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Motores de Turbinas a Gás 1

Motores de Turbinas a Gás


Panorâmica

Princípios de Funcionamento;
Desempenho do Motor;
Admissão;
Compressores;
Seção de combustão;
Seção da Turbina;
Seção de Escape;
Rolamentos e Vedantes;
Lubrificantes e Combustíveis;

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Motores de Turbinas a Gás
Panorâmica

Motores Turbohélice;
Motores Turbo-Eixo;
Unidades Auxiliares de Potência (APU);
Grupo Motopropulsor;
Monitorização do Comportamento do Motor e Operações em
Terra;
Recolha e Inibição de Motores.

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Motores de Turbinas a Gás
Princípios de Funcionamento
Panorâmica
Energia potencial;
Energia cinética;
Leis de Newton do movimento;
Ciclo de Brayton;
Relação entre força, trabalho, potência, energia, velocidade e
aceleração;
Características de construção e funcionamento dos motores:
Turbojacto;
Turbofan;
Turboeixo;
Turbohélice.

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Motores de Turbinas a Gás
Princípios de Funcionamento
Energia Potencial

Energia potencial (simbolizado Ep) - É uma forma


de energia que está associada a um sistema onde
ocorre interação entre diferentes corpos;
É uma energia que quando está “armazenada” pode a
qualquer momento manifestar-se, sob a forma de
movimento;
É derivada de forças conservativas, cuja trajetória do
corpo não interfere no trabalho realizado pela força.

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Motores de Turbinas a Gás
Princípios de Funcionamento
Energia Cinética

Energia cinética - É a energia que está relacionada


com o estado de movimento de um corpo;
Este tipo de energia depende da massa e do módulo
da velocidade do corpo em questão;
Quanto maior o módulo da velocidade do corpo, maior
é a energia cinética. Quando o corpo está em
repouso, o módulo da velocidade é nulo, a energia
cinética é nula.

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Princípios de Funcionamento
Leis de Newton

1ª Lei de Newton - Conhecida como princípio da


inércia:
 Se a força resultante, é nula, logo a velocidade do
objecto é constante. Consequentemente:
 Se um objecto que está em repouso ficará em
repouso a não ser que uma força aja sobre ele;
 Se um objecto que está em movimento não
mudará a sua velocidade a não ser que uma força
aja sobre ele.

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Motores de Turbinas a Gás
Princípios de Funcionamento
Leis de Newton

2ª Lei de Newton - Também chamada de princípio


fundamental da dinâmica, afirma que:
 A força resultante que actua sobre um corpo é
directamente proporcional à aceleração que ele
adquire.
3ª Lei de Newton - Princípio da Ação e Reação:
 Se um corpo exerce uma força sobre outro, este
reage e exerce sobre o primeiro uma força de
intensidade e direcção iguais, mas sentido oposto.

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Princípios de Funcionamento
Ciclo de Brayton

O ciclo Brayton - É um ciclo termodinâmico no qual a adição de


calor ocorre a pressão constante;
É um processo térmico que ocorre nas turbinas a gás,
descrevendo variações de estado (pressão e temperatura) dos
gases;
Se um gás for aquecido a pressão constante, o volume (V) varia
directamente com a temperatura absoluta;
V=KT
O produto da pressão e do volume de um de gás, dividido pela
sua temperatura absoluta, é constante.

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Motores de Turbinas a Gás
Princípios de Funcionamento
Ciclo de Brayton
O ciclo é constituído por:

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Motores de Turbinas a Gás
Princípios de Funcionamento
Relação entre força, trabalho, potência, energia, velocidade e aceleração

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Motores de Turbinas a Gás
Princípios de Funcionamento
Motores Turbo jacto, Turbo fan, Turbo hélice e Turbo eixo

O princípio de funcionamento do Motor de Turbina é


de forma muito semelhante que o do Motor
Alternativo (com hélice) ;
 Ambos impulsionam a massa de ar para a
retaguarda.

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Princípios de Funcionamento
Motores Turbo jato, Turbo fan, Turbo hélice e Turbo eixo

O hélice - Desloca uma massa de ar relativamente


grande para a retaguarda a baixa velocidade.
Motor de Turbina - Acelera uma pequena massa de
ar com velocidade relativamente alta.

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Princípios de Funcionamento
Motores Turbo jato, Turbo fan, Turbo hélice e Turbo eixo

Turbo Jato - Este motor possui apenas um conjunto


(spool) turbina-compressor e apresenta uma pequena
área frontal.

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Princípios de Funcionamento
Motores Turbo jato, Turbo fan, Turbo hélice e Turbo eixo

MOTOR TURBO-FAN - É o tipo de motor de turbina


mais usado na aviação comercial;
Fundamentalmente é um turbo-hélice com as
seguintes diferenças:
 O hélice é substituído por pequenas pás (fan) que
trabalham dentro de uma conduta;
 O diâmetro externo das pás é menor que o hélice;
 A “fan” é responsável por cerca de 30 a 80 % da
força de impulso produzida pelo motor;
 Pode ter um redutor de velocidade para a “fan”.

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Princípios de Funcionamento
Motores Turbo jato, Turbo fan, Turbo hélice e Turbo eixo

Os motores turbo-fan são divididos em dois tipos:


 De baixa razão de “by-pass”.

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Princípios de Funcionamento
Motores Turbo jato, Turbo fan, Turbo hélice e Turbo eixo

 De alta razão de “by-pass”.

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Princípios de Funcionamento
Motores Turbo jato, Turbo fan, Turbo hélice e Turbo eixo

Motor turbo-hélice - O turbo-hélice é um motor muito


semelhante ao turbo-jacto;
 Produz um jacto propulsor de gases de alta velocidade, nos
vários andares da turbina;
 Movimenta o/ou compressores e o hélice através de uma
caixa redutora.

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Princípios de Funcionamento
Motores Turbo jato, Turbo fan, Turbo hélice e Turbo eixo

Motor turbo-hélice de duplo veio.

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Princípios de Funcionamento
Motores Turbo jato, Turbo fan, Turbo hélice e Turbo eixo

Motor turbo-hélice de turbina livre.

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Motores de Turbinas a Gás
Princípios de Funcionamento
Motores Turbo jato, Turbo fan, Turbo hélice e Turbo eixo

Motor turbo eixo - É muito semelhante ao turbo-


hélice.
 A extracção da potência pode dar-se por uma
ligação directa do veio à turbina;
 Ou na variante mais comum, pela utilização de
uma turbina livre;
 Esta turbina está colocada depois da turbina que
movimenta o compressor.

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Motores de Turbinas a Gás
Princípios de Funcionamento
Motores Turbo jato, Turbo fan, Turbo hélice e Turbo eixo

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Motores de Turbinas a Gás
Princípios de Funcionamento
Motores Turbo jato, Turbo fan, Turbo hélice e Turbo eixo

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Motores de Turbinas a Gás
Desempenho dos Motores
Tipos de Impulso, Potência e Rendimentos

Rendimento – É uma relação entre o trabalho e a


energia que lhe é fornecida;
Num motor de jacto o rendimento da energia
convertida é assim definido:
 A energia disponível é a quantidade de energia
calorífica que o combustível utilizado liberta;
 O trabalho útil é a potência de impulso;
 O impulso gerado pelo motor não produz trabalho
até o avião começar a mover-se, o trabalho útil,
neste caso, traduzir-se-á por velocidade de
impulso.
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Desempenho dos Motores
Tipos de Impulso, Potência e Rendimentos

Rendimento termodinâmico - É a razão entre a


potência termodinâmica do ciclo para a potência
fornecida pelo combustível.
 Situa-se próximo dos 40 %.
Rendimento térmico – É a energia calorífica obtida
na combustão que é convertida em energia cinética
através dos gases.
 Situa-se entre 25 e 30% nos actuais motores de
jacto.

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Desempenho dos Motores
Tipos de Impulso, Potência e Rendimentos

Rendimento interno – É a razão entre a potência


térmica e a potência termodinâmica, isto é, a razão
entre a energia térmica realmente obtida.
 Situa-se geralmente próximo dos 80%.
Rendimento propulsivo - A razão entre a energia
calorífica libertada e a energia propulsiva do motor
que é denominada por rendimento externo ou
rendimento propulsivo.
 Situa-se próximo dos 60% para uma dada
velocidade de voo (Vi).

