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Matheus Oliveira Da Silva

Nathan Alves de Oliveira Framba


Northon Jun Yoshita
Sabrina Catharine Morais de Goes
Tom Biazzin Perazzo

Trocador de Calor

Araraquara
2022
RESUMO
Este relatório tem como intuito analisar os conceitos referentes a trocadores
de calor verificados em teoria, tendo como objetos de estudo os trocadores do tipo
tubo duplo (Unisanta) e do tipo casco e tubo (Armfield). Nesse sentido, foram
realizados experimentos no trocador de tubo duplo em escoamentos contracorrente
e paralelo, anotando-se a temperatura e a vazão dos fluidos quente e frio. Para o
trocador de casco e tubo também foram averiguados os mesmos parâmetros. À vista
disso, para ambos os equipamentos foi possível determinar os coeficientes globais
de transferência de calor e também do calor trocado.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Representação de trocador tubo duplo 05

Figura 2 - Representação de trocador casco e tubo 06

Figura 3 - Trocador de calor do tipo “tubo duplo” 09

Figura 4 - Trocador de calor do tipo “casco e tubo” 10

LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Propriedades da água líquida em diversas temperaturas 11

Tabela 2 - Vazões e temperaturas coletadas (casco e tubo) 11

Tabela 3 - Valores de ΔT1, ΔT2, ΔTlm (casco e tubo) 11

Tabela 4 - Velocidade dos fluidos e Reynolds (casco e tubo) 12

Tabela 5 - Comportamento dos escoamentos (casco e tubo) 12

Tabela 6 - Valores de Nusselt (casco e tubo) 12

Tabela 7 - Coeficiente de transferência de calor por convecção (casco e tubo) 12

Tabela 8 - Valores de U e de Q (casco e tubo) 13

Tabela 9 - Vazões e temperaturas coletadas (tubo duplo em contracorrente) 13

Tabela 10 - Valores de ΔT1, ΔT2, ΔTlm (tubo duplo em contracorrente) 13

Tabela 11 - Velocidade dos fluidos e Reynolds (tubo duplo em contracorrente) 14

Tabela 12 - Comportamento dos escoamentos (tubo duplo em contracorrente) 14

Tabela 13 - Valores de Nusselt (tubo duplo em contracorrente) 14

Tabela 14 - Coeficiente de transferência de calor por convecção (tubo duplo em 14


contracorrente)

Tabela 15 - Valores de U e de Q (tubo duplo em contracorrente) 15

Tabela 16 - Valores de ΔT1, ΔT2, ΔTlm (tubo duplo em paralelo) 15

Tabela 17 - Velocidade dos fluidos e Reynolds (tubo duplo em paralelo) 15

Tabela 18 - Comportamento dos escoamentos (tubo duplo em paralelo) 16

Tabela 19 - Valores de Nusselt (tubo duplo em paralelo) 16

Tabela 20 - Coeficiente de transferência de calor por convecção (tubo duplo em paralelo) 16

Tabela 21 - Valores de U e de Q (tubo duplo em paralelo) 16


SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 5
1.1 Tipos de trocadores 5
1.2 Transferência de calor 6
2. OBJETIVOS 8
3. MATERIAIS E METODOLOGIA 9
3.1 Trocador tubo duplo 9
3.2 Trocador casco e tubo 10
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES 11
4.1 Trocador casco e tubo 11
4.2 Trocador tubo duplo - Contra corrente 13
4.3 Trocador tubo duplo - Paralelo 15
5. CONCLUSÃO 18
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 19
5

1. INTRODUÇÃO

Os trocadores de calor são equipamentos que facilitam as trocas térmicas


entre dois fluidos sem a mistura deles, podendo ou não haver contato, mas
normalmente os fluidos são separados pela parede de um tubo. Portanto, em um
trocador de calor, a transferência térmica ocorre pela convecção de ambos os fluidos
com a parede do tubo e condução através do tubo[1].

