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SÃO CRISTÓVÃO-SE
Janeiro/2013
1
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
Turma: A1
SÃO CRISTÓVÃO-SE
Janeiro/2013
2
RESUMO
da superfície através da qual ocorre a convecção, com o uso de aletas. A engenharia está
3
Índice
RESUMO 3
Lista de Figuras 5
Lista de Tabelas 6
1. Fundamentação Teórica 7
1.1. Condução 7
1.2. Convecção 8
1.3. Radiação 9
2. Objetivos 19
3. Materiais e Métodos 19
4. Resultados e Discussões 20
5. Conclusões 37
6. Referências Bibliográficas 38
4
LISTA DE FIGURAS
Fig. 03: Aletas planas de seção transversal uniforme.(a) Aleta retangular. (b) 14
Aleta Piniforme.
Fig. 06: Perfil de Temperatura para as aletas A,B,C e D para Tbanho = 51,0ºC. 27
Fig. 07: Perfil de Temperatura para as aletas A,B,C e D para Tbanho = 64,0ºC. 27
Fig. 08: Perfil de Temperatura para as aletas A,B,C e D para Tbanho = 77,0ºC. 28
51°C.
64°C.
77°C.
5
LISTA DE TABELAS
6
1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
um fluido; o termo convecção se refere à transferência de calor que ocorre entre uma
1.1. CONDUÇÃO
para as vizinhas menos energéticas como resultado da interação entre elas. Em líquidos
aleatórios. Nos sólidos é devido à combinação das vibrações das moléculas em uma
= − (1)
7
Onde
é o gradiente de temperatura, A é a área perpendicular à transferência
1.2. CONVECÇÃO
adjacente, que está em movimento e que envolve os efeitos combinados e que envolve
uma massa de fluido aumenta a transferência de calor entre eles, mas isso também
camada limite, as quais, por sua vez, são influenciadas pela geometria da superfície,
8
e de transporte do fluido; qualquer estudo da convecção se reduz a um estudo de
1.3. RADIAÇÃO
2011).
A taxa máxima de radiação que pode ser emitida a partir de uma superfície a
,á = (3)
máxima é chamada de corpo negro, aquela emitida por todas as superfícies reais é
menor do que a emitida por um corpo negro à mesma temperatura, e é expressa como:
= 4 (4)
9
de radiação sobre uma superfície que a absorve, seu valor tbm varia entre 0 e 1. A lei de
taxa com que uma superfície absorve radiação é determinada a partir de:
76 = 4 ( − 8 ) (6)
ESTENDIDAS
para o meio envolvente a é dada pela lei de Newton do resfriamento, Equação (2),
a convecção, . Isto pode ser feito através do uso de aletas que se estendem da parede
para o fluido adjacente. O material da aleta deve ter uma condutividade térmica elevada
para minimizar variações de temperatura desde a sua base até a extremidade (ÇENGEL,
10
Diferentes configurações de aletas são mostradas na Figura 01. Uma aleta plana
é qualquer superfície estendida que se encontra fixada a uma parede plana, pode ter uma
área de seção transversal uniforme ou variando com a distância x da parede. Uma aleta
transversal varia com o raio a partir da parede do cilindro. Esses dois tipos de aletas
possuem seção transversal retangular, cuja área pode ser expressa como um produto
circunferência 2πr, no caso de aletas anulares. Em contrate, uma aleta piniforme é uma
superfície estendida de área de seção transversal circular, podem também possuir seção
Figura 01: Configurações de aletas.(a) Aleta plana com seção transversal uniforme. (b) Aleta
plana com seção transversal não-uniforme. (c)Aleta Anular. (d) Aleta Piniforme.
Fonte: INCROPERA et al, 2011.
potência elétrica e os tubos aletados usados para promover a troca de calor entre o ar e o
é um exemplo de superfície aletada: as várias folhas finas de metal colocadas nos tubos
11
taxa de transferência de calor por convecção dos tubos para o ar (ÇENGEL, 2009;
(ÇENGEL, 2009).
sólido para um fluido adjacente. Para determinar a taxa de transferência de calor de uma
12
A análise é simplificada se certas hipóteses forem aceitas:
• Regime estacionário;
9:;<
=
= >= − >6 + >@ (7)
Onde >6A é a energia acumulada no volume de controle, >= e >6 energia que
13
EF
B∆ = +
D" (9)
B∆ = − =7 − G =7 H D" (10)
I KL
G =7 H −J ( − ) = 0 (12)
Ou
M N KOP N I KL
M
+ GK
H − GK J
H ( − ) = 0 (13)
OP OP
Este resultado fornece uma forma geral da equação da energia para uma
14
Figura 03: Aletas planas de seção transversal uniforme.(a) Aleta retangular. (b) Aleta Piniforme.
