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SISTEMA DE FREIO PNEUMÁTICO

INSTRUTOR: WALDEMAR
INTRODUÇÃO

O CECAT tem como prioridade a segurança e o conhecimento.


Logo, conhecer os princípios fundamentais do sistema de freio e
estar sempre em harmonia e de acordo com o meio ambiente são
os pilares mais fortes deste curso.

Este curso de mecânica automotiva visa dar ênfase às noções


básicas necessárias para uma perfeita integração no mercado.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

• Definição do Sistema Pneumático;

• Princípios Físicos;

• Funcionamento do Sistema Pneumático;

• Sistema de Atuação do Freio;

• Função dos Componentes;

• Funcionamento do Circuito de Freio.


CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

• Manutenção do Sistema de Freio;

• Principais Ocorrências;

• Sistemas ABS/ASR;

• Cuidados com o Sistema de Freio Pneumático;

• Suspensão Pneumática.
DEFINIÇÃO

O sistema pneumático caracteriza-se pela utilização de ar, sendo que é a


compressão do ar que faz a força para atuação no sistema de freio do
veículo.
PRINCÍPIOS FÍSICOS

Todos os veículos devem ter sistemas de freio que estejam de acordo com
as exigências legais de segurança.
Os sistemas de freio têm como finalidade:
• Reduzir a velocidade do veículo;
• Manter a velocidade constante nas descidas;
• Parar o veículo;
• Manter o veículo estacionado.

Quando os freios do veículo são acionados, a energia cinética é convertida


em energia térmica.
PRINCÍPIOS FÍSICOS

Qualidade na Execução dos Serviços

• O perfeito funcionamento dos freios de um veículo, depende da correta


execução dos reparos e da manutenção preventiva;
• Ao executar um reparo no freio, assumimos uma grande
responsabilidade de segurança do veículo na estrada, por isso, todos os
reparos devem ser executados com toda a técnica, atenção,concentração
e responsabilidade;
• Um reparo mal executado pode proporcionar graves consequências.
PRINCÍPIOS FÍSICOS

O aquecimento produzido pelo atrito é inevitável e deve ser considerado


crítico se for excessivo, a ponto de reduzir significativamente ou até mesmo
eliminar a ação de frenagem.

O tipo de aquecimento gerado no freio do veículo depende de dois fatores:

• Massa do veículo

Um veículo 2 vezes maior que outro requer 2 vezes mais energia no freio,
assim como, será produzido um aquecimento 2 vezes maior.
PRINCÍPIOS FÍSICOS
• Velocidade do veículo

Dobrando a velocidade, será necessário 4 vezes mais energia de frenagem


e produzirá um aquecimento 4 vezes maior.

O aquecimento é produzido pelo atrito entre:

• Lonas e tambores, pastilhas e discos;

• Condições dos pneus e estradas.


FUNCIONAMENTO
• O compressor comprime o ar e envia para o regulador de pressão,que controla
a pressão do sistema, jogando para a atmosfera o excedente de ar.

• Com a pressão regulada, é distribuída para os circuitos independentes, através


da válvula de proteção de 4 vias.

• A distribuição do ar comprimido é feita separadamente, sendo uma via


destinada para os freios dianteiros, outra para os freios traseiros, outra para o
freio de estacionamento e uma para os chamados acessórios, que incluem o
freio motor e a buzina.
FUNCIONAMENTO
• Essa distribuição impede que o sistema fique completamente sem
assistência quando um dos circuitos apresente avarias.

• Se houver vazamento de ar de uma das saídas, as outras serão


bloqueadas evitando perda de pressão em todo o circuito de freio.

• A válvula de proteção de 4 vias, para aumentar a segurança, prioriza o


carregamento dos circuitos de freio de serviço dianteiro e traseiro e
acessórios, ficando por último o freio de estacionamento, evitando a saída
do veículo sem ar comprimido nestes circuitos.
SISTEMA DE ATUAÇÃO DE FREIO
5.1 – Freio de Serviço
• O freio de serviço pode ser utilizado tanto para reduzir a velocidade
como para parar o veículo.

• Quando o motorista retira o pé do pedal de freio o ar que foi utilizado é


jogado para a atmosfera através da descarga e ao mesmo tempo o
compressor repõe o ar consumido

• Se ocorrer queda de pressão no circuito dianteiro, o circuito traseiro atua


normalmente.

