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Estudante: Larissa da Rosa Sufiatti RA: 2080648

Matéria: Transferência de Calor II


Atividade – Trocadores de Calor

Elaborar um resumo do capítulo 11 (Trocadores de Calor) do Incropera’s 6ª


Edição, considerando:
1.1. Tipos de Trocadores de Calor.
Os trocadores de calor são classificados pela sua configuração do escoamento e do
tipo de construção.
Em trocadores de calor mais simples, os fluidos quente e frio se movem em sentidos
iguais ou opostos, sendo então, uma construção com tubos concêntricos.

Na figura acima, a Figura (a), mostra a configuração paralela, onde os fluidos quente
e frio, entram, escoam e deixam o equipamento, tudo no mesmo sentido.
Já na figura (b), é mostrado a configuração contracorrente, que os fluidos entram,
escoam e deixam o equipamento, tudo por extremidades e sentidos opostos.
Os fluidos também podem se mover em escoamento cruzado, que é quando um fluido
escoa perpendicularmente ao outro. Podendo ser com ou sem aletas.
Outra configuração dos trocadores de calor, é o de casco e tubo, por ter uma forma
simples, envolve um único passe nos tubos e no casco. Quando chicanas são instaladas
nos trocadores de calor, tem como objetivo aumentar o coeficiente convectivo no fluido
no lado do casco, reduzir a vibração dos tubos induzida pelo escoamento.
E por fim, os trocadores de calor compactos, esses equipamentos possuem densas
matrizes de tubos aletados ou placas, são usados, quando um dos fluidos é algum tipo de
gás. Os tubos podem ser circulares ou planos, assim como as aletas.

1.2. O Coeficiente Global de Transferência de Calor.


O coeficiente global de transferência de calor é definido em função da resistência
térmica total à transferência de calor entre dois fluidos. Pode também ser determinado a
partir dos coeficientes de transferência de calor nos fluidos quente e frio, fatores de
disposição e parâmetros geométricos apropriados.
Durante a operação normal de trocadores de calor, as superfícies estão sujeitas à
disposição de impurezas dos fluidos, formação de ferrugem ou outras reações. Fazendo
com que aumente a resistência à transferência de calor entre os fluidos. Esse efeito, é
conhecido como fator de deposição (Rd), ele depende da temperatura de operação, da
velocidade do fluido e do tempo de serviço do trocador de calor.
Quando aletas são adicionadas a superfícies expostas a um ou ambos fluidos,
aumentando a área superficial, faz com que se reduz a resistência térmica à transferência
de calor por convecção.
Sendo assim, o coeficiente global de transferência de calor pode ser representado por:
𝟏 𝟏 𝟏 𝟏 𝑹"𝒅𝒇 𝑹"𝒅𝒒 𝟏
= = = + + + + 𝑹𝒑
𝑼𝑨 𝑼𝒇 ∗ 𝑨𝒇 𝑼𝒒 ∗ 𝑨𝒒 (𝜼𝒐 𝒉𝑨)𝒇 (𝜼𝒐 𝑨)𝒇 (𝜼𝒐 𝑨)𝒒 (𝜼𝒐 𝒉𝑨)𝒒

Onde: f e q indicam se o fluido é frio ou quente.


OBS: O cálculo de um coeficiente global, depende se está baseado na área
superficial no lado do fluido quente ou do fluido frio. Sendo assim:
𝑼𝒒 ≠ 𝑼𝒇 𝒆 𝑨𝒒 ≠ 𝑨𝒇

