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Motor Ciclo Otto

Instrutor: Ruan Schultz Riguetti.


Formação: Engenheiro Mecânico.
Conteúdo da disciplina

Tipos de motores;
Função do motor;
Funcionamento
Componentes;
Subsistemas dos motores;
Características construtivas
Ciclo termodinâmico;
Funcionamento dos componentes;
Procedimentos de inspeção e manutenção .
O que dar vida a um motor? Por que existem os motores?

• 
Motores de Combustão Externa

• Máquinas a vapor.
Motores de Combustão Interna

• Motores com Pistão:


o Ciclo Otto – Movidos a Gasolina ou Etanol
o Ciclo Diesel – Movidos a Óleo diesel
Tipos de motor de acordo com a disposição de cilindros
Componentes do motor
• Pistão;
• Cilindro;
• Biela;
O que devemos saber?
• Virabrequim;
• Cabeçote; 1. Localização dos componentes;
• Comando de válvula; 2. Para que serve?
• Bloco do motor; 3. Como funciona?
• Carter;
4. Formas de realizar a manutenção;

• Correia dentada;
• Válvulas;
• Motor de arranque;
• Volante do motor;
Componentes do motor – Componentes Fixos

• Todos esses componentes apresentam:

1. Dutos de escoamento de água;


2. Dutos de escoamento de óleo;

• Comando de válvula;
• Válvulas;
• Tuchos;
• Velas;
• Bico injetor;

• Pistões
• Óleo do Motor;
• Bielas;
• Virabrequim;
Retirar e apertar o cabeçote de um motor
Juntas do cabeçote e do cárter

A face inferior do cabeçote deve ser rigorosamente plana para que a


vedação da mistura seja a mais perfeita possível.

Elas tem as funções de vedação entre o bloco e o cabeçote, vedação de


um cilindro para o outro, vedação dos dutos de óleo e água.
Componentes do motor – Componentes Móveis Comando de válvulas

Localização do Tucho

Volante do motor

Correia dentada
Corte longitudinal do motor
Cilindros e camisa do cilindro

Os cilindros podem ser usinados diretamente no bloco do motor, ou separados. Quando são usinados no
bloco são chamados de cilindros e quando são separados são chamados de camisas.

Quando são usadas camisas elas podem ser molhadas ou secas.


Arvore de manivelas ou virabrequim
Casquilhos e composição da biela
A biela é o órgão que estabelece a conexão entre o êmbolo
e a árvore de manivelas (ADM). É um dos órgãos
responsáveis por transformar o movimento retilíneo do
êmbolo em movimento circular junto ao volante do motor.
Os Casquilhos ou bronzinas são os elementos que
estabelecem o contato, sob condições especiais, entre a
cabeça da biela e os moentes da ADM.
Anéis de segmento
Os anéis de segmento são instalados na cabeça do êmbolo, possuem forma circular e são fabricados
em ferro fundido ou aços especiais.

Os anéis cumprem as seguintes funções:

• Vedação, impedindo a saída da mistura na compressão e dos gases na combustão;


• Dissipação do calor, fazendo-o passar dos êmbolos para os cilindros e, daí, para o sistema de
arrefecimento (Transferência de calor por condução).
Volante do Motor

Este componente é preso ao flange traseiro da árvore de manivelas. Possui em sua superfície uma
cremalheira de aço, onde se engrena o pinhão impulsor do motor de partida nas primeiras rotações.

Tem as seguintes funções:


• Acoplar a embreagem;
• Dar impulso ao motor para partida;
• Compensar os tempos improdutivos do motor
Acionamento das válvulas
Ponto morto inferior (PMI) e Ponto morto superior (PMS)
Funcionamento do motor – 1º Tempo - Admissão

A válvula de escapamento está fechada e a de


admissão se abre progressivamente. O êmbolo
deslocasse de PMS (ponto morto superior) ao
PMI (ponto morto inferior), aspirando a mistura
ar/combustível.
Funcionamento do motor – 2° Tempo - Compressão

A válvula de admissão se fecha e a de


escapamento continua fechada. O êmbolo
inverte seu movimento do PMS ao PMI,
comprimindo a mistura na câmara de
combustão
Funcionamento do motor – 3° Tempo - Ignição

