mesmo PE).
Liquefação fracionada ​(G+G): processo de separação em que a mistura
gasosa primeiro é liquefeita por diminuição de temperatura e aumento de
pressão seguida de uma destilação fracionada em uma coluna de
fracionamento. Ex: Separação dos componentes do ar

Agora vamos colocar em prática os conhecimentos adquiridos.


Questão 01 - (UESPI)
No dia a dia das donas de casa, o uso da panela de pressão é comum.
Quando se cozinha alimentos em panela de pressão, a temperatura
atingida pela água de cozimento é superior a 100 oC ao nível do mar. Isso
pode ser explicado devido:

a) à pressão a que a água de cozimento está submetida ser maior que


1 atm.

b) a pressão a que a água de cozimento está submetida ser menor que


1 atm.

c) a pressão a que a água de cozimento está submetida ser igual a 1


atm.

d) ao fato de água apresentar menor pressão de vapor nessas


condições.

e) à válvula de segurança aumentar a pressão interna.


RESOLUÇÃO

Existe uma camada de ar sobre os corpos que exerce uma pressão sobre
o líquido e para ele entrar em ebulição é preciso romper essa pressão.
Logo, quanto maior for a pressão sobre o líquido maior, maior o ponto de
ebulição. A temperatura dentro da panela de pressão é muito mais alta do
que fora, e , portanto, é ​maior que 1 atm.

Letra: A

Para assistir a resolução desse exercício clique no link abaixo:

https://www.quimicaemacao.com.br/resumos/15-q01
Questão 02 - (UFPR)

Uma das etapas do processo de reciclagem de plásticos é a separação de


diferentes polímeros. Um dos métodos mais empregados consiste na
separação por densidade. Uma amostra contendo diferentes polímeros é
triturada e colocada num líquido. Os plásticos mais densos que o líquido
afundam e os menos densos flutuam, permitindo a separação. Considere
uma mistura constituída por peças de PET (politereftalato de etila), cuja
densidade varia entre 1,29 e 1,39 g.mL–1, e peças de PVC (policloreto de
vinila), de densidade entre 1,46 e 1,58 g.mL–1. Dentre as soluções
aquosas abaixo, qual seria a apropriada para efetuar a separação desses
dois polímeros?

a) Etanol 24% d = 0,955 g.mL–1

b) Etanol 38% d = 0,941 g.mL–1

c) Ácido fosfórico 85 % d = 1,685 g.mL–1

d) Cloreto de cálcio 6% d = 1,0505 g.mL–1

e) Cloreto de cálcio 40% d = 1,3982 g.mL–1


RESOLUÇÃO

O líquido para separar o PET e o PVC deve ter a densidade entre as duas.
Desta forma, um afunda e a outra flutua. Nesse caso deve ser o ​Cloreto
de cálcio​ (PET flutua e o PVC vai para o fundo)

Letra D

Para assistir a resolução desse exercício clique no link abaixo:

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Questão 03 - (ITA SP)

Um copo contém uma mistura de água, acetona, cloreto de sódio e


cloreto de prata. A água, a acetona e o cloreto de sódio estão numa
mesma fase líquida, enquanto que o cloreto de prata se encontra numa
fase sólida. Descreva como podemos realizar, em um laboratório de
química, a separação dos componentes desta mistura. De sua descrição
devem constar as etapas que você empregaria para realizar esta
separação, justificando o(s) procedimento(s) utilizado(s).

RESOLUÇÃO

No primeiro passo devemos fazer uma filtração comum, retendo o AgCl​(s)


no filtro, em seguida aqueceríamos a mistura em um aparelho de
destilação separando a acetona primeiro e somente em seguida a água do
sal.

Para assistir a resolução desse exercício clique no link abaixo:

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O ÁTOMO

Fala gás nobre! Tudo bem? Hoje vamos falar sobre o átomo! Você sabe
quem o descobriu? Quais são suas teorias? Afinal, você sabe o que é um
átomo? Vamos lá? Mas antes de falarmos sobre tais teorias precisamos
entender algumas leis, as leis ponderais.

LEIS PONDERAIS

Essas leis relacionam as massas dos participantes de uma reação. Você


provavelmente já viu essa frase:

“Na natureza nada se cria nada se perde tudo se transforma”

1ª Lei: Lei de Lavoisier

Essa frase comprovada pelo cientista Lavoisier é o princípio da lei da


conservação das massas ou lei de Lavoisier. Significa que em uma
reação química a massa se conserva. Portanto, tudo o que se tinha
antes da reação, teria depois também. Mas como ele chegou a essa
conclusão? Através de vários experimentos, em que ele utilizava
sistemas fechados, pois desta forma, não ocorreria troca de matéria
com o meio externo (se fosse um gás, por exemplo, sairia para o meio).
Também utilizava balanças de alta precisão, em que media a massa antes
e depois da reação.

Então podemos dizer que a massa antes da reação é igual a massa


depois que a reação aconteceu. Ok? Logo temos que:

MA= MD

ou que a massa dos reagentes é igual a massa dos produtos

MR = MP

2ª Lei: Lei de Proust.

Ela diz que as substâncias se combinam em proporções constantes.


Mas como? Bem, veja a seguinte reação:

1º experimento: Gás hidrogênio + Gás oxigênio → Água


2g 16g 18g

Note que a massa dos reagentes é igual a massa dos produtos, assim
como diz a lei de Lavoisier. Certo? Mas e a de proust onde ela entra? Veja
bem, o que acontece se dobrarmos a quantidade de gás hidrogênio dessa
mesma reação?

2º experimento: Gás hidrogênio + Gás oxigênio → Água


4g 32g 36g

Veja que os reagentes e os produtos são formados obedecendo uma


proporção. Se 2g reagem com 16g então, 4g reagem com 32g, ou seja, o
dobro e assim, sucessivamente. A lei de Proust diz que os elementos se
combinam numa proporção constante.
A lei de Lavoisier e Proust se completam.

Contudo, gás nobre, podemos ter duas situações diferentes:


- Quando os reagentes reagem completamente
- Quando os reagentes NÃO reagem completamente

Veja o exemplo, da mesma reação, para entendermos melhor:

3º experimento: Gás hidrogênio + Gás oxigênio → Água


2g 18g 18g

Bem, vimos na primeira reação, que 2g gás hidrogênio reagem com 16g
gás oxigênio. Certo? Logo, se temos mais que 16g de gás oxigênio, temos
um excesso desse gás que é equivalente a 2g. Visto que temos 18g de
gás oxigênio. Quando isso acontecer é preciso ter CUIDADO! Vamos a lei
de Lavoisier:

MR = MP
2g + 16g = 18g

O que é o excesso? É o reagente que não reagiu. Ok? E o que acontece


com essas 2g de gás oxigênio (excesso) que não reagiu? O excesso fica
no final da reação sem reagir. Portanto, a massa do reagente usada, é
apenas aquela que reagiu e se não usarmos o excesso nos reagentes não
usaremos nos produtos. Mas é possível fazer o cálculo usando o reagente
em excesso? Sim gás nobre. Nesse caso, temos o seguinte:

MA = MD
2g + 18g = 20g
Note que nesse caso, foi considerado o excesso dos dois lados. A massa
que tinha antes (MA) e a massa que tinha depois (MD).

...Ou você considera excesso nos


reagente e produtos ou não considera!

Agora vamos provar a Lei de Proust. Para isso, você pode usar um
experimento e dividir pelo outro, como os experimentos 1 e 2:
2º = 4 = 32 = 36
1º 2 16 18
O resultado dessas divisões deve ser sempre o mesmo, como diz o nome
da lei “lei das proporções constantes”. Logo temos, a constante igual a 2.
Lembrando gás nobre, que quando fizer essa relação o excesso NÃO
pode ser considerado. Ok? Aqui temos somente o que de fato reagiu,
pois é a proporção que as substâncias reagem.

Mas porque essa massa se conserva? Para isso vamos estudar o modelo
atômico de Dalton. Mas o que é modelo atômico? É uma representação da
realidade gás nobre! Vamos começar?

MODELO DE DALTON

O primeiro cientista a desenvolver uma teoria atômica foi Dalton. A sua


teoria possui 5 postulados. Vamos ver quais são eles.

1º Postulado: “Toda matéria é formada por partículas extremamente


pequenas chamadas Átomos”.

2º Postulado: “Os átomos são indestrutíveis e imutáveis, ou seja, não


podem ser criados ou destruídos”.
3º Postulado: “Os átomos de um mesmo elemento são todos idênticos;
os átomos de diferentes elementos químicos são diferentes e têm
diferentes propriedades”.

4º Postulado: “Os átomos se combinam em proporções fixas em massa


para formarem compostos”.

5º Postulado: “Em uma reação química os átomos não são criados nem
destruídos. Durante a reação, ocorre apenas um rearranjo de átomos”.

Gás nobre, perceba que através do quinto postulado conseguimos explicar


a Lei de Lavoisier. Lembra que quando ele fazia seus experimentos a
massa era sempre a mesma? Acontece que numa reação, as ligações
químicas entre os átomos de uma molécula são quebradas, formando
novas ligações. Desta maneira, ocorre um rearranjo dos átomos que
passam a se ligar de maneiras diferentes. Mas como? Veja a reação a
seguir:
C + O2 → CO2

Temos uma reação química entre um átomo de carbono (C) e dois átomos
de oxigênio (O2), que formam o gás carbônico (CO2). Note que os átomos
presentes nos reagentes continuam nos produtos, mas ligados de formas
diferentes. Portanto, novas substâncias foram formadas, devido ao
rearranjo dos átomos presentes na reação.

Gás nobre, apesar das ideias de Dalton serem revolucionárias na época,


alguns de seus postulados estavam errados. Vamos ver quais são eles?

2º Postulado: “Os átomos são indestrutíveis e imutáveis, ou seja,


não podem ser criados ou destruídos”. Aqui precisamos falar da
radioatividade, que é um fenômeno em que os átomos possuem núcleos
instáveis e para alcançar a estabilidade eles precisam expulsar algumas
partículas do núcleo. Nesse caso, temos a transmutação que é a
transformação de um elemento químico em outro. Por essa razão esse
postulado é falso.

3º Postulado: “os átomos de um mesmo elemento são todos


idênticos” Os átomos de um mesmo elemento químico podem ser
diferentes. Como veremos mais a seguir! Mas adiantando... os átomos
podem ter massas diferentes. São os chamados isótopos! Então esse
postulado também Falso.

Mas mesmo que possua erros, esse modelo ainda é usado para muitas
coisas, como por exemplo, na representação das estruturas das
moléculas. O modelo também é chamado de modelo da ​“​bola de bilhar​”​,
pois considera o átomo como esfera maciça e indivisível, veja a
representação:

Esse foi o primeiro modelo, mas muitos outros surgiram depois como o
que veremos a seguir.

MODELO DE THOMSON

A Modelo atômico de Dalton não explicou algumas coisas como, por


exemplo, a eletrização por atrito. Já fez aquela brincadeira de esfregar
a régua no cabelo e depois ao encostá-la no papel? O papel não gruda na
régua? Você sabe porque isso acontece? É devido a transferência de carga
entre os elétrons que estão nos átomos que compõem o seu cabelo e os
elétrons que estão nos átomos que compõem a régua.
Bem, nessa época, a ​pilha elétrica já tinha sido criada pelo cientista
Alessandro Volta. Benjamin Franklin já tinha descoberto as ​cargas
elétricas (positiva e negativa)​. Sendo assim, essas cargas deveriam
estar na matéria. Certo? Mas onde? Foi Thomson, gás nobre, o
responsável por essa descoberta, dando origem ao segundo modelo
atômico.

Para entendermos como tudo aconteceu precisamos saber o que houve


antes. Bem, foram vários os experimentos feitos por outros cientistas até
chegar ao modelo atômico de Thomson. Um desses cientistas chamado
Geissler, criou um ​tubo de descarga. Esse tubo era utilizado para
estudar a ​descarga elétrica em gases,​ veja:

Note, que temos uma fonte de alta tensão, o pólo positivo (ânodo) e pólo
negativo (cátodo) e uma saída para fazer vácuo (retirar o ar de dentro do
tubo), pois esse experimento era feito a baixíssimas pressões, ou seja, ar
rarefeito.

Depois veio ​William Crookes que fez adaptações no tubo de Geissler,


fazendo três testes de descarga elétrica, cada um com pressões
diferentes, obtendo os seguintes resultados:
- Pressão atmosférica: Nada era observado
- Pressão moderada: O gás que estava dentro do tubo brilhou e a cor
desse brilho dependia do gás.
- Pressão baixa: O brilho se desfez e apenas a parte do vidro (recoberto
por um material fosforescente) próximo ao ânodo brilhou.

Logo, chegou-se à conclusão de que algum tipo de raio estava saindo do


cátodo e indo em direção ao ânodo. Esse raios ficaram conhecidos como
raios catódicos. Lembrando gás nobre, que esses raios não eram vistos
a olho nu. Ok?

Crookes também observou várias propriedades dos raios catódicos.


- Propagavam em linha reta
- Tinham massa
- Carga negativa
- Presentes em toda a matéria

Contudo, chegou-se à conclusão de que a matéria deveria conter


partículas carregadas negativamente. Mas lembra quando você esfregou a
régua no seu cabelo? Antes disso acontecer a régua estava neutra, certo?
Portanto, também deveria existir algo com carga positiva na matéria. Não
é mesmo? Foi então, que apareceu o cientista Goldstein, que detectou a
presença de raios com carga positiva. Sabe como? Ele fez vários furos no
cátodo e o colocou mais centralizado no tubo. Logo, quando o tubo entrou
em funcionamento, no sentido do cátodo formavam uma luminescência
no final do tubo. Isso significa que tinha algo saindo do ânodo também,
que seria o que chamaram de raio anódico que é positivo. Sendo assim,
ele descobriu a parte positiva da matéria e percebeu que nem todos os
raios anódicos eram iguais. A massa das partículas variavam de acordo
com o gás dentro do tubo. O gás hidrogênio, por exemplo, possuía
partículas mais leves.
Mas e Thomson? Baseado nesses experimentos ele fez o seguinte:

Ele controlava um campo elétrico positivo que atraia os raios para cima e
embaixo colocou um campo magnético que puxava os raios para baixo.
Desta forma, equilibrando as forças com campo elétrico (puxando para
cima) e o campo magnético (puxando para baixo) ele descobriu a razão
carga máxima do elétron. Essa razão indicava que os raios catódicos eram
formados por partículas 2 mil vezes menores que o hidrogênio (átomo
mais leve). Repetindo esse experimento com vários gases, ele obteve
sempre a mesma razão carga massa, igual a 1,2.10​8​C.g​-1​. Portanto, ele
pôde afirmar que essa carga negativa estava presente em toda matéria.
Desta forma, ele derruba a teoria de Dalton, pois o átomo é divisível e
composto por elétrons, uma partícula ainda menor que o átomo. Agora no
modelo de Thomson temos um átomo com carga positiva e negativa.
Veja:

Esse modelo é conhecido como “pudim de passas”. Veja que o átomo é


formado por uma massa positiva (toda parte laranja) com elétrons
incrustados por toda estrutura. Por essa razão, concluiu-se que a matéria
era neutra. É o que acontece com a régua! O modelo de Thomson explica
a transferência dos elétrons, ou seja, ao esfregar a régua no cabelo
estamos transferindo elétrons de um lado para outro.

Mas agora vamos falar do último modelo desse resumo, o modelo de


Rutherford.

MODELO DE RUTHERFORD

A descoberta da radioatividade foi muito importante para o construção


desse modelo atômico. Rutherford, estudou esse fenômeno e descobriu as
três radiações que são a partícula alfa, a partícula beta e a onda
gama. Futuramente, ainda vamos falar muito sobre esse assunto. Ok?
Mas como ele descobriu essas radiações?

Em seus experimentos, Rutherford submeteu uma amostra radioativa a


um campo elétrico positivo e negativo e percebeu o seguinte:
- Uma radiação se desviava no sentido do pólo positivo e, portanto, teria
carga negativa: essa é a partícula beta
- A outra radiação se desviava para o campo elétrico negativo, logo ela
teria carga positiva: essa é a partícula alfa
- A terceira não desviava nem para o campo positivo e nem para o
negativo: é a onda gama

Outra observação foi em relação a trajetória das partículas. O desvio da


partícula beta era bem maior que o da partícula alfa. Mas como se as
duas estavam submetidas a um campo elétrico de mesma intensidade?
Ele concluiu que alfa era mais pesada, ou seja, sua massa era maior e,
portanto, seu desvio era menor.

Contudo, Rutherford queria provar que thomson estava correto. Para isso,
ele bombardeou uma folha do ouro (com espessura extremamente fina)
com radiação proveniente do núcleo radioativo do polônio. Ele considerou
que as cargas dos átomos, estariam distribuídas uniformemente pela
esfera e por isso não existiria regiões com concentração de carga positiva
ou negativa. Sendo assim, esperava-se que quando a partícula alfa,
atravessasse próxima ao átomo (folha de ouro) nada aconteceria ou teria
um desvio muito pequeno. Mas não foi isso que aconteceu! Um pequeno
número de partículas alfa ao serem disparadas contra a lâmina de ouro
começaram a sofrer desvios.

Logo, Thomson estava errado, pois se as cargas estão se desviando é


porque existe concentração de cargas. Então foi criado um novo modelo
atômico de Rutherford, conhecido como planetário, pois imita o nosso
sistema solar.

Com isso, ele dividiu o átomo em duas regiões bem distintas o ​núcleo e a
eletrosfera. O núcleo é a menor região do átomo, mas que contém a
maior parte da massa. Ele é carregado positivamente e essas cargas
positivas são chamadas de prótons. Já as cargas negativas, os ​elétrons,
estão presentes na eletrosfera, região maior com espaços vazios em que
os elétrons giram em órbitas circulares ao redor do núcleo. Desta forma,
temos que como a maior parte do volume do átomo é constituído por
espaços vazios, a maioria das partículas alfa atravessavam a folha de
ouro sem sofrer desvios. Mas algumas partículas alfa eram desviadas,
pois o núcleo é positivo e assim, as repeliam devido a sua carga que
também é positiva. Já as que se chocavam diretamente com o núcleo,
eram defletidas para trás.
Temos então um novo modelo atômico em que os elétrons giram em
torno do núcleo. Certo?

Mas existia um problema! O núcleo não poderia ser composto apenas por
cargas positivas, visto que, elas se repelem. Deveria existir então, uma
terceira partícula. E foi o cientista James Chadwick quem a descobriu,
uma partícula sem carga mas que possui massa parecida com a dos
prótons, chamada de nêutron.

A estrutura desse modelo atômico é a base que vamos precisar para


estudar de agora em diante.

Resumindo:

Próton: Carga positiva (+)


Neutro: Sem carga
Elétron: Carga Negativa (-)

A massa do próton é igual a 1 e a massa do elétron é 1824 vezes menor


que a massa do próton. Por essa razão, a massa do elétron será
desprezível nos cálculos.

Para finalizar nosso estudo dessa semana vamos aprofundar esses


conceitos?
PARTÍCULAS FUNDAMENTAIS

Gás nobre, logo abaixo temos a representação de um elemento químico.

Z = Número Atômico = Número de Prótons


A = Número de Massa = Número de Prótons + Número de Nêutrons

Bem, os átomos se diferenciam um do outro de acordo com


número de prótons, portanto o número atômico é a identidade do
átomo.

Vamos ver um exemplo, o Carbono 12 que possui número atômico igual a


6 e número de massa igual a 12:

Nesse caso, ainda não sabemos qual o número de Nêutron (N), certo?
Como vamos descobrir? Veja bem, vimos logo acima que o número de
massa é igual ao número de prótons e nêutrons e que o número atômico
é igual ao número de prótons, logo temos que:
A=Z+N
12 = 6 + N
N = 12 - 6
N=6
O Carbono tem 6 prótons e 6 nêutrons. Ok? Sempre que diminuir o
número de massa pelo número de prótons será obtido o número de
nêutrons.
Gás nobre, lembra que existem átomos de um mesmo elemento químico
com massas diferentes e que por isso Dalton estava errado quando disse
que todos os átomos eram iguais? Nesse caso temos os isótopos. Veja:

Isótopos: elementos com mesmo número atômico (número de prótons),


mas com número de massas diferentes.

Ex:

Isóbaros: mesmo número de massa e número de prótons diferentes.

Ex:

Isótonos: mesmo número de nêutrons

Ex:

Isoeletrônicos: a mesma quantidade de elétrons


Ex: Átomo: 17Cl 20 Ca Íon: 18Cl- 18 Ca+2

Mas como assim íon? Gás nobre, a matéria é eletricamente neutra, ou


seja, a quantidade de elétrons (carga negativa) é igual a quantidade de
prótons (carga positiva). Mas os átomos podem ganhar ou perder
elétrons. Quando isso acontece os átomos se transformam em íons.
Os íons são átomos que perderam ou ganharam elétrons e por isso
possuem carga. No caso do Cálcio (Ca), por exemplo, ele possui 20
elétrons, certo? Veja que ele perde 2 elétrons e o que acontece? Agora
ele deixou de ser um átomo e passou a ser um íon de carga positiva,
sendo representado desta forma: Ca2+. Mas porque positivo se ele perdeu
e não ganhou? Veja bem, o cálcio perdeu 2 elétrons, sendo assim, agora
ele possui 2 prótons a mais e por isso a carga positiva do próton. Ok? Já o
cloro ganhou um elétron e por isso ficou com carga negativa.
E qual a razão de perder ou ganhar elétron e não próton? O próton está
no núcleo gás nobre! Aqui estamos falando da eletrosfera. Núcleo só lá na
radioatividade, Ok?

Agora vamos aos exercícios?


Questão 01 - (UFGD MS)

A transformação química:

2KI(s) + Pb(NO3)2 -_-> 2KNO3(s) + PbI2(s)

branco branco branco amarelo

É um exemplo de reação entre sólidos, que ocorre rapidamente. Em um


recipiente de vidro com tampa, de massa igual a 20g, foram colocados 2g
de KI e 4g de Pb(NO3)2, pulverizados. O recipiente, hermeticamente
fechado, foi vigorosamente agitado para ocorrer a reação.

a) Como se pode reconhecer que ocorreu a reação?

b) Qual é a massa total do recipiente e seu conteúdo, ao final da reação?


Justifique sua resposta.

Resolução

a) Mudança de cor (formação do Pbl2 amarelo)


b) 26g pela lei de Lavoisier

Para assistir a resolução do exercício cliquei no link abaixo:

https://www.quimicaemacao.com.br/resumos/16-q01
Questão 02- (ITA SP)

Em 1803, John Dalton propôs um modelo de teoria atômica. Considere


que sobre a base conceitual desse modelo sejam feitas as seguintes
afirmações:

I. O átomo apresentará a configuração de uma esfera rígida.

II. Os átomos caracterizam os elementos químicos e somente os átomos


de um mesmo elemento são idênticos em todos os aspectos.

III. As transformações químicas consistem de combinação, separação


e/ou rearranjo de átomos.

IV. Compostos químicos são formados de átomos de dois ou mais


elementos unidos em uma razão fixa.

Qual das opções abaixo se referem a todas as afirmações CORRETAS?

a) I e IV

b) II e III

c) II e IV

d) II, III e IV

e) I, II, III e IV

Resolução

Todas são verdadeiras

Letra: E

Para assistir a resolução do exercício cliquei no link abaixo:

https://www.quimicaemacao.com.br/resumos/16-q02
Questão 03 - (UFG GO)

O esquema a seguir representa de modo simplificado o experimento de J.


J. Thomson. Um feixe de partículas sai do cátodo, passa através de um
orifício no ânodo e sofre a influência das placas metálicas A e B.

De acordo com esse esquema, o feixe se aproxima de A quando

a) as placas A e B forem negativas.

b) a placa A for negativa e a B, positiva.

c) a placa A for positiva e a B negativa.

d) as placas A e B forem positivas.

e) as placas A e B forem neutras

Resolução

O raios catódicos são raios formados por elétrons (carga negativa) que
vão se desviar para a placa A quando ela for positiva, pois o positivo atrai
o negativo.

Letra: C

Para assistir a resolução do exercício cliquei no link abaixo:

https://www.quimicaemacao.com.br/resumos/16-q03
Questão 04 - (UFMT)

Considere as espécies químicas monoatômicas indicadas na tabela abaixo.

Em relação às espécies químicas monoatômicas apresentadas na tabela,


pode-se afirmar que:

a) V é um cátion.

b) III é um ânion.

c) III e IV são de um mesmo elemento químico.

d) II é eletricamente neutro.

e) I e II não são isótopos.

Resolução

a) Tem mais elétrons que prótons, logo a carga é negativa e, portanto é


um ânion.
b) É eletricamente neutro e, por isso não pode ser um ânion.
c) Possuem o mesmo número de prótons (número atômico)
d) A quantidade de prótons e elétrons são diferentes.
e) Possuem o mesmo número de prótons (número atômico)

Letra: C

Para assistir a resolução do exercício cliquei no link abaixo:

https://www.quimicaemacao.com.br/resumos/16-q04
MODELOS ATÔMICOS QUÂNTICOS

Fala Gás Nobre! Tudo bem? Essa semana vamos continuar o estudo da
evolução do modelo atômico. Como vimos, no modelo de Rutherford, o
elétron ficava girando em torno do núcleo, certo? Mas o modelo não
explicava como isso poderia ocorrer, sem que o elétron perdesse energia.
Afinal, se o elétron liberasse energia iria se chocar com o núcleo e, desta
forma, não existiria matéria! Na física, as leis da eletrodinâmica explicam
isso. Sendo assim, vamos precisar entender algumas coisas relacionadas
a física antes de conhecermos o próximo modelo atômico. Ok? Você sabe
o que é um espectro de radiação? Bem, quando uma luz branca passa
através de um prisma é possível decompor essa luz em várias ondas que
a compõe. Veja:
Essas ondas formam um ​espectro contínuo​, que possui todas as cores
que são visíveis, desde a de menor comprimento de onda até a de maior
comprimento. Como mostra a figura a seguir:

Agora, quando a luz branca é substituída por outra proveniente de um


teste de chama ou gás, por exemplo, o espectro formado é ​descontínuo
e, por isso, é possível ver apenas algumas faixas de luz. Veja a diferença
entre os dois espectros:

A emissão da frequência e do comprimento de onda no espectro


descontínuo, são bem definidos. Mas porque isso acontece? Por qual
razão, nessa situação o átomo não emite em todas as frequências?
O físico alemão, Max Planck, descobriu que os átomos não absorviam ou
emitiam energia de qualquer forma e sim em quantidades discretas
(pequenas) e bem definidas. A energia então, era liberada ou absorvida
em pacotes pois, o átomo tinha uma quantidade mínima de energia que
podia ser dada ou absorvida na forma de radiação eletromagnética,
chamada de quantum. Então, gás nobre é por essa razão que o espectro
formado é descontínuo.

Quantum: é a quantidade mínima de energia eletromagnética


que um átomo pode absorver ou emitir.

Equação de Plank: E = h.f


Em que “h” é a constante, “f” é a frequência e “E” é a energia que é
proporcional a cada um dos pacotes de energia. A troca de energia entre
a matéria e a radiação eletromagnética é quantizada. Isso significa que
essa energia possui valores que são permitidos e valores que não são.

Quantização significa restrição

Depois veio Albert Einstein e disse que quantum é a energia contida


dentro de um fóton.

Foi baseado na física moderna, que o cientista Niels Bohr propôs o seu
modelo atômico, vamos ver?

MODELO DE BOHR

Bohr fez alguns postulados:

1º Postulado: “o elétron gira ao redor do núcleo em órbitas, níveis de


energia, circulares de raios definidos denominados órbitas
estacionárias”.
Isso significa que a energia não é infinitamente divisível, pois havia um
mínimo e dentro desse mínimo o elétron não perderia mais energia.
Portanto o elétron ao girar em torno da sua órbita (órbita estacionária)
não perderia energia.

2º Postulado: “Cada órbita estacionária possui um valor determinado de


energia. Nessas órbitas, o elétron pode se mover sem ganhar ou perder
energia”.
A órbita é quantizada e tem o mínimo de energia, sendo assim, o elétron
pode girar. Mas o que quer dizer órbita quantizada? Bohr sugeriu que o
átomo possui energia quantizada. Cada elétron só pode ter determinada
quantidade de energia, por isso ele é quantizada. A energia de cada órbita
pode ser determinada através da equação de Bohr: E​o​ = E - A 1\ n​2
Em que A é igual a 2,18.10​-18​J e “n” é são os níveis de energia (1, 2, 3, 4,
5, 6, 7...). De acordo com os cálculos, quanto maior a quantidade de
níveis, maior é a energia. Sendo assim, o elétron que está no último
nível, tem mais energia do que o que está no primeiro, ou seja, quanto
mais distante o elétron estiver do núcleo, maior a sua energia.

3º Postulado: ​“O elétron pode passar de uma órbita estacionária para


outra, mediante absorção ou emissão de uma quantidade de energia”.
Isso significa que o elétron que está na primeira camada, por exemplo,
pode ir para a segunda camada. Logo, se as camadas mais afastadas
possuem mais energia, o elétron precisa ganhar energia para ir para a
segunda camada. Já quando o elétron sai de uma camada mais externa
para uma camada mais interna, ele precisa liberar energia. Esse
fenômeno ficou conhecido como​ salto quântico.
A energia, assim como, a frequência e o comprimento de onda são bem
definidos e por essa razão o espectro que falamos mais acima é
descontínuo. Cada átomo tem uma quantidade de elétrons e possui uma
combinação de saltos quânticos.

Essa energia liberada é uma onda eletromagnética que possui uma


frequência e um comprimento de onda podendo aparecer na região do
visível.

Agora, gás nobre, lembre-se que:


- O átomo que ​NÃO recebeu energia​ está no ​estado fundamental.
- O átomo que ​recebeu energia ​está no ​estado excitado (ocorrem os
saltos quânticos).
Logo temos que:
- Estado Fundamental: os elétrons estão todos em sua camada de
origem
- Estado Excitado: os elétrons saem da sua camada de origem e vão
para outras camadas

Mas esse é o modelo atômico que usamos hoje, ou seja, o modelo


atômico atual?

MODELO ATÔMICO ATUAL

Usando espectroscópios de maior resolução que os usados por Bohr, os


cientistas perceberam ​através dos espectros obtidos, que as linhas
espectrais eram constituídas por um conjunto de linhas muito próximas
umas das outras. Esse espectro ficou conhecido como espectro fino.

O cientista Sommerfeld, explicou o porquê do espectro fino. Ele


considerou que que os níveis de energia eram divididos em ​subníveis de
energia.

Níveis de energia

No modelo atual são conhecidos sete níveis de energia, que são


representadas por letras maiúsculas em ordem alfabética. A primeira
camada é a “k” e a última camada é a “Q”. Portanto, temos as camadas:
K - nível 1 (n = 1)
L - nível 2 (n = 2)
M - nível 3 (n = 3)
N - nível 4 (n = 4)
O - nível 5 (n = 5)
P - nível 6 (n = 6)
Q - nível 7 (n = 7)
Subníveis ou subcamadas de energia

O número de cada nível​, como mostra logo acima, indica a quantidade de


subníveis nele existentes. Por exemplo, o nível 1 apresenta um subnível,
o nível 2 apresenta dois subníveis, e assim por diante. Esses subníveis
são representados pelas letras s, p, d, f… Logo, temos o seguinte:
1s
2sp
3spd
4spdf
5spdfg
6spdfgh
7spdfghi

Cada subnível possui uma energia:


• existe uma ordem crescente de energia nos subníveis;
s<p<d<f
• os elétrons de um mesmo subnível possuem a mesma quantidade de
energia;
• os elétrons se distribuem pela eletrosfera ocupando o subnível de menor
energia disponível.
Veja:

Essa é uma representação gráfica para os subníveis que facilitou a


visualização da sua ordem crescente de energia. Essa representação é
conhecida como ​diagrama de Linus Pauling​. ​Mas cada um desses
subníveis pode acomodar um número máximo de elétrons:

Subnível s p d f

Número máximo de elétrons 2 6 10 14

Obs: os subníveis g, h, i... são teóricos! Então vamos utilizar


basicamente, aqui nos nossos estudos os subníveis s, p, d e f. Ok?

Lembrando gás nobre, que assim como nos subníveis, cada nível também
possui uma quantidade “X” de elétrons. Com base na tabela periódica
temos que o número máximo de elétrons são:

Nível de energia Camada Número máximo de elétrons

1 K 2

2 L 8

3 M 18

4 N 32

5 O 32

6 P 18

7 Q 2

Gás nobre, vimos que esse modelo atual divide os níveis e subníveis de
energia. Certo? Mas muito ainda está por vir! Vamos ver agora, como
fazer a distribuição dos elétrons no diagrama de Linus Pauling.
DISTRIBUIÇÃO ELETRÔNICA

Gás nobre, para fazermos a distribuição vamos considerar apenas os


subníveis que são mais utilizados, certo? Os elétrons são distribuídos em
ordem crescente de energia​.​ Veja:

O número de prótons (Z) de um átomo é igual ao número de elétrons.


Certo? A distribuição dos elétrons nos subníveis é feita de acordo com o
número atômico. Vamos ver a distribuição de alguns elementos:

1​H​: 1s​1​→ quantidade de e- 12​Mg: 1s​2 21​Sc​: 1s​2

2s​2 ​2p​6 2s​2 ​2p​6


3s​2 3s​2 ​3p​6 ​3d​1
4s​2

Veja que todos os elétrons estão distribuídos. Certo? Vamos agora,


colocar a distribuição do escândio (Sc) em sequência de acordo com a
ordem crescente de energia.

21​Sc: 1s​2​ 2s​2​ 2p​6​ 3s​2​ 3p​6​ 4s​2​ 3d​1


Note que o subnível 4s​2 aparece antes do subnível 3d​1​, de acordo com a
ordem crescente de energia. Portanto, temos que 3d​1 é o ​subnível de
maior energia (SME) e o 4s​2 por ser a última camada é chamada de
camada de valência (CV). Entretanto, gás nobre, é possível escrever
essa mesma configuração eletrônica ordenando os subníveis em ordem
geométrica ou ordem de distância:

1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d1 4s2


Veja que, na ordem geométrica, o último subnível (mais externo do
núcleo) é o 4s2. Logo, temos que o subnível mais energético nem
sempre é o mais afastado do núcleo. Nesse caso, o subnível mais
energético é o 3d1 (1 elétron), enquanto que o mais externo é o 4s2 (2
elétrons). Ok?

E no caso das íons? Aqueles que possuem carga! Como é feita a


distribuição? Gás nobre, quando um átomo (estado fundamental) se
transforma em um íon, a variação do número de elétrons, seja pelo
ganho ou perda, ocorre na camada mais externa que é a camada de
valência. Sendo assim, ao fazer a distribuição eletrônica do Fe temos o
26

seguinte:
1s2
2s2 2p6
3s2 3p6 3d6
4s2

A camada de valência do átomo de ferro como mostra a distribuição


eletrônica é 4s2. Portanto, o íon Fe2+ é formado a partir da perda desses 2
elétrons. Portanto, a distribuição eletrônica do íon Fe2+ será:
1s2
2s2 2p6
3s2 3p6 3d6
Nesse caso, estamos falando de um cátion. Mas e se for um ânion? Bem
vamos ver o exemplo do 17Cl.
1s2
2s2 2p6
3s2 3p5

A camada de valência do átomo de cloro como mostra a distribuição


eletrônica é 3s2 3p5. Portanto, o íon Cl- é formado a partir do ganho de 1
elétron. Portanto, a distribuição eletrônica do íon Cl- será:
1s2
2s2 2p6
3s2 3p6

Contudo, será que é possível saber a posição e a energia de um elétron?

NÚMEROS QUÂNTICOS

Você já ouviu falar do princípio da incerteza de Heisenberg? Bem,


esse cientista demonstrou, usando os conceitos da mecânica quântica,
que é impossível determinar, simultaneamente, com precisão, a
velocidade e a posição de um elétron no átomo. Este princípio, conhecido
também por princípio da incerteza, estabelece que não se pode afirmar
que exista uma órbita definida para o elétron. Sendo assim, ele
considerou que existem regiões, denominadas orbitais, em torno do
núcleo que a probabilidade de encontrar o elétron é máxima.

Orbitais são regiões do espaço com maior


probabilidade de encontrar os elétrons

O movimento do elétron ao redor do núcleo foi descrito por Schrödinger,


mediante uma equação matemática denominada equação de onda, que
relaciona a natureza corpuscular (partícula), a energia, a carga e a massa
do elétron.

As soluções numéricas para essa equação, foram denominadas ​números


quânticos, e permitem que cada elétron seja caracterizado pela sua
quantidade de energia.

Sendo assim, os números quânticos são como códigos matemáticos que


estão associados a energia do elétron. A caracterização de cada elétron
no átomo é feita por quatro números quânticos: ​principal (n)​,
secundário ou azimutal (l)​, ​magnético (m ou m​1​) ​e ​spin (s ou m​s​)​.

Lembrando que em um mesmo átomo não existem dois elétrons com os


mesmos números quânticos. Temos aqui o ​Princípio de Exclusão de

Pauli.​

Vamos ver então cada um deles?

Principal (n)
Cada nível de energia ou camada é um número quântico representado por
“n”. Portanto, o principal indica o nível de energia ou camada que o
elétron está.

Camadas Principal (n)

K 1

L 2

M 3

N 4

O 5

P 6

Q 7
Secundário ou azimutal (l)
Cada nível é composto por subníveis que são representados pelo número
quântico secundário ou azimutal representado pela letra “l”. Mas como
saber em qual número quântico secundário o elétron se encontra?

Secundário (l) Subnível

0 s

1 p

2 d

3 f

Logo, se o elétron está no subnível “s”, por exemplo, significa que o


número quântico secundário é zero.

Magnético (m)
Indica a região de máxima probabilidade de se encontrar o elétron, essa
região é denominada ​orbital. Cada orbital, gás nobre, comporta no
máximo 2 elétrons.

O orbital é representado geralmente por um quadrado. ​Para entender


como determinar esse número quântico, vamos representar os elétrons
nos orbitais. Você sabe como fazer isso? Vamos aprender?

Bem, aqui temos a representação de um orbital. O elétrons são


representados pela seta que é chamada de ​spin.

Orbital incompleto com um elétron (elétron desemparelhado):

Orbital completo com dois elétrons (elétrons emparelhados):


Ao preencher esses orbitais, deve-se seguir a ​Regra de Hund​. Ela diz
que os orbitais devem ser preenchidos com todas as setas para cima e só
depois voltamos preenchendo com as setas para baixo (ou o contrário).
Cada subnível possui uma quantidade de orbitais, que estão de acordo
com a quantidade de elétrons que cada subnível comporta. Logo temos
que:

O subnível ​s só possui ​um orbital, isso significa que ele tem só uma
forma em relação a sua orientação espacial, que é esférica.

Representação Gráfica:

m=0

Já o subnível ​p possui três orientações espaciais, pois, conforme


mostrado abaixo, ele é um duplo ovoide:
Representação gráfica:

valores possíveis para m = +1, 0 ou -1

O subnível ​d possui cinco orientações espaciais possíveis, sendo que o


número magnético pode apresentar os seguintes valores:
Representação gráfica:

Valores possíveis para m = -2, -1, 0, +1, +2

Por fim, temos o subnível ​f que possui sete orientações espaciais


possíveis
Representação Gráfica:

Valores possíveis para m =-3, -2, -1, 0, +1, +2, +3

Contudo temos as seguintes possibilidades:

Subnível Valores de l Valores de m Orbitais Representação


gráfica

s 0 0 1

p 1 +1, 0, -1 3

d 2 -2, -1, 0, +1, +2 5

f 3 -3, -2, -1, 0, +1, +2, +3 7


Spin (s ou ms)
Está relacionado à rotação do elétron em torno do próprio eixo. Esse
número quântico é utilizado para distinguir os elétrons de um mesmo
orbital. A um deles é atribuído o valor +1/2 e ao outro, o valor –1/2. A
representação gráfica dos elétrons num mesmo orbital pode ser feita de
duas maneiras:
m​s​= + 1/2 ou –1/2
m​s​= ↓ ou ↑

Vamos ver um exemplo para entendermos melhor. Veja a distribuição do


oxigênio (​8​O):
1s​2
2s​2​ ​2p​4

Logo​, temos que o conjunto de números quânticos do elétron de maior


energia tb denominado elétron diferenciador (2p​4​) é:
n=2
l=1

m=
m​s​= ​+ 1/2

Vamos para os exercícios?


Questão 1 - (UEG GO)

A fabricação de fogos de artifício requer um controle rigoroso das


variações do processo como, por exemplo, a proporção dos componentes
químicos utilizados e a temperatura de explosão. A temperatura
necessária para acionar os fogos de artifício de médio e grande porte é de
cerca de 3600 ºC. É a geração desse calor que é responsável pela
produção de ondas luminosas, pois provoca a emissão atômica, ou seja, a
emissão de luz que ocorre quando o elétron sofre uma transição de um
nível mais energético para outro de menor energia.

Considerando este assunto, responda aos itens abaixo:

a) A qual modelo atômico esse fenômeno de emissão de luz está


ligado?

b) Explique esse fenômeno de emissão de luz em termos de elétrons e


níveis de energia.

RESOLUÇÃO

a) ​Ao modelo atômico de Bohrn.


b) ​Quando um elétron recebe energia, ele salta para um nível de maior
conteúdo energético. Em seguida, ele retorna ao nível de energia inicial
emitindo, sob forma de fóton, a energia absorvida durante o salto
quântico.

Para assistir a resolução do exercício cliquei no link abaixo:

https://www.quimicaemacao.com.br/resumos/17-q01
Questão 02 - (UFES)

A distribuição eletrônica correta do elemento químico Au, em camadas, é:

a) K = 2 L = 8 M = 18 N = 32 O = 17 P = 2

b) K = 2 L = 8 M = 18 N = 32 O = 18 P = 1

c) K = 2 L = 8 M = 18 N = 32 O = 16 P = 3

d) K = 2 L = 8 M = 18 N = 30 O = 18 P = 3

e) K = 2 L = 8 M = 18 N = 31 O = 18 P = 2

RESOLUÇÃO

Para resolver essa questão é preciso saber o número atômico do ouro.

79​Au
1s​2​ k=2
2s​2​ 2p​6​ L=8
3s​2​ 3p​6 ​3d​10 ​
M = 18
4s​2​ 4p​6 ​4d​10 ​4f​14 N = 32

5s​2​ 5p​6​ 5d​10 O = 18


6s​1 P=1

O Au não obedece ao modelo de Linus Pauling, é uma exceção. Por isso,


preenchem primeiro em ordem numérica, ou seja, as camadas mais
internas.
Letra: ​B
Para assistir a resolução do exercício cliquei no link abaixo:

https://www.quimicaemacao.com.br/resumos/17-q02
Questão 03 - (UDESC SC)
O último elétron de um átomo neutro apresenta o seguinte conjunto de
números quânticos: n = 3; l = 1; m = 0; s = +1/2. Convencionando-se
que o primeiro elétron a ocupar um orbital possui número quântico de
spin igual a +1/2, o número atômico desse átomo é igual a:

a) 15

b) 14

c) 13

d) 17

e) 16

RESOLUÇÃO

Se n é igual a 3, significa que a distribuição termina na terceira camada.


l é igual a um, logo o subnível é p
m = 0, então:

-1 0 +1

/\ /\

Logo temos que:


1s​2
2s​2​ 2p​6
3s​2​ 3p​2
Logo, como é um átomo neutro temos que o número de elétrons é igual
ao de prótons e, portanto a número atômico é igual a 14
Letra: ​B
Para assistir a resolução do exercício cliquei no link abaixo:

https://www.quimicaemacao.com.br/resumos/17-q03
QUANTIDADES E MEDIDAS

Fala Gás Nobre, tudo bem? Preparado para reagir? Essa semana vamos
falar de um assunto muito importante, que envolve os ​cálculos
químicos​.

Vamos começar pela a lei volumétrica ou lei de Gay-Lussac. Você sabe o


que estudaremos nesta lei? Os ​gases! Lembre-se, que todos os
experimentos relacionados a lei volumétrica estão numa ​mesma
temperatura e pressão, bem como, ​envolve apenas gases. Isso pois,
o volume de um gás é alterado por variações de pressão e temperatura.

Vamos ver?

LEI VOLUMÉTRICA

Gay-Lussac, realizou dentre seus experimentos reações com ​gás


nitrogênio e gás hidrogênio tendo como produto a ​amônia. Essas
reações, ao serem realizadas na mesma temperatura e pressão, ocorrem
em ​proporções iguais.​ Veja:
N2 + 3H2 → 2NH3
1 volume + 3 volumes → 2 volumes

1L 3L 2L

1 mL 3 mL 2mL

Realizando outros experimentos com quantidades diferentes, os


resultados mostraram que os volumes dos gases nitrogênio, hidrogênio e
amônia sempre obedeciam a proporção em volume de 1:3:2. Além disso,
você notou que o volume também apareceu em litro e mililitro? Isso
significa, que é possível usar essa lei (que veremos com detalhes mais
adiante) para qualquer unidade de volume. Lembrando que os gases
devem estar nas mesmas condições de temperatura e pressão. Ok?

Vamos ver outro experimento para você entender como chegamos nessa
proporção. Veja a reação entre o gás hidrogênio e o gás oxigênio, cujo
produto é a água:

2H2 + O2 → 2H2O

Os reagentes sempre reagem na proporção de dois volumes de hidrogênio


para um volume de oxigênio, produzindo dois volumes de água.
Realizando experimentos com quantidade diferentes, veja o que
acontece:
2V 1V 2V
Hidrogênio + Oxigênio → Água
1º Experimento: 2L 1L 2L

2º Experimento: 4L 2L 4L

3º Experimento: 8L 4L 8L

4º Experimento: 16 L 8L 16 L

Mas como podemos saber a proporção entre os volumes gasosos? Basta


dividir todos os valores pelo menor deles.

1º Experimento: 2 / 1; 1 /1; 2 /1 = 2 : 1 : 2

2º Experimento: 4 / 2; 2 /2; 4 /2 = 2 : 1 : 2

3º Experimento: 8 /4 ; 4 /4; 8 /4 = 2 : 1 : 2

4º Experimento: 16 / 8 ; 8 /8; 2 16/8 = 2 : 1 : 2

Note que nos quatro experimentos a proporção é sempre a mesma:

2 : 1 : 2 (uma proporção de números inteiros e pequenos)

A partir desses experimentos e outros semelhantes com reações entre


gases, Gay-Lussac enunciou a lei volumétrica. Desta forma, temos que:

A lei volumétrica de Gay-Lussac nas mesmas condições de


temperatura e pressão, os volumes dos gases participantes de
uma reação formam uma proporção constante de números inteiros
e pequenos.

Mas, você pode estar questionando...


Porque o volume dos produtos é diferente do volume dos reagentes,
sendo que a massa se conserva? Veja bem, gás nobre, ​o que se
conserva é a massa, como disse Lavoisier! Lembra? Já o ​volume pode
não se conservar, ​visto que, a mesma quantidade de um gás pode se
expandir ou contrair.​ Ok?

Em uma reação química o volume dos gases pode não se


conservar, mas a massa sempre se conserva!

Agora gás nobre, vamos ver o que acontece com volumes iguais de gases
diferentes na mesma temperatura e pressão?

PRINCÍPIO DE AVOGADRO

Amedeo Avogadro, disse que os gases não eram átomos isolados, mas
sim moléculas (com exceção dos gases nobres). Sua lei também
conhecida por Hipótese de Avogadro dizia o seguinte:

Volumes iguais, de quaisquer gases, nas mesmas condições de


pressão e temperatura, apresentam a mesma quantidade de
substância em mol ou moléculas.

Portanto, temos que, volumes iguais de diferentes gases, a uma mesma


temperatura e pressão, contêm quantidade iguais de moléculas. Ok?

Mas como é possível gases com moléculas de tamanhos diferentes ocupar


o mesmo volume?

Nós sabemos que no estado gasoso as moléculas estão bem distantes


umas das outras, dessa maneira o tamanho das moléculas se torna
desprezível.
ATENÇÃO: É a mesma ​quantidade de moléculas ou mol e NÃO de
átomos, visto que cada molécula é formada por quantidade de átomos
diferentes. Ok?

Obs: mais a frente vamos falar detalhadamente sobre o mol.

Agora quero te perguntar o seguinte:

Você concorda que é importante saber antecipadamente qual a


quantidade de reagente necessária para obter a quantidade de produtos
desejada? Isso é muito importante, principalmente em atividades
realizadas no laboratório e nas indústrias para que não ocorra
desperdício. Mas como calcular a quantidade correta de reagente? Bem,
para isso, é preciso realizar o cálculo das massas e dos volumes das
substâncias envolvidas na reação química. Muitas vezes, também é
preciso determinar o número de átomos ou de moléculas das substâncias
que reagem ou que são produzidas. Mas como fazer isso? Bem, primeiro é
necessário saber qual a massa dos átomos.

MASSA ATÔMICA E MASSA DO ELEMENTO QUÍMICO

Como vocês sabem, os átomos são muito pequenos e por isso é


impossível pesar a massa de cada um isoladamente. Por essa razão, foi
estabelecido um padrão ou referência para medir a massa de um átomo.

Logo, definiu-se que a ​unidade de medida de massa dos átomos é


referente a massa da 12ª parte do isótopo mais estável do carbono, o
Carbono-12 (seis prótons e seis nêutrons, ou seja, número de massa
igual a 12). Portanto, temos que um átomo do Carbono-12 (​12​C) foi
dividido em 12 partes iguais. Dessa maneira, cada parte é um doze avos
(1/12) do 12​
​ C. Veja a divisão (considerando o modelo atômico de Dalton):
1 u = 1,66054 . 10-24g.

Mas o que é massa atômica? É o número que indica quantas vezes a


massa do átomo é maior que 1/12 da massa do carbono 12. E essa
massa é medida em unidade de massa atômica (u).

Por exemplo, se a massa do átomo de sódio (Na) é igual a 23 u,


queremos dizer que 1 átomo de sódio é 23 vezes maior que a massa da
unidade de medida. Certo gás nobre?

Mas e a massa do Elemento Químico? É diferente?

Bem, primeiro… Você se lembra o que é Elemento Químico?

Elemento químico é o conjunto de todos os isótopos, ou seja, é o


conjunto de todos os átomos com mesmo número de prótons e número
de nêutrons diferentes. Por exemplo, existem 3 Neônios: Ne,
20 21
Ne e
Ne. Eles são isótopos, têm o mesmo número de prótons, porém por ter
22

quantidades de nêutrons diferentes eles possuem massas atômicas


diferentes.

Agora, quando olhamos na tabela periódica não encontramos nenhum


desses átomos lá, veja você mesmo! Não temos o Ne,
20
Ne ou
21
Ne, o
22

que temos é o Ne com massa igual a 20,179u. Por isso que o nome
completo da tabela periódica é: Tabela Periódica dos Elementos
Químicos. Visto que, o que temos na tabela é o Elemento Químico
Neônio, que é uma média de todos os neônios existentes.

Sendo assim, a massa atômica de um elemento químico é dado pela


média ponderada das massas atômicas de seus isótopos e sua
abundância na natureza. Vamos ver como chegamos no valor de 20,179u
para o Neônio:

Isótopos: Ne,
20
Ne e
21 22
Ne

Abundância na natureza, respectivamente: 90,92%, 0,26 % e 8,82%.

A massa atômica do elemento neônio é dada pela média ponderada


desses três isótopos proporcionalmente à sua abundância. “A”
corresponde ao número atômico e “P” a porcentagem:

MA do elemento = (A . P) + (A . P) + (A . P)

100

MA do elemento = (20 . 90,92) + ( 21 . 0,26) + (22 . 8,82)

100

MA do elemento = 1818,4 + 5,46 + 194,04

100

MA do elemento = 2017,9 = 20,179 u

100

Logo, temos que a massa atômica do elemento neônio será igual a


20,179 u. É essa a massa apresentada na Tabela Periódica, cuja a sua
representação é feita da seguinte forma.
Lembrando que:

A = Número de massa

MA = Massa atômica

O ​número de massa (A) é um número inteiro e representa a quantidade


de partículas do átomo (soma de nêutrons e prótons). Enquanto que a
massa atômica (MA), corresponde à média ponderada das massas de
todos os isótopos, e é relativa à massa do átomo de 12​
​ C. Por essa razão,
raramente a massa atômica será um número inteiro.

MASSA MOLECULAR

Gás nobre, do que as moléculas são formadas? São formados por átomos,
correto? Sendo assim, como vamos encontrar a massa molecular? Basta
contabilizar todos os átomos que estão presentes na molécula.

Vamos ver o exemplo da molécula de água. Ela é formada por dois


átomos de hidrogênios e um átomo de oxigênio (H​2​O). Qual a massa
atômica de cada um deles?

Massa atômica do H: 1u

Massa atômica do O: 16u

Se, a massa molecular é a soma da massa dos átomos presentes na


molécula, para calcular a massa molecular da água multiplicamos 1u por
2 (índice que aparece na fórmula da água) e somamos com 16 u
multiplicado por 1 (índice do oxigênio na fórmula da água). Assim temos:

MM (H​2​O) = (1.2) + (16.1) = 18 u

Pronto, gás nobre! Agora você já sabe encontrar a massa molecular.

MOL E MASSA MOLAR

Gás nobre, lembra da proporção de números menores e inteiros que


vimos nas reações entre gases? Então, essa proporção, é a proporção em
mol que os gases reagem e formam! Dessa maneira, através do volume
podemos saber o quanto reage e forma de cada uma das substâncias
envolvidas na reação. Mas o que é mol?

Mol é utilizado para se expressar a quantidade de matéria! Veja bem:

● 1mol​ equivale a ​6,02x10​23​ partículas, átomos, íons, moléculas.

Perceba o quanto esse número é grande! Aqui na química estamos


trabalhando com partículas extremamente pequenas e usamos o mol,
para trazer tais valores de medida para nossa realidade.

Para entender como funciona, quero que pense em 1 dúzia de ovos.


Quantos ovos temos em 1 dúzia? 12, certo? Agora pense em 1 mol de
ovos. Quantos ovos temos em 1 mol?

1 dúzia = 12
1 mol = 6,02 x 10​23
Logo, 1 mol de ovos é igual a 6,02 x 10​23 ovos ou
602.000.000.000.000.000.000.000 ovos, Ͳ Ͳ Ͳ . Viu só o quão grande
é o mol?

Só que não faz muito sentido ser usado para comprar ovos, por ser um
número tão fora da nossa realidade. É como se você fosse ao posto de
gasolina e ao invés de pedir 10 L de gasolina você pedisse 10 mil mL de
gasolina. Não que esteja errado, mas usar mL nessa situação vai deixar o
frentista Ρ . Ok?

Já na química, como trabalhamos com coisas tão pequenas como átomos


e moléculas, o mol ajuda trazer essas coisinhas tão pequenininhas para
nossa realidade.

Agora chegamos na parte mais emocionante dessa matéria!!!

Você sabia que é possível relacionar a massa de uma substância à sua


quantidade de matéria? Sim, é possível! Ρ

Essa relação é chamada de ​massa molar, ou seja, a massa de um mol


dessa substância. Veja a água, por exemplo, vimos que a massa
molecular da água é 18u.

Mas peraí, se 18u é massa de 1 "molequinha" de água. Qual seria então


sua ​massa molar?

A massa molar da água será a massa de 1 mol de "molequinhas" de água,


ou seja, a massa de 6,02 x 10​23 moléculas de água. Seria como se eu
pegasse, 6,02 x 10​23 molequinhas de H​2​O e colocasse em uma balança.
Ao fazer isso você verá que 1 mol de molequinhas de água tem massa
igual a 18g!!! Veja que conseguimos trazer esses valores que eram tão

pequenos para nossa realidade.

Mas então quer dizer que o valor da massa molecular será o mesmo da
massa molar? Sim. O que vamos mudar é a unidade:
● Massa Molecular da H​2​O= 18 u
● Massa Molar da H​2​O = 18 g/mol

Vamos retirar o u (unidade de massa atômica) e usar o g/mol.

Agora que você já sabe a diferença entre massa atômica, massa


molecular e massa molar, vamos resolver o seguinte exercício:

A massa atômica do hélio (He) é igual a 4,0 u e sua massa molar é 4,0
g/mol. Qual a massa em “g” de 1 átomo de hélio?

1 mol de He ----- 4,0 g -------- 6,02 . 10​23​ átomos

m​ ----------- 1 átomo

6,02 . 10​23​. ​m​ ​= 4,0 g

m = 6,6 . 10​-24​ g

6,6 . 10​-24​ g corresponde a massa de um átomo de hélio.

É muito pequenininho!!!!!
Questão 01- (MACK SP-Modificado)
Os volumes de gás nitrogênio e de gás oxigênio necessários para a
síntese de 8 L de pentóxido de dinitrogênio, considerando que todos os
gases estão nas mesmas condições de temperatura e pressão, são,
respectivamente:

gás nitrogênio + gás oxigênio ​→ gás pentóxido de dinitrogênio


2V 5V 2V

a) 8 L e 20 L.

b) 2 L e 5 L.

c) 5 L e 2 L.

d) 2 L e 2 L.

e) 1 L e 1 L.
RESOLUÇÃO

Os gases estão na mesma temperatura e pressão. Sendo assim, os


reagentes sempre reagem na mesma proporção. Logo, devemos seguir a
proporção de:

2V + 5V → 2V

8L + X → 8L (lembre-se que é volume então, podemos usar L)

X = 20L

O volume necessário do gás nitrogênio é de 8L e de gás oxigênio é de 20L

Letra: ​A
Para assistir a resolução do exercício cliquei no link abaixo:
https://www.quimicaemacao.com.br/resumos/18-q01
Questão 02 - (UFAC)
A massa molecular do composto Na​2​SO​4​.3H​2​O é igual a:

Dados: H=1u; O=16u; Na=23u; S=32u.

a) 142u

b) 196u

c) 426u

d) 444u

e) 668u

RESOLUÇÃO

Devemos encontrar a massa do sal (Na​2​SO​4​) e das 3 moléculas de água


(H​2​O).
Na​2​SO​4​.3H​2​O

23.2 + 32.1 + 16.4 + 3.(1.2 + 16.1)

46 + 32 + 64 + 3.18 = 196 u

Letra: ​B
Para assistir a resolução do exercício cliquei no link abaixo:
https://www.quimicaemacao.com.br/resumos/18-q02
TABELA PERIÓDICA

Fala Gás Nobre! Tudo bem? Preparado para reagir? Essa semana vamos
estudar um instrumento de consulta muito importante na química, a
Tabela Periódica! Você sabe interpretá-la? Vamos aprender?

Atualmente a tabela periódica contém 114 elementos reconhecidos pela


IUPAC. Sabe como eles são organizados? Bem, as propriedades de cada
elemento químico são determinadas pelo ​número de prótons​, ou seja,
pelo ​número atômico (Z). Na tabela os elementos estão organizados
em ordem crescente de número atômico. Mas a tabela possui colunas
verticais e horizontais, não é mesmo?

Colunas verticais: chamadas de ​grupos ou as ​famílias. Nelas estão


presentes os elementos com ​propriedades químicas semelhantes e
propriedades físicas que variam​ ​a medida que aumenta da massa.

Colunas horizontais: chamadas de ​períodos, que estão organizados em


ordem crescente de ​massa atômica (MA), mas aqui as ​propriedades
variam.

Vamos detalhar como são organizadas as famílias!


