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Determinação de perfil de
temperatura numa alheta retangular
Keila Moura
Com base nos dados obtidos, foi possível determinar o perfil de temperatura para cada
réplica, através do EXCEl, onde posteriormente constatou-se pela representação gráfica
que a temperatura diminuiu com consoante a distância, ou seja, quanto maior a distância
menor é a temperatura. E conforme a sua diminuição aproximava-se da temperatura do
ambiente.
1.1 Objetivos
o Interpretar quais os fenómenos de transferência de calor que ocorre numa
superfície retangular alhetada;
o Determinação do perfil de temperatura;
o Determinação do coeficiente convectivo médio e o calor médio perdido pela
alheta.
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Índice
1. Resumo ...................................................................................................................... 2
4. Conclusão .................................................................................................................11
5. Bibliografia.............................................................................................................. 12
6. Anexo ...................................................................................................................... 13
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2. Parte experimental
2.1. Materiais
o Placa de ferro o Isolantes (esferovite)
o Termostático o Água da torneira
o Termopares o 2 Suportes universais e 3 garras
o Termómetro de mercúrio o Régua
o Pega de borracha
2.2. Metodologia
Nesta prática foi feita a determinação do perfil de temperatura de uma alheta retangular,
em que ocorreu dois fenómenos de tranferência de calor, a condução e a convecção. A
condução trata-se de um processo onde o calor transmite ao longo de um material, isto é,
é a transferência de calor entre átomos ou moléculas que se dá devido ao gradiente de
temperatura em regime estacionário, podendo o material ser um sólido ou líquido dum
meio de maior temperatura para menor temperatura. A convecção é o processo de
transferência de calor executado pelo escoamento de um fluído, ou seja, é a transferência
de calor que se dá entre uma superfície e um fluído. Neste experimento, a condução
verificou-se na ocorrência da transferência de calor entre alheta e a água que se
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encontrava a aquecer no termostático. E a convecção natural ocorreu quando a uma da
parte da alheta se encontrava exposto ao ar, onde pode-se haver troca de calor entre o ar
e a alheta.
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3. Resultados e discussão
A taxa de transferência de calor de uma superfície a uma temperatura 𝑇�𝑆� para o meio a
𝑇�∞ é dada pela lei de Newton do resfriamento
𝑑𝑇
𝑄𝑐𝑜𝑛𝑑 = −�𝑘𝐴𝑐� �
𝑑𝑋
Segundo (Bird, 2011) aletas são superfícies estendidas cuja finalidade é aumentar a área
de troca térmica e por consequência aumentar a taxa de transferência de calor entre um
sólido e um fluido adjacente. Esse processo envolve a transferência de calor por
condução, no interior do sólido, e por convecção nas fronteiras do sólido com a
vizinhança.
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aumento da área, muitas vezes para compensar um baixo coeficiente de convecção (como
no caso de ar a baixa velocidade junto a superfície). (Oliveira, 2022)
O experimento deste trabalho baseou-se no cálculo das propriedades de uma aleta com
forma retangular. O desenvolvimento da equação de transferência de calor nesta alheta é:
o Regime permanente;
o Condução unidimensional ao longo da aleta;
o Temperatura uniforme na seção transversal;
o Propriedades constantes, independentes da temperatura;
o Coeficiente convectivo uniforme ao longo da aleta.