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Motores de Turbinas a Gás
Desempenho dos Motores
Tipos de Impulso, Potência e Rendimentos
Potência Termodinâmica – É o conceito referente
à potência que podia ser extraída do combustível se o
motor fosse perfeito.
Potencia Térmica - É uma variação da energia
cinética da massa de ar admitida pelo motor.
 Esta é a energia disponível para gerar impulso.
Potência Propulsiva - Pode ser calculada, do ponto
de vista mecânico, como uma força que actua a uma
dada velocidade.
 É a energia que efectivamente foi transformada em
impulso.
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Motores de Turbinas a Gás
Desempenho dos Motores
Tipos de Impulso, Potência e Rendimentos

Impulso – É a força responsável pelo deslocamento


de um avião, propulsionado por um motor a reação.
O Impulso Estático - Motor instalado em banco de
ensaio ou avião parado na placa.
 Diferente do impulso desenvolvido em voo;
 Considera-se que a velocidade da massa de ar à
entrada e à saída do motor são iguais.

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Motores de Turbinas a Gás
Desempenho dos Motores
Tipos de Impulso, Potência e Rendimentos

Impulso Bruto, Negativo e Resultante - Surgem


dois tipos de forças no motor:
 Uma devido à velocidade dos gases de escape,
denominada por Impulso Bruto;
 Outra devida à velocidade de voo, chamada
Impulso Negativo;
 O impulso que actua no avião é a diferença entre
os dois e chama-se impulso Resultante ou Líquido.

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Motores de Turbinas a Gás
Desempenho dos Motores
Fatores que Afetam o Impulso

RPM`s - O impulso é proporcional às rpm`s do motor


uma vez que um aumento destas provoca um
aumento da massa de ar admitida.
Pressão atmosférica - Influencia o impulso devido à
variação que provoca na densidade do ar (variação da
massa de ar). O aumento da densidade do ar
admitido provoca um aumento de impulso e vice-
versa.
Temperatura do Ar Ambiente - A densidade do ar
varia inversamente com a temperatura.

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Motores de Turbinas a Gás
Desempenho dos Motores
Fatores que Afetam o Impulso

Velocidade de Voo - A influência no impulso de um


motor manifesta-se de duas formas:
 Perda de impulso por efeito do impulso negativo;
 Pressão de impacto (efeito de “ram”);
 O primeiro factor é compensado pelo segundo,
pressão de impacto;
 Em voo, a pressão de impacto (efeito de “ram”)
aumenta a massa de ar admitida pelo motor.

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Motores de Turbinas a Gás
Desempenho dos Motores
Fatores que Afetam o Impulso

Altitude - Com o aumento da altitude diminui a


pressão atmosférica e a temperatura:
 A acção da pressão é superior à da temperatura;
 Assim resulta numa diminuição gradual do impulso
com o aumento da altitude.

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Motores de Turbinas a Gás
Desempenho dos Motores
Fatores que Afetam o Impulso

Humidade - Este factor, à semelhança da


temperatura, pressão e altitude:
 Provoca variação na densidade do ar;
 O aumento da humidade provoca:
 Uma diminuição da densidade do ar;
 Consequentemente perda de impulso.

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Motores de Turbinas a Gás
Desempenho dos Motores
Fatores que Afetam o Impulso

Na figura pode observar-se a eficiência propulsiva dos vários


tipos de motor.

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Motores de Turbinas a Gás
Admissão
Panorâmica

Condutas de entrada de ar para o compressor;


Efeitos de várias configurações da entrada de ar;
Protecção contra o gelo.

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Motores de Turbinas a Gás
Admissão
Função

 Diminui a velocidade da massa de ar transforma


velocidade em pressão;
 Canaliza massa de ar para o compressor;
 Permite a recuperação da pressão pelo efeito “Ram”.

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Motores de Turbinas a Gás
Admissão
Configurações

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Motores de Turbinas a Gás
Admissão
Configurações

 Entrada de ar divergente - Conduta subsónica.


 Entrada convergente/divergente, conduta mista ou de
área variável – Conduta supersónica.

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Motores de Turbinas a Gás
Admissão
Configurações

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Motores de Turbinas a Gás
Admissão
Configurações

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Motores de Turbinas a Gás
Admissão
Configurações

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Motores de Turbinas a Gás
Admissão
Proteção contra o Gêlo

 Existe dois tipos de protecções contra o gelo:


 Através do fornecimento de ar quente (Hot Air
System);
 Através de resistências eléctricas (Electrical
System).

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Motores de Turbinas a Gás
Admissão
Proteção contra o Gêlo

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Motores de Turbinas a Gás
Admissão
Proteção contra o Gêlo

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Motores de Turbinas a Gás
Compressores
Panorâmica

Tipos:
 Axial;
 Centrífugo.
Princípios de Funcionamento;
Causas e efeitos da perda de Compressor;
Métodos de controlo do fluxo de ar.

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Motores de Turbinas a Gás
Compressores
Tipos

 Tem como função aumentar a pressão/temperatura da


massa de ar.
 Existem dois tipos de compressor:
 Centrífugo;
 Axial.

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Motores de Turbinas a Gás
Compressores
Centrífugo

 Composição:
 Colector;
 Rotor;
 Difusor.

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Motores de Turbinas a Gás
Compressores
Centrífugo

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Motores de Turbinas a Gás
Compressores
Axial

 Composição:
 Estator;
 Rotor.

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Motores de Turbinas a Gás
Compressores
Axial

STATORS & ROTORS

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Motores de Turbinas a Gás
Compressores
Axial

STATOR BLADES

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Motores de Turbinas a Gás
Compressores
Axial

COMPRESSOR BLADE STAGGER


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Motores de Turbinas a Gás
Compressores
Axial

SECURING COMPRESSOR BLADES TO DRUM


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Motores de Turbinas a Gás
Compressores
Axial

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Motores de Turbinas a Gás
Compressores
Axial

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Motores de Turbinas a Gás
Compressores
Axial e Centrifugo

 Vantagens e Desvantagens de cada tipo de


compressor tem, em relação ao outro.
 O compressor axial tem sobre o centrífugo as
seguintes vantagens:
 Maior eficiência;
 Menor área frontal;
 Menor resistência ao avanço;
 Comprime duas vezes mais ar que o compressor
centrífugo com área frontal equivalente;
 Maior taxa de compressão.
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Motores de Turbinas a Gás
Compressores
Axial e Centrifugo

 O compressor centrífugo tem como vantagens sobre o


axial:
 Maior robustez (menos vulnerável a danos);
 Maior facilidade de fabricação;
 Menor custo de fabricação;
 Maior vida útil.

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Motores de Turbinas a Gás
Compressores
Causas e Efeitos da Perda do Compressor

 Falta de continuidade na compressão da massa de ar;


 Incapacidade do motor de acelerar correctamente;
 Formação de turbilhões nas alhetas do rotor;
 Desaceleração brusca do motor/queda das r.p.m.;
 Ruído estrondoso e muito violento (stall).

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Motores de Turbinas a Gás
Compressores
Causas e Efeitos da Perda do Compressor

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Motores de Turbinas a Gás
Compressores
Causas e Efeitos da Perda do Compressor

 A deterioração progressiva da situação irá causar uma


quebra completa no fluxo de ar através do motor, o
chamado Surge.
 Nos casos mais graves poderá:
 Causar uma inversão instantânea nos gases do
motor;
 O ar a ser expelido através da entrada de ar com
um bang estrondoso.

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Motores de Turbinas a Gás
Compressores
Causas e Efeitos da Perda do Compressor

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Motores de Turbinas a Gás
Compressores
Dispositivos que evitam a perda do Compressor
Palhetas guias de entrada de ar variáveis (V.I.G.Vs
Variable Inlet Guide Vanes);
Palhetas fixas variáveis. ( V.S.Vs Variable Stator
Vanes);
Válvulas de alivio. (Bleed Valves);
Válvulas de alivio variáveis. (V.B.Vs)
Compressores axiais múltiplos (Multi-spool
Compressors);

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Motores de Turbinas a Gás
Compressores
Dispositivos que evitam a perda do Compressor

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Motores de Turbinas a Gás
Compressores
Dispositivos que evitam a perda do Compressor

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Motores de Turbinas a Gás
Compressores
Dispositivos que evitam a perda do Compressor

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Motores de Turbinas a Gás
Compressores
Difusor
Difusor - Permite aumentar a pressão da massa de
ar e reduzir a velocidade, pela sua forma divergente:
 Nesta secção o ar é desacelerado de uns 50 a 120
m/s para 10 a 20m/s a fim de entrar nas câmaras
de combustão a baixa velocidade;
 A energia cinética do ar é convertida em energia
de pressão sem dispêndio de energia;
 É na secção difusora que o ar é purgado para os
diversos sistemas. (Pressurização, ar condicionado,
etc.).