Fonte: INCROPERA et al, 2011.
Cada aleta está fixada a uma temperatura (0) = e se estende para o interior
M IR
M
− GK H ( − ) = 0 (14)
OP J
Equação (14):
M S
− '( = 0 (16)
M
Onde
15
IR
'( = K (17)
OP J
TN e T( .
(") = − = (19)
16
ℎ = V(W) − X = − =7 Y Y (20)
Z[
ou
S
ℎ(W) = − Y Y (21)
Z[
a
S ]^_` ([$)BG HI ([$)
S\
= bc
a (22)
]^_` [BG HI [
bc
S
6 = = − =7 Y Y (23)
Zd
ser determinada:
a
I [B( ) ]^_` [
6 = eℎQ =7
bf
a (24)
I [B( ) _gh` [
bf
S
Y Y =0 (25)
Z[
S ]^_` ([$)
= (26)
S\ ]^_` [
17
Utilizando as Equações (26) e (23), obtemos a taxa de transferência de calor da
aleta:
seguintes expressões:
m
S ( n )I BI ([$)
m\
= (28)
S\ I [
m
]^_` [$( n )
m\
6 = eℎQ = (29)
_gh` [
verificado que:
S()
S\
= U $ (30)
6 = eℎQ = (31)
2. OBJETIVOS
18
3. METODOLOGIA
neste recipiente uma das extremidades de quatro barras distintas, nomeadas de Barras A,
B, C e D, que possuíam 1,3m de comprimento. A Barra “A” era de aço inox com
diâmetro interno igual a 25mm; a Barra “B” era de aço inox com diâmetro interno igual
a 13mm; A Barra “C” de alumínio com 13mm de diâmetro interno e a Barra “D” de
cobre com 13mm de diâmetro interno. A outra extremidade de cada barra encontrava-se
exposta ao ar ambiente. Ao longo de cada barra existiam dez termopares nas posições
de 50, 100, 150, 250, 350, 450, 600, 750, 900 e 1.500mm a partir da parede do banho
19
calor ao longo de todas as barras, ou seja, sem variação de temperatura por
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
com comprimento total de 1,3m. Cada barra teve uma das extremidades inseridas em
Fonte: (Incropera,2011).
Dez termopares foram posicionados ao longo de cada uma das aletas para as
medidas de temperatura. As diferentes posições dos termopares (x) são mostradas na
Tabela 2.
20
Tabela 2: Posições dos diferentes termopares em relação à base das aletas
T1 0,05
T2 0,10
T3 0,15
T4 0,25
T5 0,35
T6 0,45
T7 0,60
T8 0,75
T9 0,90
T10 1,15
A partir daí, iniciou-se as medidas de temperatura ao longo das aletas para três
diferentes temperaturas do banho, sendo estas feitas após o sistema entrar em regime
observadas por cada um dos termopares para as temperaturas do banho de 51,0 ºC; 64,0
ºC e 77,0 ºC respectivamente.
21
Tabela 3: Temperaturas ao longo das aletas A,B,C e D para Tbanho = 51,0ºC
Termopar Temp. barra A (ºC) Temp. barra B (ºC) Temp. barra C (ºC) Temp. barra D (ºC)
T1 39 35 41 42
T2 35 32 39 41
T3 31 28 37 39
T4 29 27 33 36
T5 31 25 32 33
T6 26 27 32 32
T7 27 27 27 30
T8 28 26 28 30
T9 27 27 28 28
T10 28 27 26 29
Termopar Temp. barra A (ºC) Temp. barra B (ºC) Temp. barra C (ºC) Temp. barra D (ºC)
T1 44 39 47 49
T2 38 34 44 46
T3 33 29 41 44
T4 29 27 35 39
T5 31 25 33 35
T6 25 26 33 34
T7 27 27 27 32
T8 27 26 28 31
T9 26 26 28 28
T10 27 26 26 29
22
Tabela 5: Temperaturas ao longo das aletas A,B,C e D para Tbanho = 77,0ºC
Termopar Temp. barra A (ºC) Temp. barra B (ºC) Temp. barra C (ºC) Temp. barra D (ºC)
T1 51 45 54 57
T2 41 37 51 53
T3 35 30 47 50
T4 30 27 38 43
T5 31 25 35 38
T6 25 26 34 36
T7 26 27 28 33
T8 27 25 28 32
T9 26 26 28 29
T10 27 26 26 29
pelos termopares possui uma incerteza de ±1 ºC. Essa incerteza deve ser levada em
conta no tratamento dos dados, corrigindo possíveis erros de leituras que tornam o
experimento inconsistente, como aqueles onde uma temperatura numa posição tem
1, 2 e 3 (com a temperatura do banho quente em 51,0 ºC) para a barra A. Outras vezes,
23
valores somando-se ou diminuindo a incerteza de 1 ºC, de modo que os dados ficassem
Além disso, alguns valores foram excluídos do banco de dados, pois, mesmo
para as aletas, sendo que o experimento trata do fenômeno oposto, isso ocorreu por
A possível causa desses fatos não é conhecida, mas, devido ao mesmo fato ter
sido observado em outros grupos que realizaram a mesma prática, provavelmente estas
sempre marca a temperatura de 25°C. Problemas como esses influenciam bastante nos
resultados experimentais.