As válvulas continuam fechadas. A


mistura comprimida é inflamada por uma
centelha que salta da vela de ignição.
Com a queima, formam-se gases que se
expandem, impulsionando o êmbolo de
volta para o PMI.
Funcionamento do motor – 4° Tempo - Exaustão

A válvula de admissão fica fechada e a de


escapamento se abre, progressivamente,
à medida que o êmbolo vai do PMI ao
PMS, expelindo os gases resultantes da
combustão.
Funcionamento do motor – 4 Tempos

https://es-es.facebook.com/
pradopowerchips/videos/
funcionamento-de-motor-de-carro-em-
3d-carro/463294527172904/
Subsistemas dos motores

Um motor de combustão interna pode ser dividido em alguns subsistemas para o melhor entendimento:

• Subsistema de Distribuição;
• Subsistema de Conjunto Móvel;
• Subsistema de Lubrificação;
• Subsistema de Arrefecimento;
• Subsistema de Alimentação;
• Subsistema de Ignição.
Motores aspirado e sobrealimentado 

1. Motores Aspirados
2. Motores Sobrealimentados

• Os dois principais equipamentos


para sobrealimentar o motor são
o turbocompressor e
o compressor de ar mecânico.

Motor Sobrealimentados
Como é mensurado a potência de um motor?

• CV (Cavalos de Potência);
• HP (Horse Power);
• W ou kW (Watts ou KiloWatts);

75 cv

1 HP –> 745,7 W ou 0,7457 kW


1 CV –> 735,5 W ou 0,7355 kW

1200 cv
Cálculo do volume de um cilindro

• 
Cilindrada (CC) e Taxa de Compressão

• 

1000 CC
Sistema Métrico Decimal

Quilômetro (km)
Hectômetro (hm)
Decâmetro (dam)
Metro (m)
Decímetro (dm) 1 metro – 100 centímetros
Centímetro (cm) 1 metro – 1000 milímetros
1 metro – 0,01 hectômetro
Milímetro (mm)
1 metro – 0,001 quilômetro
1 metro – 10 decímetros
Prefixos para unidades de medida
Como usar um paquímetro?
Como usar um paquímetro?

• Precisão do dispositivo:
Como usar um paquímetro?

1) Olhar onde o “ZERO” da escala móvel está 2) Olhar qual valor da escala móvel coincide
coincidindo. com algum valor da escala fixa.
Como usar um paquímetro?

1) Olhar onde o “ZERO” da escala móvel está 2) Olhar qual valor da escala móvel coincide
coincidindo. com algum valor da escala fixa.
Como usar um paquímetro?

• Qual a medida no dispositivo abaixo?


Vamos para a prática?
Como usar um paquímetro? - Medição em polegadas

• Precisão do dispositivo:
Como usar um paquímetro? - Medição em polegadas

• Qual o valor da medida?


Como usar um paquímetro? - Medição em polegadas

• Qual o valor da medida?


Vamos para a prática?
Como usar um micrometro? - Medição em milímetros

• Partes do micrometro.

Escala Fixa;

Escala centesimal;

Nônio;
Como usar um micrometro? - Medição em milímetros

• Qual a escala desse micrometro?


Como usar um micrometro? - Medição em milímetros

• Qual a medida do micrometro?


Como usar um micrometro? - Medição em milímetros

• Qual a medida do micrometro?


Vamos para a prática?
Como usar um relógio comparador? - Medição em milímetros

• Partes do relógio comparador.


