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Matheus Souza
Rio de Janeiro - RJ
14 de março de 2018
José Vinícius
Matheus Souza
Rio de Janeiro - RJ
14 de março de 2018
Resumo
Este relatório tem por objetivo enunciar a análise discreta em projetos de trocadores de
calor, afim de descobrir parâmetros físicos e térmicos necessárias para a fabricação. Para
resolver os cálculos do projeto, foi utilizado a linguagem de programação Python juntamente
com a técnica de discretização. Foi verificado que os códigos criados no programa tiveram
uma boa precisão, se comparados com os projetos de permutadores de calor.
Tabela 1 –
Estrutura da matriz de conectividade IEN em escoamento paralelo. . . 14
Tabela 2 Estrutura da matriz de conectividade IEN em escoamento contracorrente.
– 19
Tabela 3 –
Comparação entre os valores das temperaturas calculadas e o gabarito. 25
Tabela 4 –
Comparação entre as temperaturas e do comprimento calculados com o
gabarito. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
Tabela 5 – Comparação entre as temperaturas e do comprimento calculados com o
gabarito do Exercício 3. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
Lista de símbolos
L Comprimento da tubulação
ṁ Vazão mássica
∆T Diferença de temperatura
dA Área diferencial
π Letra grega pi
d Diâmetro do tubo
Tx Temperatura no nó x
E Número de elementos
Lc Comprimento arbitrário
6
Sumário
Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
I METODOLOGIA 11
II RESULTADOS 23
III CONCLUSÃO 30
7
Introdução
(a) Aletado com escoamento não misturado. (b) Não-aletado com escoamento misturado.
lado do casco, além de apoiar fisicamente os tubos, como pode ser visto na figura 3.
Figura 3 – Trocador de calor casco e tubo com um passe no casco e um passe nos tubos.
Temperaturas de Operação
As temperaturas de entrada e saída de um fluido num trocador de calor, chamadas de
temperaturas terminais (nos extremos do trocador), dependem das exigências do processo.
Elas, portanto, são em geral especificadas e vão determinar o valor do potencial térmico
(a forca motriz térmica) para promover a troca térmica. É importante especificar, além
do valor nominal desejado, qual a faixa de tolerância dentro da qual o valor pode flutuar
sem prejuízos ao processo. Por outro lado, se os valores das temperaturas terminais (ou os
valores das diferenças entre elas) forem muito elevados, devem ser seguidas recomendações
sobre o assunto: por exemplo, o uso de materiais de construção mais nobres, o uso de
juntas de expansão, entre outros.
Pressões de Operação
Introdução 9
Velocidade de Escoamento
A velocidade de escoamento influi em quatro aspectos fundamentais: a eficiência
de troca térmica, a perda de carga, a erosão e a deposição de sujeira. Quanto maior a
velocidade de escoamento num trocador de calor, maior a intensidade de turbulência
criada e melhor deve ser o coeficiente de transporte de energia. Consequentemente, a
área do trocador necessária para uma dada carga térmica será menor. Nesse aspecto, é
desejável que a velocidade de escoamento seja alta. Mas essa turbulência intensa também
implica num atrito maior e uma perda de carga maior, podendo até ultrapassar valores
máximos admissíveis. Nesse aspecto, pode não ser desejável uma velocidade de escoamento
exagerada. Então, há um compromisso entre melhorar a eficiência de troca térmica sem
acarretar uma perda de carga excessiva.
