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MÁQUINAS TÉRMICAS:

 São máquinas projetadas para transformar a energia


térmica em energia mecânica.

 “Na Natureza nada se cria, nada se perde, tudo se


transforma”.
Termologia:

 A Termologia é um ramo da Física que estuda os


fenômenos térmicos como calor, temperatura,
dilatação, energia térmica, estudo térmico dos gases
etc.
O QUE É QUENTE OU FRIO?
 Corrijamos de uma vez um conceito popular
errôneo. Os sistemas frigoríficos não “produzem o
frio”. O “frio”, segundo o emprego geral do termo, é
a ausência de uma determinada quantidade de
calor. Os termos “frio” e “quente” são
completamente relativos a uma determinada
escala de temperaturas.
 São termos relativos. Eles expressam simplesmente
condições de temperatura em relação a um padrão.
Este padrão, usualmente, é a temperatura do corpo
humano, eu é normalmente 37°C.
CALOR:

 É uma forma de energia. Podemos resumir como: grau


de agitação das partículas que compõe um corpo.

 A energia não pode ser criada mas apenas


transformada. Por exemplo: motor a diesel ou um
compressor de uma frigorífica.
Agitação térmica:
Agitação térmica nos sólidos e nos
gases.
 Condução: o calor é transferido de molécula para
molécula dentro de uma substância homogênea,ou
entre duas substâncias que estão em contato físico.

 Convecção: o calor é transferido de molécula para


molécula, mas ocorre em um gás ou fluído.(Ocorre em
geladeiras ou frigoríficas)

 Irradiação: o calor é transferido sob forma de ondas


caloríficas.
Termometria:
 É a parte da termologia que estuda a medida de
temperatura;
 Temperatura é a medida da intensidade do calor.
Resumindo as equações obtemos a
seguinte expressão:
Exercícios:

 Transforme -40°C em °F:

 Transforme 212 °F em °C:

 Transforme 600 °F em °C:


CAPÍTULO 2:
 MOTORES
MÁQUINAS TÉRMICAS:

 São máquinas projetadas para transformar a energia


térmica em energia mecânica. Podem ser
classificadas em máquinas de combustão internas
e externas.

 As máquinas são denominadas de acordo com a


energia de acionamento.
MOTOR
 Motor é uma máquina que converte qualquer forma de
energia em trabalho mecânico.

• Motor elétrico - Energia elétrica


• Motor pneumático - Energia pneumática
• Motor hidráulico - Energia hidráulica
• Motor de combustão interna e externa - Energia
química da combustão
MOTOR A COMBUSTÃO
 Motor de combustão interna com ignição por centelha
(gasolina, etanol).
É um motor no qual uma mistura de ar-combustível é admitida
num cilindro e comprimida por um pistão e esta mistura é
inflamada por uma centelha elétrica.

 Motor de combustão interna com ignição por compressão


(motor diesel).
É um motor no qual é admitido somente o ar dentro do cilindro,
este ar é comprimido por um pistão, podendo atingir uma
temperatura entre 500ºC a 800ºC; depois o combustível é
injetado, e inflama-se espontaneamente ao entrar em contato
com o alto calor resultante da compressão do ar.
TRIÂNGULO DO FOGO:
CLASSIFICAÇÃO:
 MOTORES DE COMBUSTÃO INTERNA (MCI).
a) Quanto à ignição:
- por centelha (Ciclo OTTO).
- por compressão (Ciclo Diesel).
b) Quanto ao movimento:
- Alternativo - pistão (Otto, Diesel).
- Rotativo (Turbina a gás – Wankel)
c) Quanto ao ciclo de trabalho:
- 2 tempos (giro de 360º do eixo de manivela).
- 4 tempos (giro de 720º do eixo de manivela).
 d) Quanto ao número de cilindros:
- Monocilíndrico.
- Policilíndricos.
 e) Quanto à disposição dos cilindros
- em linha.
- em V .
- boxer.
- Radial.
 f ) Quanto à utilização
-Estacionários - Destinados ao acionamento de máquinas estacionárias, tais como:
geradores, bombas ou outras máquinas que operam em rotação constante.