Como usar um relógio comparador? - Medição em milímetros

• Escala do relógio comparador Uma volta completa equivale a 1 mm


Como usar um relógio comparador? - Medição em milímetros

• Escala do relógio comparador • Escala do relógio comparador


(Local com menor dimensão na peça) (Local da peça com maior dimensão)
Como usar um relógio comparador? – Haste de fixação
Como usar um relógio comparador? – Haste de fixação
Como usar um relógio comparador? – Haste de fixação
Vamos para a prática?
Análise dimensional de motores

O objetivo desse procedimento é comprovar


as folgas entre os componentes, para que na
hora da montagem do motor as medidas
estejam corretas, de acordo com as
especificações do fabricante, permitindo o
perfeito funcionamento do conjunto

É preciso conhecer o tipo de motor

Ter em mãos o manual técnico ou todas as


especificações de dimensão das folgas
Análise dimensional de motores

Existem dois tipos de mancais no virabrequim, o fixo (munhão) e o móvel (moente), ambos serão medidos

Isso é importante para analisar a folga entre a bronzina e a árvore de manivelas, para checar ruídos e fuga de óleo por
conta de folgas elevadas.
Análise dimensional de motores

Medindo o mancal fixo (munhão).


Análise dimensional de motores

Medindo o mancal móvel (moente).

Obs: Esse processo é repetido nos cinco mancais e nos quatro moentes e todos têm que ter o mesmo valor.
Análise dimensional de motores

Medindo o empenamento do virabrequim


Análise dimensional de motores

Medindo a folga entre cilindro e pistão


Análise dimensional de motores

Medindo a folga entre cilindro e pistão


Parafusos e porcas – Atividade prática

Parafusos são elementos de fixação, empregados na união não permanente de peças, isto é, as peças podem ser
montadas e desmontadas facilmente, bastando apertar e desapertar os parafusos que as mantêm unidas.

As porcas são elementos de fixação que se associam a roscas e parafusos. Seu principal objetivo é travar a rosca do
parafuso, evitando o afrouxamento do elemento.
Tipos de perfil do filete da rosca
Tipos de parafuso

Parafuso Sextavado

Parafuso para Madeira Parafuso francês Parafuso Sextavado Interno (Allen)

Parafuso Máquina
SENTIDO DE DIREÇÃO DO FILETE
À esquerda À direita
Gira em sentido anti-horário Gira no sentido horário
(sentido de aperto à esquerda). (sentido de aperto à direita).

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Tipos de roscas

As roscas de PERFIL TRIANGULAR são fabricadas segundo três sistemas normatizados: o sistema métrico ou
internacional (ISO), o sistema inglês ou whitworth e o sistema americano.

Sistema Sistema inglês Sistema americano


métrico
Passo da rosca e tabela das roscas
Instrumento para aferir passo de rosca – Pente de rosca (Atividade Prática)

Escolha 5 parafusos e faça as


seguintes medidas

1. Diâmetro do parafuso/rosca;

2. Passo da rosca ou NF;

3. Comprimento de rosca;

4. Altura de cada filete da rosca;


Como medir passo de rosca métrica e NF de rosca inglesa (Whitworth)?
Instrumento para aferir rosca – Pente de rosca (Atividade Prática)

Escolha 5 parafusos e faça as seguintes


medidas

1. Diâmetro do parafuso/rosca: (d)

2. Passo da rosca: Pente de Rosca

3. Comprimento de rosca: (L)

4. Altura de cada filete da rosca: (d – d3)


SISTEMA DE LUBRIFICAÇÃO

O que aconteceria se não existisse lubrificação no motor?


Ausência de um sistema de lubrificação

1. Aquecimento das partes (consumo extra de energia, necessidade de sistema de


refrigeração).

2. Ruído (consumo extra de energia, desagradável, saúde do operário dependendo do valor


em dB, vibração, risco de falhas por fadiga).

3. Deformação (risco de fratura, trincas superficiais).

4. Desgaste (arrancamento do material da superfície).


Lubrificação

Qual a definição de lubrificação?

Lubrificação é o método ou técnica utilizada para aplicar uma camada de lubrificante entre duas superfícies em
movimento.

Quais materiais ou compostos são utilizados no


setor de lubrificação?
Óleos lubrificantes X Graxa lubrificante

Vantagens: Vantagens:

• Compatibilidade com materiais diversos; • Boa vedação de água e impurezas;


• Boa lubrificação em alta velocidade é prejudicada; • São mais econômicas que os óleos;
• Mais eficiente na dissipação do calor. • Possuem boa adesividade;
• Permanecem nos pontos onde foram aplicadas;
• Não escorrem;

Desvantagens: Desvantagens:

• São mais caros, principalmente os óleos sintéticos; • Não resistem bem à oxidação;
• Não se aderem com facilidade as peças; • Lubrificação em alta velocidade é prejudicada.
• Menos eficientes na dissipação do calor
Qual a importância do lubrificante?