O fator de deposição, ele depende do fluido que está sendo usado, é uma variável ao
longo da operação, que aumenta a partir de zero, caso a superfície seja limpa e em função
de acúmulo de depósitos sobre a superfície.
A eficiência global da superfície ou efetividade da temperatura (𝜂𝑜 ), é definida para
superfície do lado quente ou frio sem disposição, com a taxa de transferência de calor,
representada da seguinte forma:
𝒒 = 𝜼𝒐 𝒉𝑨(𝑻𝒃 − 𝑻∞ )
Tb é a temperatura da superfície, onde as aletas estão instaladas (base)
A é a área superficial total (aletas + base exposta)
Sendo assim, a eficiência fica como:
𝑨𝒂
𝜼𝒐 = 𝟏 − (𝟏 − 𝜼𝒂 )
𝑨
Aa é a área superficial de TODAS as aletas e 𝜂𝑎 é a eficiência de uma ÚNICA aleta.
1.3. Análise de Trocadores de Calor: Uso da Média Log das Diferenças de
Temperatura.
Para analisar o desempenho de um trocador de calor, é necessário relacionar a taxa
de transferência de calor com: as temperaturas de entrada e saída dos fluidos, coeficiente
global e área de superfície total disponível.
Para a taxa de transferência de calor entre os fluidos quente e frio, temos que:
𝒒 = ṁ𝒙 (𝒊𝒙,𝒆𝒏𝒕 − 𝒊𝒙,𝒔𝒂𝒊 )
Onde x, pode ser f ou q, sendo de frio ou quente; i é a entalpia do fluido.
Caso os fluidos não passem por uma mudança de fase e possuírem calores específicos
constantes, tem-se:
𝒒 = ṁ𝒙 𝒄𝒑,𝒙 (𝑻𝒙,𝒆𝒏𝒕 − 𝑻𝒙,𝒔𝒂𝒊 )

Onde x, pode ser f ou q, sendo de frio ou quente s T são as temperaturas médias


indicadas.
E por fim, a diferença de temperaturas que se dá entre os fluidos quente e frio:
𝜟𝑻 = 𝑻𝒉 − 𝑻𝒄
Como a variação de temperatura varia coma posição do trocador de calor, é preciso
trabalhar com uma equação especifica para taxa de transferência de calor, onde depende
do coeficiente global de transferência de calor:
𝒒 = 𝑼𝑨𝜟𝑻𝒎
Em que 𝛥𝑇𝑚 é uma média apropriada de diferenças de temperaturas.
11.3.1 – O trocador de Calor com Escoamento Paralelo
As distribuições de temperaturas nos fluidos quente e frio associadas a um
trocador de calor com escoamento paralelo, primeiramente, possui uma grande diferença
de temperaturas, porém diminui conforme aumenta o x. A temperatura de saída do fluido
frio, nunca pode ser maior que a do fluido quente.
A variação de temperatura média, pode ser determinada pela aplicação de um
balanço de energia. O balanço de energia e a análise posterior estão sujeitos às seguintes
considerações:
- Trocador de calor se encontra isolado termicamente, onde a única troca de calor que
ocorre é entre os fluidos quente e frio;
- A condução axial ao londo dos tubos é desprezível;
- Energias Cinética e Potencial, são desprezíveis;
- Calores específicos e coeficiente de calor global, são constantes;
A transferência de calor através da área, pode ser representada da seguinte forma:
𝒅𝒒 = 𝑼𝜟𝑻𝒅𝑨
Onde a variação de temperatura é a diferença de temperaturas local entre os fluidos
quente e frio. Através da integração e substituição, obtém-se que:
𝜟𝑻𝟐 − 𝜟𝑻𝟏
𝒒 = 𝑼𝑨
𝜟𝑻
𝒍𝒏(𝜟𝑻𝟐 )
𝟏

Pode-se concluir que a diferença de temperatura média apropriada, é uma média


logarítmica das diferenças de temperaturas. Logo:
𝒒 = 𝑼𝑨𝜟𝑻𝒎𝒍
Onde:
𝜟𝑻𝟐 − 𝜟𝑻𝟏
𝜟𝑻𝒎𝒍 =
𝜟𝑻
𝒍𝒏(𝜟𝑻𝟐 )
𝟏