De acordo com (Çengel & Ghajar, 2012), considerando um elemento de volume da aleta
na localização X tendo um comprimento ∆X e área transversal Ac e um perímetro P. Sob
condições permanentes, o balanço de energia neste elemento de volume pode ser expresso
como:
𝑑𝑇
𝑄𝑐𝑜𝑛𝑑 = −�𝑘𝐴𝑐�
𝑑𝑋
Em geral, a área transversal Ac e o perímetro P de uma aleta variam com X, o que torna
𝑑2𝜃
− 𝑚2 𝜃 = 0
𝑑2𝑋
Integrando obteve-se:
ℎ∗𝑃
𝑚2 = 𝐾∗𝐴𝑐
Em que, 𝜃� = 𝑇� − 𝑇�∞, que é o excesso de temperatura, e na base da aleta 𝜃�𝑏� = 𝑇�𝑏� − 𝑇�∞
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Para esta alheta utilizada, por ser uma alheta infinita, aplica-se as seguintes condições
fronteiras
𝜃 𝑇 − 𝑇∞
= = 𝑒 −𝑚𝑥
𝜃(0) 𝑇(0) − 𝑇∞
Sendo:
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Perfil de temperatura do ensaio I
100
60
40
20
0
0 0,12 0,24 0,36
Distância
60
40
20
0
0 0,12 0,24 0,36
Distância
60
40
20
0
0 0,12 0,24 0,36
Distância
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Os valores de temperatura da aleta para as três temperaturas variam nos dois primeiros
pontos, como se verifica nas figuras, elas tendem a se igualar à medida que se aumenta a
distância da base, pois segundo (Çengel & Ghajar, 2012) o fato da base do retângulo estar
em contacto com o fluido e isolado nesta parte o efeito da transferência de calor por
condução predomina nas proximidades da base da aleta. Quando a aleta estiver mais
afastada da base, o efeito da transferência de calor por convecção será de maior
magnitude, fazendo com que as temperaturas das aletas para as três réplicas
aproximassem mais ainda.
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4. Conclusão
Uma das formas de aumentar a transferência de calor é o uso da alhetas, sendo que este
tem como objetivo aumentar a área de troca de calor e aumentar o coeficiente médio de
transferência de calor (h), apesar de que nesta prática os valores de coeficiente médio de
transferência de calor e do calor perdido oscilava a cada distância.
Após testes realizados e dados coletados no experimento, foi possível verificar como
ocorre a troca de calor em alhetas e como o coeficiente médio de transferência de calor
variou a cada réplica. Foi possível verificar que a temperatura ao longo da distância da
alheta diminuiu e que houve uma perda considerável de calor devido a diminuição da
temperatura.
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5. Bibliografia
Bird, B. R. (2011). Fenómenos de transporte. Rio de Janeiro: LTC.
Çengel, Y., & Ghajar, A. (2012). Transferência de Calor e Massa (4ª ed.). (F. A. Lino,
Trad.) AMGH Editora Ltda.
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6. Anexo
Tabela 1: Informações básicas sobre a alheta
Base da placa de ferro (m) Altura total do ferro (m) Condutividade térmica do ferro - K (W/m ºC) Área do ferro (m^2) Perímetro do ferro (m)
0,04 0,455 80,2 0,0182 0,99
𝐴 = 𝑏∗ℎ
A = 0,04 m * 0,455 m
A = 0,0182 m2
O perímetro é:
𝑃 = (2 ∗ 𝑏) + (2 ∗ ℎ)
P = (2 * 0,04 m) + (2 * 0,455 m)
P = 0,99 m
Cálculo do θ (x):
Esta fórmula foi utilizada também para determinar o θ (x) em todos os ensaios.
Determinação do parâmetro m:
θ(x)
= 𝑒 −𝑚𝑥
θ(0)
θ(x)
𝐿𝑛 = � −𝑚𝑥
θ(0)
θ(x)
𝐿𝑛
θ(0)
𝑚=
−𝑥
17,1�ºC
𝐿𝑛 37,1�ºC
𝑚= �
−�0,12
m = 6,45 m-1
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E fez-se o mesmo processo para determinar o parâmetro m em todos os outros casos.
𝑚2� ∗ 𝐾 ∗ 𝐴�
ℎ =�
𝑃
h = 61,33 W/m2 ºC
𝑞 = � √ℎ ∗ 𝐾 ∗ 𝐴 ∗ 𝑃 ∗ θ(0)
q = 349,26 W
∑ℎ
ℎ�𝑚é𝑑𝑖𝑜 = �
3
∑𝑞
𝑞�𝑚é𝑑𝑖𝑜 = �
3
q médio = 433,5633333 W
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