• A aferição da válvula pedal é contínua e atua nos freios das rodas.


SISTEMA DE ATUAÇÃO DE FREIO
5.2 – Freio de Estacionamento

• A finalidade do freio de estacionamento, acionado pela válvula do freio de


mão, é manter o veículo estacionado com segurança, mesmo em aclives ou
declives e ser eficaz mesmo quando falhar a energia pneumática. Para isso,
deve agir mecanicamente através de molas, acionando os freios das rodas.

• Possui uma alimentação independente do freio de serviço.

• Se cair a pressão do circuito,as sapatas se abrem e bloqueiam as rodas.


SISTEMA DE ATUAÇÃO DE FREIO

5.3 – Freio de Emergência

• O freio de emergência é controlado gradualmente pela válvula de freio de


estacionamento, em situação de falta do freio de serviço.

• OBS: O manete de freio não deve ser substituído pela válvula de


acionamento de suspensão ( TicTac ), uma vez que elimina o freio de
emergência.
SISTEMA DE ATUAÇÃO DE FREIO
5.4 – Freio Motor

• O freio motor é um processo de utilização do próprio motor do veículo


para auxiliar a frenagem e consiste na redução da marcha em grandes
declives, controlando a velocidade com o freio.

• Também pode ser usado para desaceleração em tráfego normal.

• Muitos motoristas ainda acreditam nos mitos criados sobre o freio motor.
NUMERAÇÃO DOS PÓRTCOS
• As identificações consistem de números compreendidos no máximo de 2
dígitos. O primeiro dígito refere-se a:

• Nº1 – Entrada / Alimentação


• Nº2 – Saída
• Nº3 – Descarga / Exaustão
• Nº4 – Sinal / Piloto / Comando

• Um segundo dígito deve ser utilizado sempre que houver vários pórticos
com a mesma aplicação,como por exemplo, várias saídas.

• O mesmo, deve iniciar em 2 e o segundo dígito iniciar em 1, dando


sequência como mostra o exemplo: 21,22,23,24 etc.
7 – FUNÇÃO DOS COMPONENTES
• Compressor de ar

- Produzir ar para abastecer os reservatórios de ar

• Válvula Reguladora de Pressão

• C - Controlar automaticamente a pressão do sistema


FUNÇÃO DOS COMPONENTES
• Válvula Protetora de 4 Circuitos

- Garantir uma pressão pré-estabelecida nos circuitos


do sistema de freio

• Reservatório de Ar

•-A - Armazenar o ar comprimido produzido pelo compressor



FUNÇÃO DOS COMPONENTES
• Válvula de Drenagem Manual

• - Retirar a água condensada nos reservatórios

• Manómetro

• - Indicar a pressão de ar nos reservatórios


FUNÇÃO DOS COMPONENTES
• Válvula Pedal

- Modular a pressão do sistema do freio de serviço, através


de 2 circuitos diferentes

• Válvula Pedal (1934)

- Modular a pressão do sistema do freio de serviço, através


de 2 circuitos diferentes
FUNÇÃO DOS COMPONENTES
• Válvula Pedal (Ford)

- Modular a pressão do sistema do freio de serviço, através


de 2 circuitos diferentes

Válvula Distribuidora

• - Controlar gradualmente o freio de serviço,estacionamento


e emergência do reboque ou semi-reboque
FUNÇÃO DOS COMPONENTES
• Cilindro Membrana

• - Acionar as sapatas de freio através da alavanca


• ajustadora de folga

• Cilindro Combinado Tristop

--- - Acionar o freio traseiro (serviço, estacionamento e


emergência
FUNÇÃO DOS COMPONENTES
• Válvula de Acionamento ( Válvula Solenóide )

• - Pressurizar e despressurizar o cilindro de acionamento


• do freio motor

• Válvula Freio Motor

- Restringir a saída dos gases de escapamento,auxiliando


o sistema de freio
FUNÇÃO DOS COMPONENTES
AUXILIARES

• Válvula de Freio de Estacionamento ( Manete )

• - Acionar gradualmente o freio de estacionamento e


• emergência do veículo

• Válvula de Freio do Reboque ou Semi-Reboque

- Acionar somente o freio de serviço do reboque ou


• semi-reboque
FUNÇÃO DOS COMPONENTES
AUXILIARES

• Válvula de Freio combinada ( Manete )

