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Máquinas de

fluxo

MÁQUINAS DE FLUXO – CCE1588

Aula 3 : Bombas - Classificação e Tipos

AULA 03: CLASSIFICAÇÃO MÁQUINAS DE


Classificação das Máquinas de Fluido = Fluxo :
• Quanto ao sentido da transmissão de energia;
• Quanto ao tipo de energia envolvido no processo;
• Quanto à direção do escoamento do fluido;
• Quanto à forma dos canais entre as pás do rotor;

• Quanto ao número de entradas para aspiração (sucção);

• Quanto ao número de rotores;

• Quanto ao posicionamento do eixo;

• Quanto ao tipo de rotor.

quinas de Fluxo
Classificação das máquinas de fluido

Máquina de Fluido (fluid machinery) é o


equipamento que promove a troca de
energia entre um sistema mecânico e um Máquinas
fluido, transformando energia mecânica de
(trabalho) em energia de fluido ou energia de Fluido
fluido em energia mecânica.

Turbomáquin Máquinas de
Máquinas de fluido são divididas em dois grupos: as (Máquinas Deslocament
de Fluxo) o Positivo
• Máquinas de deslocamento positivo
(fluido fica confinado em uma câmara)

• Máquinas de fluxo ou turbomáquinas


(fluxo continuo através da máquina).

quinas de Fluxo
Classificação das máquinas de
fluido
• Máquinas de Fluxo e de Deslocamento Positivo são divididas em duas classes:
Máquinas Hidráulicas e Máquinas Térmicas;

• Nas máquinas hidráulicas, o processo ocorre com variação sensível da massa específica
do fluido de trabalho (esc. incompressível);

• Nas máquinas térmicas, o fluido varia significativamente sua massa específica durante o
processo de troca de energia (ex.: compressores, turbinas a gás, turbinas a vapor) (esc.
compressível).

Máquinas de Fluido

Turbomáquinas (Máquinas de Fluxo) Máquinas de Deslocamento Positivo

Máquinas Máquinas Máquinas Máquinas


Hidráulicas Térmicas Hidráulicas Térmicas

quinas de Fluxo
Classificação das máquinas de fluido

ρ = peso específico

quinas de Fluxo
Classificação das máquinas de fluido

a) Quanto ao sentido da transmissão de


energia
Geradora Motora
(geratriz): (operatriz):
A máquina transforma energia mecânica A máquina transforma energia de fluido em
em energia de fluido (ex.: bombas e energia mecânica (ex.: turbina, gerador
ventiladores). eólico, moinho de vento e rodas d’água).

quinas de Fluxo
Classificação das máquinas de fluido

Máquinas de Fluxo ou Turbomáquinas


b) Quanto ao tipo de energia envolvido no (turbomachinery): ou máquinas dinâmicas, o
processo fluido continuamente escoando através da
máquina.
Máquinas de deslocamento positivo:
quantidade fixa de fluido de trabalho é
confinada durante passagem através Nestas máquinas, o escoamento do fluido é
da máquina. orientado por meio de lâminas ou aletas
solidárias a um elemento rotativo (rotor).
A energia transferida nestas máquinas é
substancialmente de pressão, sendo muito A energia transferida é substancialmente
pequena a energia cinética transferida, cinética, através da variação da velocidade
podendo ser desprezada. do fluido entre as pás, desde a entrada até
a saída do rotor, a baixa pressão ou baixos
Podem ser máquinas rotativas (rotary diferenciais de pressão.
machines) como a bomba de engrenagens, e
alternativas (reciprocating machines) como o Como exemplo, podem ser citadas as
compressor de pistão. turbinas hidráulicas e os ventiladores
centrífugos.

quinas de Fluxo
Classificação das máquinas de fluido

c) Quanto à direção do escoamento do fluido

• Axiais: escoamento predominante na direção do


eixo. O fluido entra e sai do rotor na direção axial.
Recalca grandes vazões em pequenas alturas. A
força predominante é de sustentação.

• Radiais: escoamento predominante na direção


radial. O fluido entra no rotor na direção axial e
sai na direção radial. Tem como característica o
recalque de pequenas vazões a grandes alturas.
Sua força predominante é a centrífuga.

• Mista ou diagonal: escoamento


predominantemente na direção diagonal, parte
axial e parte radial

• Tangencial: escoamento tangente ao rotor.

quinas de Fluxo
Classificação das máquinas de
fluido

d) Quanto à forma dos canais entre as pás do rotor

Máquinas de Ação (ou de impulsão):


nesta máquina, toda energia do fluido é transformada em energia
cinética antes da transformação em trabalho.

A pressão do fluido, ao atravessar o rotor, permanece constante. Um


exemplo são as turbinas Pelton, onde um ou mais bocais (separados
do rotor), aceleram o fluido resultando em jatos livres (a pressão
atmosférica) de alta velocidade, que transferem movimento para o
rotor, que gira mesmo sem estar cheio de fluido.

• Turbomáquinas de ação (motoras): turbinas Pelton (tangencial) e


Michell (duplo efeito radial);

quinas de Fluxo
Classificação das máquinas de fluido

d) Quanto à forma dos canais entre as pás do rotor

Máquinas de Reação: nesta máquina, tanto a energia


cinética quanto a de pressão são transformadas em
trabalho mecânico e vice‐versa.

Parte da energia do fluido é transformada em energia


cinética antes da entrada do rotor, durante sua
passagem por perfis ajustáveis (distribuidor), e o restante
da transformação ocorre no próprio rotor. A pressão do
fluido varia ao atravessar o rotor, que fica preenchido
pelo líquido.

• Turbomáquinas de reação (motoras): turbinas Francis


(radial ou diagonal), Kaplan e Hélice (axiais); Schwamkrug-Turbine, Ganz & Co. AG,
Budapest, 1890. Deutsches Museum
• Turbomáquinas de reação (geradoras): bombas
e ventiladores (radiais, diagonais e axiais).

quinas de Fluxo
Classificação das máquinas de fluido

e)Quanto ao número de entradas para aspiração (sucção)

• Sucção Simples (entrada unilateral): há somente uma boca de sucção para entrada do
fluido;
• Dupla Sucção: fluido entra por duas bocas de sucção paralelamente ao eixo de rotação.
Como se fossem dois rotores simples montados em paralelo. Tem como vantagem a
possibilidade de proporcionar equilíbrio dos empuxos axiais, que melhora o rendimento
da bomba, eliminando a necessidade de rolamentode grandes dimensões para suporte
axial sobre o eixo.

f) Quanto ao número de rotores

• Simples estágio: bomba com um único rotor dentro da carcaça;


• Múltiplo estágio: a bomba tem dois ou mais rotores associados em série dentro da
carcaça. Permite a elevação do líquido a grandes alturas manométricas (>100 [mca]),
sendo o rotor radial o indicado para esta aplicação.

quinas de Fluxo
Classificação das máquinas de fluido

g) Quanto ao posicionamento do eixo

• Eixo horizontal: é a forma construtiva mais comum;


• Eixo vertical: Usada, por exemplo, para extração de água de
poços.
h) Quanto ao tipo de rotor
Aberto: não possui
Fechado: apresenta um Semiaberto: caracteriza- coroa circular. Usa-se
disco e uma coroa se pela existência de para líquidos
circular onde se fixam apenas um disco onde contendo pastas,
as pás. o líquido entra se fixam as pás do lamas, areia, esgotos
pela abertura da coroa. rotor; sanitários.

Rotor Semiaberto:
quinas de Fluxo
Bombas

Introdução
Bombas são máquinas operatrizes hidráulicas que conferem energia ao líquido com a
finalidade de transportá-lo de um ponto para outro obedecendo às condições de
processo.

Elas recebem energia de uma fonte motora qualquer e cedem parte dessa energia ao
fluido
sob forma de energia de pressão, cinética ou ambas.

Energia Energia
Deslocamento
Elétrica Mecânica

quinas de Fluxo
A relação entre a energia cedida pela bomba ao líquido e a energia que foi recebida da fonte
motora, fornece o rendimento da bomba.