Famílias ou Grupos
A tabela periódica atual possui 18 famílias ou grupos. Mas como vamos
identificar cada família? Existem duas maneiras de identificá-las. Veja:

- Indicar cada família por um número, seguido das letras A ou B.


Por exemplo: 1A, 2A, 3B.
Essas letras A e B indicam a posição do elétron mais energético nos
subníveis (veremos logo a seguir).

- As famílias são indicadas por algarismos de 1 a 18, eliminando-se as


letras A e B.

Famílias A
Os elementos que constituem essas famílias são denominados ​elementos
representativos ou típicos, em que os elétrons mais energéticos estão
situados nos subníveis ​s​ ou ​p.

Veja que bacana, gás nobre… O número da família indica a quantidade de


elétrons na camada de valência (C.V) do elemento! Veja a tabela a
seguir:

Família Nº de elétrons Distribuição Nome


na C.V eletrônica da C.V

1 ou 1A 1 ns​1 Metais Alcalinos

2 ou 2A 2 ns​2 Metais Alcalinos


Terrosos

13 ou 3A 3 ns​2​np​1 Família do Boro

14 ou 4A 4 ns​2​np​2 Família do
Carbono

15 ou 5A 5 ns​2​np​3 Família do
Nitrogênio
16 ou 6A 6 ns​2​np​4 Calcogênios

17 ou 7A 7 ns​2​np​5 Halogênios

18 ou 8A 8 ns​2​np​6 Gases Nobres

n = número do nível de valência

Obs: O elemento hidrogênio (H), não possui propriedade semelhante a


nenhuma família. Portanto, não faz parte da família dos metais alcalinos,
mas está representado na coluna 1A pois, apresenta 1 elétron no subnível
“s” na camada de valência. Lembrando também, que o único gás nobre
que não apresenta 8 elétrons na camada de valência é o He.

Famílias B
Os elementos dessas famílias são denominados ​elementos de
transição. Uma parte deles ocupa o bloco central da tabela e são
denominados ​elementos de transição externa. Já a outra parte deles
está localizada abaixo dos demais elementos, que são os ​elementos de
transição interna. Isso só é necessário para evitar o alongamento da
tabela.

Sendo assim, na tabela temos os elementos representativos (família A) e


os elementos de transição externa e interna (família B). Veja:
Os elementos de transição externa que vão das famílias 3B a 2B ou 3 a
12 (10 colunas), apresentam seu ​elétron mais energético em
subníveis d.

Já os elementos de transição interna constituem as séries dos


lantanídeos e dos ​actinídeos. Essas séries apresentam 14 colunas e o
elétron mais energético​ está no ​subnível f ​(f​1​ a f​14​).

Veja gás nobre, os subníveis de maior energia (SME):

Perceba que todos que terminam em s, p, d ou f possuem um lugar na


tabela. Logo:

Agora vamos ver os períodos!


Períodos
Na tabela atual existem sete períodos. O número dos períodos
correspondem a quantidade de níveis (camadas) eletrônicos que os
elementos químicos apresentam. Legal não é mesmo?
Vamos fazer a distribuição eletrônica do Potássio (​19​K):
1s​2
2s​2 ​2p​6
3s​2 ​3p​6
4s​1

Quantas camadas temos nesse exemplo?


São 4 camadas eletrônicas (K, L M e N). Isso significa que o potássio está

no 4º período.

Você percebeu que com a distribuição eletrônica do átomo de um dado


elemento químico, é possível determinar sua localização na tabela? Então
vamos localizar o elemento alumínio (​13Al)
​ a partir da distribuição
eletrônica?
1s​2
2s​2​ 2p​6
3s​2 ​3p​1
Camadas (níveis): K=2 L=8 M=3

Temos que:
- Três camadas (K, L, M): 3º período
- Três elétrons na camada de valência (3s​2​ ​3p​1):

família 3A
- Elétron de maior energia situado no subnível p (3​p​1​): bloco p (elemento
representativo)
Mas se o subnível mais energético não estiver na camada de valência? O
que devemos fazer? Veja o exemplo do ferro (​26Fe):

1s​2
2s​2 ​2p​6
3s​2 ​3p​6 ​3d​6
4s​2

Nesse caso, é preciso somar os elétrons do subnível de maior energia


(3d​6​) com os elétrons dos subníveis da camada de valência (4s​2​). Sendo
assim, temos que:
- Quatro camadas (K, L, M, N): 4º período
- Dois elétrons na camada de valência + seis elétrons no subnível mais
energético: família 8B
- Elétron de maior energia situado no subnível d (3​d​6​): bloco d (elemento
de transição externa).

Resumindo temos que os elementos químicos:


• estão dispostos em ordem crescente de número atômico (Z);
• originam os períodos na horizontal;
• originam as famílias ou os grupos na vertical.

Mas não é só isso gás nobre! A tabela também é dividida de acordo com
as propriedades físicas e químicas! Veja:
Os Metais:
- Bons condutores de calor e eletricidade;
- Possuem brilho característico;
- Cor prateada com exceção do cobre (avermelhado) e do ouro
(dourado);
- Alta maleabilidade;
- Ductilidade;
- Geralmente possuem alto ponto de fusão e ebulição;
- Alta densidade;
- São sólidos na CNTP, com exceção do Hg (líquido na CNTP).
- Reagem com ácidos;
- Formam óxidos básicos;
- Possuem tendências a formar cátions.

Os Ametais ​(Não Metais)​:


- Maus condutores de calor e eletricidade, com exceção do C(grafite);
- Não possuem brilho, com exceção do grafite e do iodo;
- C(grafite) e C(diamante) alto ponto de fusão e ebulição;
- Geralmente possuem baixo ponto de fusão e ebulição;
- Baixa maleabilidade e ductilidade;
- Aparecem nos 3 estados físicos;
- Não reagem com ácidos;
- Possuem tendências a formar ânions.

Os Semimetais:
Possuem propriedades intermediárias ​entre as dos metais e as dos
ametais. Todos são sólidos e semicondutores.

Gases Nobres:
Nas condições ambientes apresentam-se no estado gasoso e sua principal
característica química é a grande estabilidade, ou seja, possuem pequena
capacidade de se combinar com outros elementos (assunto para próximos

resumos).

PROPRIEDADES PERIÓDICAS

As propriedades dos elementos da tabela podem ser de dois tipos:


periódicas e aperiódicas.

As propriedades aperiódicas são aquelas cujos valores variam


(crescem ou decrescem) na medida que o número atômico aumenta e
que não se repetem em períodos determinados.
Exemplo: a massa atômica de um elemento sempre aumenta de acordo
com o número atômico desse elemento, o calor específico, a dureza, o
índice de refração etc.

Já as propriedades periódicas são aquelas que, à medida que o


número atômico aumenta, assumem valores crescentes ou decrescentes
em cada período, ou seja, repetem-se periodicamente.
Exemplo: o número de elétrons na camada de valência.

É sobre essas propriedades periódicas que vamos estudar agora. Vamos


lá? Fique ligado que a primeira propriedade que vamos estudar é muito
importante! Ela vai ajudar a compreender as outras propriedades que
veremos logo a seguir. Ok?

Raio atômico
O que é o raio atômico? Bem, é o raio do átomo, ou seja, a distância do
núcleo até o elétron mais externo de seus níveis eletrônicos. E como
vamos determinar essa distância? Através da média aritmética da
distância entre os núcleos de dois átomos. Para isso, basta dividir a
distância entre os núcleos por 2. Veja a seguir:
Para comparar o tamanho dos átomos, devemos levar em conta dois
fatores:

- Número de níveis: quanto maior o número de níveis, maior será o


tamanho do átomo (raio atômico).

Na figura acima, vamos analisar o potássio (K) e o sódio (Na). Note que o
potássio apresenta um raio maior que o sódio! Isso pois o “K” possui 3
níveis e o “Na” 2 níveis (menor raio).
Mas se os átomos comparados apresentarem o mesmo número de níveis?
Esse é o outro fator a ser analisado, veja:

- Número de prótons (número atômico): o átomo que apresenta


maior número de prótons exerce uma maior atração sobre seus elétrons,
o que ocasiona uma redução no seu tamanho. Portanto, quanto maior for
a quantidade de prótons no núcleo, maior será a atração deles em relação
aos elétrons, ocasionando em um átomo mais compacto.
Por exemplo, o lítio (Li) possui 3 prótons e o flúor (F) possui 9, enquanto
que o número de camadas é o mesmo. Portanto o lítio tem o raio atômico
maior, pois a atração entre a carga positiva do núcleo com a carga
negativa dos elétrons é menor. Quanto maior o número de cargas, maior
a atração.

↑Z = ↓Raio atômico
↓Z = ↑Raio atômico

Contudo temos que:


• Na mesma família: o raio atômico (tamanho do átomo) aumenta de
cima para baixo na tabela, devido ao aumento do número de níveis;
• No mesmo período: o tamanho do átomo aumenta da direita para a
esquerda na tabela, devido à diminuição do número de prótons nesse
sentido, o que diminui a força de atração do núcleo sobre os elétrons.
Veja:
Ok? Mas o que acontece se o átomo perder ou ganhar elétrons
tornando-se um íon?

Raio Iônico
O raio iônico está relacionado com a mudança no tamanho do átomo
quando ele perde ou ganha elétrons. Logo, o raio iônico é o tamanho de
um íon.

Acontece que os prótons (partículas positivas) existentes no núcleo do


átomo exercem uma força de atração sobre os elétrons (partículas
negativas) presentes nas eletrosferas. Quanto maior for o número de
prótons, maior será essa atração e vice-versa. Desta maneira, quando o
número de elétrons é modificado seja pela perda ou ganho, a atração
existente entre prótons e elétrons também se modifica.

Sendo assim, se o átomo perde elétron, ele se transforma em um cátion


e consequentemente o seu tamanho diminui. Isso ocorre pois o número
de elétrons nas eletrosferas passa a ser menor que o número de prótons
no interior do núcleo, o que torna a força de atração do núcleo maior,
atraindo mais para perto de si os elétrons das eletrosferas.

O raio de um cátion será sempre menor do que o raio do seu átomo


neutro.

Raio do átomo neutro > Raio do cátion


Exemplo: Na+

Já quando ele ganha elétrons o seu tamanho aumenta, pois aumenta


também a repulsão dos elétrons da última camada. O número de elétrons
nas eletrosferas passa a ser maior do que o número de prótons no interior
do núcleo. Nesse caso, a força de atração exercida pelo núcleo é superada
pela força de repulsão entre os elétrons presentes nas eletrosferas.

O raio de um ânion será sempre maior do que o raio do seu átomo


neutro.

Raio do átomo neutro < Raio do ânion


Exemplo: Cl-

Agora veja esse caso dos isoeletrônicos.

Os íons: Al3+ 12Mg2+11Na1+9F-


13

Note que ao perder ou ganhar os elétrons, todos ficam com 10 elétrons.


Nesse caso, o que predomina é a quantidade de prótons, ou seja, a carga
nuclear. Quanto maior essa carga, maior a atração dos elétrons com o
núcleo e consequentemente menor o seu tamanho ou vice versa. Então o
alumínio é o menor e o flúor é o maior, certo?

Agora vamos para a próxima propriedade periódica.

Energia de ionização ou Potencial de Ionização


Energia de ionização é a energia mínima necessária para retirar um
elétron de um átomo (ou íon) isolado no estado gasoso. Sendo assim, o
átomo ou íon só perderá elétrons se ele receber energia suficiente, que é
a energia de ionização.

X(g) + Energia → X+(g) + e–

Veja o exemplo:
K(g) + Energia → K+(g) + e–
1mol + 419KJ → K+(g) + e–
Veja gás nobre, que para retirar o elétron do potássio é preciso 419KJ de
energia. Essa energia é a mais importante, pois é o primeiro potencial de
ionização (energia de ionização), que retira o primeiro elétron. Essa
costuma ser a menor energia de ionização, visto que esse é o elétron
mais afastado do núcleo e, portanto, a sua força de atração é a menor,
precisando de menos energia para ser removido. ​Quanto maior o raio
atômico, menor será a atração exercida pelo núcleo sobre o elétron mais
afastado. Portanto, menor será a energia necessária para remover esse
elétron. Logo, quanto maior o tamanho do átomo (quanto mais níveis de
energia), menor será a ​primeira energia de ionização​.

Perceba que ​com a perda de elétrons, o raio atômico diminui, pois o íon
fica cada vez mais positivo e consequentemente a atração com o núcleo
fica mais forte. Desta forma, será preciso mais energia para retirar o
próximo elétron e assim sucessivamente.

Veja o caso do alumínio. A energia de ionização pode ser medida em


elétron volts (eV):

Al​ + (6,0 eV) → ​13Al​


13​ ​
+​
+ e​–
Al​+​ + (18,8 eV) → ​13​Al​2​+​ + e​–
13​

Al​2​+​ + (28,4 eV) → ​13Al​


13​ ​
3​+​
+ e​–

Para o Alumínio temos a seguinte ordem de energia de ionização (EI):

1ª EI < 2ª EI < 3ª EI

Certo, vimos que quanto maior a tamanho do átomo, menor será a


primeira energia de ionização. Logo, temos que a energia de ionização
cresce na tabela periódica de baixo para cima e da esquerda para a
direita.
Sendo assim, o ​raio atômico e a energia de ionização são

inversamente proporcionais.​

No geral:
• Mesma família: a energia de ionização aumenta de baixo para cima;
• Mesmo período: a energia de ionização aumenta da esquerda para a
direita.

Afinidade eletrônica ou eletroafinidade


Eletroafinidade é a energia mínima liberada ou absorvida quando um
átomo neutro, isolado e no estado gasoso,​ recebe ​um elétron.

No geral:
● Na família ou no período, quanto menor o for o raio, maior a afinidade
eletrônica.

Logo, se a afinidade eletrônica diminui a medida que o raio atômico


aumenta, na Tabela Periódica, ela aumenta de baixo para cima e da
esquerda para a direita.

Portanto, quais são os elementos que possuem maior eletroafinidade?


Os ametais!! Eles possuem alta eletroafinidade, por isso que ele ​tendem
a receber elétrons e formar ânions. Enquanto que os ​metais ​que
possuem baixa eletroafinidade, ​tendem a perder os elétrons, formando
cátions. ​O elemento flúor, por exemplo, tem a capacidade de atrair
elétrons, originando um íon de carga negativa. Quando isso ocorre, a
energia liberada é de 328 kJ. Desse modo, temos que 328 kJ é o valor da
primeira afinidade eletrônica do elemento Flúor.
F ​(g)​ + e​-​ → F​-(g)

​ + 328​(energia liberada)

Geralmente, a adição do primeiro elétron ao átomo gasoso e isolado,


libera energia. Entretanto, quando ocorre a segunda eletroafinidade (de
qualquer átomo) a energia é absorvida.

Obs: O átomo de maior eletroafinidade na tabela é o cloro.

Eletronegatividade
É a tendência que um átomo possui de atrair elétrons para perto de si,
quando se encontra ligado a outro elemento químico diferente por meio
de uma ligação covalente (ainda não falamos sobre esse assunto).

Então gás nobre, ​a eletronegatividade é a força de atração que é exercida


sobre os elétrons de uma ligação. Ocorre na verdade, uma comparação
entre as forças de atração exercida pelos átomos. E essa força de atração
também tem relação com o raio atômico!

- Quanto menor o tamanho do átomo, maior a força de atração, pois a


distância entre o núcleo e o elétron da ligação será menor.

Na tabela periódica, a eletronegatividade cresce de baixo para cima e da


esquerda para a direita.
Se a eletronegatividade aumenta com a diminuição do raio atômico, quais
são os elementos mais eletronegativos?

Os elementos mais eletronegativos são os que estão no canto superior


direito da tabela: o flúor (4,0) e o oxigênio (3,5). Já os menos
eletronegativos são os que estão no canto inferior esquerdo, que são o
frâncio (0,8) e o césio (0,8). Contudo, foi criado a fila de
eletronegatividade dos elementos mais eletronegativos da tabela que
costumam ser mais trabalhados. Veja a ordem decrescente de
eletronegatividade:

F > O > N > Cl > Br > I > S > C > P > H

Seus respectivos valores:

4,0 > 3,5 > 3,0 > 3,0 > 2,8 > 2,5 > 2,5 > 2,5 > 2,1

Eletropositividade
A eletropositividade é a tendência do núcleo do átomo de afastar os
elétrons da camada de valência quando forma um composto. Desta
maneira, é o contrário da eletronegatividade, em que o átomo tende
atrair os elétrons compartilhados em uma ligação.
É a capacidade que um átomo possui de formar cátions (perder elétrons).

- Aumenta com o aumento do raio atômico. Sendo assim, na tabela​,


essa propriedade possui a mesma variação que o raio atômico, ​ou seja,
aumenta de direita para a esquerda e de cima para baixo​.

- Sentido crescente da eletropositividade dos elementos da família 17


ou 7A é: F < Cl < Br < I < At.

- Sentido crescente da eletropositividade dos elementos do segundo


período da Tabela Periódica é: Ne < F < O < N < C < B < Be < Li.

A eletropositividade também pode ser chamada de caráter metálico,


devido a maior tendência dos metais de perder os elétrons da camada de
valência quando ligados a átomos de elementos eletronegativos.

Reatividade
Os elementos que tendem a doar ou ganhar elétrons são muitos reativos,
ou seja, reagem com facilidade. Sendo assim, quanto mais eletropositivo
ou eletronegativo mais reativo é esse elemento!

Vamos para os exercícios?


Questão 01 - (MACK SP)
A seguir são mostradas quatro configurações eletrônicas:

I. 1s​2​, 2s​2​, 2p​5​.

II 1s​2​, 2s​2​, 2p​6​, 3s​2​, 3p​6​.

III. 1s​2​, 2s​2​, 2p​6​, 3s​2​, 3p​6​, 4s​2​, 3d​5​.

IV. 1s​2​, 2s​2​, 2p​6​, 3s​2​, 3p​6​, 4s​2​, 3d​10​, 4p​6​, 5s​1​.

Essas configurações correspondem, respectivamente, a um

a) halogênio, gás nobre, metal de transição interna e metal


alcalinoterroso.

b) elemento do grupo 15, gás nobre, halogênio e metal alcalino.

c) halogênio, calcogênio, metal de transição e metal alcalino.

d) elemento do grupo 15, gás nobre, metal alcalino e metal de transição.

e) halogênio, gás nobre, metal de transição e metal alcalino.


RESOLUÇÃO

Para identificar a família de cada elemento, deve-se analisar a camada de


valência (última camada).
I: ​2s​2 ​2p​5
- 7 elétrons: Família 7A - halogênio.
II: 3s​2​ 3p​6
- 8 elétrons: Família 8A - gás nobre.
III: Terminou em 3d​5​ e a C.V é 4s​2
- 7 elétrons: Família 7A - metal de transição externa.
Nesse caso, como terminou em d, já é possível dizer que pertence aos
metais de transição externa.
IV: 5s​1
- 1 elétron: Família IA, metal alcalino.

Letra: ​E

Para assistir a resolução do exercício cliquei no link abaixo:

https://www.quimicaemacao.com.br/resumos/19-q01
Questão 2 - (UFGD MS)
O raio iônico é o raio de um cátion ou de um ânion. Quando um átomo
neutro se converte em um íon, espera-se uma mudança no seu tamanho.
Em relação ao raio iônico, leia as seguintes afirmações.

I. O raio do Li+ é menor do que o raio do Li, pois o primeiro apresenta


um elétron a menos.

II. Os íons Na+, F– e Mg2+ têm a mesma configuração eletrônica,


porém, seus raios são diferentes porque eles têm diferentes números
atômicos.

III. O raio dos ânions é maior do que o raio dos átomos originais devido
ao aumento do número de elétrons na camada de valência dos ânions e
aos efeitos de repulsão que os elétrons exercem uns sobre os outros.

IV. O raio iônico diminui de cima para baixo em um mesmo grupo na


tabela periódica devido ao aumento sucessivo do número de camadas
eletrônicas.

Estão corretas as afirmações em:

a) I e II, apenas.

b) I, II e III, apenas.

c) II e III, apenas.

d) II e IV, apenas.

e) I e IV, apenas.
RESOLUÇÃO

I: Verdadeira
II: Verdadeira
III: Verdadeira
IV: Falsa: ​O raio iônico AUMENTA de cima para baixo em um mesmo
grupo na tabela periódica devido ao aumento sucessivo do número de
camadas eletrônicas.

Letra: B

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Questão 03 - (UERJ)
O comportamento químico e físico dos elementos tem relação direta com
suas propriedades periódicas.

Observe, no gráfico 1, parte das energias de ionização de um elemento


representativo do terceiro período da tabela de classificação periódica.

(Adaptado de RUSSEL, John Blair. Química geral. São Paulo: Makron Books, 1994.)

Observe, agora, no gráfico 2, as afinidades eletrônicas de 48 elementos


da tabela de classificação periódica. Considere que o elemento de menor
número atômico representado pertence ao segundo período da tabela.

Nomeie o elemento que corresponde ao gráfico 1, justificando sua


resposta. Em seguida, identifique o grupo da tabela de classificação
periódica ao qual pertencem os elementos do gráfico 2 que apresentam
as quatro maiores afinidades eletrônicas.
RESOLUÇÃO

Enxofre. O elemento deve possuir 6 elétrons em sua camada de valência,


já que há uma descontinuidade entre a 6ª e a 7ª energia de ionização,
indicando uma mudança de camada.

Grupo 17 (VII A).

Para assistir a resolução do exercício cliquei no link abaixo:

https://www.quimicaemacao.com.br/resumos/19-q03
Questão 04 - (UFU MG)
A energia liberada quando o átomo de cloro se transforma em íon cloreto
é 3,75 elétron volt, enquanto a energia liberada quando o átomo de
bromo se transforma em íon brometo é 3,50 elétron volt.

A respeito dessas informações, marque a alternativa INCORRETA.

a) O átomo de bromo possui menor afinidade eletrônica que o átomo de


cloro.

b) O átomo de bromo possui maior raio atômico que o átomo de cloro.

c) O átomo de cloro recebe elétrons mais facilmente que o átomo de


bromo.

d) O íon cloreto é menos estável que o íon brometo.

RESOLUÇÃO

O íon cloreto é MAIS estável que o íon brometo.

Letra: ​D

Para assistir a resolução do exercício cliquei no link abaixo:

https://www.quimicaemacao.com.br/resumos/19-q04
LIGAÇÕES QUÍMICAS I

Fala gás nobre, tudo bem? Preparado para reagir? Essa semana vamos

falar sobre as ligações químicas!

Primeiro… Você sabe por que os átomos se ligam uns aos outros? Os
átomos buscam ​estabilidade e por essa razão precisam fazer ligações.
Mas como é que essas ligações ocorrem?

Bem, existem três tipos de ligações químicas:


- Ligações Iônicas
- Ligações Covalentes
- Ligações Metálicas

Vamos aprender a determinar qual dessas ligações as substâncias


apresentam. Mas antes é fundamental entendermos como os átomos
buscam a estabilidade. Vamos lá?

Regra do Octeto
Vimos que os átomos se ligam para adquirir estabilidade. Mas por qual
razão? Gás nobre, tudo no universo tende a caminhar no sentido de
menor energia. Portanto, é justamente isso que acontece, quando os
átomos fazem ligações químicas, pois liberam energia nesse processo.
Como consequência… O que ocorre? O aumento da estabilidade!!

Mas nem todos os átomos dos elementos da tabela periódica, precisam


estabelecer ligações químicas com outros átomos para adquirir
estabilidade. Quem são eles? São vocês!!! Os ​gases nobres.

Vimos que esses elementos pertencem ao grupo ou família 18 da tabela


periódica. Como o próprio nome sugere, nas condições ambientes são
encontrados no estado gasoso, na forma de átomos isolados, cuja
principal característica química é a grande estabilidade. Logo, se são
muito estáveis, possuem pequena capacidade de se combinar com outros
elementos.

Mas o que esses átomos possuem que os outros não têm? Dinheiro?
haha. Não!! A estabilidade desses átomos está relacionada ao fato de
apresentarem os seus orbitais “s” e “p” do nível de valência totalmente
preenchidos. Veja:

Elemento Nível de Valência

2​ He 1s​2

10​Ne 1s​2​2s​2​2p​6

18​ Ar … 3s​2​3p​6

36​ Kr … 4s​2​4p​6

54​ Xe … 5s​2​5p​6

86​Rn … 6s​2​6p​6
Note, que todos os gases nobres possuem oito elétrons no último nível de
energia, com exceção do hélio que possui apenas a primeira camada.

Contudo, temos que os átomos se ligam uns aos outros na tentativa de


completar a sua camada de valência com oito elétrons, assim como os
gases nobres. Desta maneira, o átomo adquire a estabilidade! Essa é a
famosa regra do octeto.
Para os átomos completarem os oito elétrons no último nível de energia
ou dois elétrons caso tenham apenas o primeiro nível, eles terão que
ganhar, perder ou compartilhar elétrons.

Mas saiba que a regra do octeto não é absoluta! Existem vários


compostos estáveis que não apresentam oito elétrons na última camada.
Portanto, muitas substâncias ​desobedecem a regra.​ Ok?

Antes de falarmos das ligações químicas, você precisa saber que para
representar os elétrons da camada de valência (que são os envolvidos na
ligação) usamos o ​símbolo de Lewis. Mas como? Bem, em volta do
símbolo do elemento, os elétrons são representados com ponto, “x” ou
círculos. O cloro possui 7 elétrons na camada de valência e o oxigênio 6
elétrons. Veja como são representados usando o símbolo de Lewis:

Vamos ver agora, a primeira ligação do estudo desta semana, a ligação


iônica.

LIGAÇÃO IÔNICA

Gás nobre, você já parou para pensar por que a ligação iônica tem esse
nome? Como o próprio nome indica, a ligação iônica ocorre entre ​íons.
Isso pois, essa ligação, ocorre devido a ​transferência de elétrons da
camada de valência de um átomo para a camada de valência de outro
átomo. Sendo assim, na ligação iônica sempre teremos a formação de um
cátion (carga positiva) e de um ânion (carga negativa), que são unidos
por uma força, a força de atração eletrostática.

Desta maneira, temos que a ligação iônica só pode ocorrer entre


elementos que apresentam tendências opostas. Mas o que isso significa?
Significa que um dos átomos participantes da ligação deve ter a tendência
de perder elétrons enquanto o outro, deve ter a tendência de receber
elétrons. Você sabe quais são esses elementos que possuem tendências
opostas?

- Metais: tendem a perder elétrons


- Ametais: tendem a receber elétrons

Vamos analisar a formação do cloreto de sódio ou sal de cozinha. Veja a


configuração eletrônica dos átomos de Sódio e Cloro que formam esse
composto.

Na: 1s22s22p63s1
11

Cl: 1s22s22p63s23p5
17

Perceba que o átomo de sódio (Na) não é estável de acordo com a regra
do octeto, pois apresenta apenas um elétron na camada de valência.
Portanto, o átomo de sódio deve perder 1 elétron para atingir a
estabilidade com oito elétrons na camada de valência e assim, formar o
íon Na+. Enquanto que o cloro, deve receber um elétron para se
estabilizar, visto que, possui 7 elétrons na camada de valência e, assim,
formar o ânion Cl-. Desta maneira, a configuração dos íons formados
será:

Na+: 1s22s22p6
11

Cl-: 1s22s22p63s23p6
17
Veja na representação de Lewis:

Os íons (Na​+ e Cl​–​) que foram formados, possuem cargas elétricas


opostas e por essa razão se unem através da força eletrostática,
formando o composto NaCl.

Na​+​ + Cl​-​ → NaCl

Esses compostos assim formados são denominados ​compostos iônicos e


possuem estruturas ​eletricamente neutras.

A interação entre os íons produz aglomerados com forma geométrica


definida, denominados ​retículos cristalinos. ​Veja:

Veja gás nobre, que a estrutura desse sólido iônico possui vários íons
positivos e negativos intercalados.

Isso pois no retículo, o cátion sempre estará ao lado do ânion o que


aumenta a força de atração e diminui as forças de repulsão.
A quantidade de íons ligantes ao íon central é o ​número de
coordenação (NC). Esse valor depende da estrutura cristalina do
composto, cujo as mais comuns são: cúbica de face centrada e cúbica
de corpo centrado. Lembrando que, essas estruturas são determinadas
pelo tamanho (raio iônico) e pela carga dos íons. Vamos ver cada uma

delas?

Na estrutura cúbica de face centrada (CFC), a posição dos cátions e dos


ânions são equivalentes:

Note que cada íon encontra-se no centro de um octaedro e os íons


vizinhos (cargas opostas) estão nas vértices desse octaedro. Logo, qual
será o número de coordenação tanto dos cátions quanto dos ânions?

O número de coordenação (NC) = 6

Já na cúbica de corpo centrado (CCC), os cátions e os ânions também


ocupam posições equivalentes no retículo cristalino.
Mas veja que o íon central, agora encontra-se em um cubo e seus íons
vizinhos em suas vértices. Logo, qual o número de coordenação dos
cátions e ânions nesse caso?

O número de coordenação (NC) = 8

Nós vimos que que toda ligação iônica forma um sistema eletricamente
neutro, certo? Por essa razão, é preciso usar a regra do entrecruzar:

Note que o valor numérico da carga do cátion é o índice de atomicidade


do ânion e vice-versa. Mas qual a necessidade de utilizar essa regra? Essa
regra garante a igualdade das cargas elétricas positivas e negativas do
composto iônico. É preciso que o número de elétrons cedidos pelos
átomos de um elemento seja igual ao número de elétrons recebidos pelos
átomos do outro elemento.

Contudo, a fórmula obtida é a fórmula mínima do composto iônico, que


mostra a mínima proporção entre os átomos que se ligam, de modo que
se forme um sistema eletricamente neutro. Veja alguns exemplos a
seguir:

Al3+ O2- Ca2+ Cl1- Ca2+ PO43-


AL2O3 CaCl2 Ca3(PO4)2

As cargas elétricas dos metais e ametais representativos da tabela


periódica, estão relacionadas com a camada de valência. Sendo assim, é
possível prever as cargas elétricas desses elementos baseando-se na
regra do octeto. Veja os íons mais importantes dessas famílias:
1 2 13 15 16 17

1+ 2+ 3+ 3- 2- 1-

Li​+ Al​3+ N​3- O​2- F​-

Na​+ Mg​2+ P​3- S​2+ Cl​-

K​+ Ca​2+ Se​2+ Br​-

Rb​+ Sr​2+ Te​2+ I​-

Cs​+ Ba​2+

IMPORTANTE: O hidrogênio pode formar compostos iônicos. Como ele é


mais eletronegativo que os metais, ele recebe um elétron, formando um
ânion chamado de​ ​hidreto.​ Olha só:
Na​1+​ H​1-
NaH

→ Normalmente a atração entre os íons em um composto iônico é muito


forte, e por essa razão os cristais iônicos possuem várias propriedades em
comum. Vamos ver quais são elas?

OS COMPOSTOS IÔNICOS

Os compostos iônicos possuem propriedades como:

● Todos sã​o sólidos cristalinos em condições normais de temperatura


(0°C) e pressão (1 atm);
● São duros e​ quebradiços;
● Possuem pontos de fusão e de ebulição elevados;
● São isolantes elétricos no estado sólido;
● Bons bons condutores no estado líquido e gasoso;
● Maus condutores de calor;
● Em solução aquosa (dissolvida em água) conduzem corrente elétrica.
● Apresentam ponto de fusão (P.F.) e ponto de ebulição (P.E.) elevados.
Ponto de fusão e ponto de ebulição
A energia potencial eletrostática (EpE) entre os íons determina os pontos
de fusão e ebulição dos compostos iônicos. A equação a seguir mostra
que a força de atração entre os íons com cargas opostas:

EpE= KQ1Q2
d

K = 8,99.109J.m.C-2
Q1= carga do cátion (Coulomb)
Q2 = carga do ânion (Coulomb)
d = rcátion + rânion (m)

Quanto maior o valor da carga (Q) maior a energia. Portanto, são


diretamente proporcionais! E quanto menor for a distância (d) entre as
cargas (Q), maior será a energia. Desta maneira, o ponto de fusão e
ebulição serão maiores. Certo?

● E↑ Q↑ Carga
● E↓ d↑ Raio

Mas como vamos prever qual composto possui maior ponto de fusão? É
preciso analisar a carga elétrica e o raio iônico! Primeiro você analisa a
carga do íon. Vamos fazer um exemplo e descobrir qual composto possui
maior ponto de fusão?

NaCl(s) ou CaO(s)?

Vamos analisar as cargas…

Na+ Cl-(s) Ca2+O2-(s)


Como a carga do CaO é maior, a força de atração também é maior. Sendo
assim, ele possui maior ou menor ponto de fusão? Maior ponto de fusão!

E a distância entre os íons? Não vamos usar nesse caso? Não gás nobre.
Vamos analisar a distância entre os íons somente quando as cargas forem
iguais. Ok? Vamos ver qual dos compostos possui maior ponto de fusão:

NaCl​(s) ou
​ CsCl​(s)​?

As cargas são: Na​+ ​Cl​-​(s)​ ​Cs​+​Cl​-​(s)

Como as cargas são iguais, vamos analisar o raio iônico. Como o ânion é
igual nos dois compostos, não precisamos nos preocupar com ele. Você se
lembra do raio iônico? Na tabela periódica ele aumenta de cima para
baixo. Portanto, temos que o raio do Cs​+​ é maior que o raio do Na​+​.

Isso faz com que a distância entre os centros dos íons de CsCl seja maior.
Ocasionando assim, em um ponto de fusão menor. Lembra? Quanto
menor for a distância (d) entre as cargas (Q), maior será a energia, ou
seja, o ponto de fusão do NaCl é maior.

→ A distância é inversamente proporcional a força de atração.


A ​energia de rede é outra energia envolvida na formação da ligação
iônica. Essa é a energia necessária para separar um mol de um composto
iônico no estado sólido, transformando-o em íons gasosos.

Quanto ↑ o ponto de fusão ↑ a energia de rede.

Caráter Iônico
Gás nobre, a maioria das ligações químicas não são 100% iônicas,
covalentes ou metálicas. O que prevalece é o caráter de um tipo de
ligação. O composto terá um caráter iônico quando a diferença de
eletronegatividade entre os átomos que estão ligados for alta. Quando
essa diferença de eletronegatividade for ​maior que 1,7 a ligação
predominante será a iônica. veja:

Eletronegatividade do Flúor: 4
Eletronegatividade do Sódio: 0,93

O flúor é mais eletronegativo que o sódio. Sendo assim, para saber a


diferença de eletronegatividade entre eles basta subtrair um pelo outro.
Logo, o composto NaF possui caráter iônico, visto que, 4 - 0,93 = 3,07,
ou seja, maior que 1,7. Ok?

Agora vamos ver a segunda ligação, a ligação covalente.

LIGAÇÃO COVALENTE

Esse tipo de ligação ocorre quando os átomos envolvidos tendem a


receber ​elétrons. Mas como é possível que todos os átomos recebem
elétrons sem que nenhum doe? Nesse caso, os átomos ​compartilham
seus elétrons, formando ​pares eletrônicos. Esses pares eletrônicos são
constituídos por um elétron de cada átomo que pertence
simultaneamente aos dois átomos. Como não ocorre ganho nem perda de
elétrons, como na ligação iônica, formam-se estruturas ​eletricamente
neutras, denominadas ​moléculas. Por esse motivo, essa ligação
também é denominada de ​ligação molecular.

A ligação covalente é formada entre:

● Átomos de ​ametais e semimetais que apresentam a tendência de


receber elétrons.

Veja o exemplo da molécula H​2 representada na ​fórmula de Lewis e na


fórmula estrutural​ ​(o par de elétrons é representado por um traço):

ou

Cada átomo de hidrogênio precisa ganhar um elétron para alcançar a


configuração eletrônica de gás nobre (hélio), logo compartilham o par de
elétrons. Ok? Nessa ligação, a força é resultante da atração entre os
elétrons compartilhados e os núcleos (positivos) dos átomos. Veja a
seguir, a demonstração das atrações e repulsões existentes na molécula
de H​2​.
A ligação covalente ocorre quando essas forças de atração e repulsão
ficam em equilíbrio. Podemos observar no gráfico a seguir, a variação da
energia durante a formação da ligação covalente. Veja:

Veja que o gráfico relaciona a energia potencial com a distância entre os


átomos (distância internuclear). Logo, quando estão infinitamente
separados a energia potencial é zero. Mas à medida que os dois átomos
de hidrogênio vão se aproximando, as forças atrativas aumentam mais
que as repulsivas, e a energia potencial decresce até um valor mínimo.
Nesse momento, as forças atrativas estão em equilíbrio com as forças
repulsivas, ocorrendo a ligação.

A distância internuclear no ponto mínimo é uma característica da ligação


e designa-se por ​comprimento de ligação. Portanto, 75pm é o
comprimento de ligação (d) da molécula. Quando dois átomos realizam
uma ligação covalente, a metade do comprimento de ligação corresponde
ao ​raio covalente​ do átomo. Como mostra a figura:
E se a ligação for feita por átomos diferentes? Nesse caso, o comprimento
ou distância (d) será a soma dos raios covalentes (r1 + r2) dos átomos.

Agora veja alguns exemplos de ligação covalente, em que ocorre o


compartilhamento de mais de um par de elétrons.

O número de ligações covalentes entre os átomos é chamado de ordem


de ligação. Temos o seguinte:

Ligações Ordem de ligação

C C 1

C C 2

C C 3

Temos que os pares de elétrons podem ser compartilhados, formando-se


ligações simples, duplas ou triplas.
No geral:
● ↑Ordem de ligação entre os átomos
● ↓Comprimento de ligação
● ↑Energia de ligação

Ligação covalente dativa ou coordenada


Gás nobre, essa ligação é semelhante a ligação covalente comum. A
diferença entre elas, se deve ao fato da ligação covalente dativa, ocorrer
entre um átomo que já atingiu a estabilidade eletrônica e outro átomo
que precisa de dois elétrons para completar sua camada de valência.
Portanto, o par de elétrons é compartilhado apenas pelo átomo que já
está estável. Ok ???

Antigamente essa ligação era indicada por uma seta, mas atualmente
podemos representá-la somente por um traço. Veja o exemplo do dióxido
de enxofre (SO​2​).

Note que, o enxofre estabelece uma dupla ligação com um dos oxigênios,
e assim os dois atingem a estabilidade com oito elétrons na camada de
valência. Certo? A seguir, o enxofre - que é o átomo central estável -
compartilha um par de seus elétrons com o outro oxigênio, através de
uma ligação covalente dativa ou coordenada.

PROPRIEDADES DOS COMPOSTOS COVALENTES

Vimos que os compostos iônicos possuem propriedades bem regulares,


certo? Mas isso não é o que acontece com os compostos covalentes.
● Na CNTP eles são encontrados nos três estados físicos (sólido, líquido
e gasoso);
● Ponto de Fusão e Ebulição são variados;
● Baixa condutividade térmica e elétrica (exceção do grafite que é um
bom condutor de eletricidade);
● Em solução aquosa não conduzem eletricidade;

Os compostos covalentes, podem formar dois tipos de sólidos:

- Moleculares: Moléculas individuais com baixo PF e PE. Podem ser


amorfos ​(sem forma) que geralmente são macios ou ​cristalinos
que são quebradiços e duros.
- Reticulares: Formam uma rede bidimensional ou tridimensional
através da união de todos os seus átomos por ligações covalentes.
São rígidos e duros com alto PF e PE. Exemplo: Diamante C​(n)​,
grafite C​(n)​, Quartzo, dentre outros.

Compostos com ligações iônicas e covalente


Sabia que existem compostos químicos que possuem ligações iônicas e
covalentes? É o caso do sulfato de cálcio (CaSO​4​).

Esse composto é formado por dois íons: Ca​2+ e SO4​2-​. Sendo a união
desses íons feita por uma ligação iônica. Porém, o ânion SO4​2- ​as ligações
que unem o oxigênio ao enxofre são covalentes.

Mas e agora? O sulfato de cálcio é um composto iônico ou covalente?

Gás nobre, irá prevalecer neste composto as características de compostos


iônicos pois, para ser considerado covalente é preciso apresentar todas as
ligações covalentes.
- Compostos iônicos: podem possuir ligações covalentes internas nos
cátions e ânions.
- Compostos covalente: Possuem apenas ligações covalentes.

Ressonância
Gás nobre, quando for possível mudar a posição dos elétrons sem mudar
a posição dos átomos na fórmula estrutural, temos que a estrutura real é
um híbrido de ressonância. Para entendermos o que isso significa, vamos
ver o exemplo da fórmula estrutural de Lewis do ozônio:

Em relação a ordem de ligação temos que:

● Ligação dupla: ordem de ligação 2

É a ligação mais curta, cujo comprimento é igual a 121pm

● Ligação simples: ordem de ligação 1

É a ligação mais longa, cujo comprimento é igual a 148pm

Acontece gás nobre, que na estrutura real do ozônio as duas ligações são
idênticas, apresentando um comprimento de 128pm. E sabe como isso é
possível? Bem, o ozônio pode ser representado de duas maneiras:

Portanto, o melhor modelo para o ozônio é uma mistura dessas duas


estruturas. Essa mistura é chamada de ressonância, representada por
uma seta de duas pontas.
Note que a posição dos elétrons mudou sem mudar a posição dos átomos
na fórmula estrutural. Contudo, temos que a estrutura real do ozônio é
um híbrido de ressonância (mistura das estruturas). Ok?

E em relação ao valor do comprimento da ligação? Esse valor de 128pm é


intermediário ao valor do comprimento da dupla e da simples. Já a ordem
de ligação é igual a 1,5, visto que, os três pares de elétrons devem ser
compartilhados com os dois ligantes:

Lembre-se que a ressonância aumenta a estabilidade da molécula, pois


diminui a sua energia.

Veja o famoso benzeno:

Ele possui uma estrutura cíclica, formada por três ligações duplas
intercaladas com três ligações simples. Assim como o ozônio, é possível
mudar os elétrons das ligações pi (dupla) sem mudar a posição dos
átomos. Entretanto, a estrutura real não será nenhuma dessas estruturas
e sim o híbrido de ressonância das estruturas.

Caráter Covalente
Gás nobre, o caráter covalente é o contrário do iônico. Sabe porquê? Se
quanto maior era a diferença de eletronegatividade maior era o caráter
iônico, para ser covalente a diferença de eletronegatividade entre os
átomos deve ser ​menor. ​Lembre-se do valor referente a diferença de
eletronegatividade entre os átomos:

Agora vamos colocar em prática os conhecimentos adquiridos?


Questão 01 - (FPS PE)
Considere os átomos X, com número atômico 13, e os átomos Y com
número atômico 8. Entre esses átomos forma-se um composto com a
seguinte fórmula:

a) X​3​Y​2

b) X​2​Y​3

c) XY

d) X​4​Y​3

e) X​2​Y​5
RESOLUÇÃO

Distribuição eletrônica:

13​ X ​8​Y
1s​2 ​
1s​2
2s​2​ 2p​6 2s​2​ 2p​4

3s​2​ 3p​1

Temos que o átomo X possui 3 elétrons na camada de valência, logo ele


tende a perdê-los para atingir o octeto. Portanto, sua carga deve ser igual
a +3.

Já o átomo Y possui 6 elétrons na camada de valência e para ficar com 8


elétrons precisa de mais 2 elétrons. Sendo assim, sua carga deve ser
igual a -2.

Logo: X​+3​Y​-2
Utilizando a regra do entrecruzar temos: ​X​2​Y​3

Letra: ​B

Para assistir a resolução do exercício cliquei no link abaixo:

https://www.quimicaemacao.com.br/resumos/20-q01
Questão 02 - (PUC RJ)
Qual das substâncias abaixo apresenta maior caráter iônico?

a) KCl

b) NaI

c) CaBr2

d) Li2S

e) FeS
RESOLUÇÃO

Quanto maior a diferença de eletronegatividade entre os átomos da


ligação, maior será o caráter iônico. Portanto, é preciso analisar os
elementos de acordo com a tabela periódica.

A eletronegatividade aumento de baixo para cima e da esquerda para


direita. De acordo com a fila da eletronegatividade temos:

F > O > N > Cl > Br > I > S > C > P > H

a) O potássio está na família 1 e o cloro está na família 7. Desta maneira,


temos que o potássio é menos eletronegativo que o cloro e a diferença
de eletronegatividade entres eles é alta.
b) O sódio também está na família 1 e como está mais acima é um pouco
mais eletronegativo. Porém o iodo é menos eletronegativo que o cloro
(comparando com a letra a). Portanto a diferença de
eletronegatividade entre ele é menor, e consequentemente diminui o
caráter iônico.
c) O bromo também é menos eletronegativo que o cloro.
d) O enxofre também é menos eletronegativo que o cloro.
e) Mesma situação da letra d.

Letra: ​A

Para assistir a resolução do exercício cliquei no link abaixo:

https://www.quimicaemacao.com.br/resumos/20-q02
Questão 03 - (Uece 2014)

Considere quatro elementos químicos representados por: G, J, X e Z.


Sabendo-se que os elementos J e G pertencem ao mesmo grupo da
tabela periódica, e que os elementos J, X e Z apresentam números
atômicos consecutivos, sendo X um gás nobre, é correto afirmar-se que

a) os elementos J e G apresentam potenciais de ionização idênticos por


possuírem o mesmo número de elétrons no último nível.

b) o composto formado por J e Z é iônico e sua fórmula química é ZJ.

c) o composto formado por G e Z é molecular e sua fórmula química é


ZG2.

d) o composto JX apresenta ligação coordenada.


RESOLUÇÃO

Ele disse que estão

X é um gás nobre: família 18

J e G são halogênios: família 17

Z é um metal alcalino: família 1

a) Não, visto que estão em períodos diferentes. Sendo assim, os elétrons


da C.V do elemento que possui com mais camadas, estão mais
afastados do núcleo, e por essa razão possui uma energia de ionização
menor. Errada.
b) Sim, pois J é da família 17 e Z é da família 1. Sendo assim, possuem
alta diferença de eletronegatividade, em que J tende a ganhar e Z
tende a perder elétrons, formando ligação iônica. Correta.
c) Não, devido a alta diferença de eletronegatividade entre eles. Errada.
d) Não, pois para isso deveria ser uma ligação covalente. Errada.

Letra: ​B

Para assistir a resolução do exercício cliquei no link abaixo:

https://www.quimicaemacao.com.br/resumos/20-q03
Questão 04 - (UDESC SC)

Assinale a alternativa que apresenta, ao mesmo tempo, ligações


covalente e iônica.

a) O​2

b) CO

c) NaCN

d) KCl

e) BaO
RESOLUÇÃO

Ligação covalente ocorre entre ametal e ametal. Enquanto que a iônica


ocorre entre metal e ametal.

a) Apenas ligação covalente

b) Apenas ligação covalente

c) o cátion Na​+ faz ligação iônica com o ânion CN​-​. Mas entre o carbono e
o nitrogênio do CN ocorre uma ligação covalente. Então temos as duas
ligações.

d) Apenas ligação iônica

e) Apenas ligação covalente

Letra: ​C

Para assistir a resolução do exercício cliquei no link abaixo:

https://www.quimicaemacao.com.br/resumos/20-q04
LIGAÇÕES QUÍMICAS II

Fala gás nobre, tudo bem? Preparado para reagir? Essa semana vamos
continuar o nosso estudo sobre ligações químicas. Vamos lá?

ORBITAIS MOLECULARES

Quando os átomos se aproximam, para formar uma ligação, os seus


orbitais de valência se superpõem e assim, ocupam a mesma região no
espaço. Desta forma, temos o formação de um orbital molecular onde é
máxima a probabilidade de encontrar os elétrons compartilhados. Esse
modelo de ligação química é denominado Teoria da Ligação de
Valência (TLV).

Lembrando que cada orbital molecular, acomoda até dois elétrons de


spins contrários, formando a ligação covalente. Vamos analisar a
formação do molécula H2. Temos que, cada átomo de hidrogênio possui
um elétron em um orbital 1s. Veja:

● Distribuição eletrônica: 1H = 1s1


● Representação dos orbitais da camada de valência:
● Representação espacial dos orbitais:

Nesse caso, os orbitais atômicos se interpenetram frontalmente


(mesmo eixo). Quando isso ocorre a ligação covalente formada é
classificada como sigma (σ).

As ligações sigma podem ser classificadas de acordo com os orbitais que


se superpõem ou interpenetram. No caso do H2, os orbitais que
superpuseram foram orbitais “s”. Ok? Logo, a ligação sigma é do tipo
σ(s-s).

Agora veja o exemplo da formação da molécula HCl:


● Distribuição eletrônica:

1H = 1s1 17 Cl = 1s2 2s2 2p6 3s2 3p5

● Representação dos orbitais da camada de valência:

● Representação espacial dos orbitais:

Veja a superposição frontal dos orbitais:

Nesse caso, temos que a interpenetração ou superposição ocorreu com os


orbitais “s” do hidrogênio e “p” do cloro. Logo, a ligação sigma é do tipo
σ(s-p).
Agora vamos ver um exemplo em que temos a formação de outro tipo de
ligação. Veja a formação das ligações da molécula O2:

● Distribuição eletrônica:
O = 1s2 2s2 2p4
8

● Representação dos orbitais da camada de valência:

● Representação espacial dos orbitais py e pz

Veja gás nobre, que nesse caso temos a formação da ligação sigma pelos
orbitais py devido a aproximação frontal dos átomos. Logo, o tipo de
σ(p-p). Mas nesse caso temos mais de uma ligação.

Gás nobre, a primeira ligação covalente formada será sempre sigma!


Entretanto, a segunda e a terceira são sempre ligações do tipo pi ). A
p-p
superposição dos orbitais pz que formam a ligação pi é lateral e não
frontal como a sigma. Como mostra a figura:

Ok?

GEOMETRIA MOLECULAR

Gás nobre, como vimos as moléculas são formadas pela união de átomos
através das ligações covalentes e essas moléculas, possuem arranjos
espaciais definidos para os ligantes e para os pares de elétrons
isolados ao redor do átomo central. Você deve se lembrar que ao
desenhar a estrutura de Lewis, não nos preocupamos com essa disposição
dos átomos no espaço, certo? Mas agora vamos desenhá-las de acordo
com disposição dos átomos no espaço. Ok?

Mas como? Bem, existem 5 tipos de arranjos que estão de acordo com o
número de coordenação (NC) do átomo central. Veja a tabela a seguir:
Cada uma desses arranjos tem seus elétrons ligantes (compartilhados),
bem como, os pares de elétrons isolados posicionados o mais longe
possível um do outro. Isso minimiza a repulsão entre eles. Essa é a
teoria da repulsão dos pares eletrônicos da camada de valência

(TRPECV) . Veja:

Os pares eletrônicos ao redor de um átomo central (participando ou não


das ligações), comportam-se como nuvens eletrônicas (representadas
na forma de balão na cor azul na tabela) que se repelem entre si, de
forma a ficarem orientadas no espaço com a maior distância angular
possível.

Mas estamos falando somente em arranjo… é a mesma coisa que


geometria? Vamos ver?

Veja a molécula de amônia (NH3), por exemplo:

Átomo Central: Nitrogênio


Número de coordenação: 4
Humm, então a geometria é tetraédrica, visto que o número de

coordenação é quatro? Não!

Vamos entender o porque:

Arranjo: NÃO diferencia ligação química de par de elétrons livres.


Geometria molecular: diferencia ligação química
de par de elétrons livres.

Portanto, gás nobre, a geometria molecular considera somente a


posição espacial dos átomos e não o arranjo de coordenação. Sendo
assim temos que para a amônia:

● Geometria Molecular: Piramidal Trigonal


● Arranjo Molecular: Tetraédrica

Mas que geometria é essa? Essa é uma das geometrias moleculares que
derivam dos arranjos que vimos. E como vamos determinar a geometria
das moléculas? Pela posição dos núcleos dos átomos ligados ao átomo
central. De acordo, com a orientação das nuvens e o número de átomos
ligados ao átomo central, temos as possíveis geometrias moleculares.

...Veja a tabela a seguir, e observe a relação da geometria das moléculas


com o número de nuvens eletrônicas localizadas ao redor do átomo
central:

Considere que:
A: Átomo Central
X: Ligantes
Essas são as geometrias moleculares gás nobre!!

Obs: Toda molécula formada por dois átomos (diatômicas) é linear.

Agora vamos falar sobre um assunto muito legal e muito importante nos

nossos estudos: polaridade

POLARIDADE DAS LIGAÇÕES E DAS MOLÉCULAS

Gás nobre, você sabe o que é polaridade? Sabia que ela pode ocorrer
tanto na ligação quanto na molécula? Vamos ver qual a diferença?
Polaridade das ligações

O acúmulo de cargas elétricas em determinada região é denominado pólo,


que pode ser de dois tipos:

Ligações Iônicas

Sabemos que em uma ligação iônica ocorre transferência definitiva de


elétrons, e por isso temos a formação de íons positivos (cátions) ou
negativos (ânions).

Então gás nobre, se todos os íons apresentam excesso de cargas elétricas


positivas ou negativas, eles sempre terão pólos.

Toda ligação iônica é uma ligação polar.

Ligações Covalentes

Já nas ligações covalentes a existência de pólos é associada à deformação


da nuvem eletrônica e depende da diferença de eletronegatividade entre
os átomos. Devido a diferença de eletronegatividade dos átomos
unidos por uma ligação covalente é possível classificá-los em apolares ou
polares.

Quando a ligação covalente ocorre entre átomos de mesma


eletronegatividade, não ocorre distorção da nuvem eletrônica, ou seja,
não ocorre formação de pólos. Assim, essas ligações são denominadas
apolares. Nesse caso, os elétrons são igualmente compartilhados entre
os átomos. Veja o exemplo a seguir:

Perceba que os átomos são iguais! Mas e quando os átomos forem


diferentes?
- Ocorre a deformação da nuvem eletrônica, ou seja, formação de pólos
devido a diferença de eletronegatividade entre os átomos.

O átomo da ligação que possui maior eletronegatividade desenvolve uma


carga parcial negativa ) devido a maior densidade eletrônica.

Já o
átomo que possui menor eletronegatividade desenvolve uma carga parcial
+
). Essas ligações são denominadas polares. Veja o exemplo:

Quanto maior for a diferença de eletronegatividade, maior será a


polarização da ligação.

Veja esse exercício: O aumento de diferença de eletronegatividade entre


os elementos ocasiona a seguinte ordem no caráter das ligações:

A) covalente polar, covalente apolar, iônica.

B) iônica, covalente polar, covalente apolar.


C) covalente apolar, iônica, covalente polar.

D) covalente apolar, covalente polar, iônica.

E) iônica, covalente apolar, covalente polar.

Conseguiu resolver gás nobre? HAHA! Espero que sim hen? Nesse caso
temos, que:

Logo, a resposta é a letra: D

Veja a resolução em:

https://www.quimicaemacao.com.br/resumos/21-e01

Mas não só as ligações podem ser classificadas quanto a sua polaridade,


como vimos, as moléculas também!

Polaridade das Moléculas

Mas qual a diferença? Aqui a polaridade é determinada pelo vetor

momento dipolar resultante ( ), ou seja, pela soma dos vetores de


todas as ligações da molécula.

O momento dipolo é representado por um vetor orientado no sentido


do elemento menos eletronegativo para o elemento mais eletronegativo.
Logo, o vetor é orientado do pólo positivo para o pólo negativo.

Somatório IGUAL a ZERO ( = 0) : Molécula Apolar

Somatório DIFERENTE de ZERO (



Fórmula Geometria Vetores Molécula


Molecular

HF Linear

CO2 Linear

H2O

Lembrando toda

solubilidade

“Semelhante dissolve semelhante”


Isso significa que substâncias apolares tendem a se dissolver em
solventes apolares e substâncias polares tendem a se dissolver em
solventes polares.

FORÇAS INTERMOLECULARES OU FORÇAS DE VAN DER WAALS

Gás nobre, as forças intermoleculares são as forças de atração (forças


eletrostáticas) que existem entre as moléculas que fazem parte de um
composto molecular. Essa interação entre as moléculas podem ser fortes
ou fracas. Além disso, são essas forças que determinam as propriedades
físicas da matéria, sabia?

↑Intensidade das Forças Intermoleculares


↑Energia para afastar uma molécula da outra

Existem três tipos de forças intermoleculares:

- Dipolo-dipolo ou dipolo permanente


- Ligações de hidrogênio
- Forças de London ou dipolo induzido

Vamos falar de cada uma delas…

Dipolo-dipolo (DD)

Essa interação ocorre entre moléculas polares. Sendo assim, a


extremidade positiva de um molécula é atraída pela extremidade negativa
da outra molécula.
Exemplo: HBr

Ligações de Hidrogênio (LH)


São interações do tipo dipolo-dipolo, mas são muito fortes. Essa
interação ocorre com moléculas que possuem átomos de hidrogênio
ligados diretamente aos átomos de oxigênio, nitrogênio ou flúor, que são
muito eletronegativos. E é justamente devido a essa alta diferença de
eletronegatividade o motivo das ligações de hidrogênio, serem mais fortes

Exemplo: H2O

Dipolo Induzido ou Forças (dispersões) de London (DI)

Essa interação é característica das moléculas apolares. No estado sólido


ou líquido, essas moléculas estão mais próximas e assim, ocorre uma
deformação momentânea das nuvens eletrônicas, originando pólos
positivo e negativo.
Exemplo: H2, CO2

No geral gás nobre, temos que:


Dipolo induzido < dipolo-dipolo < ligações de hidrogênio

Obs: Nenhuma força intermolecular é mais forte que uma ligação


química!

↑ Energia para romper uma ligação química


Energia para romper uma força intermolecular

FORÇAS INTERMOLECULARES E AS PROPRIEDADE FÍSICAS

Em relação aos pontos de fusão (PF) e ebulição (PE):

- Forças intermoleculares fortes, pontos de ebulição e fusão altos


H2O PE: 100°C
- Forças intermoleculares fracas, pontos de ebulição e fusão baixos
F2 PE: -188°C

↑Aumenta a força de atração


↑Aumenta o PF e PE

Massa Molecular

Mas não é apenas o tipo de interação que influencia nos PF e PE. A massa
da molécula também!!

↑Maior o tamanho de uma molécula ↑PE e PF

Isso será analisado quando as forças forem iguais. Veja:

Tipo de força intermolecular HCl, HBr e HI: dipolo-dipolo

Massa Molecular HCl: 36,5u


Massa Molecular HBr: 81u
Massa Molecular HI: 128u

Logo, temos que o ponto de ebulição do HI é maior visto que a massa é


maior.
Ponto de Ebulição HCl: -85ºC
Ponto de Ebulição HBr: -67ºC
Ponto de Ebulição HI: -36ºC

Ok?

Solubilidade

Gás nobre, você com certeza sabe que o óleo não se dissolve na água,
certo? Podemos explicar esse fato considerando que os processos de
dissolução estão associados às interações moleculares. Isso, pois o tipo
de força intermolecular existente na água é diferente da existente no
óleo. Como a água é uma substância polar, temos que as moléculas do
óleo devem ser apolares.

Lembre-se da que vimos: “Semelhante dissolve semelhante”

- Solubilização dos compostos moleculares polares:


As interações responsáveis pela dissolução são forças atrativas do tipo
dipolo-dipolo

- Solubilização dos compostos moleculares apolares:


As interações responsáveis pela dissolução são forças atrativas do tipo
forças de London

Em relação aos íons, existe um quarto tipo de força atrativa, denominada


íon-dipolo. É o caso de íons dissolvidos em solventes polares, como o
NaCl em água.