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Motores de Turbinas a Gás
Compressores
Difusor

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Motores de Turbinas a Gás
Seção de Combustão
Panorâmica

Princípios de funcionamento.
Soluções Construtivas.
Injectores.

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Motores de Turbinas a Gás
Seção de Combustão
Princípios de Funcionamento
A câmara de combustão tem a finalidade:
 Queimar a mistura de ar/combustível a pressão constante,
para que a turbina receba uma expansão de gases uniforme.
 Para tal deve proporcionar:
 Estabilidade no processo da combustão;
 Uniformidade da mistura para evitar zonas de
concentração de alta temperatura;
 Possibilidade de reacender em qualquer condição de voo;
 Facilidade no processo de manutenção.

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Motores de Turbinas a Gás
Seção de Combustão
Princípios de Funcionamento

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Motores de Turbinas a Gás
Seção de Combustão
Princípios de Funcionamento

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Motores de Turbinas a Gás
Seção de Combustão
Princípios de Funcionamento

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Motores de Turbinas a Gás
Seção de Combustão
Caraterísticas de Construção

A câmara de combustão é constituída por dois


invólucros concêntricos:
 O invólucro interior é denominado tubo de chama;
 O invólucro exterior envolve o invólucro interior,
onde passa o ar secundário para arrefecimento da
câmara.

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Motores de Turbinas a Gás
Seção de Combustão
Caraterísticas de Construção

Os tipos de liga mais utilizados na sua construção


actualmente são:
 Liga “nimonic” 75, cuja base é de níquel (75%),
crómio, titânio, alumínio e cobalto;
 Liga “discaloy”, aço inoxidável com a adição de
molibdénio, volfrâmio e titânio;
 Liga “nimoplay”, composto de da liga “nimonic” 75
com o cobre.

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Motores de Turbinas a Gás
Seção de Combustão
Caraterísticas de Construção

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Motores de Turbinas a Gás
Seção de Combustão
Caraterísticas de Construção

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Motores de Turbinas a Gás
Seção de Combustão
Caraterísticas de Construção

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Motores de Turbinas a Gás
Seção de Combustão
Caraterísticas de Construção

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Motores de Turbinas a Gás
Seção de Combustão
Caraterísticas de Construção

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Motores de Turbinas a Gás
Seção de Combustão
Caraterísticas de Construção

DUEL DOME COMBUSTION SYSTEM

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Motores de Turbinas a Gás
Seção de Combustão
Caraterísticas de Construção

REVERSE FLOW COMBUSTION SYSTEM


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Motores de Turbinas a Gás
Seção de Combustão
Vantagens da Câmara Anelar
As principais vantagens deste tipo de câmara são:
 Para a mesma potência de saída o seu
comprimento é 75% menor que as câmaras tubo
anulares;
 Não existem problemas de propagação da chama;
 Tem uma menor área de revestimento
(necessidade de menor quantidade de ar para
arrefecimento);
 Proporciona uma combustão mais eficiente e
melhor distribuição de pressão dos gases na
turbina.
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Motores de Turbinas a Gás
Seção de Combustão
Injectores

Os injectores de combustível têm a função:


 Vaporizar o combustível para que seja totalmente
queimado na câmara de combustão;
 A vaporização é tanto mais fácil quanto maior for a
pressão no sistema de combustível;
 Por esta razão, a vaporização é mais difícil a baixa
rotação do motor.

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Motores de Turbinas a Gás
Seção de Combustão
Injectores

Existem dois tipos de injectores:


 Os do tipo atomizador (“air spray system” e
“duplex system”);
 Os do tipo vaporizador (tubo vaporizado).

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Motores de Turbinas a Gás
Seção de Combustão
Injetores

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Motores de Turbinas a Gás
Seção de Combustão
Injectores

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Motores de Turbinas a Gás
Seção de Combustão
Injectores

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Motores de Turbinas a Gás
Seção de Combustão
Injectores

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Motores de Turbinas a Gás
Seção da Turbina
Panorâmica

Funcionamento e características de diferentes tipos


de pás de turbina;
Fixação da pá ao disco;
Lâminas de guia da tubeira de escape;
Causas e efeitos da pressão e deformação das pás
de turbina.

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Motores de Turbinas a Gás
Seção da Turbina
Funcionamento e Características

A finalidade da turbina é:
 Extrair energia dos gases que passam através dela
(energia cinética) e converte-la em energia
mecânica;
 Accionar o compressor, caixas de acessórios
dependendo do tipo do motor, outros órgãos como
hélices e rotores.

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Motores de Turbinas a Gás
Seção da Turbina
Funcionamento e Características

Um andar de turbina é constituído:


 Por um conjunto de pás fixas (“nozzle guide
vanes”) seguido por um conjunto de pás rotoras;
 Cada conjunto constitui uma turbina, podendo
existir, de acordo com o tipo de motor, uma, ou
várias turbinas (“Multi-Spool Engines”).
A turbina está sujeita a grandes esforços provocados:
 Pela elevada velocidade de rotação;
 Pela elevada temperatura e grande velocidade dos
gases.

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Motores de Turbinas a Gás
Seção da Turbina
Funcionamento e Características

 As pás da turbina dos primeiros motores de reação eram


manufaturadas em aço;
 Estes motores estavam sujeitos a limites severos de temperatura
(cerca de 800 º C) e de potência.
 Com os avanços tecnológicos começaram a ser fabricadas pás
em:
 Ligas de níquel;
 Super-ligas (mistura de diferentes materiais como crómio,
cobalto, níquel, titânio, tungsténio, carbono, etc.). Com
temperaturas acerca de 1100 º C ou 1425 º C se forem
arrefecidas interiormente.

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Motores de Turbinas a Gás
Seção da Turbina
Funcionamento e Características

 A tecnologia mais recente a manufactura das pás é de


cristal simples (formadas por um único grão);
 As super-ligas são prensadas no estado sólido
formando um cristal simples de grande resistência;
 São eliminados possíveis pontos de corrosão;
 São revestidas com um “plasma spray”.

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Motores de Turbinas a Gás
Seção da Turbina
Tipo de Pá da Turbina

As turbinas são classificadas em função do tipo das


suas pás rotoras. Podem ser:
 De Impulso;
 De reacção;
 De impulso/reacção.

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Motores de Turbinas a Gás
Seção da Turbina
Tipo de Pá da Turbina

Turbina de Impulso

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Motores de Turbinas a Gás
Seção da Turbina
Tipo de Pá da Turbina

 Turbina de Reacção

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Motores de Turbinas a Gás
Seção da Turbina
Tipo de Pá da Turbina
Turbina de Impulso/Reacção

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Motores de Turbinas a Gás
Seção da Turbina
Fixação das Pás da Turbina

 O processo utilizado é:
 O denominado “fir tree” que proporciona uma
ligeira folga da raiz da pá quando não existe
rotação;
 Em rotação, a força centrífuga provoca a fixação
das pás.

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Motores de Turbinas a Gás
Seção da Turbina
Fixação das Pás da Turbina

Fixação das pás da turbina

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Motores de Turbinas a Gás
Seção da Turbina
Fixação das Pás da Turbina

TURBINE DISC
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Motores de Turbinas a Gás
Seção da Turbina
Arrefecimento das Pás da Turbina

Refrigeração dos componentes internos por sangria de ar do compressor

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Motores de Turbinas a Gás
Seção da Turbina
Arrefecimento das Pás da Turbina

Processos de refrigeração das pás da turbina


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Motores de Turbinas a Gás
Seção da Turbina
Arrefecimento das Pás da Turbina

Pormenor dos pontos de saída do ar de refrigeração

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Motores de Turbinas a Gás
Seção da Turbina
Causas e efeitos da pressão e da deformação das pás

A turbina está sujeita a grandes esforços


termodinâmicos provocados:
 Pela elevada velocidade de rotação;
 Pela elevada temperatura e pressão dos gases
têm:
 A provocar o alongamento das pás e a provocar
deformações permanentes;
 Por estas razões, as pás da turbina têm
normalmente estabelecido um limite de vida ou
um potencial de trabalho.

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Motores de Turbinas a Gás
Seção da Turbina
Causas e efeitos da pressão e da deformação das pás

Danos provocados nas pás da turbina por


excesso de temperatura
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Motores de Turbinas a Gás
Seção da Turbina
Causas e efeitos da pressão e da deformação das pás

Danos provocados nas pás da turbina por


excesso de temperatura
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Motores de Turbinas a Gás
Saída de Escape
Panorâmica

Soluções Construtivas e Princípios de Funcionamento;


Tubeiras Convergentes;
Divergentes;
Área Variável;
Supressores de Ruído;
Inversores de Impulso.