• Controle da temperatura;

• Vedação;

• Proteção contra a corrosão e


resistência a oxidação;

• Limpeza das peças;

• Transmissão de força em sistemas


hidráulicos;

• Redução de choques entre


superfícies sólidas.
Onde o óleo é usado no setor de elétrica?
Fatores que influenciam na viscosidade do óleo lubrificante.

A viscosidade é altamente afetada pela temperatura e nos líquidos, quanto maior a temperatura, menor
será a viscosidade.
Aditivos em óleos e graxas lubrificantes
Óleo lubrificantes
Graxas lubrificantes
• Detergentes.
• Inibidores de oxidação ou corrosão;
• Anticorrosivos.
• Agentes da oleosidade;
• Antiespumantes.
• Agentes de extrema pressão;
• Extrema Pressão.
• Agentes de Adesividade.
• Melhoradores de viscosidade.
• Melhoradores de viscosidade.
• Abaixadores do ponto de fluidez.
O que é ponto de fluidez?

O ponto de fluidez nos lubrificantes é um termo que diz respeito a temperatura mais baixa na qual um óleo flui
apenas influenciado pela gravidade.

Um aditivo redutor do ponto de fluidez diminui o ponto


de congelamento e mantêm a fluidez do óleo hidráulico
em baixas temperaturas.
Tipos de óleos lubrificantes

ÓLEO LUBRIFICANTE MINERAL: Os lubrificantes de óleo mineral são derivados do refino do petróleo bruto. Eles
são mais acessíveis do que os materiais sintéticos, mas têm desempenho limitado. Como sua viscosidade muda
com a temperatura, a substância pode desenvolver impurezas, por isso esse óleo deve ser substituído com mais
frequência.

ÓLEO LUBRIFICANTE SINTÉTICO: Feito de substâncias inorgânicas e orgânicas, e aditivos de alto desempenho.
Embora mais caros, as características dos óleos sintéticos garantem maior qualidade e desempenho. Forte
capacidade de neutralizar ácidos, lubrificação resistente e viscosidade estável.

ÓLEO LUBRIFICANTE SEMISSINTÉTICO: É a mistura de lubrificantes sintéticos com os minerais. As melhores


características de cada tipo são combinadas para obter um produto premium que oferece maior resistência à
oxidação e pureza.
Tipos de graxas lubrificantes
GRAXA DE SÓDIO

Estável e com uma estrutura mais sólida, possui assim uma boa fixação e trabalha bem em temperaturas de até 150ºC.
Apesar disso, é bastante vulnerável à umidade e tende a se alterar com mais facilidade no decorrer do tempo.

Indicada para uso em mancais de rodas e rolamentos, e juntas universais.

GRAXA DE LÍTIO

Altamente resistente a temperaturas elevadas, além de possuir uma excelente fixação em superfícies metálicas. No
entanto devido ao lítio em sua composição, não é adequada para uso em indústrias de alimentos.

Indicada para os demais segmentos da indústrias, além de veículos automotores e aviões.

GRAXAS À BASE DE CÁLCIO

Resistência bem menor a altas temperaturas, mas que é compensada pela alta resistência à umidade, fabricação de baixo
investimento e uma aplicação mais simples em relação a outros tipos de graxa.

Indicada para uso em bombas de água, molas de veículos pesados, chassis e cabos de aço.
Tipos de graxas lubrificantes
GRAXA COM TEFLON

Conhecido por Teflon, uma marca patenteada no mercado pela DuPont, o Politetrafluoretileno (PTFE) muito utilizado em
várias aplicações, inclusive na cozinha, é parte integrante também na produção de graxas.

As graxas com PTFE, devido à sua baixa reatividade química, são muito indicadas para a indústria alimentícia, porque
mesmo que, por ventura, haja contato com o alimento, não seria tóxica para o organismo.