As bombas são geralmente classificadas segundo o modo pelo qual é feita a transformação do
trabalho em energia hidráulica ou seja pelo recurso utilizado para ceder energia ao líquido.
A classificação mais usual é a seguinte:
 
a) Turbobombas, bombas rotodinâmicas ou centrífugas;
b) Bombas de deslocamento positivo ou volumétricas.

quinas de Fluxo
Máquinas de Fluxo

Segundo a trajetória do fluido no rotor

 Máquinas de fluxo radiais:


O escoamento do fluido através do rotor percorre uma trajetória predominantemente
radial (perpendicular ao eixo do rotor).
Ex.: Bombas centrífugas, ventiladores centrífugos e a turbina Francis lenta.

 Máquinas de fluxo axiais:

O escoamento do fluido acontece numa direção paralela (axial) ao eixo do rotor.


Ex.: Bombas axiais, ventiladores axiais e a turbinas hidráulicas Hélice e Kaplan.

Máquinas de
Máquinas de Fluxo

Segundo a trajetória do fluido no rotor

 Máquinas de fluxo diagonais (misto ou semi-axial):

Quando o escoamento não é axial nem radial.


Ex.: Turbina Francis rápida e a turbina hidráulica Dériaz.

 Máquinas de fluxo tangenciais:

O jato líquido proveniente do injetor incide tangencialmente sobre o rotor.


Ex.: Turbina hidráulica do tipo Pelton.

Máquinas de
Máquinas de Fluxo

Máquinas de fluxo radiais Máquinas de fluxo axiais

Máquinas de
Máquinas de Fluxo

Máquinas de fluxo diagonais Máquinas de fluxo tangenciais

Máquinas de
Exemplos

 ventiladores (A energia cinética do vento pode ser transformada em trabalho


mecânico por turbinas de vento, também chamadas rodas de vento )

 bombas centrífugas (nas bombas o fluido a transportar pode estar no estado


líquido ou gasoso; no líquido são chamadas bombas rotativas e no gasoso
compressores rotativos; o trabalho mecânico dos rotores transformam-se em
energia de fluido)

quinas de Fluxo
Gráficos de aplicação : Compressores e Ventiladores

Compressores ou sopradores e
ventiladores :

Máquinas que trabalham com gás.

Diferença:

Ventilador, a alteração na densidade


entre admissão e descarga é tão
pequena que o gás pode ser
considerado como um fluido
incompressível
(10kPa ou 1000 mmc.a.);

quinas de Fluxo
Gráficos de aplicação : Compressores e Ventiladores
Compressor,
a alteração de densidade é significativa.

Compressor é denominado Soprador:


Para uma faixa de diferença de pressão
entre descarga e admissão da ordem de
10 a 300kPa (1000 a 30000 m.c.a).

Grandes vazões:
Compressores centrífugos e axiais;

Pequenas e médias vazões:


Compressores alternativos de êmbolo
ou pistão;

Médias vazões e pressões não tão


elevadas:
Compressores de palhetas e de
parafusos.
quinas de Fluxo
Gráficos de Aplicação : Bombas
Bombas:
Máquinas que trabalham
com líquido.
Máquinas geradoras.
Médias e grandes vazões:
máquinas de fluxo (bombas
centrífugas, bombas de fluxo misto e
bombas axiais).
Pequenas vazões, médias e grandes
alturas de elevação:
máquinas de deslocamento positivo
(bombas alternativas e rotativas).
Outros critérios para seleção
(sobreposição): viscosidade do
líquido bombeado, presença de
sólidos em suspensão, variação ou
não da vazão em função da variação
da resistência do sistema ao
escoamento, facilidade de
manutenção, custos, etc.
quinas de Fluxo
Turbo máquinas em relação ao Fluido de trabalho

Fluido de Trabalho Designação

líquido turbina hidráulica e bomba


centrífuga
gás (neutro) ventilador, turbocompressor

vapor (água, freon, etc) turbina a vapor, turbocompressor


frigorífico

gás de combustão turbina a gás, motor de reação

quinas de Fluxo
Deslocamento Positivo em relação ao Fluido de trabalho

Fluido de Trabalho Designação

líquido bomba de engrenagens, de cavidade


progressiva, de parafuso

gás (neutro) compressor alternativo, compressor


rotativo
vapor (água, freon, etc) compressor alternativo, compressor
rotativo
gás de combustão motor alternativo de pistão

quinas de Fluxo
Turbomáquinas x Deslocamento Positivo

Máquinas de fluxo Máquinas de deslocamento


Turbomáquinas positivo
alta rotação baixas e médias rotações

potência específica elevada potência específica média p/ baixa


(potência/peso) (potência/peso)
não há dispositivos com várias têm dispositivos com movimento
movimento alternativo alternativo
médias e baixas pressões de altas e muito altas pressões de trabalho
trabalho

quinas de Fluxo
Turbomáquinas x Deslocamento Positivo

Máquinas de fluxo Máquinas de deslocamento


Turbomáquinas Positivo
não operam eficientemente com adequadas para operar com fluidos de
fluidos de viscosidade elevada viscosidade elevada

vazão contínua na maior parte dos casos, vazão intermitente

energia cinética surge no processo energia cinética não tem papel significativo no
de transformação de energia processo de transformação de energia

quinas de Fluxo
Turbomáquinas x Deslocamento Positivo

Máquinas de fluxo Máquinas de deslocamento


Turbomáquinas Positivo

não operam eficientemente com adequadas para operar com fluidos de


fluidos de viscosidade elevada viscosidade elevada

vazão contínua na maior parte dos casos, vazão intermitente

energia cinética surge no processo energia cinética não tem papel significativo no
de transformação de energia processo de transformação de energia

quinas de Fluxo
Turbomáquinas x Deslocamento Positivo

Máquinas de fluxo Máquinas de deslocamento


Turbomáquinas Positivo

na maioria dos casos, projeto na maioria dos casos, projeto


hidrodinâmico e características hidrodinâmico e características
construtivas mais complexas que as construtivas mais simples que as
máquinas de deslocamento máquinas de fluxo

quinas de Fluxo
Bombas Centrífugas ou Turbobombas:

São máquinas nas quais a movimentação do líquido é produzida por forças que se
desenvolvem na massa líquida, em consequência da rotação deum órgão rotativo dotado
de pás chamado rotor.

Nas turbo bombas a finalidade do rotor, também chamado impulsor ou impelidor é


comunicar à massa líquida aceleração, para que esta adquira energia cinética.

O rotor é em essência um disco ou uma peça de formato cônico dotado de pás.

O rotor pode ser fechado, usado para líquidos sem partículas em suspensão, ou aberto,
usado para pastas, lamas, areia e líquidos com partículas suspensas em geral.

quinas de Fluxo
As turbo bombas necessitam de outro dispositivo, o difusor, também chamado
recuperador, onde é feita a transformação da maior parte da elevada energia cinética com
que o líquido sai do rotor, em energia de pressão.

Deste modo ao atingir a boca de saída da bomba, o líquido é capaz de escoar com
velocidade razoável ao sair da mesma.

Este tipo de bomba geralmente é classificado em função da forma como o impelidor


cede energia ao fluido, bem como pela orientação do fluido ao sair do impelidor.

quinas de Fluxo
Características gerais:
 
• podem ser acionadas diretamente por motor elétrico sem necessidade de
modificadores de velocidade;

• trabalham em regime permanente, o que é de fundamental importância


em grande números de aplicações;

• fornecem boa flexibilidade operacional, pois a vazão pode ser modificada


por recirculação, fechamento parcial da válvula na tubulação de descarga
ou por mudança de rotação ou de diâmetro externo do impelidor;

• cobrem uma ampla faixa de vazão, desde vazões moderadas até altas
vazões;

• permitem bombear líquidos com sólidos em suspensão.


 
quinas de Fluxo
 
As centrífugas, denominadas também de turbo máquinas, compreendem as máquinas
dotadas de rotor, montadas sobre um eixo e alojadas sobre uma carcaça de
configuração apropriada.

A ação de bombeamento produz, quando a máquina impulsiona o líquido transportado,


simultaneamente, a circulação do fluido através da bomba, originando uma redução ou
sucção no lado de admissão.

Trata-se de uma classe importante de bombas e com características bem diferentes,


já que a vazão depende da temperatura e da descarga; a característica de
funcionamento depende da forma do rotor, bem como do tamanho e velocidade da
bomba.