-Industriais - Destinados ao acionamento de máquinas de construção civil, tais como:


tratores, carregadeiras, guindastes, compressores de ar, máquinas de mineração e outras
aplicações onde se exijam características especiais e específicas do acionador.

-Veiculares - Destinados ao acionamento de veículos de transporte em geral, tais como:


automóveis, caminhões e ônibus.

- Marítimos - Destinados à propulsão de navios, lanchas, barcos e máquinas de uso naval.


COMPONENTES DE UM MOTOR:
 PRINCIPAIS COMPONENTES DOS MOTORES DE
COMBUSTÃO INTERNA (MCI).
Peças fixas:
1. Bloco do motor;
2. Cabeçote;
3. Cárter; etc.

Peças móveis:
1. Pistão (êmbolo);
2. Biela (conectora);
3. Árvore de manivelas (virabrequim);
4. Válvulas de admissão e escape;
5. Árvore de comando de válvulas e outros que veremos a seguir.
 Bloco do Motor:

É a estrutura principal, é a maior parte e o nucleo


do motor, onde são usinados os cilindros e os
furos para a instalação de diversas peças. Alguns
blocos possuem tubos removíveis que formam as
paredes dos cilindros, chamadas de “camisas” que
podem ser de camisa umida (molhada) ou seca, os
motores arrefecidos a ar levam cilindros aletados,
possuindo, geralmente, bloco baixo permitindo que os
cilindros fiquem expostos à circulação do ar de
arrefecimento.
 Cabeçote
É uma espécie de tampa do motor, formando a câmara
de combustão junto com o cilindro. No cabeçote estão
instaladas as velas de ignição, as válvulas de admissão e
escape com os respectivos dutos. Na maioria das vezes
o cabeçote aloja o eixo de comando de válvulas.
 Junta do cabeçote
Visa assegurar a estanqueidade de cada uma das
câmaras de combustão, bem como a continuidade do
circuito de água e do circuito de passagem do óleo
lubrificante do motor.
 Carter
Instalado na parte inferior do bloco do motor, tem a
função de cobrir e proteger os componentes inferiores
do motor, e serve como depósito de óleo lubrificante.
 Coletor de admissão
Recebe e distribui aos cilindros a mistura
ar/combustível (Ciclo Otto) ou apenas o ar (Ciclo
Diesel) aspirado pelo pistão, através do filtro de ar.
 Coletor de escape
Recebe os gases queimados dos cilindros para lança-los
a atmosfera através do tubo de escape, catalizador e
silencioso.

 Pistão ou êmbolo
É uma peça móvel de forma cilíndrica que após a
queima do combustível recebe o movimento de
expansão dos gases transmitido este movimento para
biela e logo ao eixo de manivela, produzindo assim a
tempo útil do ciclo de trabalho. A biela é presa ao
pistão por intermédio de um pino de aço (pino do
pistão).
 Anéis de Segmento
-Os aneis são alojados em ranhuras existentes na parte
superior do pistão.
-As funções dos anéis de segmento são:
Ajudar o pistão na compressão e vedação da
câmara de combustão, impedindo que a pressão de
compressão ou os gases da combustão passem para o
Carter.
Impedir que o óleo lubrificante passe do cárter
para a câmara de combustão.
 Biela ou Conectora
A biela é o braço de ligação entre o pistão e o eixo
de manivelas, a biela recebe o impulso do pistão
transmitindo-o ao eixo de manivelas (virabrequim).