Assim, as extremidades positivas das moléculas de água se orientam em


direção ao ânion (Cl-) e a extremidade negativa das moléculas de água se
orientam em direção ao cátion (Na+). Desta maneira, as moléculas de
água (solvente) impedem o reagrupamento dos íons.

Viscosidade

Alguns líquidos escoam lentamente e outros rapidamente. A medida de


resistência desses fluidos ao escoamento é chamada de viscosidade.

↑Fluidez Viscosidade
A viscosidade pode ser explicada pela forças intermoleculares:
- Mais forte a força intermolecular do fluido, maior a dificuldade de
movimentação das moléculas e, portanto maior é a viscosidade.

A temperatura pode influenciar na viscosidade:

↑Temperatura Viscosidade

Tensão Superficial

Esse fenômeno ocorre na superfície dos líquidos. Acontece que as


moléculas do interior do líquido são atraídas por todas as direções pelas
moléculas vizinhas. Enquanto que as moléculas da superfície sofrem
atração apenas lateral e inferior.

Desigualdade de atrações provoca a contração do líquido.


A medida da força mínima necessária para romper as interações das
moléculas da superfície é chamada de tensão superficial.

↑Força intermolecular ↑Tensão superficial

Capilaridade

A ação capilar dos líquidos está relacionada com a tensão superficial. Mas
o que é ação capilar? É a forma como ocorre a elevação de líquidos em
tubos estreitos.

Bem, o líquido sobe pelo tubo, quando existem forças atrativas fortes
entre suas moléculas e a superfície do interior do tubo. Nesse caso temos
um tipo de força a força de adesão.
- Força de adesão: são as forças intermoleculares de atração entre o
líquido e a superfície do material. Tende a aumentar a área superficial do
líquido.

Mas existe outra força intermolecular que unem as moléculas de uma


substância, que são as forças de coesão.

- Força de coesão: são as forças intermoleculares de atração entre as


partículas que constituem o líquido. Tende a reduzir a área superficial do
líquido.

No tubo a superfície do líquido possui uma curvatura chamada de


menisco. O menisco pode ser:

● Côncavo
↑Forças de atração entre o líquido e a superfície do material (forças de
adesão)
● Convexo
↑Forças de atração entre as partículas que constituem o líquido (forças
de coesão)

Veja a seguir os meniscos do mercúrio e da água:

Mercúrio Água
Mercúrio: as forças de coesão (as ligações metálicas) são mais fortes que
as de adesão. Sendo assim, o mercúrio reduz o seu contato com o vidro,
puxando as bordas para baixo.

Água: ela interage com o vidro e forma ligações de hidrogênio com os


grupos -OH presentes na maioria das superfícies dos vidros. É por essa
razão que a água molha o vidro.

Agora vamos ao exercícios.

Questão 01

A formação de ligações covalentes pode ser descrita em termos de


interpenetração de orbitais que, de acordo com a orientação espacial,
origina ligações covalentes dos tipos sigma e pi. Avalie os compostos a
seguir quanto à presença de ligações covalentes sigma e pi e assinale o
que for correto.

I) N2

II) H2CO3

III) Cl2

01. No composto I, há 1 ligação sigma e 2 ligações pi.

02. No composto III, há 2 ligações sigma.

04. No composto III, há 1 ligação pi.

08. No composto II, há 3 ligações pi.


16. No composto II, há 5 ligações sigma.
RESOLUÇÃO

01. Correta.

02. Errada. O composto III possui uma ligação simples, logo 1 ligação
sigma.

04. Errada.

08. Errada. O composto II, tem apenas uma ligação pi, visto que faz uma
ligação dupla e o restante são todas simples (sigma).

16. Correto.

Resposta: 17
Para assistir a resolução do exercício cliquei no link abaixo:

https://www.quimicaemacao.com.br/resumos/21-q01
Questão 2
Para assistir a resolução do exercício cliquei no link abaixo:

https://www.quimicaemacao.com.br/resumos/21-q01
Os compostos O3, CO2, SO2, H2O e HCN são exemplos de moléculas
triatômicas que possuem diferentes propriedades e aplicações. Por
exemplo, o ozônio bloqueia a radiação ultra-violeta que é nociva à saúde
humana; o dióxido de carbono é utilizado em processos de refrigeração; o
dióxido de enxofre é utilizado na esterilização de frutas secas; a água é
um líquido vital; e o ácido cianídrico é utilizado na fabricação de vários
tipos de plásticos. Analisando as estruturas dessas substâncias,
observa-se a mesma geometria e o fenômeno da ressonância apenas em:

A) O3 e H2O
B) O3 e SO2
C) O3 e CO2
D) H2O e SO2
E) H2O e HCN

RESOLUÇÃO

Letra: B

Para assistir a resolução do exercício cliquei no link abaixo:

https://www.quimicaemacao.com.br/resumos/21-q02
Questão 03

O gás carbônico e a água resultantes em uma reação de combustão têm,


respectivamente, fórmulas estruturais planas O=C=O e H-O-H , as quais
permitem o entendimento de que, de acordo com o modelo atual, em
suas moléculas existem:

A) 6 ligações covalentes polares, sendo 2 pi e 4 sigma.

B) 6 ligações covalentes polares, sendo 4 pi e 2 sigma.

C) 4 ligações covalentes apolares sigma.

D) 4 ligações covalentes apolares pi.

E) 4 ligações covalentes polares, sendo 2 pi e 2 sigma

RESOLUÇÃO

Letra: A

Para assistir a resolução do exercício cliquei no link abaixo:

https://www.quimicaemacao.com.br/resumos/21-q03
Questão 04

As substâncias SO2, NH3, HCl e Br2 apresentam as seguintes interações


intermoleculares, respectivamente:

A) dipolo-dipolo, ligação de hidrogênio, dipolodipolo e dipolo


induzido-dipolo induzido.
B) dipolo instantâneo-dipolo induzido, dipolodipolo, ligação de hidrogênio,
dipolodipolo.
C) dipolo-dipolo, ligação de hidrogênio, ligação de hidrogênio e
dipolo-dipolo
D) forças de London, dipolo-dipolo, ligação de hidrogênio e dipolo
induzido-dipolo induzido.

RESOLUÇÃO

Letra: A

Para assistir a resolução do exercício cliquei no link abaixo:

https://www.quimicaemacao.com.br/resumos/21-q04
LIGAÇÕES QUÍMICAS III

Fala gás nobre, tudo bem? Preparado para reagir? Continuando o nosso
estudo sobre ligações químicas, vamos começar falando sobre a

hibridização!

HIBRIDIZAÇÃO

Gás nobre, vimos que os átomos fazem ligações covalentes com os seus
elétrons desemparelhados quando estão no estado fundamental.
Entretanto, alguns elementos possuem um número de ligações covalentes
maior que o número de elétrons desemparelhados nos seus estados
fundamentais. O átomo de carbono, por exemplo, quantas ligações ele
faz? São quatro. Certo? Mas ele possui quantos elétrons desemparelhados
na sua camada de valência? Apenas dois.

Então como é possível explicar essas situações? Através de uma nova

teoria, denominada hibridização.

→ Hibridização consiste na fusão de orbitais atômicos incompletos que se


transformam, originando novos orbitais, em igual número. Esses novos
orbitais são denominados orbitais híbridos.
Hibridizar = Misturar

Vamos ver quais os tipos de hibridização!

Hibridização sp3

● Fusão de 1 orbital s + 3 orbitais p: formam 4 novos orbitais


híbridos do tipo sp3.

É o caso do Carbono fazendo quatro ligações. Veja o CH4:

● Estado Fundamental do Carbono


1s2 2s2 2p2

● Estado Excitado
1s2 2s2 2p3

● Estado Hibridizado
1 orbital s + 3 orbitais p = 4 orbitais híbridos sp3
s p p p s p p p
As quatro ligações são idênticas, do tipo σs – sp3.

→ A hibridização permite ao átomo realizar um NÚMERO MAIOR DE


LIGAÇÕES, o que AUMENTA a sua estabilidade.

Hibridização sp2

● Fusão de 1 orbital s + 2 orbitais p: formam 3 novos orbitais híbridos


do tipo sp2.

É o caso do aldeído fórmico (CH2O)

Aqui o carbono faz quatro ligações, sendo duas simples e uma dupla.
Quando ocorre uma dupla ligação, temos uma ligação pi. Desta forma,
um dos orbitais “p” do carbono no estado excitado não participará da
hibridização. Veja:

● Estado Fundamental do Carbono


1s2 2s2 2p2

● Estado Excitado
1s2 2s2 2p3

● Estado Hibridizado
1 orbital s + 2 orbitais p = 3 orbitais híbridos sp2
s p p p s p p “p” puro
Hibridização sp

● Fusão de 1 orbital s + 1 orbital p: formam 2 novos orbitais híbridos do


tipo sp.
O cianeto de hidrogênio (HCN) apresenta duas ligações pi. Logo, dois
orbitais p do carbono no estado excitado não vão participar da
hibridização.

● Estado Fundamental do Carbono ____


1s2 2s2 2p2

● Estado Excitado
1s2 2s2 2p3

● Estado Hibridizado
1 orbital s + 1 orbital p = 2 orbitais híbridos sp
s p p p s p “p” puro
Veja o resumo a seguir da hibridização do carbono:

- 4 ligações sigma: Hibridização sp3

- 3 ligações sigma e uma ligação pi: Hibridização sp2

- 2 ligações sigma e duas ligações pi: Hibridização sp

Veja as moléculas a seguir:

- BeH2: 2 orbitais híbridos hibridização sp


- BH3: 3 orbitais híbridos hibridização sp2

LIGAÇÃO METÁLICA

Gás nobre, você sabe como os átomos dos metais se ligam uns aos
outros? Bem, aqui devemos abandonar o raciocínio da regra do octeto
que usamos nas ligações iônicas e covalentes. Ok?
Os metais perdem elétrons com facilidade. Isso pois, possuem baixo
potencial de ionização e alta eletropositividade.

Os elétrons de valência dos átomos, ficam livres para percorrer toda a


estrutura de um pedaço de metal, por exemplo. Isso resulta em um
arranjo ordenado de íons positivos mergulhados em uma nuvem
eletrônica:

Os orbitais de valência se interpenetram em todas as direções, e assim,


formam uma nuvem eletrônica ou um "mar" de elétrons que se estende
por todo o cristal.

Os elétrons são compartilhados por todos os íons do cristal.

Mas e a força da ligação metálica? Essa força é resultante do atração


entre a nuvem de elétrons deslocalizados livres que possuem carga
negativa com o núcleo de carga positiva.

Lembrando gás nobre que a ligação metálica ocorre apenas nos estados
sólido e líquido.
Propriedades dos metais

Como vimos, os elétrons ocupam o retículo cristalino do metal e devido a


liberdade de se moverem através do cristal possuem propriedades que
caracterizam os metais. Veja:

● A maioria dos metais são sólidos na CNTP e apresentam cor prateada.


Mercúrio (Hg): único metal encontrado no estado líquido, cujo brilho
característico é denominado aspecto metálico.
Cobre (Cu) e Ouro (Au): cor avermelhada e dourada.
● Altos pontos de fusão e de ebulição.
● Possuem brilho característico.
● São maleáveis.
● Bons condutores de eletricidade e calor.
● A condutividade elétrica diminui com o aumento da temperatura.

Ligas Metálicas

As ligas metálicas são materiais com propriedades metálicas que contêm


dois ou mais elementos, sendo pelo menos um deles metal.

As ligas podem ser: homogêneas ou heterogêneas

Você sabia que poucos metais são utilizados praticamente puros? Os mais
comuns são: cobre, alumínio e ferro.

Mas qual o motivo da liga? Não poderíamos usar todos os metais puros,
como o ouro, por exemplo? Bem, a liga serve para melhorar algumas
propriedades que as substâncias separadas não apresentam.

O ouro puro é muito mole e portanto, precisa de formar uma liga para se
apresentar mais duro.
Vamos ver quais são as principais ligas do cotidiano:

Latão: Cu + Zn
Bronze: Cu + Sn
Aço: Fe + C
Aço inoxidável: Fe + C + Ni + Cr
Ouro 18: Au + Cu + Ag
Amálgamas: Ligas que contém mercúrio
Liga leve: Al + Mg

Gás nobre, em relação a estrutura microscópica temos dois tipos de liga


metálica:

● Substitutional: as posições de alguns átomos do metal são ocupadas


por átomos de outro metal. Possuem raios atômicos semelhantes
(tamanhos semelhantes).

● Intersticial: os átomos de um metal ou ametal ocupam os espaços


vazios que existem entre os átomos do retículo. Possuem raios
atômicos diferentes (Tamanhos diferentes).
NOX - NÚMERO DE OXIDAÇÃO

Gás nobre, você se lembra que durante as ligações iônicas ou covalentes,


os átomos adquirem cargas elétricas, certo?

Compostos iônicos: cargas reais


→ Os átomos ganham ou perdem elétrons

Compostos covalentes: cargas parciais


→ Os átomos compartilham elétrons

Essa carga real ou parcial é denominada número de oxidação ou nox.

Vamos ver alguns exemplos:

Composto iônico: MgF2

Mg perdeu dois elétrons: Nox = +2 (carga real)


F ganhou um elétron: Nox = -1 (carga real)
Composto Covalente: HF

Como o flúor é mais eletronegativo ele desloca o par de elétrons


compartilhado em sua direção. Sendo assim, caso a ligação seja rompida,
o par de elétrons fica com o flúor.

F atrai um elétron do H: Nox = -1 (carga aparente)


H deixa o F atrair seu elétron: Nox = +1 (carga aparente)
Obs: Quando não existir diferença de eletronegatividade entre os átomos,
não haverá cargas e o nox será igual a zero.

Temos que:

● Oxidação: perda de elétrons e consequentemente aumento do nox


● Redução: ganho de elétrons e consequentemente diminuição do nox

Gás nobre, mas para determinar o nox é preciso seguir algumas


regrinhas:

1ª Regra: Nox de um elemento isolado ou de uma substância simples


vale zero.

2ª Regra: O nox de um íon monoatômico é igual a sua carga.

3ª Regra: O nox dos metais alcalinos (grupo 1) e o dos alcalinos-terrosos


(grupo 2), em substâncias compostas, valem respectivamente, +1 e +2.

4ª Regra: O nox dos halogênios (grupo 17) e o dos calcogênios (grupo


16), em substâncias compostas à direita da fórmula molecular, valem,
respectivamente: -1 e -2.

5ª Regra: Além dos grupos 1 e 2 da tabela, existem outros elementos


que possuem nox fixo. Os principais são:
F = -1 Zn e Cd = +2
Ag = +1 Al = +3

6ª Regra: O nox do hidrogênio na maioria dos compostos é +1, exceto


nos hidretos metálicos (compostos binários com metais), nos quais esse
valor é -1.
7ª Regra: O nox do oxigênio na maioria dos compostos é -2, exceto nos
peróxidos (-1), superóxidos (+2) e difluoretos (+1).

8ª Regra: O somatório das cargas de um composto eletricamente neutro


vale sempre zero.

9ª Regra: O somatório das cargas em um íon poliatômico é sempre igual


a sua carga.

BALANCEAMENTO DAS REAÇÕES QUÍMICAS

Gás nobre, as equações químicas devem:


Representar de forma correta as substâncias que reagem e as que são
formadas.
Obedecer a Lei de Lavoisier.

Para isso, as equações químicas devem apresentar números antes das


fórmulas, que são denominados coeficientes estequiométricos. É a
determinação desses coeficientes que recebe o nome de balanceamento.
Balancear uma equação química é igualar o número total de átomos de
cada elemento antes e depois da reação.

Vamos ver dois tipos de balanceamento: por método das tentativas e o


redox.

BALANCEAMENTO POR TENTATIVA

É o balanceamento mais simples que possui as seguintes regras:

1º Passo: Iniciar o balanceamento pelo elemento que aparece uma única


vez nos reagentes ou produtos, e que possui o maior índice de
atomicidade.
2º Passo: Inverter os índices de atomicidades do elemento de um
membro para o outro, usando-os como coeficientes.

3º Passo: se necessário, fazer o balanceamento dos outros elementos.

Vamos resolver um exercício a seguir para colocarmos essas regras em


prática?

Exercício:

Observe as seguintes reações específicas com seus reagentes e produtos:


I. Cu(OH)2 + H4P2O7 → Cu2P2O7 + H2O

II. H2S + O2 → H2O + S8

III. Al(OH)3 + H4SiO4 → Al4 (SiO4)3 + H2O

Assinale a alternativa que mostra corretamente os coeficientes


estequiométricos das reações I, II e III.

A) reação I: 2, 1, 1, 4 – reação II: 8, 4, 8, 1 – reação III: 4, 3, 1, 4


B) reação I: 2, 1, 1, 2 – reação II: 4, 8, 8, 1 – reação III: 4, 3, 1, 12
C) reação I: 1, 1, 1, 4 – reação II: 8, 4, 8, 1 – reação III: 4, 3, 1, 12
D) reação I: 2, 1, 1, 4 – reação II: 8, 4, 8, 1 – reação III: 4, 3, 1, 12
E) reação I: 2, 1, 1, 4 – reação II: 4, 8, 8, 1 – reação III: 4, 3, 1, 4

RESOLUÇÃO:

1º passo: O elemento que aparece uma única vez nos reagentes ou


produtos e que possui o maior índice de atomicidade:
Reação I: fósforo (P)
Reação II: Enxofre (S)
Reação III: Alumínio (Al)
2º Passo: Inverter os índices de atomicidades desses elementos de um
membro para o outro, usando-os como coeficientes.
I. Cu(OH)2 + 2 H4P2O7 → 2 Cu2P2O7 + H2O

II. 8 H2S + O2 → H2O + 1 S8

III. 4 Al(OH)3 + H4SiO4 → 1 Al4 (SiO4)3 + H2O

Lembre-se que o balanceamento é realizado para igualar o número total


de átomos de cada elemento antes e depois da reação. Sendo assim,
temos:

3º Passo: balanceamento dos outros elementos

I. 4 Cu(OH)2 + 2 H4P2O7 → 2 Cu2P2O7 + 8 H2O

Simplificando: 2 Cu(OH)2 + 1 H4P2O7 → 1 Cu2P2O7 + 4 H2O

II. 8 H2S + 4 O2 → 8 H2O + 1 S8

III. 4 Al(OH)3 + 3 H4SiO4 → 1 Al4 (SiO4)3 + 12 H2O

Letra D

BALANCEAMENTO REDOX OU OXIRREDUÇÃO

Muitas reações de oxirredução são muito difíceis de serem balanceadas


pelo método das tentativas!!

O balanceamento de equações redox baseia-se em um princípio


fundamental:

Número de elétrons cedidos (oxidação) = Número de elétrons


recebidos (redução)
Aqui, a igualdade na quantidade dos elétrons na redução e na oxidação é
a base do balanceamento de reações pelo método de oxirredução. Ok?

Vamos as regras…

1º Passo: determinar o nox dos elementos na equação química e


verificar quem sofre oxidação e quem sofre redução.

2º Passo: traçar os ramais de oxidação e de redução.

3º Passo: montar um quadro para oxidação e outro para redução. As


substâncias de maior atomicidade do elemento que oxida e reduz e que
não possuem nox repetido na equação, vão para esse quadro.

4º Passo: calcular, in erter e, se poss el, si pli icar os oxi e red .

oxi = (variação do nox no ramal de oxidação) x (atomicidade do elemento


do quadro)

red = (variação do nox no ramal de redução) x (atomicidade do elemento


do quadro)

5º Passo: para igualar os elétrons nos processos de oxidação e redução:

oxi torna-se o coeficiente da substância que contém o átomo que sofre


redução do quadro.

red torna-se o coeficiente da substância que contém o átomo que sofre


oxidação do quadro.

6º Passo: nas demais substâncias os coeficientes são determinados por


tentativas (conservação dos átomos). O último elemento a ser balanceado
é o oxigênio e o penúltimo o hidrogênio.
NOX aumentou →Oxidou
NOX diminuiu → Reduziu

Vamos resolver o seguinte exercício:

O peróxido de hidrogênio dissolvido em água é conhecido como água


oxigenada. O H2O2 é um agente oxidante, mas pode também atuar como
agente redutor, dependendo da reação. Na equação:

KMnO4(aq) + H2O2(aq) + H2SO4(aq) --> MnSO4(aq) + K2SO4(aq) + O2(g) + H2O(l)

A soma dos coeficientes estequiométricos, após o balanceamento, e o


agente oxidante, são:
A) 26 e KMnO4.
B) 24 e KMnO4.
C) 26 e H2O2.
D) 24 e H2O2.
E) 23 e O2.

RESOLUÇÃO:

+1 +7 -8 +2 -2 +2 +6 -8 +2 +6 -8 +2 +6 -8 +2 -2
KMnO4(aq) + H2O2(aq) + H2SO4(aq) --> MnSO4(aq) + K2SO4(aq) + O2(g) + H2O(l)
+1 +7 -2 +1 -1 +1 +6 -2 +2 +6 -2 +1 +6 -2 0 +1 -2

Sofre oxidação → aumenta o nox: Mn (+7 para -2)


Sofre redução → diminui o nox: O (-1 para 0)

Oxi H2O2

Red KMnO4
oxi =2

red =5

- Invertendo os valores temos que os seguintes coeficientes:

2KMnO4(aq)+5H2O2(aq)+3H2SO4(aq)-->2MnSO4(aq)+1K2SO4(aq)+5O2(g)+8H2O(l)

Soma dos coeficientes é igual a:


2 + 5 + 3 + 2 + 1 + 5 + 8 = 26

O agente oxidante é aquele que reduz, ou seja, KMnO4.

Letra A
Para assistir a resolução do exercício cliquei no link abaixo:

https://www.quimicaemacao.com.br/resumos/22-e01

Bem, gás nobre… existem alguns casos que são especiais no


balanceamento de oxirredução. Vamos ver uma questão relacionada

CASOS ESPECIAIS DE BALANCEAMENTO POR OXIRREDUÇÃO

Assinale a alternativa que indica a soma dos menores coeficientes inteiros


capazes de balancear a equação química a seguir:

CrI3 + Cl2 +NaOH --> NaIO4 + Na2CrO4 + NaCl + H2O

A) 73.

B) 95.

C) 173.

D) 187.

E) 217.
RESOLUÇÃO

O primeiro passo é determinar o nox dos elementos na equação química:

+3-3 0 +1 -2 +1 +1 +7 -8 +2 +6 -8 +1 -1 +2 -2
CrI3 + Cl2 +NaOH --> NaIO4 + Na2CrO4 + NaCl + H2O
+3 -1 0 +1 -2 +1 +1 +7 -2 +1 +6 -2 +1 -1 +1 -2

Sofre oxidação → aumenta o nox: Cr (+3 para +6) e I (-1 para +7)
Sofre redução → diminui o nox: Cl (0 para -1)

Oxi CrI3

Red Cl2

oxi

red

- Invertendo os valores temos que os seguintes coeficientes:

+3-3 0 +1 -2 +1 +1 +7 -8 +2 +6 -8 +1 -1 +2 -2
2CrI3 + 27Cl2 + 64NaOH --> 6NaIO4 + 2Na2CrO4 + 54NaCl + 32H2O
+3 -1 0 +1 -2 +1 +1 +7 -2 +1 +6 -2 +1 -1 +1 -2

O somatório de todos os coeficientes é:

Letra D
Para assistir a resolução do exercício cliquei no link abaixo:

https://www.quimicaemacao.com.br/resumos/22-e02
Viu que nesse caso ele possui mais de uma substância que oxida? Por isso
é um caso especial. Ok?

Vamos resolver mais alguns exercícios?

Questão 1
O NO3- tem 3 estruturas de ressonância:

1Com respeito a essas estruturas, marque a alternativa verdadeira:

A) em cada estrutura, a geometria dos pares de elétrons no nitrogênio é


plana triangular, com hibridização sp no átomo de N;

B) os orbitais híbridos sp2 formam três ligações sigma, ?N?O, que estão
presentes em cada estrutura de ressonância;

C) nas estruturas de ressonância do NO3- os átomos se ligam uns aos


outros, or ando so ente ligações sig a σ

D) cada estrutura de ressonância contribui desigualmente para a estrutura


do NO3-

RESOLUÇÃO

Letra B

Para assistir a resolução do exercício cliquei no link abaixo:

https://www.quimicaemacao.com.br/resumos/22-q01
Questão 2

Quando dois ou mais metais, no estado líquido, são miscíveis, dizemos que
constituem uma liga metálica, podendo ter composição porcentual, em
massa, variável. Como exemplo, tem-se o bronze, liga de cobre e estanho,
usado na manufatura de um sino que contém 80% de cobre e 20% de
estanho e de uma fechadura contendo 90% de cobre e 10% de estanho.Com
as informações acima, fazem-se as afirmações.

I. O bronze, por não ter composição fixa, não é representado por fórmula
química.

II. Se o sino for de meia tonelada, a massa de cobre é de 400 kg.

III. Se, na fechadura, houver 20g de estanho, então a quantidade de bronze,


nela, é de 200g.

IV. Na obtenção de ligas metálicas, deve haver a evaporação dos metais que
a compõem.

Estão corretas as afirmações:

A) I e III, somente.

B) I, II e III, somente.

C) II e III, somente.

D) I, II e IV, somente.

E) I, II, III e IV.

RESOLUÇÃO

Letra B

Para assistir a resolução do exercício cliquei no link abaixo:

https://www.quimicaemacao.com.br/resumos/22-q02
3
FUNÇÕES INORGÂNICAS II

Fala Gás Nobre! Tudo bem? Preparado para reagir? Vamos dar sequência
ao nosso estudo sobre as funções inorgânicas! Afinal ainda faltam os sais
e os óxidos.

SAIS: DEFINIÇÃO E NOMENCLATURA

Vimos que os ácidos formam o íon H​+ e as bases o íon OH​-​. Mas sabe o
que acontece quando misturamos uma solução aquosa de um ácido com a
de uma base? Bem, os íons H​+ e OH​- irão desaparecer. Haha! Isso
mesmo. Mas sabe porque isso acontece? Pois ocorre uma reação chamada
de ​reação de neutralização​:

H​+​ + OH​- ​→ H​2​O

Acontece que as propriedades ácidas e básicas que foram misturadas

foram neutralizadas. E o que resta dessa reação?

→ O produto da neutralização de um ácido e um base é um sal.


O sal é formado pela união do ​ânion proveniente do ácido com o
cátion da base:

HX + BOH → BX + H​2​O
Ácido Base Sal
Veja esse exemplo:

NaOH + HNO3 → NaNO3 + H2O


Base Ácido Sal

Viu só? Ocorre a formação de um sal e água!!!

Segundo a teoria de Arrhenius, os sais podem ser definidos da seguinte


forma:

⇒ Sal são substâncias, geralmente ​iônicas, que em solução aquosa


sofrem dissociação, liberando pelo menos um cátion ​diferente de H​+ e
um ​ânion diferente de OH​-​.

Nomenclatura dos sais

A nomenclatura dos sais é obtida de acordo com ​ânion proveniente do


ácido​ ​que originou o sal na reação de neutralização. Veja:

Sufixo do ácido Sufixo do ânion

-idrico -eto
-ico -ato
-oso -ito
Quando o cátion possui apenas um nox:

​nome do ânion​ ​de​ ​nome do cátion

Exemplo: ​KCl
É derivado do ácido clorídrico, sendo assim, como vimos logo acima se o
sufixo do ácido é ​idrico,​ o sufixo do ânion será ​eto.

Ânion (Cl​-​)​ +​ Cátion (K​+​)


Nomenclatura: Clor​eto​ de potássio

Vamos ver outros exemplos:

CaSO​4
Ânion (SO​4​2-​ )​ +​ Cátion (Ca​2+​)
Nomenclatura: Sulf​ato​ de cálcio

Al​2​ (SO​4​)​3
Ânion (3 SO​4​2-​) ​+​ Cátion (2 Al​3+​)
Nomenclatura: Sulf​ato​ ​de Alumínio

Para os cátions de ​nox variável, devemos informar o nox em algarismos


romanos:

FeSO​4
Ânion (SO​4​2-​) ) ​+ ​Cátion (Fe​2+​)
Nomenclatura: Sulf​ato​ ferroso ou Sulf​ato​ de ferro (​II​)
SAIS: CLASSIFICAÇÃO

Os sais são​ ​classificados​ quanto:

● A presença de oxigênio

- Sal oxigenado:​ Possuem oxigênio em sua estrutura


Exemplo: CaS​O​4​, AgN​O​3​ e FeS​O​4

- Sal não oxigenado:​ NÃO possuem oxigênio em sua estrutura


Exemplo: KCl, NaCl e Fe​2​SO​3

● Ao tipo de neutralização

- Normais: Produtos da ​neutralização TOTAL ​de um ​ácido ​com uma


base.
↳ Quantidade de hidrogênios ionizáveis é ​igual ​a quantidade de
hidroxilas.

- Hidrogenossais: Produtos da ​neutralização PARCIAL de um ​ácido e


TOTAL da base
↳ Quantidade de hidrogênios ionizáveis é ​maior que a quantidade de
hidroxilas.

- Hidroxissais: Produtos da ​neutralização PARCIAL ​de uma ​base e


TOTAL de um ácido.
↳ Quantidade hidrogênios ionizáveis é ​menor que a quantidade de
hidroxilas.

- Sais Duplos ou mistos: Apresenta em sua composição mais de um


cátion ou mais de um ânion.
↳ Obtidos pela neutralização de ​dois ácidos com ​uma base ou
vice-versa.

A nomenclatura desses sais é da seguinte forma:

Sal duplo com ​dois ânions:​ ​Nome dos dois ânions​ de ​nome do cátion

Sal duplo com ​dois cátions: ​Nome dos dois cátions de ​nome dos dois
cátions

→ Dois cátions: sal duplo quanto ao cátion

→ Dois ânions: sal duplo quanto ao ânion.

CaClBr: Esse sal apresenta os ânions Cl e Br. Por isso, trata-se de um sal
duplo quanto ao ânion.

KMgPO​4​: ​Esse sal apresenta os cátions K e Mg. Por isso, trata-se de um


sal duplo quanto ao cátion.

No caso, de sulfatos duplos que possuem cátion monovalente e um


trivalente temos os alúmens. O mais comum é o sulfato de potássio e o
alumínio dodeca-hidratado KAI(SO​4​)​2​ . 12H​2​O.

● Quanto a Hidratação

Podem ser:

- Sais Anidros:​ Não possuem moléculas de água em sua estrutura.


Exemplo: CuSO​4​, Na​2​SO​4
- Sais Hidratados: Possuem moléculas de água em suas estruturas,
chamadas água cristalizada.
Exemplo: CuSO​4​ . ​5H​2​O​, Na​2​SO​4​ . ​10H​2​O
↳ Eles se tornam anidros quando aquecidos.

Sais hidratados podem perder água de cristalização espontaneamente:


fenômeno da ​eflorescência.
Capacidade de capturar umidade do ambiente: ​higroscópicas
É por causa dessa capacidade que o saleiro entope gás nobre!!!!

● Quanto a Solubilidade em Água

Podem ser:

- Solúveis: ​grande quantidade de íons na solução.

- Insolúveis:​ pequena quantidade de íons na solução


● Quanto ao pH da solução aquosa

Os sais podem ser: de caráter ácido, básico ou neutro.

- Sais derivados de ácido forte e base forte (caráter neutro):


possuem soluções com pH ​igual​ ​a 7
Ex: NaCl e CaSO​4

- Sais derivados de ácido fraco e base forte (caráter básico):


possuem soluções com pH ​maior​ que 7
Ex: NaClO e Ca(HCO​3​)

- Sais derivados de ácido forte e base fraca (caráter ácido): possuem


soluções com pH ​menor ​que 7
Ex: NaH​4​Cl e Al(NO​3​)​3

ÓXIDOS

Gás nobre, muitos compostos da natureza são formados pela combinação


do oxigênio com outro elemento. Temos assim ​compostos binários em
que o oxigênio é o mais eletronegativo. Estes são denominados ​óxidos.

H​2​O CO NO​2​ SO​3

➢ Nos óxidos: número de oxidação do oxigênio é ​-2

Geralmente ​todos os elementos formam óxidos, com ​exceção dos


compostos binários oxigenados de flúor:

OF​2​ e O​2​F​2​: Fluoretos

Isso pois o flúor é mais eletronegativo que o oxigênio.


Óxidos Metálicos

São predominantemente ​iônicos. Sendo formados por em metal + íon


óxido O​2-​.

Nomenclatura: Óxido de ​nome do elemento

Na​2​O: Óxido de sódio


ZnO: Óxido de Zinco

Nox Variável: acrescenta-se o valor do nox do metal em algarismos


romanos. Caso apresente dois Nox, basta acrescentar o sufixo “oso” ao
íon de menor carga e “ico” ao íon de menos carga. Veja:

FeO: Óxido de ferro II ou ferroso.


F​2​O​3​: Óxido de Ferro III ou férrico.

Óxidos Ametálicos

São predominantemente ​covalente. Sendo formados por em ametal ou


semimetal + íon óxido O​2-​.

Ametais: podem formar mais de um óxido.


↳ Para indicar a quantidade de átomos usa-se na nomenclatura os
prefixos: mono, di, tri, tetra, penta, etc.

CO: monóxido de carbono


CO​2​: dióxido de carbono
N​2​O​3​: trióxido de dinitrogênio

Ok?
Os óxidos quando em meio aquoso, podem ser classificados em:

● Óxidos Básicos

⇒ Apresentam ​caráter predominantemente iônico. São formados


principalmente por: metais alcalinos, alcalino-terrosos ou metais de
transição com nox baixo.

↳ O metal terá geralmente “carga” +1 e +2.

Podem ser considerados produtos da desidratação total de uma base de


Arrhenius:

2NaOH Hidróxido de Sódio


- H​2​O
Na​2​O Óxido de Sódio

Quando dissolvidos em água se comportam como ​bases de Arrhenius.

- Reagem com a água: ​forma uma ​base​ e libera o​ ​ânion OH​-​.

Óxido básico​(s)​ + H​2​O​(l)​ → Base de Arrhenius​(aq)

Exemplo: K​2​O​(s)​ + H​2​O​(l)​ → 2NaOH​(aq)

- Reagem com soluções ácidas:​ formam ​sais e água.

Óxido básico​(s)​ + Ácido​(aq)​ → Sal​(aq)​ + H​2​O​(l)

Exemplo: K​2​O​(s)​ + H​2​SO​4(aq)​ → H​2​SO​4(aq)​ + H​2​O​(l)


➢ Os óxidos básicos são formados por elementos de ​alta
eletropositividade.

● Óxidos Ácidos ou Anidridos

⇒ Apresentam ​caráter predominantemente covalente. São formados


principalmente por: ametais.

Podem ser considerados produtos da desidratação total de um ácido de


Arrhenius:

H​2​SO​4​ Ácido Sulfúrico


- H​2​O
SO​3 Trióxido
​ de enxofre

Quando dissolvidos em água se comportam como ​ácidos de Arrhenius.

- Reagem com a água:​ forma um ​ácido​ e libera o ​cátion H​+​.

Óxido ácido​(s ou g)​ + H​2​O​(l)​ → Ácido de Arrhenius​(aq)

Exemplo: CO​2(g)​ + H​2​O​(l)​ → H​2​CO​3(aq)

- Alguns anidridos formam ​mais de um ácido quando reagem com a


água, são os: anidridos duplos ou mistos. Os principais são:
2​NO​2​(g)​ + H​2​O​(l)​ → HNO​2(aq)​ + HNO​3(aq)
2​ClO​2​(aq)​ + H​2​O​(l)​ → HClO​2(aq)​ + HClO​3(aq)
Cl​2​O​6​(s)​ + H​2​O​(l)​ → HClO​3(aq)​ + HClO​4(aq)

- Reagem com soluções básicas:​ formam ​sais e água.

Óxido ácido + Base​(aq)​ → Sal​(aq)​ + H​2​O​(l)


Exemplo: CO​2(s)​ + 2NaOH​(aq)​ → Na​2​CO​3(aq)​ + H​2​O​(l)

➢ Os óxidos ácidos são formados por elementos de ​alta


eletronegatividade.

● Óxidos Anfóteros

⇒ São formados principalmente por: metais ou semimetais.

- Em solução aquosa ácida:​ se comportam como óxidos básicos.

Óxido anfótero + Ácido​(aq)​ → Sal​(aq)​ + H​2​O​(l)

Exemplo: Al​2​O​3(s)​ + 6HCl​(aq)​ → 2AlCl​3(aq)​ +3H​2​O​(l)

- Em solução aquosa básica:​ se comportam como óxidos ácidos.

Óxido anfótero + Base​(aq)​ → Sal​(aq)​ + H​2​O​(l)

Exemplo: Al​2​O​3(s)​ + 2NaOH​(aq)​ → 2NaAlO​2(aq)​ +H​2​O​(l)

➢ Os óxidos anfóteros são formados por elementos de


eletronegatividade média.​ Sendo assim, na tabela periódica:

- Intensifica o caráter ácido da esquerda para a direita e de baixo para


cima.

- Intensifica o caráter básico da direita para a esquerda e de cima para


baixo.
Os elementos que formam mais de um tipo de óxido, podemos prever o
caráter ácido-básico do óxido pelo NOX do elemento:
CrO → Menor NOX → +2 → Óxido básico
Cr​2​O​3​ → Intermediário → +3 → Óxido anfótero
CrO​3​ → Maior NOX → +6 → Óxido ácido

● Óxidos Neutros

⇒ São óxidos moleculares que não apresentam caráter ácido nem básico.

- Não reagem com:​ ácidos, bases ou água.

NO:monóxido de nitrogênio
N​2​O: monóxido de dinitrogênio
CO: monóxido de carbono

● Óxidos duplos, mistos ou salinos

⇒ São óxidos metálicos que resultam da combinação de dois óxidos de


um mesmo elemento.

Fe​3​O​4​ → FeO + Fe​2​O​3 (Magnetita)


Pb​3​O​4​ → 2PbO + PbO​2​ (Zarção)

Peróxidos

⇒ Podem ser ​iônicos ou moleculares. Os iônicos apresentam o íon


(O​2​)​1–​ e os moleculares o grupo ( - O - O -).

Os peróxidos mais comuns são formados por: hidrogênio, metais alcalinos


e metais alcalino-terrosos.
➢ O oxigênio apresenta​ NOX -1.

Nomenclatura: Peróxido de​ ​nome de elemento

H​2​O​2​ = Peróxido de hidrogênio

- Reagem com água:​ formam uma base e um peróxido de hidrogênio

Peróxido + H​2​O​ ​→ Base + H​2​O​2

Quando dissolvido em água, origina uma solução conhecida como água


oxigenada.

- Reagem com ácido diluído:​ formam sal e peróxido de hidrogênio

Peróxido + Ácido​(aq)​ → Base + H​2​O​2

TEORIAS MODERNAS DE ÁCIDO E BASE

Existem várias teorias que visam explicar o comportamento dos ácidos e


das bases!! Dentre elas, iremos considerar três.

Teoria de Arrhenius

Como vimos no resumos de funções inorgânicas I, Arrhenius definir


ácidos e bases da seguinte forma:

⇒ Os ácidos são substâncias que, em solução aquosa, ​sofrem ionização,


produzindo como cátion somente o ​íon H​+​.
Lembrando que a utilização do cátion H​+ é uma simplificação. O íon H​+
está associado a molécula de água formando, na verdade, o cátion H​3​O​+
denominado​ hidrônio.
H​+​ + H​2​O → H​3​O​+

⇒ Bases são substâncias que, em solução aquosa, ​sofrem dissociação


ou ionização,​ liberando o ​ânion OH​-​ ​(Hidróxido).

NaOH → Na​+​ + OH​-

Teoria de Brönsted-Lowry

Johannes Nicolaus Brönsted e Thomas Martin Lowry propuseram a teoria


que diz o seguinte:

⇒ Ácido é a espécie química que​ ​doa prótons


⇒ Bases é a espécie química que ​recebe prótons

➢ O próton é o íon hidrogênio.

Veja na reação a seguir, em que o ácido cianídrico doa um próton para a


água:

HCN + H​2​O → CN​-​ + H​3​O​+

Essa reação é reversível! Isso pois, o íon hidrônio (H​3​O​+​) pode doar um
próton para o íon CN​-​. Desta forma, o íon hidrônio (H​3​O​+​) atua como ácido
e o CN​-​ como base:

CN​-​ + H​3​O​+​→ HCN + H​2​O

Teoria de Lewis

Criada pelo químico Gilbert Newton Lewis essa teoria diz o seguinte:

⇒ Ácido de Lewis é ​receptor​ ​de um​ par de elétrons


⇒ Bases de Lewis é ​doadora​ ​de um ​par de elétrons

Essa teoria não invalida a teoria de Brönsted-Lowry!

Lembre-se: todo ácido de Lewis é um ácido de Brönsted e toda base de


Lewis é uma base de Brönsted.

Reação ácido-base: formação de uma ligação covalente coordenada mais


estável, em que ambos os elétrons provém de um dos átomos. Veja:

Amônia: base de Lewis e de Brönsted

↳ Doa os seus dois elétrons para o próton, sendo a receptora do próton.

- Formação da ligação covalente entre o hidrogênio (o próton) e a


amônia.

Água: ácido de Lewis e de Brönsted

↳ Doa o próton e recebe os elétrons.

- O oxigênio do hidróxido formado a partir da água ficou com um par de


elétrons a mais.
Resumindo temos:

Arrhenius: o ácido libera somente o hidrogênio como cátion na água e a


base libera a hidroxila como ânion.

Brönsted-Lowry: ácido é toda substância que doa prótons e a base recebe


prótons.

Lewis: o ácido recebe elétrons e a base doa.

Vamos colocar os conhecimentos em prática!!!!


QUESTÃO 01

Os compostos: KBr, NaClO​3​, CaCO​3 e MgIO​2 têm sua origem nos ácidos,
respectivamente:

A) brômico, clórico, carbonoso e hipoiodoso.

B) brômico, cloroso, carbônico e iodoso.

C) brômico, cloroso, carbâmico e iódico.

D) bromídrico, clórico, carbônico e iodos

RESPOSTA
Letra: ​D
Para assistir a resolução do exercício cliquei no link abaixo:

https://www.quimicaemacao.com.br/resumos/24-e01
QUESTÃO 02

As principais funções químicas inorgânicas – ácidos, bases, sais e óxidos –


são encontradas em nosso cotidi- ano e também em nosso organismo.
Por exemplo: o ácido clorídrico é um dos constituintes do suco gástrico,
encontrado no estômago; a soda cáustica é constituinte de produto de
uso doméstico para desentupir pias e utilizada para fabricar o sabão; o sal
de cozinha é constituído pelo cloreto de sódio usado na culinária; e a cal
viva, utilizada na construção civil é constituída pelo óxido de cálcio. Com
relação às funções inorgânicas, assinale a afirmação verdadeira.

A) Normalmente para se obter um óxido coloca-se para reagir uma base e


um ácido.

B) Um óxido básico reage com água formando uma base.

C) A fenolftaleína é um indicador que geralmente é usado em uma reação


de um ácido com um óxido ácido para determinar o seu final pela
mudança de cor.

D) Ácidos são substâncias moleculares que sofrem dissociação em água.

RESPOSTA
Letra: ​B
Para assistir a resolução do exercício cliquei no link abaixo:
https://www.quimicaemacao.com.br/resumos/24-e02
QUESTÃO 03
Considerando as reações
I. BF​3(l)​ + F​-​(aq)​ --> BF​-​4(aq)
II. Ag​+​(aq)​ + 2CN​-​(aq)​ --> Ag(CN)​2​-​(aq)
III. NH​3(g)​ + HCl​(g)​ --> NH​4​Cl​(g)
é correto afirmar que:
A) o NH​3(g)​ é uma base segundo Arrhenius.
B) o Ag​+​ é ácido segundo Lewis.
C) o CN​-​ é um ácido segundo Brönsted-Lowry.
D) o BF​3​ é uma base segundo Lewis.
E) o HCl é uma base segundo Brönsted-Lowry.

RESPOSTA
Letra: ​B
Para assistir a resolução do exercício cliquei no link abaixo:
https://www.quimicaemacao.com.br/resumos/24-e03
REAÇÕES INORGÂNICAS

Fala gás nobre! Tudo bem? Preparado para reagir? Nesta apostila vamos
abordar o conteúdo de reações inorgânicas!!! Já vimos os compostos
inorgânicos e as suas quatro funções inorgânicas: ácidos, bases, sais e
óxidos. Agora, temos que esses compostos vão reagir entre si! Mas e
você… Sabe o que é uma reação química?

Sabemos que a química é uma ciência que estuda a ​composição​, as


propriedades ​e as transformações da matéria. Certo? Desta maneira,
quando ocorrem ​transformações na matéria, a sua composição
química é modificada, ou seja, ocorre a ​transformação de uma
substância em outra. Isso significa que ocorreu uma ​reação
química​!!!
No geral, as reações são representadas:

Reagentes → Produtos

Em que:

Reagentes: São consumidos

Produtos: São formados

As reações químicas podem ser divididas em:

- Inorgânicas

- Orgânicas

Mas hoje vamos falar sobre as Inorgânicas.

CLASSIFICAÇÃO DAS REAÇÕES INORGÂNICAS

As reações mais comuns são agrupadas em quatro classes.

● Reações de Síntese ou Adição


● Análise ou Decomposição
● Deslocamento ou Simples Troca
● Dupla Troca ou Dupla Substituição

Vamos ver cada uma delas.


● Reações de Síntese ou Adição

⇒ Dois ou mais reagentes formam um único produto.


Representação:
A + B →C

Exemplos: CaO​(s)​ + H​2​O​(l)​ → Ca(OH)​2(aq)

Podem ser classificadas em:


- Síntese Total:​ todos reagentes são ​substâncias simples
- Síntese Parcial:​ pelo menos um dos reagente é uma ​substância
composta.

● Análise ou Decomposição
⇒ Um reagente forma dois ou mais produtos.

Representação:
A →B+C
Exemplo: 2 Cu(NO​3​)​2(s)​ → 2 CuO​(s)​ + 4 NO​2(g)​ + O​2(g)

Essas reações podem ser classificadas de acordo com o ​agente físico


que provoca a decomposição:

- Pirólise ou calcinação:​ decomposição ocasionada pelo​ ​calor

- Fotólise:​ decomposição ocasionada pela ​luz

- Eletrólise: ​decomposição ocasionada pela ​eletricidade


● Deslocamento ou Simples Troca

⇒ Uma substância simples reage com uma substância composta,


originando uma nova substância simples e uma nova substância
composta.

Representação:

A + BC → B + AB (deslocamento dos metais)


A + BC → C + BA (deslocamento dos ametais)

Obs: Toda reação de deslocamento é uma reação de oxirredução.

Exemplos: Cu​(s)​ + 2 ​Ag​NO​3(aq)​ → 2 ​Ag​(s)​ + Cu(NO​3​)​2(aq)


(deslocamento do metal)
Cu: Oxida
Ag​+​: Reduz
Cl​2(g)​ + 2 Na​Br​(aq) ​ → ​Br​2(l)​ + 2 NaCl​(aq)
(deslocamento do ametal)
Br​-​: Oxida
Cl​2​: Reduz

● Dupla Troca ou Dupla Substituição

⇒ Duas substâncias compostas reagem, misturando entre si dois


elementos e formando duas novas substâncias compostas.

Representação:
Troca de ânions B↔D

AB + CD → AD + CB
Troca de cátions A↔C
Exemplo: AgNO​3(aq)​ + NaCl​(aq)​ → AgCl​(s)​ ​+ NaNO​3(aq)

Cátions trocados: Ag​+​ e Na​+


Ânions trocados: NO​3​-​ e Cl​-

REAÇÃO DE SIMPLES TROCA OU DESLOCAMENTO

Para que essas reações ocorram, é necessário que as substâncias simples


sejam mais reativas do que o elemento da substância composta que será
deslocado.

- Apenas uma espécie química é deslocada

Reatividade dos Metais e dos Ametais

⇒ ​Quanto maior a tendência do ​metal de ​perder elétrons, maior a sua


reatividade.

Com base nessa tendência dos metais, foi criada a​ ​fila​ ​de reatividade:
Metais com sais

Para reação ocorrer o metal do sal deve ser menos reativo, veja:

Fe​(s)​ + CuCl​2(aq)​ → Cu + FeCl​2(aq)

O ferro é mais reativo que o Cu.

Metais com ácidos

Para reação ocorrer o metal deve ser mais reativo que o hidrogênio.

- O hidrogênio é deslocado na forma de H​2(g)​.

2 Al​(s)​ + 6 HCl​(aq)​ → 2 AlCl​3(aq)​ + 3 H​2(g)

O alumínio é mais reativo que o hidrogênio.

Metais com a água

- Metais mais reativos: deslocam o hidrogênio da água.


- Reação com a água: formam muito calor, uma base e gás hidrogênio
Exemplo: Ba​(s)​ + 2 H​2​O​(l)​ → Ba(OH)​2(aq)​ ​+ H​2(g)​ + calor

↳ Metais alcalino e alcalino-terrosos (Ca, Ba, Sr, Ra) são muito reativos!

Essas reações geralmente são acompanhadas de uma pequena explosão.


Isso pois, o gás hidrogênio é muito inflamável e o calor liberado na reação
provoca a sua combustão.

Os demais metais mais reativos que o Hidrogênio: a reação com água


ocorre mediante o aquecimento.
↳ Formação: Óxido do metal e gás hidrogênio

Zn​(s)​ + H​2​O​(l)​ → ZnO​(s)​ ​+ H​2(g)

Quanto aos ​ametais​ temos que:

⇒ ​Quanto maior a tendência do ​ametal de ​ganhar elétrons, maior a sua


reatividade.

Com base nessa tendência dos ametais, foi criada a​ ​fila de reatividade:
REAÇÃO DE DUPLA TROCA

Duas espécies químicas são deslocadas

AB + CD ​→​ AD + BC

Para que essas reações ocorram, pelo menos um dos produtos, quando
comparado com os reagentes, deve apresentar no mínimo uma das
características a seguir:

• ​Seja mais fraco (menos ionizado ou dissociado);


• Seja mais volátil (passa com maior facilidade para o estado gasoso ou
produz um gás);
•​ Seja menos solúvel (ocorre a formação de um precipitado).

Produto menos ionizado


A Neutralização é um exemplo de reação que dá origem a esse tipo de
produto:
HCl​(aq)​ + NaOH​(aq)​ → NaCl​(aq)​ + H​2​O​(l)

Produto H​2​O: menos ionizado (mais fraco) que os reagentes (HCl e


NaOH).

Produto mais volátil


Caracterizada pela formação de um gás. É o que ocorre entre o sal
carbonato (CO​2​-3​) e um ácido.

2H​+​(aq)​ + CO​3​-2​(aq)​ → CO​2(g)​ + H​2​O​(l)

Produto CO​2(g)​: mais volátil que os reagentes.


Produto Insolúvel

Pelo menos um dos produtos deve ser insolúvel e por isso precipita. Veja
a reação entre Nitrato de chumbo [Pb (NO3)2] e Iodeto de sódio (NaI).

[Pb (NO3)2] (aq) + 2 NaI(aq) → PbI2 (s)

Reagentes [Pb (NO3)2] e NaI: são soluções aquosas que dão origem a um
produto sólido PbI2 (precipitado).

Observação: Esta reação é a mais fácil de ser visualizada em razão da


presença do precipitado sólido que se deposita no fundo do recipiente.
Questão 01

Analise as equações:

I. K​2​S​(aq)​ + 2 HClO​3(aq)​ → 2 KClO​3(aq)​ + H​2​S​(aq)

II. Zn(OH)​2(s)​ → ZnO​(s)​ + H​2​O​(l)

III. Cl​2(g)​ + 2 HI​(aq)​ → I​2(s) +


​ 2 HCl​(aq)

A classificação da reação equacionada e o nome do composto em negrito


são respectivamente:

A) em II, reação de simples troca e óxido de zinco.

B) em III, reação de simples troca e ácido perclórico.

C) em I, reação de dupla troca e cloreto de potássio.

D) em II, reação de decomposição e hidróxido de zinco.

E) em I, reação de dupla troca e clorato de potássio.

RESPOSTA: E

Para assistir a resolução do exercício cliquei no link abaixo:

https://www.quimicaemacao.com.br/resumos/25-e01
Questão 02

Uma lâmina de zinco desgasta-se, com efervescência, se for mergulhada


em uma solução aquosa 1,0 mol/L a 25ºC de

A) NaCl.

B) HCl.

C) KNO​3​.

D) CuSO​4​.

E) NH​4​CH​3​COO.

RESPOSTA: B

Para assistir a resolução do exercício cliquei no link abaixo:

https://www.quimicaemacao.com.br/resumos/25-e02
Questão 03

Os extintores à base de espuma química são fabricados, utilizando-se


bicarbonato de sódio, NaHCO3, e ácido sulfúrico, H2SO4. No interior do
extintor, essas duas substâncias ficam separadas, uma da outra. Para ser
usado, o extintor deve ser virado de cabeça para baixo, a fim de
possibilitar a mistura dos compostos, que, então, reagem entre si.Um dos
produtos dessa reação é um gás, que produz uma espuma
não-inflamável, que auxilia no combate ao fogo.Considerando-se essas
informações, é CORRETO afirmar que a substância gasosa presente na
espuma não-inflamável é

A) CO​2

B) H​2​.

C) O​2

D) SO​3​.

RESPOSTA: A

Para assistir a resolução do exercício cliquei no link abaixo:

https://www.quimicaemacao.com.br/resumos/25-e03
GASES

Fala gás nobre! Tudo bem? Preparado para reagir? A assunto desta nossa
apostila com certeza é de extrema importância em nossas vidas!! São os
gases​! Afinal, o ar está ao nosso redor e ele nada mais é do que uma
mistura de gases. É o caso do gás oxigênio, por exemplo, que está
presente no ar e se faz necessário em praticamente todas as formas de
vida do nosso planeta.

INTRODUÇÃO AO ESTUDO DOS GASES

A maioria dos gases são ​compostos moleculares​! Exceto os gases


nobres. Isso pois, eles são… o que mesmo? São formados por átomos
isolados.

E quais são as principais ​características físicas​ dos gases?

● Não​ apresentam​ forma​ ​e ​volume​ definidos.


● Possuem grande ​compressibilidade​ e capacidade de ​expansão​.
● Possuem grande dilatabilidade.
● São​ ​miscíveis​ entre si em qualquer proporção.
● Exercem pressão nas paredes do recipiente em que estão contidos.
O estudo dos gases está diretamente ligado a três grandezas: pressão
(P), volume (V) e temperatura (T). Essas grandezas são conhecidas como
variáveis de estado​.

As condições experimentais em que um gás se encontra, são


denominadas estados. E esse estado é definido por essas três grandezas.
Veja:

Pressão

As partículas de um gás, se movimentam de maneira contínua e


desordenada em todas as direções e sentidos. Desta maneira, se chocam
constantemente contra as paredes internas do recipiente (fechado) em
que o gás está contido.

Quando uma partícula se choca contra as paredes internas do recipiente,


ela exerce uma certa força por unidade de área. A essa relação
denominamos pressão (P), que é diretamente proporcional ao número de
choques por unidade de área.

Unidade de pressão no SI:​ ​N.m​-2​ ​denominada pascal (Pa)


Pressão atmosférica ao nível do mar: 105 Pa

↑Altutude ↓Pressão

Torricelli determinou experimentalmente:

↳ A pressão exercida pela atmosfera ao nível do mar corresponde à


pressão exercida por uma coluna de mercúrio de 760 mm Hg.

Sendo assim, a pressão atmosférica normal pode ser expressa também


nas seguintes unidades:

105 Pa = 760 mmHg = 760 torr = 1 atm

Volume

O volume (V) ocupado por um gás corresponde ao volume do recipiente


que o contém.

Unidade de volume no SI: m3

Mas, existem outras unidades de volume:

1 m3 = 1000 L = 106 mL = 106 cm3


1 L = 1000 mL = 1000 cm3

Temperatura

Está relacionada com o grau de agitação das partículas.

↑Grau de agitação ↑Temperatura do Corpo


A escala termométrica utilizada: Kelvin (também conhecida como Escala
Absoluta)

A conversão da temperatura de Celsius para Kelvin é dada pela


expressão:
T(K) = t(°C) + 273

Condições Normais de Temperatura e Pressão

Geralmente são representadas por CNTP e CATP

➢ Condições Normais de Temperatura e Pressão (CNTP): o gás exerce


pressão de 1atm (760mmHg), a 0ºC (273 K)

➢ Condições Ambientais de Temperatura e Pressão (CATP): o gás exerce


pressão de 1atm (760mmHg), a 25ºC (298 K)

TRANSFORMAÇÕES GASOSAS

Lei dos gases

São três as leis dos gases, relacionadas as variações do volume de um


gás, quando o temperatura e pressão variam:

- Lei de Boyle (Temperatura Constante)


- Lei de Charles (Pressão Constante)
- Lei de Gay-Lussac (Volume Constante)
● Lei de Boyle

↳ Temperatura Constante

Transformação Isotérmica

Para uma dada massa de gás a temperatura constante​, o volume


ocupado pelo gás é inversamente proporcional a pressão exercida.

↑Pressão ↓Volume

O aumento na pressão, diminui o volume ocupado pelo gás, de maneira


que o produto entre essas grandezas seja constante.

P.V = Constante

O valor da constante varia com a temperatura e quantidade de gás.

Essa relação foi estabelecida experimentalmente em 1662 pelo químico


inglês Robert Boyle, sendo conhecida como ​Lei de Boyle.
Representação Gráfica: ​Hiperbólica

Certa massa de gás a uma determinada temperatura:

P​1 .​ V​1​ = P​2 .​ V​2

● Lei de Charles

↳ Pressão Constante

Transformação Isobárica
Para uma dada massa de gás a ​pressão constante​, o volume ocupado
pelo gás é diretamente proporcional a temperatura absoluta.

↑Temperatura ↑Volume

O aumento da temperatura, aumenta o volume ocupado pelo gás, de


maneira que o quociente seja constante.

V​ = Constante
T

A relação entre volume e temperatura foi inicialmente observada em 1787


por Jacques Charles e quantificada em 1802 por Joseph Gay-Lussac,
sendo conhecida como​ ​Lei de Charles Gay-Lussac​.

Representação Gráfica: ​Linear


Certa massa de gás a uma determinada pressão:

V​1​ = ​V​2
T​1​ T​2

● Lei de Gay-Lussac

↳ Volume Constante
Transformação Isocórica

Para uma dada massa de gás a ​volume constante​, a pressão exercida


pelo gás é diretamente proporcional à temperatura absoluta.

↑Pressão ↑Temperatura

Um aumento da temperatura absoluta, aumenta da pressão exercida pelo


gás, de maneira que o quociente seja constante

P​ = Constante
T
Em 1802, Joseph Gay-Lussac verificou que se a temperatura fosse
medida pela escala Kelvin (K), a pressão (P) e a temperatura (T)
apresentariam variação proporcional. Conhecida como ​Lei de
Gay-Lussac​.

Representação Gráfica: ​Linear

Certa massa de gás a uma determinado volume:

P​1​ = ​P​2
T​1​ T​2

TEORIA MOLECULAR DOS GASES PERFEITOS E PVNRT

Chamamos de gás ideal ou gás perfeito qualquer gás que apresente


características como:

● O seu volume pode se tornar nulo com o aumento da pressão.