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Motores de Turbinas a Gás
Saída de Escape
Características de construção e Princípios de Funcionamento

Tubeira de Escape - Conduta em aço de alta


resistência.
 Forma cónica ou cilíndrica e inclui um cone (tail
cone) e escoras que dão resistência à conduta;
 Tail cone e escoras direccionais, impõem ao caudal
de gases um fluxo axial ao longo da conduta.

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Motores de Turbinas a Gás
Saída de Escape
Características de construção e Princípios de Funcionamento

 Recebe os gases vindos da turbina aumentando a sua


velocidade ao longo da conduta e diminuindo assim a
pressão;
 A actuação dos gases na conduta de escape
dependem principalmente das condições da massa de
ar na conduta da admissão ar do motor.

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Motores de Turbinas a Gás
Saída de Escape
Características de construção e Princípios de Funcionamento

116
Motores de Turbinas a Gás
Saída de Escape
Tubeiras Convergentes

Convergente – A velocidade dos gases é subsónica,


mas aumenta ao longo do cone podendo atingir, na
saída, a velocidade do som;
 Quando a velocidade dos gases de escape é
sónica, diz-se que o bocal de saída está
bloqueado, devido às ondas de choque;
 O tamanho do bocal propulsor é muito importante
para se obter o correcto balanceamento entre
pressão, temperatura e impulso.

117
Motores de Turbinas a Gás
Saída de Escape
Tubeiras Convergentes

118
Motores de Turbinas a Gás
Saída de Escape
Tubeiras Convergentes-Divergentes

Forma de difusor:
 Divide-se em duas partes principais:
 Convergente; Velocidade sub-sónica;
 Área do difusor onde há a transição da velocidade sub-sónica
para velocidade super-sónica;
 Divergente; velocidade super-sónica;
 A reacção ao aumento de velocidade na zona divergente é
uma força de pressão que actua na parte interior da tubeira;
 Esta força que actua paralelamente ao eixo longitudinal
produz um aumento de impulso adicional.

119
Motores de Turbinas a Gás
Saída de Escape
Tubeiras Convergentes-Divergentes

120
Motores de Turbinas a Gás
Saída de Escape
Área Variável

Área variável:
 É a mais eficaz;
 Pode trabalhar em qualquer tipo de regime do
motor ( Velocidade, pressão e temperatura);
 Utilizada em motores com pós-combustão (After
Burner).
Comando:
 Laminas de alta resistência à temperatura,
comandadas por actuadores pneumáticos ou
hidráulicos.

121
Motores de Turbinas a Gás
Saída de Escape
Área Variável

122
123
Motores de Turbinas a Gás
Saída de Escape
Supressores de Ruído

São dispositivos para tornarem os motores mais


silenciosos.
 Os meios mais utilizados são:
 Utilização de materiais absorventes do ruído na
conduta da entrada de ar;
 Condutas de by-pass.

124
Motores de Turbinas a Gás
Saída de Escape
Supressores de Ruído

 No sistema de escape:
 Utilização de unidades de mistura de fluxos
internos;
 Utilização de cones de escape tipo tubular.

125
Motores de Turbinas a Gás
Saída de Escape
Supressores de Ruído

126
Motores de Turbinas a Gás
Saída de Escape
Supressores de Ruído

127
Motores de Turbinas a Gás
Saída de Escape
Inversores de Impulso

Inversores de Impulso - Auxiliam nas travagens os


aviões, após as aterragens.
 Dispositivos que se situam ao longo do motor
(internamente) e na parte final da tubeira de
escape (externamente).
 Placas de liga leve resistentes a altas temperaturas
normalmente comandadas por actuadores
pneumáticos e hidráulicos.

128
Motores de Turbinas a Gás
Saída de Escape
Inversores de Impulso

129
Motores de Turbinas a Gás
Saída de Escape
Inversores de Impulso

130
Motores de Turbinas a Gás
Saída de Escape
Inversores de Impulso

131
Motores de Turbinas a Gás
Saída de Escape
Inversores de Impulso

132
Motores de Turbinas a Gás
Saída de Escape
Inversores de Impulso

133
134
Motores de Turbinas a Gás
Rolamentos e Vedantes
Panorâmica

Características de construção;
Princípios de funcionamento.

135
Motores de Turbinas a Gás
Rolamentos e Vedantes
Características de Construção

Limitar ao máximo, as perdas de energia em


consequência do atrito.
São geralmente constituídos por :
 Dois anéis concêntricos, entre os quais são
colocados elementos rolantes:
 Esferas;

 Roletes;

 Agulhas.

136
Motores de Turbinas a Gás
Rolamentos e Vedantes
Características de Construção

137
Motores de Turbinas a Gás
Rolamentos e Vedantes
Características de Construção

Projectados de acordo com as forças que eles


suportam, podem ser: (3)
 Radiais;
 Axiais;
 Mistos.

138
Motores de Turbinas a Gás
Rolamentos e Vedantes
Características de Construção

Radiais;
 Não suportam cargas axiais;
 Impedem o deslocamento no sentido transversal
ao eixo.

139
Motores de Turbinas a Gás
Rolamentos e Vedantes
Características de Construção

Axiais
 Não podem ser submetidos a cargas radiais;

 Impedem o deslocamento no sentido axial, isto

é, longitudinal ao eixo.

140
Motores de Turbinas a Gás
Rolamentos e Vedantes
Características de Construção

Mistas
 Suportam tanto carga radial como axial;

 Impedem o deslocamento tanto no sentido

transversal quanto no axial.

141
142
Motores de Turbinas a Gás
Combustíveis e Lubrificantes
Panorâmica

Propriedades e especificações;
Aditivos de combustível;
Medidas de segurança.

143
Motores de Turbinas a Gás
Lubrificantes e Combustíveis
Propriedades e especificações

Origem no petróleo.
 Obtido por processo de destilação;
 No início ainda utilizou-se a gasolina;
 Era muito volátil e provocava muita corrosão na
turbina;
 A primeira especificação Britânica do combustível
para motores a reacção foi o kerosene;
 A primeira especificação Americana do combustível
para motores a reacção foi o ( Jet-Propulsor) JP-I
emitida em 1944 e em 1950 teve uma nova
especificação MIL-J-5616.

144
Motores de Turbinas a Gás
Lubrificantes e Combustíveis
Propriedades e especificações

 JP-2 e JP-3 - Foram desenvolvidos durante a Segunda


Guerra Mundial;
 JP-2 – Era mais fácil de produzir do que o JP-1;
 Tinha um ponto de congelação mais elevado, mas
nunca foi amplamente utilizado;
 JP-3 – Era ainda mais volátil do que a JP-2;
 Destinava-se a melhorar a produção, mas a sua
volatilidade conduziu a uma elevada perda por
evaporação em serviço.

145
Motores de Turbinas a Gás
Lubrificantes e Combustíveis
Propriedades e especificações

 JP-4 - era uma mistura de 50-50 querosene, gasolina;


 Tinha ponto de inflamação inferior a JP-1, mas foi
preferido devido à sua maior disponibilidade;
 Foi o principal combustível de aviação entre 1951 e
1995.

146
Motores de Turbinas a Gás
Lubrificantes e Combustíveis
Propriedades e especificações

 JP-5 - É um querosene amarelo, combustível


desenvolvido em 1952;
 Para uso em aviões estacionados a bordo de porta-
aviões, onde o risco de incêndio é particularmente
grande;
 JP-5 - É uma mistura complexa de
hidrocarbonetos, contendo alcanos, naftalenos, e
os hidrocarbonetos aromáticos e tem um elevado
ponto de inflamação (min. 60 ° C ou 140 ° F).

147
Motores de Turbinas a Gás
Lubrificantes e Combustíveis
Propriedades e especificações

 JP-6 - É um combustível desenvolvido para o


motor a jato General Electric YJ93 do XB-70,
aviões supersônicos.;
 JP-6 era similar ao JP-5, mas com um ponto de
congelamento mais baixo e estabilidade oxidativa
térmica melhorada;
 O programa de XB-70 foi cancelado, a
especificação JP-6, também foi cancelada.