Tudo o anteriormente exposto reflete na subdivisão por tipos principais, baseada na


natureza do fluxo através da bomba.

quinas de Fluxo
As bombas centrífugas propriamente ditas têm um rotor cuja forma obriga
ao líquido deslocar-se radialmente.

Outras possuem rotores que deslocam o líquido axialmente.

Entre ambos os tipos de rotores, existem os que deslocam o líquido mediante


componentes axiais e radiais de velocidade, ou seja, da bomba que seria denominada
de fluxo misto.

Geralmente, os sub-tipos “centrífugo”, de “fluxo misto”, e de “fluxo axial” são aceitos


na classificação de bombas de turboação.

Da mesma forma que o grupo das centrífugas, as de fluxo axial e as de fluxo misto,
derivam da classificação conforme a direção do fluxo.

quinas de Fluxo
Pelo exposto, é lógico que qualquer outra subdivisão deve estar baseada no
mesmo conceito.

Como a direção está perfeitamente determinada, seja nas centrífugas como nas axiais,
as únicas que admitem uma subdivisão são as de fluxo misto.
Se tanto o fluxo radial quanto o axial derivam de um rotor que apresenta as bordas de
entrada e saída ambas inclinadas, com respeito ao eixo, e descarregando em um
invólucro, a bomba poderá ser classificada como do tipo helicoidal.

Se o rotor for de forma similar, ou seja, gerador de fluxo misto, porém com palhetas
diretrizes, colocadas a continuação, que modificam a direção do fluxo, a bomba poderá
ser classificada do tipo diagonal
Assim, uma sub-classificação básica e lógica, das bombas rotodinâmicas é:
  Bombas centrífugas
Fluxo misto
1) Helicoidais
2) Diagonais
  Fluxo axial
quinas de Fluxo
Bombas de Deslocamento Positivo ou Volumétricas:
 
As bombas volumétricas ou de deslocamento positivo são aquelas em que a energia
é fornecida ao líquido sob a forma de pressão, não havendo portanto a necessidade
de transformação, como no caso das bombas centrífugas.

Assim sendo, a movimentação do líquido é diretamente causada por um órgão


mecânico da bomba, que obriga o líquido a executar o mesmo movimento de que ele
está animado.

O líquido, sucessivamente, enche, e depois é expulso, de espaços com volume


determinado, no interior da bomba – daí o nome de bombas volumétricas.

quinas de Fluxo
As bombas de deslocamento positivo podem ser : alternativas e rotativas.

Nas bombas alternativas o líquido recebe a ação das forças diretamente de um


pistão ou êmbolo (pistão alongado), ou de uma membrana flexível (diafragma).

Nas bombas rotativas, por sua vez, o líquido recebe a ação de forças provenientes
de uma ou mais peças dotadas de movimento de rotação, que comunicam energia
de pressão, provocando escoamento.

Os tipos mais comuns de bombas de deslocamento positivo rotativas são: bomba


de engrenagens, bomba helicoidal, de palhetas e pistão giratório.

quinas de Fluxo
A característica principal desta classe de bombas é que uma partícula
líquida, em contato com o órgão que comunica a energia, tem
aproximadamente a mesma trajetória que a do ponto do órgão com o qual
está tem contato.

Características gerais - bombas alternativas:


 
• bombeamento de água de alimentação de caldeiras, óleos e de lamas;
• imprimem as pressões mais elevadas dentre as bombas e possuem
pequena capacidade;
• podem ser usadas para vazões moderadas;
• podem operar com líquidos muito viscosos e voláteis;
• capazes de produzir pressão muita alta;
• operam com baixa velocidade.

quinas de Fluxo
Funcionamento de algumas Bombas

Bomba de Arquimedes em uma


 estação de tratamento de água.
(bomba de parafuso)

quinas de Fluxo 38
Bomba de Arquimedes

Bombear água, lama, esgoto e até grãos

quinas de Fluxo 39
Bomba de Parafusos
 
São bombas compostas por dois parafusos que tem movimentos sincronizados
através de engrenagens.

O fluido é admitido pelas extremidades e, devido ao movimento de rotação e aos


filetes dos parafusos, é empurrado para a parte central onde é descarregado.

Os filetes dos parafusos não têm contato entre si, porém, mantém folgas muito
pequenas, das quais depende o rendimento volumétrico.

Essas bombas são muito utilizadas para o transporte de produtos de viscosidade


elevada.

Há projetos de bombas com uma camisa envolvendo os parafusos, por onde circula
vapor, com o objetivo de reduzir a viscosidade do produto.

quinas de Fluxo
Há casos em que essas bombas possuem três parafusos e os filetes estão em
contato entre si, além de um caso particular em que há apenas um parafuso.

Bomba de parafuso único ou de cavidades progressivas

Bomba de Parafusos

quinas de Fluxo
Bombas de Parafusos

Bombear água, lama, esgoto

quinas de Fluxo 42
Bombas de Engrenagem:
 
Bombas de engrenagem, cujos elementos rotativos têm a forma de rodas trabalhadas
como engrenagens, com duas configurações possíveis:
 
• de engrenagens exteriores (dentes exteriores), nas quais ambas as rodas têm a
mesma forma, igual diâmetro e engrenagens montadas sobre eixos paralelos. Só
uma das engrenagens é propulsada.

• de engrenagens interiores (dentado interior), em que uma roda menor é montada


excêntrica e interiormente a uma roda não comandada, situada no interior de um
carter cilíndrico.

quinas de Fluxo
As duas engrenagens são montadas próximo da parede interna da carcaça; o óleo
é arrastado em torno da periferia das duas engrenagens, e então forçado
através da abertura da saída, pelo contato das duas engrenagens no seu
ponto de tangência.
As bombas de engrenagem podem ser fornecidas para uma larga faixa de pressões.

Nestas bombas, quando a velocidade é constante, a vazão é constante, a menos que


seja considerado um fator de perda devido ao rendimento volumétrico, isto é, a relação
entre o volume efetivamente bombeado e o volume dado pelas características
geométricas da bomba.

Bomba de
engrenagens com
camisa de
aquecimento à vapor.

quinas de Fluxo
Bombas de engrenagens

Utilizadas em tratores, máquinas agrícolas, como


por exemplo, adubadoras, transplantadoras,
semeadoras, pulverizadoras, polvilhadoras,
colhedeiras, plantadeiras, ceifadeiras, entre outros.

quinas de Fluxo 45
Bomba de engrenagens internas

As bombas de engrenagem interna são amplamente utilizadas em


serviços de transferência, recalque, e dosagem em diversos segmentos
industriais.

quinas de Fluxo 46
quinas de Fluxo 47
Bombas de Lóbulos:
 
O princípio de funcionamento das bombas de lóbulos é similar ao da bomba de
engrenagens, exceto em que os elementos giratórios, que engrenam, são rotores em
forma de lóbulos e não em rodas dentadas.

Ambos os rotores são propulsados, sincronizados por engrenagens ou correntes de


distribuição, girando em sentidos opostos, apresentando uma pequena folga efetiva.

Da mesma forma que as bombas de engrenagens, podem ser subdivididas em:


 
a) bombas de rotores lobulares exteriores;
b) bombas de rotores lobulares interiores,

quinas de Fluxo
Bomba de lóbulos
Bombeamento suave, com fluxo linear e sem pulsação, ideal para fluidos
sensíveis ao cisalhamento ou que não podem sofrer processo de emulsificação
durante a transferência.
Oferece excelente desempenho no transporte de fluidos muito viscosos, como
adesivos, lodos, óleos, massas alimentícias, pomadas e melaços.

quinas de Fluxo 49
Também são diferenciadas conforme a quantidade de lóbulos: dois, três ou mais.

Bomba de lóbulos.
Bombas de dois e três lóbulos respectivamente.

quinas de Fluxo
Bomba de cavidade progressiva (Mono Pump)
Bombas de cavidades progressivas possuem uma ampla gama de aplicações e
são utilizadas em todas as indústrias para o bombeio contínuo com pressão
estável, suave e de baixa pulsação de praticamente todos os meios.

Uma vantagem é que tal processo de deslocamento positivo é também capaz de


transportar materiais fibrosos com segurança.
Seja para lodo, produtos químicos, adesivos, petróleo ou iogurte

quinas de Fluxo 51
Bomba de Diafrágma:
 
A bomba de diafragma utiliza uma substância elástica (tal como uma borracha), ao
invés de pistão ou êmbolo, para desenvolver operações de bombeamento.

