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Transferência de Calor II

Atividade – Trocadores de Calor


Nathan Henrique da Graça 1979493

Elaborar um resumo do capítulo 11 (Trocadores de Calor) do Incropera’s


6ª Edição, considerando:

1.1 Tipos de Trocadores de Calor.


Os trocadores de calor são classificados em função da configuração do
escoamento e do tipo de construção. No trocador de calor mais simples, os
fluidos quente e frio se movem no mesmo sentido ou em sentidos opostos em
uma construção com tubos concêntricos (ou bitubular).

Na figura a os fluidos quente e frio entram pela mesma extremidade,


escoam no mesmo sentido e deixam o equipamento também na mesma
extremidade. Na configuração contracorrente da Figura b, os fluidos entram por
extremidades opostas, escoam em sentidos opostos e deixam o equipamento
em extremidades opostas.
Outra configuração comum é o trocador de calor casco e tubos. Formas
específicas desse tipo de trocador de calor se diferem em função dos números
de passes no casco e nos tubos. Sua forma mais simples envolve um único
passe nos tubos e no casco. Normalmente, são instaladas chicanas para
aumentar o coeficiente convectivo no fluido no lado do casco, a partir da indução
de turbulência e de um componente de velocidade na direção do escoamento
cruzado.

1.2 O Coeficiente Global de Transferência de Calor


Esse coeficiente é definido em função da resistência térmica total à
transferência de calor entre dois fluidos. Para uma parede separando dois
fluidos, o coeficiente global de transferência de calor pode ser escrito na forma:

Na qual f e q indicam os fluidos frio e quente, respectivamente. Note que


o cálculo do produto UA não exige a especificação do lado quente ou do lado frio
(Uf Af = Uq Aq).
Além disso, sabemos que frequentemente são adicionadas aletas às
superfícies expostas a um ou ambos os fluidos que, ao aumentarem a área
superficial, reduzem a resistência global à transferência de calor. Nesse sentido,
com a inclusão dos efeitos relativos à deposição e às aletas (superfícies
estendidas), o coeficiente global de transferência de calor é modificado como a
seguir:

A grandeza ηo ela é definida de tal modo que, para a superfície do lado


quente ou do lado frio sem deposição, a taxa de transferência de calor é

Sendo Tb a temperatura da superfície na qual as aletas estão instaladas


e A a área superficial total (aletas mais a base exposta). E a expressão a seguir
foi deduzida:

1.3 Análise de Trocadores de Calor: Uso da Média Log das Diferenças de


Temperatura.
Para projetar ou prever o desempenho de um trocador de calor, é
essencial relacionar a taxa total de transferência de calor a grandezas. Duas
dessas relações podem ser obtidas, de imediato, com a aplicação de balanços
globais de energia nos fluidos quente e frio:

Sendo i a entalpia do fluido. Os subscritos q e f se referem aos fluidos


quente e frio, enquanto ent e sai designam as condições do fluido na entrada e
na saída. Se os fluidos não passam por uma mudança de fase e se forem
admitidos calores específicos constantes, essas expressões se reduzem a

Outra expressão útil pode ser obtida relacionando-se a taxa de


transferência de calor total q à diferença de temperaturas ΔT entre os fluidos
quente e frio, sendo:
Como a variação de temperatura varia coma posição do trocador de calor,
é preciso trabalhar com uma equação especifica para taxa de transferência de
calor, onde depende do coeficiente global de transferência de calor:

1.3.1 O trocador de Calor com Escoamento Paralelo


As distribuições de temperaturas médias nos fluidos quente e frio
associadas a um trocador de calor com escoamento paralelo. Inicialmente, a
diferença de temperaturas ΔT é grande, mas diminui com o aumento de x,
aproximando-se assintoticamente de zero. Assim:
1. O trocador de calor encontra-se isolado termicamente da vizinhança,
situação na qual a única troca de calor ocorre entre os fluidos quente e
frio.
2. A condução axial ao longo dos tubos é desprezível.
3. As mudanças nas energias cinética e potencial são desprezíveis.
4. Os calores específicos dos fluidos são constantes.
5. O coeficiente global de transferência de calor é constante.
A taxa de transferência de calor através da área dA também pode ser
escrita como:

A diferença de temperaturas média apropriada é uma média logarítmica


(média log) das diferenças de temperaturas, ΔTml. Consequentemente,
podemos escrever:

1.3.2 O trocador de calor com escoamento Contracorrente


De forma diferente do trocador com escoamento paralelo, essa
configuração proporciona a transferência de calor entre as parcelas mais
quentes dos dois fluidos em uma extremidade, e também as parcelas mais frias.
Diferente do escoamento paralelo, nesta situação a temperatura do fluido frio
pode ser maior que a temperatura de saída do fluido quente.
As equações usadas nesta configuração, é a mesma utilizada com a
variação de temperatura, citada acima.
1.3.3 – Condições Operacionais Especiais
Embora as condições de escoamento sejam mais complicadas em
trocadores de calor com múltiplos passes ou com escoamento cruzado. Uma das
condições especiais que trocadores de calor podem ser operados: quando o
fluido possui uma taxa de capacidade calorifica, assim, a temperatura do fluido
quente permanece constante ao longo do trocador de calor, enquanto a
temperatura do fluido frio aumenta.