É importante salientar que o conjunto biela-


pistão transforma o movimento
alternativo/retilíneo em movimento rotativo
(giratorio) do virabrequim.
 Virabrequim (eixo de manivelas ou cambota):
Eixo motor propriamente dito, é instalado na parte
inferior do bloco, recebe as bielas que lhe imprimem
movimento rotativo.
O eixo é o conjunto de munhões (pinos fixos) onde
gira o virabrequim apoiado no bloco. Os moentes
(pinos moveis) são as partes do virabrequim onde
se apoiam as bielas.
O interior do virabrequim contém dutos (furos)
especiais por onde circula o óleo que é necessário a
lubrificação dos munhões e dos moentes.
 Eixo de Comando de Válvulas (eixo de cames, eixo
de distribuição).
 A função deste do eixo é abrir as válvulas de admissão e
escape, nos seus respectivos tempos. O eixo de cames é
acionado pelo eixo de manivelas, através de
engrenagem, corrente ou ainda, correia dentada. É
dotado de ressaltos que direta ou indiretamente
comanda a abertura das válvulas de forma sicronizada
com o eixo de virabrequim.
 Tucho.
Tem a função de transmitir o movimento do eixo de cames à
vareta ou haste impulsora que impulsiona o balancim e em
seguida transmite para as válvulas.

 Tucho hidráulico.
Os tuchos hidráulicos são usados para eliminar a folga
existente entre a válvula e o balancim, tornando o
funcionamento mais silencioso, visto que trabalha com
folga-zero e possui regulagem automática, do que quando
se utiliza tuchos mecânicos.
O uso de tuchos hidráulicos é bastante geral para motores, as
rampas para uso deste tipo de tucho podem ter maiores
velocidades do que aquelas de sistemas mecânicos.
 Balancins.
 É uma peça que tem a função de abrir as válvulas
indiretamente. A função de abrir a válvula continua
sendo do eixo de cames. O balancim transmite o
movimento do eixo à válvula. Um dos extremos do
balancim é acionado pelo eixo de cames. Quando o
eixo movimenta um extremo do balancim para cima, o
outro extremo vai para baixo, abrindo a válvula.
Contrariamente, quando a came abaixa o balancim,
eleva-se o lado da válvula e permite que a mola a feche.
 Válvulas.

As válvulas estão posicionadas no cabeçote de tal forma


que quando fechadas bloqueiam qualquer passagem,
pois se assentam na sede interrompendo o fluxo nos
dutos de admissão ou escape do cabeçote. Para abrir a
válvula é necessária a ação do “cames” do comando de
válvulas e quando não há mais a ação do mesmo a
válvula retorna pela ação da mola.
 Volante do motor
Destina-se a regularizar a rotação do virabrequim e
absorver as vibrações do motor. No momento da explosão,
o volante absorve a energia desenvolvida; restitui-a nos
tempos não motores.

 Câmara de Combustão (câmara de explosão)


É o espaço livre que fica no cabeçote e/ou pistão quando
este se encontra no PMS. É o espaço em que ocorre a
queima. Nela, a mistura ar/combustível ou apenas ar, que
entrou pela válvula de admissão, será comprimida pelo
pistão e, onde acontecerá a explosão para que os gases
movimente o pistão e dê seqüência ao funcionamento do
motor.
 Cilindrada
É o volume total deslocado pelo pistão entre o PMI e o
PMS, multiplicados pelo diametro do cilindro e número
de cilindros do motor.
 Exemplo 1

Determine as cilindradas de um motor com as


seguintes especificações técnicas:

Número de cilindros: 04
Diâmetro do cilindro: 82,07 mm → 82,07/10 = 8,207
cm
Curso do pistão:75,50 mm → 75,50/10 = 7,550
π = 3,14
TAXA DE COMPRESSÃO:
 A relação matemática que indica quantas vezes a
mistura ar/combustível ou simplesmente o ar é
comprimido dentro da câmara de combustão. Assim,
um motor a gasolina que tenha especificada uma taxa
de compressão de 8:1, por exemplo, indica que o volume
aspirado para dentro do cilindro foi comprimido oito
vezes antes que a centelha da vela iniciasse a
combustão.
OCTANAGEM:
 Octanagem mede a capacidade da gasolina de resistir à
detonação (altas temperaturas), ou a sua capacidade
de resistir às exigências do motor sem entrar em auto-
ignição antes do momento programado. A detonação,
também conhecida como “batida de pino”, leva à perda
de potência e pode causar sérios danos ao motor,
dependendo de sua intensidade e persistência. Quanto
maior a octanagem, maior será a resistência à
detonação.
MOTOR 4TEMPOS CICLO OTTO