Os dois tipos básicos de bomba de diafragma são:


aberto e fechado.

As bombas de diafrágma têm se mostrado eficientes para tarefas tais como:


retirada de água de valas, fundações encharcadas, drenos e outras depressões
encharcadas, nas quais há uma grande quantidade de barro ou areia na água.

O movimento da membrana em um sentido diminui a pressão da câmara fazendo com


que seja admitido um volume de líquido.

Ao ser invertido o sentido do movimento da haste, esse volume é descarregado na


linha de recalque.

quinas de Fluxo
Utilizando o exemplo de uma bomba com duplo diafragma

Pelo fornecimento de ar comprimido para a válvula de ar, o ar é passado através do


pistão da válvula (na posição ascendente ou descendente) para o bloco central onde há
duas portas direcionais de ar, para o lado esquerdo ou lado direito da bomba
(dependendo da posição do pistão da válvula de ar).

Quando na câmara de ar, a pressão de ar é aplicada no fundo do diafrágma, que força o


produto a sair pelo manifold de saída.

Como os dois diafrágmas estão conectados por um diafragma de ligação, ou eixo, o


outro diafrágma é puxado na direção do centro da bomba.

Esta ação faz o outro lado puxar produto na bomba pela sucção da mesma.

Válvulas esferas abrem e fecham, alternadamente para encher as câmaras, esvaziar


câmaras e bloquear o contra fluxo.

quinas de Fluxo
No final do golpe do eixo, o mecanismo de ar (pistão válvula de ar) automaticamente
desloca a pressão de ar (lado oposto) a ação reversa da bomba, simplesmente pondo
uma razão da bomba de 1:1.

A pressão de ar aplicada nesta bomba está diretamente relacionada à pressão de


entrada e a saída do líquido.

A bomba tem duas câmaras líquidas, duas câmaras de ar e dois diafrágmas.

Em cada par de câmaras, o líquido e as câmaras de ar são separadas por diafrágmas


flexíveis.

quinas de Fluxo
Cada diafrágma é preso por duas placas de suporte e parafusados a um eixo comum.

Este conjunto, eixo-diafrágmas, move-se para frente e para trás com o ar comprimido,
direcionado pela válvula de ar, penetrando ou saindo pela câmara de ar esquerda ou
direita.

Cada câmara líquida é equipada com duas esferas tipo válvulas unidirecionais que
automaticamente controlam o fluxo do fluido através das câmaras da bomba.

quinas de Fluxo
Bomba de Diafrágma

Bomba de diafrágma duplo

quinas de Fluxo 56
Bombas com duplo diafrágma.

quinas de Fluxo
Bomba de palhetas
Ideais para utilização em máquinas industriais que trabalham em ambientes
fechados e em regimes contínuos, as bombas de palhetas são mais silenciosas e
duráveis do que os modelos de engrenagem, por isso, são indicadas para máquinas
de usinagem e injetoras de plástico, por exemplo.

Máquinas de 58
Bomba de palhetas

Máquinas de 59
A quantidade de palhetas é variável, conforme o fabricante.

Conforme a forma da caixa, subdividem-se em bombas de câmara, simples, dupla ou


tripla.
A maioria das bombas de palhetas deslizantes são de uma câmara (mononucleares).

Como estas máquinas são de grande velocidade, de capacidades pequenas ou


moderadas, sendo usadas com fluidos pouco viscosos, justifica-se a seguinte
classificação:
 
a) bombas de palhetas deslizantes, situadas em um rotor ranhurado;
 
b) bomba pesada de palheta deslizante, com só uma palheta que abrange a totalidade
do diâmetro.

Trata-se de uma bomba essencialmente lenta, para líquidos muito viscosos;

quinas de Fluxo
c) bombas de palhetas oscilantes, cujas palhetas articulam no rotor.
É outro dos tipos pesados de bomba de palheta; 
 
d) bomba de palheta rotativas, com ranhuras de pouca profundidade no rotor, para
alojar elementos cilíndricos de elastômero em lugar de palhetas.

quinas de Fluxo
Este tipo de bomba leva vantagem sobre a bomba de engrenagem por que o rotor
pode equilibrar-se hidraulicamente, o que minimiza as cargas nos mancais.

São muito utilizadas em sistemas de média e baixa pressão, que requerem uma bomba
compacta de preço baixo, e nos sistemas hidráulicos de
máquinas-ferramentas.

Bomba de palhetas.

quinas de Fluxo
Bombas Volumétricas ou de deslocamento positivo
 
Bombas alternativas
 
Nas bombas alternativas o líquido recebe a ação das forças diretamente de um pistão ou
êmbolo (pistão alongado), ou de uma membrana flexível (diafragma).

Descreve-se uma bomba alternativa como sendo uma bomba que tem movimento de vai
e vem.

Seu movimento para frente e para trás, ou para cima e para baixo distingui-se das
bombas centrífugas e rotativas, que possuem movimento de rotação, além de serem
especificadas para serviços onde se requer cargas elevadas e vazões baixas.

quinas de Fluxo
Esquema de operação de bomba alternativa de pistão
As aplicações das bombas alternativas envolvem: bombeamento de água de
alimentação, de caldeiras, óleos e de lamas; imprimem as pressões mais elevadas
dentre as bombas; pequena capacidade; podem ser usadas para vazões moderadas.
 
As principais vantagens das bombas alternativas são: podem operar com líquidos
voláteis e muito viscosos; capazes de produzir pressão muito alta.

Máquinas de
As bombas motorizadas são acopladas a um motor, independentes, e as alternativas
derivam normalmente do movimento de um virabrequim.

Neste caso, a descarga é por pulsações sinusoidais.

A descarga do líquido pode-se converter em contínua, caso bombas duplex (dois


cilindros) ou triplex (três cilindros).

quinas de Fluxo
Bomba rotativa de pistões radiais
Bomba de pistão radial trabalha com a força centrífuga.

Alta durabilidade e resistência da bomba de pistão, operando por longos períodos livres
de falhas, proporcionando um ótimo rendimento do sistema e do veículo de carga
pesada; é uma peça de fácil reparação e reposição; está disponível no mercado com
diversas opções de materiais, como aço, resina epóxi reforçada e muitos outros,
adaptáveis de acordo com a necessidade. 

quinas de Fluxo 66
As bombas alternativas podem ser divididas em bombas de sucção e de recalque, as
quais, por sua vez, podem ser de simples e duplo efeito.

A bomba de recalque é na realidade uma extensão da bomba de sucção, pois ela


simultaneamente succiona e recalca água contra uma pressão externa.

O princípio básico de funcionamento da bomba de recalque, consiste no fato dela


forçar a água acima da pressão atmosférica, o que distingue da bomba de sucção, a
qual eleva a água para que esta escoe segundo um jorro.

quinas de Fluxo
Bomba Alternativa de Pistão
 
A bomba de pistão envolve um movimento de vai-e-vem de um pistão num cilindro;
resultando num escoamento intermitente.

Para cada golpe do pistão, um volume fixo do líquido é descarregado na bomba.

A taxa de fornecimento do líquido é função do volume varrido pelo pistão no cilindro e


o número de golpes do pistão por unidade do tempo.

A bomba alternativa de pistão, figura a seguir, pode ser de simples ou duplo efeito,
dependendo se o pistão possui um ou dois cursos ativos.

quinas de Fluxo
Representação esquemática de uma bomba alternativa de pistão

quinas de Fluxo
Na bomba de recalque de duplo efeito, o pistão descarrega água por um dos seus
lados, enquanto a água é puxada para dentro do cilindro pelo outro lado do pistão,
não havendo tempo de transferência.

Dessa forma, a água é descarregada em qualquer tempo, ao invés de ser descarregada


em tempos alternados, como nas bombas de simples efeito.

Então, a vazão de uma bomba de simples efeito pode ser duplicada numa bomba de
duplo efeito que possua cilindro de idêntico deslocamento, ou seja, comparando a
bomba de duplo efeito com a de simples efeito, verificamos que o deslocamento de
água é maior para um mesmo número de rotações.

quinas de Fluxo
Bomba de pistão, de potência, de duplo efeito.

quinas de Fluxo
Ciclo de trabalho de uma bomba de recalque de pistão de duplo efeito.

quinas de Fluxo
Conforme a figura anterior, verifica-se que as principais partes que compõem
a bomba de recalque de duplo efeito são:

• Tubulação de admissão Bomba de pistão.