No entanto há que se levar em consideração que a graxa com PTFE pode conter outros elementos como o lítio, que a
tornam inadequada para este uso.

Indicada para uso em máquinas onde há grandes pressões envolvidas no processo, como transportadoras, agitadores e
trituradores.

GRAXA DE SILICONE

Essa composição aceita muito bem temperaturas extremamente baixas e extremamente altas, podendo ser indicada para
temperaturas entre -75ºC e +290ºC.

Também por sua baixa reação química, vem sendo cada vez mais utilizada como lubrificante para a indústria alimentícias.
Tipos de graxas lubrificantes
GRAXA ANTI-SEIZE

Anti-seize (anti-agarramento) utiliza em sua composição metais como cobre, zinco, alumínio, níquel ou molibdênio.

É uma graxa que existe justamente para evitar que ocorra um tipo de soldagem a frio dos componentes através de corrosão
galvânica, o que acontece principalmente em partes constituídas de alumínio, aço e titânio em ambientes com a presença de
um eletrólito (água salgada por exemplo), fazendo com que as peças colem uma nas outras.

Indicada para a proteção de componentes elétricos, além de porcas, parafusos, prisioneiros e flanges, principalmente na
indústria químicas, petroquímica, fertilizante, aeronáutica, naval, mineração e refinarias offshore.

GRAXA DE POLIUREIA

Devido às suas características de fixação e bombeabilidade, apresenta alta resistência a: umidade e meios ácidos; altas
temperaturas; cargas elevadas; vibrações e ferrugem.

Indicada para usos como em máquina de lingotamento contínuo, mancais dos rolos, sistema de giro da torre, oscilador do
molde, máquina de sinterização, rolamento das rodas dos carros, régua de selagem, coquerias, aciaria, motores elétricos,
juntas de velocidade constante, instrumentação elétrica e rolamentos de equipamentos auxiliares.
Funcionamento do motor e sistema de lubrificação

https://www.youtube.com/watch?v=jVyjQkMwHWU
Bomba de óleo, Filtro de óleo e Galerias de óleo

Componente responsável por manter o óleo lubrificante sob circulação forçada, para atingir todos os elementos
móveis do motor.

https://www.youtube.com/watch?v=6AwkDAyftck
Interruptor de óleo

Sua função inicial é informar a boa saúde do motor em termos de lubrificação. Ela acende com a chave do
carro ligada e deve apagar com o motor ligado, indicando que o óleo chegou até uma parte mais distante e
está lubrificando adequadamente.

Quando acionado, uma lâmpada no painel do carro acende para informar que a pressão do óleo está baixa. Se
isso acontecer, entenda que o motor está com problemas na lubrificação.
ÓLEO LUBRIFICANTE

• Reduzir o desgaste de materiais que se atritam, tais como


mancais das bielas, comando de válvulas e árvore de
manivelas, paredes do cilindro com os anéis;

• Ajudar no processo de arrefecimento, removendo uma


parte do calor gerado em todos os componentes móveis
em que o óleo circular;

• Limpar o motor, impedindo a formação de depósitos de


carvão (para isso o óleo possui elementos detergentes em
sua composição);

• Proteger o motor contra a corrosão.


ÓLEO LUBRIFICANTE

• Amortecimento de choques – funcionando como meio


hidráulico, transfere energia mecânica para energia
fluida (como nos amortecedores dos automóveis) e
amortecendo o choque dos dentes de engrenagens. Para
isso, o fluido precisa ser de alta viscosidade a fim de
manter a película, mesmo sobre cargas gigantes.

• Vedação – impedindo a saída de lubrificantes e a entrada


de partículas estranhas  Remoção de contaminantes –
evitando a formação de borras, lacas e vernizes.

• Redução de Ruído.
NOMECLATURA DO ÓLEO LUBRIFICANTE

Existem os seguintes tipos de óleos lubrificantes:

SAE - Sociedade dos Engenheiros Automotivos

1. Óleo de verão – SAE 20, 30, 40, 50, 60.

2. Óleo de inverno – SAE 0W, 5W, 10W, 15W, 20W, 25W.

3. Óleo multiviscoso – serve para inverno e para verão SAE 20W-40, 20W-50, 15W-50.