1.4. Análise de Trocadores de Calor: O Método da Efetividade – NUT.


Quando apenas as temperaturas na entrada forem conhecidas, o uso do
método da MLDT exige um processo iterativo trabalhoso. Consequentemente, é
preferível utilizar um procedimento alternativo, conhecido por método da
efetividade-NUT (ou método ε-NUT).

1.4.1 Definições
Para definir a efetividade de um trocador de calor, devemos em primeiro
lugar determinar a taxa de transferência de calor máxima possível, qmáx, em um
trocador. Desta forma a expressão geral é:

Para definir a efetividade, ε, como a razão entre a taxa de transferência


de calor real em um trocador de calor e a taxa de transferência de calor máxima
possível:

Assim a taxa de transferência de calor real pode ser determinada de


imediato pela expressão:

Para qualquer trocador de calor, pode ser mostrado que:

O número de unidades de transferência (NUT) é um parâmetro


adimensional amplamente utilizado na análise de trocadores de calor, sendo
definido como:
1.4.2Relações Efetividade-NUT
Para determinar a forma específica da relação efetividade-NUT, considere
um trocador de calor com escoamento paralelo assim:

A equação se aplica para qualquer trocador de calor com escoamento


paralelo, independentemente do fato de a taxa de capacidade calorífica mínima
estar associada ao fluido quente ou ao fluido frio.

1.5. Cálculo de Projeto e de Desempenho de Trocadores de Calor: Uso do


Método de Efetividade -NUT.
Em um cálculo de desempenho, os valores do NUT e de (Cmín /Cmáx)
podem ser calculados e o valor de ε pode, então, ser determinado com a
equação apropriada (ou gráfico) para um tipo específico de trocador. Como qmáx
também pode ser calculada, torna-se uma questão simples determinar a taxa de
transferência de calor real a partir da exigência de que q = εqmáx.

1.5.1. Pesquisar a metodologia de projeto de trocadores de calor casco e


tubos.
O método de bell-delaware trata do escoamento do lado casco dos
trocadores de calor e é o método mais preciso e recomendado na literatura
aberta. Os estudos iniciais foram baseados na transferência de calor e na perda
de carga entre os feixes de tubo. Após isso, foram analisadas as características
dos trocadores reais. O método foi desenvolvido para casco tipo E.

1.5.2. Elencar as principais etapas para o projeto do trocador de calor.


1. Dimensionamento aproximado do trocador de calor casco e do tubo;
2. Avaliação dos parâmetros geométricos conhecidos para o auxílio nos
cálculos;
3. Fatores de correção para a transferência de calor e para a queda de
pressão;
4. Coeficiente de transferência de calor no casco e para a queda de pressão;
5. Coeficiente de transferência de calor no tubo e para a queda de pressão;
6. Avaliação e comparação dos resultados com as especificações.

1.5.3. Apresentar de forma sucinta a metodologia de cálculo.


1. Calcular o coeficiente de transferência de calor global;
2. Calcular a taxa de transferência de calor necessária;
3. Calcular a área necessária para transferência de calor;
4. Geometria do projeto.

1.5.4. O projeto do trocador de calor é desenvolvido com referência a uma


metodologia iterativa, ou existe uma métodologia com referência a cálculos
analíticos (cálculo exato) para sua concepção?
O projeto do trocador de calor é desenvolvido sim de forma analítica,
utiliza-se de uma metodologia de cálculos para poder ter maiores precisões e
menos incertezas, pois durante o processo a muitas etapas a serem cumpridas
até chegar no projeto final, e utilizar uma forma iterativa de acertos e erros pode
acabar com um projeto inteiro, podendo ocasionar gastos inviáveis de reprojeto.

Referências
ARAÚJO, E. C. C. Trocadores de calor: serie de apontamentos. São Carlos:
EDUFSCAR, 2002.
Incropera, F. P., DeWitt, D. P., Bergman, T. L., Lavine, A. S., Fundamentals of
Heat and Mass Transfer, John Wiley & Sons; 6th Edition, 2006.
KERN – Processos de Transmissão de Calor. 1987.
THULUKKANAM, K. Heat exchanger design handbook. 2nd ed. New York: CRC,
2013.

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