• Válvulas de admissão
• Pistão
• Cilindro
• Válvula de descarga
• Tubulação de descarga

Resumindo, o movimento do líquido é


efetivamente causado pelo movimento do pistão,
sendo da mesma grandeza e tipo do movimento
deste.

quinas de Fluxo
Bomba de Êmbolo

A operação deste tipo de bomba é idêntica a operação da bomba de recalque do


tipo pistão de duplo efeito, trocando-se apenas o pistão pelo êmbolo.

Bomba de êmbolo, duplex, de ação direta

quinas de Fluxo
Com relação a localização da vedação, estas bombas podem ser de dois tipos:
vedação interna e vedação externa.

Na bomba de vedação interna, o cilindro é virtualmente dividido pela vedação em duas


câmaras separadas.

Nos movimentos de subida e descida, o êmbolo desloca água alternativamente nas


duas câmaras. A desvantagem deste tipo de bomba reside no fato de ser necessário
remover o cabeçote do cilindro para ajustar ou substituir a vedação.

Além disso, não se consegue observar vazamento através da vedação enquanto a


bomba estiver em operação.

quinas de Fluxo
Estas desvantagens podem ser superadas na bomba de tipo êmbolo de vedação
externa.

Dois êmbolos que se encontram rigidamente unidos por placas e tirantes são
necessárias nesse projeto.

A vedação é externa, de fácil inspeção e reparo.

quinas de Fluxo
Ciclo de trabalho de uma bomba de êmbolo de vedação interna.

quinas de Fluxo
Ciclo de trabalho de uma bomba de êmbolo de vedação externa

quinas de Fluxo
Bombas Rotativas
 
A bomba é primordialmente utilizada para o fornecimento de energia ao fluido nos
sistemas hidráulicos.

Ela é largamente empregada nas máquinas operatrizes, aviões, automóveis, prensas,


transmissões e em equipamentos móveis.

A bomba alternativa colhe continuamente o líquido da câmara, enquanto que a


bomba centrífuga provê velocidade à corrente fluida.

Bombas rotativas é um nome para designar uma grande variedade de bombas,


todas elas volumétricas e comandadas por um movimento de rotação, daí a origem
do nome.

Os tipos mais comuns de bombas de deslocamento positivo rotativas são:


bomba de engrenagens, lóbulos, parafusos e palhetas.

quinas de Fluxo
A característica principal desta classe de bombas é que uma partícula líquida em
contato com o órgão que comunica a energia tem aproximadamente a mesma
trajetória que a do ponto do órgão com o qual está tem contato.

Provocam uma pressão reduzida na entrada (efeito da pressão atmosférica), e com


a rotação, empurram o fluido pela saída.

quinas de Fluxo
A vazão do fluido é função do tamanho da bomba e velocidade de rotação,
ligeiramente dependente da pressão de descarga.

• Fornecem vazões quase constantes.

• Eficientes para fluidos viscosos, graxas, melados e tintas.

• Operam em faixas moderadas de pressão.

• Capacidade pequena e média.

• Utilizadas para medir "volumes líquidos".

quinas de Fluxo
Bomba de pistões rotativos.

quinas de Fluxo
Turbomáquinas centrífugas

Máquinas de 83
Turbomáquinas centrífugas

Máquinas de 84
Turbomáquinas centrífugas

Rotor fechado

Rotor semi aberto


Máquinas de 85
Turbomáquinas centrífugas

trajetória do fluido

Máquinas de 86
Bomba centrífuga

Máquinas de
Auto-estudo
Bombas Centrífugas

As bombas centrífugas são uma subclasse de turbomáquinas de absorção.

As bombas centrífugas são utilizadas para o transporte de fluidos através da conversão


de energia cinética de rotação para a energia hidrodinâmica do fluxo de fluido. A energia
rotacional normalmente vem de um motor ou motor elétrico.

Os usos mais comuns incluem a sucção de água, esgoto, petróleo, bombeamento na


petroquímica, e alguns ventiladores centrífugos são comumente usados para
implementar um aspirador de pó.

A função inversa da bomba centrífuga é uma turbina de água a conversão de energia


potencial de pressão da água em energia mecânica de rotação.

Máquinas de
As bombas motorizadas são acopladas a um motor, independentes, e as alternativas
derivam normalmente do movimento de um virabrequim.

Neste caso, a descarga é por pulsações sinusoidais.

A descarga do líquido pode-se converter em contínua, caso bombas duplex (dois


cilindros) ou triplex (três cilindros).

quinas de Fluxo
As bombas alternativas podem ser divididas em bombas de sucção e de recalque, as
quais, por sua vez, podem ser de simples e duplo efeito.

A bomba de recalque é na realidade uma extensão da bomba de sucção, pois ela


simultaneamente succiona e recalca água contra uma pressão externa.

O princípio básico de funcionamento da bomba de recalque, consiste no fato dela


forçar a água acima da pressão atmosférica, o que distingue da bomba de sucção, a
qual eleva a água para que esta escoe segundo um jorro.

quinas de Fluxo
Bombas Centrífugas

O fluido entra na bomba por um bocal de sucção.

Neste bocal a pressão manométrica pode ser superior (positiva) ou inferior


(pressão negativa, vácuo) à atmosférica.

Do bocal de sucção o fluido é encaminhado a um ou mais rotores que cedem


energia ao fluido, seguindo-se um dispositivo de conversão de energia
cinética em energia potencial de pressão.

O fluido sai da bomba pelo bocal de recalque.

Máquinas de
Bombas Centrífugas

A energia cedida ao fluido se apresenta sob a forma de diferença de pressão


entre a
sucção e o recalque da bomba.

Esta energia específica (energia por unidade de massa) é conhecida como


altura manométrica total (Hman).

Em função desta transferência de energia é que podemos elevar, pressurizar


ou transferir fluidos.

O rotor de uma bomba centrífuga é uma turbina que cede energia para o fluido
à medida que este escoa continuamente pelo interior de suas palhetas.

Máquinas de
Bombas Centrífugas

Embora a força centrífuga seja uma ação particular das forças de inércia, ela
da o nome a esta classe de bombas.

A potência a ser fornecida é externa à bomba, seja um motor elétrico, um


motor a diesel, uma turbina a vapor, etc.

A transferência de energia é efetuada por um ou mais rotores que giram


dentro do corpo da bomba, movimentando o fluido e transferindo a energia
sob a forma de energia cinética - aumento de velocidade - e esta pode ser
convertida em energia de pressão.

Máquinas de
História

Bombas Centrífugas

As bombas centrífugas foram idealizadas muito antes da invenção dos motores


elétricos, sendo que a fonte de energia que fazia girar o rotor era o vento ou a roda
d'agua.

Segundo Ladislao Reti, engenheiro químico italiano e historiador da tecnologia e da


ciência que viveu no Brasil, a primeira máquina que poderia ser caracterizada como
uma bomba centrífuga para elevação da lama (mais pesado que agua) foi mencionada
por volta de 1475 em um tratado escrito pelo engenheiro italiano Francesco di Giorgio
Martini.

As verdadeiras bombas centrífugas não foram desenvolvidas senão em fins do século


XVII, quando Denis Papin construiu um ventilador centrífugo de pás retas conhecido
como fole de Hesse.

Máquinas de
Bombas Centrífugas

Só no início do século XIX inicia-se a fabricação e o uso de bombas


centrífugas, notadamente nos Estados Unidos da América.

A dinâmica nas pás (palhetas) do rotor foi introduzida pelo inventor John
Appold em 1851 na Inglaterra.

As bombas centrífugas passaram a ser comuns na Europa e nos Estados


Unidos da América no último quartel do século XIX, quando passaram a ser
fabricadas por diversos fabricantes.

Máquinas de
Bombas centrífugas verticais

As bombas centrífugas verticais são, em sua maioria, construídas com eixos


na horizontal.

Embora bombas com eixo vertical também sejam fabricadas, há uma classe
de bombas verticais na qual o rotor fica instalado na extremidade inferior de
um eixo prolongado e assim mergulhado no fluido.