• O primeiro número indica a viscosidade do óleo em baixas temperaturas, quando o motor ainda
está em repouso.

• O segundo número aponta a viscosidade do óleo a 100°C, quando o veículo já está em movimento.
Comparação entre óleos lubrificantes

5W-30 X 10W-30

Em contrapartida, um lubrificante 5W-30 irá ter maior vantagem em temperaturas mais baixas
quando comparado à um 10W-30, por ter um grau SAE à frio menor, ele se torna mais fluido e
garante uma lubrificação inicial mais rápida.

10W-30 X 10W-50

Em temperaturas ambientes mais elevadas, um lubrificante 10W-50, garantirá uma melhor


“proteção”, por formar uma maior película protetora, quando comparado à um 10W-30.
Sistema de arrefecimento

• Existem motores com arrefecimento a ar;

• A maioria dos motores utilizam a água como


fluido de trabalho.

o Mantém a temperatura do motor mais uniforme,


independentemente da temperatura externa;

o O motor é mais silencioso: a camada de fluído


entre os cilindros age como amortecedor de
ruídos.

o Temperatura entre 100 e 120°C.


Sistema de arrefecimento

Como o fluido do sistema de arrefecimento é composto?

1. Água destilada;

2. Aditivo responsável por fazer com que a água não


entre em ebulição em 100°C.

3. Para seu melhor desempenho e para evitar


problemas como oxidação, ferrugem, corrosão e
suas características, é necessário o uso de aditivos
de radiador, respeitando a diluição conforme os
dados do fabricante.

4. A função do aditivo é de proteção, baixar o ponto


de congelamento e aumentar o ponto de
ebulição, deixando para a água o trabalho de troca
térmica necessária.
Bomba d’água

A bomba d’água é o elemento responsável por


manter o fluído de arrefecimento em circulação
forçada, através dos dutos do motor, mangueiras
e radiador.

É sempre acionada por correia, em alguns casos


pela correia em V ou Poly V e em outros casos
pela correia dentada
Válvula termostática e ventilador (ventoinha)

A primeira é o elemento que, na fase fria, do motor tem


a função de ficar fechada para facilitar o aquecimento
rápido do motor e, na fase quente, tem a função de
permitir que o fluído circule livremente do motor para
o radiador e vice-versa.

Pode ser acionado por correia, preso na bomba d’água


ou do tipo elétrico, comandado por motor e interruptor
elétrico, sendo este o usado hoje.
Radiador

O radiador é que um trocador de calor.

Componente repleto de tubos e aletas e caminhos para


a água percorrer e perder calor ao longo da trajetória.
Válvula de pressão e válvula de depressão

Quando a pressão interna do sistema atinge um valor acima da calibração da


válvula de pressão, esta se abre e libera o vapor para a atmosfera.

Ao desligar o motor, acontece o resfriamento do fluído de arrefecimento.


Devido a isto se cria uma depressão no sistema. Neste momento, abre-se,
então, a válvula de depressão, permitindo que o ar atmosférico entre para o
sistema, equilibrando as pressões.
Funcionamento e sentido de Circulação

https://www.youtube.com/watch?v=8hYtfCG56pk
Possíveis defeitos e causas
Possíveis defeitos e causas

https://www.youtube.com/watch?v=VG3noGHS5JI&ab_channel=RicardoVit%C3%B3rio

https://www.youtube.com/watch?v=ggFT0lqynH0&ab_channel=CurvadoVento
Injeção Eletrônica
Sensores

São componentes que analisam o funcionamento do motor e transferem as informações para uma central,
ou unidade de comando. Ou seja, podem ocorrer falhas na injeção de combustível e o automóvel elevar seu
consumo, ou ter a potência reduzida. Um indicativo de problemas é a luz da injeção acesa no painel.

Central de informações

Ela é responsável por gerenciar o funcionamento do motor, a partir das informações enviadas pelos
sensores. Além de controlar a injeção de combustível, a central de informações armazena dados essenciais
sobre os parâmetros de fábrica do veículo.