● Não existe interação atrativa ou repulsiva entre as partículas.
Normalmente tais características não ocorrem com a maioria dos gases
devido as interações entre suas moléculas. Esses gases são denominados
gases reais​.

Relacionando as três transformações gasosas que acabamos de ver,


temos uma relação denominada equação geral dos gases.

Equação Geral dos Gases

P​1​V​1​ = ​P​2​V​2
T​1​ T​2

A equação geral dos gases permite, por exemplo, que conhecendo o


volume de um gás em determinadas condições de temperatura e pressão,
possamos determinar seu novo volume em outras condições de
temperatura e pressão.

Esse cálculo também pode ser feito para a determinação de temperaturas


e pressões diferentes, a partir de valores iniciais.

Equação de Clapeyron ou do Gás Ideal

Relaciona as três variáveis de estado: pressão, volume e temperatura


com a quantidade de partículas (número de mols) que compõe um gás.

Desta maneira, dada a pressão, o volume e a temperatura de um gás, é


possível calcular quantos mols de gás estão presentes neste volume.

Essa relação que ficou conhecida como Equação de Clapeyron ou Equação


de um ​gás​ ​ideal​ se dá da seguinte forma:
PV = nRT

P = Pressão

V = Volume final

n = Número de mols do gás

T = Temperatura

R = Constante universal dos gases ideais

O valor numérico de R é o mesmo para todos os gases. Mas ele depende


das demais variáveis da equação. São três as situações:

P . V = atm . L = 0,0821 atm . L . mol-1 . k-1


n.T mol . K

P . V = mmHg . L = 62,3 mmHg . L . mol-1 . k-1


n.T mol . K

P . V = Pa . m3 = 8,314 Pa . m3 . mol-1 . k-1


n.T mol . K

Obs: Fique atento as essas unidades variáveis.

Qualquer gás que obedeça a essa lei será considerado um gás perfeito ou
ideal e, por isso, essa equação é conhecida por Equação de Estado dos
Gases Perfeitos.

Lembrando que, em algumas condições específicas, como baixa


temperatura e elevada pressão, a equação do gás ideal pode ser usada
para gases reais.
VOLUME MOLAR

É o volume ocupado por um mol de uma substância.

O volume molar dos gases, medido nas mesmas condições de


temperatura e pressão é sempre o mesmo.

O volume molar de qualquer gás nas:


- CNTP: 22,4L
- CATP: 24,4L

Gás e Vapor

Gás e vapor são diferentes! Veja:

Gás​: Se a substância estiver em uma temperatura acima da sua


temperatura crítica. O gás NÃO PODE ser liquefeito apenas por aumento
de pressão.

Vapor​: Se a substância estiver em uma temperatura abaixo da sua


temperatura crítica. O vapor PODE ser liquefeito por aumento de pressão.

MISTURAS GASOSAS

Muitos sistemas gasosos são misturas de gases! Assim, como o ar que


respiramos.

Toda mistura de gases é sempre um sistema homogêneo.


Densidade​ ​dos Gases

A partir da Equação de Estado dos Gases Ideais, PV = nRT, pode-se


chegar a uma nova equação:

d=​P.M
R.T

Densidade Relativa dos Gases

A densidade relativa entre dois gases A e B, é dada pela simples relação


entre as suas densidades absolutas, medidas nas mesmas condições de
pressão e temperatura.
d​A​ = ​M​A
d​B​ M​B

Quanto maior for a massa molar de um gás, maior será a sua densidade.

Pressão Parcial

Dalton concluiu através de seus estudos com misturas gasosas, que a


pressão total de uma mistura de gases, corresponde a soma das pressões
parciais. Essa relação é conhecida como ​Lei de Dalton ou ​Leis das
Pressões Parciais​.

Pressão parcial​: é a pressão exercida por cada um dos componentes de


uma mistura gasosa em um mesmo volume e a uma mesma temperatura.

Essa pressão é correspondente a pressão que o gás exerceria sozinho em


um recipiente, nas mesmas condições de volume e temperatura.

P​Total ​= P​A​ + P​B


A pressão parcial exercida por cada gás é diretamente proporcional ao
número de mol do gás.

Volume Parcial

Podemos considerar que em uma mistura gasosa, cada um dos gases é


responsável por uma parte do volume total ou, ainda, por uma certa
porcentagem do volume total.

Volume parcial​: é o volume que um gás ocuparia se sobre ele estivesse


sendo exercida a pressão total da mistura gasosa na mesma temperatura.

A lei dos gases ideais aplicada para uma mistura gasosa:

n​A ​= Mol A P​T​V​A​ = n​A​RT +


n​B =
​ Mol B ​P​TV
​ ​B​ = n​BR
​ T

PV = ΣnRT

Fração Molar​: é a relação entre o número de mol de um gás e o número


total de mol da mistura.

Pode ser obtida relacionando as pressões, volumes parciais e


porcentagem em volume.

X​A​ =​ n​A​ ​=​ P​A​ =


​ ​ V​A ​= ​% em volume de ​A
Σn P​T​ V​T ​ 100%

Logo: P​A​ = X​A​P​T​ e V​A​ = X​A​V​T

Observação: A fração molar é uma relação entre um valor parcial e um


valor total, portanto, a soma das frações molares será sempre igual à
unidade.
QUESTÃO 01

Um balão de borracha, do tipo usado em festas de aniversário, foi enchido


com um determinado volume de gás, à temperatura de 25​º​C sob pressão
constante. Se este balão for colocado por algumas horas numa geladeira,
pode-se afirmar que:

A) se a temperatura cair pela metade, o volume diminui na mesma


proporção.
B) ocorre uma transformação isocórica.
C) a densidade do gás diminui.
D) ocorre uma transformação isotérmica.
E) o volume do balão aumenta.

RESPOSTA

Ao ser colocado na geladeira, o gás presente no interior do balão diminui


a temperatura. Temos que a pressão dentro e fora da geladeira é a
mesma. A temperatura é diretamente proporcional ao volume. Sendo
assim, se ele cair pela metade, o volume diminui na mesma proporção.

Letra: ​A
Para assistir a resolução do exercício cliquei no link abaixo:
https://www.quimicaemacao.com.br/resumos/26-e01
QUESTÃO 02

Quando dois reagentes são adicionados em um reator ocorre a formação


de um produto gasoso. Considerando-se que o processo ocorra na
proporção de 1:1, o volume ocupado por 10 mols do produto formado a
100 ​º​C e 3 atm será, aproximadamente, igual a:

Dado: R = 0,082 atm L mol​–1​ K​–1

A) 10 L
B) 50 L
C) 100 L
D) 200 L
E) 300 L

RESPOSTA

Volume=?
PV=NRT
3.V=10.0,082.373
3.V=305,86
V=100L

Letra: ​C
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QUESTÃO 03

Uma mistura gasosa formada por 14,0 g de gás nitrogênio, N​2​, e 8,0 g de
gás oxigênio, O​2, ocupa um balão de capacidade igual a 30 L, na
temperatura de 27ºC. Dadas as massas molares (g/mol): N​2 = 28 e O​2 =
32 e R = 0,082 atm.L.mol​−1​ .K​−1​ , determine:

A) a pressão de cada gás no balão;


B) a pressão total no balão.

RESPOSTA

A) PO​2​: 0,205 atm

PN​2​: 0,41 atm

B) P​t​: 0,615 atm

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https://www.quimicaemacao.com.br/resumos/26-e03
DETERMINAÇÃO DE FÓRMULAS

Fala gás nobre! Tudo bem? Preparado para reagir? Nesta apostila vamos
falar sobre como determinar fórmulas! Mas qual a necessidade disso?
Bem, hoje em dia já são conhecidas milhares de substâncias químicas,
bem como, artificiais. Essas substâncias são formadas pela combinação
de aproximadamente cem elementos, em que a proporção de cada um
deles é constante, possibilitando assim, que sejam representadas por
fórmulas.

Os principais tipos de fórmulas são:


● Fórmula Centesimal
● Fórmula Mínima
● Fórmula Molecular

FÓRMULA CENTESIMAL OU PERCENTUAL

Indica a porcentagem, em massa, de cada elemento que constitui a


substância.
É possível determinar a fórmula percentual a partir da fórmula molecular
da substância. Sabe como? Aplicando os conceitos de massa atômica e
massa molecular. Vamos ver um exemplo!

Fórmula molecular do metano: CH​4


Massas atômicas do carbono e do hidrogênio: 12u e 1u
Massas molecular do metano: 1.12 + 4.1 = 16u

Assim, temos o seguinte:

Carbono:
16 --- 100%
12 --- X
X = 75% de carbono

Hidrogênio:
16 --- 100%
4 --- Y
Y = 25% de hidrogênio

Temos que em 16g de CH​4​: 75%


​ (12g) é referente a massa de carbono e
25% (4g) é referente a massa do hidrogênio. Ok?

Sendo assim a ​fórmula percentual​ é ​C75%​


​ H​25%

Vamos resolver um exercício?

O pigmento branco mais utilizado em tintas e em esmaltes é o dióxido de


titânio, TiO​2​. A porcentagem em massa de titânio nesse pigmento é de:

Massas molares em g/mol:Ti = 48 O = 16

A) 20% B) 40% C) 60% D) 80% E) 100%


RESOLUÇÃO

Temos que a massa molar do TiO​2​ é:

Ti = 48.1

O​2​ = ​16 .2
80g/mol

Logo, a porcentagem em massa de titânio é de:

80g --- 100%

48 --- X

X = 60% de Ti.

Caso queira saber a fórmula percentual:

80g --- 100%

32 --- Y

Y = 40% de O

Fórmula percentual = Ti​60%​O​240%

Letra: ​C

Para assistir a resolução do exercício cliquei no link abaixo:

https://www.quimicaemacao.com.br/resumos/27-e01
Lembrando gás nobre, que a fórmula percentual é o ponto de partida para
determinar a fórmula mínima e a fórmula molecular, como veremos a
seguir.

FÓRMULA MÍNIMA OU EMPÍRICA

Indica a menor proporção, em números inteiros, dos átomos dos


elementos que constituem uma substância.

Gás nobre, a fórmula mínima pode ser obtida de duas maneiras:

➢ Pela fórmula molecular:


Os índices de atomicidade são divididos por um número inteiro “n”, com a
finalidade da proporção final ser a menor possível.

Veja os exemplos a seguir:

Glicose: C​6​H​12​O​6 /​ 6 = CH​2​O


Ácido Fosfórico: H​3​PO​4​ / 1 = H​3​PO​4

➢ Pela fórmula centesimal:


Vamos ver alguns exercícios para entender como os cálculos são feitos!

Sabe-se que, quando uma pessoa fuma um cigarro, pode inalar de 0,1
até 0,2mg de nicotina. Foi descoberto em laboratório que cada miligrama
de nicotina contém 74,00% de carbono, 8,65% de hidrogênio e 17,355 de
nitrogênio. A fórmula mínima da nicotina é:

A) C​6​H​7​N B) C​5​H​7​N C) C​10​H​12​N D) C​5​H​6​N​2 E) C​4​H​3​N​2


RESOLUÇÃO

1º Passo: Calcular o número de mol de átomos de cada elemento. Isso


pode ser feito a partir da divisão das porcentagens dos elementos pela
suas massas atômicas.

74%​ = 6,17 ​ 8,65%​ = 8,65 ​17,35%​ = 1,24


12 1 14

2º Passo: Dividir os resultados pelo menor valor encontrado:

6,17​ = 5 ​8,65​ = 7 ​1,24​ = 1


1,24 1,24 1,24

Assim, a fórmula mínima é C​5​H​7​N​1

Letra: ​B
Para assistir a resolução do exercício cliquei no link abaixo:

https://www.quimicaemacao.com.br/resumos/27-e02

Pode acontecer, gás nobre, de precisar encontrar o número de mol sem


utilizar a porcentagem. Veja:

Uma amostra contém 2,4 g de carbono e 0,6 g de hidrogênio (Dados:


massas atômicas: C = 12, H = 1). Para determinar a fórmula mínima do
composto, devemos inicialmente calcular o número de mol (n) de átomos
de cada elemento.
12g de C --- 1mol
2,4g de C --- X mol
X = 0,2 mol

1g de H --- 1mol
0,6g de H --- Ymol
Y = 0,6 mol
Relação entre número de mol:

0,2​ = 1 ​ 0,6​ = 3
0,2 0,2

Os resultados encontrados foram divididos pelo menor valor encontrado.


Desta forma, a ​fórmula mínima​ ​é​ ​CH​3

FÓMULA MOLECULAR

Indica o número real de átomos de cada elemento em uma molécula.

A fórmula molecular pode ser determinada de várias maneiras. Vamos ver


algumas delas?

Obs: Pode ocorrer, da fórmula molecular ser igual a fórmula mínima.

1º método: a partir da fórmula centesimal, caso, tenha conhecimento da


massa molecular.

Como exemplo vamos determinar a fórmula molecular da glicose, que


possui massa molecular igual a 180u e fórmula mínima CH​2​O.
Primeiro precisamos calcular a massa molecular da fórmula mínima.
CH2O = 12.1 + 1.2 + 1.16 = 30u

Agora vamos utilizar a relação a seguir:

(Fórmula molecular) = (Fórmula mínima)n


180 = 30.n
n=6
:.em que n é inteiro

Logo, temos que a fórmula molecular é:

(Fórmula molecular) = (Fórmula mínima)n

Fórmula molecular = CH2O.6

Fórmula molecular = C6H12O6

2º método: a partir de fórmula centesimal

Vamos resolver um exercício para entendermos melhor?

O alumínio é o elemento metálico mais abundante da crosta terrestre.


Sua fonte natural comercial é a bauxita (Al2O3.xH2O) e, para a
transformação desse minério no metal (Alo), utiliza-se um método
eletrolítico denominado processo de Hall, que utiliza como fundente a
criolita. A adição de criolita faz com que a temperatura de fusão baixe
de 2050°C para 950°C, reduzindo significativamente o consumo de
energia. A criolita é uma substância composta por 32,86% de Na,
12,86% de Al e 54,29% de F, sua massa molar é igual a 210 g/mol.
Qual é a sua fórmula molecular?

Dados: MA(Na)=23u;MA(Al)=27u;MA(F)=19u.
A) Na​1​Al​2​F​6​.

B) Na​2​AlF​5​.

C) Na​3​Al​2​F​4​.

D) Na​2​Al​3​F​5

E) Na​3​AlF​6

RESOLUÇÃO

Temos então que a fórmula centesimal da criolita é Na​32,86%​Al​12,86%​F​54,29%

Massa molar: 210 g/mol

Massa atômica: Na = 23u; Al = 27u; F =19u.

Assim vamos montar as seguintes regras de três:

100g de criolita --- 32,86g de Na

210g de criolita ---- 23xg de Na

2300x = 6.900,6

x=3

100g de criolita --- 12,86g de Al


210g de criolita ---- 27yg de Al

2700y = 2700,6

y=1
100g de criolita --- 54,29g de F

210g de criolita ---- 19zg de Na

1900z = 11400,9

x=6

Assim, determinamos de forma direta que a fórmula molecular é Na​3​AlF​6​.

Letra: ​E

Para assistir a resolução do exercício cliquei no link abaixo:

https://www.quimicaemacao.com.br/resumos/27-e03

Então é isso gás nobre!!! Valeu e até próxima.


INTRODUÇÃO AO CÁLCULO ESTEQUIOMÉTRICO

Fala gás nobre! Tudo bem? Preparado para reagir? Você sabia que a
quantidade de substâncias envolvidas em uma reação química, é
encontrada através do cálculo estequiométrico?

O cálculo estequiométrico ou estequiometria é uma forma de


identificar quais compostos vão reagir e o quanto de cada um
vai ser formado.

Estequiometria é a parte de Química que trata o estudo


quantitativo da composição química das substâncias e da
relação quantitativa entre duas ou mais substâncias que
participam de uma reação química.

Aqui é como se fosse uma receita de bolo, para um bolo usamos uma
quantidade “x” de ovos, mas para dois bolos quantos ovos vamos
usar? Não seria o dobro? Logo, se “x” ovos são necessários para fazer
um bolo, então para fazer dois bolos são necessários 2x.

E para iniciar o cálculo estequiométrico é preciso seguir algumas


regrinhas! Veja esse exemplo:
O gás hidrogênio reage com o gás nitrogênio formando o gás amônia.

1º: Escrever a equação química:

N​2(g)​ + H​2(g)​ ​→​ NH​3(g)

Perceba que a reação química de síntese de amônia, foi transformada


numa ​equação com a representação das respectivas substâncias que
participam da reação.

2º: Balancear a equação

Ao balancear a equação, você vai saber qual a quantidade de


reagentes e de produtos formados. Assim, é possível ter certeza de
que todos os átomos presentes nos reagentes estarão nos produtos:

1​N​2(g)​ + ​3​H2(g)​
​ ​→​ ​2​NH​3( g)

Pronto! A equação química está balanceada. Agora sabemos que um


nitrogênio ao reagir com 3 hidrogênios, formam duas amônias. Veja
que quando a equação está balanceada o ​número de átomos dos
reagentes é igual ao número de átomos dos produtos.

3º: Estabelecer a regra de três

Ao balancear a equação química, descobrimos os coeficientes


estequiométricos. Logo:

1​N​2(g)​ + ​3​H2(g)​
​ ​→​ ​2​NH​3(g)
1 ​molécula​ de N​2​ + 3 ​moléculas ​de H​2 →​
​ 2
​ ​moléculas​ de​ ​NH​3
1 ​mol​ de N​2​ + 3 ​mol​ de​ ​H2​​ ​→​ 2 ​mol​ de NH​3
28​g​ de N​2 +
​ 6​g​ de H​2 (3x2)​
​ →​
​ 34​
​ g​ de NH​3 (2x17)

1 ​Volume ​de N​2 +
​ 3 ​Volumes ​de H​2 →
​ 2
​ ​Volumes de NH​3 (pois
todos são gases)

Massa Molar de cada componente:


N​2​: 1.14 = 28g​/​mol
H​2​: 2.1 = 2g​/​mol
NH​3​: 1.14 + 3.1 = 17g​/mol

Veja que na equação balanceada, os coeficientes estequiométricos de


cada substância correspondem aos números de mol. Mas essa
quantidade de matéria em mol, também pode ser expressa em outras
grandezas como: número de moléculas, massa em gramas e volume
de gases.

1mol:
- em massa: massa molar (g​/mol)
- em volume: 22,4 L/mol CNTP
- em número de moléculas: 6,0.10​23​ moléculas/mol

Vamos para a prática:

Calcule o ​número de mol de amônia produzido na reação de ​5 mol


de gás nitrogênio​ com quantidade suficiente de gás hidrogênio.

1​N​2(g)​ + ​3​H2(g)​
​ ​→​ ​2​NH​3(g)

A equação está devidamente balanceada. Logo:

N​2(g)​ + H​2(g)​ ​→​ NH​3(g)


1mol --------- 2mol
5mol --------- X
X = 10mol
Sendo assim, temos que ​5 mol de gás nitrogênio produz ​10 mol
de amônia.

Muito tranquilo não é mesmo?

É importante você saber gás nobre, que o cálculo estequiométrico é


feito com base nas ​leis das reações e é executado, como vimos,
com o auxílio das equações químicas correspondentes.

A base dos coeficientes de qualquer reação são as ​leis ponderais.


Vamos lembrar o que elas falam:

- Lei da conservação da massa ​– Num sistema fechado, a massa


total dos reagentes é igual à massa total dos produtos. Essa lei foi
proposta, por volta de 1775, por Antoine Laurent ​Lavoisier e com
certeza você já escutou a seguinte frase: ​Na natureza, nada se
cria, nada se perde, tudo se transforma.

- Lei das proporções constantes ​– Toda substância apresenta uma


proporção em massa constante na sua composição. Em 1799, Joseph
Louis Proust, analisando várias substâncias, descobriu que a
proporção com que cada elemento entra na formação de determinada
substância ou composição em massa era constante,
independentemente de seu processo de obtenção.

Além dessas leis ponderais, temos também a ​lei volumétrica de


Gay-Lussac, que nos fornece uma importante informação: se a
pressão e a temperatura não mudarem, os volumes dos gases
participantes de uma reação têm entre si uma relação de números
inteiros e pequenos.
Pois bem, gás nobre, agora que você já sabe de tudo isso, penso que
você imagina que todos os reagentes reagem completamente,
exatamente como é descrito nas equações químicas, não é mesmo?
No entanto, na realidade nem sempre isso acontece, pois, vários
fatores podem interferir no desenvolvimento de uma reação química
e os cálculos estequiométricos que vimos até agora, referem-se a
condições teóricas. Na prática, em certas situações, os reagentes são
misturados em quantidades não estequiométricas ou então
apresentam impurezas. Nem sempre, também, as reações ocorrem
com aproveitamento total. A seguir estudaremos algumas dessas
situações práticas.

CASO ESPECÍFICO: RENDIMENTO

Quando realizamos uma reação química, mesmo utilizando


quantidades estequiométricas dos reagentes, nem sempre
conseguimos obter a quantidade máxima possível dos produtos.
Desta forma, é comum que a reação ocorra com um rendimento real
menor que o rendimento teórico (100%).

A porcentagem real de rendimento pode ser determinada desta


maneira:

Rendimento Teórico --- 100%


Rendimento Real --- X

Para determinar a porcentagem de rendimento real, você precisa


determinar primeiro o rendimento teórico, a partir das quantidades
estequiométricas. Veja:

Sabendo que a formação da água ocorre segundo a equação:


2H​2(g) +
​ 1O​2(g)​ ​→​ 2H​2​O​(v)

Determine o rendimento real de um experimento no qual 2g de


hidrogênio reagiram com 16g de oxigênio, produzindo 14,4g de água.
(Massas molares: H​2​ = 2g mol​–1​; O​2​ = 32g mol​–1​; H​2​O = 18g mol​–1​)

RESOLUÇÃO:

2H​2(g)​ + 1O​2(g)​ → 2H​2​O​(v)


2mol 1mol 2mol
4g 32g 36g
2g 16g X

X = 18g

Assim, rendimento teórico é de 18g. Como as massas dos reagentes


(H​2(g) e
​ O​2(g)​) estão em proporção estequiométrica, não existe
reagente em excesso. Mas teoricamente, deveriam ter sido
produzidos 18g de H​2​O, porém a massa produzida de água foi de
14,4g. Assim, temos:

Y --- 14,4g de água


100% --- 18g de água
Y = 80%

Portanto o rendimento real não foi de 100% e sim de 80%. Ok?

CASO ESPECÍFICO: EXCESSO

Se você misturar dois reagentes que não estão em proporção


estequiométrica, um deles será totalmente consumido e por isso é
chamado de ​reagente limitante. Já o outro que não foi totalmente
consumido é o ​reagente em excesso.

Para resolver questões que envolvem reagentes limitantes você pode


seguir as etapas abaixo:

- Considere um dos reagentes como limitante e determine quanto de


produto seria formado;
- Repita o procedimento para o outro reagente;
- A menor quantidade de produto encontrada corresponde ao
reagente limitante e indica a quantidade de produto formado.

Veja esse exemplo:

Foram misturados 40g de hidrogênio (H​2​) com 40g de oxigênio (O​2​),


com a finalidade de produzir água, segundo a equação:

2H​2(g) +
​ 1O​2(g)​ ​→​ 2H​2​O

Determine:
a) o reagente limitante
b) a massa do produto formado
c) a massa do reagente em excesso
(Dados: massas molares: H​2 = 2g mol​–1​, O​2 = 32g mol​–1​, H​2​O = 18g
mol​–1​)

RESOLUÇÃO:

A princípio vamos considerar que o H​2(g) seja


​ o reagente limitante:

2H​2(g)​ + 1O​2(g)​ → 2H​2​O​(v)


2mol 1mol 2mol
4g ------------- 36g
40g------------- X

X = 360g de H​2​O

Agora o O​2​ como reagente limitante

2H​2(g)​ + 1O​2(g)​ → 2H​2​O​(v)


2mol 1mol 2mol
32g -- 36g
40g--- Y
Y = 45g de H​2​O

Observe que a menor quantidade de água produzida será de 45g, que


corresponde ao consumo total de O​2(g)​, que é, então, o reagente
limitante. Agora vamos calcular a massa de H​2(g) que será consumida
e o que restou em excesso:

2H​2(g)​ + 1O​2(g)​ → 2H​2​O​(v)


2mol 1mol 2mol
4g ---- 32g
W ----- 40g
W = 5g de H​2

A massa de H​2 que irá reagir é igual a ​5g​. Como a massa total de
H​2(g) era de 40g e só 5g reagiram, teremos um ​excesso de 35 g de
H​2(g)​.

Assim, temos:
a) reagente limitante: ​O​2(g)
b) massa de água formada: ​45g
c) massa de H​2(g)​ em excesso:​ ​35g
CASO ESPECÍFICO: IMPUREZAS

Até agora, admitimos que todas as substâncias fossem puras (100%


de pureza). Mas normalmente, as substâncias apresentam certa
porcentagem de impurezas na prática.

Veja esse caso: Se o CaCO​3​, tem 80% de pureza significa que, em


100g de CaCO​3​ impuro (CaCO​3​ + areia + carvão etc.), existem 80g
de CaCO​3​ puro e 20g de impurezas. Assim, se numa reação estamos
usando 150g de CaCO​3​ com 80% de pureza, significa que a massa
real de CaCO​3​ é 120g, ou seja, 150 x 0,8 = 120g

Olha só esse exemplo:

Considerando a reação FeS + 2HCl ​→ FeCl​2​ + H​2​S qual é a massa de


FeCl​2​ obtida quando 1100g de FeS de 80% de pureza reagem com
excesso de ácido nítrico? Dados: FeCl​2​ 127g/mol; FeS 88g/mol.

RESOLUÇÃO:

Quando o problema não faz referência, consideramos a pureza de


100%. Mas quando ela é dada, é necessário converter a quantidade
de substância impura na quantidade de substância pura.

1100g --- 100%


X --- 80%
X = 880g de FeS puro
Proporção em mol:

1mol de FeS 1mol de FeCl​2

88g de FeS --- 127g de FeCl​2

880g de FeS --- Y

Y = 1270g

Sendo assim, a massa de FeCl​2​ obtida quando 1100g de FeS de 80%


de pureza, ou seja, 880g de FeS que reagem com excesso de ácido
nítrico é de ​1270g​.

CASO ESPECÍFICO: REAÇÕES SUCESSIVAS

As substâncias são produzidas a partir de uma ​série de reações​.

Veja as equações que representam as reações utilizadas na obtenção


do ácido nítrico:

I) 4NH​3​ + 5O​2​ ​→​ 4NO + 6H​2​O


II) 2NO + O​2​ ​→​ 2NO​2
III) 3NO​2​ + H​2​O ​→​ 2HNO​3​ + NO

Agora, calcule a massa de amônia necessária para a preparação de


6,3g de ácido nítrico. Dado: NH​3​:17g/mol, HNO​3​:63g/mol,
NO​2​:46g/mol, NO:30g/mol.
RESOLUÇÃO:

Primeiro os coeficientes devem ser ajustados para que haja a


proporcionalidade. Logo, ao multiplicar a equação II por 2 e a
equação III por 4/3, temos:

4 NH​3​ + 5 O​2​ ​→​ 4 NO + 3 H​2​O


4 NO + 2 O​2​ ​→​ 4 NO​2
4 NO​2​ + 4/3 H​2​O ​→​ 8/3 HNO​3​ + 4/3 NO

Sendo assim, a partir de 4 mols de NH​3​ são obtidos 8/3 mols de


HNO​3​.

4.17g de NH​3​ --- 8/3. 63g de HNO​3


X --- 6,3g
X = 2,55g de NH​3

Temos que a massa de amônia necessária para a preparação de 6,3g


de ácido nítrico é de 2,55g de NH​3

Agora que você está com tudo anotado, vamos ver esse exercício do
ENEM de 2016 que envolveu o cálculo estequiométrico. E ai você
acertou essa?
Questão 01 - (ENEM/2016)
A minimização do tempo e custo de uma reação química, bem como o
aumento na sua taxa de conversão, caracterizam a eficiência de um
processo químico. Como consequência, produtos podem chegar ao
consumidor mais baratos. Um dos parâmetros que mede a eficiência
de uma reação química é o seu rendimento molar (R, em %),
definido como

em que n corresponde ao número de mols. O metanol pode ser


obtido pela reação entre brometo de metila e hidróxido de sódio,
conforme a equação química:

CH​3​Br + NaOH ​→​ CH​3​OH + NaBr

As massas molares (em g/mol) desses elementos são: H = 1: C =


12; O = 16; Na = 23; Br = 80.

O rendimento molar da reação, em que 32g de metanol foram


obtidos a partir de 142,5 g de brometo de metila e 80 g de hidróxido
de sódio, é mais próximo de

a) 22%
b) 40%
c) 50%
d) 67%
e) 75%
RESOLUÇÃO/COMENTÁRIOS

Essa questão envolve dois casos especiais de estequiometria,


reagente limitante e em excesso e o rendimento. Aqui gás nobre,
você deveria calcular o número de mol de cada participante, em
seguida descobrir quem é o reagente limitante.

Primeiro reescrever a equação e depois balancear:

1CH​3​Br + 1NaOH ​→​ 1CH​3​OH + 1NaBr

Logo,
1mol de CH​3​Br + 1mol de NaOH ​→ 1mol de CH​3​OH + 1mol de NaBr
95g de ​CH​3​Br + 40g de NaOH ​→​ 32g de CH​3​OH
142,5g de​ ​CH​3​Br + 80 g de NaOH ​→​ 32g de CH​3​OH

Perceba que o NaOH dobra a quantidade, de 40g passa para 80g,


enquanto o CH3Br não. Sendo assim, já sabemos que o reagente
limitante é CH​3​Br. Sendo assim, qual a quantidade em mol desse
reagente? Se:

1 mol de CH​3​Br ---- 95g


X mol de CH​3​Br ---- 142g
X = 1,5 mol de CH​3​Br em 142g

Colocando na fórmula que o exercício ofereceu:

1 mol de CH​3​OH x 100 = 66,66 ​≅​ 67%

1,5 mol de CH​3​Br

Essa questão também pode ser resolvida usando somente a regra de


três em relação ao produto da reação:
1 mol ​CH​3​Br ​--------- 32g de ​CH​3​OH

1,5 mol ​CH​3​Br​ ------ X

X= 48g

Se rendesse 100% seria 48g, mas foi produzido apenas 32g de


CH​3​OH​. Portanto temos que:

48g --------- 100%

32g --------- y

y= ​66,66​ ≅ ​67% de rendimento

Letra: ​D

Para assistir a resolução do exercício clique no link:

https://www.quimicaemacao.com.br/resumos/28-e01
SOLUÇÕES

Fala gás nobre! Tudo bem? Preparado para reagir? Nessa apostila
daremos início ao conteúdo de físico-química. Para começar, vamos
analisar algumas situações do nosso cotidiano. Quando você está
preparando um suco, por exemplo, o que acontece ao acrescentar uma
colher de açúcar no copo? O açúcar desaparece não é mesmo? Mas por
qual motivo? Isso se deve ao fato do açúcar, ser solúvel em água.

Solubilidade é a propriedade que uma substância tem


de se dissolver espontaneamente em outra substância
denominada solvente.

Sendo assim, temos que a água é o solvente. Mas e o açúcar? Bem, o


açúcar é o soluto. Quando o soluto e solvente são misturados é formada
uma mistura homogênea, também chamada de solução.

Lembre-se gás nobre, que o solvente é o componente que possui seu


estado físico preservado, quando a mistura é preparada ou quando está
presente em maior quantidade. Ok?
CLASSIFICAÇÃO DAS SOLUÇÕES

As soluções são classificadas de acordo com o estado físico do solvente,


condutividade elétrica, proporção soluto​/​solvente e quanto ao coeficiente
de solubilidade.

Vamos ver então cada uma delas?

● Estado físico do solvente ou estado de agregação

São três os estados físicos em que as soluções podem aparecer: sólido,


líquido e gasoso. Mas como foi dito logo acima, o que determina o estado
físico da solução é o estado físico do solvente!

É o caso do soro caseiro!! Você se lembra de como ele é preparado? São


três colheres de chá de açúcar e uma de sal (os solutos) dissolvidos em
300mL de água (o solvente). Ele é líquido devido o estado físico do
solvente.

● Condutividade elétrica

As soluções podem ser classificadas em ​soluções iônicas ​ou


eletrolíticas e moleculares ou não eletrolíticas.

As soluções eletrolíticas conduzem corrente elétrica devido a presença de


íons livres na solução.

Lembrando que esses íons são provenientes da ​dissociação de um


composto iônico ou da ionização de um composto molecular.
● Proporção de soluto em relação ao solvente

As soluções podem ser classificadas em ​diluídas ou concentradas.

COEFICIENTE DE SOLUBILIDADE (CS)

Gás nobre, se você for adicionando soluto e mais soluto em uma solução,
ela vai se tornando mais concentrada, até chegar ao ponto de não
dissolver mais esse soluto!!!! Portanto, existe uma quantidade máxima de
soluto possível de dissolver em um solvente, em uma dada temperatura.
Essa quantidade máxima é chamada de ​coeficiente de solubilidade.
A quantidade de soluto dissolvido em uma certa quantidade de solvente
faz com que as soluções sejam classificadas em: ​insaturada, saturada e
supersaturada.

Soluções insaturadas: a quantidade de soluto dissolvido é ​inferior ao


coeficiente de solubilidade

Soluções Saturadas: a quantidade de soluto dissolvido é ​igual ao


coeficiente de solubilidade. Podendo possuir ou não corpo de fundo.

Soluções Supersaturadas: a quantidade de soluto dissolvido é


superior ao coeficiente de solubilidade. Lembrando que esses sistemas
são instáveis e só existem em condições especiais.

Vamos determinar a solubilidade de alguns compostos, resolvendo o


exercício a seguir:
Observe a tabela de solubilidade abaixo e responda:

a) Qual(ais) a(s) substância(s) mais solúvel(is) a 30°C?

R: As substâncias mais solúveis são aquelas que solubilizam mais, ou


seja, maior quantidade de soluto dissolvido em água. Sendo assim, de
acordo com o gráfico o NaNO​3​ é o mais solúvel a 35ºC.

b) Qual a substância menos solúvel a 10°C?

R: A substância que menos solubilizou a 10º foi o KNO​3

c) Qual a massa de KNO​3​ necessária para dissolver 500g de água a 30°C?

R: No gráfico temos que a 30ºC 100g de água solubiliza 50g de KNO​3​.


Logo:

100g de água ---- 50g

500g de água ---- X

X = 250g

Em 500g de água dissolve-se 250g de KNO​3


d) Qual a massa de solução de Ce​2​(SO​4​)​3 necessária para dissolver 400g
de água a 80ºC ?

R: No gráfico a 80ºC 100g de água solubiliza 10g de Ce​2​(SO​4​)​3​. Sendo


assim:
100g de água --- 10g de Ce​2​(SO​4​)​3
400g de água --- X
X = 40g
Solução é soluto + solvente. Desta maneira, se em 400g de água é
possível dissolver 40g de Ce​2​(SO​4​)​3​, temos que a massa da solução é:
400g de água + 40g de Ce​2​(SO​4​)​3​ = 440g de solução

Para assistir a resolução do exercício clique no link:


https://www.quimicaemacao.com.br/resumos/29-e01

CONCENTRAÇÃO COMUM

É a relação entre a massa do soluto e o volume da solução.

C = ​ Massa do soluto
Volume da solução

C= ​m1​
V

Geralmente a massa é expressa em gramas (g) e o volume em litros (L).

Vamos resolver o exercício a seguir:


As instruções da bula de um medicamento usado para reidratação estão
resumidas no quadro a seguir. Modo de usar: dissolva o conteúdo do
envelope em 100 mL de água.

Composição: Cada envelope contém:

Cloreto de potássio 75mg

Citrato de sódio di-hidratado 145mg

Cloreto de sódio 175mg

Glicose 10g

a) Calcule a concentração de potássio, em g . L​–1​, na solução preparada


seguindo as instruções da bula.

R: Como precisamos encontrar a concentração somente do potássio


temos que:

KCl = 39g de potássio e 35,5 de cloro = 74,5g/mol

74,5g --- 39g

0,075g --- x

x = 0,039g

Como o exercício pede o resultado em g.L​-1 temos que 100mL de água é


igual a 0,1L.

C = ​m1​​ → ​0,039g ​→ 0,39g/L ou 0,39g.L​-1


V 0,1L
b) Quais são as substâncias do medicamento que explicam a condução
elétrica da solução do medicamento? Justifique sua Resposta.

R: Cloreto de potássio, cloreto de sódio e citrato de sódio di-hidratado


que são compostos iônicos, que formam íons livres em solução.

Para assistir a resolução do exercício clique no link:


https://www.quimicaemacao.com.br/resumos/29-e02

DENSIDADE

É a relação entre a massa da solução e o seu volume.


d = massa da solução
volume da solução

d = m(g)
V(mL)

Geralmente a massa é expressa em gramas (g) e o volume em mililitros


(mL).
Exemplo: Se a densidade de uma solução é 2g.mL-1, significa que 1mL de
solução possui massa de 2g.

ATENÇÃO!!
Cuidado para não confundir concentração comum com densidade:
- Concentração comum: indica a quantidade de soluto em um
determinado volume de solução.
- Densidade: indica a massa de um determinado volume de
solução.
TÍTULO (τ)

É uma concentração que pode ser determinada em função da


porcentagem em massa ou volume dos componentes da solução.

Título em massa

Relação entre a massa do soluto e a massa da solução.

τ = ​m​1
m

Título geralmente é expresso em porcentagem e, por isso, compreende-se


no intervalo de 0 < τ < 1.

Título em volume

Relação entre o volume do soluto e o volume da solução.

τ = ​V​1
V
Título em ppm

É a relação entre uma parte do soluto por um milhão de partes da


solução.
ppm = ​ 1
10​6

Usada em soluções muito diluídas. No cálculo da concentração podemos


usar a seguinte fórmula:
ppm =​ m​1​ ​. 10​6
m

Fazendo a relação matemática entre a concentração comum, densidade e


título em massa temos:
C​(g.L​-1​) ​= d​(g.mL​-1​) ​. τ . 1000 ou C​(g.L​-1​)​=d​(g.L​-1​) ​. τ
Exercicio:

Uma solução aquosa de cloreto de potássio (KCl) tem concentração igual


a 250g.L​-1​ e densidade de 1,25g.mL​-1​. Qual o título dessa solução?

Como:
C = d. τ . 1000
250 = 1,25 . τ . 1000
τ = o,2 ou 20%

MOLARIDADE

É a relação entre o número de mols do soluto pelo volume da solução em


litros.
M = ​n​1
V
Unidade de concentração em quantidade de matéria é mol . L​-1​.

FRAÇÃO MOLAR

É a relação entre o número de mols do soluto ou do solvente pelo número


de mols da solução.

● Fração molar do soluto: (x​1​)


x​1 =
​ ​n1​
n

● Fração molar do solvente (x​2​)


x​2​ = n
​ ​2
n
n = número de mols da solução
n1 = número de mols do soluto
n2 = número de mols do solvente
n = n1 + n2

Obs: a soma das frações molares é sempre igual a 1.

Fração molar não possui unidade.

MOLALIDADE

É a relação entre a quantidade de matéria de soluto (número de mols) e a


massa do solvente em quilogramas.
w = n1
m2(kg)

Em soluções aquosas e diluídas: os valores numéricos da molaridade e da


molalidade são praticamente iguais.

DILUIÇÃO

Gás nobre, uma solução pode ser preparada adicionando-se solvente a


uma solução inicialmente mais concentrada. Este processo é denominado
diluição.

A adição de mais solvente provoca aumento no volume da solução; a


quantidade de soluto, porém, permanece constante.

quantidade inicial de soluto = quantidade final de soluto

Podemos ter as seguintes relações entre a solução inicial e a final:


● Concentração Comum:

Inicial Final
C​i​ = ​m1​​ ​ C​f​ = ​m​1
V​i​ V​f

Relação: C​i​ . V​i​ = C​f​ .V​f

● Concentração em molL; concentração molar (molaridade):

Inicial Final

M​i​ = ​n1​​ ​ M​f​ =​ n​1


​V​i​ V​f

Relação: M​i​ . V​i​ = M​f​ .V​f

● Título:

Inicial Final

τ​i​ = ​m1​​ ​ τ​f​ =​ m​1


​m​i​ m​f

Relação: τ​i​ . m​i​ = τ​f​ .m​f

MISTURA DE SOLUÇÕES

Uma solução também pode ser preparada a partir da mistura de outras


soluções.
Mistura de soluções com o mesmo soluto

A massa final do soluto é igual a soma das massas iniciais. O volume final
da solução é igual a soma dos volumes misturados.

M​1 .​ V​1​ + M​2​ + V​2​ = M​final​ + M​final

Mistura de soluções com solutos diferentes

Nesse caso, o que ocorre é uma simples diluição dos dois solutos, pois
suas quantidades permanecem constantes, porém dispersas num volume
maior. As concentrações finais dos dois solutos serão menores que as
iniciais.

TITULAÇÃO

Na mistura de soluções que são formadas por um mesmo solvente, mas


com solutos diferentes, pode ocorrer uma reação química. Essa possível
reação ocorre de acordo com uma proporção estequiométrica. Isso nos
permite determinar a concentração desconhecida de uma solução por
meio de uma técnica conhecida por ​titulação​.

A titulação é muito usada no estudo das reações ácido-base, com a ajuda


de indicadores.
Veja o exercício:

Um analista químico de uma indústria de condimentos analisa o vinagre


produzido por meio de titulação volumétrica, utilizando solução padrão de
hidróxido de sódio tendo fenolftaleína como indicador. Sabendo-se que
são utilizados 25 mL de vinagre em cada análise – vinagre é uma solução
contendo 4,8% (m/v) de ácido etanóico –, que a concentração do
titulante é igual 1,0 mol L​–1​, que são realizadas três análises por lote e
que são analisados quatro lotes por dia, calcule a quantidade média, em
gramas, de hidróxido de sódio consumida para a realização das 264
análises feitas por esse analista em um mês de trabalho. Apresente seus
cálculos.

Dados: Massas molares (g.mol​–1​): H = 1,0 C = 12,0 O = 16,0 Na = 23,0

Resolução
- Cálculo da massa de ácido etanoico existente em 25 mL de vinagre

4,8%(m/V) → existem 4,8g de ácido etanoico em 100 mL de vinagre:


4,8g ––– 100 mL

x ––– 25 mL

x = 1,2g de ácido etanoico

- Cálculo da massa de NaOH gasta em cada titulação

A equação da reação de neutralização que ocorre é:

H3CCOOH + NaOH → H3CCOO–Na​+​ + H2O

1 mol de H3CCOOH = 60,0g

1 mol de NaOH = 40,0g

60,0g –––40,0g
1,2g –––y

y = 0,8g de NaOH

- Cálculo da massa de NaOH gasta em 264 análises

1 análise ––– 0,8g de NaOH

264 análises ––– z

z = 211,2g de NaOH

Para assistir a resolução do exercício clique no link:


https://www.quimicaemacao.com.br/resumos/29-e02

Valeu gás nobre!!!!


PROPRIEDADE COLIGATIVAS

Fala gás nobre! Preparado para reagir? Propriedades Coligativas é um


conteúdo bastante importante, pois facilita a compreensão de
fenômenos químicos simples, que ocorrem diariamente, e até mesmo
dos mais complexos.

Mas o que são essas propriedades coligativas?

Bem, são as propriedades de um solvente que são modificadas


quando se adiciona a ele ​um soluto não volátil​. É importante
evidenciar que essa mudança nas propriedades do solvente, ​não são
explicadas pela natureza do soluto, mas sim pela ​quantidade do
soluto (número de partículas dissolvidas), seja de ​moléculas ou
íons​.

Obs: Usamos a expressão soluto não volátil quando o ponto de


ebulição do soluto for superior ao do solvente.

Vamos ver quais são essas propriedades?

São quatro as propriedades coligativas a serem estudadas:


Tonoscopia, Ebulioscopia, Crioscopia e Osmose. Tais
propriedades nos ajudam a responder perguntas como: Porque o
ponto de ebulição da água aumenta se adicionarmos sal de cozinha
(NaCl)? E por que a água ferve mais rápido em locais de elevada
altitude? Por qual razão é adicionado sal nas estradas no inverno? E
sal no gelo para gelar cerveja em lata? Por que as águas dos oceanos
não congelam totalmente, mesmo em locais que são muito frios, com
a temperatura abaixo de 0°C? O que acontece quando se coloca sal
sobre um pedaço de carne? Por que o peixe do rio não consegue
sobreviver no mar e vice-versa?

Ufa!!! Olha só a quantidade de questionamentos legais gás nobre!!


Você já parou para pensar nisso? Sabe responder a essas questões?

Pois bem, vamos lá!!

As propriedades coligativas estão relacionadas com a pressão


máxima de vapor das soluções. Mas o que é isso?

PRESSÃO MÁXIMA DE VAPOR (PMV)

Gás nobre, imagine a roupa molhada no varal. Com o passar do


tempo, a água presente na roupa irá evaporar naturalmente, até que
todo o líquido esteja no estado de vapor, certo?

Mas e se a água estiver em um recipiente fechado, como em uma


garrafinha de água, por exemplo? Você concorda que mesmo depois
de muito tempo, o volume de água será o mesmo?

Mas então em sistemas fechados não ocorre a evaporação como no


sistema aberto?

Não! Nos dois sistemas ocorre a evaporação. A diferença é que no


sistema fechado em algum momento o ​vapor atinge uma
saturação, ou seja, ​um ponto máximo em que não é mais
possível comportar mais moléculas no estado de vapor no
recipiente. Com isso, quando uma molécula que está no estado
líquido vai para o estado de vapor, imediatamente uma que está no
estado de vapor vai para o líquido (processo inverso) e, portanto, a
velocidade de evaporação se iguala a velocidade de condensação,
atingindo assim um ​equilíbrio dinâmico. Então, como esse
fenômeno ocorre continuamente e nós não conseguimos ver as
moléculas de água, parece que o sistema está parado. ​Contudo, o
vapor que está dentro do sistema fechado, exerce uma pressão sobre
a superfície do líquido. Portanto, a quantidade ​máxima de vapor
exerce a​ ​pressão máxima de vapor.

Lembrando que a pressão máxima de vapor ​varia de líquido para


líquido.​ A pressão máxima de vapor da água, por exemplo, é bem
menor que a pressão máxima de vapor da gasolina em uma mesma
temperatura. Isso está relacionado com a capacidade que a gasolina
tem de evaporar mais rápido que a água. Sendo assim, ela possui
uma ​elevada pressão máxima de vapor, o que ​significa que ela é
muito volátil e, portanto, evapora com facilidade.
Consequentemente o seu ponto de ebulição é pequeno. Como
gasolina é apolar, suas interações intermoleculares são bem mais
fracas que as que existem entre as moléculas de água, o que facilita
o rompimento as interações entre as moléculas da gasolina.

- Em uma mesma temperatura líquidos diferentes, apresentam


diferentes pressões máximas de vapor, que dependem da intensidade
das forças intermoleculares.

Mas se aumentar a temperatura, as ligações entre as moléculas serão


rompidas ainda mais facilmente, o que facilita a passagem para o
estado de vapor, aumentando a pressão máxima de vapor. O que não
significa que são diretamente proporcionais, ou seja, se dobrar a
temperatura não dobra a pressão máxima de vapor.

Resumindo:
- Interação forte, pouco volátil, maior ponto de ebulição,
menor a pressão máxima de vapor
- Interação fraca, muito volátil, menor ponto de ebulição,
maior a pressão máxima de vapor
- Maior a temperatura maior a pressão máxima de vapor
- A pressão máxima de vapor é característica de cada
substância.

Você sabia que a 100ºC, a pressão máxima de vapor da água é igual


à pressão atmosférica, isto é, 760 mmHg ou 1 atm (ao nível do mar)?
É por isso que a água ferve nessa temperatura, pois o vapor
consegue vencer a pressão exercida na superfície do líquido pelos
gases do ar atmosférico.

Lembrando que, em relação a altitude, quanto maior ela for menor é


a pressão atmosférica. Desse modo, nas montanhas, a pressão
atmosférica é menor que no nível do mar, e consequentemente a
temperatura de ebulição da água em recipiente aberto é menor que
100 ºC.

DIAGRAMA DE FASES

O diagrama de fases é um gráfico que representa as fases da


matéria termodinamicamente em função da pressão e da
temperatura.
As linhas do diagrama mostram as condições em que duas fases se
coexistem em equilíbrio dinâmico e podemos assim, visualizar a
influência da temperatura e da pressão nas mudanças de estado.
Desta maneira, é possível prever qual o estado físico de uma
substância em determinada temperatura e pressão.

As regiões em que a substância apresenta ora no estado sólido, ora


no líquido ou vapor, representam as condições de temperatura e
pressão onde cada estado físico é predominante (mais estável). O
grau de liberdade, nessas regiões será igual a dois, isto pois é
possível escolher a temperatura e a pressão sem que ocorra alteração
no estado físico da substância. Já em qualquer ponto sobre a curva, o
grau de liberdade será igual a um. Isso significa que, se escolhermos
um valor de temperatura, automaticamente teremos escolhido a
pressão ou vice-versa.

Curva de sublimação ou ressublimação (CS)

Corresponde às condições de ​temperatura e pressão em que os


estados sólido e vapor da substância estão em equilíbrio.
Representa o limite entre a fase sólida e vapor.
Curva de fusão ou solidificação (CF)

Corresponde às condições de temperatura e pressão em que os


estados sólido e líquido da substância estão em equilíbrio.
Representa o limite entre a fase sólida e a líquida.

Curva de vaporização ou de condensação (CV)

Corresponde às condições de temperatura e pressão em que os


estados líquido e vapor da substância estão em equilíbrio.
Representa o limite entre a fase líquida e vapor.

Ponto triplo (PT)

É o ponto comum às três curvas que pode ser chamado de ponto


triplo ou ponto tríplice. Neste ponto as três fases – sólido, líquido e
gasoso - estão em equilíbrio.

O grau de liberdade do ponto triplo é igual a zero. Isso pois nesse


ponto a propriedade física de cada substância não pode ser alterada.

Liofização

A liofilização é uma técnica empregada na conservação de


alimentos, e portanto é muito utilizada na pela indústria
alimentícia. A liofilização desidrata o produto congelado pelo
processo de sublimação, removendo a água e outros solventes.
O alimento ao ser liofilizado primeiro é congelado e depois é
submetido a baixas pressões. Assim, ocorre a sublimação da
água no estado sólido, que passa diretamente para a fase de
vapor. Caso o alimento liofilizado seja embalado a vácuo, ele
pode ser armazenado à temperatura ambiente, sem
refrigeração, não degradando por muitos anos. É esse o

processo utilizado na produção da comida dos astronautas.

TONOSCOPIA, EBULIOSCOPIA, CRIOSCOPIA E OSMOSE

A intensidade com que as propriedades coligativas ocorrem


dependem unicamente, como já falamos aqui, da ​quantidade de
partículas presentes na solução e não da natureza dessas
partículas.

Esses fenômenos podem ser explicados pelas ​interações que


ocorrem entre soluto e solvente, pois elas ​dificultam a passagem
do solvente para o estado de vapor, assim como o seu
congelamento.

Essas soluções formadas podem ser de dois tipos:

- Solução molecular: ​as partículas presentes na solução são


moléculas​. Veja o exemplo:

Ao adicionarmos 1mol de glicose (C​6​H​12​O​6​) a certa quantidade de


água, teremos 1mol de moléculas de glicose, ou seja, 6x10​23
partículas (moléculas) nessa quantidade de água.

- Soluções iônicas: as partículas presentes na solução são ​íons.


Veja o exemplo:
Ao adicionarmos 1mol de cloreto de sódio (NaCl) a certa quantidade
de água, esse sal originará 1mol de íons Na​+ e 1mol de íons Cl​–​, ou
seja, 12x10​23​ partículas (íons) nessa quantidade de água.

Ok? Vamos falar então sobre a primeira propriedade coligativa:

TONOSCOPIA: diminuição da pressão máxima de vapor de um


solvente, provocada pela ​adição de um soluto não volátil.

O soluto dificulta a evaporação do solvente. Isso ocorre, pois, a


adição do soluto (íons ou moléculas) intensifica as forças atrativas
moleculares e, consequentemente, a pressão de vapor do solvente
diminui.

A fórmula para o cálculo da Tonoscopia segue abaixo:

Δp = P​2​ – P​,​ onde:

P​ =​ pressão de vapor da solução

P​2​ =​ pressão de vapor do solvente

Quando um líquido entra para o estado de vapor, novas interações


são estabelecidas, e a quantidade de solvente presente nesta nova
fase é que vai determinar a chamada pressão de vapor. A pressão de
vapor de uma solução corresponde à quantidade de solvente na fase
gasosa e existe uma relação entre o abaixamento da pressão máxima
de vapor e o número de mols do soluto presente em uma solução.
Sendo assim, podemos concluir que:
Quanto maior for o número de partículas (nº de mol)
do soluto não volátil na solução, maior será o
abaixamento da pressão máxima de vapor.

Exemplo: Uma compota, em recipiente aberto dentro da geladeira,


quase não perde líquido, devido a grande quantidade de açúcar
contido nela. O açúcar diminui a tensão de vapor da água.

EBULIOSCOPIA: elevação da temperatura de ebulição

O aumento da temperatura de ebulição do solvente é explicado pelo


aumento da intensidade das forças interativas e pela presença das
partículas do soluto.

Quanto maior o número de partículas de soluto, maior o número


interações soluto-solvente e, consequentemente, menor a tendência
de escape das moléculas de solvente para o estado gasoso.

A fórmula usada para o cálculo é:

Δte = Te2 - Te, onde:

Te = temperatura de ebulição da solução

Te2 = temperatura de ebulição do solvente

Exemplo: Ao adicionarmos açúcar a água de preparo do café, a


temperatura de ebulição da água aumenta. Sendo assim, a água com
açúcar demorar mais a ferver.
CRIOSCOPIA: diminuição da temperatura de congelamento

A adição de um soluto não-volátil a um solvente provoca um


abaixamento na temperatura de congelamento desse solvente, o que
pode ser explicado pelo fato de as partículas do soluto dificultarem a
cristalização do solvente.

A fórmula que permite calcular essa propriedade é a seguinte:

Δtc = Tc​2​ - Tc​,​ onde:

Tc ​=​ temperatura de congelamento da solução

Tc​2​ ​=​ temperatura de congelamento do solvente

Exemplo: Nas regiões polares, a água não congela por causa da


presença de elevada quantidade de sais dissolvidos, principalmente
NaCl.

Temos que: Quanto maior o número de partículas (nº de mol) do


soluto não-volátil na solução:
• maior a elevação da temperatura de ebulição do solvente (maior
ΔtE);
• maior o abaixamento da temperatura de congelamento do solvente
(maior ΔtC).

OSMOSE E PRESSÃO OSMÓTICA

A ​osmose é a passagem espontânea de um solvente por uma


membrana semipermeável, indo de uma solução menos
concentrada (ou um solvente puro) para uma solução mais
concentrada (menos diluída).
A pressão osmótica é aquela pressão exercida pelo solvente contra a
membrana para que não ocorra a osmose. A membrana
semipermeável (ex.: citoplasma, papel celofane, dentre outros) deve
permitir apenas a passagem de solvente. A passagem de solvente
através da membrana ocorre até que as soluções tornem-se
isotônicas, isto é, exerçam a mesma pressão osmótica.

Exemplo: A adição de sal na salada, provoca a sua desidratação.

Agora vamos aos exercícios!!


Questão 01 - (UEPB)
A pressão de vapor de uma gasolina é um importante parâmetro de
especificação pois define perdas por evaporação no armazenamento,
no transporte e manuseio do combustível. Quais cidades brasileiras
apresentadas na tabela devem possuir a maior pressão de vapor para
uma mesma amostra de gasolina?

a) Moscou e Curitiba
b) Macapá e Miami
c) Macapá e João Pessoa
d) Curitiba e Belo Horizonte
e) Belo Horizonte e João Pessoa

RESOLUÇÃO/COMENTÁRIOS

A pressão de vapor de um líquido aumenta com o aumento de


temperatura. Nas cidades brasileiras de Macapá e João Pessoa temos
as duas maiores médias anuais de temperatura. Portanto, uma
mesma amostra de gasolina terá maior pressão de vapor nessas duas
cidades.

Letra ​C
Para assistir a resolução do exercício clique no link:
https://www.quimicaemacao.com.br/resumos/30-e01
Questão 02- (UFU MG)

Observe o esquema representativo do cozimento de alimentos em


uma panela de pressão e o diagrama de fase da água apresentados a
seguir e faça o que se pede.

a) ​Identifique​ a relação existente entre a pressão do vapor de água


e sua temperatura de ebulição no interior da panela de pressão.
b) ​Cite e explique​ ​uma vantagem do cozimento de alimentos em
panelas de pressão.
c) ​Explique​ ​o que ocorre com o tempo de cozimento do alimento
caso seja abaixada a chama do fogão logo que se inicia a saída do
vapor pela válvula, mantendo-se, contudo, a fervura.
RESOLUÇÃO/COMENTÁRIOS

a) Quanto maior a temperatura, maior a pressão do vapor da água no


interior da panela.

b) Diminuição do tempo de cozimento. A temperatura da água na


panela de pressão é maior que a temperatura de ebulição de uma
panela comum provocando redução no tempo de cozimento.

c) Não se altera, pois não haverá mudança na temperatura de


fervura.

Para assistir a resolução do exercício clique no link:

https://www.quimicaemacao.com.br/resumos/30-e02
TERMOQUÍMICA

Fala gás nobre! Preparado para reagir? Nesta apostila vamos estudar
a termoquímica. Você sabia que as reações químicas absorvem ou
liberam calor, e desta forma, ocorre uma troca de energia? A
termoquímica estuda justamente essas ​trocas de energia que são
realizadas na forma de ​calor ​nas reações químicas (fenômeno
químico) e nas mudanças de estado físico das substâncias (fenômeno
físico). Nesse contexto, são dois os processos em que ocorre a troca
de calor. Você sabe quais são eles? Eles são os processos:

- Exotérmico: ​ocorre com liberação de calor


- Endotérmico:​ ​ocorre com absorção de calor

ENTALPIA DE UMA REAÇÃO

Gás nobre, em uma reação química cada substância apresenta uma


quantidade de energia que é denominada ​entalpia​, representado
pela letra ​H.

Mas como determinar a entalpia?


Bem, não é possível determinar a entalpia de cada substância. Na
prática só é possível medir a variação da entalpia (ΔH) de uma
reação, utilizando calorímetros. Essa variação corresponde a
quantidade de energia liberada ou absorvida durante o processo e o
cálculo da variação da entalpia é dado pela seguinte expressão:

∆H = Hfinal - Hinicial ou ∆H = Hprodutos - Hreagentes

Vimos que a variação está na diferença entre a entalpia dos produtos


e a dos reagentes! Agora vamos ver, como fica a entalpia desses
produtos e reagentes nas reações exotérmicas e endotérmicas!