1.1 Tipos de trocadores

Existem vários tipos de trocadores de calor, sendo que o tipo recomendado


de formato e configuração de trocador vai depender da aplicação e do processo em
questão.
As configurações mais comuns trocadores são escoamento paralelo e
contra-corrente, em um escoamento paralelo o fluido quente e fluido frio entra no
equipamento pela mesma extremidade, e escoa no mesmo sentido,enquanto isso o
contra-corrente é o oposto, os fluído entram por extremidades diferentes e escoa em
sentido opostos[1].
Um tipo possível de trocador de calor é o tubo duplo, sua estrutura é bem
simples, um fluido escoa em tubo de menor diâmetro, que se encontra no interior de
um tubo de maior diâmetro, e no espaço entre esses tubos escoa o outro fluido[1].
Figura 1: Representação de trocador tubo duplo

Fonte:SILVA, 2019.
Um outro tipo de trocador é o casco e tubo, neste trocador há vários tubos
presente paralelamente no interior de um casco, sendo que um fluido escoa
internamente no tubos, enquanto o outro fluido escoa pelo interior do casco[1].
6

Figura 2: Representação de trocador casco e tubo

Fonte:ÇENGEL, 2012.

1.2 Transferência de calor

Para o cálculo da taxa de transferência de calor, é considerado primeiramente


que há a conservação de energia, que é dito pela primeira lei da termodinâmica ,
portanto ,em um trocador de calor, taxa de transferência do fluido quente e a taxa de
transferência para o fluido frio são iguais[1], que por seguinte é igual a taxa total de
transferência de calor, e isto pode ser equacionado da seguinte maneira:

𝑞 = 𝑞𝑞 = 𝑞𝑓 (1)

𝑞 = 𝑚𝑞. 𝐶𝑝𝑞. (𝑇𝑞,𝑒 − 𝑇𝑞,𝑠) = 𝑚𝑓. 𝐶𝑝𝑓. (𝑇𝑓,𝑠 − 𝑇𝑓,𝑒) (2)

Além disso, podemos utilizar uma equação adaptada da equação de


resfriamento de Newton, para encontrar a taxa de transferência de calor no
trocador[1].

𝑞 = 𝑓. 𝑈. 𝐴𝑠. ∆𝑇𝑚𝑙 (3)

Na equação o f é um fator de correção para o tipo de trocador, que é obtido


por via gráfico, o As é área transversal do tubo, o ΔTml é a média logarítmica da
diferença de temperatura, que pode ser calculada com a equação (4), e por fim
temos o termo U, que é o coeficiente global de transferência de calor, que é a soma
das resistência térmica entre os fluidos, que é calculado pela equação (5).
7

∆𝑇1−∆𝑇2 (4)
∆𝑇𝑚𝑙 =
(
𝑙𝑛 ∆𝑇1/∆𝑇2 )
1
=
1
+
1 (5)
𝑈 ℎ𝑖 ℎ𝑜

ℎ=
𝑁𝑢.𝑘 (6)
𝐷

Os coeficiente de transferência de calor dos fluidos(h) é obtido por meio da


equação (6), sendo necessário classificar o escoamento por meio do número de
Reynolds e calcular se o comprimento de entrada térmica, para ver se o escoamento
é desenvolvido ou não, com estas informações é possível utilizar uma equação de
Nusselt adequada para o cálculo do número de Nu[1].
8

2. OBJETIVOS

Este relatório tem como objetivo determinar as taxas de transferência de calor


entre trocadores de calor do tipo casco e tubo, tubo duplo em contracorrente e em
paralelo, por meio da aplicação de equações de troca de calor em função do número
de Nusselt. A partir de dados coletados experimentalmente, como as vazões dos
fluidos quentes e frios e as respectivas temperaturas, será determinado os
coeficientes de transferência de calor convectivos para, por fim, encontrar o
coeficiente global de transferência de calor e determinar a taxa de transferência de
calor, em cada trocador.
9

3. MATERIAIS E METODOLOGIA

3.1 Trocador tubo duplo

Figura 3: Trocador de calor do tipo “tubo duplo”