FASE ÚTIL DO MOTOR


MOTOR 2 TEMPOS CICLO OTTO
2
TEMPOS
CICLO
DIESEL
SISTEMAS QUE COMPÕEM UM
MOTOR
 Para o correto funcionamento de um motor os
componentes que o constitui operam de forma
conjunta,porém, cada qual realizando uma função
dentro de um sistema específico. Os sistemas eu
constitui um motor são:
 Sistema de arrefecimento;
 Sistema de lubrificação;
 Sistema de injeção;
 Sistema de descarga; e
 Sistema de alimentação.
1-Distribuição;
2-Arrefecimento;
3-Lubrificação;
4-Injeção; e
5-Alimentação.
6-Descarga dos gases
1-SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO.
 Chama-se distribuição o conjunto de elementos que
comandam a admissão de mistura ar/combustível
(motores Otto) ou ar (motores Diesel) nos cilindros e
posteriormente a saída dos gases queimados.
 As válvulas suspensas podem ser acionadas:
• Por hastes e balancins com eixo de cames próximo ao
cárter;
• Por balancins com eixo de cames suspenso;
• Por eixo de cames suspenso com acionamento direto
sobre as válvulas.
 Pinhões de distribuição:

Transmitem o movimento do virabrequim ao eixo de


cames. A posição exata de engrenagem dos pinhões de
distribuição é marcada pelo fabricante no momento da
montagem. Esta marcação corresponde geralmente à
posição do primeiro pistão no PMS, no final do tempo
de compressão.
2-Sistema de arrefecimento
 O sistema de arrefecimento desempenha uma
importante função: é de manter adequada e uniforme a
temperatura dos elementos mecânicos do motor dentro
da faixa ideal de trabalho em qualquer circunstancia.

 A manutenção desta temperatura ideal minimiza


o desgaste, evita a detonação da mistura, mantém
as folgas adequadas e a viscosidade do
lubrificante.
SISTEMA DE ARREFECIMENTO A AR:
AR NATURAL OU A AR FORÇADO.
Sistema de arrefecimento a água.
 Caminho que o líquido de arrefecimento percorre é o
seguinte: a água impulsionada pela bomba ainda fase
fria, circula somente dentro do motor e, após abertura
da válvula termostática, com o motor já aquecido, o
líquido passa pelo radiador, retornando para o motor já
resfriado.
 Principais componentes do sistema:
 Radiador: é um de tipo de trocador de calor. Funciona
também como reservatório da água, tem a função de
transferir o calor da água que circula por ele para o ar.
 Ventilador: conhecido também como ventoinha tem a
função gerar fluxo de ar através do radiador. Pode ser
acionado eletricamente ou pelo próprio motor.
 Mangueiras: tem a função de conduzir a água entre o
motor, o radiador e a bomba d’água.
 Reservatório de expansão: é dimensionado para
conter o acréscimo de volume de água do sistema, que
ocorre durante o aquecimento do motor.
 Tampa reguladora de pressão: tem uma importante
função de manter o sistema de arrefecimento
pressurizado e aliviar o excesso para atmosfera.
 Válvula termostática: componente fundamental para
garantir que o líquido esteja na faixa ideal de temperatura,
ela controla o fluxo de resfriamento em função da
temperatura do líquido. A válvula mantém a água
circulando dentro do bloco e cabeçote para que o motor se
aqueça o mais rápido possível, e conforme a temperatura se
eleva em demasia ela vai liberando a passagem do líquido
para o radiador.
 Bomba d’água: tem a função gerar um fluxo de água por
todo o sistema. A bomba é acionada pelo próprio motor
através da correia de acionamento.
 Sensor de temperatura: conhecido também como
cebolão tem a função de informar a temperatura da água e
caso a temperatura se eleve demais o ventilador é acionado.
SISTEMA DE LUBRIFICAÇÃO
 Lubrificantes
São substâncias que se interpõem entre duas peças móveis para
minimizar o atrito e diminuir o desgaste.

