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09/08/2016

Produção e Transporte de Calor

Análise térmica de trocadores de calor

Importante: estas notas destinam-se


exclusivamente a servir como guia de estudo.
Figuras e tabelas de outras fontes foram
reproduzidas estritamente com finalidade
didática.

Docente: Maísa Matos Paraguassú

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09/08/2016

Projeto

Projeto
Projeto de
Análise térmica Projeto mecânico
fabricação

Área necessária à Materiais e procedimentos


T e P de operação.
transferência de calor. na fabricação.

Projeto
• Análise Térmica
– Determinação da área necessária à transferência de calor para dadas
condições de temperaturas e escoamentos dos fluidos.
• Projeto Mecânico Preliminar
– Envolve considerações sobre as temperaturas e pressões de operação,
as características de corrosão de um ou de ambos os fluidos, as
expansões térmicas relativas e tensões térmicas e, a relação de troca
de calor.
• Projeto de Fabricação
– Requer a translação das características físicas e dimensões em uma
unidade, que pode ser fabricada a baixo custo (seleção dos materiais,
selos, invólucros e arranjo mecânico ótimos), e os procedimentos na
fabricação devem ser especificados.

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Análise térmica
• Por que as chicanas são utilizadas em um trocador de casco e
tubos?
• Quais os dois possíveis arranjos para um trocador de calor com
tubos concêntricos?
• Para cada arranjo, quais as restrições de saída?
• Qual a forma apropriada da diferença média de temperatura
para os dois fluidos de um trocador de calor?
• Qual o efeito da incrustação no coeficiente global de
transferência de calor?
• O que pode ser dito de uma variação na temperatura de um
fluido saturado em evaporação ou de condensação em um
trocador de calor?

Uso da média logarítmica das diferenças


de temperatura
Para projetar ou prever o desempenho de um trocador de calor, é essencial relacionar a
taxa total de transferência de calor a grandezas como: as temperaturas de saída e entrada
do fluido, o coeficiente global de transferência de calor e área de total da superfície para a
troca térmica.
Balanço de energia globais para
os fluidos quente e frio

Taxa de transferência de calor entre os fluidos quente e frio

Se os fluidos não estiverem sofrendo mudança de fase e forem considerados Cp constantes

i é a entalpia do fluidos e os índices h e c referem-se aos fluidos quente e frio, assim como e e s as
condições de entrada e saída, respectivamente.

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Uso da média logarítmica das diferenças


de temperatura

• Um expressão útil pode ser obtida relacionando-se a taxa total de


transferência de calor q com a diferença de temperatura ΔT entre os
fluidos quente e frio.

∆𝑇 ≡ 𝑇ℎ − 𝑇𝑐
• Tal expressão é apresentada como extensão da Lei de Newton do
resfriamento, com o coeficiente global de transmissão de calor U usado no
lugar de um único coeficiente de transferência de calor h.

𝑞 = 𝑈𝐴∆𝑇𝑚
• Como ΔT varia com a posição no trocador de calor, é necessário trabalhar
com a diferença da temperatura media apropriada, representada por ΔTm.

Uso da média logarítmica das diferenças


de temperatura

• Os calores específicos podem variar como consequência das variações de


temperatura e o coeficiente global de transferência de calor pode variar
devido às variações das propriedades do fluido e condições do
escoamento.
• Entretanto, em muitas aplicações tais variações não são significativas,
sendo razoável trabalhar com valores médios de cp,c,cp,h e U para o
trocador de calor.
• Os balanços de energia são sujeitos às seguintes considerações:
1. O trocador de calor é isolado de sua vizinhança, caso em que a troca de calor é apenas
entre os fluidos quente e frio.
2. A condução axial ao longo dos tubos é desprezível.
3. As variações de energia cinética e potencial são desprezíveis.
4. Os calores específicos do fluido são constantes.
5. O coeficiente global de transferência de calor é constante.