negrito aqueles que, por causa da incerteza instrumental, foram modificados e expressos
24
Tabela 6: Temperaturas ao longo das aletas A,B,C e D para Tbanho = 51,0ºC
Termopar Temp. barra A (ºC) Temp. barra B (ºC) Temp. barra C (ºC) Temp. barra D (ºC)
T1 39 35 41 42
T2 35 32 39 41
T3 31 28 37 39
T4 30 28 33 36
T5 30 - 32 33
T6 - 28 32 32
T7 28 28 28 30
T8 28 - 28 30
T9 28 28 28 28
T10 28 28 - 28
Termopar Temp. barra A (ºC) Temp. barra B (ºC) Temp. barra C (ºC) Temp. barra D (ºC)
T1 44 39 47 49
T2 38 34 44 46
T3 33 29 41 44
T4 30 27 35 39
T5 30 - 33 35
T6 - 27 33 34
T7 27 27 28 32
T8 27 27 28 31
T9 27 27 28 28
T10 27 27 27 28
25
Tabela 8: Temperaturas ao longo das aletas A,B,C e D para Tbanho = 77,0ºC
Termopar Temp. barra A (ºC) Temp. barra B (ºC) Temp. barra C (ºC) Temp. barra D (ºC)
T1 51 45 54 57
T2 41 37 51 53
T3 35 30 47 50
T4 30 28 38 43
T5 30 - 35 38
T6 - - 34 36
T7 - 28 28 33
T8 28 - 28 32
T9 - - 28 29
T10 28 - - 29
incertezas das medidas, que alcançou-se uma condição de equilíbrio térmico com este.
Dessa maneira, pode-se dizer que os comprimentos das aletas mencionadas tinham
tamanhos suficientes para que alcançassem este equilíbrio. Dessa maneira, pode-se fazer
a consideração de aletas infinitas para as barras A (inox 1’’), B (inox 1r2 ’’) , C
(alumínio 1r2 ’’) e D (cobre 1r2 ’’). Apenas no Experimento 3, a temperatura do último
demais, mas se considerarmos a incerteza essa ainda está no intervalo que pode ser
considerado aleta infinita. Para confirmar a validade dessa consideração para todas as
aletas, será feito o cálculo do parâmetro m, Equação 17, considerando aletas finitas e
26
infinitas. Se o valor encontrado for o mesmo, tem-se a validade da consideração de
aletas infinitas. Se não, a barra deve ser considerada finita e que na sua extremidade, o
temperatura ao longo das quatro aletas para as três situações de temperatura da fonte
Barra A
44 Barra B
Barra C
42 Barra D
40
38
Temperatura (°C)
36
34
32
30
28
26
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2
Posiçمo do termopar (m)
Figura 06: Perfil de Temperatura para as aletas A,B,C e D para Tbanho = 51,0ºC
Barra A
Barra B
50 Barra C
48 Barra D
46
44
42
Temperatura (°C)
40
38
36
34
32
30
28
26
Figura 07: Perfil de Temperatura para as aletas A,B,C e D para Tbanho = 64,0ºC
27
Barra A
60 Barra B
Barra C
Barra D
55
50
Temperatura (°C)
45
40
35
30
25
Figura 08: Perfil de Temperatura para as aletas A,B,C e D para Tbanho = 77,0ºC
Através da análise dos pontos dos gráficos das Figuras 06, 07 e 08, bem como
forma que as temperaturas caíram mais rapidamente como a distância x da base da aleta.