• - Acionar gradualmente o freio de estacionamento e


• emergência do veículo


FUNÇÃO DOS COMPONENTES
• Válvula Relê

• - Produzir o acionamento e desacionamento do freio


traseiro mais rápido (serviço/estacionamento)

• Válvula Sensível de Carga

- Permitir a liberação do ar com pressões diferentes de


d
acordo com o peso da carga do veículo
FUNÇÃO DOS COMPONENTES
• Válvula Distribuidora do Reboque

- Distribuir e alimentar os componentes do reboque

• Válvula de 2 Vias

• - Alimentar os componentes do sistema de freio,através


• de 2 circuitos alternativos
FUNÇÃO DOS COMPONENTES
• Engate de Ar de Acoplamento - A
-

• - Conexão de ar entre o cavalo mecânico e o semi-reboque


• (freio de estacionamento)

• Engate de Ar de Acoplamento - B

- Conexão de ar entre o cavalo mecânico e o semi-reboque


(freio de serviço)
FUNÇÃO DOS COMPONENTES
• Válvula Secadora APU (2 sensores) – MBB Axor

- Retirar totalmente a umidade e impurezas

• Válvula Secadora APU – MBB Atego

- Retirar totalmente a umidade e impurezas


FUNÇÃO DOS COMPONENTES
• Válvula Secadora APU (6 vias) – MBB 1620/1938

- Retirar totalmente a umidade e impurezas

• Válvula Secadora APU (com regulagem no governador) – Ford

- Retirar totalmente a umidade e impurezas


FUNÇÃO DOS COMPONENTES
• Válvula Secadora Eletrônica APS - Scania

- - Retirar totalmente a umidade e impurezas

• Válvula Secadora Eletrônica APS – Scania

- Retirar totalmente a umidade e impurezas


FUNÇÃO DOS COMPONENTES
• Válvula Secadora APM (4 circuitos) – Volvo

- Retirar totalmente a umidade e impurezas

• Válvula Secadora APM (4 circuitos) - Volvo

- Retirar totalmente a umidade e impurezas


FUNÇÃO DOS COMPONENTES
• Válvula RE4 (carreta c/3 eixos – MBB 1519

- Distribuir e controlar todo o fluxo de ar do freio de serviço e

emergência da carreta

• Midi Servo - VW

- Pressiona o sistema hidráulico para acionar o servo embreagem


FUNÇÃO DOS COMPONENTES
• Servo de Embreagem (copo grande) – MBB 1935
-

- Amplificar a força do pedal durante o processo de


desacoplamento

• Servo de Embreagem (copo pequeno) - MBB 1934, VW

- Amplificar a força do pedal durante o processo de


desacoplamento
ESQUEMA DE CIRCUITO DE FREIO
FUNCIONAMENTO DO CIRCUITO DE FREIO
O ar comprimido produzido pelo compressor, (1) passa pelo regulador de
pressão (2) e chega até a válvula protetora de 4 vias (3). Esta válvula
distribui o ar para os seguintes pontos do circuito:

1. Reservatório I (5) – Onde é armazenado o ar para utilização dos freios


dianteiros, através da válvula pedal.

2. Reservatório II (5)- Onde é armazenado o ar para utilização dos freios


traseiros, através da válvula pedal (8).

3. Válvula de Acionamento (11).


4. Saída para Acessórios (13).
FUNCIONAMENTO DO CIRCUITO DE FREIO
.
5. Válvula de Freio de Estacionamento (14) –Juntamente com a válvula relê
(15) mantém a pressão na câmara de estacionamento do cilindro
combinado Tristop (10) não estando acionado o freio de estacionamento.

6. Reservatório do Reboque – Através do engate de ar de acoplamento(20),


juntamente com a válvula distribuidora (17) .

7. Válvula de freio do reboque (19) –Não está acionada.


FUNCIONAMENTO DO CIRCUITO DE FREIO
9.1 - Acionamento do Freio de Serviço

• O freio de serviço é acionado pela válvula pedal (8), que comanda o freio
tanto do cavalo mecânico quanto do reboque, ou pela válvula de freio do
reboque (19) que comanda somente o freio do reboque.