 Funções secundárias:
a) resfriamento;
b) limpeza;
c) vedação(diminuir as folgas);
d) amortecimento de choques; e
e) conservação e proteção contra ataques químicos.
 Classificação dos óleos.
Para facilitar a escolha do lubrificante correto para
veículos automotivos são vários as classificações, sendo
as principais SAE; API e ACEA.
1. SAE: classificam os óleos lubrificantes pela sua
viscosidade;
2. API: classificam os óleos lubrificantes pelos níveis de
desempenho;
3. ACEA: também classificam os óleos lubrificantes
pelo desempenho igual à API, a diferença esta
somente na região de cada País.
 Os sistemas de lubrificação tradicionais são:
• Por salpico
• Por pressão (sistema forçado).
SISTEMA DE ALIMENTAÇÃO.
Responsável pelo suprimento de ar e combustível para
o funcionamento do motor.

 Filtro de ar
Tem como função principal evitar a entrada de pó e
outras partículas presente no ar de chegar ao coletor de
admissão e conseqüentemente nos cilindros. Os
filtros, quando sujos, oferecem uma maior resistência
ao fluxo de ar e afetam o rendimento do motor
devendo, portanto ser substituídos de acordo com a
orientação do fabricante.
 Tanque de Combustível
É o recipiente que armazena o combustível, fica localizado
usualmente oposto ao motor por motivo de segurança.
 Bomba de Combustível
Tem a função de deslocar o combustível do reservatório
(tanque) e bombeá-lo para o sistema de alimentação com
fluxo constante, até o carburador ou tubo distribuidor e
válvula injetora.
 Filtro de Combustível
Tem a função reter as impurezas contidas no combustível.
Ele é de suma importância no sistema porque os orifícios de
pulverização das válvulas injetoras são minúsculos e assim
impedindo o entupimento.
 Carburador
Tem por finalidade fazer a mistura proporcional de ar-
combustível.
 Tubo distribuidor (flauta)
Tem por finalidade receber o combustível da bomba
elétrica e distribuir para as válvulas injetoras.
 Válvula injetora
Tem por finalidade injetar o combustível no interior da
câmara de combustão, na forma de um spray
altamente atomizado.
SISTEMA DE DESCARGA DOS
GASES.
 COLETOR DE DESCARGA
Tem a função conduzir os gases da combustão até um
local em que eles possam ser lançados para a
atmosfera.
 Silencioso
Tem a função de reduzir o nível de ruído provocado
pela expulsão dos gases no escapamento.
 CATALISADOR:
Responsável por absorver aproximadamente 98% do
CO2 produzido pela combustão.
SISTEMA DE INJEÇÃO ELETRÔNICA.
 O sistema de injeção eletrônica possibilita:
Menor emissão de poluentes;
Melhor atomização do combustível;
Melhor aproveitamento do combustível;
Maior economia;
Melhor rendimento térmico do motor;
Facilidades nas partidas a frio.
 O sistema de injeção é composto basicamente
por: Unidade de Controle Eletrônico, Sensores e
Atuadores.
 Sensores
São componentes responsáveis pela coleta de dados do
motor. Esses dados são enviados à unidade de comando
(UCE), onde são processados. Por fim, a UCE irá controlar
o funcionamento dos atuadores.
 Atuadores
São componentes que recebem informações da unidade de
comando unidade de comando (UCE) e atua
principalmente no sistema de injeção, variando o volume
de combustível e corrigindo o ponto de ignição.
Os atuadores controlam as reações do motor.
 Resumindo:
- Entrada de dados »»»» Sensores
- Sinais processados »»» Unidade de comando
- Saída de dados »»»»»» Atuadores
 UNIDADE DE CONTROLE ELETRÔNICA – UCE
É o cérebro do sistema de injeção eletrônica.
É a UCE que determina, pela ação dos atuadores, o
alcance do melhor funcionamento possível do motor.
Deste modo, a quantidade de combustível injetada é
dosada pela unidade de comando, através do tempo de
abertura das válvulas de injeção, também conhecido
como tempo de injeção.
A UCE associa um conector de diagnóstico
denominado ALDL. Este conector é uma tomada
na qual um aparelho de diagnóstico (scanner) é
inserido para que, a partir do mesmo, se faça uma
avaliação do sistema. Atualmente se usa o
conector padrão OBD2.
 Regulador de tensão interno
O módulo e os vários sensores requerem uma alimentação muito
estabilizada. A unidade de comando possui seu próprio
regulador/estabilizador.
 Processamento do sinal de entrada
Cada sinal é convertido para um número digital (números
binários). Esses números correspondem a “0” ou “1”. O valor é
tido como “0” quando não há tensão de saída e “1”, quando existe
um valor de tensão (no caso, 5 volts). Como cada sensor gera um
diferente tipo de sinal, então, são necessários diferentes métodos
de conversão.
Os sensores geram um sinal de tensão compreendido entre 0 a 5
volts (sinal analógico). Estes valores não podem ser processados
pela CPU, a qual só entende números binários. Portanto, esses
sinais devem ser convertidos para um sinal digital de 8 bits (até
256 combinações). O componente encarregado de converter
esses sinais é chamado de conversor A/D (analógico para digital).
 Memória de entrada
O sinal de tensão analógico emitido pelos sensores é
convertido para sinais digitais pelo conversor A/D.
Cada valor digital corresponde a um valor de tensão
que está gravado na memória de entrada.