Fonte: Acervo Pessoal, 2022


Inicialmente, anotou-se as vazões para o fluido frio, a qual pode ser
visualizada através do marcador presente na unidade, e para o fluido quente, por
meio do enchimento e medição da massa de água coletada em um balde. Além
disso, foram averiguadas as temperaturas de entrada e saída para ambos os casos.
10

3.2 Trocador casco e tubo

Figura 4: Trocador de calor do tipo “casco e tubo”

Fonte: Acervo Pessoal, 2022

Utilizou-se o equipamento HT30X da Armfield, para determinar três


configurações de escoamento, cada uma com vazões e temperaturas de entrada e
de saída dos fluidos quente e frio diferentes. Inicialmente, foram escolhidos, por
meio de uma válvula no próprio equipamento, as duas vazões dos fluidos quente e
frio e, por meio de termopares, foram medidas as temperaturas no início e no final
do trocador. Em seguida, altera-se apenas as vazões dos fluidos, e anota-se,
novamente, as novas temperaturas, após elas se estabilizarem. Repete-se o
procedimento até obter três conjuntos de dados diferentes.
11

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Como nos dois trocadores de calor o fluido utilizado foi a água, tanto para a
corrente fria, quanto para a quente, foi necessário pesquisar na teoria, e caso
preciso interpolar os dados encontrados, para obter as propriedades da água em
diversas temperaturas pertinentes. Os dados obtidos podem ser vistos na tabela 1.
Tabela 1 - Propriedades da água líquida em diversas temperaturas
Tref ρ (kg/m^3) k (W/m.K) μ (kg/m.s) Pr (-)
13,00 999,34 0,5854 1,2056E-03 8,634
15,00 999,10 0,5890 1,1380E-03 8,090
16,00 998,88 0,5908 1,1108E-03 7,874
17,00 998,66 0,5926 1,0836E-03 7,658
24,00 997,20 0,6052 9,1320E-04 6,314
25,00 997,00 0,6070 8,9100E-04 6,140
26,00 996,80 0,6086 8,7240E-04 5,996
Fonte: Acervo Pessoal (2022).

4.1 Trocador casco e tubo

Para esse experimento foram feitas três coletas dos seguintes dados: vazões
do fluido frio, do fluido quente e temperaturas de entrada e saída de ambos os
fluidos. Os valores coletados foram organizados na tabela 2.
Tabela 2 - Vazões e temperaturas coletadas (casco e tubo)
Qq (L/min) Qf (L/min) Tqe (ºC) Tqs (ºC) Tfe (ºC) Tfs (ºC)
2,87 2,6 48,5 44,9 21,2 23,4
2,01 1,97 49,9 46 21,2 23,6
1,2 1,03 49,3 45,5 21,2 24,4
Fonte: Acervo Pessoal (2022).
A partir dos valores de temperatura foi calculado o ∆𝑇𝑙𝑚 utilizando a equação
(4). Os valores utilizados e os obtidos foram organizados na tabela 3.
Tabela 3 - Valores de ΔT1, ΔT2, ΔTlm (casco e tubo)
ΔT1 (K) ΔT2 (K) ΔTlm (K)
25,1 23,7 24,39
26,3 24,8 25,54
24,9 24,3 24,60
Fonte: Acervo Pessoal (2022)
12