9.2 - Frenagem Através da Válvula de Pedal (8)

• Acionando gradualmente a pedaleira da válvula pedal (8), a frenagem


ocorre através de 2circuitos independentes:
FUNCIONAMENTO DO CIRCUITO DE FREIO
Circuito I – A aplicação do freio traseiro do cavalo mecânico, é devido à
presença de ar comprimido nas câmaras de serviço do cilindro combinado
Tristop (10).
Além disso, ocorre a pressurização do pórtico (41) da válvula distribuidora
(17), liberando assim a passagem de ar através do engate de ar de
acoplamento (21) para frenagem do reboque.

Circuito II – A aplicação do freio dianteiro do cavalo mecânico, é feito pela


pressurização dos cilindros membrana (9).
Analogamente ao circuito I, ocorre a frenagem do reboque, agora pela
pressão atuando no pórtico (42) da válvula distribuidora (17).
FUNCIONAMENTO DO CIRCUITO DE FREIO
9.3 - Frenagem Através da Válvula de Freio Reboque (19)

• Acionando a alavanca da válvula de freio reboque (19), ocorre a pressurização


do pórtico (41) da válvula distribuidora (17), através da válvula de 2 vias (16),
liberando a passagem de ar do engate de ar de acoplamento (21) para a
frenagem do reboque.

• Existe a possibilidade de se pisar na pedaleira da válvula pedal (8), e ao


mesmo tempo acionar a alavanca da válvula de freio reboque (19). Neste caso,
o comando da válvula distribuidora (17) e posterior frenagem do reboque, será
exercida pela maior pressão que atinge a válvula de 2 vias (16).
FUNCIONAMENTO DO CIRCUITO DE FREIO

9.4 – Acionamento do Freio Motor (12)

• Ao se apertar o botão da válvula de acionamento (11), esta permite que o


ar atinja o cilindro de acionamento (12), fechando a borboleta do conjunto
do freio motor, obstruindo parcialmente a saída dos gases de escapamento.
Desta forma o motor oferece uma resistência ao deslocamento do veículo.
FUNCIONAMENTO DO CIRCUITO DE FREIO
9.5 – Acionamento do Freio de Estacionamento (14)

• Acionando a alavanca de freio de estacionamento (14) para a posição de


travamento, ocorre a descarga de ar das câmaras de estacionamento dos
cilindros combinados Tristop (10), auxiliada pela válvula relê (15),aplicando
o freio de estacionamento do cavalo mecânico. Além disso, pressuriza
também o pórtico (43) da válvula distribuidora, acionando o freio reboque.

• Em situações de emergência, é possível utilizar-se a válvula de freio de


estacionamento para acionar gradualmente o freio traseiro do cavalo
mecânico e do reboque, simultaneamente.
SUSPENSÃO PNEUMÁTICA

• A Suspensão a Ar proporciona excelentes serviços durante a vida do veículo,


se forem corrigidos pequenos problemas quando eles aparecerem.
• As descrições seguintes irão ajudá-lo a determinar o que esperar dos vários
componentes da suspensão:

Bolsa de Ar
• As bolsas de ar têm boa durabilidade se, entretanto irão falhar rapidamente
se sofrerem atrito, forem raspadas ou perfuradas.
• Se uma bolsa falhar, todo o sistema pneumático estará comprometido.
SUSPENSÃO PNEUMÁTICA

• Foram instalados batentes na estrutura da suspensão que representam


um sistema de segurança, no caso de vazamento de ar dos bolsas,
possibilitando o assentamento da suspensão sem travar as rodas e pneus.
• Desse modo permite locomover o veículo até o posto de serviços mais
próximo.
• Para substituir uma bolsa de ar, retire todo o ar do sistema, calce o veículo
e mantenha apoiado de uma maneira segura.
• Em seguida, solte os parafusos de fixação da bolsa, a conexão de ar e
coloque a nova bolsa de ar no lugar.
SUSPENSÃO PNEUMÁTICA
Válvula Niveladora
• A válvula de nivelamento da suspensão responde automaticamente à
posição relativa do eixo em relação ao chassis do veículo.
• Ela controla o ar a ser injetado ou drenado das bolsas através da variação
de carga.
• Quando o braço de atuação da válvula niveladora move-se para cima, a
válvula abre e conecta o sistema de suprimento de ar com as bolsas.
• Quando o braço move-se para baixo, o suprimento de ar é cortado e o
ponto de exaustão para a atmosfera é aberto, permitindo a saída de ar das
bolsas.
• Uma válvula de proteção é incorporada ao sistema para prevenir perda de
ar das bolsas, caso o sistema de ar falhe.
SUSPENSÃO PNEUMÁTICA
Altura de Trabalho