 Unidade Central de Processamento (CPU)


Os sinais digitais recebidos pela CPU são comparados
com os valores (parâmetros) que estão gravados em
uma memória fixa (memória de calibração),
retornando outro sinal digital para a saída.
 Memória programada
Chamado de memória de calibração é onde são
armazenados todos os parâmetros de funcionamento
do sistema. Nessa memória, existe um mapa de
controle de calibração de todas as condições de
funcionamento do motor.

 Memória de saída
Na memória de saída estão gravados os tempos de
abertura das válvulas injetoras. A cada sinal de saída da
CPU é determinado um tempo.
 Cuidados com a unidade de comando
Ao se fazer reparos com solda elétrica, retirar a unidade
de comando do veículo;
Não dar partida utilizando uma bateria em série com o
circuito;
Não por as mãos nos pinos da unidade de comando,
devido à existência de eletricidade estática que se
acumula no corpo humano e
Não desligar os conectores da unidade de comando
com a chave de ignição ligada.
PRINCIPAIS COMPONENTES DO
SISTEMA DE INJEÇÃO
 Válvula Injetora (Bico injetor).
A válvula injetora é um atuador cujo momento e tempo
de abertura é determinado pela UCE.
 Bomba de combustível.
Tem a função de deslocar o combustível do
reservatório (tanque) e bombeá-lo para o sistema de
alimentação com fluxo constante, até o carburador ou
tubo distribuidor e válvula injetora. Na maioria dos
sistemas alimentação a bomba fica instalada dentro do
reservatório, ela bombeia o combustível passando pelo
seu pré-filtro, tubulações, pelo filtro intermediário, até
chegar à flauta e aos injetores.
 Tubo distribuidor (flauta)
A flauta recebe o combustível vindo da bomba e
distribui para os bicos injetores. Uma das
extremidades do bico fica instalada na flauta e a outra
fica instalada no coletor de admissão.
 Atuador de marcha lenta (IAC).
Controle da marcha lenta tem a função de regular, com
precisão, a quantidade de ar que é desviada do fluxo
normal no corpo de borboleta e isto, para manter o
motor funcionando na marcha lenta. Localizado no
corpo da borboleta.
 Sonda Lambda (sensor de oxigênio).
A sonda lambda mede a quantidade de oxigênio que há
nos gases de escape e informar a central, para que ela
possa corrigir a quantidade de combustível injetado.
 Sensor de Posição de Borboleta
Sua função é informar instantaneamente para UCE a
posição angular da borboleta de aceleração e também a
velocidade com que a borboleta é acionada.
Este sensor é constituído por um potenciômetro rotativo
cuja parte é comandada diretamente pelo o eixo da
borboleta.
 Sensor de pressão absoluta do coletor (sensor MAP -
Manifold Absolute Pressure).
O sensor de pressão absoluta mede a alteração da pressão
no coletor de admissão, ele informa qual é a pressão do ar
que está sendo admitido no motor. Esse sinal de leitura é
enviado ao módulo da injeção eletrônica, para que o motor
tenha o melhor rendimento nas diferentes rotações. O
sensor é capaz de medir a pressão de 0,2 até 1,05 bar (de 20
a 105 kPa).
Assim que a chave de ignição é ligada, o sensor MAP
informa à unidade de comando o valor da pressão
atmosférica, a fim de que seja configurado o cálculo
perfeito da densidade do ar. A pressão atmosférica varia
conforme a altitude (quanto mais alto, menor será a
