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TRANSFERÊNCIA DE CALOR

Prof. Marlon Lemos


Multivix Vitória

30 de maio de 2023
TROCADORES DE CALOR
• O processo de troca de calor entre dois fluidos que estão a diferentes
temperaturas e se encontram separados por uma parede sólida
ocorre em muitas aplicações de engenharia.
• O equipamento usado para implementar essa troca é conhecido por
trocador de calor, e suas aplicações específicas podem ser
encontradas no aquecimento de ambientes, em sistemas de ar
condicionado, na produção de potência, na recuperação de calor em
processos e no processamento químico.
TROCADORES DE CALOR
• Nossos objetivos são apresentar os parâmetros de desempenho para
avaliar a eficácia de um trocador de calor e desenvolver
metodologias para projetar um trocador de calor ou para prever o
desempenho de um trocador existente operando sob condições
especificadas.
TIPOS DE TROCADORES DE CALOR
BITUBULAR OU CONCÊNTRICO
TIPOS DE TROCADORES DE CALOR
BITUBULAR OU CONCÊNTRICO
TIPOS DE TROCADORES DE CALOR
BITUBULAR OU CONCÊNTRICO
TIPOS DE TROCADORES DE CALOR
CASCO E TUBO
TIPOS DE TROCADORES DE CALOR
CASCO E TUBO
TIPOS DE TROCADORES DE CALOR
CASCO E TUBO
Um passe no casco e
dois passes nos tubos.

Dois passes no casco e


quatro passes nos tubos.
TROCADORES DE CALOR
• O Coeficiente Global de Transferência de Calor (U): definido em
função da resistência térmica total à transferência de calor entre
dois fluidos.
• Para uma parede separando dois fluidos, o coeficiente global de
transferência de calor pode ser escrito na forma:

na qual f e q indicam os fluidos frio e quente, respectivamente.


TROCADORES DE CALOR
• Se os TC's forem aletados e com deposição:
MÉTODO MLDT
• Uso da Média Log das Diferenças de Temperaturas

• Duas dessas relações podem ser obtidas, de imediato, com a


aplicação de balanços globais de energia nos fluidos quente e frio
MÉTODO MLDT
• Outra expressão útil pode ser obtida relacionando-se a taxa de
transferência de calor total q à diferença de temperaturas ΔT entre os
fluidos quente e frio, sendo

• Tal expressão seria uma extensão da lei do resfriamento de Newton,


com o coeficiente global de transferência de calor U usado no lugar
de um único coeficiente de transferência de calor h. Entretanto, como
ΔT varia com a posição no trocador de calor, torna-se necessário se
trabalhar com uma equação para a taxa na forma
MÉTODO MLDT - PARALELO
• Como definir ΔTm apropriadamente?
MÉTODO MLDT - PARALELO
• Aplicando um balanço de energia em cada um dos elementos
diferenciais e obtendo a forma integrada ao longo do trocador de
calor, conclui-se que:

• Lembre-se de que, para o trocador com escoamento paralelo,


MÉTODO MLDT - CONTRACORRENTE
• Como definir ΔTm apropriadamente?
MÉTODO MLDT - CONTRACORRENTE
• Aplicando um balanço de energia em cada um dos elementos
diferenciais e obtendo a forma integrada ao longo do trocador de
calor, conclui-se que:

• Lembre-se de que, para o trocador com escoamento contracorrente,


CONDIÇÕES OPERACIONAIS ESPECIAIS
EXEMPLO
Um trocador de calor bitubular (tubos concêntricos) com configuração
contracorrente é utilizado para resfriar o óleo lubrificante para um
grande motor de turbina a gás industrial. A vazão mássica da água de
resfriamento através do tubo interno (Di = 25 mm) é de 0,2 kg/s,
enquanto a vazão do óleo através da região anular (De = 45 mm) é de
0,1 kg/s. O óleo e a água entram a temperaturas de 100 e 30 °C,
respectivamente. Qual deve ser o comprimento do trocador, para se
obter uma temperatura de saída do óleo de 60 °C?