Fator de Sujeira
O depósito de materiais indesejáveis na superfície de um trocador de calor aumenta
a resistência à transferência de energia, diminuindo a eficiência de troca térmica e pode
obstruir a passagem do fluido, aumentando a sua perda de carga. Um dos modos adotados
na prática para saber o grau de depósito num trocador de calor em operação é acompanhar,
Introdução 10
Metodologia
12
• Regime permanente;
A equação que rege a taxa de transferência de calor entre dois fluidos é da forma:
Q = ṁcp ∆T
Q0 = (ṁcp )q T0
Q1 = Q0 − U dA∆Te0
elem0 =
Q4 = (ṁcp )f T4
Q5 = Q4 + U dA∆Te0
Q1 = (ṁcp )q T1
Q2 = Q1 − U dA∆Te1
elem1 =
Q5 = (ṁcp )f T5
Q6 = Q5 + U dA∆Te1
Q2 = (ṁcp )q T2
Q3 = Q3 − U dA∆Te2
elem2 =
Q6 = (ṁcp )f T6
Q7 = Q6 + U dA∆Te2
(ṁcp )q 0 0 0
T0
Q0
(ṁcp )q + U dA/2 +U dA/2 −U dA/2 −U dA/2 T1 Q1
=
0 0 (ṁcp )f 0 T4 Q4
−U dA/2 −U dA/2 (ṁcp )f + U dA/2 +U dA/2 T5 Q5
v1 v2 v3 v4
e0 0 1 4 5
e1 1 2 5 6
e2 2 3 6 7
Com isso, podemos gerar a matriz global dos coeficientes Kij e, junto com as
matrizes dos vetores Qj e Tj , montar o sistema global na forma:
Kij Qj = Tj
E para resolver essa equação, basta multiplicarmos ambos os lados pelo inverso da
matriz global dos coeficientes Kij−1 e obteremos o seguinte:
Tj = Kij−1 Qj
1 import numpy as np
2 import matplotlib . pyplot as plt
3 from numpy . linalg import inv
4
37 k [1][1] = -U * dA /2.0
38 k [3][3] = -U * dA /2.0
39 k [0][0] = - mb * cpb
40 k [2][2] = - ma * cpa
41 k [1][0] = mb * cpb - U * dA /2.0
42 k [3][2] = - U * dA /2.0 + ma * cpa
43 """ matriz de conectividade """
44 IEN = []
45 for i in range ( E ) :
46 IEN . append ([0]*4)
47 """ Valores da matriz de conectividade IEN """
48 for i in range ( E ) :
49 IEN [ i ][0] = i
50 IEN [ i ][1] = i + 1
51 IEN [ i ][2] = i + ( E +1)
52 IEN [ i ][3] = i + ( E +2)
53 """ Matriz global dos coeficientes K """
54 K = np . zeros (( n , n ) , dtype = np . float )
55 """ Dando valores a matriz global dos coeficientes K """
56 for elem in range ( E ) :
57 for ilocal in range (4) :
58 iglobal = IEN [ elem ][ ilocal ]
59 for jlocal in range (4) :
60 jglobal = IEN [ elem ][ jlocal ]
61 K [ iglobal ][ jglobal ] = K [ iglobal ][ jglobal ]
+ k [ ilocal ][ jlocal ]
62 """ Inclus ã o das equa ç õ es referentes aos n ó s de sa í da """
63 K [ E ][ E ] = K [ E ][ E ] - mb * cpb
64 K [2* E +1][2* E +1] = K [2* E +1][2* E +1] - ma * cpa
65 """ Invertendo a matriz K """
66 invK = inv ( K )
67 """ Montando a matriz calor Q """
68 Q = np . zeros (( n ,1) , dtype = np . float )
69 Q [0][0] = - mb * cpb * Tbi
70 Q [ E +1][0] = - ma * cpa * Tai
71 """ Calculando a matriz temperatura T """
72 T = np . dot ( invK , Q )
73 print ( ’\ n Valores das temperaturas no trocador de calor ’)
74 print ( T )
75 """ Mostrando as temperaturas finais """
76 print ( f ’\ n A temperatura final do fluido frio é de { T [ E ][0]} K ’)
77 print ( f ’\ n A temperatura final do fluido quente é de { T [2* E
Capítulo 1. Trocador de calor com escoamento paralelo 17
+1][0]} K ’)
78 """ Adi ç ã o das temperatures no eixo Y """
79 i = 0
80 y1 = []
81 y2 = []
82 while i < (2* E + 2) /2:
83 a = T [ i ][0]
84 y1 . append ( a )
85 i += 1
86 while i <= (2* E + 1) :
87 a = T [ i ][0]
88 y2 . append ( a )
89 i += 1
90 print ( ’\ n ’)
91 """ Plotagem do gr á fico L x T """
92 plt . plot ( np . linspace (0 ,L , n /2) , y1 , ’b . ’)
93 plt . plot ( np . linspace (0 ,L , n /2) , y2 , ’r . ’)
94 plt . xlabel ( ’ Comprimento [ m ] ’)
95 plt . ylabel ( ’ Temperatura [ K ] ’)
96 plt . grid ( True )
Podemos ver que, dando os valores solicitados no código, é possível calcular não
apenas as temperaturas terminais como também em qualquer ponto da tubulação, bastando
indicar em quantos elementos se quer dividir o trocador de calor.