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Balanço de energia
Aplicando balanço de energia a cada um dos elementos diferenciáveis.

𝑑𝑞 = −𝑚ℎ 𝑐𝑝,ℎ 𝑑𝑇ℎ ≡ −𝐶ℎ 𝑑𝑇ℎ onde Ch e Cc são as taxas de capacidade


térmica dos fluidos quente e frio,
𝑑𝑞 = 𝑚𝑐 𝑐𝑝,𝑐 𝑑𝑇𝑐 ≡ 𝐶𝑐 𝑑𝑇𝑐 respectivamente.

Balanço de energia globais para os fluidos quente e frio

Balanço de energia
Aplicando balanço de energia a cada um dos elementos diferenciáveis.

𝑑𝑞 = −𝑚ℎ 𝑐𝑝,ℎ 𝑑𝑇ℎ ≡ −𝐶ℎ 𝑑𝑇ℎ onde Ch e Cc são as taxas de capacidade


térmica dos fluidos quente e frio,
𝑑𝑞 = 𝑚𝑐 𝑐𝑝,𝑐 𝑑𝑇𝑐 ≡ 𝐶𝑐 𝑑𝑇𝑐 respectivamente.

Essas expressões podem ser integradas através de trocador de calor para


obter os balanços de energia global. A taxa de transferência de calor através
da área de superfície dA também pode ser representado como:

𝑑𝑞 = 𝑈∆𝑇𝑑𝐴

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Balanço de energia
Aplicando balanço de energia a cada um dos elementos diferenciáveis.

𝑑𝑞 = 𝑈∆𝑇𝑑𝐴 onde ΔT = Th – Tc é a diferença local de


temperatura entre os fluidos quente e frio.

Substituindo:
𝑑 ∆𝑡 = 𝑑𝑇ℎ − 𝑑𝑇𝑐
𝑑𝑞
Como: 𝑑𝑞 = −𝐶ℎ 𝑑𝑇ℎ 𝑑𝑇ℎ = −
𝐶ℎ

𝑑𝑞 = 𝐶𝑐 𝑑𝑇𝑐 𝑑𝑞
𝑑𝑇𝑐 =
𝐶𝑐
1 1
𝑑 ∆𝑡 = −𝑑𝑞 +
𝐶ℎ 𝐶𝑐

Balanço de energia
Substituindo:
1 1
𝑑𝑞 = 𝑈∆𝑇𝑑𝐴 e 𝑑𝑞 = − 𝑑 ∆𝑡 / +
𝐶ℎ 𝐶𝑐

𝑑 ∆𝑡
− = 𝑈∆𝑇𝑑𝐴
1 1
+
𝐶ℎ 𝐶𝑐

Integrando:

2 2 ∆𝑇2 1 1
𝑑 ∆𝑇 1 1
= −𝑈 + 𝑑𝐴 ou 𝑙𝑛 = −𝑈𝐴 +
1 ∆𝑇 𝐶ℎ 𝐶𝑐 1 ∆𝑇1 𝐶ℎ 𝐶𝑐

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Balanço de energia
A partir das equações: 𝑞 = 𝑚ℎ 𝑐𝑝,ℎ (𝑇ℎ,𝑖 − 𝑇ℎ,𝑠 ) 𝑞 = 𝑚𝑐 𝑐𝑝,𝑐 (𝑇𝑐,𝑠 − 𝑇𝑐,𝑖 )

1 (𝑇ℎ,𝑖 − 𝑇ℎ,𝑠 ) 1 (𝑇𝑐,𝑠 − 𝑇𝑐,𝑖 )


Rearranjando: = =
𝐶ℎ 𝑞 𝐶𝑐 𝑞

∆𝑇2 1 1
Substituindo em: 𝑙𝑛 = −𝑈𝐴 +
∆𝑇1 𝐶ℎ 𝐶𝑐

∆𝑇2 (𝑇ℎ,𝑖 − 𝑇ℎ,𝑠 ) (𝑇𝑐,s − 𝑇𝑐,i )