Em seguida foi preciso calcular os valores da velocidade dos fluidos quente e


frio, para então calcular os valores de Reynolds. Fazendo esses cálculos, chegou-se
nos valores da tabela 4.
Tabela 4 - Velocidade dos fluidos e Reynolds (casco e tubo)
v (quente) (m/s) Re (quente) v (frio) (m/s) Re (frio)
0,378 2.618,32 0,0010 47,32
0,264 1.918,73 0,0007 32,75
0,158 1.121,82 0,0003 16,77
Fonte: Acervo Pessoal (2022).
Observando os valores de Reynolds foi possível constatar que para a vazão
de 2,87 L/min o escoamento era turbulento e para as outras vazões o escoamento
era laminar. Em seguida foi calculado o comprimento de entrada para cada
Reynolds, e em posse desses dados chegou-se no comportamento dos
escoamentos, que estão organizados na tabela 5.
Tabela 5 - Comportamento dos escoamentos (casco e tubo)
quente frio
Lh (m) Escoamento Lh (m) Escoamento
0,06 Turbulento Desenvolvido 0,65 Laminar ñ Desenvolvido
3,85 Laminar ñ Desenvolvido 0,43 Laminar ñ Desenvolvido
2,14 Laminar ñ Desenvolvido 0,22 Laminar ñ Desenvolvido
Fonte: Acervo Pessoal (2022).
Com base nos comportamentos dos escoamentos buscou-se na literatura as
equações dos números de Nusselt mais adequadas para cada caso, então eles
foram calculados e dispostos na tabela 6.
Tabela 6 - Valores de Nusselt (casco e tubo)
quente frio
Nu (-) Nu (-)
28,87 60,53
107,81 53,70
90,52 43,15
Fonte: Acervo Pessoal (2022).
Dessa maneira, conhecendo os números de Nusselt encontrou-se os
coeficientes de transferência de calor por convecção utilizando a equação (6), assim
os valores foram dispostos na tabela 7.
Tabela 7 - Coeficiente de transferência de calor por convecção (casco e tubo)
quente frio
h (W/m2.K) h (W/m2.K)
2.751,469 50,745
13

350,784 51,030
349,861 50,896
Fonte: Acervo Pessoal (2022).
Os coeficientes de transferência de calor global foram então calculados
utilizando a equação (5), com isso em posse dos valores de ∆𝑇𝑙𝑚, coeficientes de
transferência de calor global, e área superficial, foram calculados às taxas de
transferência de calor trocados, os valores dos coeficientes de transferência de calor
global e das taxas foram dispostos na tabela 8.
Tabela 8 - Valores de U e de Q (casco e tubo)
2
U (W/m .K) Q (W)
49,826 32,25
44,550 30,19
44,432 29,00
Fonte: Acervo Pessoal (2022).

4.2 Trocador tubo duplo - Contra corrente

Para esse experimento foram feitas três coletas dos seguintes dados: vazão
do fluido frio, massa do fluido quente, tempo de coleta do fluido quente e
temperaturas de entrada e saída de ambos os fluidos. Os valores coletados foram
organizados na tabela 9.
Tabela 9 - Vazões e temperaturas coletadas (tubo duplo em contracorrente)
m (g) t (s) Qf (L/min) Tqe (ºC) Tqs (ºC) Tfe (ºC) Tfs (ºC)
5189,2 23 4 46 42 22 32
1377,1 10 3 45 42 22 33
335,5 10 1 48 43 23 37
Fonte: Acervo Pessoal (2022).
A partir dos valores de temperatura foi calculado o ∆𝑇𝑙𝑚 utilizando a equação
(4). Os valores utilizados e os obtidos foram organizados na tabela 10.
Tabela 10 - Valores de ΔT1, ΔT2, ΔTlm (tubo duplo em contracorrente)
ΔT1 (K) ΔT2 (K) ΔTlm (K)
14 20 16,82
12 20 15,66
11 20 15,05
Fonte: Acervo Pessoal (2022)
Em seguida foi preciso calcular os valores da velocidade dos fluidos quente e
frio, para então calcular os valores de Reynolds. Fazendo esses cálculos, chegou-se
nos valores da tabela 11.
14