Reações exotérmicas

Ocorre a liberação de calor e, portanto, a entalpia dos produtos


(HP) é menor do que a entalpia dos reagentes (HR):
Hprodutos < Hreagentes

R → P + calor ∆H = Hf – Hi (para descobrir qual a calor liberado)


HR > HP ∆H < 0
Reações endotérmicas

Ocorre ​absorção de calor ​e, portanto, a entalpia dos produtos (H​P​)


é maior do que a entalpia dos reagentes (H​R​):
H​produtos​ > H​reagentes

R + calor→ P ∆H = H​f​ – H​i​ (para descobrir qual a calor absorvido)


H​R​ < H​P​ ∆H > 0

Gás nobre, você viu que devido a impossibilidade de determinar a


entalpia das substâncias, é preciso encontrar a variação da entalpia.
Certo? Mas a variação da entalpia de uma reação vai depender de
alguns fatores como: temperatura, pressão, estado físico, número de
mol e da variedade alotrópica das substâncias envolvidas. Ok? Por
essa razão, foi criado um referencial para fazermos comparações, que
é a ​entalpia padrão, ​representada por ​H0​​ . Dessa forma, as entalpias
são analisadas com a mesma condição (condição padrão ou estado
padrão). E qual seria esse estado padrão, você sabe?

O ​estado padrão ​de uma substância corresponde a sua forma mais


estável, a ​1 atm​,​ a ​25°C​.

E por convenção foi estabelecido que:


- As substâncias simples como: H2(g), O2(g), Fe(s), Hg(l), Cl2(g), no estado
padrão e na sua forma alotrópica mais estável (mais comum)
apresentam H0 = 0.

Devido a variação da entalpia depender desses fatores citados acima,


como a pressão e a temperatura, na equação termoquímica é
preciso indicar:

• a variação de entalpia (∆H);


• os estados físicos de todos os participantes, bem como, as
variedades alotrópicas, caso existam;
• a temperatura e a pressão em que a reação ocorreu;
• o número de mol dos elementos participantes.

Veja essa equação, por exemplo:


1Cgraf + 1O2(g) → 1CO2(g) ΔH = –394 kJ a 25ºC e 1atm

Viu gás nobre, que a variação de entalpia é denominada entalpia ou


calor de reação. Entretanto, alguns nomes são específicos para
alguns tipos de reação, como: de formação, de combustão, de
neutralização etc. Vamos ver agora quais são os tipos de entalpia de
reações.

CALOR OU ENTALPIA DE FORMAÇÃO

São aquelas em que ocorre a formação (síntese) de 1 mol de uma


substância a partir de substâncias simples, no estado padrão com
H=0. A variação de entalpia nessas reações pode receber os
seguintes nomes: entalpia de formação, calor de formação, ΔH de
formação ou entalpia padrão de formação.
Olha esse exemplo da equação termoquímica da formação da água,
indicando o valor de ΔH:

Água líquida (H​2​O​(l)​)


H​2(g)​ + 1/2O​2(g)​ → 1H​2​O​(l)​ ΔH = –286 kJ/mol

Mas de onde veio o valor da variação da entalpia? Gás nobre,


normalmente os valores das entalpias de formação são apresentados
em tabelas, veja:

Substância ΔH​f​º​ (KJ/mol) Substância ΔH​f​º​ (KJ/mol)

Al​2​O​3(s) –1676 Fe​2​O​3(s) –822,2

CO​(g) –110 H​2​O​(l) –286

CO​2(g) –394 HCl​(g) –92,5

CH​4(g) –74,9 Mg(OH)​2(s) –924,7

C​2​H​6(g) –84,5 NH​3(g) –46,0

C​2​H​2(g) +227 NO​(g) +90,4

H​3​COH​(l) –238 NaCl​(s) –413

C​2​H​5​OH​(l) –278 SO​2(g) –297

CH​3​COOH​(l) –487,0 SO​3(g) –396

CaO​(s) –635,5 H​2​SO​4(l) –813,8

Ca(OH)​2(s) –986,6 CaSO​4(s) –1433

Obs: A tabela acima mostra a entalpia padrão de algumas


substâncias a 25ºC a 1atm.

Vamos calcular o valor da entalpia de 1 mol de H​2​O:

ΔH = H​Produtos​ – H​Reagentes
-286 kJ/mol = H​H2O​ – (H​H2​ + H​1/202​)
-286 kJ/mol = H​H2O​ – 0
H​H2O ​= -286 kJ/mol

Como já sabemos o valor de ΔH e que a entalpia dos reagentes é


igual a zero (pois são substâncias simples e no estado padrão), o
valor da entalpia de 1 mol de água é igual a variação de entalpia da
reação de formação, ou seja, -286 kJ/mol.

Lembre-se que: ​ΔH de formação = H da substância

Logo, a entalpia da água é a sua entalpia de formação. OK? Outra


informação importante é que normalmente não é dado a pressão e a
temperatura da reação, pois admite-se que ela ocorreu no estado
padrão, ou seja, a pressão constante de 1atm e a 25ºC.

CALOR OU ENTALPIA DE COMBUSTÃO

São aquelas em que uma substância é denominada ​combustível e


reage com o gás oxigênio (O​2​), que é denominado ​comburente.
Esse tipo de reação é sempre ​exotérmica​. Sendo assim, ​as reações
de combustão apresentam ΔH<0. A variação de entalpia na
combustão completa pode ser denominada: entalpia de combustão,
ΔH de combustão, calor de combustão ou entalpia padrão de
combustão

Entalpia de combustão ​é a energia liberada na combustão


completa de ​1 mol​ ​de uma substância no estado padrão.

Lembrando, gás nobre que quando os combustíveis são formados por


carbono, hidrogênio e oxigênio, os produtos das reações (combustões
completas) serão sempre CO​2(g) e
​ H​2​O​(l)​.
Vamos ver um exemplo da combustão completa do álcool etílico
(C2H6O):

C2H6O(l) + 3O2(g) → 2CO2(g) + 3H2O(l) ΔHfº = –1368 kJ/mol

Pela equação, podemos concluir que na combustão completa de 1


mol de C2H6O(l) ocorre a liberação de 1368 kJ. Logo, a entalpia de
combustão do C2H6O(l) é -1368 kJ/mol.

CALOR OU ENTALPIA DE LIGAÇÃO

Em todas as reações químicas ocorre a quebra das ligações


existentes nos reagentes e formação de novas ligações nos produtos.
Mas como ocorre essa quebra? Bem, para que ocorra a quebra de
ligação dos reagentes é necessário fornecimento de energia, sendo
assim esse é um processo endotérmico. Já na formação das
ligações dos produtos, ocorre a liberação de energia, que é um
processo exotérmico. O valor da energia absorvida na quebra de
uma ligação é igual ao da energia liberada na sua formação. No
entanto, a energia de ligação é referente a quebra de ligações.

Contudo, temos que a energia de ligação é a energia absorvida na


quebra de 1 mol de ligações, no estado gasoso, a 25 ºC e 1 atm.
Ok?

A tabela a seguir mostra os valores médios de algumas entalpias de


ligação em KJ/mol.
Ligação Energia Ligação Energia Ligação Energia

H H 436 C I 241 F F 153

H F 563 C C 347 Cl Cl 243

H Cl 432 C C 614 C O 353

H Br 366 C C 833 C F 434

H I 299 O O 469 C O 804

C H 413 N N 945 H O 463

C Cl 327 N H 391 Br Br 193

C Br 281 N Cl 193 I I 151

Veja esse exemplo:

H2(g) + Cl2(g) → 2HCl


(H-H) (Cl-Cl) 2(H-Cl)
+436 +243 2.(432)
+679KJ (absorvido) -864KJ (liberado)
ΔH = +679KJ + (-864KJ)
ΔH = -185KJ (reação exotérmica)

Nesse caso, a energia liberada é maior que a absorvida, portanto a


reação será exotérmica. Ok?

CALOR OU ENTALPIA DE NEUTRALIZAÇÃO

Como você já deve saber, a neutralização é a reação que ocorre entre


o íon H+, proveniente de um ácido, e o íon OH–, proveniente de uma
base, formando H2O.
Quando essa reação acontece entre um ácido e uma base ​forte
totalmente dissociados, ocorre a liberação de 13,8 kcal (= 57,7 kJ) a
cada 1 mol de H​2​O​(l)​ formado. Veja esse exemplo:

1HCl​(aq)​ + 1NaOH​(aq)
1H​+​(aq) +
​ 1Cl​-​(aq)​ + 1Na​+​(aq) +
​ 1OH​-​(aq)​ → 1Na​+​(aq) +
​ 1Cl​-​(aq)​ + 1H​2​O​(l)
1H​+​(aq) +
​ 1OH​-​(aq)​ ​→ 1H​2​O​(l) ΔH
​ = –57,7 kJ

Então, a ​entalpia de neutralização ​é o calor liberado na formação


de 1 mol de H​2​O​(l)​, a partir da reação entre 1 mol de H​+​(aq) e 1 mol de
OH​–​(aq) nas condições padrão. Lembrando que nas reações de
neutralização sempre ocorre liberação de calor ΔH<0.

Bom gás nobre, agora que você viu os tipos de entalpia de reações,
vamos falar de uma lei que se tornou muito importante na
Termoquímica!

Perceba que até agora utilizamos a valor de ΔH para realizar os


cálculos e encontrar a entalpia das substâncias. Entretanto, algumas
reações químicas não podem ter seu ΔH determinado
experimentalmente. Sendo assim, a entalpia desse tipo de reação
pode ser calculada por meio das entalpias de outras reações, que são
as reações intermediárias. E você sabe qual a lei que determinou
isso? Foi a lei de Hess!

LEI DE HESS

De acordo com a lei, o valor da variação de entalpia de uma


determinada reação química será sempre o mesmo,
independentemente do modo como ela é realizada. Isso significa que
o ΔH depende somente dos valores das entalpias dos reagentes e dos
produtos, conforme a expressão:

∆H = Hreagentes + Hprodutos

Por exemplo, nessa reação a seguir, 1 mol de água (H2O) é


transformado em água no estado gasoso. Essa reação pode ocorrer
por dois caminhos diferentes, veja:

1º: Foi realizada em uma única etapa:

H2O(l) → H2O(g) ΔH= +44 kJ

2º: Foi realizada em duas etapas:

1ª etapa: H2O(l) → H2(g) + ½ O2 (g) ΔH= +286 kJ


2ª etapa: H2(g) + ½ O2 (g) → H2O(g) ΔH= -242 kJ
H2O(l) → H2O(g) ΔH= +44 kJ

Ao somar as entalpias do segundo caminho, obtemos o mesmo


resultado da primeira equação.

ΔH = (+286 + (-242)) kJ
ΔH = (+286 -242) kJ
ΔH = +44 kJ

Sendo assim, independentemente de ter realizado uma ou duas


etapas, a variação da entalpia (ΔH) é igual a 44 kJ. Isso ocorre pois o
ΔH é a soma algébrica dos valores de ΔH das etapas que compõem o
processo, ou seja, dos processos intermediários. Portanto, apenas
nos interessam os valores inicial e final. Nesse caso, o estado inicial
corresponde a H2O(l) e o final a H2O(g).
Obs: 
- ​Quando uma equação termoquímica é multiplicada por um
determinado valor, seu ΔH também será multiplicado pelo mesmo
valor.
- Quando uma equação termoquímica for invertida, o sinal de seu ΔH
também será invertido.

ENERGIA DE GIBBS E ENTROPIA

Gás nobre, em alguns casos precisamos definir a espontaneidade de


uma reação ou processo. Quando isso acontece recorremos a
entropia ​(∆S) e a ​energia livre de Gibbs ​(∆G). Isso pois, muitas
vezes apenas a informação de entalpia da reação não nos fornece
todos os dados de que necessitamos para qualificar uma reação.

Entropia é uma grandeza relacionada ao grau de desordem ou


agitação das moléculas em um sistema. Quanto maior o grau de
desordem, maior a entropia.

Vamos comparar três sistemas em relação a entropia: o primeiro com


água no estado líquido, o segundo com água no estado sólido e o
terceiro com água na forma de vapor. Nesse caso, temos que a
entropia do terceiro sistema é maior que nos outros, devido à maior
agitação das moléculas, portanto o sistema é desorganizado.
Enquanto que no estado sólido, as moléculas de água no cristal de
gelo possuem um arranjo ordenado (organizado) e por isso será o
sistema com menor entropia. Sendo assim temos que:
S​sólido​ < S​líquido​ < S​vapor

Gás nobre, arrumar o seu quarto bagunçado requer muito mais


trabalho do que bagunça-lo não é mesmo? Veja que organizar um
sistema não é um processo natural, visto que organizar é muito mais
difícil que desorganizar.

Para calcularmos a entropia de um sistema devemos usar a fórmula


abaixo:
∆S = S​final​ - S​inicial
Unidade: J/K

Se o cálculo resultar em:

● ∆S > 0: Entropia aumenta → reação espontânea


● ∆S < 0: entropia diminui → reação não espontânea

Você entendeu qual a ​diferença entre a Entropia e a Entalpia​?

A entalpia diz respeito a energia que é armazenada nas substâncias a


fim de que ocorra uma transformação, já a entropia mede a energia
que não pode se converter em trabalho.

Falamos sobre a entropia mas e a energia de Gibbs?

O enigma da espontaneidade foi respondido pelo cientista Josiah


Willard Gibbs (1839 - 1903), criando uma nova função de estado
denominada energia livre, simbolizado por ​G.

A ​energia livre de Gibbs ​(​∆G​º)​, é uma grandeza termodinâmica


definida de acordo com a equação abaixo:
∆G =∆H - T∆S

∆G = variação da energia livre ∆H = variação da entalpia


T = temperatura (K) ∆S = variação de entropia
Obs: O produto TΔS é chamado de energia de organização.

Para que um processo ocorra espontaneamente, a variação da


energia livre deve ser negativa.

ΔG > 0: processo não espontâneo . É necessário que as vizinhanças


façam trabalho sobre o sistema para o processo avançar. O ΔG nesse
caso é igual ao trabalho mínimo que deve ser efetuado sobre o
sistema para provocar transformação.

ΔG < 0: processo espontâneo. O ΔG nesse caso é igual ao trabalho


útil máximo que o sistema pode efetuar sobre as vizinhanças a
temperatura e pressão constantes.

ΔG = 0: sistema em equilíbrio (falaremos sobre ele na apostila sobre


equilíbrio químico)

Tudo certo gás nobre? Vamos agora resolver alguns exercícios


Questão 01 - (FUVEST SP)

O monóxido de nitrogênio (NO) pode ser produzido diretamente a


partir de dois gases que são os principais constituintes do ar
atmosférico, por meio da reação representada por

N​2(g)​ + O​2(g)​ ​→​ 2NO​(g)​ ΔH = +180 kJ

O NO pode ser oxidado, formando o dióxido de nitrogênio (NO​2​), um


poluente atmosférico produzido nos motores a explosão:

2NO​(g)​ + O​2(g)​ ​→​ 2NO​2(g)​ ΔH = –114 kJ.

Tal poluente pode ser decomposto nos gases N​2​ e O​2​:

2NO​2(g)​ ​→​ N​2(g)​ + 2O​2(g)​.


Essa última transformação
a) libera quantidade de energia maior do que 114 kJ.
b) libera quantidade de energia menor do que 114 kJ.
c) absorve quantidade de energia maior do que 114 kJ.
d) absorve quantidade de energia menor do que 114 kJ.
e) ocorre sem que haja liberação ou absorção de energia.
RESOLUÇÃO/COMENTÁRIOS

Somando as duas primeiras equações termoquímicas:


N​2(g)​ + O​2(g)​ ​→​ 2NO​(g)​ ΔH1 = +180 kJ
2NO​(g)​ + O​2(g)​ ​→​ 2NO​2(g)​ ΔH2 = –114 kJ
N​2(g)​ + 2O​2(g)​ ​→​ 2NO​2(g)​ ΔH = ?

Pela Lei de Hess,


ΔH = ΔH1 + ΔH2 = +180 – 114 = +66 kJ.

Logo, como a equação de decomposição de NO​2 é oposta a equação


acima: 2NO​2(g)​ ​→​ N​2(g)​ + 2O​2(g)​ ΔH = –66 kJ
Trata-se de uma transformação exotérmica que libera energia menor
que 114 kJ.

Letra B
Para assistir a resolução do exercício clique no link:
https://www.quimicaemacao.com.br/resumos/31-e01
Questão 02- (UNESP SP)

Entre as formas alotrópicas de um mesmo elemento, há aquela mais


estável e, portanto, menos energética, e também a menos estável,
ou mais energética. O gráfico, de escala arbitrária, representa as
entalpias (ΔH) do diamante e grafite sólidos, e do CO​2​ e O​2​ gasosos.

a) Sabendo-se que os valores de ΔH​1​ e ΔH​2​ são iguais a –393 e –395


kJ, respectivamente, calcule a entalpia (ΔH) da reação:
C(grafite) -> C(diamante). Indique se a reação é exotérmica ou
endotérmica.

b) Considerando-se a massa molar do C=12g/mol, calcule a


quantidade de energia, em kJ, necessária para transformar 240g de
C(grafite) em C(diamante).
RESOLUÇÃO/COMENTÁRIOS

a) Utilizando o gráfico fornecido, temos que:


∆H​2​ = ∆H​1​ + ∆H
– 395kJ = – 393kJ + ∆H
∆H = – 2kJ

C(diamante) ​→​ C(grafite) ∆H = – 2kJ


C(grafite) ​→​ C(diamante) ∆H = + 2kJ

Portanto, a transformação do grafite em diamante é ​endotérmica​.

b) C(grafite) ​→​ C(diamante)


∆H = + 2kJ absorvem
12g –––––––––– 2kJ
240g ––––––––– x
x = 40kJ

Para assistir a resolução do exercício clique no link:


https://www.quimicaemacao.com.br/resumos/31-e02
CINÉTICA QUÍMICA

Fala Gás Nobre! Preparado para reagir? Você já parou para pensar, que a
velocidade com que as reações químicas acontecem, podem estar
relacionadas com situações do nosso dia a dia? Quando você guarda um
alimento na geladeira, por exemplo, é para retardar a decomposição
desse alimento não é mesmo? E ao usar a panela de pressão? Não é para
aumentar a velocidade de cozimento dos alimentos? Pois então, a cinética
química estuda justamente a velocidade dessas reações químicas, bem

como os fatores que a influência.

Essa velocidade é a rapidez com que uma reação ocorre, sempre levando
em conta a quantidade de reagentes consumidos ou a de produtos
formados. A regra geral é que, em toda reação, a quantidade de
reagentes diminui, enquanto a quantidade dos produtos aumenta. Vamos
chamar os reagentes de A e os produtos de B. Veja:
A→B

A quantidade do reagente A é máxima e vai diminuindo, enquanto a


quantidade do produto B, que no instante inicial, é igual a zero vai
aumentando. Como mostra o gráfico, que representa as variações
ocorridas na concentração dos participantes das reações em função do
tempo:
Perceba que a cada intervalo de tempo, a velocidade da reação pode
variar. Sendo assim, costuma-se calcular a velocidade média das reações.
Vamos ver como?

VELOCIDADE MÉDIA DAS REAÇÕES

A velocidade média de uma reação é a relação entre a variação da


quantidade (mol, mol.L-1, massa ou volume) pela variação de tempo
(segundos, minutos ou horas). Logo, a velocidade média de uma reação é
dada por:

Vm = velocidade média de uma reação = variação da quantidade


variação de tempo
(intervalo)
Expressão:
Vm = Δquantidade
Δt

Ao calcular a variação de quantidade do reagente, o resultado será um


valor menor do que zero, ou seja, um valor negativo. Isso, pois como
vimos no gráfico, a quantidade de reagente vai diminuindo com o
decorrer do tempo, porque o reagente é consumido na reação. Enquanto
que a quantidade de produto aumenta, visto que está sendo formado na
reação.
Então, a fim de não trabalhar com valores negativos na velocidade do
reagente, o cálculo da variação da quantidade de um reagente é feito em
módulo ou multiplicado por 1. Ok?

V​reagente​ = ​ [Δ​quantidade​] ​ ​ ou ​V​reagente​ = -​Δ​quantidade


Δt Δt
Genericamente para reação a seguir, em que os coeficientes são as letras
minúsculas e os reagentes e produtos estão representados pelas letras
maiúsculas:

aA+bB→cC

Temos:

Vm reação = VmA/a = VmB/b = VmC/c

Veja que a velocidade média dessa reação será dada dividindo-se a


velocidade média da reação de qualquer uma das substâncias dos
reagentes ou a velocidade média de formação de qualquer um dos
produtos pelo seu respectivo coeficiente da equação química.

Vamos resolver o exercício a seguir, da reação de decomposição da água


oxigenada para que você possa entender melhor:

2 H​2​O​2(aq) →
​ 2 H​2​O​(l)​ + 1 O​2 (g)

Aos t=0min a concentração de H​2​O​2 é de 0,8 mol/L e dos produtos é igual


a zero. Suponhamos que após 10 minutos, formou-se 0,3 mol/L de H​2​O e
0,15 mol/L de O​2​, enquanto se decompôs 0,3 mol/L de H​2​O​2​. Veja:

Calcula-se a concentração de cada uma das substâncias no intervalo de 0


a 10 minutos. Como sabemos:

Vm =​ Δ​quantidade
Δt
Para H2O2:

VH2O2 = - (0,5 - 0,8)

10

VH2O2 = 0,03 mol/L . min

Para H2O:

VH2O = -(0,3 - 0)

10

VH2O = 0,03 mol/L . min

Para O2:

VO2 = (0,15 -0)

10

VO2 = 0,015 mol/L . min

Agora, a velocidade média da reação global será encontrada a partir


desses valores, dividindo pelo seu respectivo coeficiente na equação:

VH2O2 = 0,03 = 0,015 mol/L . min

VH2O = 0,03 = 0,015 mol/L . min

VmO2 = 0,015 = 0,015 mol/L . min

1
Note que os três valores são iguais e, portanto, a velocidade da reação é
a mesma em função de qualquer reagente ou produto, num mesmo
intervalo de tempo.

Certo gás nobre? Mas não pára por aqui! Como vimos, ​vários fatores
são responsáveis pela ocorrência de uma reação química. Um deles
é que entre os reagentes deve existir uma tendência a reação, ou seja,
afinidade química. Além disso, os reagentes devem estar em contato, o
que permitirá a colisão entre suas moléculas, ocasionando na quebra das
ligações e na formação de novas ligações.

Teoria da colisão

Gás nobre, você sabe que em todas as reações, os átomos que formam
os reagentes se rearranjam, originando os produtos, certo? Porém, nem
sempre todos os choques entre as partículas que compõem os reagentes
dão origem a produtos.

Mas no momento em que ocorre o choque em uma posição favorável,


uma estrutura intermediária é formada entre os reagentes e os produtos
denominada ​complexo ativado. No entanto, para que ocorra a formação
do complexo ativado, as moléculas dos reagentes devem apresentar
energia suficiente, além da colisão favorável. Essa energia é a energia de
ativação (Ea).

Energia de ativação

A energia de ativação é a energia mínima necessária para que a reação


possa ocorrer. Trata-se, portanto, da energia mínima necessária para a
formação do complexo ativado.

A teoria da colisão explica a energia de ativação: a reação química é


constituída por colisões entre as moléculas dos reagentes. Nem toda
colisão, porém, é eficaz, pois é necessário que haja energia suficiente e
geometria molecular adequada. A energia de ativação é aquela requerida
para que as colisões sejam eficazes, ou seja, resultem no complexo
ativado.

Veja a representação no gráfico:

Experimentalmente, as reações que exigem uma menor energia de


ativação ocorrem mais rapidamente, ou seja, ocorrem com maior
velocidade.

Vamos ver agora quais são os ​fatores influenciam na velocidade de


uma reação?

FATORES QUE ALTERAM A VELOCIDADE DAS REAÇÕES

Os principais fatores que influenciam na


velocidade das reações químicas são:
- Estado físico dos reagentes
- Superfície de contato
- Temperatura
- Luz e eletricidade
- Concentração dos reagentes
- Presença de catalisador

Vamos ver cada um deles!!


Superfície de contato

Quanto maior a superfície de contato dos reagentes, maior a velocidade


da reação.

Bem, quando o reagente está no estado sólido, quanto mais fragmentado


ele estiver, maior será o número de choques e, portanto, maior será a
velocidade da reação. Certo? Visto que, a reação ocorre na superfície
desse reagente.

Lembrando que o aumento da superfície intensifica a velocidade da


reação, mas não a quantidade do produto formado.

Temperatura

O cientista Jacobus Van’t Hoff, no final do século XIX, relacionou a


variação de temperatura e a velocidade das reações estabelecendo assim
a seguinte regra:

Regra de Van’t Hoff: um aumento de 10 ºC faz com que a velocidade da


reação dobre.

Temperatura 5ºC 15ºC 25ºC

Velocidade V 2V 4V

Lembrando que essa regra possui limitações, sendo assim, nem sempre é
válida. Ok?

O aumento da temperatura, aumenta a agitação das partículas e


consequentemente a velocidade.
Pressão

Quando se aumenta a pressão de um sistema gasoso, aumenta-se a


velocidade da reação. Mas como aumentar a pressão? Se ocorrer, por
exemplo, a diminuição do volume de um recipiente com gás, haverá um
aumento da pressão intensificando as colisões das moléculas e em
consequência ocorrerá um aumento na velocidade da reação. Ok?

Catalisador

São substâncias que aceleram uma reação e não são consumidas.

Resumindo o catalisador:

- Acelera a reação, mas não aumenta o seu rendimento, ou seja, ela


produz a mesma quantidade de produto, mas num período de tempo
menor.
- Não altera o ΔH da reação.
- Acelera tanto a reação direta quanto a inversa, pois diminui a energia de
ativação de ambas.

Concentração dos reagentes


Considerando a reação a seguir:
aA + bB → cC + dD

Se a concentração dos reagentes A e B aumentar, o que você acha que


vai acontecer com a velocidade da reação? Bem, a quantidade de
partículas dos reagentes irá aumentar e, desta forma, haverá mais
choques entre elas que resultarão no aumento da taxa de
desenvolvimento da reação. O que significa que aumentará sua
velocidade.
LEI DA VELOCIDADE DAS REAÇÕES

Temos então, que a velocidade da reação é diretamente proporcional a


concentração dos reagentes. Matematicamente a ​lei da velocidade ou
lei cinética, relaciona a velocidade de uma reação com a concentração
dos reagentes.

v = k [ A ]​x [

B ]​y

Em que:

v =​ velocidade da reação
k​ ​=​ constante da velocidade (a uma dada temperatura)
[ A ] e [ B ] =​ concentrações em mol/L dos reagentes
x e y =​ expoentes determinados experimentalmente

Quando a reação ocorre numa ​única etapa, ou seja, quando trata-se de


uma ​reação elementar, os expoentes x e y correspondem aos
coeficientes estequiométricos da equação química. Logo:

v = k [ A ]​a [

B ]​b

Certo? No entanto, a maioria das reações ocorre em mais de uma etapa


e, portanto, não são elementares. Esse conjunto de etapas é denominado
mecanismo de reação.

Nesse tipo de reação, a equação da velocidade é determinada pela ​etapa


lenta​ ​do mecanismo de reação.

Etapa lenta: A + A → A​2


Etapa rápida: A​2​ + B → A​2​B
Logo, a equação da velocidade será:

v = K [A]​2

Visto que estamos considerando a etapa lenta.

Certo gás nobre? Vamos então para os exercícios.


Questão 01 - (FGV SP)

A energia envolvida nos processos industriais é um dos fatores


determinantes da produção de um produto. O estudo da velocidade e da
energia envolvida nas reações é de fundamental importância para a
otimização das condições de processos químicos, pois alternativas como a
alta pressurização de reagentes gasosos, a elevação de temperatura, ou
ainda o uso de catalisadores podem tornar economicamente viável
determinados processos, colocando produtos competitivos no mercado.

O estudo da reação reversível: A+B <----> C+D, revelou que ela ocorre
em uma única etapa. A variação de entalpia da reação direta é de –25 kJ.
A energia de ativação da reação inversa é + 80 kJ. Então, a energia de
ativação da reação direta é igual a

a) –80 kJ.

b) –55 kJ.

c) +55 kJ.

d) +80 kJ.

e) +105 kJ.

Letra: C
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Questão 02 - (UFMG)

Analise este gráfico, em que está representada a variação da


concentração de um reagente em função do tempo em uma reação
química:

Considerando-se as informações desse gráfico, é CORRETO afirmar que,


no intervalo entre 1 e 5 minutos, a velocidade média de consumo desse
reagente é de:

a) 0,200 (mol / L) / min .

b) 0,167 (mol / L) / min .

c) 0,225 (mol / L) / min .

d) 0,180 (mol / L) / min .

Letra: A
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EQUILÍBRIOS MOLECULARES

Fala Gás Nobre! Preparado para reagir? Nesta apostila vamos falar
sobre o equilíbrio químico, que é um dos conceitos mais importantes
no estudo da Química. Mas o que é o equilíbrio químico? Vamos ver?

Algumas reações químicas ocorrem completamente, devido ao


consumo total de pelo menos um dos reagentes participantes da
reação. Esse tipo de reação é ​irreversível​. Quando isso não ocorre
e, portanto, a reação não se completa totalmente, temos uma reação
reversível.
Nas ​reações irreversíveis, os reagentes são convertidos em
produtos e não ocorre reação no sentido inverso. É o caso das
reações de combustão, por exemplo, note que na reação de
combustão do metano os produtos formados são dióxido de carbono
e água:
CH​4​ + 2O​2(g)​ ​→​ CO​2(g) +
​ 2H​2​O​(l)
Será possível formar metano novamente através desses compostos
(produtos da reação)? Não gás nobre! Seria ótimo se isso
acontecesse não é mesmo? Se fosse assim, não teríamos problemas
com a escassez dos combustíveis fósseis.

Então temos que esse tipo de reação ocorre em um ​único sentido e


é representada por ​ ​→
Já nas ​reações reversíveis, os reagentes são convertidos em
produtos e os produtos são convertidos em reagentes. Veja o
exemplo da reação de decomposição do carbonato de cálcio:
CaCO​3(s)​ CaO​(s)​ + CO​2(g)
O carbonato de cálcio se decompõe em óxido de cálcio e dióxido de
carbono. Esses produtos podem se juntar novamente e reconstituir o
reagente, o que não acontece com os produtos da reação de
combustão do metano. Logo, a reação ocorre nos dois sentidos
simultaneamente, ou seja, os reagentes são transformados em
produtos e os produtos são transformados em reagentes ao mesmo
tempo.

Então temos que esse tipo de reação ocorre em ​dois sentidos e é

representada por​

Mas como tudo isso acontece?


No início de um processo reversível, a reação ocorre no sentido do
consumo dos reagentes e da formação dos produtos, e assim que são
formadas algumas moléculas do produto, a reação no sentido inverso
começa a ocorrer também. As concentrações dos reagentes e dos
produtos variam e quando param de variar, ou seja, quando a
concentração dos produtos e reagentes ficam constantes, o processo
atinge o equilíbrio.

Obs: As concentrações são constantes, porém não necessariamente


são iguais!

Percebeu que o equilíbrio só pode ocorrer em reações que são


reversíveis?
Mas como se comporta uma reação em equilíbrio?
Bem, os sistemas em equilíbrio químico são ​dinâmicos. Isso significa
que as reações continuam a ocorrer simultaneamente na ​mesma
velocidade no sentido da formação dos produtos (sentido direto) e
dos reagentes (sentido inverso):

Sentido Direto

Reagente A + Reagente B Produto C + Produto D


Sentido Inverso

Por exemplo: água líquida contida num ​sistema fechado (para que
não ocorra troca de matéria com o meio ambiente).
Nesse sistema, temos moléculas de água passando continuamente do
estado líquido para o de vapor e do de vapor para o líquido. Tanto as
reações diretas quanto as reações inversas, possuem uma
velocidade. No esquema a seguir nos referimos a essas velocidades
como: velocidade de vaporização (vd) e velocidade de condensação
(vi).

Quando a velocidade de vaporização (vd) se iguala à de condensação


(vi) e as transformações macroscópicas (que são mudanças visíveis)
deixam de acontecer, dizemos que o sistema atingiu o equilíbrio.
Podendo ser representado graficamente:
Lembrando que as concentrações são constantes, pois ao atingir o
equilíbrio as velocidades direta e inversa são iguais.

Como vimos, no início de uma reação a quantidade de matéria dos


reagentes é máxima até que se forme os produtos. Com o passar do
tempo, a concentração de reagentes vai diminuindo e a concentração
dos produtos vai aumentando, até que o equilíbrio é atingido e as
concentrações de reagentes e produtos se estabilizam.

Vamos ressaltar algumas características importantes sobre um


sistema em equilíbrio!

● O equilíbrio químico pode ser atingido somente em sistemas


fechados ou vedados.
● Em sistemas fechados, toda reação química é reversível.
● A velocidade da reação direta é igual a velocidade da reação
inversa (V1 = V2).
● As propriedades macroscópicas permanecem, pois, o equilíbrio é
dinâmico.
● Depois de atingido o equilíbrio, as concentrações de cada
participante do equilíbrio não se alteram mais, ou seja, a
concentração passa a ser constante.
● A concentração dos reagentes pode ser menor, maior ou igual a
dos produtos.
● O conteúdo energético armazenado nos participantes é o menor
possível (​ΔG = 0)

CONSTANTE DE EQUILÍBRIO (kc)

A constante de equilíbrio é dada pelo quociente da multiplicação das


concentrações dos produtos pela multiplicação das concentrações dos
reagentes, elevadas a expoentes numericamente iguais aos
respectivos coeficientes estequiométricos de cada participante da
reação.

Vamos ver o exemplo a seguir:

1N​2(g)​ + 3H​2(g)​ 2NH​3(g)

Kc = [NH​3​]​2

[N​2​]​1​ . [H​2​]​3

É importante estar as seguinte observações sobre Kc.

● A temperatura é o único fator que altera o valor da constante de


equilíbrio.
● Reações endotérmicas: Kc aumenta com a temperatura
● Reações exotérmicas: Kc diminui com a temperatura
● Kc>1: no equilíbrio a concentração dos produtos é maior que a
dos reagentes.
● Kc<1: no equilíbrio a concentração dos reagentes é maior que a
dos produtos.
● Kc=1: no equilíbrio a concentração dos reagente é igual a dos
produtos.
● Sólidos e líquidos não aparecem na expressão da constante de
equilíbrio porque possuem concentração em quantidade de
matéria constante (molaridade)
● Kc não possui unidade, portanto, é um número adimensional
(puro).

Kp, Qc e GRAU DE EQUILÍBRIO

Num equilíbrio que participam apenas substâncias gasosas, podemos


escrever outra constante que utiliza as pressões parciais dos gases, o
Kp.

Desta forma temos:

1N​2(g)​ + 3H​2(g)​ 2NH​3(g)

Kc = (P​NH3​)​2

(P​N2​)​1​ . (P​H2​)​3

Lembrando que:

● Na expressão kp, só podem ser representados componentes


gasosos.
● Kp depende somente da temperatura.
Veja o exercício a seguir:

Cloreto de nitrosila puro (NOCl) foi aquecido a 240 ºC em um


recipiente fechado. No equilíbrio, a pressão total foi de 1,000 atm e a
pressão parcial do NOCl foi de 0,640 atm.
A equação abaixo representa o equilíbrio do sistema:
2NOCl​(g)​ <--> 2NO​(g)​ + Cl​2(g)
a) Calcule as pressões parciais do NO e do Cl​2​ no equilíbrio.
b) Calcule a constante do equilíbrio.
A pressão parcial de um gás numa mistura é diretamente
proporcional à quantidade de matéria do gás na mistura.
a) Se o NOCl tem a pressão igual a 0,640 atm, temos que:
1,000 atm
-0,640

0,360

Sendo assim, restam, 0,360atm para os dois produtos da reação.


Portanto:
3 mol de NO e Cl​2​ --- 0,360atm
2 mol de NO --- X
X = 0,240 atm

Logo, P​NO​ é igual a 0,240 atm e P​Cl2​ é igual a 120 atm.

b) K​p​ = (P​NO​)​2​.(P​Cl​)​1

(P​NOCl​)​2
K​p​ = (0,240)​2​.(0,120)​1

(0,640)​2
K​p​ = 0,017atm
Relação entre K​c​ e K​p

K​p​ = K​c​ (R . T)​∆n


Vejamos algumas reações em equilíbrio químico e como
determinar essas expressões para elas.
1N​2(g)​ + 3H​2(g)​ ↔ 2NH​3(g)
K​p​ = K​c​ (R . T)​(2 – 4)
K​c​ = K​p​ . (R . T)​2

● Quando o valor de ∆n = 0 ​→​ ​Kp​​ = K​c


● ∆n é a diferença entre os valores dos coeficientes
estequiométricos dos produtos e reagente gasosos da reação,
como mostra o exemplo acima.

Quociente de Equilíbrio (Q​c​)


Quando colocarmos concentrações aleatórias de reagentes e produtos
na expressão da constante de equilíbrio, temos como resultado o
quociente de equilíbrio ou reacional. Portanto, o quociente reacional é
calculado da mesma forma que K​c​.

Qc = [produtos]​α


[reagentes]​β

Quando:

Qc < Kc: sentido da reação é para a direita

Qc = Kc: a reação encontra-se em equilíbrio

Qc > Kc: sentido da reação é para a esquerda


O quociente de equilíbrio serve para avaliar se o sistema está em
equilíbrio ou não.

Grau de equilíbrio químico (α)


Indica a relação entre a quantidade de matéria (número de mol) que
reage até que o sistema atinja o equilíbrio (n​R​), e a quantidade de
matéria inicial (n​1​).
Podendo assim, ser calculado por meio da seguinte expressão:
α = n​R

​n1​

O grau de ionização geralmente é expresso em porcentagem.


● O grau de ionização em sistemas em equilíbrio, NUNCA é 100%.
● É influenciado pela temperatura e pela diluição da solução.

Gás nobre, contudo que vimos até agora, temos que se não ocorrer
ação de nenhum agente externo, sobre um sistema em equilíbrio ele
tende a permanecer nessa situação indefinidamente. Ok? Entretanto,
podemos ​deslocar o Equilíbrio exercendo uma ação externa sobre
esse equilíbrio, quando isso acontecer e ele tenderá a reagir de
maneira a minimizar os efeitos dessa ação.

É o que diz o ​Princípio de Le Chatelier: ​“Quando se aplica uma


força em um sistema em equilíbrio, ele tende a se reajustar no
sentido de diminuir os efeitos dessa força”.

DESLOCAMENTO DE EQUILÍBRIO

Você sabe quais são os fatores que podem afetar a condição de


equilíbrio de um sistema?
Bem, esses fatores são ​concentração​, ​temperatura​, ​pressão e
catalisador. Vamos ver então qual a influência de cada um dos
fatores no equilíbrio.

Concentração
Vamos analisar o comportamento do equilíbrio a seguir, em três
situações:

1N​2(g)​ + 3H​2(g)​ 2NH​3(g)

1​ª ​situação: adição de N​2(g)


Quando adicionamos gás nitrogênio ao equilíbrio, imediatamente
ocorre um aumento na concentração do composto, causando a
quebra do equilíbrio. Logo, a reação tende a anular essa força
externa. Mas como? Bem... não foi adicionado mais gás nitrogênio?
Então, para a reação anular essa força ela irá ​consumir ​o nitrogênio
que foi adicionado, e para que isso ocorra ​o equilíbrio se desloca
para direita no sentido da formação (formando mais amônia),
aumentando assim, a velocidade v1. Desta forma, a reação entra em
equilíbrio novamente.

2​ª ​situação — adição de NH​3(g)


Quando adicionamos amônia ao equilíbrio, imediatamente ocorre um
aumento na concentração do composto, perturbando o equilíbrio.
Desta forma, a amônia se decompõe (quebra-se) em N​2(g) e em H​2(g)
para que se estabeleça o equilíbrio novamente. Nesse caso, o
equilíbrio se ​desloca para a esquerda, no sentido em que a amônia
se quebra e volta a ser nitrogênio e hidrogênio.
Você percebe que a reação faz de tudo para voltar a ter o equilíbrio?!

Note que sempre que​ ​aumentamos​ ​a concentração​ ​o equilíbrio se


desloca para o lado oposto.​ Sendo assim, temos que:
↑​[ ] do reagente o equilíbrio desloca para o lado dos
produtos.
↑[ ] do produto o equilíbrio desloca para o lado dos
reagentes.

As duas situações são de adição! Mas o que acontece de retirarmos


um composto?

3​ª ​situação — remoção de H​2(g)


Quando retiramos o gás hidrogênio presente no equilíbrio,
imediatamente ocorre uma diminuição na concentração do composto.
Logo, a reação tende a repor o que foi retirado e, portanto, a amônia
começa a se quebrar, pois ela produz hidrogênio que foi retirado.
Nesse tipo de situação temos que:

↓[ ] do reagente o equilíbrio desloca para o mesmo lado, ou


seja, do reagente que foi retirado.
↓[ ] do produto o equilíbrio desloca para o mesmo lado, ou
seja, do produto que foi retirado.

Resumindo:
↑​[ ] o equilíbrio se desloca para o lado oposto para
retirar o que foi adicionado.
↓[ ] o equilíbrio desloca para o lado mesmo lado para
repor o que foi retirado.

Lembrando o seguinte gás nobre:


- Variar as concentrações não altera a constante de equilíbrio (kc)
- Sólidos não vão deslocar o equilíbrio.
(A CONSTANTE É A MESMA NAS DUAS SITUAÇÕES)
Temperatura
Já vamos começar a falar da temperatura evidenciando que ela é o
único fator responsável por alterações na constante de equilíbrio
(Kc).

Observe o que ocorre com os dois equilíbrios dados como exemplos:


Endotérmica

2NO N​2​O​4(g)​ ΔH = + 58KJ


Exotérmica

O delta H, por convenção é referente a reação direta. Sendo assim,


ela é endotérmica, pois o ΔH é positivo. Logo, a reação inversa é
exotérmica. Temos então, um processo que absorve energia e o outro
que libera energia.

Se aumentamos a temperatura, o equilíbrio vai absorver o calor e a


reação que consome calor é a endotérmica. Sendo assim, o lado
endotérmico está sendo favorecido e o equilíbrio se desloca para a
direita. Mas se diminuirmos a temperatura o sentido favorecido é o
exotérmico. Dessa maneira, ocorre liberação de calor e assim é
possível repor o calor que foi retirado.

Então num sistema em equilíbrio, sempre temos duas reações:


- Endotérmica:​ que absorve calor
- Exotérmica:​ que libera calor

Aumento da temperatura — ​desloca o equilíbrio no sentido da


reação ​endotérmica​ ​(para a direita);
Diminuição da temperatura — ​desloca o equilíbrio no sentido da
reação ​exotérmica​ ​(para a esquerda).

Pressão
A pressão afeta somente os componentes da reação no ​estado
gasoso. Então, quando aumentamos a pressão sobre um equilíbrio
gasoso, à temperatura constante, ele se desloca no sentido da reação
capaz de diminuir esse aumento da pressão e vice-versa.

Considere o seguinte equilíbrio:

2NO​(g)​ N​2​O​4(g)​

Lembra que a pressão parcial de cada um é proporcional as moléculas


do sistema? Nesse caso, os reagentes têm o dobro de moléculas dos
produtos, logo os reagentes ocupam 2 volumes e os produtos
ocupam 1 volume.

Se aumentamos a pressão, o equilíbrio se desloca para a direita,


favorecendo a formação do produto, porque nesse sentido há uma
diminuição do número de mol de gás e, consequentemente, uma
diminuição da pressão. Logo, temos que:

Aumento de pressão - provoca contração de volume - o


equilíbrio se desloca para o lado de menor volume (menor nº
de mol)
Diminuição de pressão – provoca expansão de volume - o
equilíbrio se desloca para o lado de maior volume (maior nº de
mol)

Obs: Volumes iguais (2 V = 2 V) não são afetados por variações de


pressão.
CATALISADOR

E os catalisadores quais são os efeitos que eles têm sobre o


equilíbrio?

Os catalisadores são substâncias que aumentam a velocidade das


reações químicas pela diminuição da energia de ativação. Numa
situação de equilíbrio, a diminuição da energia de ativação, produzida
pelo catalisador, tem o mesmo valor para a reação direta e para a
inversa.

Logo, os catalisadores não deslocam equilíbrio!

Se o catalisador aumenta a velocidade das reações direta e inversa, o


único efeito que ele provoca num equilíbrio é a diminuição do tempo
necessário para que esse equilíbrio seja atingido. Ok?

Vamos ver alguns exercícios?


Questão 01 - (ENEM/2010)

O abastecimento de nossas necessidades energéticas futuras


dependerá certamente do desenvolvimento de tecnologias para
aproveitar a energia solar com maior eficiência. A energia solar é a
maior fonte de energia mundial. Num dia ensolarado, por exemplo,
aproximadamente 1 kJ de energia solar atinge cada metro quadrado
da superfície terrestre por segundo. No entanto, o aproveitamento
dessa energia é difícil porque ela é diluída (distribuída por uma área
muito extensa) e oscila com o horário e as condições climáticas. O
uso efetivo da energia solar depende de formas de estocar a energia
coletada para uso posterior.
Atualmente, uma das formas de se utilizar a energia solar tem sido
armazená-la por meio de processos químicos endotérmicos que mais
tarde podem ser revertidos para liberar calor. Considerando a reação:

CH4(g) + H2O(v) + calor <-_-> CO(g) + 3H2(g)

e analisando-a como potencial mecanismo para o aproveitamento


posterior da energia solar, conclui-se que se trata de uma estratégia:

a) insatisfatória, pois a reação apresentada não permite que a


energia presente no meio externo seja absorvida pelo sistema para
ser utilizada posteriormente.
b) insatisfatória, uma vez que há formação de gases poluentes e com
potencial poder explosivo, tornando-a uma reação perigosa e de difícil
controle.
c) insatisfatória, uma vez que há formação de gás CO que não possui
conteúdo energético passível de ser aproveitado posteriormente e é
considerado um gás poluente.
d) satisfatória, uma vez que a reação direta ocorre com absorção de
calor e promove a formação das substâncias combustíveis que
poderão ser utilizadas posteriormente para obtenção de energia e
realização de trabalho útil.
e) satisfatória, uma vez que a reação direta ocorre com liberação de
calor havendo ainda a formação das substâncias combustíveis que
poderão ser utilizadas posteriormente para obtenção de energia e
realização de trabalho útil.

RESOLUÇÃO/COMENTÁRIOS

Conforme a afirmação: “Uma das formas de se utilizar a energia solar


tem sido armazená-la por meio de processos químicos endotérmicos
que mais tarde podem ser revertidos para liberar calor.”
A reação direta: CH​4(g) + H​2​O​(v) + calor ​→ CO​(g) + 3H​2(g) é endotérmica
e produz substâncias combustíveis que em contato com um
comburente (O​2​) podem fornecer energia.

Letra D
Para assistir a resolução do exercício clique no link:
https://www.quimicaemacao.com.br/resumos/33-e01
Questão 02 - (ENEM/2010)

Às vezes, ao cobrir um refrigerante, percebe-se que uma parte do


produto vaza rapidamente pela extremidade do recipiente. A
explicação para esse fato está relacionada à perturbação do equilíbrio
químico existente entre alguns dos ingredientes do produto, de
acordo com a equação:

CO​2(g)​ + H​2​O​(l)​ <-_-> H​2​CO​3(aq)

A alteração do equilíbrio anterior, relacionada ao vazamento do


refrigerante nas condições descritas, tem como consequência a:

a) liberação de CO​2​ para o ambiente.


b) elevação da temperatura do recipiente.
c) elevação da pressão interna no recipiente.
d) elevação da concentração de CO​2​ no líquido.
e) formação de uma quantidade significativa de H​2​O.

RESOLUÇÃO/COMENTÁRIOS

Alterações na temperatura, na pressão e na concentração das


substâncias em um equilíbrio, deslocam esse equilíbrio para um dos
lados; ou seja, deixam uma das reações, a direta ou a inversa, mais
rápida que a outra. Depois um novo equilíbrio é restabelecido. Mas a
variação da pressão só exerce influência nos sistemas, quando pelo
menos uma das substâncias envolvidas for gasosa.

A solubilidade de um gás é diretamente proporcional à pressão


parcial desse gás acima do líquido, de acordo com a Lei de Henry. Ou
seja, quanto mais pressão das moléculas gasosas na superfície do
líquido, mais moléculas “entram” no líquido, dissolvendo-se ou
reagindo com ele.

Do modo inverso, quando a garrafa de refrigerante é aberta, há


diminuição da pressão interna sobre o líquido, aumentando a
velocidade de saída das moléculas para o meio gasoso.

Letra A
Para assistir a resolução do exercício clique no link:
https://www.quimicaemacao.com.br/resumos/33-e02
EQUILÍBRIO IÔNICO

Fala gás nobre! Preparado para reagir? Nesta apostila vamos continuar
nosso estudo sobre equilíbrio químico! Mas agora vamos falar sobre o
equilíbrio iônico. Aqui temos um caso particular de equilíbrio químico
em que aparecem íons. Ok? Os íons estão em equilíbrio químico!! E sabe
quais são os equilíbrios iônicos mais comuns? São os que ocorrem com
ácidos, bases e sais, que quando estão na presença de água sofrem
ionização ou dissociação iônica.

E se estamos falando de íons, quais são as reações que formam íons?


Você se lembra de Arrhenius? Sua teoria diz que:

Ácidos em solução aquosa, ionizam e liberam íons H+.

HCl + H2O H3O+ + Cl-

Veja que temos um reação reversível. Aqui temos os mesmo princípios do


equilíbrio que vimos anteriormente. Inclusive a constante de equilíbrio.

Kc = [P]a → Kc = [H3O+].[Cl-]

[R]b [H2O].[HCl]
Constante de ionização de ácidos (Ki ou Ka)

A constante de ionização ou constante de acidez tem a mesma estrutura


da constante de equilíbrio. Mas como aqui estamos nos referindo a ácidos,
usamos Ki (constante de ionização) ou Ka (constante de acidez).
Ok? Considere o seguinte ácido genérico HA:

HA(aq) + H2O H3O+(aq) + A-(aq)

Kc = [H3O+].[A-]

[H2O].[HA]

Lembre-se que, a concentração da água pura é uma constante, portanto,


não entra no Kc. Logo, temos que:

Kc.[H2O] = [H3O+].[A-]

[HA]

Kc.[H2O] = Ka

Ka = [H3O+].[A-] ou [H+].[A-]

[HA] [HA]

O valor de ka nos permite determinar qual espécie química, no caso,


moléculas ou íons, predominam na solução. Sendo assim, temos que:

● Quanto MAIOR o Ka, MAIOR é a extensão da ionização (mais produto)


e MAIOR é a força ácida.
● Quanto MENOR o Ka, MENOR é a extensão da ionização (mais
reagente) e MENOR é a força ácida.
Se o valor de K​a é alto, significa que existe uma maior quantidade de
íons. Enquanto, que se o valor de K​a for baixo, existirá no meio uma
quantidade maior de moléculas.

A constante de acidez nos diz quantitativamente o quanto um ácido é


forte. Veja:

Ácido K​a​ (25ºC) Força ácida

HClO​4 10​10 Forte

HCl 10​7 Forte

HNO​2 4,5 . 10​-4 Fraco

HF 6,8 . 10​-4 Fraco

H​3​CCOOH 1,8 . 10​-5 Fraco

HCN 4,9 . 10​-10 Fraco

Se a constante é muito grande significa que tem muitos íons H​+​.

Em casos que o ácido possui mais de um hidrogênio ionizável, a ionização


ocorre em mais de uma etapa. Aqui, cada etapa de ionização, possui um
valor de K​a​ referente ao próton (H​+​) que se ioniza.

H​3​PO​4(aq)​ H​+​(aq)​ + H​2​PO​-​4(aq)​ K​a1​ = 7,4 . 10​-3


H​2​PO​-​4(aq) H​+​(aq)​ + H​2​PO​-2​4(aq)​ K​a2​ = 6,2 . 10​-8
H​2​PO​-2​4(aq) H​+​(aq)​ + PO​3-​4(aq) K​a3​ = 1,7 . 10​-12

H​3​PO​4(aq)​ 3H​+​(aq)​ + PO​-3​4(aq)​ K​global​ = K​a1​ . K​a2​ . K​a3​ = 8,8 .10​-22

Lembre-se que a primeira ionização é sempre mais fácil.


Obs: Substâncias que em solução aquosa produzem íons, podem ser
chamadas de eletrólitos.

Constante de ionização de bases (Ki ou Kb)

Se constante de acidez nos diz o quanto um ácido é forte ou fraco, a


constante de basicidade vai dizer o quanto uma base é forte ou fraco.
O índice “b” indica que a substância dissolvida em água, comporta-se
como uma base.

B(aq) + H2O(l) BH+(aq) + OH-(aq)

Kb = [BH+].[OH-]

[B]

● Quanto MAIOR o Kb, MAIOR é a extensão da ionização e MAIOR é a


força básica.
● Quanto MENOR o Kb, MENOR é a extensão da ionização e MENOR é a
força básica.

EQUILÍBRIOS IÔNICOS (pKa, pKb e α)

Gás nobre, vimos as constantes de acidez e basicidade. Agora, vamos


representar essa constante através de uma escala logarítmica. Isso, pois
os valores de Ka e Kb possuem notações exponenciais, especialmente no
caso de ácidos e bases fracas. Então, para evitar essa notação e facilitar a
comparação de valores, as constantes de ionização podem ser
representadas em uma escala logarítmica, seguindo o seguinte raciocínio:

PKx = -logKx
Portanto, temos:
pKa = -logKa
pKb = -logKb

Vamos aos exemplos:

Ka = 10-22 Ka = 10-18
pKa = -log10-22 pKa = -log10-18

pKa = 22 pKa = 18

Nesse caso, qual dos dois ácidos é mais forte? É o ácido que possui a
constante maior, certo? Sendo assim, o ácido que possui o Ka = 10-18 é
mais forte. Mas note que o pKa é diferente, pois é menor. Logo, temos
que quando usamos o pKa os valores invertem!

ATENÇÃO:

→ Quanto MAIOR a constante, MENOR é o pKa.


→ Quanto MENOR a constante, MAIOR é o pKa.

Em relação ao pKb. Segue o mesmo raciocínio. Ok?

Grau De Ionização (α)

É a razão entre o número de moléculas ou mols ionizados e o número


total de moléculas ou mols dissolvidos. O grau de ionização indica a
porcentagem de moléculas que sofrem ionização durante a dissolução.

α = moléculas ou n (mols) ionizados


moléculas ou n (mols) dissolvidos
Exemplo:

De cada 100 moléculas de ácido clorídrico, 95 sofrem ionização. Portanto:

HCl → H+ + Cl-

α = 95 = 0,95 ou 95%
100

● Quanto maior o valor de α, maior é a força do eletrólito e vice-versa.


Relacionando a força do eletrólito com o grau de ionização:

pH, pOH e Kw

Gás nobre, muito falamos de ácidos e bases! Mas você sabe o que
determina o caráter ácido ou básico? Vamos entender então, porque
algumas substâncias são ácidas e outras são básicas, assim vamos
aprender a avaliar o grau de acidez de uma material.

A água pura é uma substância molecular capaz de se autoionizar!


Sozinha ela forma os íons H+ e OH-. Veja o equilíbrio:

H2O(l) + H2O(l) H3O+(aq) + OH-(aq)

Temos, que uma molécula de água atua como um ácido e a outra como
uma base. É o que diz a teoria ácido-base de Bronsted-Lowry:
Um ácido é um doador de prótons (H+) e uma base é
um receptor de prótons.

Portanto, a água pode doar H+ para outra molécula de água. De modo


simplificado temos:
H2O(l) H+(aq) + OH-(aq)

Esse é o equilíbrio iônico da água ou autoionização da água.


Representado pela seguinte expressão de Kc:

Kc = [H+].[OH-]

[H2O]

Lembrando que a água líquida é uma constante, sendo assim, o produto


do Kc pela concentração constante da água define uma nova constante,
denominada produto iônico da água ou Kw.

Kw = [H+].[OH-]

Assim como, as outras constantes de equilíbrio, o valor de Kw depende


unicamente da temperatura. Veja:

→ 10ºC: 0,3 . 10-14


→ 25ºC: 1,0 . 10-14 (temperatura que consideramos nos nossos estudos)
→ 50ºC: 5,5 . 10-14

O produto iônico da água é válido para: água pura e soluções aquosas

Em um meio neutro, as concentrações em quantidade de matéria dos íons


H+ e OH- são sempre iguais, desta forma, a 25ºC, temos:
[H+] = [OH-] = 10-7 mol.L-1
Para trazer esses valores tão pequenos para nossa realidade usamos a
escala de pH e pOH.

Escala de pH e pOH

A medição do pH (potencial de hidrogênio) é definido da seguinte forma:

pH = -log[H+]

De forma semelhante, podemos determinar o pOH (potencial


hidroxiliônico) de uma solução:

pOH = -log[OH-]

Na água e nas soluções neutras a 25ºC:

pH = pOH = 7

Mas chegamos a esse valor? Bem, temos que: [H+] = [OH-] = 10-7 mol.L-1
Logo:

pH = -log[H+] pOH = -log[OH-]


pH = -log10-7 pOH = -log10-7
pH = 7 pOH = 7

Os valores de pH para soluções comuns, variam de 0 a 14

pH + pOH = 14

Vimos o caso de soluções neutras. E as ácidas e básicas?


Bem, se:

[H​+​]>10​-7​mol/L: Solução ácida

Calculamos o pH e pOH da seguinte forma:

[H​+​]=10​-6​ mol/L

pH = -log10​-6​ pOH = -log10​-8


pH = 6 pOH = 8

Isso pois, pH + pOH é igual a 14. Por isso, o pOH tem que ser igual a 8.
Veja que o pH é menor que 6, portanto, temos um meio ácido.
pH<7 e pOH>7: Ácido (↑[H​+​])

Agora, se tivermos o seguinte:

[OH​-​]>10​-7​mol/L: Solução básica

Logo,

[OH​-​]=10​-6​ mol/L

pOH = -log10​-6​ pH = -log10​-8


pOH = 6 pH = 8

pOH<7 e pH>7: Básico (↑[OH​-​])


HIDRÓLISE SALINA

Ao preparar uma solução salina, o sal sobre processo de dissociação


iônica, liberando íons positivos (cátions) e negativos (ânions).
Lembrando que, a maioria dos sais são muito solúveis em água.

BxAy(s) → B+y(aq) + A-x(aq)

Tal comportamento determina o pH do meio.

Reação dos íons com a água:


- Alguns cátions reagem com a água gerando íons H+. Aumenta a acidez.
- Alguns ânions reagem com a água gerando íons OH-. Diminui a acidez.

O esquema geral é:

Hidrólise ácida: B+y(aq) + H2O BOH(aq) + H+(aq)


Hidrólise básica: A-x(aq) + H2O HA(aq) + OH-(aq)

Analisando o cátion proveniente da base e o ânion proveniente do ácido


que constituem o sal dissolvido, podemos prever qualitativamente o pH
de uma solução salina.

Como os sais são obtidos de uma reação de neutralização entre um ácido


e uma base, temos as seguinte regras:

Sais derivados de ácido forte e base forte

Nem o cátion e nem o ânion desses sais se hidrolisam.


pH da solução = 7
Sais derivados de base forte e ácido fraco

É o ânion que sofre hidrólise e produz os íons OH​-​(aq)​. O cátion não se


hidrolisa.
pH da solução > 7

Sais derivados de base fraca e ácido forte

É o cátion que sofre hidrólise e produz os íons H​+​(aq)​. O ânions não


hidrolisa.
pH da solução < 7

Sais derivados de base fraca e ácido fraco

O cátion e o ânion sofrem hidrólise. O pH da solução depende do K​a do


ácido e do K​b​ da base.
K​a​>K​b​: pH da solução < 7
K​a​<K​b​: pH da solução > 7

Contudo temos:
● O componente fraco do sal sofre hidrólise
● O componente forte do sal determina o caráter básico, ácido ou neutro
da solução.