148
Motores de Turbinas a Gás
Lubrificantes e Combustíveis
Propriedades e especificações

JP-7 - Foi desenvolvido para os motores turbo / ramjet


Pratt & Whitney J58 do SR-71 Blackbird;
 Tinha um alto ponto de inflamação para lidar
melhor com o calor e o voo supersônico de alta
velocidade.
JP-8 - É um combustível à base de querosene, deverá
manter-se em uso pelo menos até 2025;
 Jet A-1 é semelhante ao JP-8;
 São classificados como querosene ou do tipo de
nafta.

149
Motores de Turbinas a Gás
Lubrificantes e Combustíveis
Propriedades e especificações

!!!…….Combustível sintético……!!!
 É um esforço significativo que está em curso para
certificar Fischer-Tropsch (FT), Sintetizado
Parafínico Kerosene (SPK);
 Combustíveis sintéticos para uso nos Estados
Unidos e frotas de aviação internacional.
Combustíveis de jato sintéticos mostram uma redução
na concentração de poluentes, tais como SOx, NOx,
partículas em suspensão, e as emissões de
hidrocarbonetos.

150
Motores de Turbinas a Gás
Lubrificantes e Combustíveis
Propriedades e especificações

Propriedades Básicas dos Combustíveis


Físicas:
 A volatilidade;
 Grau de atomização;
 Viscosidade.
Químicas:
 Estabilidade;
 Acção corrosiva;
 Formação de resíduos.

151
Motores de Turbinas a Gás
Lubrificantes e Combustíveis
Propriedades e especificações

Aditivos de Combustível
Todos os combustíveis contêm alguns aditivos:
 Antioxidantes, produzidos a partir de fenóis
(função orgânica) alcalinos que impedem que o
combustível “cole”;
 Agentes anti estáticos, para dissipar a electricidade
estática e prevenir faíscas;
 Inibidores de corrosão;
 Inibidor de congelamento de combustível.

152
Motores de Turbinas a Gás
Lubrificantes e Combustíveis
Propriedades e especificações

Lubrificantes
Função – Melhorar o rendimento mecânico ( o atrito
)evitando temperaturas altas localizadas e reduzindo o
desgaste das peças.
Origem:
 Mineral – Petróleo;
 Vegetal – Plantas,
 Animal – Sebo – Gordura;
 Sintético – Produtos Betuminosos (betume + cré).

153
Motores de Turbinas a Gás
Lubrificantes e Combustíveis
Propriedades e especificações

Propriedades dos lubrificantes:


 Boas características de antifricção;
 Pouca variação da viscosidade com a temperatura;
 Manter boa fluidez a baixas temperaturas;
 Boa capacidade de refrigeração;
 Resistência à oxidação;
 Não ter propriedades corrosivas, nem formar
depósitos.

154
155
Motores de Turbinas a Gás
Motores Turbo Hélice
Panorâmica

Turbinas a gás livres e acopladas a caixa de


engrenagem;
Caixas redutoras;
Comandos integrados de motor e hélice;
Dispositivos de segurança contra sobre velocidade.

156
Motores de Turbinas a Gás
Motores Turbo Hélice
Turbinas livres ou acopladas à gear box

Existe dois tipos de motores turbo-hélice:

 De veio único;
 De Turbina livre.

157
Motores de Turbinas a Gás
Motores Turbo Hélice
Turbinas livres ou acopladas à gear box

Diagrama esquemático de um motor turbo-hélice de


veio comum

158
Motores de Turbinas a Gás
Motores Turbo Hélice
Turbinas livres ou acopladas à gear box

 Na imagem anterior, temos o eixo da


turbina/compressor ligado directamente à caixa
redutora;
 A relação do motor 41730 RPM está para uma relação
de 1591 RPM;
 A caixa redutora reduz a rotação de 26:1

159
Motores de Turbinas a Gás
Motores Turbo Hélice
Turbinas livres ou acopladas à gear box

160
Motores de Turbinas a Gás
Motores Turbo Hélice
Turbinas livres ou acopladas à gear box

Turbo-hélice de turbina livre.


 A turbina livre está acoplada à caixa redutora;
 A turbina/compressor rodam a uma rotação
diferente da turbina livre;
 Para uma rotação máxima de 38000RPM do motor,
temos uma rotação do hélice de 2000RPM;
 A turbina livre é actuada pelos gases quentes do
motor.

161
Motores de Turbinas a Gás
Motores Turbo Hélice
Turbinas livres ou acopladas à gear box

Diagrama esquemático de um motor turbo-


hélice com turbina livre

162
Motores de Turbinas a Gás
Motores Turbo Hélice
Caixas redutoras

Caixas Redutoras.

 Existe dois tipos de carretos utilizados:

 Carretos normais;
 Carreto epiciclo (planetário).

163
Motores de Turbinas a Gás
Motores Turbo Hélice
Caixas redutoras

 Os carretos normais têm a vantagem:

 Serem mecanicamente simples;


 Serem baratos na manufactura.

164
Motores de Turbinas a Gás
Motores Turbo Hélice
Caixas redutoras

 Os carretos epicíclicos são compostos:

 Por um carreto principal que movem dois ou mais


carretos planetários, que são obrigados a rodar
dentro de um anel dentado;
 Pode oferecer uma quantidade diferente de
reduções, sem ter que usar muitos carretos.

165
Motores de Turbinas a Gás
Motores Turbo Hélice
Caixas redutoras

166
Motores de Turbinas a Gás
Motores Turbo Hélice
Caixas redutoras

167
Motores de Turbinas a Gás
Motores Turbo Hélice
Comandos interligados

 No motor turbo-hélice:

 O controlo de combustível está ligado ao regulador


de passo;
 Ambos trabalham em coordenação;
 A manete de potência envia um sinal para o
controlo de combustível;
 O controlo de combustível e o regulador de passo
estabelecem a rotação do motor;
 O fuel flow, ajusta a potência desejada para o
ângulo de ataque do hélice.

168
Motores de Turbinas a Gás
Motores Turbo Hélice
Comandos interligados

 Incluem uma Condition Lever:


 Seleciona as RPM para terra (feather/fuel off e low
for taxi);
 Condição para voo (high for take-off e cruise);
 Uma vez ajustada apenas é necessário efectuar
novo ajusto quando as condições de voo
mudarem.

169
Motores de Turbinas a Gás
Motores Turbo Hélice
Comandos interligados

170
Motores de Turbinas a Gás
Motores Turbo Hélice
Comandos interligados

 Existem dois modos de operação para os Turbo


Hélice:
 Alpha Range – Modo operacional de voo incluindo
todas operações na gama de voo desde a
descolagem à aterragem (flight fine pitch to
feather);
 Beta Range – Modo operacional do motor em
terra em que a alavanca de controlo varia o ângulo
das pás entre o ground fine pitch e o reverse
thrust (actuação hidromecânica).

171
Motores de Turbinas a Gás
Motores Turbo Hélice
Comandos interligados

172
Motores de Turbinas a Gás
Motores Turbo Hélice
Comandos interligados

173
Motores de Turbinas a Gás
Motores Turbo Hélice
Comandos interligados

Bandeira

Beta Range Alpha Range

Passo Máximo

Reverse
Plano de Passo Mínimo Voo
Rotação
174
Motores de Turbinas a Gás
Motores Turbo Hélice
Comandos interligados

Comandos do Motor

 Alavanca de Potência
 Alavanca de Regime

175
Motores de Turbinas a Gás
Motores Turbo Hélice
Comandos interligados

176
Motores de Turbinas a Gás
Motores Turbo Hélice
Dispositivos contra a sobrevelocidade

 Devido ao diametro das pás, a sobrevelocidade do


hélice é crítica;

 Pode conduzir a fissuras nas pás, perda e defeitos no


cubo. A sobrevelocidade é um dos piores cenários que
pode acontecer a um hélice.

177
Motores de Turbinas a Gás
Motores Turbo Hélice
Dispositivos contra a sobrevelocidade

 Pitch Lock - Tem como função proteger


automaticamente e mecanicamente o conjunto
Hélice/Motor;
 Para situações de sobre velocidade ou por falha de
pressão de óleo, evitando a diminuição de passo.