• A Altura de Trabalho é a distância do centro do eixo à face inferior do


chassis, no eixo em que estiver instalada (232mm).
MANUTENÇÃO DE SUSPENSÃO • Quando o braço de atuação da
300 U VIX válvula niveladora move-se para
cima, a válvula abre e conecta o
sistema de suprimento de ar com
os bolsões. Quando o braço de
atuação move-se para baixo, o
suprimento de ar é cortado e o
ponto de exaustão para a
atmosfera é aberto, permitindo a
saída de ar dos bolsões. Uma
válvula de proteção é incorporada
ao sistema para prevenir perda de
ar dos bolsões caso o sistema de
suprimento de ar falhe
SUSPENSÃO PNEUMÁTICA

Buchas da Suspensão
• A troca será necessária quando existir muita folga e isso conseguimos
verificar com uma alavanca, forçando a lateral do suporte em relação a viga.
• Caso reaperte os parafusos de fixação e mesmo assim continuar a folga,
será necessário substituir as buchas.
• As buchas podem ser substituídas também, caso estejam muito
deformadas e soltando pedaços de material.
SUSPENSÃO PNEUMÁTICA
Verificação de Folgas das Vigas
• Para verificar a folga existente nas articulações inferiores da viga, proceda
do seguinte modo:
1) Apoie um macaco e faça uma pequena carga subindo a viga e verifique
possíveis folgas;
2) Uma pequena folga em cada lado da bucha, na parte inferior da viga é
normal;
3) Como todas as buchas estão em compressão, a aparência é de uma
peça um pouco deformada na parte superior da bucha, causada pelo
esforço vertical.
SUSPENSÃO PNEUMÁTICA
Notas de Segurança

• Reparos e manutenção preventivas são importantes para a operação


segura e confiável da suspensão.
• Não utilizar maçarico para remover qualquer elemento de fixação, como
as buchas das vigas e das barras longitudinais e transversais. O calor
excessivo afetará a resistência das peças.
• Um componente assim danificado poderá causar a perda de controle do
veículo, provocando acidentes pessoais e danos materiais.
SUSPENSÃO PNEUMÁTICA

Manutenção Preventiva
• Parafusos e fixações da suspensão devem ser reapertados a cada 10.000 km,
se for condição extrema de trabalho, podendo ser diminuído ou aumentado
esse tempo de reaperto, bastando para isso acompanhar as primeiras
revisões e identificar o aperto existente por torquimetro de relógio de todas
as fixações e modificar o plano de manutenção preventiva da suspensão.
• depois de 3 reapertos com torquímetro de relógio e identificado em planilha
que as fixações não estão soltando, pode-se aumentar pra 15.000 Kms.
SUSPENSÃO PNEUMÁTICA
Segurança no Trabalho

È um conjunto de medidas de prevenção adotadas para proteger os


colaboradores de uma empresa e reduzir os ricos de acidentes de trabalho
e doenças ocupacionais.
Visa proporcionar um ambiente de trabalho saudável para que as tarefas
laborais sejam realizadas da melhor forma possível.
O foco, a atenção e a responsabilidade no desempenho das tarefas,
permite a realização de um serviço com segurança e excelência.
MANUTENÇÃO

A manutenção é formada por um conjunto de ações que ajudam no bom e


correto funcionamento de um sistema. Podemos considerar três:

• Manutenção Preventiva;

• Manutenção Preditiva;

• Manutenção Corretiva.
MANUTENÇÃO
• Manutenção Preventiva

Tem como objetivo principal a prevenção de uma falha ou quebra, antes


mesmo que ela ocorra e sendo bem realizada permite aumentar a vida útil
dos componentes.

Sempre devemos seguir as orientações do fabricante do veículo e não


esperar que o sistema apresente alguma deficiência ou falha na frenagem.
MANUTENÇÃO
• Manutenção Preditiva
É o acompanhamento periódico através de dados coletivos por meio de
inspeções ou diferente comportamento dos componentes.