K​PS​: PRODUTO DE SOLUBILIDADE

Gás nobre, até agora vimos equilíbrios aquosos homogêneos, onde os


reagentes, produtos e solventes constituem uma única fase. Mas existem
outros equilíbrios que envolvem sistemas aquosos heterogêneos. Tais
equilíbrios, geralmente, são formados em processos de dissolução ou
precipitação de sais poucos solúveis em sistemas aquosos. É o caso por
exemplo, da precipitação do fosfato de cálcio, nos rins (pedra nos rins).
Veja:
3Ca2+(aq) + 2PO-34(aq) Ca3(PO4)2(s)
O Ca3(PO4)2, assim como outras substâncias, ao serem adicionadas a
água, grande parte vai para o fundo do recipiente, formando assim, um
corpo de fundo que não dissolve. Isso pois, tais substâncias são muito
pouco solúveis em água. Acontece, que o sal continua a dissolver e
precipitar, estabelecendo um equilíbrio dinâmico. Esse equilíbrio é
chamado de heterogêneo ou polifásico, visto que, é um sistema
bifásico.

Quando o equilíbrio é estabelecido entre o sólido e a sua forma dissolvida


podemos determinar o produto de solubilidade, KPS, do soluto.

Ca3(PO4)2(s) 3Ca2+(aq) + 2PO-34(aq)

Kc = [Ca+2]3.[PO-34]2

[Ca3(PO4)2]

Kc . [Ca3(PO4)2] = [Ca+2]3.[PO-34]2

Os sólidos e os líquidos solventes, possuem concentração constante,


portanto, o produto Kc . [Ca3(PO4)2] origina uma nova constante
denominada KPS.
KPS = [Ca+2]3.[PO-34]2

Temos então, que KPS é o produto das concentrações em quantidade de


matéria dos íons envolvidos no equilíbrio.

Lembre-se que a expressão KPS é utilizada somente para soluções


saturadas de eletrólitos considerados insolúveis.
Solubilidade e produto de solubilidade

Gás nobre, é importante que você saiba a diferença entre solubilidade e


produto de solubilidade.

Solubilidade: representa a quantidade máxima de soluto que dissolve em


uma determinada quantidade de solvente para formar uma solução
saturada.

Produto de solubilidade: é uma constante de equilíbrio que depende


somente da temperatura.
Mas podemos fazer uma relação matemática entre eles. Considerando um
composto insolúvel com solubilidade Smol.L-1, temos:

AB(s) A-(aq) + B-(aq)


S mol.L-1 S mol.L-1 S mol.L-1

Substituindo tais valores na expressão KPS:

KPS = [A+][B-]
KPS = (S)(S)
KPS = S2

Ex:

Ca3(PO4)2(s) 3Ca2+(aq) + 2PO-34(aq)


S mol.L-1 3S mol.L-1 2S mol.L-1

KPS = [Ca+2]3.[PO-34]2 ⇒ KPS = (3.S)3(2.S)2


KPS = 27 . S3. 4 . S2
KPS = 108 S5
O valor de KPS pode ser utilizado para comparar a solubilidade de
solutos diferentes a uma dada temperatura. No caso, dos eletrólitos que
possuem a mesma proporção de íons temos que:

- Quanto mais solúvel for o eletrólito, maior será a concentração de íons


na solução e maior será o valor de KPS.

Veja o exemplo dos eletrólitos que possuem a mesma proporção de íons:


AgCl, AgBr e AgI:

AgCl(s) 1Ag+(aq) + 1Cl-(aq) KPS = 1,8 . 10-10


AgBr(s) 1Ag+(aq) + 1Br-(aq) KPS = 5,0 . 10-13
AgI(s) 1Ag+(aq) + 1I-(aq) KPS = 8,5 . 10-17

O AgI é o menos solúvel, certo? Visto que é o eletrólito que possui o


menor valor de KPS. Mas fique atento, pois só podemos fazer essa
comparação com sais que possuem a mesma proporção iônica. Sendo
assim, quando os sais possuírem diferentes proporções iônicas, vamos
determinar a solubilidade de cada sal a partir do KPS.

AgCl(s) Ag+(aq) + 1Cl-(aq) KPS = 1,8 . 10-10


KPS = [Ag+].[Cl-]
KPS = (S)(S)
1,8 . 10-10 = S2
S = 1,34 . 10-5mol . L-1

CaF2 Ca2+(aq) + 2F-(aq) KPS = 4,0 . 10-11


KPS = [Ca2+].[F-]2
KPS = S.(2.S)2
4,0 . 10-11 = 4.S3
S = 2,15 . 10-4 mol . L-1
Qual dos dois possui maior solubilidade? O AgCl ou CaF2? Veja que o CaF2
possui menor valor de KPS, mas é o eletrólito de maior solubilidade.

EFEITO DO ÍON COMUM

É a redução da solubilidade de um composto pouco solúvel pela adição de


um composto solúvel que tenha um íon comum a ele.

Se adicionarmos Pb(NO3)2 a uma solução saturada de Pb(OH)2, ocorre a


precipitação de Pb(OH)2, devido o aumento da concentração de Pb2+(aq).
Perceba que ele é o íon comum das duas substâncias. Sendo assim, para
que o KPS, continue constante, a concentração de OH- deve decrescer, e
consequentemente, ocorre a diminuição da solubilidade do Pb(OH)2. Veja:

Pb(OH)2 Pb2+(aq) + 2OH-(aq)


Pb(NO3)2 → Pb2+(aq) + 2NO3-(aq)

A adição de um íon comum diminui a solubilidade. Certo? Mas como


podemos aumentar a solubilidade de um composto insolúvel? Isso pode
ser feito pela alteração do pH. Os hidróxidos insolúveis aumentam suas
solubilidades pela diminuição do pH, adição de íons H+, que consomem os
íons OH-, convertendo-os em água.
ELETROQUÍMICA

Fala Gás Nobre! Preparado para reagir? O tema desta apostila é


eletrizante e está muito presente no nosso dia a dia. Vamos falar
sobre a ​Eletroquímica! Sabe onde ela se encontra? Basicamente nas
pilhas e baterias utilizadas em aparelhos eletrônicos, como o
computador que você está usando para ler esse material, celular,
calculadora, controle remoto, câmera digital e muitos outros
utensílios que usamos tanto em casa, quanto no trabalho e nas horas
de lazer. Até a medicina faz uso da eletroquímica, com a utilização do
marcapasso em pacientes que possuem problemas cardíacos. A
eletroquímica pode ser dividida em duas partes:

● Célula galvânica ou pilha


● Célula eletrolítica ou eletrólise

Primeiramente vamos estudar as pilhas! Vamos lá?!

Você já se perguntou como uma pilha pode gerar energia elétrica?


Bem, as pilhas são dispositivos com capacidade de armazenar
energia química. Essa energia química é a energia potencial
armazenada nos átomos ou nas moléculas e que é modificada quando
acontece uma reação química. Nesse caso, ela é transformada em
energia elétrica.

Portanto temos que através das pilhas, podemos obter energia


elétrica através da conversão da energia química. Mas como ocorre
essa transformação de energia química em energia elétrica?

Através das ​reações de oxirredução (oxidação e redução), que não


somente transformam energia química em energia elétrica, mas
também energia elétrica em energia química. Isso mesmo! Haha!
As reações de oxirredução envolvem a ​transferência de elétrons
de uma espécie química para outra. Com isso, as pilhas aproveitam
esse movimento dos elétrons em uma reação de oxirredução e
produzem uma corrente elétrica através de um condutor.

Isso significa que uma espécie química irá perder elétrons, e


portanto, sofre ​oxidação, desta forma simultaneamente a outra
recebe elétrons sofre ​redução​. Veja:

Oxidação: Mg → 2e- + Mg​2+​(aq)


Redução: Zn​2+​(aq)​ + 2e- → Zn​0​(s)

Lembre-se que uma substância só oxida ou reduz, porque a outra


ocasionou isso.

Assim, dizemos que a espécie química que oxida, ou seja, a que


forneceu os elétrons é o ​agente redutor, pois ela causou a redução
da outra espécie química. Já a que reduz, ou seja, a que recebeu
elétrons é o ​agente oxidante, pois causou a oxidação da outra
espécie química. Sendo assim:

Mg​0​ + Zn​2+​(aq) →
​ Mg​2+​(aq)​ + Zn
Mg: Agente Redutor
Zn​2+​: Agente Oxidante

Veja que perda de elétrons ​aumenta o NOX (agente redutor) da


substância e o ganho de elétrons ​diminui o NOX​ (agente oxidante).

Mas que é o nox mesmo?

Nox é o número de oxidação das substâncias envolvidas em uma


reação química. Ele pode ser um número que representa a ​carga
real (ligação iônica) ou a ​carga parcial (ligação covalente) de um
átomo.

Agora que você relembrou alguns conceitos que são importantes para
o estudo dos fenômenos eletroquímicos, vamos estudar como
funciona uma pilha.

FUNCIONAMENTO DE UMA PILHA

Gás nobre, em uma pilha, os metais que são chamados de


eletrodos​, ficam imersos em semicelas (compartimento) separados
um do outro, mas conectados por um fio condutor. As semicelas são
ligadas uma na outra por uma ponte salina, que têm a função de
permitir a movimentação dos íons de uma semicela para outra
mantendo o circuito fechado. As pilhas são compostas por dois
eletrodos​:

- Cátodo​: pólo positivo (ocorre a redução)


- Ânodo​: pólo negativo (ocorre oxidação)

Veja a célula ou pilha de Daniell:


Agora, vamos ver o esquema para entender melhor o funcionamento
de uma pilha:

Logo, no funcionamento dessa pilha temos as seguinte


transformações:

● O eletrodo de Zinco é consumido (eletrodo corroído):

Zn​0​(s)​ → Zn​2+​(aq)​ + 2e-

- A concentração de cátions de zinco aumenta na semicela da


esquerda.
● O eletrodo de Cobre é formado (eletrodo aumenta de espessura):

Cu​2+​(aq)​ + 2e- → Cu​0​(s)

- A concentração de cátions de cobre diminui na semicela a direita.

Como o Zinco (Zn) do eletrodo oxidou, ele é denominado ânodo e o


eletrodo de Cobre, cátodo.

Veja a reação global obtida pela soma das semirreações (que indicam
a transferência de elétrons em cada pólo da pilha):

Semirreação anódica: Zn​0​(s)​ → Zn​2+​(aq)​ + 2e-


Semirreação catódica: Cu​2+​(aq)​ + 2e- → Cu​0​(s)

Reação Global: Zn​0​(s)​ + Cu​2+​(aq)​ → Zn​2+​(aq) +


​ Cu​0​(s)

De acordo com a IUPAC, o pólo positivo deve ser representado a


direita e o pólo negativo a esquerda. Podendo ser feita de acordo com
o esquema a seguir:

Zn​0​ / Zn​2+​ // Cu​2+ ​/ Cu​0

Mas o que significa esse esquema? Primeiro representamos a espécie


química que oxida, nesse caso o zinco. As duas barras representam a
ponte salina ou porosa. Em seguida a espécie química que reduz. Ok?

É importante você saber que quaisquer dois metais diferentes podem


formar uma pilha!! Mas surge a pergunta: Como saber qual metal vai
oxidar e qual metal vai reduzir?
Para isso nós usamos uma medida chamada de ​Potencial Padrão
(Eº).

POTENCIAL DE UMA PILHA

Geradores são dispositivos que mantêm uma diferença de potencial


entre dois pontos em que estão ligados e possuem como principal
função, promover o aumento da energia potencial das cargas que os
atravessam. Temos como principais exemplos de geradores, as pilhas
e as baterias.

A energia potencial do ânodo é MAIOR que a energia potencial do


cátodo. Sendo assim, em uma pilha os elétrons são transferidos do
ânodo para o cátodo em função dessa diferença de potencial entre
eles.

Os elétrons caminham do ânodo, região de maior potencial, para o


cátodo, região de menor potencial.

Para determinar essa diferença de potencial entre dois eletrodos em


um circuito elétrico é utilizado um voltímetro.

Os voltímetros (V), são instrumentos de medida da diferença de


potencial.

Gás nobre, quando não tiver corrente elétrica percorrendo no


gerador, existirá entre seus pólos uma diferença de potencial
conhecida como força eletromotriz (fem). Agora, quando o gerador é
percorrido por uma corrente elétrica (i) a força eletromotriz passa a
ser superior a diferença de potencial. Assim, se uma pilha apresenta
força eletromotriz de 1,5V, significa que a diferença de potencial
entre os seus pólos é equivalente a esse valor, quando ela não está
funcionando.

Lembre-se que em uma pilha, no ânodo os elétrons estão sobrando,


enquanto que no cátodo, estão faltando elétrons.

Para determinar o potencial de um eletrodo, foi necessário fazer uma


comparação. Sendo assim, criou-se um padrão de referência, o
eletrodo padrão de hidrogênio (EPH). Por convenção, foi atribuído a
este eletrodo o valor Eº = 0,00 V.

Os potenciais padrão pode ser de redução ou de oxidação:


- Potencial de redução: Eºred
- Potencial de oxidação: Eºoxi
Agora vamos responder nossa pergunta: Como saber qual metal vai
oxidar e qual metal vai reduzir?

Simples: “Em uma pilha, a espécie química que apresenta MAIOR


potencial de redução (Eº​red​) sofre redução e a outra oxidação". Ou
“Em uma pilha, a espécie química que apresenta MAIOR potencial de
ocidação (Eº​oxi​) sofre oxidação e a outra redução".

Portanto, a primeira coisa que temos que identificar em uma


semirreação é se ela é de ​redução​ ​ou ​oxidação:
Zn​(s) →
​ Zn​2+​(aq) +
​ 2e- Eº = ? ⇒ Reação de oxidação, pois os elétrons
estão nos produtos (doa elétrons) e o nox do metal aumenta (Zn vai
de 0 a +2). Portanto seu potencial é de oxidação.

Cu​2+​(aq) +
​ 2e-→ Cu​(s) Eº = ? ⇒ Reação de redução, pois os elétrons
estão nos reagentes (recebem elétrons) e o nox do metal diminui (Cu
vai de +2 a zero). Portanto, seu potencial é de redução.

Na pilha de Daniell, tanto os íons Zn​2+​(aq) como


​ os íons Cu​2+​(aq) têm
uma certa tendência de receber elétrons. Entretanto, os íons Cu​2+ são
os que sofrem redução. Desta forma, podemos concluir que a
tendência do Cu​2+​(aq) em sofrer redução é maior que a do Zn​2+​(aq)​.
Assim, dizemos que os íons Cu​2+ têm ​maior potencial de redução
(E​red​).

E​red Cu​2+​ > E​red Zn​2+

Já o zinco sofre oxidação, e é portanto, o que apresenta maior


potencial de oxidação (E​oxi​).

E​oxi zn​ > E​oxi Cu

Como vamos ​calcular o potencial de uma pilha?

A diferença de potencial ou ddp (ΔE) de uma pilha depende das


espécies envolvidas, das suas concentrações e da temperatura. Por
esse motivo, o ΔE é medido na chamada condição-padrão, que
corresponde a espécies com concentração 1 mol/L e possíveis gases
envolvidos com pressão de 1 atmosfera a 25 ºC. Nessas condições, a
diferença de potencial da pilha será representada por ΔE​0​.
O ΔE​0 de uma pilha corresponde à diferença entre os potenciais de
redução ou de oxidação das espécies envolvidas, e seu cálculo pode
ser feito da seguinte forma:

Considere a seguinte reação:

Zn​0​ + Cu​2+​ → Zn​2+​ +


​ Cu​0​ ΔEº=?

E agora?

1º: Espécie química que oxidou e qual a que reduziu:

Zn: Oxidou, pois seu nox variou de 0 para +2


Cu: Reduziu, pois seu nox variou de +2 para 0

2º: Como não foi fornecido o potencial de redução, devemos


consultar a tabela de potenciais-padrão. Para isso considere as
semirreações com seus potenciais-padrão.

Obs: A IUPAC recomenda os potenciais padrão de redução.

Zn​2+​ +
​ 2 e- → Zn Eº​red​ = -076 V
Cu​2+​+ 2 e- → Cu​ ​ Eº​red​ = +0,34V

3º: Quando os potenciais de redução forem fornecidos, será


necessário inverter a reação que possui ​menor potencial de
redução. Assim, será obtida a reação de oxidação com seu
potencial-padrão de oxidação. Desta forma, temos o seguinte:

Zn → Zn​2+​ +
​ 2 e- Eº​oxi​ = +076 V
Cu​2+​+ 2 e- → Cu​ ​ Eº​red​ = +0,34V
Obs: Não esqueça de inverter o sinal também.

4º: Determinar a reação global. Se necessário balancear os elétrons,


isso deve ser feito antes de somar as reações. Feito isso, some os
potenciais, obtendo a diferença de potencial da reação global (ΔE)

Zn​0​ + Cu​2+​ → Zn​2+​ +


​ Cu​0 ​ ΔEº​oxi​ = Eº​oxi +
​ Eº​red
ΔEº = +076 V + 0,34V
ΔEº = +1,10V

ATENÇÃO! O potencial padrão de um eletrodo não é estequiométrico.


Portanto, não depende do número de mols de reagentes e produtos.
Sendo assim, se for necessário multiplicar a reação, não haverá
alteração do potencial. Ok?

O sinal de ΔEº indica se o fenômeno é espontâneo ou não:

ΔEº>0: reação espontânea (usada para produzir corrente elétrica)


ΔEº<0: reação não espontânea (não é usada para produzir corrente
elétrica)
ΔEº=0: reação em equilíbrio (não ocorre fluxo de líquido de elétrons
no circuito)

METAL DE SACRIFÍCIO E CORROSÃO DO FERRO

Gás nobre, a corrosão de alguns metais, como é o caso do ferro,


pode causar grandes prejuízos econômicos e sociais.

Mas por que isso acontece? Bem, a ​corrosão é um processo redox


espontâneo não desejado, em que o metal é oxidado. A oxidação
eletroquímica do ferro, inicialmente produz fe​2+​, que depois é oxidado
a Fe​3+ pelo oxigênio do ar. Mas lembre-se que para que esse processo
ocorra é necessário a presença de ​água e oxigênio.

Contudo, temos que a melhor fórmula para representar a ferrugem é


Fe​2​O​3​.xH​2​O, visto que ela é constituída por uma mistura de óxidos
hidratados de ferro III, que possuem número variável de mols de
água de hidratação.

Equação:

4Fe​2+​(aq)​ + O​2(g)​ + 4H​2​O​(l)​ + 2xH​2​O​(l)​ → 2Fe​2​O​3​.xH​2​O​(s)​ + 8H​+​(aq)

Já metais como a prata, o alumínio e o cobre não têm a sua corrosão


muito intensa. Isso pois, ao se oxidarem eles naturalmente formam
uma espécie de película protetora que impede que o restante do
material sofra a corrosão.

Então o que fazer para proteger os metais que sofrem corrosão?

Gás nobre, uma forma de proteger esses metais do processo de


corrosão é utilizando um metal de menor potencial de redução
(menos nobre) que o metal a ser protegido (mais nobre).

Desta forma, temos a formação de um pilha entre o metal que sofre


redução e o que sofre oxidação. O metal que sofre redução, ou seja,
o mais nobre atua como o cátodo da pilha, sendo, portanto, protegido
da corrosão. Já o metal que oxida, atua como ânodo e este é
denominado metal de sacrifício ou metal de oxidação.

Então gás nobre, os ​metais de sacrifício são aqueles que serão


oxidados no lugar do ferro. Portanto, temos que o metal de sacrifício
perde elétrons para o ferro​ e assim o mantém protegido.
Lembrando que o zinco é o metal de sacrifício mais usado devido ao
fato de ser relativamente barato e possuir potencial de redução
menor que a maioria dos metais.

ELETRÓLISE

Na ​eletrólise ​ocorre a conversão de energia elétrica em energia


química, ao contrário do que acontece nas pilhas e baterias. A
energia elétrica é utilizada para forçar a ocorrência de uma reação
química ​não espontânea através da neutralização das cargas dos
íons e da formação de substâncias simples.

A corrente elétrica proveniente de algum gerador (como uma pilha ou


uma bateria) passa por um líquido iônico. Se esse líquido for uma
substância fundida, dizemos que é uma ​eletrólise ígnea. Mas se for
uma solução aquosa, que contém íons, então temos uma ​eletrólise
em meio aquoso. Desse modo, o cátion presente no líquido ou na
solução recebe elétrons, e o ânion doa elétrons, para que ambos
fiquem com carga elétrica igual a zero e com energia química
acumulada.

A eletrólise é usada para a produção de substâncias que não são


encontradas na natureza. O gás cloro, por exemplo, é produzido na
eletrólise ígnea do cloreto de sódio. Já na eletrólise aquosa do
cloreto de sódio, além da produção do cloro, também se obtém o gás
hidrogênio que é usado como combustível. Isso não é incrível? Ela
também é usada para a produção de metais, como o alumínio.

Vimos então gás nobre, que a eletroquímica é muito importante e é


umas das razões de termos acesso a tanta tecnologia. Mas não
podemos esquecer dos aspectos ambientais, relacionados ao descarte
inadequado dessas pilhas e baterias. Isso pode prejudicar e muito o
meio ambiente devido a presença de metais pesados.

ELETRODEPOSIÇÃO E LEI DE FARADAY

Agora, vamos ver como funciona na prática:

Questão 01 - (ENEM/2012)

O boato de que os lacres das latas de alumínio teriam um alto valor


comercial levou muitas pessoas a juntarem esse material na
expectativa de ganhar dinheiro com sua venda. As empresas
fabricantes de alumínio esclarecem que isso não passa de uma “lenda
urbana”, pois ao retirar o anel da lata, dificulta-se a reciclagem do
alumínio. Como a liga do qual é feito o anel contém alto teor de
magnésio, se ele não estiver junto com a lata, fica mais fácil ocorrer
a oxidação do alumínio no forno. A tabela apresenta as semirreações
e os valores de potencial padrão de redução de alguns metais:

Disponível em: www.sucatas.com. Acesso em: 28 fev. 2012


(adaptado).

Com base no texto e na tabela, que metais poderiam entrar na


composição do anel das latas com a mesma função do magnésio, ou
seja, proteger o alumínio da oxidação nos fornos e não deixar
diminuir o rendimento da sua reciclagem?

a) Somente o lítio, pois ele possui o menor potencial de redução.

b) Somente o cobre, pois ele possui o maior potencial de redução.

c) Somente o potássio, pois ele possui potencial de redução mais


próximo do magnésio.

d) Somente o cobre e o zinco, pois eles sofrem oxidação mais


facilmente que o alumínio.

e) Somente o lítio e o potássio, pois seus potenciais de redução são


menores do que o do alumínio.

RESOLUÇÃO/COMENTÁRIOS​:

Se o intuito é que o alumínio não oxide, ele deve reduzir. Para isso, é
preciso que seu potencial de redução seja maior que o da outra
espécie. Logo, os únicos que podem ser utilizados são potássio e lítio,
por possuírem potencial de redução menor que o do alumínio.

Letra E
Para assistir a resolução do exercício clique no link:
https://www.quimicaemacao.com.br/resumos/35-q01
Questão 02 - (ENEM/2009)

Para que apresente condutividade elétrica adequada a muitas


aplicações, o cobre bruto obtido por métodos térmicos é purificado
eletroliticamente. Nesse processo, o cobre bruto impuro constitui o
ânodo da célula, que está imerso em uma solução de CuSO4. À
medida que o cobre impuro é oxidado no ânodo, íons Cu2+ da
solução são depositados na forma pura no cátodo. Quanto às
impurezas metálicas, algumas são oxidadas, passando à solução,
enquanto outras simplesmente se desprendem do ânodo e se
sedimentam abaixo dele. As impurezas sedimentadas são
posteriormente processadas, e sua comercialização gera receita que
ajuda a cobrir os custos do processo. A série eletroquímica a seguir
lista o cobre e alguns metais presentes como impurezas no cobre
bruto de acordo com suas forças redutoras relativas.

Entre as impurezas metálicas que constam na


série apresentada, as que se sedimentam abaixo
do ânodo de cobre são:

a) Au, Pt, Ag, Zn, Ni e Pb.

b) Au, Pt e Ag.

c) Zn, Ni e Pb.

d) Au e Zn.

e) Ag e Pb
RESOLUÇÃO/COMENTÁRIOS​:

A força redutora é a tendência de um elemento sofrer oxidação, e


assim provocar a redução em outra espécie química.

Desta forma, as impurezas metálicas que se sedimentam abaixo do


ânodo de cobre não devem sofrer oxidação, pois como disse o
exercício, aquelas que são oxidadas passam à solução. Logo, para se
desprender do ânodo e se sedimentar abaixo dele essas impurezas
não devem oxidar.

Os metais que possuem menor forma redutora que o cobre, ou seja,


os que menos oxidam são: ouro, platina e prata.

Letra B
Para assistir a resolução do exercício clique no link:
https://www.quimicaemacao.com.br/resumos/35-q02
Questão 03 - (ENEM/2012)

Alimentos em conserva são frequentemente armazenados em latas


metálicas seladas, fabricadas com um material chamado folha de
flandres, que consiste de uma chapa de aço revestida com uma fina
camada de estanho, metal brilhante e de difícil oxidação. É comum
que a superfície interna seja ainda revestida por uma camada de
verniz à base de epóxi, embora também existam latas sem esse
revestimento, apresentando uma camada de estanho mais espessa.

Comprar uma lata de conserva amassada no supermercado é


desaconselhável porque o amassado pode:

a) alterar a pressão no interior da lata, promovendo a degradação


acelerada do alimento.

b) romper a camada de estanho, permitindo a corrosão do ferro e


alterações do alimento.

c) prejudicar o apelo visual da embalagem, apesar de não afetar as


propriedades do alimento.

d) romper a camada de verniz, fazendo com que o metal tóxico


estanho contamine o alimento.

e) desprender camadas de verniz, que se dissolverão no meio


aquoso, contaminando o alimento
RESOLUÇÃO/COMENTÁRIOS​:

O estanho é um metal que apresenta difícil oxidação. Sendo assim,


ele é usado para proteger o ferro presente na chapa de aço, de uma
possível oxidação, visto que ele se oxida facilmente.

Caso a lata esteja amassada, o estanho pode ser rompido e o ferro


poderá entrar em contato com o alimento da conserva, permitindo a
corrosão desse metal e alterando o alimento.

O estanho reduz e o ferro oxida.

Letra B
Para assistir a resolução do exercício clique no link:
https://www.quimicaemacao.com.br/resumos/35-q03
RADIOATIVIDADE

Fala Gás Nobre! Preparado para reagir? Vamos começar o estudo


desta apostila com um pergunta: Radioatividade causa medo em
você? É gás nobre, as pessoas podem ficar sim, um tanto quanto
amedrontadas quando o assunto é referente a algo reativo, até
porque já tivemos alguns acidentes nucleares e sabemos do perigo a
sua exposição. Contudo, a radioatividade nos traz muitos benefícios e
portanto, este não é um fenômeno ruim se bem utilizado.

Mas o que a radioatividade?

A radioatividade é um fenômeno que depende do ​núcleo do átomo


(prótons e nêutrons), ocorrendo naturalmente através da liberação de
energia desse núcleo. A relação entre o número de prótons e de
nêutrons resulta em uma configuração ​instável (radioativa) que é
modificada através da liberação de energia com a ​emissão da
radiação, ocasionando futuramente configurações ​estáveis (não
radioativas).

Sendo assim, temos que o núcleo que está instável quer se


estabilizar. E isso ocorre através da emissão de radiações! Demais
não é mesmo?

Mas quais seriam essas radiações você sabe? Vamos conhecê-las?


Existem três tipos de radiação ​a alfa, a beta e a gama.

EMISSÃO ALFA

● Formada por partículas constituídas por 2 prótons e 2 nêutrons.

● Possuem carga igual a +2.

● Número de massa 4.

● Baixa velocidade.

● Pequeno poder de penetração.

● Representada pela simbologia α.

Se o núcleo de um átomo emite uma partícula alfa, seu número


atômico (Z) diminui duas unidades e seu número de massa (A)
diminui quatro unidades. Veja o exemplo do Urânio-235:

EMISSÃO BETA

● Constituída por elétrons de alta energia.

● Possuem carga igual a -1.

● Número de massa 0.

● Alta velocidade.
● Moderado poder de penetração.

● Representada pela simbologia β.

Quando o núcleo emite uma partícula beta, seu número atômico


aumenta uma unidade e seu número de massa não se altera. Veja o
exemplo:

EMISSÃO GAMA

● Constituída por ondas eletromagnéticas.

● Possuem carga igual a 0.

● Número de massa 0.

● Elevado poder de penetração.

● Representada pela simbologia γ.

A emissão da radiação gama sozinha não altera o número atômico e


o número de massa de um átomo.

Então essas são as radiações emitidas pelo núcleo instável para se


estabilizar. Contudo, todo elemento que emite essas radiações,
possui o que chamamos de tempo de ​meia-vida ou ​período de
semidesintegração​ que podem ser representados por “p” ou “t1/2”
EMISSÃO DE PÓSITRONS

O que são os pósitrons?

São partículas de carga positiva que possuem a massa próxima à dos


elétrons. Essas partículas foram descobertas por Irene Curie
(1897-1956), filha de Marie Curie e seu marido, Frederic Joliot
(1900-1958) que no ano de 1934, fizeram experimentos de
transmutação artificial.

Nesses experimentos, bombardearam o alumínio ​13​27​Al com partículas


alfa (​2​4​α) e conseguiram obter um isótopo do fósforo (​15​30​P) e um
nêutron. Veja:

13​
27​
Al + ​2​4​α → ​15​30​P + 0​​ 1​n

Eles observaram que o isótopo do fósforo obtido, era radioativo e


emitia uma partícula com massa igual a do elétrons. Porém com
carga positiva.

A outra observação, foi de que, quando o bombardeamento de


partículas alfa era interrompido, o alumínio deixava de emitir
nêutrons, mas continuava a lançar pósitrons, do mesmo modo que as
partículas alfa e beta são emitidas na radioatividade natural –
indicando que realmente os pósitrons eram emitidos pelo fósforo e
não pelo alumínio.

A essa nova partícula radioativa o pósitron ou partícula beta positiva,


é representada por:

β​+​ ou
​ ​+1​0​β

ATENÇÃO: Hoje se sabe que o pósitron é, na verdade, uma


antipartícula beta negativa. OK?
A reação nuclear desse processo estudado por Irene e Frederic é
representada por:

15​
30​
P → +1​
​ 0​e + ​14​30​Si

Observe que quando o radioisótopo, que no caso é o fósforo, emite


um pósitron, seu número atômico (Z = prótons) diminui uma unidade
e seu número de massa (A = prótons + nêutrons) permanece
inalterado.

Os pósitrons são emitidos por radioisótopos que possuem elevado


número de prótons.

TRANSMUTAÇÃO ARTIFICIAL

É um fenômeno químico nuclear sintético (realizado em laboratório)


em que o núcleo do átomo de um determinado elemento químico é
transformado no núcleo de outro elemento químico.

Elemento X → Elemento Y

Esse processo é realizado em laboratórios de Física Nuclear com o


uso ou não de partículas radioativas. O que difere uma
transmutação artificial de uma reação nuclear natural é que, na
reação natural, o núcleo do átomo perde partículas e forma um novo
núcleo. Na transmutação artificial, uma partícula é utilizada no núcleo
de um átomo para transformá-lo.

De forma geral, as equações químicas que representam uma


transmutação artificial seguem o padrão de qualquer equação
química.

Reagentes → Produtos
Os reagentes são o elemento químico que será transformado e a
partícula. O produto é o novo elemento e, em certos casos, outra
partícula qualquer.

Em uma reação de transmutação artificial, podemos utilizar


partículas radioativas e não radioativas. As partículas radioativas que
podem ser utilizadas são Alfa e Beta.

Já as partículas não radioativas que podem ser utilizadas no processo


são deuteron, próton e pósitron.

Vamos ver alguns exemplos de equações de transmutação artificial.

Ex. 1: Transmutação do sódio por ataque com deuteron

Na23 + 1d2 →
11 Mg24 + 0n1
12

Quando um átomo de nitrogênio sofre bombardeio por um deuteron,


ocorre uma transmutação artificial, que forma um átomo de
magnésio e libera um nêutron.

Ex. 2: Transmutação do berílio por ataque com próton

Be9 + 1p1 → 3Li6 + 2α4


4

Quando um átomo de berílio sofre bombardeio por um próton, ocorre


uma transmutação artificial, que forma um átomo de magnésio e
libera um nêutron.

Ex. 3: Transmutação do selênio por ataque com partícula beta

Se84 +
34 β0 →
-1 33 As83 + 0n1
Quando um átomo de selênio sofre bombardeio por uma partícula
beta, ocorre uma transmutação artificial, que forma um átomo de
arsênio e libera um nêutron.

Ex. 4: Transmutação do nitrogênio por ataque com partícula alfa

7 N14 + 2α4 → 8O17 + 1p1

Quando um átomo de nitrogênio sofre bombardeio por uma partícula


alfa, ocorre uma transmutação artificial, que forma um átomo de
oxigênio e libera um próton.

MEIA VIDA

É o tempo necessário para que metade de uma amostra sofra


decaimento, ou seja, para que uma amostra radioativa se reduza à
metade. Vale lembrar gás nobre, que o tempo de meia-vida é uma
característica particular de cada elemento. Ok?

A medida que os elementos radioativos vão se desintegrando, no


decorrer do tempo, a sua quantidade e atividade vão reduzindo e, por
consequência, a quantidade de energia emitida por ele, em razão da
radioatividade, também é reduzida.

Uma característica dos elementos radioativos é que em virtude da


desintegração que eles sofrem, a massa que eles possuem é
reduzida. Nos períodos de semidesintegração, a massa é reduzida
pela metade, deixando ainda a outra metade por se desintegrar, que
também passará pelo período de semidesintegração e assim
sucessivamente. E este processo vai acontecendo repetidamente de
tal forma que a massa é reduzida, mas nunca chega a ser zero.
M = M​0​ ​/ 2​x

M = massa residual (kg)

M​0​ = massa inicial (kg)

X = quantidade de meias-vidas

A expressão citada anteriormente permite-nos perceber que os


elementos radioativos duram eternamente.

Velocidade de Desintegração

A velocidade de desintegração (V) de uma dada amostra de isótopos


radioativos é proporcional ao número de núcleos radioativos da
amostra (N):

V = K .N

A velocidade de desintegração também é chamada de ​atividade de


amostra. Essa atividade pode ser interpretada como o número de
desintegrações radioativas que ocorrem em uma determinada
unidade de tempo. As unidade de tempo mais utilizadas são o
bequerel e o curie.

Unidade Desintegrações / segundo

Bequerel (Bq) 1

Curie (Ci) 3,7 . 10​10

A constante de decaimento(K) possui um valor definido para cada


isótopo radioativo.
Isótopo K

226​
Ra 1/2 . 10​10 ​ano​-1

232​
Th 1/2 300 ano​-1

Quanto maior o valor de K, mais radioativo é o radioisótopo. A


meia-vida possui uma relação matemática com a constante
radioativa.

DATAÇÃO DO CARBONO 14

Gás nobre, você sabe como os arqueólogos determinam a idade de


objetos antigos? Bem, a meia vida de uma radioisótopo pode ser
usada como um relógio, que permite determinar a idade (datação) de
diversos objetos. Mas isso, só é possível pela datação do carbono-14.

Antes de mais nada, vamos relembrar a diferença entre Carbono 14


(​14​C) e Carbono 12 (​12​C).

- Carbono 12: é encontrado na composição de substâncias


inorgânicas, como diamante, grafite, aço, dentre outros.

- Carbono 14: está presente em tecidos vivos, como de animais,


plantas e do homem. É um isótopo radioativo instável, que decai a
um ritmo lento a partir da morte de um organismo vivo.

O carbono-14 é formado nas camadas superiores da atmosfera pelo


bombardeamento de átomos de nitrogênio por nêutrons vindos da
espaço. Lembre-se que esse é o único isótopo radioativo do carbono.
O carbono-14 que foi formada dá origem ao dióxido de carbono na
atmosfera (​14​CO​2​). Desta forma, as plantas, através da fotossíntese e
os animais através da cadeia alimentar, incorporam o isótopo C-14. A
concentração do C-14 na Terra e nos organismos vivos permanece
constante, sendo igual a 10 partes por bilhão (ppb). Isso pois, a
velocidade de formação se igualou a velocidade de desintegração ao
longo dos anos.

Então o que acontece quando os organismos morrem? Essa absorção


do C-14 para de acontecer e automaticamente a sua quantidade
decresce. Como o tempo de meia vida do C-14 é de 5.730 anos, é
possível estimar a idade dos artefatos. Vamos ver um exercício que
fala exatamente sobre isso e colocar em prática?

Exercício:

O decaimento radioativo do carbono-14 é de primeira ordem, e sua


meia-vida é de 5.800 anos. Enquanto uma planta ou um animal estão
vivos, eles apresentam uma proporção constante de carbono-14 (em
relação ao carbono-12) em sua composição. Quando o organismo
morre, a proporção de carbono-14 decresce como resultado do
decaimento radioativo, e a idade do organismo pode ser determinada
se a proporção de carbono-14 remanescente for medida.

Considere que a proporção de carbono-14 em um pedaço de madeira


antiga foi determinada como sendo um quarto daquela em árvores
vivas. Qual a idade da madeira?

A) 7.300 anos. D) 10.200 anos.

B) 8.500 anos. E) 11.600 anos.

C) 9.700 anos.
Resolução:

Considerando que a meia vida do carbono-14 é de 5800 anos temos


que:

½ das árvores vivas: 5800

¼ das árvores vivas: 5800 x 2 = 11.600 anos

A idade da madeira é de 11.600 anos

Gás nobre, essa técnica possui limite da datação de 50.000 anos.


Acima disso, a quantidade de carbono é muito pequena e não pode
ser medida com confiança.

Para assistir a resolução do exercício clique no link:


https://www.quimicaemacao.com.br/resumos/36-e01

REAÇÃO DE FISSÃO E FUSÃO NUCLEAR

Gás nobre, você sabe como ocorre a produção de energia pelas


usinas nucleares?

Os átomos de elementos químicos radioativos apresentam a


propriedade de converter massa em energia através de ​reações
nucleares. Esse processo ocorre espontaneamente em alguns
elementos, porém em outros precisa ser provocado através de
técnicas específicas.

Existem dois processos de produção de eletricidade a fim de


aproveitar essa energia das reações nucleares:
● Fissão nuclear: onde o núcleo atômico - em geral de grande
massa - se divide em dois núcleos menores, liberando uma
grande quantidade de energia.

A fissão do átomo de urânio-235 é a principal técnica empregada


para a geração de eletricidade em usinas nucleares.

A fissão de 1g de urânio-235 libera aproximadamente 30.000 Kg de


TNT de energia!!! Olha isso gás nobre. É sem dúvidas, um dos
explosivos mais poderosos que o homem conhece.

● Fusão nuclear: é a união de dois ou mais núcleos leves para


produzir um outro mais pesado, liberando uma grande quantidade
de energia.

A quantidade de energia liberada na fusão é ainda maior que na


fissão. Imaginem só que loucura!!! Por essa razão, a fusão só foi
utilizada, por enquanto, na construção de armas nucleares como a
bomba H. Para o aproveitamento da fusão nuclear na produção de
energia são necessários: temperatura ideal para iniciar a fusão e a
construção de um reator capaz de confinar o meio reacional.

Legal demais gás nobre!! E segundo a WNA (Associação Nuclear


Mundial, da sigla em Inglês), hoje, 14% da energia elétrica no
mundo, é gerada através de fonte nuclear e este percentual tende a
crescer com a construção de novas usinas.

Mas quais seriam as vantagens e desvantagens?

Uma das vantagens da usina nuclear é a não utilização de


combustíveis fósseis. O que evita lançamentos de gases responsáveis
pelo aumento do aquecimento global e outros produtos tóxicos na
atmosfera. Além disso, o urânio possui baixo custo.

Entretanto um problema enfrentado é o lixo. ​Nesse caso o ​lixo


nuclear! O gerenciamento do descarte de ​resíduos nucleares é um
dos grandes problemas das usinas nucleares. Esses resíduos são os
produtos da fissão do combustível do reator, que em sua maioria
possuem tempos de meia-vida longos. ​Estudos indicam que seriam
necessárias cerca de 20 meias-vidas para se atingir um nível seguro
de exposição a organismos vivos. É muito tempo não é mesmo?

Vamos resolver alguns exercícios.


Questão 01 (ENEM/2014)

A elevação da temperatura das águas de rios, lagos e mares diminui


a solubilidade do oxigênio, pondo em risco as diversas formas de vida
aquática que dependem desse gás. Se essa elevação de temperatura
acontece por meios artificiais, dizemos que existe poluição térmica.
As usinas nucleares, pela própria natureza do processo de geração de
energia, podem causar esse tipo de poluição.

Que parte do ciclo de geração de energia das usinas nucleares está


associada a esse tipo de poluição?

a) Fissão do material radioativo.

b) Condensação do vapor-d’água no final do processo.

c) Conversão de energia das turbinas pelos geradores.

d) Aquecimento da água líquida para gerar vapor-d’água.

e) Lançamento do vapor-d’água sobre as pás das turbinas.


RESOLUÇÃO/COMENTÁRIOS​:

Para resolução desse exercício é necessário conhecer os sistemas ou


ciclos do processo de produção de energia elétrica de uma usina
nuclear.

Esses sistemas ou ciclos são três:

Sistema primário;

Sistema secundário;

Sistema de água de refrigeração.

No sistema primário, ocorre a fissão do material radioativo, que


geralmente é o urânio enriquecido. No reator a fissão gera calor que
aquece a água do sistema primário. No gerador de vapor essa água
aquece a água do sistema secundário transformando-a em vapor.
Esse vapor da água gera pressão e movimenta as hélices da turbina
acionando o gerador, para produzir energia elétrica. O vapor que
passou pelas turbinas passa pelo condensador, onde é resfriado pelo
bombeamento das águas do mar, rios ou lagos, e estando líquida,
volta para o sistema secundário. O exercício aborda justamente o
processo de refrigeração. A água fria provinda do mar, rios ou lagos,
serve como um trocador de calor que após a troca, é devolvido ao
mar, com temperatura mais elevada. Sendo assim, o ciclo de geração
de energia que está associada a poluição térmica é o da condensação
do vapor de água no final do processo.

Letra: B
Para assistir a resolução do exercício clique no link:
https://www.quimicaemacao.com.br/resumos/36-q01
Questão 02 - (ENEM/2015)

A bomba reduz neutros e neutrinos, e abana-se com o leque da


reação em cadeia.

Nesse fragmento de poema, o autor refere-se à bomba atômica de


urânio. Essa reação é dita “em cadeia” porque na:

a) fissão do 235U ocorre liberação de grande quantidade de calor,


que dá continuidade à reação.

b) fissão de 235U ocorre liberação de energia, que vai desintegrando


o isótopo 238U, enriquecendo-o em mais 235U.

c) fissão do 235U ocorre uma liberação de nêutrons, que


bombardearão outros núcleos.

d) fusão do 235U com 238U ocorre formação de neutrino, que


bombardeará outros núcleos radioativos.

e) fusão do 235U com 238U ocorre formação de outros elementos


radioativos mais pesados, que desencadeiam novos processos de
fusão.
RESOLUÇÃO/COMENTÁRIOS​:

A reação que ocorre na bomba atômica é de fissão nuclear, que


consiste na quebra de um núcleo para formação de dois outros
núcleos menores. A reação é a seguinte:

92​U​235​ + ​0​n​1​ → 56​


​ Ba​141​ + 36​
​ Kr​92​ + 3 0​​ n​1

Veja que a reação inicia com o bombardeamento do urânio por um


nêutron e posteriormente ocorre a produção de outros três nêutrons.
Estes atingem mais 3 átomos de urânio, que consequentemente
geram mais 9 nêutrons e assim sucessivamente, produzindo uma
reação em cadeia.

Letra C

Para assistir a resolução do exercício clique no link:

https://www.quimicaemacao.com.br/resumos/36-q02
Fala gás nobre! Preparado para reagir? Nesta apostila, vamos dar início
ao estudo da química orgânica, a química dos compostos
de carbono. Quase tudo em nossas vidas está relacionado
com os compostos orgânicos! Sabia disso?
A vida moderna está repleta desses compostos. É o caso de
vários medicamentos, pesticidas, polímeros, corantes, papel etc.
Mas não somente na vida moderna, a química orgânica sempre
esteve presente na vida de todos os seres vivos.

HISTÓRICO DA QUÍMICA ORGÂNICA

Antigamente os compostos orgânicos eram aqueles extraídos de seres


vivos. Por essa razão, a química era dividida em:
Química Inorgânica: Compostos que constituem o reino mineral
Química Orgânica: Compostos que constituem o reino animal
⇒ Lavoisier considerado o “pai” da química, comprovou
experimentalmente que todos os compostos orgânicos tinham o
elemento carbono em sua composição.
⇒ Mas, como não conseguiram sintetizar compostos orgânicos,
Berzelius em 1807, propôs o vitalismo ou teoria da Força Vital. De
acordo com essa teoria para sintetizar compostos orgânicos seria
necessário a
intervenção de uma força vital proveniente dos seres vivos. Acontece,
que em 1828, Wohler sintetizou a uréia, acabando com a teoria da
Força Vital.
A ureia foi sintetizada a partir da evaporação de uma solução aquosa
que continha o composto inorgânico cianato de amônio.
Veja:

A nova definição da química orgânica foi dada por Kekulé em 1858:


⇒ A química orgânica é a parte da química que estuda os compostos
de carbono.
Lembrando que temos compostos inorgânicos que possuem carbono.
Estes são denominados compostos de transição. Sendo assim,
podemos dizer de forma mais correta, que a química orgânica estuda
quase todos os compostos de carbono.

Elementos Organógenos
Gás nobre, além do carbono e consequentemente o hidrogênio, outros
elementos químicos também podem fazer parte da composição dos
compostos orgânicos. Esses elementos são denominados
organógenos. Eles são o oxigênio, o nitrogênio, o enxofre, os
halogênios e alguns metais. Mas os principais elementos organógenos
são:

C, H, O, N.
É importante você saber a tendência de ligação desses elementos!
Veja:

H: monovalente
O: bivalente
N: Trivalente
C: Tetravalente

Propriedades dos Compostos Orgânicos


Os compostos orgânicos (CO) possuem algumas propriedades
importantes:
• Elevado número de compostos: são 7 milhões de CO contra 200 mil
inorgânicos.
• Predominância da ligação covalente.
• Geralmente, apresentam baixa estabilidade diante de agentes
energéticos, como temperatura, pressão, ácidos concentrados.
• A maioria é combustível, ou seja, sofre combustão.
• A maioria é insolúvel em solventes polares como a água. Portanto,
a maioria são predominantemente apolares.
• Baixos pontos de fusão e ebulição se comparados aos inorgânicos
iônicos. Ex: sal de cozinha PF = 801 e PE = 1490 e gás de cozinha
PF = -183 e PE = 0
• Maus condutores de calor e eletricidades (compostos moleculares).

O CARBONO E SUAS CLASSIFICAÇÕES

Em 1858, August Kekulé foi o primeiro químico a fazer considerações


sobre o átomo de carbono.
Postulados de Kekulé

Tais considerações são conhecidas como postulados de Kekulé, que são


três:
• O carbono é tetravalente, ou seja, forma quatro ligações.

• O átomo de carbono tem as quatro valências livres. A posição do


heteroátomo não difere os compostos. Exemplo: clorofórmio
(CH 3 Cl).

• Os átomos de carbono estabelecem ligações com outros átomos de


carbono, formando cadeias carbônicas.

Geometria dos carbonos


O carbono pode apresentar três tipos de geometrias nos compostos
orgânicos.
- Carbono Saturado (ligações simples): geometria tetraédrica.
- Carbono de dupla ligação: geometria trigonal plana.
- Carbono de tripla ou duas duplas ligações: geometria linear.

Classificação de carbonos
É referente ao número de carbonos que cada carbono está ligado. De
acordo com a IUPAC, essa classificação é aplicada somente para
carbonos saturados.
- Carbono nulário: ligado a nenhum carbono.
- Carbono primário: ligado a um carbono.
- Carbono secundário: ligado a dois carbonos.
- Carbono terciário: ligado a três carbonos.
- Carbono quaternário: ligado a quatro carbonos carbonos.
Outra maneira de classificar os carbonos é quanto ao tipo de ligação
existente em cada carbono. Toda ligação covalente simples é sigma
(σ). Já as ligações múltiplas, ou seja, dupla e tripla, uma das ligações
é sempre sigma e as outras são denominadas pi (π).
Logo temos que:
Na dupla ligação, uma é denominada sigma (σ) e a outra, pi (π).
Na tripla ligação, uma é denominada sigma (σ) e duas, pi (π).

REPRESENTAÇÃO DAS CADEIAS CARBÔNICAS

É a maneira como os compostos orgânicos podem ser representados.


Aqui vamos apresentar quatro fórmulas: molecular, traço, condensada
e linha.
- Fórmula molecular: indica apenas quantos átomos de cada
elemento químico formam o composto.
C 4 H 10
- Fórmula de traço: mostra as ligações entre os elementos, sendo
cada par de elétrons entre dois átomos representado por um traço.

- Fórmula condensada: indica, por meio de índices, a quantidade de


átomos de hidrogênio e carbono presente na estrutura.

- Fórmula de linha: sabe-se que os átomos de hidrogênio estão


presentes, mas não aparecem. Cada ponto de intersecção de duas ou
mais linhas e o final de uma linha representa um átomo de carbono. Já
os outros átomos são escritos.

CLASSIFICAÇÃO DAS CADEIAS CARBÔNICAS

O que é uma cadeia carbônica? Bem, é o conjunto de todos os átomos


de carbono e de todos os heteroátomos que constituem a molécula de
qualquer composto orgânico.
Tais cadeias podem ser:
• Quanto ao fechamento da cadeia
→ Cadeias abertas, acíclicas ou alifáticas: apresenta pelo menos
duas extremidades e nenhum ciclo ou anel.

→ Cadeia fechada ou cíclica: Não apresenta extremidades. Os


átomos originam um ou mais ciclos.

• Quanto à disposição dos átomos


→ Cadeia normal, reta ou linear: Apresenta somente duas
extremidades de carbono quando aberta ou nenhuma fora do ciclo
quando fechadas. Os seus átomos estão dispostos numa única
sequência.
→ Cadeia ramificada: Apresenta no mínimo três extremidades de
carbono quando abertas ou no mínimo uma extremidade de carbono
fora do ciclo quando fechadas. Seus átomos NÃO estão dispostos numa
única sequência.

Cadeias carbônicas cuja estrutura apresenta extremidades livres e


ciclos, como a segunda estrutura acima, são denominadas cadeias
mistas.

• Quanto ao tipo de ligação


→ Cadeia saturada: apresenta somente ligações simples entre os
átomos de carbono.

→ Cadeia insaturada ou não-saturada: apresenta pelo menos uma


ligação dupla ou tripla entre os átomos de carbono.
• Quanto à natureza dos átomos
→ Cadeia homogênea: constituída apenas por átomos de carbono.

→ Cadeia heterogênea: possui pelo menos um heteroátomo entre os


átomos de carbono da cadeia, sendo que os heteroátomos mais
comuns são O, N, S e P.

COMPOSTOS AROMÁTICOS E A RESSONÂNCIA

São aqueles que apresentam pelo menos um núcleo benzênico, que é


constituído por uma cadeia homocíclica com seis átomos de carbono,
ligados alternadamente por ligações simples e duplas. O benzeno
(C 6 H 6 ) é o principal representante dessa classe:
O círculo dentro do hexágono usado na última representação mostra
um fenômeno estrutural destes compostos: a ressonância.
Mas o que é significa? O círculo representa o movimento contínuo e
deslocalizado dos elétrons pi dos átomos de carbono. Esse é fenômeno
da ressonância.

Ressonância é uma mistura de estruturas com o mesmo arranjo de


átomos, mas com arranjo de elétrons diferentes.

Essa deslocalização dos elétrons diminui a energia da molécula e


aumenta a sua estabilidade. Portanto, temos que os compostos
aromáticos são estáveis.

Regra de Huckel
A equação de Huckel nos permite avaliar se um composto é aromático
ou não. Lembrando que ela é aplicada apenas para compostos
monocíclicos e planos.
4n + 2 = nº de elétrons pi
Se n for igual a 0, 1, 2, 3…, significa que o sistema é aromático.

CLASSIFICAÇÃO DAS CADEIAS CARBÔNICAS AROMÁTICAS

• Quanto ao número de núcleos benzênicos


→ mononuclear: um núcleo benzênico
→ Polinuclear: mais de um núcleo benzênico. Esses núcleos podem
ser:
- Condensados (juntos).

- Isolados (separados).

Os compostos orgânicos podem ser classificados em três grupos:

→ Heterocíclicos: possuem cadeia carbônica heterocíclica

→ Aromáticos: possuem núcleo benzênico

→ Alifáticos: todo composto que não é aromático ou heterocíclico, ou


seja, os demais.
Exercícios
Questão 01: O tingimento na cor azul de tecidos de algodão com o
corante índigo, feito com o produto natural ou com o obtido
sinteticamente, foi o responsável pelo sucesso do jeans em vários
países.

Observe a estrutura desse corante:

Nessa substância, encontramos um número de ligações pi (?)


correspondente a:

A) 3

B) 6

C) 9

D)12

Resolução

Nas ligações duplas, uma das ligações é sempre sigma e a outra é pi


(π). Nesse caso, temos dois compostos aromáticos. Portanto, temos
duplas ligações alternadas. Logo, se a quantidade de ligações duplas é
igual a 9, temos 9 ligações pi.
Letra: C
Para assistir a resolução desse exercício acesse o link:
https://quimicaemacao.com.br/IntroAquimica/38-Q1

Questão 02: Considere as informações a seguir e preencha os


parênteses com V para verdadeiro e F para falso.
O estireno, representado pela fórmula estrutural abaixo, é obtido a
partir do petróleo, sendo usado principalmente pelas indústrias de
plásticos e de borrachas.

Em relação a esse composto, afirma-se que

( ) sua fórmula mínima é idêntica à do benzeno.

( ) apresenta cadeia heterogênea e mista.

( ) possui o anel benzênico em sua estrutura.

( ) apresenta em sua estrutura somente um átomo de carbono


quaternário.

( ) apresenta em sua estrutura somente um átomo de carbono com


geometria tetraédrica.

A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para


baixo,é:
A) V – F – V – F – F

B) F – V – V – V – V

C) V – V – V – V – F

D) F – F – F – F – V

E) F – F – F – V – V

Resolução
- Fórmula mínima dos dois compostos é CH
- Possui apenas átomos de carbono
- Sim
- Nenhum carbono na estrutura está ligado a quatro carbonos
- Nenhum dos átomos de carbono faz quatro ligações simples

Letra: A
Para assistir a resolução desse exercício acesse o link:
https://quimicaemacao.com.br/IntroAquimica/38-Q2

HIBRIDIZAÇÃO DO CARBONO

Gás nobre, a hibridização explica o fato do átomo de carbono fazer


quatro ligações, possuindo dois elétrons desemparelhados na sua
camada de valência.
Lembre-se do nosso estudo em ligações químicas:
→ Hibridização consiste na fusão de orbitais atômicos incompletos que
se transformam, originando novos orbitais, em igual número. Esses
novos orbitais são denominados orbitais híbridos.
Hibridizar = Misturar
Os tipos de hibridização do carbono são:

• Hibridização sp3
→ 4 ligações sigma

- Estado Fundamental do Carbono


1s2 2s2 2p2

- Estado Excitado
1s2 2s2 2p3

- Estado Hibridizado
s p p p s p p p

• Hibridização sp2
→ 3 ligações sigma e uma ligação pi
- Estado Fundamental do Carbono
1s2 2s2 2p2

- Estado Excitado
1s2 2s2 2p3

- Estado Hibridizado
s p p p s p p “p” puro

• Hibridização sp
→ 2 ligações sigma e duas ligações pi

- Estado Fundamental do Carbono


1s2 2s2 2p2

- Estado Excitado
1s2 2s2 2p3
- Estado Hibridizado
s p p p s p “p” puro

Vamos ver o exercício a seguir e colocar os conhecimentos em


prática?

Questão 03: Observando a benzilmetilcetona, que apresenta a


fórmula estrutural abaixo, pode-se afirmar que ela contém:

A) 6 carbonos sp2 e 2 carbonos sp3.

B) 8 carbonos sp2 e 1 carbono sp3.

C) 2 carbonos sp2 e 7 carbonos sp3.


D) 7 carbonos sp2 e 2 carbonos sp3.

E) 9 carbonos sp2.

Resolução

No anel aromático temos duplas alternadas, e, portanto, cada


carbono faz uma dupla ligação e duas simples. O que confere uma
hibridização do tipo sp2 para os 6 carbonos.
O carbono que faz dupla ligação com o oxigênio também é decorrente
da mesma situação.
Já os outros dois carbonos fazem apenas ligações simples, o que lhes
confere uma hibridização do tipo sp3.
Logo, temos 7 carbonos com hibridização sp2 e dois com hibridização
sp3.

Letra: D
Para assistir a resolução desse exercício acesse o link:
https://quimicaemacao.com.br/IntroAquimica/38-Q3

NOMENCLATURA

Gás nobre, devido ao desenvolvimento da química orgânica no século


19, o número de compostos orgânicos conhecidos aumentou
progressivamente e por isso, houve a necessidade de um método
sistemático para nomeá-los. O sistema de nomenclatura foi
desenvolvido pela International Union of Pure and Applied Chemistry
(IUPAC - União Internacional de Química Pura e Aplicada).

Contudo, vamos considerar uma função orgânica que será a base do


nosso estudo referente a nomenclatura: os hidrocarbonetos.
→ Hidrocarbonetos possuem apenas carbono (C) e hidrogênio (H) em
sua composição.

Então vamos aprender como dar nome aos compostos orgânicos!


A nomenclatura dos compostos orgânicos é dividida em três partes:

prefixo + infixo + sufixo


Prefixo: indica o número de átomos de carbono na cadeia.

Nº de C Prefixo

1 Met

2 Et

3 Prop

4 But

5 Pent

6 Hex

7 Hept

8 Oct

9 Non

10 Dec

11 Undec

12 Dodec

Infixo: indica o tipo de ligação entre os carbonos.

Tipo de Ligação Infixo

Simples an

Dupla en

Tripla in
Sufixo indica a função a que pertence o composto orgânico. No caso
do hidrocarboneto o sufixo é “o”.

NOMENCLATURA: CADEIAS NORMAIS

• Cadeia Aberta
- Saturada

Nº de carbonos: 4 - Tipo de ligação: simples - Função: hidrocarboneto


Prefixo: but - Infixo: an - Sufixo: o
→ Nome: BUTANO

- Insaturada
Torna-se necessário indicar a localização da dupla ou tripla ligação
através de um número, numerando-se a cadeia a partir da extremidade
mais próxima da insaturação. O número que indica a posição da dupla
ou tripla ligação deve ser o menor possível e deve anteceder o nome
do composto, do qual é separado por hífen.