Esta construção é conveniente quando, por exemplo, desejamos elevar água


de um rio ou lago sem submergir o acionador, geralmente um motor elétrico
que não suporta a imersão.

Máquinas de
Estas bombas verticais são destinadas à instalação em um poço inundado
com água e são ditas "bombas verticais de poço úmido".

As bombas verticais de poço úmido são chamadas também de bombas


verticais tipo turbina.

Num passado mais distante, bombas dotadas de difusores eram designadas


bombas tipo turbina.

Como as turbinas hidráulicas requerem a presença de pás diretoras para


controle, as bombas dotadas de difusores com palhetas fixas eram
denominadas bombas tipo turbina.

Máquinas de
Multiestágio vertical
Máquinas de
Bombas centrífugas multiestágios

Uma bomba centrífuga que contenha mais de


um rotor é uma bomba centrífuga
multiestágios.

Cada estágio fornece ao fluido uma


determinada energia, sendo que estas se
adicionam. Havendo necessidade de maior
energia - mais pressão - aumenta-se o número
de rotores dispostos em série.

Os rotores podem estar montados no mesmo


eixo ou, mais raramente, em eixos distintos.

Como em todas as bombas, a energia é


fornecida pelo acionador: motor elétrico, motor
de combustão interna, turbina a vapor, etc.

Máquinas de
Princípio de operação de uma bomba centrífuga
 
A bomba centrífuga converte a energia mecânica fornecida por um elemento
acionador, como por exemplo, um motor elétrico, Diesel, turbina a vapor ou gás, em
energia cinética cedida ao líquido que deve ser bombeado.

Esta energia, agora existente no interior do líquido é transformada em energia


potencial, ou seja, devido à pressão (energia de pressão), constituindo esta sua
característica principal.

quinas de Fluxo Exemplo de um sistema constituindo um motor e uma bomba.


O elemento rotatório da bomba centrífuga, acionado pelo propulsor, é denominado de
rotor, sendo o dispositivo acionado responsável pela transformação explicada.

Vendo o princípio de operação deste rotor de uma forma mais simples, imaginando
um destes elementos.

Considerando-o em estado de repouso, figura abaixo, vejamos um fluido


preenchendo totalmente os espaços existentes entre suas palhetas, pois para o
funcionamento é necessário que a carcaça esteja completamente cheia de líquido, e
portanto, que o impelidor esteja mergulhado no líquido.

Rotor em estado de repouso


quinas de Fluxo
Observando agora girar o rotor conforme a direção indicada pela seta, figura
abaixo

Rotor em funcionamento, completamente preenchido por líquido.

quinas de Fluxo
A água começará a girar acompanhando primeiramente o movimento das
palhetas e, posteriormente, se deslocando para o exterior destas, devido a forças
centrífugas (daí a denominação destas bombas), saindo, se houver, por uma
passagem para um lugar fora do diâmetro externo do rotor, e adotando um movimento
como mostrado na figura.

Movimento adotado pela água acompanhando o movimento das palhetas.


quinas de Fluxo
Observando o rotor da figura “rotor em estado de repouso”, pode-se notar que se mais
fluido for deixado entrar no centro deste, será também deslocado na forma explicada.

O centro do rotor irá constituir não somente o ponto de menor pressão como também o
local de entrada do líquido que está sendo movimentado ou bombeado.

Uma vez que o líquido está sendo forçado a sair do rotor, este poderá ser guiado para
seu destino.

Colocando o rotor no interior de uma carcaça, poderá ser realizado, sobre o líquido
impelido, um movimento que será controlado, adotando a direção desejada.

quinas de Fluxo
O resultado, portanto, é o de fornecer energia à um líquido, em um determinado ponto,
para que este se movimente para um outro estabelecido.

O movimento do rotor, está constituído por dois componentes, um deles é um


movimento de direção radial dirigido para a parte externa do centro e causado pela
força centrífuga.

A tendência do fluido do rotor é movimentar-se em direção perpendicular ao raio,


formando o que se denomina de componente tangencial.

quinas de Fluxo
O movimento real ou final do líquido está constituído pela resultante das duas forças
mencionadas.

O fator mais importante que tem contribuído para a generalização do uso das bombas
centrífugas é o advento da eletricidade, que substituiu neste século a energia
proporcionada pelo vapor, embora este seja usado amplamente em determinadas
atividades industriais.

Outro motivo foi o fato de que a bomba centrífuga proporcionava um fluxo constante
e de pressão uniforme.

Os fabricantes de bombas centrífugas, aprimorando seus estudos e experiências neste


tipo de equipamento, bem como aproveitando dos efetuados pelos fabricantes de
motores elétricos, aumentaram as velocidades de rotação e elevação dos fluidos
transportados.

quinas de Fluxo
Em uma bomba centrífuga o fluido é forçado, seja pela pressão atmosférica ou por
outro tipo de forma, a penetrar em um sistema de palhetas rotativas, constituindo
estas um propulsor que descarrega um fluido na sua periferia, sob elevada velocidade.

Esta velocidade transforma-se em pressão devido a energia impartida sobre o fluido,


mediante uma voluta ou espiral, figura abaixo.

Exemplo de uma voluta ou espiral.

quinas de Fluxo
Vendo agora o que acontece quando o fluido é descarregado pelo rotor.

Ao se adotar como exemplo uma bomba de voluta, típica de uma bomba centrífuga,
pode-se observar que o fluido é descarregado de todos os pontos ao redor da
circunferência do rotor, movimentando-se para o interior deste, ao mesmo tempo que
circula ao redor do próprio rotor.

A carcaça da bomba tem como finalidade guiar o escoamento até o bocal de saída,
podendo continuar a transformação da energia cinética em energia de pressão.

A carcaça é projetada de forma tal, para que um determinado ponto da sua parede
tenha uma folga mínima entre ela e a parte externa do diâmetro do rotor.

A folga mínima acima mencionada é denominada de várias formas, adotando-se no


texto o de lingüeta.

quinas de Fluxo
Entre a lingueta propriamente dita e um ponto localizado ligeiramente á esquerda,
uma determinada quantidade de líquido é descarregada pelo rotor.

Este líquido poderá acompanhar a rotação do rotor até ser finalmente descarregado
através do bocal da bomba.

Uma quantidade adicional de líquido é descarregado pelo rotor em vários pontos ao


redor da carcaça, acompanhando o movimento deste e descarregando também pelo
bocal da bomba.

Permanece, ao redor da carcaça, uma maior quantidade de fluido, que vai se


acumulando e deslocando-se entre a parede da carcaça e a borda externa do rotor.

De forma a manter a velocidade praticamente constante, embora o volume de líquido


aumente, a área entre a extremidade do rotor e a parede da carcaça aumenta
gradualmente a partir da lingueta até o bocal de saída da bomba.

quinas de Fluxo
Num ponto antes da lingueta, todo o fluido descarregado pelo rotor é coletado.

Este líquido agora será conduzido para a tubulação de descarga.

Em determinados casos, este líquido possui uma elevada velocidade, o que significa
uma grande perda devida a fricção na tubulação de descarga.

A velocidade normalmente diminui no difusor da bomba, devido ao aumento de sua


área e, dessa forma, parte da energia cinética transforma-se em energia devido a
pressão.

Se a bomba possui um único rotor e sua altura de líquido é impulsionada unicamente


por este, denomina-se de bomba de simples estágio.

Às vezes, a altura necessária exige o uso de dois rotores trabalhando em série,


succionando um destes da descarga do precedente .

quinas de Fluxo
Para efetuar este processo podem ser conectadas em série duas bombas de um
estágio cada, ou os dois estágios incorporados em uma única carcaça, denominando-
se este arranjo de bomba de múltiplo estágio.

Nos projetos antigos, para obter maiores alturas de líquido quando necessárias, foram
projetadas bombas de dois ou mais rotores.

O projeto mecânico da carcaça da bomba permite uma classificação quanto ao


posicionamento do seu eixo, como: horizontal, vertical ou inclinado, embora as
classificações mais utilizadas sejam as de horizontal ou vertical.

quinas de Fluxo
Aplicação das bombas centrífugas – Bombas de água de circulação

 
As bombas de água de circulação são de três tipos:
(1) centrífuga de voluta,
(2) de fluxo misto e
(3) rotatória de hélice.