178
Motores de Turbinas a Gás
Motores Turbo Hélice
Dispositivos contra a sobrevelocidade

179
180
Motores de Turbinas a Gás
Motores Turbo Eixo
Panorâmica

Configurações;
Sistema de propulsão;
Caixas redutoras, acoplamentos;
Sistemas de controlo.
Motores de Turbinas a Gás
Motores Turbo Eixo
Configurações

Motor turbo eixo - é muito semelhante ao turbo-


hélice.
 A extracção da potência pode dar-se por uma
ligação directa do veio à turbina;
 Ou na variante mais comum, pela utilização de
uma turbina livre;
 Esta turbina está colocada depois da turbina que
movimenta o compressor.
Motores de Turbinas a Gás
Motores Turbo Eixo
Configurações

183
Motores de Turbinas a Gás
Motores Turbo Eixo
Caixas redutoras, acoplamentos

 Embraiagem Sprag - É uma embraiagem de roda


livre.
 Assemelha a um rolamento de rolos, em vez de rolos
cilíndricos;
 Têm elementos de bloqueio assimétricos;
 Quando é aplicado um binário, os rolos inclinam
ligeiramente, produzindo uma ligação devido ao contacto e à
fricção;
 No caso de autorotação, os rolos inclinam-se e deixa de
haver ligação entre os dois movimentos.

184
Motores de Turbinas a Gás
Motores Turbo Eixo
Caixas redutoras, acoplamentos

185
Motores de Turbinas a Gás
Motores Turbo Eixo
Caixas redutoras, acoplamentos

THE TURBOMECA MTR390

186
Motores de Turbinas a Gás
Motores Turbo Eixo
Caixas redutoras, acoplamentos

THE TURBOMECA TM333

187
Motores de Turbinas a Gás
Motores Turbo Eixo
Caixas redutoras, acoplamentos

188
Motores de Turbinas a Gás
Motores Turbo Eixo
Sistemas de controlo

189
Motores de Turbinas a Gás
Motores Turbo Eixo
Sistemas de contrlo

190
Motores de Turbinas a Gás
Motores Turbo Eixo
Sistemas de contrlo

191
Motores de Turbinas a Gás
Motores Turbo Eixo
Sistemas de contrlo

192
193
Motores de Turbinas a Gás
Unidade Auxiliar de Potência
Panorâmica

Finalidade;
Funcionamento;
Sistemas de proteção.

194
Motores de Turbinas a Gás
Unidade Auxiliar de Potência
Finalidade

 O APU (Auxiliary Power Unit) instalado nas aeronaves


serve:
 Para alimentar os sistemas eléctricos,
pneumáticos, enquanto a aeronave permanece no
chão;
 Em operação, o gerador acoplado ao motor
fornece energia eléctrica a variados sistemas.

195
Motores de Turbinas a Gás
Unidade Auxiliar de Potência
Funcionamento

 O arranque é através de um Motor Eléctrico (Starter)


alimentado pelas baterias;
 Sequência generalizada de arranque:
 Abertura da válvula de combustível;
 Abertura das portas de entrada de ar;
 Teste de arranque;
 O motor de arranque ligado.

196
Motores de Turbinas a Gás
Unidade Auxiliar de Potência
Funcionamento

 De 3-10% RPM, ignição ligada, válvulas de


combustível abertas;
 A 50% RPM, motor de arranque desligado;
 A 95% RPM, ignição desligada. Sistemas eléctricos e e
pneumáticos ligados;
 100%RPM – APU em funcionamento normal.

197
Motores de Turbinas a Gás
Unidade Auxiliar de Potência
Funcionamento

 Têm que trabalhar a uma velocidade constante, para


manter a frequência do fornecimento eléctrico
constante;
 A ECB (Electronic Box Control) faz a gestão de
combustível para manter a rotação constante;
 O fornecimento de ar pela Bleed Air, pode ser feito:
o Por um andar do compressor;
o Por um compressor individual representado na
figura seguinte.

198
Motores de Turbinas a Gás
Unidade Auxiliar de Potência
Funcionamento

199
Motores de Turbinas a Gás
Unidade Auxiliar de Potência
Funcionamento

200
Motores de Turbinas a Gás
Unidade Auxiliar de Potência
Sistemas de Controlo

 Operação em voo:
 O APU pode ser operado no ar e é a fonte de
energia para os vários sistemas em caso de falha
de um motor;
 Deve ser capaz de arrancar em voo e continuar a
operar em carga mesmo a grandes altitudes.
 Controlo e operação do APU:
 As indicações de operação e arranque do APU são
menores que as de um motor da aeronave.

201
Motores de Turbinas a Gás
Unidade Auxiliar de Potência
Sistemas de Controlo

 Tal como um motor a potência é menor a grandes


altitudes onde a densidade do ar é reduzida;
 Trata-se de um sistema automático em que os
controlos consistem basicamente em:
 Um interruptor de arranque (PWR ON);
 Um interruptor normal de paragem (NORM
STOP);
 Um corte manual de emergência e extinção de
fogo.

202
Motores de Turbinas a Gás
Unidade Auxiliar de Potência
Sistemas de Controlo

203
Motores de Turbinas a Gás
Unidade Auxiliar de Potência
Sistemas de Controlo

204
Motores de Turbinas a Gás
Unidade Auxiliar de Potência
Sistema de Lubrificação

205
206
Motores de Turbinas a Gás
Grupo motopropulsor
Panorâmica

Configuração de paredes corta-fogo;


Capotas;
Painéis acústicos;
Berços de motor; apoios antivibração;
Tubagens, sistemas de alimentação, conectores;
Tubos de suporte de cabos, cabos de controlo e
tirantes;
Pontos de elevação;
Sistema de drenagem.

207
Motores de Turbinas a Gás
Grupo motopropulsor
Componentes/Chapa corta-fogo

 O motor fornece energia uma variedade de sistemas


da aeronave;
 As temperaturas muito altas, determinam as partes
vulneráveis da estrutura da aeronave;
 Têm de ser protegida de fluídos potencialmente
inflamáveis;
 Os sistemas têm de serem protegidos do calor.

208
Motores de Turbinas a Gás
Grupo motopropulsor
Componentes/Chapa corta-fogo

 Os motores são divididos por duas partes:


 Parte fria – Compressores, sistema de combustível,
hidráulico, de óleo, etc.
 Parte quente – Câmaras de combustão, tubeiras de
escape.
 Esta divisão e feita pela chapa corta-fogo
normalmente é feita:
 Aço inoxidável;
 Titânio ou material termoplástico.

209
Motores de Turbinas a Gás
Grupo motopropulsor
Componentes/Chapa corta-fogo

ENGINE & PYLON – GENERAL LAYOUT

210
Motores de Turbinas a Gás
Grupo motopropulsor
Chapa corta-fogo/Carenagens

 A fim de obtermos um motor com um bom perfil


aerodinâmico, é necessário que o motor tenha uma
carenagem;
 A disposição da carenagem tem de ser feita para
verificar os níveis de óleo, manutenção de linha e
inspecções de rotina;
 As carenagens e painéis de acesso podem ser tão
pesados que será necessário assistência hidráulica ou
mecânica para as abrir.

211
Motores de Turbinas a Gás
Grupo motopropulsor
Chapa corta-fogo/Carenagens

212
Motores de Turbinas a Gás
Grupo motopropulsor
Painéis Acústicos/Carenagens

 Motores de turbina a gás podem emitir ruídos até


cerca 180 decibéis;
 A exposição prolongada acima de 100 dB causa danos
permanentes à audição;
 Os motores Turbofan vieram suavizar o ruído
provocado pelos motores de turbina de gás;
 Como o fluxo primário de ar quente é a maior fonte de
ruído, o fluxo secundário cria uma almofada de ar em
torno do motor e suaviza o ruído.

213
Motores de Turbinas a Gás
Grupo motopropulsor
Painéis Acústicos/Carenagens

HAND PUMP CONNECTED

214
Motores de Turbinas a Gás
Grupo motopropulsor
Chapa corta-fogo/Carenagens

215
Motores de Turbinas a Gás
Grupo motopropulsor
Painéis Acústicos/Carenagens

 A utilização de painéis acústicos em pontos


estratégicos, particularmente em torno da fan;
 A utilização de supressores de ruído junto às tubeiras
de escape permite a diminuição do ruído;
 O pessoal técnico deve sempre usar protectores
auriculares sempre que expostos ao barulho dos
motores em marcha.

216
Motores de Turbinas a Gás
Grupo motopropulsor
Painéis Acústicos/Carenagens

ENGINE PANELS 217


Motores de Turbinas a Gás
Grupo motopropulsor
Pontos de elevação/Apoios do motor

 Os pontos de elevação estão localizados:


 Em pontos apropriados sobre a cobertura externa dos
motores;
 Para facilitar manusear os motores quando estão fora da
aeronave;
 Nos motores Turbofan, estes pontos encontram-se junto à
fan e junto às turbinas;
 É usualmente necessário equipamento apropriado para a
remoção do motor;
 Os suportes e apoios para montagem/desmontagem do
motor assim como os procedimentos são definidos pelos
fabricantes.