pressão atmosférica).
 Sensores de Massa de Ar Admitido - MAF
Estes sensores são utilizados para informar, à unidade
de comando, a quantidade de ar que está sendo
admitida pelo motor.
 Sensor Temperatura do Ar
Este informa à UCE a temperatura do ar que entra no
motor, juntamente com o sensor de pressão absoluta, a
central consegue calcular a massa de ar admitida em
função da sua densidade (quanto menor a
temperatura, mais denso é o ar) e assim determinar a
quantidade de combustível adequada para uma
combustão perfeita.
 Sensor de Temperatura do Líquido de
Arrefecimento.
Informa à central a temperatura do líquido de
arrefecimento, o que é muito importante, pois
identifica a temperatura do motor.
Consiste de um termistor do tipo NTC (resistência
inversamente proporcional à temperatura) montado
no fluxo do líquido de arrefecimento. A resistência do
termistor varia conforme a temperatura do líquido de
arrefecimento. Temperatura baixa produz resistência
alta.
 Sensor de detonação.
Basicamente, é um sensor de vibrações mecânicas. O sensor de
detonação é montado no bloco do motor, e é capaz de
transformar as vibrações mecânicas do motor em oscilações
elétricas capazes de serem interpretadas pela UCE. A análise,
através de cálculos matemáticos complexos, permite detectar a
presença de detonação.
 Sensor de rotação (Magnético ou de Relutância Variável).
Tem a função fornecer ao módulo um sinal elétrico o qual
possibilita a sincronização do sistema com o ponto morto
superior do motor (tempo de injeção, avanço de ignição). Nos
veículos injetados, na falta do sinal dos sensores de
rotação, da posição da árvore de manivelas ou no ponto
morto superior, o sistema não entra em funcionamento.
Nos sistemas de freios ABS, quando o sensor de velocidade
de uma ou mais rodas deixa de atuar, o controle eletrônico
da frenagem fica comprometido.
CAPÍTULO 3 – TURBINAS.
 A turbina a gás é um motor de combustão interna, do
tipo rotativo. O termo turbina a gás é mais comumente
empregado em referência a um conjunto de três
equipamentos: compressor, câmara de combustão e
turbina propriamente dita.
 Esta configuração forma um ciclo termodinâmico a
gás, cujo modelo ideal denomina-se Ciclo Brayton,
concebido por George Brayton em 1870.
 O combustível em si pode ser gasoso, como gás
natural, gás liquefeito de petróleo (GLP), gás de síntese
ou líquido, como querosene de aviação, óleo diesel.
 Vantagens da TG
Maior potencia por peso da maquina;
Material mais leve;
Funcionamento suave;
Menos desgastes;
Manutenção reduzida;
São menores do que motores a pistão de mesma
potência.
 Desvantagens da TG
Mais caras;
Consumo elevado de combustível.
 O FUNCIONAMENTO BÁSICO DA TURBINA A
GÁS
Teoricamente, turbinas a gás são extremamente simples.
Elas são divididas em três partes:
Compressor: comprime o ar de admissão elevando
temperatura e pressão;
Câmara de combustão: queima o combustível e
produz gás com alta pressão, alta temperatura e
alta velocidade;
Turbina (acionadora do compressor): extrai a
energia do gás vindo da câmara de combustão e
esta energia se transforma em energia mecânica.
CICLO BRAYTON
 Sistema de Óleo Lubrificante
O sistema de lubrificação é composto também por:
• Filtros, para retirada de impurezas;