Atuadores

Eles trabalham de acordo com os comandos enviados pela central de informações. Alguns exemplos de
atuadores são os injetores de combustível, bomba de combustível, bobina de faíscas, motor de passo e a
ventoinha de arrefecimento. São esses elementos que corrigem o ponto de ignição e o comando das
válvulas, além de fazerem a adaptação da marcha lenta.

https://www.youtube.com/watch?v=PP8gMvN6dB4&ab_channel=Mec%C3%A2nicaF%C3%A1cil
https://www.youtube.com/watch?v=yX2ZltklSz8&ab_channel=OficinaDeGaragem
Sistema de alimentação

O sistema de alimentação tem a função de enviar ao motor a quantia necessária de mistura ar/combustível para que
seja queimada, sendo transformada de energia química em energia mecânica.
Tanque de combustível

Componente do sistema que serve de depósito para o combustível do veículo.

Sua localização e capacidade dependerão do projeto do automóvel.

Fiat Argo 2022 – 48 Litros;

Corolla 2012 – 60 Litros;

Caminhão - 495 litros ou 540 litros.


FILTRO DE COMBUSTÍVEL

Entre o tanque e a bomba de combustível há um filtro que retém possíveis impurezas que possam estar presentes no
combustível e atingir o carburador.

Possui em seu interior um elemento filtrante de papel micro-poroso, que retém as impurezas do combustível.

A maioria dos fabricantes recomenda que a troca seja


realizada a cada 10.000 km rodados.
FILTRO DE AR

O filtro de ar serve para evitar que as partículas de impureza do ar cheguem à câmara de combustão do motor.

A troca desses filtros é recomendada a cada 10 mil KM em média.


BOMBA DE COMBUSTÍVEL

1) Bomba de combustível elétrica interna;


2) Bomba de combustível elétrica externa;

O primeiro passo é jamais andar com o tanque na reserva, pois isso pode
causar até mesmo a queima do motor elétrico.

3) Bomba de combustível mecânica;


Instalada no motor do veículo, é acionada pelo comando auxiliar ou pelo
comando de válvulas. Tem a função de sugar o combustível do tanque e
enviá-lo para o carburador.

Sistema de alimentação de combustível deve ser revisado pelo menos a


cada 15 mil quilômetros rodados.
SISTEMA DE ESCAPAMENTO

• Silencioso: sua função basicamente é


reduzir o barulho gerado pelo motor.

• Catalisador: é purificar os gases poluentes


e liberar menos nocivos à atmosfera.

• Abafador: é encarregado de absorver os


ruídos mais agudos
SISTEMA DE ALIMENTAÇÃO ATUAL
SISTEMA DE IGNIÇÃO
SISTEMA DE IGNIÇÃO

• Chave de ignição;
• Bateria;
• Bobina de ignição;
• Distribuidor;
• Cabos de vela;
• Vela de ignição.
SISTEMA DE IGNIÇÃO

• BATERIA.

A bateria é um conjunto de
elementos acumuladores de
energia química que se
transforma em energia elétrica
quando um circuito consumidor
externo se liga a seus pólos.
SISTEMA DE IGNIÇÃO

• CHAVE DE IGNIÇÃO.

É o elemento que liga e desliga os


circuitos elétricos que estão ligados
à bateria.
SISTEMA DE IGNIÇÃO

• BOBINA DE IGNIÇÃO.

É o elemento do sistema que


fornece a alta tensão para a
produção da centelha na vela.

Ampliar a tensão para aproximadamente


20 mil volts
SISTEMA DE IGNIÇÃO

• VELA DE IGNIÇÃO.

Elemento do sistema responsável por causar


a centelha na câmara de combustão, para dar
início à queima da mistura de ar e
combustível.

DIFÍCIL A VELA EM SI DAR DEFEITO.


(Geralmente é algo anterior a ela)
SISTEMA DE IGNIÇÃO

• DISTRIBUIDOR.

Tem a função de determinar o tempo para a bobina de


ignição causar os pulsos de alta tensão e, também,
distribui estes pulsos para as velas de ignição, na
ordem de ignição prevista.

O distribuidor é instalado diretamente no motor,


sendo acionado por meio de eixo auxiliar ou do
comando de válvulas.

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