𝑙𝑛 = −𝑈𝐴 +
∆𝑇1 𝑞 𝑞

𝑇𝑐,𝑖 = 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑒𝑟𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑒 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎 𝑑𝑜 𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 𝑓𝑟𝑖𝑜 𝑇ℎ,𝑖 = 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑒𝑟𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑒 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎 𝑑𝑜 𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 𝑞𝑢𝑒𝑛𝑡𝑒
𝑇𝑐,𝑠 = 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑒𝑟𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑒 𝑠𝑎í𝑑𝑎 𝑑𝑜 𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 𝑓𝑟𝑖𝑜 𝑇ℎ,𝑠 = 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑒𝑟𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑒 𝑠𝑎í𝑑𝑎 𝑑𝑜 𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 𝑞𝑢𝑒𝑛𝑡𝑒

Balanço de energia
Reconhecendo que, para o trocador de calor com escoamento paralelo:
∆𝑇2 (𝑇ℎ,𝑖 − 𝑇ℎ,𝑠 ) (𝑇𝑐,s − 𝑇𝑐,i )
𝑙𝑛 = −𝑈𝐴 +
∆𝑇1 𝑞 𝑞

Rearranjando a equação, estando o q em evidência:

∆𝑇2 −𝑈𝐴
𝑙𝑛 = 𝑇ℎ,i − 𝑇ℎ,𝑠 + 𝑇𝑐,s − 𝑇𝑐,i
∆𝑇1 𝑞
Logo ∆𝑇1 e ∆𝑇2 são:
∆𝑇2 𝑈𝐴
𝑙𝑛 =− 𝑇ℎ,𝑖 − 𝑇c,i − 𝑇ℎ,s − 𝑇𝑐,s
∆𝑇1 𝑞
∆𝑇1 ∆𝑇2
∆𝑇2 𝑈𝐴
𝑙𝑛 = ∆𝑇2 −∆𝑇1
∆𝑇1 𝑞

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Balanço de energia
A diferença media de temperatura apropriada é a média logarítmica
da diferença de temperatura, ∆𝑇𝑙𝑚

∆𝑇2 𝑈𝐴
𝑙𝑛 = ∆𝑇2 −∆𝑇1
∆𝑇1 𝑞

∆𝑇2 −∆𝑇1
𝑞 = 𝑈𝐴
𝑙𝑛 ∆𝑇2 /∆𝑇1

∆𝑇𝑙𝑚

𝑞 = 𝑈𝐴∆𝑇𝑙𝑚

Escoamento paralelo
• A diferença de temperatura é inicialmente mais alta.
• ∆𝑇 decresce com o aumento do comprimento X.
• A temperatura de saída do fluido frio nunca excede do fluido quente.

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Escoamento em contracorrente
• ∆𝑇 em relação ao comprimento não é alto em uma região quando comparada a
outra.
• A temperatura de saída do fluido frio pode exceder a temperatura de saída do
fluido quente.
• Para as mesmas condições de Tentrada e Tsaída ∆𝑇𝐿𝑀𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟𝑎𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 > ∆𝑇𝑙𝑚𝑝𝑎𝑟𝑎𝑙𝑒𝑙𝑜

Condições especiais

Condensação Evaporação
(vapor condensando) (líquido evaporando)

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Escoamento cruzado e com múltiplos


passes

Para trocadores de calor multipasse ou de fluxo cruzado, consideraremos um


fator de correção “F” aplicado à consideração de um trocador de contra fluxo.

O fator de correção “F” será sempre menor ou igual a 1.


Se há mudança de fase no casco R=0, se há mudança de
fase no tubo R tende a infinito. Em ambos os casos F=1.
Se a variação da temperatura de um fluido for
desprezível, ou P ou R é zero e F é 1. Logo, o
comportamento do trocador de calor é independente da
configuração específica.