Este fato está de acordo com a característica do processo, onde o calor é transmitido no
interior da barra por condução e é perdido para o ar através da convecção, além disso, as
barras de menor condutividade térmica recebem menos calor pela condução no material
menores do que nas barras de maior condutividade térmica. Além disso, nota-se que
28
Tabela 9: Valores do adimensional / para as diferentes aletas nas diversas
temperaturas do banho
29
T2 0,2785 0,1984 0,4789 0,5190
T3 0,1583 0,0581 0,3988 0,4589
T4 0,0581 0,0180 0,2184 0,3186
T5 0,0581 - 0,1583 0,2184
T6 - - 0,1383 0,1783
T7 - 0,0180 0,0180 0,1182
T8 0,0180 - 0,0180 0,0982
T9 - - 0,0180 0,0381
T10 0,0180 - - 0,0180
BarraA
BarraB
0,7 BarraC
BarraD
0,6
0,5
0,4
teta/tetab
0,3
0,2
0,1
0,0
30
BarraA
BarraB
BarraC
0,6 BarraD
0,5
0,4
teta/tetab
0,3
0,2
0,1
0,0
BarraA
BarraB
BarraC
0,6 BarraD
0,5
0,4
teta/tetab
0,3
0,2
0,1
0,0
31
A partir dos dados das tabelas 9, utilizando as equações 22 e 30, com o auxílio
tabelas 10 e 11.
32
Comparando-se os dados obtidos, nas tabelas 10 e 11, para os coeficientes m de
cada aleta, nota-se que a validade da consideração de aletas infinitas para as quatro
barras nas três diferentes temperaturas do banho. Entretanto, a partir da observação dos
equações teóricas, 22 e 30. Isso pode ser explicado de acordo com os problemas já
relatados anteriormente.
final.
posses destes, foi utilizada a Equação 17, e os respectivos coeficientes convectivos estão
33
Tabela 12: Valores do coeficiente de convecção natural (h).
processos de convecção natural onde o meio é o ar, o coeficiente convectivo deve estar
temperatura. Esta variação não é tão brusca, podendo ter sido causada por pequenos
Por fim, de posse dos coeficientes convectivos naturais para cada barra em cada
temperatura, foi possível realizar o confronto dos parâmetros obtidos com a equação
teórica que rege o fenômeno. Utilizando os dados das tabelas 9 e 12, associando-se com
a Equação 30 para aletas infinitas, foram traçados os gráficos dos adimensionais versus
34
a posição do termopar, e analisar a semelhança das curvas traçadas com o modelo
teórico.
BarraA
BarraB
0,7 BarraC
BarraD
0,6
0,5
0,4
teta/tetab
0,3
0,2
0,1
0,0
Figura 12: Pontos obtidos experimentalmente e curvas teóricas para o banho a 51°C.
BarraA
BarraB
BarraC
0,6 BarraD
0,5
0,4
teta/tetab
0,3
0,2
0,1
0,0
Figura 13: Pontos obtidos experimentalmente e curvas teóricas para o banho a 64°C.
35
BarraA
BarraB
BarraC
0,6 BarraD
0,5
0,4
teta/tetab
0,3
0,2
0,1
0,0
Figura 14: Pontos obtidos experimentalmente e curvas teóricas para o banho a 77°C.
Através da análise dos gráficos (figuras 12, 13 e 14) fica evidente que apenas a
barra B obedece com mais suavidade a curva exponencial imposta pelo ajuste teórico, a
bastante deste ajuste. A não obediência dos dados experimentais as curvas exponenciais
teóricas pode ser explicada através das grandes incertezas associadas a cada leitura de
36
5. CONCLUSÕES
mais rapidamente como a distância x da base da aleta. Além disso, nota-se que para as
natural onde o meio é o ar, deve estar compreendido entre 5 e 30 W/K.m². Analisando
temperatura. A variação que não foi tão brusca, pode ter sido causada pelos problemas
já relatados.
37
Para que esses problemas fossem evitados em trabalhos futuros, sugerem-se
temperatura que forneçam valores com uma incerteza menor e devidamente calibrados,
evitando assim problemas na leitura das medidas, como termopares que só medem uma
6. REFERÊNCIAS
de Transferência de Calor e Massa. Rio de Janeiro: LTC, 2011, 6 ed. 2-9, 84-88p.
38