Estas bombas trabalham transportando grandes volumes de água contra pequenas


alturas manométricas.

Na figura a seguir, pode ser vista uma bomba para bombeamento de água e de
líquidos limpos, do tipo horizontal, um estágio, sucção simples horizontal e recalque
vertical para cima.

quinas de Fluxo
KSB Bombas Hidráulicas S/A.

quinas de Fluxo
A vazão do tipo em tratamento é de até 700m3 /h com elevação de até 140 m, temperatura
de 105ºC e velocidade de até 3500 rpm.

O acionamento pode ser do motor elétrico, de combustão interna, turbina, etc.

Na Volkswagen é utilizada a bomba KSB Meganorm para o bombeamento de água


gelada para o resfriamento dos compressores e chiller, e o bombeamento de água
quente para abastecimento das caldeiras em aproximadamente 80º C, figura abaixo.
Bomba KSB Meganorm utilizada na Volkswagem

quinas de Fluxo Fim do Auto-estudo


Eng. de Equipamentos Jr - Mecânica - Petrobras 2010/1 )
  
A carga hidráulica fornecida por uma bomba centrífuga é igual a 100 m.
A vazão de água bombeada é igual a 0,0002 m 3/s, sendo a eficiência da bomba
igual a 0,8 e a velocidade angular do impelidor da bomba igual a 0,5 rad/s.
O torque (T) no eixo da bomba, em Nm, é de
 
Dado: peso específico da água igual a 10.000 N/m³.
 
(A) 100
(B) 200
(C) 300
(D) 400
(E) 500

quinas de Fluxo
Resolução:
 
A potência hidráulica da bomba é:
 
Ph = γ.Q.H = 10000 × 0, 0002 × 100 = 200 W

Como a eficiência da bomba é 0,8, a potência efetiva no eixo da bomba será:


𝐏𝐡 𝐏𝐡 𝟐𝟎𝟎
= 𝐏𝐞𝐟 = = =𝟐𝟓𝟎 𝐖
𝐏 𝐞𝐟  𝟎,𝟖
A potência necessária para manter uma velocidade angular constante é dada por:
 
Pef = T. ω
250 = T × 0, 5
T = 500 Nm

Resposta : alternativa E
Máquinas de
Eng. de Equipamentos Pleno - Mecânica - Petrobras 2006 )
  
Os dados abaixo são referentes a uma bomba centrífuga operando com uma vazão
de 10 m3/h e uma eficiência de 50%.
Seção de Seção de
Entrada Saída
Pressão manométrica P(kPa) 100 440
Altura em relação ao solo z (m) 1,8 3,2
Velocidade média do escoamento V (m/s) 2 4

Considerando a aceleração da gravidade como sendo de 10 m/s 2, a potência


necessária para acionar a bomba (kW) é:
(A) 0,2 (B) 0,5 (C) 2,0 (D) 2,6 (E) 3,3

quinas de Fluxo
quinas de Fluxo
Resolução:
 
A carga hidráulica será calculada pelo método manométrico, sabendo que o
peso específico da água é 10000 N/m3:
𝒑 𝒓 − 𝒑 𝒔 𝒗 𝟐𝒓 − 𝒗 𝟐𝒔
𝑯= + +( 𝒛 𝒓 − 𝒛 𝒔 )
 𝟐.𝒈
𝟐 𝟐
𝟒𝟒𝟎𝟎𝟎𝟎 −𝟏𝟎𝟎𝟎𝟎𝟎 𝟒❑ − 𝟐❑
𝑯= + +(𝟑 ,𝟐 −𝟏 ,𝟖)
𝟏𝟎𝟎𝟎𝟎 𝟐 . 𝟏𝟎
H = 34 + 0, 6 + 1, 4
H = 36 m

A potência hidráulica, com o cuidado de mudar a unidade da vazão para m3/s:

Ph = γQH = 10000 × 10 / 3600 x 36 = 1 kW

quinas de Fluxo
A potência efetiva necessária para acionar a bomba será,
portanto:

𝑷𝒉 𝟏
𝑷 𝒆𝒇 = = =𝟐 𝒌𝑾
 𝟎,𝟓

Resposta : alternativa C

quinas de Fluxo
O reservatório A mostrado na figura possui nível constante e fornece água a uma
vazão de 10 l/s para o tanque B. Verifique se a máquina M é uma bomba ou
turbina e calcule sua potência sabendo que seu rendimento é de 75% .

Dados:
Peso específico (H20) = 10.000 N/m³

M
20 m
A
B 5m

(1) (2)

quinas de Fluxo
𝒑 𝟏 𝒗 𝟐𝟏 𝒑 𝟐 𝒗 𝟐𝟐
+ + 𝑯 𝟏 + 𝑯 𝑩= + + 𝑯 𝟐+ 𝑯 𝑻
 𝟐𝒈  𝟐𝒈

𝑯 𝟏+𝑯 𝑩= 𝑯 𝟐 +𝑯 𝑻
NT =  . Q . M
𝑯 𝟏 − 𝑯 𝟐= 𝑯 𝑴
𝟐𝟎 −𝟓=𝑯 𝑴 NT = 10000 . 10 x 10-3 . 15. 0,75

= 15 m NT = 1125 W

𝑯 𝑴 = 𝑯𝑻 − 𝑯 𝑩 NT = 1,527 CV
HM > 0  a máquina é uma bomba
quinas de Fluxo
• Turbinas hidráulicas (hydraulic turbines);
• Turbinas a vapor (steam turbines);
• Turbinas a gás (gas turbines);

quinas de Fluxo
Exemplos

 turbinas hidráulicas
(energia hidráulica, ou seja a energia potencial da água, é transformada em
trabalho mecânico)

 turbinas a vapor e turbinas a gás (energia térmica, ou seja a energia dos


combustíveis e a energia nuclear, pode ser utilizada através de máquinas de
fluxo quentes, às quais pertencem as turbinas a vapor e as turbinas a gás
transformando-se em trabalho mecânico)

 turbocompressores (para gases são chamadas de compressores rotativos


ou de turbocompressores; a energia mecânica dos rotores é transformada
em energia hidráulica)

quinas de Fluxo
Turbinas

Turbinas hidráulicas:
Máquinas de fluxo motoras.
Grandes vazões e pequenas alturas
de queda: Turbina Kaplan.
Maiores alturas de queda: Turbina
Pelton.
Critérios de seleção (sobreposição):
custo do gerador elétrico, risco de
cavitação, custo de construção civil,
flexibilidade de operação, facilidade
de manutenção, etc.
Turbinas Michell-Banki (Ossberger) :
utilização em micro e mini-centrais,
devido a facilidade de fabricação,
baixo custo e bom rendimento para
situações de flutuações de vazão.

quinas de Fluxo
Leitura

Livro : Máquinas Térmicas de Fluxo – Cálculos Termodinâmicos e Estruturais


Anton Stanislavovich Mazurenko
Zulcy de Souza
Electo Eduardo Silva Lora
 
 
Atualmente, não há nenhum empecilho técnico para construção de Turbinas a Vapor
(TV) com potência unitária de 2000 MW ou mais.

As limitações estão relacionadas principalmente aos dispositivos para geração de


vapor, GE e aos sistemas de geração em geral.

Entretanto, caso se tornem disponíveis novas fontes de calor e de vapor, por


exemplo, baseadas em reatores termonucleares, fonte esta, de energia térmica,
praticamente ilimitada, a qual poderá estar em uso já neste século, isto que permitirá
demandar TV superpotentes.

quinas de Fluxo
Por outro lado, também as TV
podem atender às necessidades de
pequenas potências, da ordem de
centenas e mesmo dezenas de kW
 
A comparação dos limites de
potência de acionadores de vários
tipos, no desenrolar de
desenvolvimento tecnológico nos
últimos 300 anos, é apresentada na
figura 1.9.

quinas de Fluxo
Características das Turbinas a Vapor

• Movimentos puramente rotativos


 
A TV é um motor com um movimento puramente rotativo e uniforme de seus
componentes operacionais.

Portanto, pode ser construída de forma compacta para operar em alta rotação.
Isso aumenta sua confiabilidade operacional.

O movimento rotativo uniforme é muito adequado para acionamento de GE (geradores de


energia), de centrífugas, bombas hidráulicas radiais e axiais, compressores e turbo-
compressores.
 