Tabela 11 - Velocidade dos fluidos e Reynolds (tubo duplo em contracorrente)


v (quente) (m/s) Re (quente) v (frio) (m/s) Re (frio)
0,578 11.888,00 0,059 1.179,92
0,353 7.078,40 0,044 863,46
0,086 1.683,28 0,015 281,00
Fonte: Acervo Pessoal (2022).
Observando os valores de Reynolds foi possível constatar que para a primeira
e segunda vazão do fluido quente o escoamento era turbulento e para as outras
vazões o escoamento era laminar. Em seguida foi calculado o comprimento de
entrada para cada Reynolds, e em posse desses dados chegou-se no
comportamento dos escoamentos, que estão organizados na tabela 12.
Tabela 12 - Comportamento dos escoamentos (tubo duplo em contracorrente)
quente frio
Lh (m) Escoamento Lh (m) Escoamento
0,22 Turbulento Desenvolvido 9,80 Laminar ñ Desenvolvido
0,22 Turbulento Desenvolvido 7,38 Laminar ñ Desenvolvido
15,18 Laminar ñ Desenvolvido 2,47 Laminar ñ Desenvolvido
Fonte: Acervo Pessoal (2022).
Com base nos comportamentos dos escoamentos buscou-se na literatura as
equações dos números de Nusselt mais adequadas para cada caso, então eles
foram calculados e dispostos na tabela 13.
Tabela 13 - Valores de Nusselt (tubo duplo em contracorrente)
quente frio
Nu (-) Nu (-)
87,89 9,08
61,20 8,19
10,69 5,74
Fonte: Acervo Pessoal (2022).
Dessa maneira, conhecendo os números de Nusselt encontrou-se os
coeficientes de transferência de calor por convecção utilizando a equação (6), assim
os valores foram dispostos na tabela 14.
Tabela 14 - Coeficiente de transferência de calor por convecção (tubo duplo em contracorrente)
quente frio
h (W/m2.K) h (W/m2.K)
2.335,654 248,055
15

1.621,307 222,987
282,392 155,931
Fonte: Acervo Pessoal (2022).
Os coeficientes de transferência de calor global foram então calculados
utilizando a equação (5), com isso em posse dos valores de ∆𝑇𝑙𝑚, coeficientes de
transferência de calor global, e área superficial, foram calculados às taxas de
transferência de calor trocados, os valores dos coeficientes de transferência de calor
global e das taxas foram dispostos na tabela 15.
Tabela 15 - Valores de U e de Q (tubo duplo em contracorrente)
U (W/m2.K) Q (W)
224,240 264,27
196,026 215,07
100,459 105,95
Fonte: Acervo Pessoal (2022).

4.3 Trocador tubo duplo - Paralelo

Para o tubo duplo em contracorrente, foram considerados os mesmos dados


da tabela 9, assim como as mesmas dimensões do trocador (já que era o mesmo
trocador), mas agora com outras relações de variação de temperatura. A partir dos
valores de temperatura foi calculado o ∆𝑇𝑙𝑚 utilizando a equação (4). Os valores
utilizados e os obtidos foram organizados na tabela 16.
Tabela 16 - Valores de ΔT1, ΔT2, ΔTlm (tubo duplo em paralelo)
ΔT1 (K) ΔT2 (K) ΔTlm (K)
24 10 15,99
23 9 14,92
25 6 13,31
Fonte: Acervo Pessoal (2022)
Em seguida foi preciso calcular os valores da velocidade dos fluidos quente e
frio, para então calcular os valores de Reynolds. Fazendo esses cálculos, chegou-se
nos valores da tabela 17.
Tabela 17 - Velocidade dos fluidos e Reynolds (tubo duplo em paralelo)
v (quente) (m/s) Re (quente) v (frio) (m/s) Re (frio)
0,578 11.596,90 0,059 1.151,28
0,353 6.909,21 0,044 843,01
0,086 1.588,89 0,015 265,31
Fonte: Acervo Pessoal (2022).
Observando os valores de Reynolds foi possível constatar que para a primeira
e segunda vazão do fluido quente o escoamento era turbulento e para as outras
16