11.3.2 – O trocador de calor com escoamento Contracorrente


Esta configuração proporciona a transferência de calor entre as parcelas mais
quentes dos fluidos em uma extremidade, e também as parcelas mais frias. Diferente do
escoamento paralelo, nesta situação a temperatura do fluido frio pode ser maior que a
temperatura de saída do fluido quente.
As equações usadas nesta configuração, é a mesma utilizada com a variação de
temperatura, citada acima.
11.3.3 – Condições Operacionais Especiais
Uma das condições especiais que trocadores de calor podem ser operados: quando
o fluido possui uma taca de capacidade calorifica, assim, a temperatura do fluido quente
permanece constante ao longo do trocador de calor, enquanto a temperatura do fluido frio
aumenta.
1.4. Análise de Trocadores de Calor: O Método da Efetividade – NUT.
O método da média logarítmica das diferenças de temperaturas os dados de entrada
são conhecidos e as temperaturas de saída ou podem ser determinadas de imediato pelas
expressões do balanço de energia.
11.4.1 – Definições
A efetividade de um trocador de calor, para definir, deve-se primeiramente
determinar a taxa de transferência de calor máxima, essa taxa, pode ser alcançada em um
trocador de calor contracorrente, com x infinito.
A efetividade, tem como expressão, a razão entre a taxa de transferência de calor real
em um calor e a taxa de transferência de calor máxima possível:
𝒒
𝜺=
𝒒𝒎𝒂𝒙
Quando se trata da efetividade adimensional, tem como expressão:

Assim, para qualquer trocador de calor, pode ser mostrado que:

O número de unidades de transferência (NUT) é um parâmetro adimensional,


utilizado na análise de trocadores de calor, que é definido como:
11.4.2 – Relações Efetividade – NUT
Para determinar a forma específica da relação efetividade, considerando escoamento
paralelo, obtém-se a expressão:

Nesse caso, tem-se que o comportamento do trocador de calor é independente da


configuração do escoamento.
1.5. Cálculo de Projeto e de Desempenho de Trocadores de Calor: Uso do Método
de Efetividade -NUT.

Existe alguns problemas de projeto de trocadores de calor, tais como: especificar o


tipo do trocador de calor e determinar a sua dimensão. Esse tipo de problema, é
geralmente encontrado quando um trocador de calor deve ser construído para uma
aplicação específica.

1.5.1. Pesquisar a metodologia de projeto de trocadores de calor casco e tubos

O método de Bell - Delaware se trata do escoamento do lado do casco dos


trocadores de calor. Os estudos foram baseados na transferência de calor e na perda de
carga entre os feixes de tubo.
O equipamento deverá satisfazer os requisitos de transferência de calor e perda de
carga. No projeto, estamos interessados no dimensionamento do trocador: comprimento
dos tubos, diâmetros do casco e dos tubos, número de tubos e passes, ângulo do arranjo.
1.5.2. Elencar as principais etapas para o projeto do trocador de calor.

- Dimensionamento aproximado do trocador de calor casco e do tubo;


- Avaliação dos parâmetros geométricos conhecidos para o auxílio nos cálculos;
- Fatores de correção para a transferência de calor e para a queda de pressão;
- Coeficiente de transferência de calor no casco e para a queda de pressão;
- Coeficiente de transferência de calor no tubo e para a queda de pressão;
- Avaliação e comparação dos resultados com as especificações.

1.5.3. Apresentar de forma sucinta a metodologia de cálculo.

- Calcular o coeficiente de transferência de calor global;


- Calcular a taxa de transferência de calor necessária;
- Calcular a área necessária para transferência de calor;
- Geometria do projeto.
1.5.4. O projeto do trocador de calor é desenvolvido com referência a uma metodologia
iterativa, ou existe uma metodologia com referência a cálculos analíticos (cálculo exato)
para sua concepção?
É desenvolvido por meio de uma metodologia analítica, porém ao decorrer do
projeto, ainda pode existir algumas incertezas, tais como: previsão das propriedades
físicas, correlações para o cálculo dos coeficientes de transferência de calor, condições
operacionais podem variar, restrições de dimensões e parâmetro, desconhecimento das
características da incrustação.

REFERÊNCIAS:
ARAÚJO, E. C. C. Trocadores de calor: serie de apontamentos. São Carlos:
EDUFSCAR, 2002.
Incropera, F. P., DeWitt, D. P., Bergman, T. L., Lavine, A. S., Fundamentals of Heat
and Mass Transfer, John Wiley & Sons; 6th Edition, 2006.
KERN – Processos de Transmissão de Calor. 1987.
THULUKKANAM, K. Heat exchanger design handbook. 2nd ed. New York: CRC,
2013.

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