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PRÁTICA 7 - TRANSFERÊNCIA DE CALOR EM BARRAS

RESUMO
O experimento teve como objetivo determinar o coeficiente de troca
térmica por convecção natural (h) e comparou com dados da literatura. No
experimento, utilizou-se as temperaturas de 57 e 93°C para as quatro barras
metálicas de diferentes materiais (cobre, alumínio, aço inox) e diferentes
diâmetros.

INTRODUÇÃO
O estudo da transferência de calor é um dos temas mais importantes
num curso de Engenharia, e a necessidade de avaliar, quantificar e controlar
esse processo abrange a grande maioria dos sistemas e equipamentos.
Admite-se que o calor é transferido de três modos (ou mecanismos) distintos,
cuja caracterização é feita a partir de modelos baseados nas leis de Fourier, de
resfriamento de Newton e de Stefan-Boltzmann; que tratam da condução,
convecção e radiação, respectivamente, sendo que a convecção que foi
estudada na experiência e que se realizou no laboratório. (GARCIA,2017)

Trata-se da transmissão de calor que ocorre entre um corpo sólido e um


fluido em movimento, podendo o corpo fluído ser líquido ou gasoso. A
convecção pode ser natural ou forçada. Diz-se que a convecção é natural
quando o movimento do fluído ocorre unicamente devido a variações de seu
peso específico (densidade). Na convecção forçada o movimento do fluído é
provocado por uma bomba, no caso de um líquido, ou por um ventilador, no
caso de um fluido gasoso. (RODRIGUES, 2020)

A lei de resfriamento de Newton nos diz que a taxa de transferência de


calor q numa interface sólida é diretamente proporcional ao produto da
área A dessa interface pela diferença de temperatura entre o fluido e a parede
do sólido nele imerso, sendo o coeficiente de película h a constante de
proporcionalidade, conforme explicitado na equação 1. Nessa equação as
temperaturas da superfície do sólido e do fluido circundante são admitidas
como sendo constantes e iguais a Ts e T∞, respectivamente. (GARCIA,2017)
q = ℎ . A (Ts - T∞)

Equação 1 - Lei de resfriamento de Newton. (GARCIA,2017)

A movimentação de um fluido aumenta a transferência de calor ao


provocar mais choques entre moléculas mais frias com moléculas mais quentes
e, seguindo este conceito, quanto maior a velocidade do fluido, maior será a
taxa de transferência de calor convectiva. O escoamento de um fluido, como já
dito pode ter origem natural ou ser excitado por um agente externo, assim
sendo, a convecção tomada pelo auxílio de um agente externo é chamada de
convecção forçada, conforme a figura 1. (LEAL,2017)

Figura 1 – Diferença entre convecção forçada e natural. (LEAL,2017)

Os parâmetros geométricos e de escoamento representam aqueles aos


quais os fenômenos dependem. O primeiro parâmetro adimensional introduzido
no contexto da convecção térmica é o número de Reynolds, que descreverá o
escoamento como turbulento ou não, representando a razão entre as forças de
inércia e as viscosas. O Número de Prandtl (Pr) é a razão entre a difusividade
de quantidade de movimento 𝜈 e a difusividade térmica α. (LEAL,2017)

A transferência de calor é energia térmica em trânsito devido a uma


diferença de temperaturas no espaço. Seu estudo é fundamental em todos os
ramos da engenharia e ela tem um papel crucial em aplicações como geração
e transferência de energia, poluição ambiental, tratamento de materiais, entre
outros. (USP,2019)
PARTE EXPERIMENTAL

O experimento consiste em um conjunto de barras metálicas, sendo: a –


cobre com diâmetro 13 mm; b – alumínio com diâmetro 13 mm; c – aço inox
com diâmetro 13 mm e d – com diâmetro 25 mm. As barras estão imersas em
uma água com temperatura controlada com sensores de temperatura do ar
ambiente e sensores de temperatura nas barras metálicas em 10 posições
diferentes, que podemos observar sua distribuição na Tabela 1.

Tabela 1 - Posição dos sensores de temperatura. Fonte: Roteiro aula prática

Primeiramente, é realizado uma leitura de todos os sensores de


temperatura afim de verificar a consistência das leituras em relação ao meio
ambiente, fazendo-se ajustes quando necessário. Em seguida, ajustou-se o
“set point” do controlador de temperatura para 57°C e assim que atingiu o
equilíbrio térmico efetuou-se a leitura de temperatura em cada posição de cada
barra (conforme foi sugerido na tabela 1) e anotou-se as temperaturas. Após
anotar as temperaturas, ajustou-se o “set point" para 93°C, esperou-se atingir o
equilíbrio e anotou-se as temperaturas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

GARCIA, R. L. et al. Transferência de calor e massa: Fusão de uma placa de


gelo. Revista Brasileira de Ensino de Física, v. 39, n. 3, p. e3502, 2017.
Disponível em:<
https://www.scielo.br/j/rbef/a/JBskqJRDNCQJhJkzh53B9Rh/#>. Acesso em: 30
out. 2023.

LEAL, T. N. Transferência Forçada de Massa por Troca Convectiva em


Meios Planos Semi-Infinitos Bidimensionais, 2017. Disponível em:
<http://www.cefetrj.br/attachments/article/2943/Projeto%20Final
%202017_2%20Transfer%C3%AAncia%20For%C3%A7ada%20Massa%20por
%20Troca%20Convectiva%20em%20Meios%20Planos%20Semi_Infinitos
%20Bidimensionais.pdf>. Acesso em: 30 out. 2023.

RODRIGUES, E. Processos de Transmissão de Calor, 2020. Disponível


em:<https://wiki.sj.ifsc.edu.br/images/c/c6/Transmissao_de_Calor_em_Edificac
oes.pdf>. Acesso em: 30 out. 2023.

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