Nº de carbonos: 6 - Tipo de ligação: dupla - Função: hidrocarboneto


Prefixo: hex - Infixo: en - Sufixo: o
→ nome: 2-HEXENO

Nº de carbonos: 5 - Tipo de ligação: tripla - Função: hidrocarboneto


Prefixo: pent -Infixo: in - Sufixo: o
→ nome: 2-PENTINO

- Duas ou mais insaturações


Utilizar os prefixos di, tri, tetra, penta etc. Se necessário usar prefixos
de quantidade, colocar a vogal “a” após o prefixo que indica o número
de carbonos.

Nº de carbonos: 4 - Tipo de ligação: duas duplas - Função:


hidrocarboneto
Prefixo: but - Infixo: dien - Sufixo: o
→ nome: 1,2-BUTADIENO
Os números são separados por vírgula.

- Ligações duplas e triplas


As insaturações devem receber os menores números possíveis. A dupla
sempre é citada primeiro na nomenclatura.

Nº de carbonos: 7 - Tipo de ligação: uma tripla e duas duplas - Função:


hidrocarboneto
Prefixo: hept - Infixo: dien e in - Sufixo: o
→ nome: HEPTA-3,5-DIEN-1-INO

Nº de carbonos: 5 - Tipo de ligação: uma tripla e uma dupla - Função:


hidrocarboneto
Prefixo: Pent -Infixo: en e in - Sufixo: o
→ nome: PENT-1-EN-4-INO
Veja que nesse caso, houve um empate de numeração entre a dupla e
a tripla e a preferência foi para a dupla.

• Cadeia Fechada
- Monocíclicos: acrescenta-se o prefixo “ciclo”.

Nº de carbonos: 3 - Tipo de ligação: simples - Função: hidrocarboneto


Prefixo: prop -Infixo: an - Sufixo: o
→ nome: CICLOPROPANO
OBS: Quando não existir número entre as palavras, eles devem ser
escritas juntas.

Nº de carbonos: 6 - Tipo de ligação: simples - Função: hidrocarboneto


Prefixo: hex -Infixo: an - Sufixo: o
→ nome: CICLOEXANO
Ao juntar as palavras, a letra “h” dos prefixos hex e hept é suprimida.

- Uma insaturação
Não precisa de numeração.
Nº de carbonos: 4 - Tipo de ligação: uma dupla - Função:
hidrocarboneto
Prefixo: but -Infixo: en - Sufixo: o
→ nome: CICLOBUTENO

- Mais de uma insaturação


São numerados no sentido em que a cadeia possui menor numeração.

Nº de carbonos: 5 - Tipo de ligação: duas duplas - Função:


hidrocarboneto
Prefixo: pent -Infixo: dien - Sufixo: o
→ nome: CICLOPENTA-1,3-DIENO

- Aromáticos
Na sua estrutura existe pelo menos um anel benzênico ou aromático.
Esses compostos apresentam uma nomenclatura particular, que não
segue as regras utilizadas na nomenclatura dos outros
hidrocarbonetos.
Os principais hidrocarbonetos aromáticos não-ramificados são:

Benzeno Antraceno Naftaleno


NOMENCLATURA: RADICAIS

Os hidrocarbonetos ramificados são aqueles que apresentam grupos


menores (ramificações) ligados a uma cadeia maior, denominada
cadeia principal.
Radicais são átomos ou agrupamento de átomos eletricamente
neutros que apresentam pelo menos um elétron não-compartilhado
(valência livre). Um radical é formado quando uma ligação covalente
sofre homólise (cisão homolítica). Mas o que é isso? É a quebra de
uma ligação covalente, sem perda nem ganho de elétrons.
A nomenclatura dos radicais obedece a seguinte regra:

prefixo + il ou ila

Vamos ver quais são os principais radicais:

Metil Etil Propil


Para os radicais com três carbonos e valência livre na cadeia temos:

sec-propil ou isopropil
O prefixo “iso” pode ser usado sempre que a estrutura a seguir estiver
presente:
Já o termo “sec” indica que a valência livre está em um carbono
secundário e “terc” no carbono terciário.

sec-butil Isobutil terc-butil

Gás nobre, além dos radicais já vistos, há outros que é conveniente


você conhecer:

Vinil Fenil Benzil α-naftil β-naftil

NOMENCLATURA: CADEIAS RAMIFICADAS

Para a nomenclatura de hidrocarbonetos ramificados, são usadas as


seguintes regras da IUPAC:
Regra 1: Encontrar a cadeia principal e seu nome.
Cadeia principal é a maior sequência contínua de átomos de carbono,
que não necessariamente estão representados em linha reta.
Regra 2: Reconhecer os radicais e dar nomes a eles.
Regra 3: Numerar a cadeia principal obtendo os menores números
possíveis para indicar as posições dos radicais.
Regra 4: Quando houver mais de uma vez o mesmo radical, os nomes
devem ser precedidos de prefixos que indicam suas quantidades: di,
tri, tetra etc.
Regra 5: Quando houver dois ou mais radicais de tipos diferentes,
seus nomes devem ser escritos em ordem alfabética. Lembre-se que
os prefixos sec, terc, di, tri não são considerados na ordem alfabética.
Veja:

• Uma ramificação

Cadeia principal: hexano


Radical: metil
Posição: 2
Nome: 2-METIL-HEXANO
Por questões fonéticas, na língua portuguesa, quando o nome da cadeia
principal começa com a letra h, usa-se o hífen ou então a letra h é
eliminada.
Quando, numa estrutura, duas ou mais cadeias carbônicas
apresentarem o mesmo número máximo de carbonos, será
considerada principal a cadeia que tiver o maior número de
ramificações
• Com mais de uma ramificação

Cadeia principal: hexano


Radicais: metil e etil
Posições: 4 e 3
Nome: 3-ETIL-4-METIL-HEXANO
Quando, numa estrutura, duas ou mais cadeias carbônicas
apresentarem o mesmo número máximo de carbonos, será
considerada principal a cadeia que tiver o maior número de
ramificações.

• Uma ramificação + insaturação


A regra é a mesma das cadeias saturadas. A diferença é que as
insaturações devem obrigatoriamente fazer parte da cadeia principal.
Desta forma, a numeração da cadeia principal deve ser feita a partir da
extremidade mais próxima da insaturação, de modo que ela apresente
os menores valores possíveis.

Cadeia principal: buteno


Radical: metil
Posição: 3
Nome: 3-METIL-BUTENO
• Com mais de uma ramificação e insaturação

Cadeia principal: 2-hepteno


Radicais: metil, metil, metil e terc-butil
posições: 4, 5, 5 e 3
Nome: 3-TERC-BUTIL-4, 5, 5-TRIMETIL-2-HEPTENO

• Cíclicas com uma ramificação


O anel ou ciclo é considerado como cadeia principal, e como temos
apenas uma ramificação, não é necessário indicar a posição do radical.

Cadeia principal: ciclopropano


Radicais: metil
Nome: METILCICLOPROPANO

• Cíclicas com mais de uma ramificação


A numeração deve iniciar-se segundo a ordem alfabética e percorrer o
anel, a fim de obter os menores números para os outros radicais.
Cadeia principal: ciclobutano
Radicais: metil e etil
Posição: 2 e 1
Nome: 1-ETIL-2-METILCICLOBUTANO

• Cíclicas com dois radicais no mesmo carbono


A numeração deve iniciar-se pelo carbono que possui os dois radicais.

Cadeia principal: ciclopentano


Radicais: metil, metil e etil
Posição: 1, 1 e 3
Nome: 3-ETIL-1,1-DIMETILCICLOPENTANO

• Aromáticas com um radical


Quando a cadeia principal apresenta apenas um anel benzênico, ela é
denominada benzeno. Como a cadeia possui apenas um radical, seu
nome deve preceder a palavra benzeno, sem numeração.

Metilbenzeno
• Aromáticas com dois radicais
Quando existirem dois radicais, só haverá três posições possíveis: 1 e
2; 1 e 3; 1 e 4, e esses números poderão ser substituídos,
respectivamente, pelos prefixos orto (o), meta (m) e para (p).

1,2-dimetilbenzeno 1,3-dimetilbenzeno 1,4dimetilbenzeno


Orto-dimetilbenzeno Meta-dimetilbenzeno Para-dimetilbenzeno

No caso, quando a molécula de naftaleno possui um radical, este pode


ocupar duas posições diferentes: α ou β.

α-metilnaftaleno β-metilnaftaleno
Questão 04: Determine a nomenclatura das moléculas abaixo e
numere a coluna.

( ) 2,3-dimetilbutano.

( ) Pent-2-ino.

( ) 2-etilbut-1-eno.

( ) Octa-1,5-dieno.

( ) 2-etil-3-metilpent-1-eno.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta da coluna :

A) 4 – 1 – 2 – 3 – 5.

B) 1 – 5 – 3 – 2 – 4.

C) 2 – 3 – 1 – 4 – 5.

D) 2 – 1 – 5 – 4 – 3.

E) 4 – 1 – 5 – 3 – 2.
Resolução
1. Nome: Pent-2-ino

2. Cadeia principal: 1-buteno


Radicais: etil
Posição: 2
Nome: 2-etilbut-1-eno
3. Nome: octa-1,5-dieno
4. Cadeia principal: butano
Radicais: metil e metil
Posição: 2 e 3
Nome: 2,3-dimetilbutano
5. Cadeia principal: 1-penteno

Radicais: metil e etil


Posição: 3 e 2
Nome: 2-etil-3-metilpent-1-eno
(4) 2,3-dimetilbutano.

(1) Pent-2-ino.

(2) 2-etilbut-1-eno.

(3) Octa-1,5-dieno.

(5) 2-etil-3-metilpent-1-eno.

Letra: A
Para assistir a resolução desse exercício acesse o link:
https://quimicaemacao.com.br/IntroAquimica/38-Q4
AS PRINCIPAIS FUNÇÕES DOS HIDROCARBONETOS

Devido ao tipo de ligação entre carbonos e ao tipo de cadeia, os


hidrocarbonetos são divididos em várias classes. Veja, a seguir, cada
uma delas.

Alcanos
São hidrocarbonetos alifáticos saturados, ou seja, apresentam cadeia
aberta apenas com simples ligações.

Nº de carbonos: 3 - Tipo de ligação: simples - Função: hidrocarboneto


Prefixo: prop - Infixo: an - Sufixo: o
Nomenclatura: PROPANO
Fórmula molecular: C 3 H 8

Podemos determinar a proporção entre o número de C e H que


caracterizam um alcano. Essa proporção é denominada fórmula geral.

Fórmula geral dos alcanos: C n H 2n +2

n = número de átomos de C;
2 n + 2 = número de átomos de H.
Alcenos
São hidrocarbonetos alifáticos insaturados que apresentam uma
dupla ligação.

Nº de carbonos: 4 - Tipo de ligação: 1 dupla - Função: hidrocarboneto


Prefixo: but - Infixo: en - Sufixo: o
Nomenclatura: BUT-1-ENO
Fórmula molecular: C 4 H 8

Conhecendo a fórmula molecular de um único alqueno, podemos


determinar sua fórmula geral:

Fórmula geral: C n H 2n

Alcinos
São hidrocarbonetos alifáticos insaturados por uma tripla ligação.

Nº de carbonos: 5 - Tipo de ligação: tripla - Função: hidrocarboneto


Prefixo: pent -Infixo: in - Sufixo: o

Nomenclatura: PENT-2-INO
Fórmula molecular: C 5 H 8

Fórmula geral: C n H 2n-2

Alcadienos
São hidrocarbonetos alifáticos insaturados por duas duplas
ligações.

Nº de carbonos: 4 - Tipo de ligação: duas duplas - Função:


hidrocarboneto
Prefixo: but - Infixo: dien - Sufixo: o
Nomenclatura: 1,2-BUTADIENO
Fórmula molecular: C 4 H 6

Fórmula geral: C n H 2n–2

Obs: Note que as fórmulas gerais dos alcadienos e dos alcinos são
iguais, o que significa que uma mesma fórmula molecular pode
representar mais de uma substância.
Ciclanos
Apresentam cadeia fechada e possuem apenas ligações simples.

Nº de carbono: 3 – Tipos de ligações: simples – função: hidrocarboneto


Prefixo: prop -Infixo: an - Sufixo: o
Nomenclatura: Ciclopropano
Fórmula molecular: C 3 H 6

Fórmula geral: C n H 2n

Obs: Note que as fórmulas gerais dos alcenos e dos ciclanos são iguais,
o que significa que uma mesma fórmula molecular pode representar
mais de uma substância.

Ciclenos
São hidrocarbonetos cíclicos insaturados por uma dupla ligação.

Nº de carbono: 4 – Tipo de ligações: 1 dupla – função: o


Prefixo: but - Infixo: en - Sufixo: o
Nomenclatura: Ciclobuteno
Fórmula molecular: C 4 H 6
Aromáticos
São hidrocarbonetos que possuem pelo menos um anel benzênico ou
aromático e nos quais se verifica o fenômeno da ressonância.

Benzeno Antraceno Naftaleno

Vamos fazer um exercício:

Questão 05: O gás liquefeito de petróleo, GLP, é uma mistura de


propano, C 3 H 8 , e butano, C 4 H 10 .

Logo, esse gás é uma mistura de hidrocarbonetos da classe dos

A) Alcanos.

B) Alcenos.

C) Alcinos.

D) Cicloalcanos

E) Cicloalcenos.

Resolução
O propano e o butano são da classe dos alcanos, que possuem cadeias
formadas apenas por ligações simples.

Letra: A
Para assistir à resolução clique no link abaixo:
https://quimicaemacao.com.br/IntroAqumica/38-Q1
Gás nobre, você aprendeu a dar nomear as cadeias carbônicas, bem
como, qual a classificação dos hidrocarbonetos. Mas você sabe de onde
vem as principais fontes de hidrocarbonetos?

O PETRÓLEO

As principais fontes de hidrocarbonetos vem dos combustíveis fósseis


como o petróleo.

Mas de onde vem o petróleo?

O petróleo formou-se na Terra há milhões de anos, a partir da


decomposição de pequenos animais marinhos, plâncton e vegetação
típica de regiões alagadiças. O petróleo acumula-se junto ao gás de
petróleo, formando bolsões entre rochas impermeáveis ou
impregnando rochas de origem sedimentar. Devido ao seu alto valor
energético e também por ser uma fonte não renovável, o petróleo
tornou-se um produto estratégico para o desenvolvimento econômico.

⇒ O petróleo bruto é uma mistura complexa de hidrocarbonetos, que


precisam ser separados por diversos processos para formar os
derivados utilizados pelos consumidores e pela indústria em geral.

Depois que o petróleo é extraído, ele é encaminhado para as


refinarias, onde seus componentes são separados através de
processos como a destilação fracionada.
Destilação Fracionada
Você conhece como é o processo de destilação fracionada? Bem,
primeiramente o petróleo bruto é aquecido, sendo parcialmente
vaporizado e direcionado para uma coluna de fracionamento provida
de várias bandejas. A temperatura da coluna varia com a altura, sendo
que no topo se encontra a menor temperatura. À medida que os
vapores sobem na coluna, a temperatura diminui, permitindo que as
frações voltem ao estado líquido e sejam retiradas.

⇒ As diferentes cadeias de hidrocarbonetos são separadas de acordo


com as faixas de temperaturas de ebulição.

O esquema a seguir mostra algumas frações retiradas do petróleo, sua


constituição e sua faixa de temperaturas de ebulição:
Note, que quanto maior a cadeia, maior é o ponto de ebulição dos

hidrocarbonetos.

O resíduo líquido que ficou no fundo da coluna é levado para outra


coluna que apresenta pressão inferior à atmosférica, possibilitando que
as frações mais pesadas entrem em ebulição a temperaturas mais
baixas, evitando assim a quebra de suas moléculas. Dessa maneira,
são obtidas novas frações do resíduo líquido: óleos lubrificantes,
parafinas, graxas, óleo combustível e betume (utilizado no
asfaltamento de estradas e na produção de impermeabilizantes).

Note que usamos a maioria dos produtos extraídos do petróleo como


combustíveis. Isso faz com que 90% do petróleo extraído seja
queimado! É o caso da gasolina, que é uma fonte de energia! Vamos
falar um pouco mais sobre ela!!

Gasolina
Para falarmos da gasolina, vamos precisar entender como é o seu
funcionamento nos motores dos carros. O motor de combustão ou de
explosão mais usado nos automóveis é o de quatro tempos. Ele é
chamado assim porque seu funcionamento ocorre em quatro estágios
ou tempos diferentes. Veja cada um deles:

1º Tempo: Entrada da mistura combustível-ar


O pistão do motor move-se para baixo e puxa a mistura de combustível
(vapor) e ar atmosférico através da válvula de entrada.
2º Tempo: Compressão dessa mistura
Depois que a câmara de combustão foi preenchida, a válvula de
entrada da mistura de ar e vapor de combustível é fechada e o pistão
sobe, comprimindo essa mistura.

ATENÇÃO!

É importante que o combustível aguente bem essa compressão, não


explodindo antes do 3º tempo. Se o combustível explodir
prematuramente durante a compressão, a potência do motor diminui
e será produzido um ruído conhecido como batida de pino.

Gasolinas com maior índice de octanagem são melhores por causa


disso, pois, quanto maior o índice de octanagem, mais resistente a
gasolina será à compressão sofrida e melhor será o desempenho do
motor.

Mas o que é índice de octanagem?

Os valores de octanagem em um combustível variam, havendo um


índice mínimo para o bom funcionamento de cada veículo. Os valores
inferiores ao estabelecido podem provocar a destruição do motor.

O índice de octanagem estabelece relação de equivalência à


porcentagem de mistura em um isoctano e o n-heptano. Nesse sentido,
uma gasolina de octanagem 90 possui resistência de detonação
equivalente a uma mistura de 90% de isoctano e 10% de n-
heptano. No Brasil, a unidade de medida empregada é o Índice
Antidetonante (IAD).

Conforme dados da Petrobras (Petróleo Brasil S/A), o Índice


Antidetonante (IAD) das gasolinas produzidas no país são:
Gasolina Comum: 87%.

Gasolina Aditivada Supra: 87%.

Gasolina Podium: 95%.

Também pode ser adicionado a gasolina antidetonantes, como o


etanol.

3º Tempo: Explosão
Quando o pistão atinge o ponto máximo, a vela de ignição emite uma
faísca elétrica que provoca a explosão, deslocando o pistão para
baixo. A energia cinética dos gases em expansão é transmitida para o
pistão, que movimenta o eixo do virabrequim, fazendo o carro se
movimentar.

Essa parte é muito importante, pois é nela que a energia química


(proveniente da combustão) é transformada em energia mecânica (que
vai mover o automóvel).

4º Tempo: Escape dos gases formados


O pistão sobe novamente e a válvula de exaustão ou de saída é aberta,
permitindo que os gases formados na combustão sejam liberados.
Quando essa válvula se fecha, a válvula de entrada é aberta e o
processo recomeça.

Para uma obtenção de maiores quantidades da gasolina e também de


outros produtos químicos, é realizado em outra coluna de
fracionamento um processo chamado craqueamento (cracking).
Craqueamento
Esse processo consiste na quebra de moléculas de cadeias longas, a
fim de obter moléculas menores. O craqueamento possibilita um
aproveitamento quase integral do petróleo, propiciando uma economia
expressiva e permitindo a obtenção de maiores quantidades de GLP,
gasolina e outros produtos químicos que serão transformados em
diversos produtos indispensáveis em nosso dia-a-dia.

Em relação a qualidade da gasolina temos a Reforma Catalítica.

Reforma Catalítica
É o refino através de catalisadores que resultam em obtenção de
gasolina com elevado índice de octanagem ou um produto rico em
hidrocarbonetos aromáticos nobres, como o benzeno. São realizadas
as etapas abaixo:

1. Seção de pré-tratamento: remoção das impurezas como oxigênio e


metais.
2. Seção de reforma: processos que resultam na formação de coque.
3. Seção de estabilização: separação entre o gás combustível e o
reformado catalítico líquido.

Exercícios

Questão 06: Uma gasolina de octanagem igual a 70:

A) apresenta 70% de compostos orgânicos

B) é constituída necessariamente de 70% de isoctano e 30% de n-


heptano
C) é constituída de hidrocarbonetos saturados de massa molecular
média igual a 70u

D) comporta-se, frente ao processo de detonação, como uma mistura


de 70% de isoctano e 30% de n-heptano

E) apresenta 70% de aditivos antidetonantes

Resolução
Se a octanagem é 70, logo a gasolina comporta-se, frente ao processo
de detonação, como uma mistura de 70% de isoctano e 30% de n-
heptano.

Letra: D
Para assistir à resolução clique no link abaixo:
https://quimicaemacao.com.br/IntroAqumica/38-Q6

Questão 07: A figura mostra esquematicamente o equipamento


utilizado nas refinarias para efetuar a destilação fracionada do petróleo.
Os produtos recolhidos em I, II, III e IV são, respectivamente:

A) gás de cozinha, gasolina, óleo diesel e asfalto.

B) álcool, asfalto, óleo diesel e gasolina

C) asfalto, gasolina, óleo diesel e acetona.

D) gasolina, óleo diesel, gás de cozinha, asfalto

E) querosene, gasolina, óleo diesel e gás de cozinha

Resolução
Primeiro temos o gás de cozinha, depois a gasolina, óleo diesel e
asfalto.

Letra: A
Para assistir à resolução clique no link abaixo:
https://quimicaemacao.com.br/IntroAqumica/38-Q1
FUNÇÕES​ ​OXIGENADAS

Fala Gás Nobre! Preparado para reagir? No módulo 1 falamos sobre os


hidrocarbonetos, que são aqueles compostos formados apenas por dois
elementos químicos o carbono (C) e o hidrogênio (H), certo? Agora,
vamos estudar as principais f​ unções oxigenadas​, que possuem além do

C e H, o oxigênio (O). Cada uma dessas funções é caracterizada por


um grupo​ ​funcional​.​ ​Vamos​ c
​ onhecer​ c
​ ada​ ​uma​ ​delas?

ÁLCOOIS

Apresentam o ​grupo hidroxila ligado diretamente a um carbono sp​3


(saturado).

Grupo​ ​funcional

Nomenclatura: São as mesmas regras estabelecidas para os


hidrocarbonetos.​ ​O​ ​que​ ​muda​ ​é​ ​a​ ​terminação:

Prefixo​ ​+​ ​infixo​ ​+​ ​ol


Exemplo:
:​ ​etan​ol

:​ ​butan-2-​ol

Caso tenha mais de um grupo funcional, usa-se o prefixo de quantidade


antes​ ​do​ ​sufixo​ ​e​ ​acrescenta​ ​a​ ​vogal​ ​“o”​ ​depois​ ​do​ ​infixo.
Exemplo:​ ​Propano​ ​-​ ​1,2,3​ ​-​ ​tri​ol

Nomenclatura​ ​usual

Esse​ ​sistema​ ​de​ ​nomenclatura​ ​são​ ​para​ ​álcoois​ ​de​ ​baixa​ ​complexidade.

Álcool​ ​+​ ​nome​ ​do​ ​grupo​ ​orgânico​ ​+​ ​ico


Exemplo:

Álcool​ ​metílico

Classificação​ ​dos​ ​álcoois

Eles​ ​podem​ ​ser​ ​classificados​ ​quanto:

Quantidade​ ​de​ ​hidroxilas​ ​(OH)

● Monoálcool​ ​ou​ ​monol:​ ​apresenta​ ​apenas​ ​uma​ ​hidroxila​ ​no​ ​composto


● Diálcool​ ​ou​ ​diol:​ ​apresenta​ ​duas​ ​hidroxilas​ ​no​ ​composto
● Triálcool​ ​ou​ ​triol:​ ​apresenta​ ​três​ ​hidroxilas​ ​no​ ​composto

Quanto​ ​a​ ​posição​ ​da​ ​hidroxila


● Álcool​ ​primário:​ ​hidroxila​ ​ligada​ ​ao​ ​carbono​ ​primário
● Álcool​ ​secundário:​ ​hidroxila​ ​ligada​ ​ao​ ​carbono​ ​secundário
● Álcool​ ​terciário:​ ​hidroxila​ ​ligada​ ​ao​ ​carbono​ ​terciário

ENOL

Apresentam o ​grupo hidroxila ligado diretamente a um carbono sp​2


(dupla​ ​ligação).

Grupo​ ​funcional

Nomenclatura:​ ​Segue​ ​a​ ​mesma​ ​regra​ ​dos​ ​álcoois.

Exemplo:

Etenol

FENOL

Apresentam o ​grupo hidroxila ligado diretamente a um anel aromático


ou​ ​núcleo​ ​benzênico.
Grupo​ ​funcional

Nomenclatura: O sufíxo “o” do hidrocarboneto aromático é substituído


pelo sufixo “ol” ou a hidroxila é citada como um grupo substituinte do
anel​ ​denominado​ ​hidróxi.

Nome​ ​do​ ​hidrocarboneto​ ​ol​ ​hidróxi​ ​+​ ​nome


​aromático​ ​+​ ​diol​ ​ ​ou​ ​hidrocarboneto
​triol​ ​do​ ​aromático.
​​​​​​​​​​​​ ​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​
​​​​​​​​​ ​​​​​​​​​​​​​​​​ ​​​​ ​​​​​​​​​ ​​​​​​​​​​​​​
Exemplo:
​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​ ​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​

​Benzenol​ ​ou​ ​hidróxibenzeno​ ​ou​ ​fenol

2-metilbenzenol​ ​ou​ ​2-metilfenol​ ​ou​ ​o-cresol


4-metilbenzenol​ ​ou​ ​4-metilfenol​ ​ou​ ​p-cresol

Lembrando que cresol é utilizado em fenóis monossubstituídos que


possuem o grupo metil. Existem, três cresóis diferentes: o-cresol,
m-cresol​ ​e​ ​p-cresol.

ALDEÍDO

Apresentam​ ​o​ ​grupo​ ​carbonila​​ ​na​ ​extremidade​ ​da​ ​cadeia.

Nomenclatura:​ ​recebe​ ​o​ ​sufixo​ ​“​al​”​ ​no​ ​lugar​ ​do​ ​sufixo​ ​“o”

Prefixo​ ​+​ ​infixo​ ​+​ ​al

Os quatro aldeídos mais simples apresentam nomes usuais formados


pelos​ ​prefixos:​ ​form,​ ​acet,​ ​propion,​ ​butir,​ ​seguidos​ ​da​ ​palavra​ ​aldeído.
Os​ ​aldeídos​ ​ramificados​ ​e/ou​ ​insaturados​ ​seguem​ ​as​ ​regras​ ​já​ ​vistas.

Obs: O grupo funcional está sempre na extremidade, portanto, esse


carbono sempre será o número 1; Por essa razão, sua posição não precisa
ser​ ​indicada.

3-metil-pent-3-enal

Caso​ ​existam​ ​dois​ ​grupos​ ​aldeídos,​ ​o​ ​sufixo​ ​usado​ ​é​ ​dial​.

Propano​dial

Aldeídos​ ​com​ ​cadeia​ ​cíclica​ ​a​ ​nomenclatura​ ​é​ ​dada​ ​da​ ​seguinte​ ​forma:

Ciclohidrocarboneto​ ​+​ ​carbaldeído

Ciclohexano​carbaldeído
CETONA

Apresentam​ ​o​ ​grupo​ ​carbonila​,​ ​entre​ ​carbonos.

Grupo​ ​Funcional

Nomenclatura: o sufixo “o” do hidrocarboneto é substituído pelo sufixo


“ona”,​ ​precedido​ ​do​ ​número​ ​que​ ​indica​ ​a​ ​posição​ ​da​ ​carbonila.

Prefixo​ ​+​ ​infixo​ ​+​ ​ona

A numeração da cadeia deve ser iniciada a partir da extremidade mais


próxima​ ​do​ ​grupo​ ​carbonila,​ ​quando​ ​necessário.

Exemplos:

A nomenclatura das cetonas ramificadas e/ou insaturadas segue as regras


já​ ​vistas:
4-etil-4-penten-2-ona

ATENÇÃO! Gás nobre, cuidado para não confundir aldeído e cetona!


Lembre-se que, os aldeídos apresentam o grupo carbonila ​na extremidade
da cadeia, enquanto que a cetona apresenta o grupo carbonila entre
carbonos.​ ​Ok?

ÉTER

Apresentam um átomo de oxigênio (O) como um heteroátomo entre dois


carbonos.

Grupo​ ​funcional

Nomenclatura:

Grupo​ ​menor​ ​→​ ​prefixo​ ​+​ ​oxi

Grupo​ ​maior​ ​→​ ​ ​nome​ ​do​ ​hidrocarboneto​ ​correspondente

Exemplos:

Metoxietano
Metoxibenzeno

ÁCIDOS​ ​CARBOXÍLICOS

Apresentam​ ​carboxila​.

Grupo​ ​Funcional

Recebem o nome de ácido devido ao hidrogênio da hidroxila. Possuem o


mesmo​ ​comportamento​ ​dos​ ​ácidos​ ​inorgânicos.

Nomenclatura: o sufixo “o” do hidrocarboneto é substituído pelo sufixo


“oico”.​ ​A​ ​numeração​ ​da​ ​cadeia​ ​sempre​ ​deve​ ​ser​ ​feita​ ​a​ ​partir​ ​da​ ​carboxila.

Ácido​ ​prefixo​ ​+​ ​infixo​ ​+​ ​oico

Exemplo:

Ácido​ ​Butanóico

Para​ ​ácidos​ ​de​ ​cadeia​ ​cíclica,​ ​a​ ​nomenclatura​ ​é​ ​a​ ​seguinte:

Ácido​ ​ciclohidrocarboneto​ ​+​ ​carboxílico


​ ​Ácido​ ​benzenocarboxílico

Ácido​ ​ciclohexanocarboxílico

ÉSTERES

São derivados dos ácidos carboxílicos através da substituição do


hidrogênio​ ​da​ ​carboxila​ ​por​ ​um​ ​grupo​ ​de​ ​carbonos.

Grupo​ ​Funcional

Nomenclatura: a terminação “ico” do grupo derivado do ácido carboxílico


correspondente é substituída pelo sufixo “ato” e o grupo ligado
diretamente ao oxigênio possui a terminação “ila”, separados pela
preposição​ ​“de”.

Prefixo​ ​+​ ​infixo​ ​+​ ​ato​​ ​de​​ ​Prefixo​ ​+​ ​ila

Exemplo:

Etanoato​ ​de​ ​metila


Propanoato​ d
​ e​ ​etila

Para​ ​ésteres​ ​de​ ​cadeia​ ​cíclica:

Ciclohidrocarboneto + Carboxilato de + Nome do grupo ligado ao


oxigênio (ila)

Ciclobutanocarboxilato​ ​de​ ​fenila

Reação​ ​de​ ​Esterificação

Ocorre quando um ​ácido reage com um ​álcool​, produzindo ​éster e


água​.

Esse​ ​processo​ ​ficou​ ​conhecido​ ​como​ ​“​esterificação​ ​de​ ​Fischer​”.

A​ ​reação​ ​inversa​ ​é​ ​denominada​ ​reação​ ​de​ ​hidrólise​.


Quando essas reações ocorrem entre um ácido carboxílico e um álcool
primário, a água é formada pelo grupo OH do ácido e pelo hidrogênio do
grupo​ ​OH​ ​do​ ​álcool.

Caso sejam utilizados ácidos inorgânicos ou álcoois secundários ou


terciários, a água será formada pelo OH do álcool e pelo hidrogênio do
grupo​ ​OH​ ​do​ ​ácido.

SAIS​ ​DE​ ​ÁCIDOS​ ​CARBOXÍLICOS

São compostos orgânicos e inorgânicos, derivados dos ácidos carboxílicos,


por​ ​meio​ ​da​ ​substituição​ ​do​ ​hidrogênio​ ​da​ ​carboxila​ ​por​ ​um​ ​cátion.

​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​

Ácido​ ​Etanóico​ ​Etanoato​ ​de​ ​Sódio

ANIDRIDOS​ ​DE​ ​ÁCIDOS​ ​CARBOXÍLICOS

Os anidridos são substâncias obtidas pela desidratação (eliminação de


água)​ ​de​ ​ácidos​ ​carboxílicos.

Grupo​ ​funcional
Exemplo:

​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​
Ácido​ ​Acético​ ​Anidrido​ ​Acético

Exercícios

Questão​ ​01​:

Da substância acima representada, que é responsável pelo odor


característico​ ​de​ ​canela​ ​em​ ​chicletes,​ ​fazem-se​ ​as​ ​afirmações:

I.​ ​É​ ​um​ ​aldeído.

II.​ ​Seu​ ​nome​ ​oficial​ ​é​ ​3-fenil+propenal.

III.​ ​Apresenta​ ​cadeia​ ​carbônica​ ​saturada​ ​e​ ​ramificada.

Dessas​ ​afirmações,

A)​ ​somente​ ​I​ ​está​ ​correta.

B)​ ​somente​ ​II​ ​está​ ​correta.

C)​ ​somente​ ​I​ ​e​ ​II​ ​estão​ ​corretas.


Exemplo:
D)​ ​somente​ ​I​ ​e​ ​III​ ​estão​ ​corretas.

E)​ ​I,​ ​II​ ​e​ ​III​ ​estão​ ​corretas.


Resolução
É um aldeído devido ao grupo carbonila e um átomo de hidrogênio ligados
no​ ​mesmo​ ​carbono​ ​na​ ​extremidade​ ​da​ ​cadeia.

A numeração começa próxima ao grupo funcional, sendo assim o fenil


está ligado ao carbono de numeração igual a 3. Logo, a nomenclatura é
3-fenil.
São três carbonos na cadeia principal e, portanto, o prefixo é “prop”.
Temos uma dupla ligação, então o infixo é “en” e o grupo funcional é um
aldeído que possui terminação “al”. Logo, temos a nomenclatura:
propenal

A cadeia carbônica possui uma dupla ligação, bem como, o radical fenol.
Sendo​ ​assim,​ ​é​ ​insaturada​ ​e​ ​ramificada.

Letra​:​ ​C
Para​ ​assistir​ ​a​ ​resolução​ ​clique​ ​no​ ​link​ ​a​ ​seguir:
https://www.quimicaemacao.com.br/resumos/40-QO1

Questão 02​: Características de uma substância que podem ser


percebidas com nossos sentidos são chamadas de propriedades
organolépticas. Em alimentos produzidos industrialmente, o sabor e o
odor são dados por extratos naturais de frutos, folhas etc., ou então, por
meio de misturas de flavorizantes artificiais, que procuram imitar o sabor
e o aroma desejados. Dentre esses compostos sintéticos, destacam-se os
ésteres,​ ​como​ ​os​ ​apresentados​ ​na​ ​tabela​ ​abaixo.
Os​ ​nomes​ ​dessas​ ​substâncias​ ​são,​ ​respectivamente:

A)​ ​etóxi-octano,​ ​butóxi-etano,​ ​butóxi-butano.

B)​ ​2-metil-3-octen-5-ona,​ ​6-isopropil-5-hexen-4-ona​ ​e


1-neopentenil-n-propilcetona.

C)​ ​etanoato​ ​de​ ​octila,​ ​butanoato​ ​de​ ​etila​ ​e​ ​butanoato​ ​de​ ​butila.

D)​ ​acetato​ ​de​ ​octila,​ ​3-metilbutanoato​ ​de​ ​metila​ ​e​ ​4-metil-2-pentenodial.

E)​ ​metóxi-terciobutano,​ ​6-isopropil-5-hexen-4-ona​ ​e​ ​butanoato​ ​de​ ​butila.

Resolução
A nomenclatura dos ésteres segue a seguinte norma: terminação “ato”
para a parte derivada do ácido carboxílico e a terminação ila vai para a
parte​ ​derivada​ ​do​ ​álcool.

Letra​:​ ​C
Para​ ​assistir​ ​a​ ​resolução​ c
​ lique​ ​no​ ​link​ ​a​ ​seguir:
https://www.quimicaemacao.com.br/resumos/40-QO2
Fala gás nobre! Preparado para reagir? No terceiro módulo da química
orgânica vamos estudar as funções nitrogenadas. Você sabe quais são
elas? ​São quatro os grupos funcionais dos compostos orgânicos. Os
compostos que pertencem a essa função são formados por nitrogênio, por
isso são chamados de compostos nitrogenados. Os principais são as
aminas, as amidas, as nitrilas e os nitrocompostos.

Vamos falar sobre cada uma delas!

AMINAS

As aminas são consideradas ​bases orgânicas​, obtidas a partir da


substituição de um ou mais hidrogênios da amônia (NH​3​) por grupos
orgânicos (alquil ou aril).

Elas são classificadas como:

- ​Primárias​ quando há apenas um grupo orgânico ligado ao nitrogênio


- ​Secundárias​ quando são dois grupos ligados ao nitrogênio

- ​Terciárias​ quando forem três grupos

Quando as aminas são v


​ oláteis​, normalmente possuem um ​odor
desagradável​. A função amina também é fundamental para a vida, isso
pois, está presente nos a
​ minoácidos​.

Nomenclatura

- Aminas primárias: o nome do grupo orgânico ligado ao nitrogênio


é citado com a terminação “il” seguido do sufixo “amina”.

Grupo orgânico (il) + amina

Exemplos:

Metilamina Fenilamina
Outra maneira de nomear as aminas primárias é utilizando o nome do
hidrocarboneto de origem, com elisão do sufixo “o”, seguido do sufixo
“amina”.

Etanamina

- Aminas secundárias e terciárias: o maior grupo ligado ao


nitrogênio é citado como grupo principal, junto com o sufixo amina. Os
outros grupos são citados em ordem alfabética precedidos da letra “N”.

N-metilamina N-etil-N-metilpropilamina

Quando esses grupos são os mesmos, pode-se usar os prefixos de


quantidade di ou tri para os grupos orgânicos, acrescido do sufixo amina.

Trimetilamina

Como falamos, as aminas são consideradas bases orgânicas, o que é


muito importante! Mas porque elas são básicas? Essa basicidade é devido
ao ​par de elétrons livres do nitrogênio que pode ser doado para o
cátion H​+​. Sendo assim, as aminas podem atuar como ​bases de

Lewis ou Bronsted.
AMIDAS

Possuem pelo menos um grupo​ ​acila​ ligado a um átomo de nitrogênio.

Grupo acila Grupo funcional

De acordo com a quantidade de grupos acilas, as amidas podem ser


divididas em três grupos:

Monoaciladas Diaciladas Triaciladas

Nomenclatura

Na nomenclatura substitutiva de amidas monoaciladas, o sufixo “oico” do


ácido carboxílico correspondente é substituído pelo sufixo “amida”. A
numeração da cadeia, sempre deve ser feita de modo que a carbonila
receba o menor número possível.

Metanamida Etanamida
Butanodiamida

Para amidas de cadeia cíclica temos a seguinte nomenclatura:

Ciclohidrocarboneto + carboxiamida

Ciclobutano carboxiamida

Amidas monoaciladas podem ter os hidrogênios do nitrogênio,


substituídos por grupos alquilas ou arilas, formando amidas
monossubstituídas e dissubstituídas. Os grupos ligados ao nitrogênio são
citados em ordem alfabética como ramificações, precedidos da letra “N”.

N-metilbutanamida (amida monosubstituída)

Lembrando que não vamos abordar a nomenclatura de amidas diaciladas


e triaciladas, pois não são cobradas nos vestibulares.
Caráter ácido-básico das amidas

As amidas são consideradas substâncias n


​ eutras​. Isso é devido a
ressonância do par de elétrons do nitrogênio, que dificulta a doação do
par eletrônico. Sendo assim, as amidas não apresentam caráter básico
como as aminas.

NITRILAS

São derivadas do ​ácido cianídrico (HCN), pela substituição do


hidrogênio por um grupo orgânico, normalmente alquila ou arila. O grupo
funcional -CN é denominado ​cianeto​.

Grupo Funcional

Nomenclatura

Usa-se o nome do hidrocarboneto correspondente seguido do sufixo


“nitrila”.

Etanonitrila Propenonitrila

Para nitrilas de cadeia cíclica, a nomenclatura é a seguinte:

Ciclohidrocarboneto + carbonitrila
Ciclopentanocarbonitrila Benzenocarbonitrila

Nomenclatura Usual

As nitrilas são nomeadas pela citação da palavra cianeto seguida da


preposição "de" e do nome do grupo R com a terminação "ila".

Cianeto de metila Cianeto de vinila

ISONITRILAS

Apresentam o grupo funcional denominado isocianeto.

Grupo Funcional

Nomenclatura

Usa-se o nome do grupo R substituinte com a terminação "il" seguido


do sufixo carbilamina.

Metilcarbilamina
Nomenclatura usual

As isonitrilas são nomeadas pela citação da palavra isocianeto seguida da


preposição "de" e do nome do grupo R com a terminação "ila".

Isocianeto de etila

As isonitrilas são menos estáveis que as nitrilas e, devido a essa


diferença de estabilidade, uma isonitrila pode ser convertida em nitrila
por meio de aquecimento.

NITROCOMPOSTOS

São derivados do ácido nítrico através da substituição da hidroxila por um


grupo alquila ou arila.

Grupo funcional

Nomenclatura

Usa-se o prefixo "nitro" seguido do nome do hidrocarbo-


neto correspondente.

Nitrometano
Vamos agora resolver alguns exercícios!

Exercícios

Questão 01​: ​Muitas aminas têm como característica um odor


desagradável. Putrescina e cadaverina são exemplos de aminas que
exalam odor de carne em apodrecimento. Dos compostos nitrogenados a
seguir, assinale a alternativa que apresenta uma amina terciária.

A)

B)

C)
D)

Resolução

A amina terciária possui três grupos orgânicos ligados ao nitrogênio.


Portanto, o único composto com amina terciária é o da letra A.

Letra​: A
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Questão 02​: O ácido barbitúrico e seus derivados são indicados como


tranquilizantes para reduzir a ansiedade e induzir o sono.

A síntese desse ácido pode ser resumida pela seguinte equação:


A) Identifique a função orgânica presente no ácido barbitúrico e apresente
a estrutura em bastão do ácido carboxílico derivado do malonato de etila.

B) Com base nos valores de eletronegatividade indicados na tabela de


classificação periódica, determine os números de oxidação dos átomos de
carbono indicados por 1 e 2 na molécula do ácido barbitúrico.

Resolução​:

A) Função amida

B) C1= Nox+4

C2=Nox+3
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Fala gás nobre! Preparado para reagir? Nesta apostila, do quarto módulo
da química orgânica, vamos finalizar o nosso estudo sobre as funções
orgânicas. Você sabe quais são os compostos organoalogenados?

Compostos Organoalogenados

São formados por substâncias derivadas de compostos orgânicos que


possuem halogênios em suas estruturas (F, Cl, Br, I). As principais
funções químicas dessa classe de compostos são:

● Haletos Orgânicos
● Haletos de Acila
● Compostos De Grignard

Vamos falar de cada uma delas.

HALETOS ORGÂNICOS

São derivados dos hidrocarbonetos pela substituição de hidrogênios por


halogênios. Podem ser classificados de acordo com o grupo orgânico a
que o ​halogênio​ está ligado. Veja essa classificação a seguir:
Haleto de Alquila Haleto Vinílico Haleto de Arila

: Halogênio

Nomenclatura

Os halogênios são citados pelos prefixos ​fluoro​, ​cloro​, ​bromo ​e ​iodo


como substituintes da cadeia principal.

Bromoclorometano

Bromodiclorometano

Fluorobenzeno
Nos haletos orgânicos, os halogênios não possuem prioridade na
numeração da cadeia principal. A numeração começa pela
extremidade mais próxima da primeira ramificação (menores números).

5-bromo-2-metil-heptano

Caso a numeração do grupo alquila e um halogênio seja a mesma,


numere a cadeia dando prioridade em ordem alfabética.

Nomenclatura usual

Os haletos são citados pelos prefixos fluoreto, brometo, cloreto e iodeto,


seguidos da preposição “de” mais o nome do grupo orgânico
com terminação “ila”.

Cloreto de etila

HALETOS DE ACILA

São derivados dos ácidos carboxílicos através da substituição da hidroxila


por um átomo de halogênio.

Grupo Acila
X = halogênio

⇒ O grupo acila é o que está ligado ao halogênio

Nomenclatura

O haleto possui terminação “eto” e o nome do grupo acila ligado ao


halogênio com a terminação “oíla”.

Cloreto de etanoíla

COMPOSTOS DE GRIGNARD

São compostos orgânicos que possuem o átomo de magnésio ligado ao


carbono.

Grupo Funcional

Esses compostos são obtidos através da reação de um haleto de alquila


com magnésio em pó utilizando-se éter anidro como solvente.

Nomenclatura

Nome do haleto do grupo orgânico (il) + magnésio


Cloreto de metilmagnésio Iodeto de fenilmagnésio

Obs: Os compostos de grignard são organometálicos, ou seja, possuem


um ou mais átomos de metal ligados ao átomo de carbono.

FUNÇÕES SULFURADAS

Ácidos Sulfônicos

Os ácidos sulfônicos são compostos que possuem o seguinte grupo


funcional:

Grupo Funcional

São monoácidos fortes, derivados do ácido sulfúrico.

Nomenclatura

Nome do hidrocarboneto de origem seguido pelo prefixo “sulfônico”.

Ácido etanossulfônico

Os ácido sulfônicos possuem caráter ácido. Sendo assim, podem ser


neutralizados por um base e dar origem a um sal. Esses sais derivados do
ácido sulfônico são muito empregados na fabricação de detergentes. Veja
a seguir o mais comum:
p-dodecilbenzenossulfonato de sódio

TIOCOMPOSTOS

Possuem um átomo de enxofre, substituindo um átomo de oxigênio. Os


principais tiocompostos são: tioálcoois ou mercaptanas, tionas e tioéteres
ou sulfetos.

Tioálcool Tiona Tioéter

Tióis ou tioálcoois

Os tióis voláteis possuem cheiro repugnante, perceptível mesmo em


quantidades mínimas.

Nomenclatura

Substitui o sufixo “ol” dos álcoois por triol.

Metanotiol Propano-2-tiol
Substitui o sufixo “ona” das cetonas por tiona.

Propanotiona

Para os sulfetos a nomenclatura mais recomendada é a radicofuncional.


Os grupos ligados ao enxofre são citados em ordem alfabética com
terminação il, seguidos da palavra sulfeto.

Etil fenil sulfeto

Exercícios

Questão 01​: A alicina, composto oxissulfurado, é a substância que


confere odor de alho. Por seus efeitos medicinais, o alho baixa o nível de
colesterol no sangue e reduz as probabilidades de se contrair câncer
gástrico. Ademais, um “pão de alho” é muito gostoso.
A seguir, temos a estrutura da alicina:
A) tio-álcoois.

B) tio-cetonas.

C) dissulfetos orgânicos.

D) tio-ésteres.

Resolução

A) O oxigênio do álcool não foi substituído pelo enxofre.


B) O oxigênio da cetona não foi substituído pelo enxofre.
C) Um oxigênio e um carbono do éster foram substituídos pelo enxofre.
D) Os oxigênios do éster não foram substituídos pelo enxofre

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Questão 02​: O composto mostrado abaixo é um tipo de endorfina, um


dos neurotransmissores produzidos pelo cérebro.

a) Transcreva a fórmula estrutural da molécula.

De acordo com essa estrutura, a alicina pertence à família dos


b) Circule todos os grupos funcionais.

c) Nomeie cada um dos grupos funcionais circulados.

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Fala gás nobre! Preparado para reagir? Vamos para mais uma apostila de
Química e aqui vamos estudar as propriedades físicas dos compostos
orgânicos. Dos milhares de compostos orgânicos existentes,
alguns possuem propriedades semelhantes, enquanto que outros são
muito diferentes. Mas quais são essas propriedades? As que nos
interessam que são o ponto de fusão​, ​ponto de ebulição​ e ​
solubilidade​.

O ​estado físico d
​ os compostos orgânicos nas condições ambientes, por

exemplo, é explicado pelos valores de ponto de ebulição e fusão de cada


composto. Já a ​solubilidade d
​ e um determinado solvente é explicado
pela ​polaridade das moléculas. Tais fatores estão
diretamente relacionados com as f​ orças intermoleculares ​ou ​força
de Van der Waals​.

Sendo assim, se faz necessário antes de mais nada, fazer um breve


revisão sobre esses conceitos. Vamos lá?

POLARIDADE

Temos a polaridade das ligações e a polaridade das moléculas, vamos ver


cada uma delas.
Polaridade das ligações

Nas ligações covalentes a existência de pólos é associada à deformação


da nuvem eletrônica e depende da ​diferença de eletronegatividade
entre os átomos. Desta forma, é possível classificar os átomos unidos por
uma ligação covalente em ​apolares ou ​polares​. Já quando a ligação
covalente ocorre entre átomos de ​mesma eletronegatividade​, não
ocorre distorção da nuvem eletrônica, ou seja, não ocorre formação de
pólos. Assim, essas ligações são denominadas ​apolares​. Nesse caso, os
elétrons são igualmente compartilhados entre os átomos. Veja o exemplo
a seguir:

Veja que os átomos são iguais! Mas quando os átomos são diferentes,
ocorre a deformação da nuvem eletrônica, ou seja, formação de pólos
devido a diferença de eletronegatividade entre os átomos. Desta maneira,
o átomo da ligação que possui maior eletronegatividade desenvolve uma
carga parcial negativa (δ​–​) devido a maior densidade eletrônica. Já o
átomo que possui menor eletronegatividade desenvolve uma carga parcial
positiva (δ​+​). Essas ligações são denominadas ​polares​.​ Veja o exemplo:

Polaridade das Moléculas

A polaridade de uma molécula é determinada pela soma dos momentos

de dipolo ( ) de todas as ligações da molécula. Quando o somatório dos


momentos de dipolo for igual a zero o molécula é ​apolar​. Quando o
somatório for diferente de zero a molécula é ​polar​. Lembre-se que a
geometria da molécula deve ser levada em consideração no somatório
dos momentos de dipolo.

No caso de moléculas maiores, torna-se mais complicada fazer uma


análise vetorial. Mas veja algumas observações que podem ajudar:

● Todos os hidrocarbonetos são apolares.

● Os grupos que tornam moléculas polares apresentam átomos de alta


eletronegatividade, como oxigênio, nitrogênio e halogênios.

● A polaridade dos compostos orgânicos está relacionada ao tamanho da


cadeia carbônica. Quanto maior a cadeia (número de carbonos), maior
é o caráter polar do composto.

● Quanto maior for o número de grupos polares, maior é a polaridade do


composto.

Principais grupos polares:

Pode acontecer da molécula orgânica apresentar grupos polares, mas ser


apolar. Sendo assim, é necessário avaliar qual caráter predomina na
molécula.
Veja:

Cadeia de carbonos pequena → Predomina o caráter polar do grupo


carboxila.

Cadeia de carbonos grande, predomina o caráter apolar da cadeia


carbônica.

FORÇAS INTERMOLECULARES OU FORÇAS DE VAN DER WAALS

As forças intermoleculares são as forças de atração (forças eletrostáticas)


que existem entre as moléculas que fazem parte de um composto
molecular. Essas interações podem ser fortes ou fracas, dependendo dos
átomos que estão envolvidos.

São as forças intermoleculares que determinam todas as propriedades


físicas da matéria. Isso pois, quanto maior a intensidade das forças
intermoleculares, maior a energia para afastar uma molécula da outra.
Sendo assim, a quantidade de energia envolvida na fusão, na ebulição e
na solubilização de um composto molecular está diretamente relacionada
às forças intermoleculares, que são divididas da seguinte forma:

- Dipolo-dipolo ou dipolo permanente


- Ligações de hidrogênio

- Forças de London ou dipolo induzido

Dipolo-dipolo (DD)

Esse tipo de interação ocorre entre ​moléculas polares​. A força de


interação ocorre devido a atração da extremidade positiva de uma
molécula com a extremidade negativa da outra molécula.

As principais funções orgânicas que apresentam esse tipo de interação


entre as moléculas são: aldeídos, cetonas, éteres, ésteres, aminas
terciárias, amidas dissubstituídas, haletos de alquila e acila.

Ligações de Hidrogênio (LH)

São interações do tipo dipolo-dipolo muito fortes. Essa interação ocorre


com moléculas que possuem átomos de hidrogênio ligados diretamente
aos átomos de oxigênio, nitrogênio ou flúor, que são muito
eletronegativos. É devido a essa alta diferença de eletronegatividade que
as ligações de hidrogênio são fortes.

As principais funções orgânicas que apresentam esse tipo de interação


entre as moléculas são: álcoois, fenóis, ácidos carboxílicos, aminas
primárias e secundárias e amidas não substituídas e monossubstituídas.

Dipolo Induzido ou Forças (dispersões) de London (DI)

Essa interação é característica das ​moléculas apolares​. No estado sólido


ou líquido, essas moléculas estão mais próximas e assim, ocorre uma
deformação momentânea das ​nuvens eletrônicas​, originando pólos
positivo e negativo.
Essa interação ocorre principalmente nos hidrocarbonetos.

PONTOS DE FUSÃO E EBULIÇÃO

Com base na análise do tipo de força intermolecular é possível fazer


previsões e comparações de ​pontos de ebulição e ​fusão
de compostos orgânicos​.​ Veja:

- Forças intermoleculares ​fortes​,​ pontos de ebulição e fusão ​altos

- Forças intermoleculares ​fracas​,​ pontos de ebulição e fusão ​baixos

Exemplo:

Composto Força intermolecular PE ºC

Butano London 0

Propanona Dipolo-dipolo 56

Etanoico Ligações de Hidrogênio 142

​ assa molar t​ ambém é outro fator que influencia nos PF e PE. Quanto
A m
maior for a massa molar de uma substância, maior são os PE e PF. Mas,
lembre-se que isso será analisado quando as moléculas possuírem
o mesmo tipo de interação. Veja:

Substância Massa Molar (g​/​mol) PE ºC

Metanol 32 64
Etanol 46 78,5

Propan-1-ol 60 97

Exercício:

Questão 01:
O éter metílico e o álcool etílico apresentam a mesma massa molecular,
são formados pelo mesmo número de átomos e também apresentam a
mesma fórmula molecular (C​2​H​6​O). Entretanto, as suas temperaturas de
ebulição são muito diferentes, isto é: éter metílico = –25,0 °C e
álcool etílico = 78,5 °C.

Assinale a alternativa que explica o fato do éter metílico e o álcool etílico


apresentarem diferenças na temperatura de ebulição.

A) As moléculas do álcool etílico podem formar interações do tipo pontes


de hidrogênio entre si, enquanto as moléculas do éter metílico não
podem.

B) O álcool etílico contém água e portanto aumenta o seu ponto de


ebulição.

C) As moléculas do álcool etílico podem formar interações fortes do tipo


Van der Waals entre si, enquanto as moléculas do éter metílico não
podem.

D) As moléculas do álcool etílico podem formar interações fortes do tipo


forças de London entre si, enquanto as moléculas do éter metílico não
podem

E) As moléculas do álcool etílico podem formar interações fortes do tipo


dipolos induzidos entre si, enquanto as moléculas do éter metílico não
podem.
Resolução:

Nessa questão temos dois isômeros (tema da próxima apostila) em que


cada um possui uma função diferente (álcool e éter). O que explica a
diferença dos pontos de ebulição entre eles é que as moléculas do álcool
etílico formam interação de ligação de hidrogênio. Lembre-se que o grupo
funcional do álcool é a hidroxila (grupo OH) que faz ligação de hidrogênio
com outro álcool que também tem o OH. Já o éter que tem oxigênio entre
carbonos faz interação dipolo-dipolo com outra molécula do éter que é
mais fraca que a ligação de hidrogênio. Sendo assim, se a ligação de
hidrogênio é mais forte, o ponto de ebulição do álcool etílico é mais alto.

Letra: A
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SOLUBILIDADE

As forças intermoleculares existentes entre os compostos são o principal


fator a ser analisado quando queremos saber sobre a solubilidade. No
geral, temos que substâncias polares dissolvem em solventes polares,
bem como, substâncias apolares dissolvem em solventes apolares. Logo,
temos a seguinte regra geral que você não pode se esquecer:

“Semelhante dissolve semelhante”

O tamanho da cadeia carbônica é um fator muito importante na previsão


de solubilidade de compostos orgânicos em solventes polares como a
água.

Compostos orgânicos que possuem grupos polares e cadeias carbônicas


pequenas são solúveis em água, mas a medida que a cadeia carbônica
aumenta a solubilidade diminui e vai ficando mais parecido com um
hidrocarboneto em relação a polaridade (que é apolar).

Questão 02:
Em relação às substâncias orgânicas etano, etanol, éter
metílico e formaldeído e sua solubilidade em água, é correto afirmar:

A) O etanol e o formaldeído são solúveis em água, pois formam ligações


de hidrogênio com as moléculas do solvente.

B) Todas as substâncias apresentadas são muito solúveis em água.

C) As moléculas de éter metílico não formam ligações de hidrogênio entre


si, por isso não são solúveis em água

D) Conforme medidas experimentais, sabe-se que os alcanos são polares,


isso justifica sua solubilidade em água

E) A solubilidade em água dos compostos do grupo do formaldeído


aumenta à medida que aumentam as cadeias carbônicas.

Resolução

A) O oxigênio do etanol e o formaldeído formam ligações de hidrogênio


com o hidrogênio da água (solvente).

B) Não. O eteno é um hidrocarboneto e, portanto, é apolar. Isso significa


que não é solúvel em água.

C) As moléculas de éter metílico não formam ligações de hidrogênio entre


si, mas são SIM solúveis em água. Essas são compostos polares,
interação dipolo-dipolo.

D) Não, os alcanos são apolares.


E) É o contrário. A solubilidade em água dos compostos do grupo do
formaldeído DIMINUI à medida que aumentam as cadeias carbônicas.
Isso pois, a molécula passa a ter caráter mais apolar.

Letra: ​A
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Séries Orgânicas

Uma série orgânica é formada por uma sequência de compostos


orgânicos. São três os tipos de séries: ​homóloga​,​ isóloga​ ​e​ ​heteróloga​.

Séries homólogas

A diferença entre dois compostos consecutivos é de apenas um átomo de


carbono e dois átomos de hidrogênio (CH​2​).

Ex: etano (C​2​H​6​); propano (C​3​H​8​); butano (C​4​H​10​); pentano (C​5​H​12​);


hexano (C​6​H​14​).

→ As propriedades químicas são semelhantes e as físicas aumentam ou


diminuem gradativamente. A solubilidade em água, por exemplo, diminui
gradativamente com o aumento da cadeia, enquanto que o ponto de
ebulição aumenta gradativamente.

Séries Isólogas

A diferença entre dois compostos consecutivos é de apenas dois átomos


de hidrogênio (2H).
Ex: etino (C​2​H​2​); eteno (C​2​H​4​); etano (C​2​H​6​).

→ As propriedades químicas são diferentes e as físicas são distintas,


porém semelhantes. Isso pois, a diferença entre as massas moleculares
dos compostos é muito pequena.

Séries heterólogas

Não existe um padrão de variação entre os compostos, sendo que eles


possuem apenas o mesmo número de átomos de carbonos.

Ex: etanal; etanol; etilamina; etanonitrila.

Nesse tipo de séries, as propriedades químicas e físicas são diferentes.