• Manutenção Corretiva
Serve para corrigir uma falha já existente e apresenta algumas desvantagens:

1- Alto custo com peças, serviços e mão de obra;


2- Redução de produção, resultando em perdas para o negócio;
3- Indisponibilidade do veículo;
4- Acidentes e danos pessoais,materiais e ao meio ambiente.
Não importa se o veículo é antigo ou novo,a manutenção é e será necessária.
PRINCIPAIS OCORRÊNCIAS
11.1 – Compressor

• A corrosão dos componentes internos está diretamente ligada à utilização


do aditivo no sistema de arrefecimento. Quando não usamos aditivo, os
componentes metálicos apresentam corrosão prematura, e quando usamos
em excesso, os componentes de alumínio é que apresentam corrosão
prematura.

• Desgaste prematuro dos anéis de segmento, ocasionado por manutenção


preventiva inadequada, na filtragem do ar e troca de óleo lubrificante.
PRINCIPAIS OCORRÊNCIAS
• Excesso de pressão de ar no sistema, provocando a passagem de ar do
compressor para o sistema de arrefecimento, ou a quebra do virabrequim,
pode ser originado por obstrução da linha de ar, falta de manutenção
preventiva nas válvulas (reguladora de pressão, protetora de 4 vias,
APU,APS), troca periódica do filtro do secador, obstrução de tubulação e
serpentina do compressor à válvula.

• Aquecimento excessivo provocado por entupimento na mangueira do


líquido de arrefecimento, que refrigera o cabeçote do compressor.

• Aplicar peças de qualidade, evita a quebra ou desgaste prematuro da


válvula de laminas.
PRINCIPAIS OCORRÊNCIAS
11.2 – Válvulas

• O vazamento de ar na válvula reguladora de pressão, APU, APS, secador de


ar ou similar, é provocado pela presença de umidade vinda do compressor,
assim como, a utilização do filtro do secador de qualidade inferior, que não
permite a correta secagem do ar e obstrui a passagem do ar.

• O excesso de temperatura do ar comprimido na entrada da válvula,


provocado pela proximidade da válvula ao compressor de ar, ou a tubulação
entupida, danificam as borrachas de vedação da válvula.
PRINCIPAIS OCORRÊNCIAS

• Vazamento na válvula reguladora de pressão por obstrução da passagem


de ar na válvula de 4 vias, pode ser ocasionado por aplicação de reparos de
má qualidade ou manutenção inadequada.

• A falha na válvula protetora de 4 vias, pode ser provocada pelos circuitos


de segurança, retardando ou não liberando o ar, provocando
endurecimento do pedal de embreagem ou falhas no sistema de redução e
transferência do câmbio.
PRINCIPAIS OCORRÊNCIAS
• Quando for executada a manutenção preventiva no sistema pneumático,
devem ser revisados os seguintes componentes :

a) Válvula Reguladora de Pressão;

b) Válvula Protetora de 4 Vias;

c) APU, APS ou similar;

d) Limpeza da tubulação de ar.


SISTEMAS ABS/ASR
12.1 – Princípios Físicos

• Força de Frenagem e Aderência

Para que uma frenagem exista efetivamente, são necessários 2 elementos:

a) A força de frenagem que atua no tambor de freio através das lonas de


freio, reduz o número de rotações das rodas;

b) O atrito frontal e lateral é a força transmitida às rodas através do


pneu.Esta força é exercida pelo peso do veículo.
SISTEMAS ABS/ASR
• Escorregamento (Deslizamento)

O escorregamento é determinado pela diferença entre a velocidade do


veículo e o número de rotações da roda, dividida pela velocidade do
veículo.