vazões o escoamento era laminar. Em seguida foi calculado o comprimento de


entrada para cada Reynolds, e em posse desses dados chegou-se no
comportamento dos escoamentos, que estão organizados na tabela 18.
Tabela 18 - Comportamento dos escoamentos (tubo duplo em paralelo)
quente frio
Lh (m) Escoamento Lh (m) Escoamento
0,22 Turbulento Desenvolvido 9,80 Laminar ñ Desenvolvido
0,22 Turbulento Desenvolvido 7,38 Laminar ñ Desenvolvido
15,18 Laminar ñ Desenvolvido 2,47 Laminar ñ Desenvolvido
Fonte: Acervo Pessoal (2022).
Com base nos comportamentos dos escoamentos buscou-se na literatura as
equações dos números de Nusselt mais adequadas para cada caso, então eles
foram calculados e dispostos na tabela 19.
Tabela 19 - Valores de Nusselt (tubo duplo em paralelo)
quente frio
Nu (-) Nu (-)
8713 9,09
60,71 8,2
10,72 5,76
Fonte: Acervo Pessoal (2022).
Dessa maneira, conhecendo os números de Nusselt encontrou-se os
coeficientes de transferência de calor por convecção utilizando a equação (6), assim
os valores foram dispostos na tabela 20.
Tabela 20 - Coeficiente de transferência de calor por convecção (tubo duplo em paralelo)
quente frio
h (W/m2.K) h (W/m2.K)
2.308,336 247,597
1.603,438 222,554
281,444 155,307
Fonte: Acervo Pessoal (2022).
Os coeficientes de transferência de calor global foram então calculados
utilizando a equação (5), com isso em posse dos valores de ∆𝑇𝑙𝑚, coeficientes de
transferência de calor global, e área superficial, foram calculados às taxas de
transferência de calor trocados, os valores dos coeficientes de transferência de calor
global e das taxas foram dispostos na tabela 21.
Tabela 21 - Valores de U e de Q (tubo duplo em paralelo)
U (W/m2.K) Q (W)
233,612 250,52
17

195,429 204,29
100,080 93,35
Fonte: Acervo Pessoal (2022).
18

5. CONCLUSÃO

Com base nos dados e nas análises apresentadas, observou-se


quantitativamente as trocas de calor dos trocadores casco e tubo, tubo duplo em
contracorrente e em paralelo, por meio da aplicação das equações de transferência
de calor em função do número de Nusselt.
Para os tubos duplos, nota-se a influência das vazões, mas, principalmente,
das diferentes configurações nas trocas de calor. Na configuração de contracorrente,
apesar das temperaturas de entrada e saída do líquido serem as mesmas,
determinou-se uma maior transferência de calor do que na configuração em
paralelo, devido a uma maior variação de temperatura. Logo, enquanto a
configuração em contracorrente é mais eficiente na troca de calor, a configuração
em paralelo é mais estável, evitando diferenças de temperaturas indesejadas.
Além disso, no caso do trocador casco e tubo, observou-se também a
influência da categoria do escoamento para determinação da equação correta a ser
utilizada para determinação do número de Nusselt.
19

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1] Çengel, Y. A.; GHAJAR, A. J. Transferência de calor e massa: uma abordagem


prática. 4 ed. Porto Alegre: AMGH, 2012. 204 p.

[2] INCROPERA, F. P. Fundamentos de transferência de calor e de massa. 8 ed.


Rio de Janeiro: LTC, 2008. 644 p.

[3] MIRANDA JÚNIOR, E. J. P. de .; GONÇALVES, R. S. . DETERMINAÇÃO


EXPERIMENTAL DO COEFICIENTE DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR POR
CONVECÇÃO. Revista Ifes Ciência , [S. l.], v. 2, n. 1, p. 53-71, 2016. DOI:
10.36524/ric.v2i1.250. Disponível em:
https://ojs.ifes.edu.br/index.php/ric/article/view/250. Acesso em: 21 jun. 2022.

[4]SILVA, Marianne Tinoco. Et al. Construção de um trocador de calor tubular em


espiral. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 04,
Ed. 09, Vol. 04, pp. 82-104. Setembro de 2019. ISSN: 2448-0959, Link de acesso:
https://www.nucleodoconhecimento.com.br/engenharia-quimica/tubular-em-espiral,
DOI:
10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/engenharia-quimica/tubular-em-espiral

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