Questão 03:
A classificação dos compostos orgânicos em funções, facilita muito a
apreensão do conhecimento nesse campo. Porém, devido a grande
quantidade de compostos orgânicos descobertos até o presente, fez-se
necessário a adoção de outros critérios de classificação para os mesmo,
tal como as séries orgânicas. Observe a relação dos compostos a seguir:

C​3​H​8​ C​3​H​6 C​3​H​4

C​4​H​10​ C​4​H​8​ C​4​H​6

C​5​H​12​ C​5​H​10​ C​5​H​8

Levando-se em consideração as linhas (horizontais) e as colunas


(verticais) acima constituídas, marque a alternativa que corresponde,
respectivamente, as séries formadas:
A) homólogas, isólogas

B) heterólogas, isólogas

C) homólogas, heterólogas

D) isólogas, heterólogas

E) isólogas, homólogas

Resolução:

As linhas (horizontais) correspondem a série isólogo, pois a diferença a


cada dois compostos consecutivos é de dois átomos de hidrogênio.
Enquanto que, nas colunas (verticais) temos a série homólogas, visto que,
os a diferença entre dois compostos consecutivos é de apenas um átomo de
carbono e dois átomos de hidrogênio.

Letra: ​E
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Fala Gás Nobre! Preparado para reagir? O tema do módulo 6 é isomeria!
Mas o que é isso? Você sabe?

Bem, a isomeria é um fenômeno em que duas ou mais substâncias


diferentes, apresentam a ​mesma fórmula molecular​, porém ​diferentes
fórmulas estruturais​. Certo? Vamos entender melhor com alguns
exemplos.

Veja, se um átomo de hidrogênio do composto etano for substituído por


um átomo de cloro. Você concorda que só é possível obter uma
substância?

Note que independentemente do hidrogênio substituído, a estrutura


obtida será sempre a mesma. Ok? Mas e se substituirmos dois átomos de
hidrogênio por dois átomos de cloro? Nesse caso teremos substâncias
diferentes? A resposta é: Sim! Serão obtidas duas substâncias diferentes.
Veja o exemplo do composto C​2​H​4​Cl​2

1,1-dicloroetano 1,2-dicloroetano

Perceba, gás nobre, que no primeiro composto os átomos de cloro estão


ligados no mesmo carbono e, no segundo, em carbonos diferentes. Sendo
assim, os dois compostos são diferentes, possuem os mesmos átomos, na
mesma quantidade, entretanto apresentam estruturas diferentes. Está
aqui um exemplo de isomeria. Certo?

Mas para estudar a isomeria ela foi dividida em duas partes:


- Isomeria Plana
- Isomeria Espacial

Primeiro vamos falar sobre a plana. Vamos lá?

ISOMERIA PLANA

Aqui gás nobre, a diferença entre os isômeros está nas ​fórmulas


estruturais planas​. São cinco os casos de isomeria plana ou isomeria
constitucional (como também pode ser chamada).

● Isomeria de função​:​ os isômeros pertencem a ​funções diferentes​.

Lembra das funções orgânicas? Se não, dê uma olhada para conferir gás
nobre! Vamos para os exemplos.
Fórmula molecular: C​2​H​6​O
Função e fórmula estrutural dos isômeros:

Álcool Éter

Certo? Perceba que as funções dos isômeros são diferentes, um é o álcool


e a outra um éter.

● Isomeria de cadeia​: os isômeros possuem a ​mesma função​, mas


apresentam ​diferentes tipos de cadeias​.

Fórmula molecular: C​4​H​8​O


Função e fórmula estrutural dos isômeros:

Aldeído Aldeído

Viu só a diferença entre esses isômeros gás nobre? Enquanto uma cadeia
é ​reta​ a outra é ​ramificada​ e a função das duas é o aldeído.

● Isomeria de posição​: os isômeros possuem a ​mesma função e o


mesmo tipo de cadeia​, porém a ​posição do grupo funcional é
diferente​.

Fórmula molecular: C​3​H​8​O


Função e fórmula estrutural dos isômeros:

Álcool Álcool

Fórmula molecular: C​4​H​6


Função e fórmula estrutural dos isômeros:

Hidrocarboneto Hidrocarboneto

Reparou que a posição do grupo funcional pode ser de uma ​ramificação


ou ​insaturação​?

● Isomeria de compensação ou metameria​: os isômeros


pertencem a ​mesma função e cadeia​, porém a ​posição do
heteroátomo é diferente​.

Fórmula molecular: C​4​H​8​O​2


Função e fórmula estrutural dos isômeros:

Éster Éster
Veja que o heteroátomo (oxigênio) está em posições diferentes.

● Isomeria dinâmica ou tautomeria: esse é uma caso particular


de isomeria de função​, em que os isômeros coexistem em equilíbrio
dinâmico em solução.

Lembrando, gás nobre, que os principais casos de tautomeria envolvem


carbonila.

Fórmula molecular: C​2​H​4​O

Aldeído Enol

Nesse caso, ao preparar uma solução de aldeído acético, parte dele se


transforma em etanol, que se regenera em aldeído e desta forma, é
estabelecido um equilíbrio. Como o aldeído é mais estável, ele está
presente em maior concentração.

Bem, gás nobre. Agora que você já viu os 5 tipos de isomeria plana,
vamos estudar a isomeria espacial.
ISOMERIA ESPACIAL

Nesse tipo de isomeria, também chamada de estereoisomeria, a diferença


entre os isômeros está na fórmula estrutural espacial.

Os estereoisômeros são isômeros que possuem as mesmas conectividades


(ligações), mas se diferem pelo arranjo dos átomos no espaço.

Existem dois tipos de isomeria espacial: geométrica (cis-trans ou Z-E) e


óptica.

ANÁLISE CONFORMACIONAL

Gás nobre, as ligações sigmas são formadas por superposições frontais de


orbitais. Assim, grupos ligados por apenas uma ligação simples podem
sofrer rotação, uns em relação aos outros em torno do eixo da ligação. Essas
rotas é que dão origem as estruturas temporárias denominadas
conformações.

A rotação em torno da ligação sigma envolve uma variação de energia e o


estudo dessa variação é chamado de análise conformacional.
Para facilitar a visualização das conformações de uma molécula, podemos
utilizar a projeção de Newman ou a de cavalete:

Projeção de Newman Fórmula de cavalete

A projeção de Newman representa a visualização da molécula do ponto de


vista de um observador que está vendo a molécula de frente, ou seja, ao
longo do eixo de ligação carbono-carbono. Fixando um dos carbonos e
rotacionando o outro, podemos analisar a variação de energia da molécula
em função do ângulo formado entre os átomos do primeiro e segundo
carbono.
Anti ou estrela Eclipsada Anti ou estrela

A conformação anti ou estrela é a mais estável. Na conformação eclipsada,


existem forças intermoleculares que são repulsivas entre os grupos que
estão diretamente opostos um ao outro, resultando em uma conformação
de maior energia e menor estabilidade.

A quantidade de energia necessária para de passar de uma conformação


para a outra é denominada barreira rotacional. Nas ligações sigmas as
barreiras rotacionais são pequenas (baixas energias). As ligações sigmas
estão em constante rotação, sendo que, na maior parte do tempo, a
molécula estará na conformação de mais baixa energia.
ISOMERIA GEOMÉTRICA CIS​/TRANS

Esse tipo de isomeria pode acontecer em compostos de cadeia aberta e


compostos de cadeia fechada.

Compostos acíclicos (cadeia aberta)​: devem apresentar pelo menos


uma dupla ligação entre os carbonos​, e cada um dos carbonos da
dupla deve apresentar ​grupos ligantes diferentes​. Como mostra o
exemplo a seguir:

Cis-2-penteno Trans-2-penteno

Veja, gás nobre, que no primeiro caso os ​ligantes iguais estão do


mesmo lado​, e por isso são isômero ​cis​. Já na segunda molécula, os
ligantes iguais estão em lados opostos​, sendo isômero ​trans​.
Lembrando que essa diferença da disposição espacial dos átomos, faz com
que o composto ​cis tenha propriedades físicas diferentes de seu isômero
trans​, como, por exemplo, na temperatura de ebulição.
ISOMERIA GEOMÉTRICA E/Z

Contudo, em alguns casos de isomeria geométrica não se usa-se os


prefixos cis e trans. Veja a seguir:

Note que nenhum dos ligantes dos carbonos da dupla são iguais. Nesse
caso, você vai utilizar as designações ​E ​e ​Z​. ​Mas como? Bem, o isômero
Z, é aquele que apresenta os ligantes de maiores números atômicos do
mesmo lado do plano. Consequentemente o outro isômero é o E. Desta
forma, temos que:

Z-2-bromo-1-cloropropeno E-2-bromo-1-cloropropeno

Isso também ocorre nos compostos cíclicos, como veremos a seguir.


Lembrando que ​não é correto relacionar os termos cis e Z, e trans e E,
pois são sistemas de nomenclatura diferentes. OK?
Compostos cíclicos​: devem apresentar grupos ligantes diferentes em
pelo menos dois carbonos do ciclo.

1,2-diclorociclopropano

Cis-1,2-diclorociclopropano Trans-1,2-diclorociclopropano

ISOMERIA ÓPTICA: ENANTIÔMEROS

Essa isomeria está associada ao comportamento das substâncias


submetidas a um feixe de luz polarizada. Algumas substâncias têm a
propriedade de desviar o plano de vibração da luz polarizada e são
denominadas ​opticamente ativas​. Você sabe quais as formas que esse
desvio pode ocorrer? Ele pode ser em dois sentidos:

- Desvio para o lado direito: isômero ​dextrogiro​ ​(+) ou d;


- Desvio para o lado esquerdo: isômero ​levógiro​ (-) ou l;

Esse desvio gás nobre, é determinado por um aparelho chamado


polarímetro.

Mas para ocorrer a isomeria óptica a substância precisa apresentar


assimetria​. Sabe o que é isso? Veja bem, uma estrutura é ​simétrica
quando ela pode ser dividida em duas partes idênticas. Logo, quando
colocada diante de um espelho plano, produz uma imagem idêntica a ela.
Ok? ​As estruturas assimétricas não! Elas não admitem nenhum plano

de simetria. Sendo assim, quando colocadas diante de um espelho plano,


produzem imagens diferentes de si próprias que​ ​não são sobreponíveis

Nesse sentido, ​uma forma de verificar se a molécula de determinado


composto realiza atividade óptica é se ela possui um ​átomo de carbono
assimétrico ou quiral​, como também pode ser chamado, ele deve
apresentar os ​quatro grupos ligantes diferentes entre si​.

O carbono quiral na fórmula estrutural, é indicado por um asterisco (*).


Vamos ver o exemplo do ácido láctico.

Viu só a presença do carbono quiral? Isso significa que ​ela pode dar
origem a dois tipos de ácidos láctico, ou seja, ​dois isômeros opticamente
ativos que são: o ácido d-láctico e o l-láctico. ​Esses isômeros assimétricos
refletem a imagem do outro como se fossem espelhos:

Ácido d-lático Espelho Ácido l-lático


Note que a sua imagem é a mesma, mas não é sobreponível, ou seja, se
esses dois isômeros fossem colocados um sobre o outro os átomos
respectivamente iguais não ficariam armados par a par. É como a nossa
mão, os estereoisômeros ópticos (isômero espacial óptico) ​são a imagem
especular um do outro​, e por isso são chamados de ​enantiômeros​.
Caso, a estrutura de determinada molécula e sua imagem ​se
sobreporem ​sem alteração, significa que serão a mesma molécula e,
portanto, ​não são isômeros ópticos​.

E veja bem, em quantidades estequiometricamente iguais, uma mistura


desses dois enantiômeros, um dextrógiro e o outro levógiro (apresentam
o mesmo ângulo de desvio) não desvia a luz para nenhum lado. Logo,
uma mistura deles é opticamente inativa, ou seja, não desvia o plano de
luz polarizada. Quando isso ocorre temos um​ ​mistura racêmica.

Mas e se tiver mais de um carbono assimétrico?

Resumindo temos o seguinte:

Moléculas com um carbono quiral

- 2 isômeros opticamente ativos


- 1 isômero opticamente inativo

Moléculas com mais de um carbono quiral

- Quantidade de isômeros opticamente ativos (IOA)


IOA = 2​n
- Quantidade de isômeros opticamente inativos (IOI) (misturas racêmicas)
IOI = 2​n​/2
n = nº de carbonos quirais diferentes
n=2
IOA = 2​n​ = 2​2 ​= 4
IOI = 2​n​/2 = ​2​2​/2 = 2

Os ​diastereoisômeros ​é um exemplo, em que a molécula deve possuir


possuir no mínimo dois carbonos quirais. Nesse caso, todos os outros
pares são denominados diastereoisômeros.

Vamos colocar em prática!

Questão 01 -​ ​(FGV SP)

O metilfenidato, estrutura química representada na figura, é uma


substância utilizada como fármaco no tratamento de casos de transtorno
de déficit de atenção e hiperatividade.

Na estrutura do metilfenidato, o número de carbonos assimétricos e a sua


fórmula molecular são, respectivamente,

a) 1 e C12H15NO2.
b) 1 e C13H17NO2.

c) 1 e C14H19NO2.

d) 2 e C13H17NO2.

e) 2 e C14H19NO2.

Letra E
Para assistir a resolução do exercício clique no link:
https://www.quimicaemacao.com.br/resumos/m44-q01

Questão 02 - (UERGS)

Dos compostos orgânicos a seguir

apresenta(m) isomeria geométrica:

a) Apenas 2.

b) Apenas 3.

c) Apenas 1 e 2.

d) Apenas 1 e 3.

e) Apenas 2 e 3.
Letra E
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Questão 03 - (UESPI)

A fórmula estrutural abaixo representa um feromônio isolado de um inseto


que causa danos às plantações de uma importante cultura agrícola do
Brasil. Em relação a esta molécula, é correto afirmar que ela:

a) não apresenta isomeria geométrica.

b) possui duas ligações duplas com configuração geométrica Z, e uma


com configuração E.

c) possui duas duplas com configuração geométrica trans, e uma com


configuração cis.

d) apresenta isomeria óptica.

e) possui um grupo carboxila.

Letra B
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Fala gás nobre! Preparado para reagir? Finalmente chegamos na última
apostila do nosso curso: ​Reações Orgânicas​. O conhecimento das
reações orgânicas e das características das diferentes funções orgânicas é
de fundamental importância para entendermos não só os processos
orgânicos, mas também a bioquímica, ou seja, os processos metabólicos
que ocorrem nos seres vivos.

Vamos conhecer quais são as principais reações orgânicas a serem


estudadas no ensino médio.

CLASSIFICAÇÃO DAS REAÇÕES ORGÂNICAS

Foram criadas classes gerais de reações para facilitar o estudo das


reações orgânicas, visto que, são muitas. As classes mais importantes
que veremos no nosso curso são:

- Reações de adição
- Reações de eliminação
- Reações de substituição
- Reações de oxirredução
- Reações de rearranjo

Vamos falar sobre cada uma delas?

Reações de Adição

Nessa reação ocorre a junção de duas ou mais moléculas que originam


um único produto. Geralmente acontece com compostos de cadeira
insaturada ou cíclica.

Reações de Eliminação

Nesse tipo de reação ocorre a retirada de dois ou mais átomos e eles não
são substituídos por outros. Ocorrem com a formação de uma insaturação
(que pode ser dupla ou tripla) ou condensação de moléculas ou
fechamento da cadeia. Pode haver aumento na quantidade dos produtos
quando comparado a quantidade de reagentes.

Veja:

Formação de insaturação:

(Desidratação)

(Desidrogenação)
Condensação (união) de moléculas:

Fechamento (ciclização) de moléculas:

Reações de Substituição

Nesse tipo de reação um átomo ou grupo de átomos ligados ao carbono


são substituídos por outro átomo ou grupo de átomos diferentes.
Reações de Oxirredução

São caracterizadas pela variação do nox do carbono.

Reações de Oxidação

Ocorrem com o aumento do nox do carbono. Exemplo:

[O]: símbolo para oxidação

Reações de Redução

Ocorrem com diminuição do nox do carbono.

[H]: símbolo para redução


Reações de Rearranjo

A molécula passa por uma reorganização de sua estrutura, que pode ser
uma mudança na posição de um átomo ou grupo de átomos. A mudança
de posição dentro da própria molécula gera formação da nova substância.

TIPOS DE CISÃO E DE REAGENTES

Nas reações orgânicas é comum o carbono não efetuar suas quatro


ligações, o que abre espaço para a formação de grupos intermediários
instáveis. Tais grupos se originam da ruptura de ligações entre átomos,
que pode ocorrer de modo homogêneo ou heterogêneo.

Cisão heterolítica ou heterólise

Os produtos finais da reação são íons com carga positiva (cátions) ou


carga negativa (ânions). ​A quebra de ligação faz com que o par
eletrônico fique com apenas um dos átomos da ligação. A ruptura é
facilitada pela utilização de solventes polares, podendo precisar de um
catalisador. A movimentação do par de elétrons da ligação é representada
por uma seta que vai em direção ao átomo que fica com o par de elétrons
da ligação. Veja:
A heterólise pode levar a dois tipos de carbono diferentes:

Carbocátion

Carbânion

No ensino médio, o mais estudado é o carbocátion. O carbocátion é uma


espécie química altamente reativa, formada como intermediária nas
reações orgânicas que possuem um período de vida muito curto. Eles
podem ser classificados em: metílicos, primários, secundários e terciários.
Essa classificação está relacionada com a carga positiva. Sendo assim, se
a carga estiver no carbono primário, por exemplo, temos um carbocátion
primário e assim por diante.
Quanto maior o grau de substituição do carbono, ou seja, quanto menor o
número de hidrogênios ligados ao carbono de carga positiva, maior será a
estabilidade do carbocátion. Veja:
Terciário Secundário Primário
Metílico

Aumenta a estabilidade e o grau de substituição do carbocátion

Cisão homolítica ou homólise

Não ocorre transferência de elétrons e as espécies químicas formadas


possuem em elétrons desemparelhado, denominadas de radicais livres. ​A
quebra de ligação faz com que os dois átomos da ligação permaneçam
cada um com um elétron da ligação. Esse tipo de cisão ocorre por
aquecimento ou irradiação de luz. É facilitada pela utilização de solventes
apolares. A movimentação dos elétrons é indicada por uma meia seta.

A estabilidade dos radicais está relacionada a energia potencial. Quanto


maior a energia potencial do radical, menor será a sua estabilidade. Veja:

Terciário Secundário Primário Metílico


Aumenta a estabilidade e o grau de substituição do radical

Classificação dos reagentes

Eletrófilos

Possuem deficiência de elétrons. Os eletrófilos podem receber um par de


elétrons, portanto, atuam como ácidos de Lewis e agentes oxidantes nas
reações orgânicas. Geralmente, são cátions ou compostos neutros que
possuem um átomo central que pode receber elétrons.
Ex: H​+​, Cl​+​, NO​2​+​, SO​3​.

Nucleófilos

Os nucleófilos podem doar um par de elétrons, portanto, atuam como


base de Lewis e agentes redutores nas reações orgânicas. Geralmente,
são ânions ou compostos neutros que possuem elétrons não
compartilhados ou não ligantes no átomo central.
Ex: Cl​-​, CN​-​, OK​-​, H​3​C​-​.

Lembre-se que nas reações orgânicas, os nucleófilos atacam os


eletrófilos.

EFEITOS ELETRÔNICOS, ACIDEZ E BASICIDADE

Efeitos eletrônicos nos compostos orgânicos

Os efeitos causam uma distribuição desigual de elétrons no interior da


molécula. Assim, geram-se regiões de maiores e menores densidades
eletrônicas (​δ)​, que são representadas por ​δ​-​ e δ​+​.
Os dois principais efeitos eletrônicos são: efeito indutivo e efeito
mesômero (ou mesomérico).

Efeito indutivo

Corresponde a atração ou repulsão de elétrons em uma ligação sigma


(simples). Os efeitos indutivos são ocasionados pela diferença de
eletronegatividade entre os átomos. São dois tipos de efeitos:

- Indutivo negativo (atração ou retirada de densidade eletrônica)


- Indutivo positivo (doação ou liberação de densidade eletrônica)

Efeito indutivo negativo (I​-​)

Ocorre pelo deslocamento de elétrons compartilhados em direção a um


dos átomos que constitui a ligação, ou seja, a atração de elétrons em
uma ligação sigma. Os principais átomos e grupos que promovem esse
efeito nas moléculas são, em ordem crescente de intensidade.

F> Cl>Br> I> OR> NH​2

Esses átomos e grupos diminuem a densidade eletrônica da cadeia,


gerando, nos carbonos uma carga parcial positiva.

Os principais grupos que provocam esse efeito são os​ ​halogênios​!

Por se tratar de um efeito elétrico, os efeitos indutivos se enfraquecem à


medida que aumenta a distância do átomo ou grupo que o provoca.
Efeito indutivo positivo (I​+​)

O efeito positivo promove a repulsão de elétrons em uma ligação sigma.


Esse efeito ocasiona um aumento na densidade eletrônica do carbono que
está ligado ao grupo que o promove. Os principais átomos e grupos que
promovem esse efeito nas moléculas orgânicas são, em ordem
decrescente de intensidade:

NR​- ​> O​-​ > CR​3​ > CHR​2​ > CH​2​R > CH​3

Os grupos principais que promovem esse efeito indutivo positivo são os


grupos alquilas (​derivados dos alcanos​)​. Quanto mais deslocada
estiver a carga positiva do carbocátion, maior a sua estabilidade.

Efeitos mesomérico

Correspondem a atração ou repulsão de elétrons em ligações pi (π).


Sendo assim, temos que essas são características de compostos
insaturados. Esse tipo de efeito está diretamente relacionado ao efeito da
ressonância. Os efeitos mesoméricos são de dois tipos:
- Mesomérico negativo (atração ou retirada de elétrons pi)
- Mesomérico positivo (doação ao liberação de elétrons pi)

Efeito mesômero negativo (M​-​)

Promove a atração de elétrons de uma ligação pi, diminuindo a densidade


eletrônica da cadeia. Os grupos capazes de promover esse efeito possuem
como principais características serem insaturados e possuírem átomos
com maior eletronegatividade que o carbono. Os principais são aqueles
que possuem grupo carbonila.
A carbonila retira os elétrons pi da cadeia, produzindo uma estrutura de
ressonância contendo um carbocátion.

Efeito mesômero positivo (M​+​)

Promove a doação de elétrons não compartilhados para a cadeia


carbônica através da ressonância com a ligação pi, portanto, aumenta a
densidade eletrônica da cadeia. Os grupos que promovem esse efeito são
saturados e possuem átomos nos quais existem partes de elétrons livres
ou não compartilhados.

A ressonância do par de elétrons não compartilhado e a ligação pi vizinha


(conjugada) gera uma estrutura de ressonância que possui um carbânion.

Caráter Ácido

O caráter ácido de compostos orgânicos e o baixo caráter, pode ser


explicados com base nos efeitos eletrônicos. O composto apresenta uma
acidez considerável, se possuir algum fator que ajude a deslocalizar a
carga negativa do ânion (base conjugada) que é formado na ionização.

A deslocalização pode ocorrer por efeito indutivo ou ressonante.

A acidez do composto pode ser avaliada pela constante de ionização (k​a​).


Quanto maior o valor de K​a​, mais forte é o ácido e menor é o seu pK​a​. O
pK​a​ é expresso pelo cologarítimo da constante pK​a​.
pK​a​ = - logK​a
K​a​/pK​a 10​-18​/18 10​-16​/16 10​-10​/10 10​-5​/5
Composto Álcool Água Fenol Ácido
Carbonxílico

Ordem decrescente de força


ácida:
ácido carboxílico​•​ fenol ​•​ H​2​O
•​ álcool

Essa grande diferença de valores k​a e pk​a desses compostos é devido as


bases conjugadas. Vamos fazer uma comparação com as bases
conjugadas dos respectivos compostos:

pK​a​ = 18 pK​a​ = 9,9 pK​a​ = 4,2

Como o ácido benzoico possui o menor valor de pK​a​, concluímos que a


base conjugada é mais estável (mais fraca). Por isso, dentre os três
compostos ele é o ácido mais forte. Veja a equação de ionização do ácido
benzoico:
O ânion carboxilato de um ácido carboxílico pode deslocar a carga
negativa de sua base conjugada por ressonância.

A carga negativa não está localizada em nenhum dos átomos de oxigênio


e sim, distribuída igualmente para os dois.

Agora vamos analisar a base conjugada do fenol, chamada de fenóxido ou


fenolato. Veja a equação de ionização do fenol:

O fenóxido através do efeito ressonância, também pode deslocar sua


carga negativa:

A deslocalização da carga negativa estabiliza a base conjugada e justifica


o caráter ácido fraco dos fenóis. As estruturas de ressonância do ânion
fenóxido não são equivalentes como as do ânion carboxilato. As moléculas
ou íons que são estabilizados por ressonância são mais estáveis quando
as estruturas de ressonância são equivalentes.
É justamente a diferença de ressonância que justifica a grande diferença
de acidez entre os fenóis e os ácidos carboxílicos.

Vamos fazer uma última análise, da base conjugada do álcool que é


denominada alcóxido. Veja a equação de ionização:

Não existe deslocalização de carga negativa da base conjugada no ânion


alcóxido de um álcool. O grupo alquil ligado ao oxigênio promove o efeito
indutivo positivo, que aumenta ainda mais a carga negativa do oxigênio.
Assim, diminui a estabilidade da base conjugada. Por essa razão, os
álcoois possuem caráter ácido menor que o da água.

Contudo gás nobre, temos que ​a acidez é diretamente proporcional ao


efeito indutivo.

Obs: Geralmente, os ácidos orgânicos são mais fracos que os inorgânicos.

Fatores que interferem na acidez e na basicidade

Ácido Carboxílico

São dois principais fatores que alteram a acidez de um ácido carboxílico:

o tamanho da cadeia lateral e a presença de grupos atratores de elétrons

na cadeia lateral.

➢ Quanto maior a cadeia lateral, menor é a acidez do composto.

Exemplo: CH3 − COOH > CH3 − CH2 − COOH


Fenóis

A acidez de um fenol, pode ser aumentada ou diminuída pela presença de

grupos substituintes no anel aromático.

O efeito do substituinte sobre a acidez do fenol depende do tipo de efeito

eletrônico que ele promove. De modo geral, podemos fazer a seguinte

simplificação:

➢ X: efeitos eletrônicos positivos (cedem elétrons) → diminuem a acidez

➢ efeitos eletrônicos negativos (retiram elétrons) → aumentam a acidez

Esses efeitos ocorrem principalmente nas posições orto e para porque as

estruturas de ressonância do ânion fenóxido (base conjugada) possuem

cargas parciais negativas nessas posições

Aminas

As aminas são consideradas bases orgânicas. Essa basicidade é explicada

pela presença de um par de elétrons não compartilhados ou não ligantes

no átomo de nitrogênio. As aminas são as substâncias orgânicas de maior

caráter básico (bases de Lewis), apresentando tendência de receber H+.

Veja a ordem de basicidade das aminas:

secundária > primária > NH3 > terciária > aromática


As aminas alifáticas são mais básicas que a amônia. Isso se deve ao

efeito indutivo positivo dos grupos alquilas, que aumenta a densidade

eletrônica do nitrogênio, facilitando, a doação do par de eletrônico.

➢ Geralmente o aumento da cadeia carbônica provoca o aumento da


alcalinidade.
Exemplo: CH3 − CH2 − NH2 > CH3 − NH2

➢ A presença de ligações π próximas ao nitrogênio diminui a


basicidade.
Exemplo:
 CH3 − CH2 − NH2 > CH2 = CH − NH2


➢ As aminas aromáticas são menos básicas que a amônia e demais
aminas alifáticas.

➢ As amidas possuem caráter anfótero. São bases muito fracas.

REAÇÃO DE ADIÇÃO – HIDROGENAÇÃO

Gás nobre, você sabe a diferença entre margarina e manteiga?

A manteiga é um tipo de gordura animal predominantemente saturada.


Enquanto que a margarina, é produzida sinteticamente, mediante a
hidrogenação de óleos vegetais, que são compostos predominantemente
insaturados.

A hidrogenação é uma reação química que força a entrada de átomos de


hidrogênio em um composto insaturado, para torna-lo saturado.

Sendo assim, a hidrogenação consiste na quebra das ligações pi de um


composto.

Vamos ver quais são as principais reações de adição de alcenos e alcinos.


Adição em alcenos

Os alcenos sofrem principalmente reações de adição. A presença da


ligação ​π (da dupla ligação) que é mais fraca, explica a elevada
reatividade dos alcenos.

Portanto, temos a ruptura da ligação ​π e assim, a formação de duas


ligações fortes na mesma molécula. Logo, as reações de adição podem
ser representadas da seguinte forma:

As principais reações de adição são: hidrogenação, halogenação, adição


de halogenidretos (HX), hidratação e adição à carbonila dos aldeídos e
das cetonas.

Hidrogenação Catalítica

A adição de hidrogênio a um alceno produz um alcano. Essas reações


possuem uma alta energia de ionização e não ocorrem sem a presença de
um catalisador.

A reação ocorre na superfície do catalisador por um mecanismo de


absorção. As moléculas dos reagentes são adsorvidas quando colidem
com a superfície do catalisador. Após a adsorção, a ligação sigma do
hidrogênio é rompida, dando origem a átomos de hidrogênio atômicos
(radicais) muito reativos, que são transferidos em etapas para a mesma
face do alceno, esse modo de adição é denominado sin.

ADIÇÃO DE HALOGÊNIOS

Os halogênios se adicionam facilmente à ligação dupla dos alcenos. A


reação é rápida e normalmente é feita em solução, utilizando-se um
solvente inerte.
Exemplo:

Essas reações produzem um di-haleto vicinal, ou seja, os dois halogênios


ficam ligados a carbonos vizinhos.

Teste do Bromo

A bromação (adição de bromo) é usada para identificar se determinado


líquido é composto de alcanos ou de alcenos. Esse teste é feito
adicionando-se água de bromo (Br​2(aq) ou
​ Br​2​/CCl​4​), que possui cor
castanha (amarronzada). Logo, temos o seguinte:

- Se a solução permanecer castanha, quer dizer que a reação de


bromação não ocorreu e há um alcano.
- Se ficar incolor, a reação de halogenação ocorreu, indicando a presença
da insaturação, portanto, há um alceno.
ADIÇÃO DE HALETOS DE HIDROGÊNIO OU HALOGENIDRETO

É a reação do hidrocarboneto com haletos de hidrogênio ou hidretos de


halogênios (HX), tais como HCl, HBr ou HI.

Isso ocorre devido a alta polarização da ligação H – X que facilita a adição


de um próton (H​+​) à insaturação, ocasionando a formação de um
carbocátion intermediário da reação, que posteriormente reage com o
ânion X​-​.

Em alcenos simétricos, não existe diferença entre carbonos da


insaturação, portanto, só existe a possibilidade de formação de um único
produto. No entanto, alcenos assimétricos possibilitam a formação de dois
produtos que são isômeros constitucionais. Por exemplo:

Veja que o HBr foi adicionado ao propeno e assim foram formados dois
produtos. No entanto, os produtos não são formados na mesma
proporção e um deles é o principal.
Essas reações seguem a​ ​Regra de Markovnikov​, que diz que o hidrogênio
de haleto de alquila (H​+​) junta-se ao carbono da dupla ou tripla ligação
que é mais hidrogenado da insaturação. Já o halogênio do HX liga-se ao
carbono da insaturação que é menos hidrogenado.

Mas como isso acontece? Nos alcenos assimétricos, a adição do próton


leva a formação de dois carbocátion diferentes. Na primeira etapa do
mecanismo, será formado, preferencialmente, o carbocátion mais estável,
pois a energia de ativação para a sua formação é menor.

As reações orgânicas, como a de adição de halogenidretos, as quais


apresentam o potencial de formar dois ou mais isômeros, mas que
favorecem a formação de apenas um ou predominantemente um, são
denominadas reações regiosseletivas.

Adição de Kharasch

A regra de Khrasch, é a única exceção de regra de Markovnikov. A adição


de HBr a alcenos na presença de peróxidos orgânicos ocorre em
desacordo com o previsto por Markovnikov.

Na presença de peróxidos, a orientação da adição se dá exatamente de


modo oposto, ou seja, o hidrogênio se liga ao carbono menos
hidrogenado e o Br ao carbono mais hidrogenado. Isso pois a reação,
nessas consições, não se dá por meio eletrofílico (iônico), e sim de
radicais livres.

ADIÇÃO EM ÁGUA

A adição de água à dupla ligação de um alceno dá origem a álcoois. Por


isso, esse é um método sintético muito utilizado industrialmente, devido a
grande importância dos álcoois no cotidiano.

Etanol
Mas não basta misturar o alceno com a água. Isso pois, a água não é um
bom eletrófilos. Porém, na presença de ácidos, como H​2​SO​4​, a reação
ocorre com grande facilidade, devido à ação catalítica do H​+​.

No caso, da adição de água a alcenos assimétricos também obedece à


regra de Markovinikov, visto que o mecanismo de reação também é
eletrofílico.

ADIÇÃO DE ALCINOS

Nos alcinos as reação são análogas às dos alcenos, podendo, no entanto,


ocorrerem em dobro devido à presença das duas ligações ​π​. É o que
acontece nas reações de hidrogenação, halogenação e adição de
halogenidreto.

Os alcinos são menos reativos que os alcenos nas reações eletrofílicas. A


ligação tripla é mais curta que a dupla e, consequentemente, mais forte.
Nas reações de adição, os alcinos só apresentam comportamento bem
diferente dos alcenos na adição de água. A hidratação de um alcino é feita
em meio ácido com a utilização de sais de mercúrio como catalisadores. A
princípio ocorre a formação de um enol, um intermediário de baixa
estabilidade que se tautomeriza formando um aldeído ou uma cetona.

No caso do etino, o menor dos alcinos, o produto formado é um aldeído:

Etino Etenol Etanal

Nos demais alcinos, a hidratação leva a formação de cetonas, em


decorrência da regra de Markovnikov.

Propino Propen-2-ol Propanona

ADIÇÃO DE CICLANOS 

As reações de adição nos ciclanos dependem de alguns fatores, como por


exemplo, a teoria das ​tensões dos anéis de Bayer​.

Os ciclanos ou ​ ​cicloalcanos, são grupo de hidrocarbonetos de cadeias


cíclicas e saturadas. Veja que os ciclanos fogem à regra geral da adição,
pois não possuem insaturação. Acontece, que dependendo de algumas
condições como calor, metal catalisador, meio ácido, eles podem sofrer
uma quebra na cadeia, entre dois átomos de carbono, fazendo com que
surjam dois sítios de ligação para que a adição seja efetivada. Porém,
existe um fato que restringe a utilização destes compostos. O fato é a
chamada ​teoria das tensões dos anéis, proposta por Adolf V. Bayer em
1885​.

Para que a ligação sigma entre os carbonos seja rompida é necessário


que haja uma certa instabilidade entre os carbonos. Essa instabilidade
está relacionada ao ângulo das ligações entre os carbonos. De acordo com
Bayer, o ângulo que fornece uma grande estabilidade para a ligação
sigma é o de ​109,47​O​. Desta forma, as cadeias que tiverem um ângulo
entre os carbonos menor que 109,47​O​ tendem a ter instabilidade nas
ligações sigma entre os carbonos que formam as cadeias.

Os cicloalcanos que apresentam ângulo menor que 109,47​O​ entre seus


carbonos são ​ciclopropano (60​O​), ciclobutano (90​O​) e ciclopentano
(108​O​)​. O ciclopentano por ter uma angulação muito próxima de
109,47​O​ apresenta ligações sigma bastante estáveis, por conta disso ele
não pode sofrer qualquer reação de adição. Abaixo temos as estruturas
desses três cicloalcanos:

Ciclopropano ciclobutano ciclopentano

Gás nobre, qualquer cicloalcano que apresentar mais de 5 carbonos na


cadeia irá realizar reação de substituição, por exemplo, e não uma de
adição. Isso, pelo fato de as ligações sigma entre seus átomos de carbono
serem extremamente estáveis. Ok?
As reações de adição que podem acontecer com cicloalcanos são quase
todas. No caso do ciclopentano as únicas que ele pode sofrer são
hidrogenação e halogenação.

Agora vamos para os exercícios!

Questão 01​:​ ​Considere as reações I, II e III abaixo:

As reações I, II e III podem ser classificadas, respectivamente, como:

A) adição, substituição e redução.


B) eliminação, adição e oxidação.
C) oxidação, adição e substituição.
D) redução, hidrólise e oxidação.
E) eliminação, oxidação e hidrólise

Resposta:
I: Reação de eliminação (eliminação do bromo)
II: Reação de Adição (adição de água)
III: Reação de Oxidação (oxidação do carbono)

Letra: ​B
Para assistir a resolução em vídeo clique no link abaixo:
https://quimicaemacao.com.br/resumos/m45-q01
Questão 02​: ​Considere os seguintes compostos:

I. ácido etanóico

II. água

III. etanol

IV. fenol

V. metano

A ordem​ ​crescente​ ​de acidez desses compostos é:

A)​ V < III < II < IV < I.


B)​ V < IV < III < II < I.
C)​ II < IV < V < III < I.
D)​ II < V < III < IV < I.
E)​ I < II < III < IV < V.

Resposta:

I. ácido etanoico (​CH​3​COOH): 5º menos ácido

II. água (H​2​O): 3º menos ácido

III. etanol (​C​2​H​6​O): 2º menos ácido

IV. fenol (C​6​H​6​O): 4º menos ácido

V. metano (CH​4​): 1º menos ácido

Letra:​ A
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Agora vamos falar das reações de substituição. Nesse tipo de
reação, ocorre a ​substituição de pelo menos ​um átomo
de hidrogênio ​da molécula de um hidrocarboneto, por ​outro

átomo ou grupo de átomos.

A molécula de hidrocarboneto que pode pertencer aos: a


​ lcanos​,
aromáticos ​e c
​ iclanos com 5 ou mais carbonos​.

REAÇÕES DE SUBSTITUIÇÃO EM ALCANOS

Os alcanos são pouco reativos. Sabe porquê? Eles possuem somente


ligações sigmas que são fortes e pouco polarizadas. Por essa razão
os alcanos participam de poucas reações.

Essas reações ocorrem somente em condições rigorosas, como


aquecimento ou irradiação com luz ultravioleta da mistura reacional.
Normalmente, as reações produzem uma mistura de produtos
formados pela substituição de átomos de hidrogênio por outros
átomos ou grupos de átomos.

São três os tipos de reações de substituição para alcanos que


estudamos no ensino médio. Elas são:

- ​Halogenação

- Nitração

- Sulfonação
Obs: A mais importante para os exames de vestibular é a
halogenação.

Halogenação

A reação de halogenação utiliza como reagentes as substâncias


simples dos halogênios: F​2​, Cl​2​, Br​2​, I​2​.

A substituição pode ocorrer com um ou mais hidrogênios do alcano.


Isso vai depender das condições reacionais. Vamos ver a seguir a
reação que mostra a halogenação do metano e pode ser denominada
monocloração​. Sabe porquê? Porque ​somente um hidrogênio foi
substituído​.​

No caso da halogenação do metano, ​todos os hidrogênios são


equivalentes e, portanto, não ocorre a possibilidade de formação de
mais de um produto ​monoclorado​.

Mas, em alcanos superiores, os ​hidrogênios NÃO são


equivalentes​, ​permitindo, assim, a formação de dois ou mais
produtos. Veja a monocloração do propano:
Nesta reação, podemos obter dois produtos monoclorados diferentes,
que são, I-cloropropano e 2-cloropropano. O produto principal da
reação é determinado pelo tipo de hidrogênio que o alcano possui.

Existe uma diferença na facilidade de substituição (reatividade) dos


hidrogênios. A ordem de reatividade é a seguinte:

Gás nobre, lembre-se que a classificação do hidrogênio em primário,


secundário ou terciário se refere ao tipo de carbono a que ele está
ligado, ou seja, um hidrogênio terciário é aquele que está ligado a um
carbono terciário e assim por diante.

Vamos ver a seguir alguns exemplos, que mostram os rendimentos


de cada um dos possíveis produtos monoclorados, que podem ser
obtidos na coloração do propano e do metil-propano.
Estes percentuais dos produtos obtidos dependem da reatividade dos
hidrogênios e da quantidade de cada tipo de hidrogênio na molécula.

O ​bromo é o halogênio mais seletivo em relação a escolha do


hidrogênio que será substituído. Na monobromação do metilpropano,
por exemplo, mesmo existindo nove hidrogênios primários, o bromo
substitui preferencialmente o único hidrogênio terciário da molécula.
Veja:

Na equação das reações orgânicas que dão origem a mistura de


produtos, podemos colocar somente o produto obtido em maior
quantidade:

Nitração e sulfonação

Os alcanos também reagem com os ácidos sulfúrico (H​2​SO​4​) e nítrico


(HNO​3​) concentrados a quente, formando ácidos sulfônicos e
nitrocompostos.

Reação com ácido nítrico: Nitração


Reação com ácido sulfúrico: Sulfonação

O subproduto dessas reações é a água

Gás nobre, você sabia que pela nitração do metano, obtém-se um


poderoso, potente e perigoso combustível? Esse combustível é o
nitrometano ​(H​3​C – NO​2​). A reação de obtenção desse combustível
pode ser representada pela seguinte equação:

Esse combustível é utilizado em motores chamados de “top field”,


usado em corridas de ​dragster​, carros de corrida que chegam a

ultrapassar a velocidade de 500Km/h.

Lembrando que esse combustível não pode ser utilizado puro, sendo,
portanto, misturado a gasolina, por exemplo. Uma característica
desse combustível é a liberação de chamas pelo cano de descarga do
motor.
SUBSTITUIÇÃO ELETROFÍLICA EM AROMÁTICOS

O benzeno é o principal representante da classe dos aromáticos. O


anel atua como um suporte relativamente inerte para a formação de
diversas moléculas orgânicas, quando os átomos ou grupos de
átomos se ligam a ele.

Anilina Tolueno Ácido p-aminobenzóico

Agora vamos ver como introduzir esses grupos substituintes no anel


aromático!

Gás nobre, os compostos aromáticos, como o benzeno, são muitos


estáveis devido à deslocalização dos seus elétrons ​π​, que ocorre
devido a ressonância.

Vimos que os compostos insaturados, nas reações de adição,


implicam a quebra de pelo menos uma ligação ​π​. Nos compostos
aromáticos a consequência é a perda da aromaticidade do anel e
diminuição da estabilidade. Por isso, reações de substituição dos
hidrogênios do anel são mais prováveis que reações de adição.

São cinco os principais casos de substituição eletrofílica em


aromáticos, os quais são recorrentes em exames de vestibulares.
Vamos ver cada um deles!
Nitração

A reação do benzeno com ácido nítrico (HNO​3​) concentrado a quente


é muito lenta. No entanto, na presença do ácido sulfúrico concentrado
(H​2​SO​4​) atuando como catalisador, a reação é rápida.

Sulfonação

O benzeno pode ser sulfonado utilizando-se ácido sulfúrico


concentrado, porém, a reação é lenta e reversível.

A reação se torna mais rápida quando se usa o ácido sulfúrico


fumegante como reagente, que é mistura de ácido sulfúrico e trióxido
de enxofre (SO​3​).

Halogenação

As halogenações mais importantes são:

- Cloração (Cl​2​)
- Bromação (Br​2​)

O benzeno não reage com esses halogênios sem a ajuda de um


catalisador. Os catalisadores mais usados são ácidos de Lewis, dentre
os quais os principais são: AlCl​3​, FeCl​3​ e FeBr​3​.

Alquilação de Friedel-Crafts

A alquilação é utilizada para introduzir um grupo alquila no anel,


obtendo-se como produto um alquilbenzeno. O reagente utilizado é
um haleto de alquila, sendo necessária a presença de um catalisador,
que também será um ácido de Lewis.
Acilação de Friedel-Crafts

A acilação é utilizada para introduzir um grupo acila (RCO) no anel


obtendo-se como produto uma cetona aromática. O reagente
utilizado é um haleto de acila, sendo necessária novamente a
presença de ácido de Lewis como catalisador.

Orientação Orto, Meta e Para

Quando o benzeno sofre uma substituição eletrofílica, o eletrófilo


pode substituir qualquer um dos hidrogênios do anel, pois todos são
equivalentes.

Mas a partir da segunda substituição, os hidrogênios não são mais


equivalentes, existindo a possibilidade de formação de três produtos
distintos que são ​orto​, m
​ eta​ e ​para​.

Nessas reações serão formados produtos com rendimentos


diferentes.

O grupo substituinte que já se encontra no anel, denominado g


​ rupo
dirigente ​(G), pode levar a reação a duas situações diferentes
em relação ao rendimento dos produtos finais.

Os grupos substituintes podem então ser separados por duas classes:

Grupos orto-para dirigentes​: orientam a substituição eletrofílica


para as posições orto e para.
Grupos meta dirigentes​: orientam a substituição eletrofílica para a
posição meta.

Lembrando que, esses grupos dirigentes também afetam a


reatividade do anel aromático. Os grupos orto-para dirigentes tornam
o ​anel mais reativo que o benzeno e são chamados de ​ativantes​.
Enquanto que os grupos meta dirigentes tornam o ​anel menos
reativo​ que o benzeno e são chamados de ​desativantes​.

- ​Grupos ativantes ​aumentam a velocidade da reação de


substituição eletrofílica. Tornam o anel aromático mais reativo do que
benzeno.

- ​Grupos desativantes diminuem a velocidade da reação de


substituição eletrofílica. Tornam o anel aromático menos reativo do
que benzeno.

Mas quais são esses grupos? Veja a seguir os principais grupos


dirigentes e quais são ativantes e desativantes:
-

Vamos ver alguns exemplos!

Ex: O grupo dirigente OH (ativante forte) orienta a substituição


eletrofílica nas posições orto e para:

Ex: O grupo dirigente COOH (desativante moderado) orienta a


substituição eletrofílica nas posições meta:

Obs: os halogênios são uma exceção, pois são desativantes fracos,


mas orientam orto-para.

Mas então é preciso decorar toda a tabela? Não gás nobre! Vamos
ver então como fazer para facilitar nossas vidas?
Determinação da dirigência pela regra de sinais

Através da polarização que o grupo dirigente ocasiona nas ligações do


anel, devido a diferença de eletronegatividade entre os átomos,
podemos descobrir as posições que o eletrófilo atacará.

Exemplo 1:

O carbono é mais eletronegativo que o hidrogênio (pouco mais


eletronegativo, mas é). Sendo assim, fazemos o jogo de sinais. Vai
ocorrer substituição eletrofílica onde houver mais elétrons, ou seja,
onde o sinal for negativo. Temos que nesses caso, os sinais negativos
ficam na posição orto e para. Logo temos:
Exemplo 2:

O oxigênio é mais eletronegativo. Veja que os sinais negativos estão


na posição meta.

Confere lá na tabela!!

SUBSTITUIÇÃO EM HALETOS (SN​1​ e SN​2​)

Os haletos de alquila alifáticos são substratos muito reativos na


presença de reagentes nucleófilos. É possível obter sinteticamente as
principais funções orgânicas, ao utilizar um haleto de alquila como
ponto de partida, substituindo um halogênio por um nucleófilos.
Os haletos possuem essa afinidade por nucleófilos, devido a alta
eletronegatividade dos halogênios. Assim, temos o aparecimento de
uma carga parcial positiva no carbono que torna-se suscetível ao
ataque de nucleófilos (Nu​-​).

Essa reação é chamada de substituição nucleofílica e pode ser


representada pelo esquema a seguir:

O ​grupo retirante é o grupo que abandona o haleto de alquila. No


caso, dos haletos, os grupos abandonadores são ​íons​, que
apresentam a seguinte ordem em relação a facilidade de remoção:

I​- ​>​ ​Br​-​ > Cl​-​ > F​-

Aumenta a facilidade de substituição

Quanto menor for o caráter básico do grupo retirante, mais fácil é a


sua substituição. Por isso o iodeto (I​-​) é o melhor grupo retirante.

Vamos ver quais são as principais substituições nucleofílicas.

● Base forte + haleto de alquila álcool + sal

O nucleófilo da reação é o grupo HO​-​.


● Sal de cianeto + haleto de alquila nitrila + sal

O nucleófilo da reação é o grupo CN​-​.

● Alcóxido de sódio + haleto de alquila éter + sal

O nucleófilo da reação é o grupo H​3​CCH​2​O​-​.

● Amônia + haleto de alquila amina primária + hidrácido

O nucleófilo da reação é a própria amônia.

Essas substituições nucleofílicas, podem ocorrer em ocorrer em dois


mecanismos. Vamos ver quais são eles?

MECANISMO SN​1​ E SN​2​ (SUBSTITUIÇÃO NUCLEOFÍLICA)

Então gás nobre, os dois mecanismos são:


- SN​1​: substituição nucleofílica bimolecular.
- ​SN​2:​ substituição nucleofílica unimolecular.
Substituição nucleofílica bimolecular (SN​2​)

Esse mecanismo apresenta somente ​uma etapa de reação, sendo,


portanto, um mecanismo muito simples.

Nessa etapa (única) o nucleófilo ataca o carbono que está ligado ao


grupo abandonador por trás, formando um estado de transição em
que a ligação ​carbono nucleófilo está parcialmente sendo formada,
e a ligação ligação ​carbono halogênio está sendo parcialmente
rompida. Assim, o grupo abandonador é liberado.

Exemplo:

Lembrando que, esse tipo de mecanismo irá ocorrer entre ​


carbonos metílicos​, c
​ arbonos primários ou ​carbonos
secundários​. No carbono terciário, o nucleófilo não consegue

atacar por trás e, portanto, nesse caso ocorrerá outro tipo


de mecanismo. Esse mecanismo é o SN​1​.
Substituição Nucleofílica Unimolecular (SN​1​)

Esse mecanismo possui ​duas etapas​.

O nucleófilo não pode se ligar ao carbono ao mesmo tempo em que o


haleto abandona a molécula, este deve sair primeiro, o que possibilita
a entrada do nucleófilo na próxima etapa.

Primeira Etapa:

Segunda Etapa:

Lembre-se que:

SN​2 significa que a velocidade da reação depende dos dois


participantes da reação. Enquanto que, na SN​1 a velocidade da
reação depende apenas de um participante.
REAÇÃO DE ELIMINAÇÃO

As reações de eliminação apresentam o inverso dos reações de


adição. Aqui, os átomos ou grupos são eliminados da estrutura.

As principais reações de eliminação são: desidrogenação,


desidralogenação e desidratação.

Desidrogenação

Nesse tipo de reação ocorre a ​eliminação de dois átomos de


hidrogênio ​(H​2​). Os hidrogênios com o auxílio de catalisadores e
aquecimento, são eliminados de átomos de carbonos vizinhos.

É através da eliminação de hidrogênio que se torna possível converter


gorduras saturadas em insaturadas, álcoois em cetonas ou aldeídos,
aminas em nitrilas. Tais reações são muito úteis em diversos ramos
da indústria.

Desidralogenação

Nesse tipo de reação ocorre a ​eliminação de átomos de halogênio


na forma de sais de halogênio.
Ocorre principalmente com haletos de alquila, que originam alcenos
quando, sob aquecimento, são tratados com soluções alcoólicas de
bases fortes.

Forma simplificada:

Gás nobre, temos que a desidralogenação de haletos de alquila


simétricos só permite a formação de u
​ m alceno​. No entanto, em
haletos assimétricos​, temos a formação de ​dois alcenos ​com
rendimentos diferentes. O alceno principal segue a regra do Químico
Russo​ ​Zaitsev​.

A ​regra Zaitsev diz que o produto principal é o alceno mais


substituído, ou seja, o que possui menor número de hidrogênios na
dupla.

Os halogênios de di-haletos também podem ser eliminados através


da utilização de um metal pulverizado, como, por exemplo, o zinco.
Devido a eletropositividade do metal, os halogênios são retirados,
pois são muito eletronegativos. Assim, ocorre a formação de um sal
do tipo ZnX​2​. O tratamento de di-haletos vicinais com Zn em pó
produz alcenos.

Os di-haletos que possuem os halogênios distantes um do outro na


molécula formam ciclos quando são tratados com zinco em pó.
Devido à tensão angular , os ciclos mais facilmente formados são os
de de cinco e seis carbonos.
DESIDRATAÇÃO DE ÁLCOOIS

A desidratação de álcoois é o último caso de eliminação que vamos


ver. Como o próprio nome diz, a desidratação dos álcoois é a perda
de água. A liberação da molécula de água ocorre devido o
aquecimento na presença de um ácido forte que atua como
catalisador.

A desidratação de álcool pode ocorrer por um mecanismo


intermolecular ou intramolecular. Isso vai depender das condições
reacionais e do tipo de álcool.

Desidratação Intramolecular

Ocorre a eliminação de uma molécula de água do interior de cada


molécula de álcool.

Ocorre a formação de um alceno. Lembrando que o alceno formado


é mais substituído, ou seja, que possui menor número de hidrogênios
no carbono da dupla.

ATENÇÃO! A temperatura na desidratação intramolecular (170°C) é


maior que na desidratação intermolecular (140°C).
DESIDRATAÇÃO
Desidratação intermolecular
INTERMOLECULAR

Ocorre a eliminação de uma molécula de água a partir de


duas moléculas de álcool, pela interação dos grupos OH,
através das ligações de hidrogênio:

Ocorre a formação de um éter.

NOX E REAÇÃO DE COMBUSTÃO

Antes de dar início as reações de oxirredução, vamos relembrar


alguns conceitos.

Nox

Os compostos orgânicos normalmente são formados por carbono e


hidrogênio, mas aparecem também com muita frequência o oxigênio e
o nitrogênio. O carbono faz um série de ligações químicas e temos que
analisar cada uma dessas ligações para descobrimos no nox do
carbono.

Lembra da fila da eletronegatividade, certo?

F O N Cl Br I S C P H
E se quisermos calcular o nox médio?

Nox Médio

Cálculo do Nox médio do carbono:

C2H3O2
2 . x + 3 . (+1) + 2 . (-2) = 0
x-2+2=0
x=0

Se não conhecermos a estrutura do composto, não é possível


determinar o Nox para cada um dos elementos, mas é possível
determinar o Nox médio a partir da fórmula molecular. Veja como isso
é feito com a fórmula molecular da própria glicose (C6H12O6):

Cálculo do Nox médio de carbono:

C6H12O6
6x + 12. (+1)+ 6 . (-2) = 0
6x + 12 -12 = 0
6x = 12 – 12
x=0

Lembre-se que:

Aumento do nox do carbono: oxidação


Diminuição do nox do carbono: redução
Reações de Combustão
Toda reação de combustão é exotérmica, ou seja, libera calor.

As reações de combustão podem ser:

Reação Incompleta

Obs: O exercício cita quando a combustão é incompleta

Reação Completa

Lembrando que, as reações de combustão não são exclusivas de


hidrocarbonetos, podendo ocorrer com uma grande variedade de
compostos. A produção de CO2 e H2O é característica de combustíveis
que apresentam, na sua composição, carbono e hidrogênio (C e H) ou
carbono, hidrogênio e oxigênio (C, H e O).

OXIDAÇÃO EM ALCENOS – ENÉRGICA E BRANDA

O elemento oxigênio geralmente é obtido a partir do permanganato de


potássio (KMnO4) em meio neutro ou ligeiramente básico, diluído e a
frio. Nessas condições, o KMnO4 é o agente oxidante, denominado
reativo de Baeyer, o qual apresenta coloração violeta.
A principal aplicação dessa reação consiste na diferenciação de alcenos e
cicloalcanos, que são isômeros de cadeia, pois apenas os alcenos sofrem
esse tipo de reação, por apresentarem ligação π em sua estrutura.

A reação entre o alqueno e o reativo de Baeyer pode ser representada


por:

Ou

A reação entre o alqueno e o reativo de Baeyer pode ser representada


por:
OZONÓLISE

Através da oxidação com o ozônio (O3), as ligações duplas dos alcenos


podem ser clivadas.

Ocorre entre um alceno e um ozônio

A reação de ozonólise ocorre em duas etapas:

1ª etapa: formação de um produto cíclico de adição denominado


ozonídeo.

2ª etapa: reduzidos diretamente por hidrólise na presença de zinco.

Obs: os ozonídeos são muito instáveis, e até explosivos.

Os principais produtos formados são: aldeídos e/ou cetonas, além da


água oxigenado (H2O2).

Simplificando temos que:

A ozonólise é uma reação com o ozônio seguida de hidrólise.

Como exemplo, um alceno genérico:


Mas qual a finalidade da utilização do zinco? É evitar que o oxigênio, que
pode ser produzido pela decomposição da água oxigenada, oxide o
aldeído a ácido carboxílico.

E como vamos saber se ocorrerá a formação de aldeídos ou de cetonas?


Isso depende da localização da dupla no alceno, veja:

- Carbono Primário: Aldeído

- Carbono Secundário: Aldeído

- Carbono Terciário: Cetona

OXIDAÇÃO E REDUÇÃO EM ÁLCOOIS

Os oxigênios atacam os hidrogênios (H) pertencentes ao carbono do grupo


OH.

Oxidação: álcool primário, secundário e terciário

Oxidação Álcool Primário


Oxidação Álcool Secundário

Oxidação Álcool Terciário

A redução é a reação inversa à oxidação e é realizada com o


gás hidrogênio (H2). Dessa maneira, os produtos obtidos na oxidação
dos álcoois podem ser usados, numa reação de redução, para
regenerar o álcool.

Redução

Redução de ácidos carboxílicos e aldeídos


Redução de uma cetona

Resumindo:

Exercícios:
Questão 03: Do butano, gás utilizado para carregar isqueiros, fazem-se
as seguintes afirmações.

I. Reage com o cloro por meio de reação de substituição.


II. É isômero de cadeia do metil-propano.
III. Apresenta, no total, treze ligações covalentes simples.

Dessas afirmações:
A) somente I está correta
B) somente II e III estão corretas.
C) somente I e II estão corretas.
D) somente I e III estão corretas.
E) I, II e III estão corretas.

Questão 03. Aula: Reação de substituição em alcanos https://

quimicaemacao.com.br/modulo/visualizar/1482920300954?

lessonId=1484845034096-5695414665740288
Questão 04: Considerando a equação química abaixo, assinale a

alternativa incorreta.

A) FeBr3 não é consumido neste processo.

B) O produto orgânico formado, uma mistura de 2-bromo-

metoxi-benzeno e 4-bromo-metoxibenzeno, é uma conseqüência

do maior efeito indutivo ativante do grupo metóxi, comparado ao

seu pequeno efeito de ressonância desativante.

C) O grupo metóxi é orto para dirigente

D) Substâncias com anéis benzênicos em suas estruturas podem

sofrer reações de substituição eletrofílica.

E) O eletrófilo da reação acima é o Br+ (formado pela interação

do catalisador FeBr3 com Br2) que substitui um hidrogênio

aromático.

Questão 04. Aula: Substituição eletrofílica em aromáticos

https://quimicaemacao.com.br/modulo/visualizar/1482920300954?

lessonId=1484845114426-5695414665740288
Questão 05: Indique, entre as alternativas abaixo, o alceno que

é obtido a partir da reação de eliminação (desidratação) do 3-

metilbutan-1-ol, cuja fórmula molecular é C5H12O.

A) 2-metilbut-3-eno.

B) 3-metilbut-2-eno.

C) 2-metilbut-2-eno.

D) 3-metilbut-1-eno.

E) 2-metilbut-1-eno

Questão 02. Aula: Desidratação de álcoois

https://quimicaemacao.com.br/modulo/

visualizar/1482920300954?

lessonId=1484845328410-5695414665740288

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