• Resfriadores, para abaixar a temperatura do óleo


lubrificante;

• Bombas elétricas e mecânicas;

• Todo um aparato de instrumentação, como sensores de


temperatura, pressão, etc.
 Sistema de Partida
Tem a função de comandar a partida da turbina
fornecendo a energia necessária para tirar a turbina da
posição de parada até a rotação de auto-sustentação.
Que não é a rotação de marcha lenta.
O motor de arranque pode ser:

Motor elétrico;
Motor pneumático;
Motor hidráulico.
CAPÍTULO 4- CALDEIRAS
 Caldeira: é um vaso de pressão, onde a água recebe calor dos gases de
combustão, pela queima de um combustível na fornalha,
transformando-a em vapor.
 PARTES DA CALDEIRA:
a) Carcaça: local onde todos os acessórios e instrumentos são montados.
b) Câmara d’água: local onde a água é armazenada e aquecida para virar
vapor.
c) Câmara de vapor: local destinado ao acúmulo de vapor gerado pela
caldeira; para ser comunicado aos utilizadores.
d) Fornalha: parte da caldeira onde é queimado o combustível é também
onde estão instalados os refratários.
e)Tubos: estão presos a carcaça e têm contato com a fornalha e com a
câmara d’água; são por eles que os gases da queima do combustível
passam.
f) Acessórios: são as peças que auxiliam no funcionamento de uma
caldeira.
Ex. válvulas, ralos, injetores, etc.
g) Instrumentos: são aparelhos que controlam o perfeito funcionamento
da caldeira.
Ex. pressostatos, termostatos, manômetros, termômetros, alarmes, coluna de
nível, válvula de segurança, etc.
 TIPOS DE COMBUSTÍVEIS:
Gasosos, Líquidos e Sólidos.

 TIPOS DE CALDEIRA
Existem diversos tipo de caldeiras, no entanto as mais
utilizadas na industria são:

• Fogotubular ou Flamatubular
• Aquatubular
 Caldeira fogotubular ou flamatubular

Neste tipo de caldeira, os gases quentes da combustão


passam por dentro dos tubos e a água da caldeira passa
por fora.

O vapor gerado pelo calor da queima é transferido


atraves dos gases quentes da combustão, pelas das
paredes metálicas dos tubos, para a água que fica
circulando estes tubos.
 Caldeira aquatubular
Neste tipo de caldeira, a água passa por dentro dos
tubos e os gases quentes da combustão passam por
fora. Estes tubos são normalmente conectados entre
dois ou mais reservatorios d’água cilíndricos (tubulão
inferior e superior).

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