Fator de correção para um trocador


casco e tubo

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Fator de correção para um trocador


com correntes cruzadas

Coeficiente global de transferência de calor e


fator de incrustação
• Durante a operação, desenvolve-se gradualmente uma película de sujeira
na superfície de transferência do trocador de calor.
• Seu efeito, conhecido como incrustação, é aumentar a resistência térmica.

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Coeficiente global de transferência de calor e


fator de incrustação
• Quando o equipamento estiver sendo usado por muito tempo, o deposito
sobre a parte interna e externa do tubo produzirão o acréscimo de duas
resistências além das de:

1 1 1 ℎ𝑖𝑜 ℎ𝑜
= 𝑅𝑖𝑜 + 𝑅𝑜 = + =
𝑈𝑐 ℎ𝑖𝑜 ℎ𝑜 ℎ𝑖𝑜 + ℎ𝑜

• As resistências adicionais reduzem o valor original de U, e a quantidade de


calor não é mais transmitida pela superfície original A.
• T2 é superior a temperatura desejada na saída e t2 é inferior, embora hi e
ho sejam substancialmente constantes.

Coeficiente global de transferência de calor e


fator de incrustação
• Para superar essa dificuldade, costuma-se calcular a quantidade de depósito pela
introdução de uma resistência chamada Rd.
1 1 1
= 𝑈 + 𝑅𝑑𝑖 + 𝑅𝑑𝑜 =𝑈 + 𝑅𝑑
𝑈𝑑 𝑐 𝑐

ou 1
𝑈𝑑 =𝑅
𝑑 +1 𝑈𝑐

• Onde Rdi é o fator de incrustação para o fluido do tubo interno na parede com o
diâmetro interno do tubo e Rdo é o fator para o fluido na parte anular no diâmetro
externo do tubo interno.
1 1
𝑅𝑑 = −
𝑈𝑑 𝑈𝑐

• Quando Rd(depositado) > Rd(calculado), como depois de um período de serviço, o


equipamento não lhe fornecerá mais uma quantidade de calor igual à exigida no
processo.

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Coeficiente global de transferência de calor e


fator de incrustação

• Os valores numéricos de fatores de incrustação destinam-se a proteger o


trocador impedindo-o de transportar menos calor que o necessário para o
processo por um período em torno de um ano a um ano e meio.

Exemplo 1
Um trocador de calor de tubos concêntricos e correntes contrárias é utilizado para
resfriar um óleo lubrificante de uma turbina a gás. A vazão mássica da água de
resfriamento através do tubo interno de diâmetro de 25 mm é de 0,2 kg/s, enquanto a
vazão mássica do óleo através do diâmetro externo de 45 mm é 0,1 kg/s. O óleo e a
água entram com uma temperatura de 100 e 30°, respectivamente. Qual deve ser o
comprimento do tubo se a temperatura de saída do óleo deve ser de 60°C.

Dados:
Tabela A.5, óleo de motor, Th = 80°C:
Cp =2131 J/kgK,
μ =3,25 x10-2 Ns/m2,
k = 0,138 W/mK.
Tabela A.6, água, Tc = 35°C:
cp = 4.178 J/kg K,
μ = 725 x 10-6 Ns/m2,
k = 0,625 W/mK,
Pr = 4,85
Nui = número de Nussel associado à superfície interna;
Nu0 = número de Nussel associado à superfície externa.

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Exemplo 2
Um trocador de calor casco e tudo deve ser projetado para aquecer 2,5 kg/s de água
de 15 a 85ºC. O aquecimento deve ser realizado pela passagem de óleo quente de
motor, que se encontra disponível a 160ºC, através do lado do casco do trocador.
Sabe-se que o óleo fornece um coeficiente de convecção de he = 400 W/m2.k no lado
externo dos tubos. A água no casco sobre os dez tubos. Cada tudo apresenta parede
delgada, de diâmetro D = 25 mm, e faz oito passes através do casco. Se o óleo deixa o
trocador a 100ºC, qual a sua taxa de escoamento? Qual deve ser o comprimento dos
tubos para fornecer o aquecimento desejado?