18
Q0 = (ṁcp )q T0
Q1 = Q0 − U dA∆Te0
elem0 =
Q6 = (ṁcp )f T6
Q7 = Q6 + U dA∆Te0
Sendo ∆Te0 = (T0 + T1 )/2 − (T6 + T7 )/2. Para os demais elementos, a estrutura do
sistema linear é semelhante, tendo como diferença os ∆T 0 s.
Capítulo 2. Trocador de calor com escoamento
contracorrente 19
v1 v2 v3 v4
e0 0 1 6 7
e1 1 2 5 6
e2 2 3 4 5
1 import numpy as np
2 import matplotlib . pyplot as plt
3 from numpy . linalg import inv
4
59 IEN [ i ][2] = 2* E - i
60 IEN [ i ][3] = 2* E + 1 - i
61 """ Matriz global dos coeficientes K """
62 K = np . zeros (( n , n ) , dtype = np . float )
63 """ Dando valores a matriz global dos coeficientes K """
64 for elem in range ( E ) :
65 for ilocal in range (4) :
66 iglobal = IEN [ elem ][ ilocal ]
67 for jlocal in range (4) :
68 jglobal = IEN [ elem ][ jlocal ]
69 K [ iglobal ][ jglobal ] = K [ iglobal ][
jglobal ] + k [ ilocal ][ jlocal ]
70 """ Inclus ã o das equa ç õ es referentes aos n ó s de sa í da """
71 K [ E ][ E ] = K [ E ][ E ] - mb * cpb
72 K [2* E +1][2* E +1] = K [2* E +1][2* E +1] - ma * cpa
73 """ Invertendo a matriz K """
74 invK = inv ( K )
75 """ Montando a matriz calor Q """
76 Q = np . zeros (( n ,1) , dtype = np . float )
77 Q [0][0] = - mb * cpb * Tbi
78 Q [ E +1][0] = - ma * cpa * Tai
79 """ Calculando a matriz temperatura T """
80 T = np . dot ( invK , Q )
81 """ Loop da verifica ç ã o da temperatura """
82 if Z == ’ quente ’:
83 Tc = T [ E ][0]
84 if ( Tbo - Tc ) > 0.01:
85 L = L - L /100
86 elif ( Tc - Tbo ) > 0.01:
87 L = L + L /100
88 if abs ( Tbo - Tc ) > 0.01:
89 continue
90 else :
91 break
92
93 elif Z == ’ frio ’:
94 Tc = T [2* E +1][0]
95 if ( Tc - Tao ) > 0.01:
96 L = L - L /100
97 elif ( Tao - Tc ) > 0.01:
98 L = L + L /100
99 # #####################################################
Capítulo 2. Trocador de calor com escoamento
contracorrente 22
Neste código, fizemos algumas adaptações com relação ao caso anterior, além de
encontrar a distribuição de temperatura na tubulação, podemos calcular o comprimento
ideal (de forma iterativa) deste tendo como referência uma das temperaturas terminais de
um dos fluidos.
Parte II
Resultados
Capítulo 2. Trocador de calor com escoamento
contracorrente 24
Resultados
Resolvendo este exercício com o código gerado no Python, encontramos valores bem
próximos comparados com o gabarito para as temperaturas de saída dos fluidos de processo
(Tof ) e de serviço (Toq ), para diferentes números de elementos (E) na discretização, como
é mostrado abaixo:
Capítulo 2. Trocador de calor com escoamento
contracorrente 25
• D = 0,015 m
• U = 640 W/m2 .K
• Tif = 20◦ C
• Tof = 80◦ C
• Tiq = 160◦ C
Resultados
Podemos observar esse sentido já que o fluido frio vai aumentando sua temperatura
ao longo do tubo, e com o fluido quente a sua temperatura decai. Pode ocorrer ainda da
temperatura final do fluido frio Tof ser maior do que a temperatura inicial do fluido quente
Tiq , mas não foi o caso desse exercício.
Capítulo 2. Trocador de calor com escoamento
contracorrente 28
• D = 0.025 m
• Do = 0.045 m
• U = 38.1 W/m2 .K
• Tif = 30◦ C
• Tiq = 100◦ C
• Toq = 60◦ C
Resultados
O gráfico abaixo foi gerado utilizando 300 elementos. Perceba que as curvas da
figura abaixo possuem a concavidade levemente voltada para cima, diferentemente do
gráfico da figura 7. Isso mostra que a temperatura do fluido de trabalho (fluido quente)
varia mais rapidamente na entrada do que na saída.
Conclusão
Capítulo 2. Trocador de calor com escoamento
contracorrente 31