I=(Vv-Vr)x100
Vr
I -- Escorregamento
Vv - Velocidade do veículo
Vr - Velocidade da roda
SISTEMAS ABS/ASR
12.2 – Atuação do Sistema ABS

• No sistema de freio convencional ao acionar o pedal de freio,


basicamente poderemos reduzir excessivamente o número de rotações da
roda, proporcionando uma situação favorável ao escorregamento, ou seja,
bloqueio das rodas, provocando as seguintes consequências:

a) Difícil comando de direção(Travamento das rodas dianteiras;


b) Perda de dirigibilidade;
c) Perda de estabilidade do veículo(Travamento das rodas traseiras);
d)Desgaste irregular dos pneus;
e) Maiores distâncias de parada, principalmente na via molhada.
SISTEMAS ABS/ASR
• O sistema ABS atua regulando a força de frenagem que age nos tambores de
freio, proporcionando uma redução gradual no número de rotações da roda,
fazendo com que o escorregamento permaneça na faixa de 10% a 30 %,
melhorando o aproveitamento do coeficiente de aderência.
A estabilidade do veículo e a dirigibilidade permanecem constantes, sem
prejuízo de uma frenagem eficaz.

• O sistema ABS é um dispositivo de segurança complementar ao convencional.

• Com as rodas bloqueadas, o escorregamento é de 100%. Com o sistema ABS,


atingimos um escorregamento de 10 a 30% com um melhor aproveitamento do
coeficiente de atrito, o que permite uma frenagem mais segura e eficaz.
SISTEMAS ABS/ASR
12.3 – Atuação do Sistema ASR

Controle Anti-Deslizante ASR

• Numa aceleração, o deslizamento é calculado pela diferença entre a


velocidade da roda e a velocidade do veículo dividido pela velocidade da
roda.

I=(Vr-Vv) x 100
Vr
SISTEMAS ABS/ASR
• O sistema ASR faz com que numa aceleração, o deslizamento mantenha-
se na faixa de 10 a 30%, permitindo:

a) Maior aproveitamento das rotações do motor;


b) Maior facilidade de condução;
c) Menor desgaste dos pneus;
d) Menor esforço do conjunto diferencial.

• Ao detectar que uma das rodas está patinando, o sistema faz com que
a roda seja parcialmente freada.
• Quando as 2 rodas da tração tendem a patinar, o sistema faz com que a
rotação do motor diminua até o ponto em que a velocidade das rodas
de tração se igualem às do eixo dianteiro.
CUIDADOS COM O FREIO PNEUMÁTICO
13.1 – A Revisão Periódica nos Componentes do Sistema de Freio

• Tais revisões, como a regulagem da folga das sapatas e a drenagem do ar


dos reservatórios são obrigatórios.

13.2 – O Elemento Secador

• Deve ser removido com a descarga da válvula reguladora de pressão


aberta para descarregar o reservatório de regeneração. Deve-se utilizar
uma cinta para soltar o elemento e apertar manualmente.
CUIDADOS COM O FREIO PNEUMÁTICO
• Antes de instalar o elemento deve-se limpar a carcaça, remover o anel de
vedação usado da sede do elemento.

• Na instalação, deve-se passar um lubrificante no anel e apertar até encostar,


dando em seguida mais meia volta.

• Em hipótese alguma o óleo lubrificante ou a água podem circular no circuito


de freio.

• Se a válvula de descarga rápida estiver com o reparo danificado, pode


retardar a aplicação ou liberação do freio. Não se deve usar pedaços de
câmara de ar de pneu para vedar o componente.
CUIDADOS COM O FREIO PNEUMÁTICO

• É expressamente proibido puxar o freio de estacionamento antes que o


veículo esteja parado. Pode causar quebra da mola da câmara de freio,
reduzindo a sua vida útil.

• Neste componente pode ocorrer a passagem de ar da câmara do freio de


estacionamento para a câmara do freio de serviço, através do retentor que
separa as duas câmaras, além do vazamento no diafragma.
CONCLUSÃO

• O curso vai proporcionar ao aluno o aprendizado e fixação de conteúdos


teórico e prático para o seu desenvolvimento, especialmente no que tange
ao conhecimento do Sistema de Freio Pneumático. É possível, com a
oportunidade de troca de experiência transformar o aprendizado em um
campo de informação construtivo, utilizando conceitos aprendidos de
forma sistematizada no âmbito de ensino.

• Portanto, o curso visa capacitar o aluno para o mercado de trabalho, cada


vez mais competitivo.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

• Revista O MECÂNICO

• Apostila WABCO
“Os analfabetos do próximo século não são aqueles que
não sabem ler ou escrever, mas aqueles que se recusam a
aprender, reaprender e voltar a aprender.”
Autor: Alvin Tofler

Sucesso pra todos!

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