Dados:
Tabela A.5, óleo de motor, Th = 130 °C:
Cp =2350 J/kgK,
Tabela A.6, água, Tc = 50 °C:
Cp = 4.178 J/kg K,
μ = 548 x 10-6 Ns/m2,
k = 0,643 W/mK,
Pr = 3,56

Exemplo 2 (continuação)
Um trocador de calor casco e tudo deve ser projetado para aquecer 2,5 kg/s de água
de 15 a 85ºC. O aquecimento deve ser realizado pela passagem de óleo quente de
motor, que se encontra disponível a 160ºC, através do lado do casco do trocador.
Sabe-se que o óleo fornece um coeficiente de convecção de he = 400 W/m2.k no lado
externo dos tubos. A água no casco sobre os dez tubos. Cada tudo apresenta parede
delgada, de diâmetro D = 25 mm, e faz oito passes através do casco. Se o óleo deixa o
trocador a 100ºC, qual a sua taxa de escoamento? Qual deve ser o comprimento dos
tubos para fornecer o aquecimento desejado?

𝑭 ≈ 𝟎, 𝟖𝟕

160 − 100 85 − 15
𝑅= = 0,86 𝑃= = 0,48
85 − 15 160 − 15

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Exemplo 3
Um trocador de calor casco e tudo que tem uma passagem no casco e quatro no tubo
é esquematicamente mostrado abaixo. O fluido entra no tubo a 200 °C e sai a 100°C. A
temperatura do fluido que passa pelo casco entra a 20°C e sai a 90°C. O coeficiente
global, baseando-se numa superfície de troca de 12 m2 é 300 W/m2.k. Calcule a taxa
de transferência de calor.

1) Cálculo da ∆𝑻𝒍𝒎

200°C

90°C 100°C
20°C

200 − 90 − (100 − 20)


∆𝑇𝑙𝑚 =
𝑙𝑛 200 − 90 100 − 20

∆𝑻𝒍𝒎 =94,2°C

Exemplo 3 (continuação)
Um trocador de calor casco e tudo que tem uma passagem no casco e quatro no tubo
é esquematicamente mostrado abaixo. O fluido entra no tubo a 200 °C e sai a 100°C. A
temperatura do fluido que passa pelo casco entra a 20°C e sai a 90°C. O coeficiente
global, baseando-se numa superfície de troca de 12 m2 é 300 W/m2.k. Calcule a taxa
de transferência de calor.

𝑭 ≈ 𝟎, 𝟖𝟓
T1 = 20°C
T2 = 90°C
t1 = 200°C
t2 = 100°C

20 − 90 100 − 200
𝑅= = 0,7 𝑃= = 0,556
100 − 200 20 − 200

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Exemplo 3 (continuação)
Um trocador de calor casco e tudo que tem uma passagem no casco e quatro no tubo
é esquematicamente mostrado abaixo. O fluido entra no tubo a 200 °C e sai a 100°C. A
temperatura do fluido que passa pelo casco entra a 20°C e sai a 90°C. O coeficiente
global, baseando-se numa superfície de troca de 12 m2 é 300 W/m2.k. Calcule a taxa
de transferência de calor.

1) Cálculo da ∆𝑻𝒍𝒎
200 − 90 − (100 − 20)
∆𝑇𝑙𝑚 =
𝑙𝑛 200 − 90 100 − 20

∆𝑻𝒍𝒎 =94,2°C

2) Taxa de transferência de calor

𝑞 = 𝑈𝐴𝐹∆𝑇𝑙𝑚𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟𝑎𝑓𝑙𝑢𝑥𝑜
𝑞 = 300 × 12 × 0,85 × 94,2
𝑞 = 2,88 × 105 𝑊

Exemplo 4
Gases de exaustão a partir de uma planta de potencia são utilizados para pré-aquecer
o ar num permutador de fluxo cruzado. Os gases entram a 450°C e saem a 200°C. O ar
entra no permutador a 70°C e sai a 250° a uma vazão mássica de 10 kg/s.
O coeficiente global de transferência de calor é 154 W/m2.K
e o Cpar= 1030J/kg.K. As propriedades dos gases de exaustão
podem ser aproximados aos do ar. Calcule a área de troca
térmica se ambos os fluidos não são misturados.