218
Motores de Turbinas a Gás
Grupo motopropulsor
Pontos de elevação/Apoios do motor

FORWARD ENGINE MOUNT

219
Motores de Turbinas a Gás
Grupo motopropulsor
Pontos de elevação/Apoios do motor

AFT ENGINE MOUNT

220
Motores de Turbinas a Gás
Grupo motopropulsor
Pontos de elevação/Apoios do motor

221
Motores de Turbinas a Gás
Grupo motopropulsor
Pontos de elevação/Apoios do motor

 O motor está instalado:


 Numa célula de modo que as forças desenvolvidas
pelo motor possam ser transmitidas à estrutura
principal da aeronave;
 Os apoios devem suportar o peso do grupo
motopropulsor;
 Devem resistir às forças desenvolvidas em
qualquer direcção, como resultante do voo;
 Os detalhes de construção varia conforme a
posição do motor na aeronave.

222
Motores de Turbinas a Gás
Grupo motopropulsor
Pontos de elevação/Apoios do motor

223
Motores de Turbinas a Gás
Grupo motopropulsor
Tubagens/Conectores de ligação

 Para funcionar corretamente, o motor tem que ter


ligações ao:
 Sistema de combustível, lubrificação, hidráulico,
condutas de ar para os respetivos sub-sistemas,
assim como ligações elétricas;
 As linhas que transportam os fluidos operam sob
condições diferentes de temperatura e pressão
consoante o fluido;
 Devem entregar o seu conteúdo para o ponto de
utilização sem restrição indevida ou interrupção.

224
Motores de Turbinas a Gás
Grupo motopropulsor
Tubagens/Conectores de ligação

HYDRAULIC PIPELINE INSTALLATION

225
Motores de Turbinas a Gás
Grupo motopropulsor
Tubagens/Conectores de ligação

FIRE BOTTLE SYSTEM

226
Motores de Turbinas a Gás
Grupo motopropulsor
Tubagens/Conectores de ligação

FUEL SUPPLY PIPES

227
Motores de Turbinas a Gás
Grupo motopropulsor
Tubagens/Conectores de ligação

ELECTRICAL ROUTES

228
Motores de Turbinas a Gás
Grupo motopropulsor
Tubagens/Conectores de ligação

PNEUMATIC DUCTING

229
Motores de Turbinas a Gás
Grupo motopropulsor
Conectores de ligação/Cabos de Controle e tirantes

 As ligações eléctricas são feitas através de conjuntos


de cabos ligados através de fichas de ligação;
 Para o controlo dos sistemas hidromecânicos, temos:
 Cabos tensores que podem ligar ao motor;
 Em motores de helicóptero ou aeronaves pequenas
de asa fixa:
 Podemos ter conjuntos de veios interligados e braços que
servem de actuadores.

230
Motores de Turbinas a Gás
Grupo motopropulsor
Conectores de ligação/Cabos de Controle e tirantes

A CABLE THROTTLE CONTROL SYSTEM

231
Motores de Turbinas a Gás
Grupo motopropulsor
Conectores de ligação/Cabos de Controle e tirantes

CONTROL SYSTEM SCHEMATIC

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Motores de Turbinas a Gás
Grupo motopropulsor
Sistemas de Drenagem

 O sistema de drenagem impede que os fluidos se escapem


permitindo fugas no motor;
 Os drenos são frequentemente agrupados em um ou mais locais
de drenagem;
 Alguns motores utilizaram uma caixa colectora para reunir todos
os drenos para um local central;
 Muitos sistemas estão equipados com pequenos poços ou
tanques que irá conter óleos, se houver fugas provenientes dos
componentes;
 O fluido no reservatório ou tanque pode é usado para identificar
o componente com defeito.

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Motores de Turbinas a Gás
Grupo motopropulsor
Sistemas de Drenagem

DRAIN SYSTEM SCHEMATIC

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Grupo motopropulsor
Componentes

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Motores de Turbinas a Gás
Grupo motopropulsor
Componentes

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Motores de Turbinas a Gás
Monitorização e operação do motor no solo
Panorâmica

Procedimentos de arranque e aceleração de motor no


solo;
Interpretação do regime de potência do motor e
parâmetros;
Monitorização do comportamento (incluindo controlo
do óleo, vibração e boroscópio);
Inspecção de motores e componentes a luz dos
critérios, tolerâncias e dados especificados pelo
fabricante do motor;
Lavagem/limpeza do compressor;
Danos provocados por objectos estranhos.
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Motores de Turbinas a Gás
Monitorização e operação do motor no solo
Procedimentos de arranque

O arranque do motor as principais indicações a ter em conta são:


 A temperatura dos gases de escape;
 As rpm`s do compressor de alta e de baixa pressão;
 O fluxo de combustível, a pressão de óleo e a temperatura de óleo.
O sistema de arranque deve ser capaz de levar o motor a
aproximadamente 35% do seu máximo de rpm`s.
 A ignição é ligagda a cerca de 10% das rpm´s liga-se a injecção de
combustível;
 Este ao inflamar-se dá origem a que o motor mantenha a sua
aceleração, atinja a velocidade de auto-sustentação (cerca de 30%
das rpm) e, finalmente, atinja as rpm´s correspondentes ao ralenti
(“idling speed”) que corresponde a cerca de 60% das rpm´s .

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Motores de Turbinas a Gás
Monitorização e operação do motor no solo
Parâmetros

Os parâmetros lidos por vários órgãos e sensores são


informação permanente do estado funcional do motor;
Estes instrumentos encontram-se agrupados no painel central
da cabina da aeronave e dividem-se em dois grupos:
 Instrumentos principais para o controle do impulso da
aeronave:
 o Indicador da razão da pressão do motor;
 o Indicador de RPM;
 o Indicador de temperatura dos gases de escape;
 o Indicador de débito de combustível;
 o Indicador da pressão de descarga na turbina;
 o Temperatura do ar na entrada da admissão.

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Motores de Turbinas a Gás
Monitorização e operação do motor no solo
Parâmetros

 Instrumentos auxiliares para controlo funcional:


 Controle de alimentação do combustível do motor:
o Pressão do combustível; Temperatura do
combustível;
o Indicador de combustível consumido.
 O controle do óleo de lubrificação do motor:
 Pressão do óleo;
 Temperatura do óleo;
 Indicador do óleo disponível.

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Motores de Turbinas a Gás
Monitorização e operação do motor no solo
Parâmetros

 Os testes dos motores podem ser realizados por


várias razões:
 Para tentar duplicar uma inoperacionalidade
relatada;
 Para proceder a verificações do desempenho do
motor após a mudança do motor;
 Para verificar o desempenho dos sistemas do
motor após a manutenção.

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Motores de Turbinas a Gás
Monitorização e operação do motor no solo
Parâmetros

 Antes de ligar o motor:


 Verificar se a área à frente da entrada de ar livre de objectos
soltos que possam ser ingeridos através do motor quando
está a funcionar;
 Ninguém deve se aproximar dentro de aproximadamente 20
m de uma entrada de ar quando o motor está a operar;
 Para efeitos de inspecção, deve aproximar-se do motor
através de um corredor de entrada, conforme mostrado na
ilustração a seguir.

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Motores de Turbinas a Gás
Monitorização e operação do motor no solo
Parâmetros

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Motores de Turbinas a Gás
Monitorização e operação do motor no solo
Parâmetros

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Motores de Turbinas a Gás
Monitorização e operação do motor no solo
Parâmetros

 O inversores de impulso são usados geralmente após


a aeronave aterrar durante a rolagem;
 É possível (não recomendado) para operar o inversor
de impulso em potência quando o avião está
estacionado para fins de teste;
 Quando o inversores de impulso são actuados, o ar
sopra para fora dos lados do motor na direcção da
frente da aeronave;
 Esteja ciente da área de perigo estendida na frente
dos motores, como mostrado na ilustração a seguir.

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Motores de Turbinas a Gás
Monitorização e operação do motor no solo
Parâmetros

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Motores de Turbinas a Gás
Monitorização e operação do motor no solo
Parâmetros

 As aeronaves devem ser estacionadas de uma forma segura afim


de poder realizar testes aos motores;
 Deve-se ter em atenção o procedimento no manual de
manutenção, como ex:
 Os bloqueadores dos trens estão inseridos de forma a não haver movimento
das rodas;
 As rodas estão bem calçadas;
 Não há ferramentas, materiais ou objectos indesejados na entrada de ar;
 Ter um extintor adequado ou um carro de bombeiros (mais aconselhável);
 A área de cada lado e à frente do motor está limpa;
 O técnicos não devm usar objectos soltos como chapéus, óculos, etc;
 O técnico no exterior tem a responsabilidade de supervisionar a área ao
redor da aeronave e dar ordens, para iniciar o motor/parar ou para aumentar
a potência.