Propriedades: Tabela A.5, óleo de motor não usado (q = 80 °C = 353


K): cp = 2131 J/(kg · K), μ = 3,25 × 10−2 N · s/m2,k = 0,138 W/(m · K).
Tabela A.6, água (f ≈ 35 °C): cp = 4178 J/(kg · K), μ = 725 × 10−6 N ·
s/m2, k = 0,625 W/(m · K), Pr = 4,85.
EXEMPLO
MÉTODO ε-NUT
• Uso do número de unidades de transferência
• Através da definição da taxa de transferência de calor máxima
possível, qmáx, é possível determinar a ε:

• E portanto:
MÉTODO ε-NUT
• Pelo balanço de energia:

• Por definição, a efetividade, que é adimensional, tem que estar no


intervalo 0 ≤ ε ≤ 1.
MÉTODO ε-NUT
• Para qualquer trocador de calor, pode ser mostrado que

• O número de unidades de transferência (NUT) é um parâmetro


adimensional amplamente utilizado na análise de trocadores de calor,
sendo definido como
Relações Efetividade-NUT
• Existem expressões similares para uma variedade de trocadores de
calor, e resultados representativos estão resumidos na tabela a
seguir, na qual Cr é a razão entre as taxas de capacidades
caloríficas, Cr ≡ Cmín /Cmáx.
• Para um trocador casco e tubos com múltiplos passes no casco,
considera-se que o NUT total esteja igualmente distribuído entre os
passes nos cascos com a mesma configuração, NUT = n(NUT)1.
• Para Cr = 0, como em uma caldeira, em um condensador, ou em um
trocador de uma corrente, ε é dada por uma única equação para
todas as configurações de escoamento.
Relações Efetividade-NUT
Relações Efetividade-NUT
Relações Efetividade-NUT
Relações Efetividade-NUT
• Relações explícitas para o NUT em função da ε e de Cr também
existem
Relações Efetividade-NUT
• Relações explícitas para o NUT em função da ε e de Cr também
existem
Relações Efetividade-NUT
• Relações explícitas para o NUT em função da ε e de Cr também
existem
Relações Efetividade-NUT
IMPORTANTE
Todas as relações anteriores podem ser representadas graficamente

BITUBULAR PARALELO
EXEMPLO
Gases quentes de exaustão, a uma temperatura de 300 °C, entram em
um trocador de calor com tubos aletados e escoamento cruzado e
deixam esse trocador a 100 °C, sendo usados para aquecer uma
vazão de 1 kg/s de água pressurizada de 35 °C a 125 °C. O coeficiente
global de transferência de calor baseado na área superficial no lado do
gás é igual a Uq = 100 W/(m2·K). Utilizando o método ε-NUT, determine
a área superficial no lado do gás, Aq, necessária para a troca térmica
especificada.

Tabela A.6, água (Tf = 80 °C): cp,f = 4197 J/(kg · K)


EXEMPLO
EXEMPLO
Considere um trocador de calor com tubos aletados e escoamento
cruzado, com um coeficiente global de transferência de calor baseado
na área no lado do gás e uma área no lado do gás de 100 W/(m2·K) e
40 m2, respectivamente.
A vazão mássica e a temperatura de entrada da água permanecem
iguais a 1 kg/s e 35 °C. Entretanto, uma mudança nas condições
operacionais do gerador de gases quentes faz com que os gases
passem a entrar no trocador de calor a uma vazão de 1,5 kg/s e a uma
temperatura de 250 °C. Qual é a taxa de transferência de calor no
trocador e quais são as temperaturas de saída do gás e da água?
EXEMPLO
EXEMPLO
O condensador de uma grande usina de potência a vapor é um trocador de
calor no qual há a condensação de vapor d’água em água líquida. Considere
que o condensador é um trocador de calor casco e tubos com um único
casco e 30.000 tubos, cada um efetuando dois passes. Os tubos possuem
parede delgada e diâmetro D=25 mm, e o vapor condensa sobre a superfície
externa dos tubos, com um coeficiente de transferência de calor associado à
condensação igual a he = 11.000 W/(m2·K). A taxa de transferência de calor
que deve ser efetivada pelo trocador é de q = 2 × 109 W, e isto é atingido
pela passagem de água de resfriamento através dos tubos a uma vazão
de 3 × 104 kg/s (a vazão em cada tubo é portanto de 1 kg/s). A água entra
nos tubos a 20 °C, enquanto o vapor condensa a uma temperatura de 50 °C.
Qual é a temperatura da água de resfriamento na saída do condensador?
Qual deve ser o comprimento L, por passe, dos tubos?
EXEMPLO
Tabela A.6, água (admita Tf ≈ 27 °C = 300 K): ρ = 997 kg/m3, cp = 4179 J/(kg ·
K), μ = 855 × 10−6 N · s/m2, k = 0,613 W/(m · K), Pr = 5,83.
TRANSFERÊNCIA DE CALOR

Prof. Marlon Lemos


Multivix Vitória

30 de maio de 2023

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