1) Cálculo da ∆𝑻𝒍𝒎

450°C

250°C 200°C
70°C

450−250 −(200−70)
∆𝑇𝑙𝑚 = 𝑙𝑛 450−250 200−70
=162,5°C

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Exemplo 4 (continuação)
Gases de exaustão a partir de uma planta de potencia são utilizados para pré-aquecer
o ar num permutador de fluxo cruzado. Os gases entram a 450°C e saem a 200°C. O ar
entra no permutador a 70°C e sai a 250° a uma vazão mássica de 10 kg/s. O
coeficiente global de transferência de calor é 154 W/m2.K. As propriedades dos gases
de exaustão podem ser aproximados aos do ar. Calcule a área de troca térmica se
ambos os fluidos não são misturados.
2) Cálculo do F para ∆𝑻𝒍𝒎

𝑭 ≈ 𝟎, 𝟕𝟔

450 − 200 250 − 70


𝑅= = 1,4 𝑃= = 0,47
250 − 70 450 − 70

Exemplo 4 (continuação)
Gases de exaustão a partir de uma planta de potencia são utilizados para pré-aquecer
o ar num permutador de fluxo cruzado. Os gases entram a 450°C e saem a 200°C. O ar
entra no permutador a 70°C e sai a 250° a uma vazão mássica de 10 kg/s.
O coeficiente global de transferência de calor é 154 W/m2.K e o
Cpar= 1030J/kg.K. As propriedades dos gases de exaustão podem
ser aproximados aos do ar. Calcule a área de troca térmica se
ambos os fluidos não são misturados.
2) Cálculo do F para a ∆𝑻𝒍𝒎
450 − 200 250 − 70
𝑅= = 1,4 𝑃= = 0,47
250 − 70 450 − 70
𝐹 = 0,76
2) Taxa de transferência de calor

𝑞 = 𝑈𝐴𝐹∆𝑇𝑙𝑚𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟𝑎𝑓𝑙𝑢𝑥𝑜
𝑞 𝑚𝑐𝑝 (𝑇𝑠 − 𝑇𝑒)
A= =
𝐹∆𝑇𝑙𝑚𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟𝑎𝑓𝑙𝑢𝑥𝑜 𝐹∆𝑇𝑙𝑚𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟𝑎𝑓𝑙𝑢𝑥𝑜
10 × 1030(250 − 70)
A= = 98𝑚2
162,5

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Produção e Transporte de Calor

E-NUT

Importante: estas notas destinam-se


exclusivamente a servir como guia de estudo.
Figuras e tabelas de outras fontes foram
reproduzidas estritamente com finalidade
didática.

Docente: Maísa Matos Paraguassú

Método da Efetividade ou Método NUT


• Efetividade do trocador de calor, :


q Máxima taxa de qmax  Cmin Th ,i  Tc ,i 
qmax calor possível:
Ch if Ch  Cc
Cmin  ou
0   1  Cc if Cc  Ch

• Número de Unidade de Transferência - NTU

Um parâmetro adimensional cuja magnitude


NTU  UA influencia o desempenho do trocador de
Cmin calor:
q  com  NTU

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•TROCADOR COM TUBOS CONCÊNTRICOS

•TROCADOR CASCO E TUBO

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•TROCADOR CORRENTE CRUZADA

As linhas pontilhadas no gráfico (f) são para Cmin “não misturado” e Cmax
“misturado” e as linhas cheias são para o caso oposto.

•OBSERVAÇÕES

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