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Motores de Turbinas a Gás
Monitorização e operação do motor no solo
Parâmetros

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Motores de Turbinas a Gás
Monitorização e operação do motor no solo
Parâmetros

 A inspecção consiste:
 Às entradas de ar do motor, escape, e áreas exteriores.
 Inicialmente pela inspecção visual será:
 Fugas de combustível, de óleo e blindagens que estejam
soltas ou danificadas.
 Os Motores de turbina são construídos em módulos;
 Horas de funcionamento e os ciclos são os usados para
determinar a revisão geral ou as inspecções;
 Um ciclo operacional consiste:
 No arranque do motor, descolagem, aterragem, e desligar o
motor.
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Motores de Turbinas a Gás
Monitorização e operação do motor no solo
Parâmetros

 O programa de análise de óleo para um motor de turbina


consiste nas mesmas duas áreas usadas para os motores de
movimento alternado:
 Análise espectrométrica do óleo e uma avaliação dos
conteúdos do elemento de filtro;
 Os laboratórios utilizados para o programa de análise de óleo
devem ser aprovado pelo fabricante do motor.
 O kit fornecido pelo laboratório inclui:
o Recipientes para o óleo retirado do depósito e do filtro;
o Instruções para a colheita das amostras, e formas para
gravar os resultados dos testes;
o A amostra do óleo deve ser feita logo após o motor ter
sido parado.
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Motores de Turbinas a Gás
Monitorização e operação do motor no solo
Parâmetros

 A monitorização do motor é um sistema de:


 Comparação entre os parâmetros de desempenho
do motor com os dados originais do fabricante;
 São usados gráficos para mostrar a tendência na
mudança dos parâmetros conseguindo monitorizar
a condição do motor;
 Esta monitorização, é uma ferramenta de
manutenção que alerta para problemas que
possam ser detectados por qualquer outro método.

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Motores de Turbinas a Gás
Monitorização e operação do motor no solo
Parâmetros

 A Aquisição de Dados do Sistema da Aeronave


(ADAS)é utilizado para:
 Analisar o desempenho da tripulação, bem como
para monitorizar os sistemas da aeronave e os
motores da aeronave;
 Os técnicos da manutenção encontra-se na
posição de controlar a aeronave em voo e, se for
necessário, preparar uma acção de manutenção
antes de a aeronave chegar ao seu destino.

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Motores de Turbinas a Gás
Monitorização e operação do motor no solo
Parâmetros

 Como mencionamos antes, as inspecções aos motores de turbina são


concebidas para:
 Uma manutenção eficiente, com paragem mínima;
 Um procedimento que melhorou muito a eficiência, é:
o A inspecção ao interior do motor sem desmontá-lo;
o Inspecção com um boroscópio.
 Em caso de FOD “Foreign Object Damage”, sobreaquecimento ou
Overspeed do motor, deve ser feito:
o Uma análise exaustiva dos danos;
o Consultar os manuais do fabricante e contactar o fabricante
pela ocorrência.
 Durante a inspecção pode-se identificar danos em vários
componentes tal como representado na seguinte figura.

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Motores de Turbinas a Gás
Monitorização e operação do motor no solo
Parâmetros

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Motores de Turbinas a Gás
Monitorização e operação do motor no solo
Parâmetros

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Motores de Turbinas a Gás
Monitorização e operação do motor no solo
Lavagem/Limpeza do Compressor

 A acumulação gradual da sujidade e dos


contaminantes sobre as pás do rotor e do estator do
compressor vai alterar a forma do perfil;
 Faz, reduzir a eficiência de cada pá afectada;
 O desempenho do motor é prejudicado;
 Os contaminantes podem ser:
 Poeira das pistas, taxwys do aeroporto;
 A poluição do ar, tais como diferentes partículas,
sal ou emissões químicas da indústria.

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Motores de Turbinas a Gás
Monitorização e operação do motor no solo
Lavagem/Limpeza do Compressor

 Há dois procedimentos recomendados para limpar o


motor:
 Água pura (sem agente de limpeza) para a
recuperação a EGT do motor;
 Uma mistura de água e uma solução de limpeza
para restos orgânicos e depósitos de óleo
remoção;
 Consulte sempre o manual de manutenção de
aeronaves para o procedimento válido.

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Motores de Turbinas a Gás
Recolha e Inibição dos Motores
Inibição e recolocação dos motores e acessórios

 Motores de turbina de gás que estejam fora de serviço


para um período curto após 7 dias até um mês,
necessita de uma preservação simples (Short-term
Storage);
 Sistema de Combustível:
 As linhas de combustível e componentes devem ser
protegidas da corrosão, proveniente da água no combustível;
 A forma de inibição depende do motor, se se encontra na
aeronave ou fora da aeronave e o que está previsto no
manual de manutenção;
 As torneiras de combustível devem ser todas fechadas.

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Motores de Turbinas a Gás
Recolha e Inibição dos Motores
Inibição e recolocação dos motores e acessórios

 Sistema de Lubrificação:
 Alguns fabricantes recomendem que todos os
sistemas lubrificados devem ser drenados e os
filtros removidos, limpos e lubrificados;
 Enquanto que outros recomendam a substituição
do óleo por óleo de preservação;
 A situação de inibição deve ser feita em relação ao
manual do fabricante.

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Motores de Turbinas a Gás
Recolha e Inibição dos Motores
Inibição e recolocação dos motores e acessórios

 Tratamento exterior:
 As superfícies exteriores devem ser limpas;
 Qualquer corrosão identificada deve ser eliminada;
 As entradas de ar e a tubeira de escape deve ser
pulverizada com óleo de inibição;
 As entradas e as tubeiras de escape devem ser
tapadas com os dispositivos apropriados.

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Motores de Turbinas a Gás
Recolha e Inibição dos Motores
Inibição e recolocação dos motores e acessórios

 Preservação de tempo longo:


 Para prazos até 6 meses, além do que já foi falado,
deve-se:
o Lubrificar todos os apoios, tirantes etc;
o Pulverizar óleo de inibição em volta do motor e
escape;
o A cada 6 meses, é necessário repetir todo o
processo de preservação;
o Se o motor for removido, o motor pode ser
preservado num envelope em M.V.P.
(Maintenance Value Performance).
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Motores de Turbinas a Gás
Recolha e Inibição dos Motores
Inibição e recolocação dos motores e acessórios

 Motores não instalados:


 Todo o motor deve ser drenado em termos de
combustíveis e óleos;
 Deve ser feita uma inspecção a nível da corrosão;
 Pulverizar o motor com óleo de inibição, as
entradas de ar, escape e o resto do motor;
 Lubrificar todos os suportes, tirantes etc;
 Manter o motor dentro de um envelope M.V.P.
(Maintenance Value Performance), com controlo de
humidade.

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Motores de Turbinas a Gás
Recolha e Inibição dos Motores
Inibição e recolocação dos motores e acessórios

 O controlo de humidade pode ser efectuado com a


presença de silício que fica cor-de-rosa na presença
de humidade;
 Após um período de 3 anos, o processo deve ser
repetido;
 O motor deve ser inspeccionado periodicamente para
evitar corrosões e outro tipo de danos;
 Motores que não estejam em envelopes de vácuo,
devem ser inspeccionados de 30 em 30 dias.

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Motores de Turbinas a Gás
Recolha e Inibição dos Motores
Inibição e recolocação dos motores e acessórios

 Operação do motor após preservação:


 Os procedimentos gerais estão apresentados a
seguir, mas exige sempre a consulta dos
procedimentos do fabricante;
 Remover os dispositivos de protecção;
 Limpar o motor e eliminar as gorduras e óleo de
protecção;
 Garantir que os extintores estão operacionais.

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Motores de Turbinas a Gás
Recolha e Inibição dos Motores
Inibição e recolocação dos motores e acessórios

 Substituir os componentes que foram removidos


durante a preservação;
 Drenar o óleo de preservação, e substituir por
novo até encher o depósito;
 Operacionalizar o sistema de combustível segundo
o fabricante;
 Operacionalizar o sistema de lubrificação;
 Proceder ao arranque do motor de acordo com o
manual do fabricante.

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