Nas CTE (Centrais Termo Elétricas) em países e regiões com frequência operacional de
rede elétrica de 50 Hz, são utilizadas TV com frequência de rotação 50 ciclos/segundo,
3000 rpm e GE com um par de polos.

Já, onde a frequência operacional de rede elétrica é de 60 Hz a rotação das TV será de


3600 rpm para acoplamento direto a um GE.
quinas de Fluxo
• Confiabilidade elevada
 
O movimento puramente rotativo e uniforme, a relativa simplicidade mecânica, a ausên­
cia de atrito seco em rolamentos, retentores e outros componentes, em condições
normais de operação, fazem da TV um motor muito confiável.
 
A TV pode funcionar à carga máxima durante anos sem interrupção o que a torna
inigualável, neste requisito, com qualquer outro motor térmico equivalente.
 
O período total de operação da TV, sem substituição dos seus componentes básicos,
pode chegar a 40 ou mesmo 50 anos, apesar de que a vida útil projetada geralmente é de
100.000 horas, com limite de durabilidade de 170.000 horas.

Isto tem sido confirmado pelos exemplos de operação de TV em diversos países.

quinas de Fluxo
• Dimensões relativamente compactas
 
As dimensões e a massa da TV propriamente dita e da estrutura fixa, em relação à
unidade de geração de potência, para Grupo Turbo Gerador (GTG) de grande
capacidade são consideravelmente menores, comparadas com as dos motores de
outros tipos.

Uma turbina de 1000 MW, por exemplo, tem comprimento de aproximadamente 45 m,


entretanto, se fosse possível construir um motor de combustão interna com potência
semelhante, suas massa e dimensões seriam várias vezes maiores.

quinas de Fluxo
• Eficiência elevada
 
A TV é um motor bastante econômico.

Sua eficiência ou rendimento incluindo as perdas internas e as mecânicas está na faixa


de 85 a 92 %, podendo alcançar até 96 % em casos especiais.

Porém, se a avaliação da eficiência for estendida a toda Central Térmica, considerando


as eficiências da caldeira, trocadores de calor e outros componentes bem como a do
ciclo propriamente dito, o resultado pode ser bem menor, da ordem de 30 a 40 %,
mesma faixa alcançada pelas Turbinas a Gás em ciclo aberto.

quinas de Fluxo
• Utilização de combustíveis de diversos tipos
 
As instalações com TV utilizam o vapor de água como fluido de trabalho.

Porém, é preciso destacar que a obtenção de vapor na caldeira, no reator ou num


gerador de uma CTE, é viável com utilização de diversos combustíveis, tais como:
urânio, carvão, óleo combustível (resíduos de petróleo), xisto betuminoso, turfa,
resíduos de produção agrícola (bagaço, palha, casca e grãos, etc.) e até lixo.

Também o vapor pode ser obtido de fontes renováveis, água e vapor de origem
geotérmico, energia solar, biomassa.

Nenhum outro tipo de instalação para geração de energia, além das que utilizam TV, é
capaz de utilizar a maioria dos combustíveis relacionados.

quinas de Fluxo
Conhecimentos gerais
O xisto é uma camada de rocha sedimentar, originada sob
temperaturas e pressões elevadas, contendo matéria orgânica
disseminada em seu meio mineral.
Consiste numa fonte energética não renovável.

É um tipo de rocha encontrada na natureza em duas formas


diferentes: o betuminoso e o pirobetuminoso, ambos são ricos
em betume. As características de cada um são:

Xisto Pirobetuminoso – A matéria orgânica (querogênio), que


depois será transformada em betume, é sólida à temperatura
ambiente, o betume é obtido através do aquecimento da rocha.

Xisto Betuminoso – são hidrocarbonetos (substâncias


constituídas de hidrogênio e carbono) que aparecem em rochas
sedimentares. A matéria orgânica (betume) disseminada em seu
meio é quase fluída, sendo facilmente extraída.
O óleo do xisto refinado é idêntico ao petróleo de poço, sendo um
Jazida de Xisto
combustível muito valorizado.
Para a obtenção desse óleo é necessária a extração do betume
existente na rocha.

Atualmente, os Estados Unidos possui a maior reserva mundial


de xisto, seguido pelo Brasil, Estônia, China e Rússia.
quinas de Fluxo
A turfa é um material de origem vegetal, parcialmente
decomposto, encontrado em camadas, geralmente em
regiões pantanosas e também sob montanhas (turfa de
altitude).
É formada principalmente por Sphagnum (esfagno, grupo de
musgos) e Hypnum, mas também de juncos, árvores etc.
Sob condições geológicas adequadas, transformam-se em
carvão, através de emanações de metano vindo das
profundezas e da preservação em ambiente anóxico.
Por ser inflamável, é utilizada como combustível para
aquecimento doméstico.
Sua composição é definida como Substâncias Húmicas
(Ácido Húmico, Ácido fúlvico e Humina) e Substâncias
Não-húmicas.
Substâncias Húmicas possuem estrutura química não TURFA
bem definida, sabe-se que possuem sítios de adsorção Por Christian Fischer - Obra do próprio, CC BY-SA 3.0,
compostos por grupos ácidos carboxílicos,cetona, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?
curid=171585
hidroxilas fenólicas e alcoólicas.
Já a Substância não-húmica é composta por estruturas A turfa, como outros materiais, vem sendo estudada
bem definidas, como lignina, proteínas, etc. para a biorremediação por ser um material de baixo
Por conter em sua estrutura estes grupos funcionais, é custo e boa disponibilidade.
utilizada como adsorvente de vários metais pesados Só em Sergipe, menor estado do Brasil, há uma
presentes em ambientes aquáticos e em solos, onde grande reserva de turfeira, como também em outros
complexam esses metais, contribuindo para o equilíbrio países, como Canadá e Israel.
do meio ambiente.

quinas de Fluxo
Um adsorvente é uma superfície sólida insolúvel, geralmente porosa e com alta área de superfície,
capaz de efetuar em sua superfície a adesão de moléculas insolúveis dispersas em um meio líquido
ou gasoso (o adsorvido).
A interação entre adsorvente e adsorvido pode ser de natureza química ou física

A Biorremediação é o processo pelo qual organismos vivos tais como, microrganismos, fungos,
plantas, algas verdes ou suas enzimas são utilizados para reduzir ou remover - remediar -
contaminações no ambiente.
Utilizando processos biodegradáveis para tratamento de resíduos este processo é capaz de
regenerar o equilíbrio do ecossistema original.
O vantajoso é o fato de ser simples, barato e menos prejudicial que os processos não biológicos.
A utilização de bactérias Pseudomonas spp. na descontaminação de ambientes contaminados por
petróleo é um exemplo.
Essas e outras bactérias similares oxidam vários compostos orgânicos perigosos, alterando-os
em compostos não nocivos ao meio ambiente

quinas de Fluxo
Outras vantagens dos GTG a vapor são:
 
• Maior estabilidade durante a variação dos parâmetros da rede, frequência e
tensão.

• Menos dependência das condições climáticas.

• Possibilidade de integração tecnológica em indústrias com alto consumo de


vapor (açúcar, papel e celulose ... ).

• Parte importante do ciclo combinado.

quinas de Fluxo
PERSPECTIVAS DA UTILIZAÇÃO DE GTG A VAPOR
 
Conforme prognósticos do Conselho Mundial de Energia foram elaborados três
variantes de desenvolvimento em longo prazo até os anos 2050 e 2100 da indústria
energética (para ex-países de economia centralizada, países em desenvolvimento e
países industrializados).

Foram considerados três cenários de desenvolvimento: otimista, moderado e


pessimista.

Adotando o segundo como médio e o mais provável, a população da Terra aumentará


de aproximadamente 6 bilhões de habitantes no ano 2000 até 10 bilhões em 2050 e
até 12 bilhões em 2100.

Isto constitui um prognóstico de diminuição da taxa de crescimento populacional.

quinas de Fluxo
Entretanto, o consumo de energia aumentará com uma taxa média maior, pois
atualmente nas regiões em desenvolvimento mais populosas o consumo
Per capita é 10 a 20 vezes menor que nos países industrializados.

Por exemplo, no Sul da Ásia o consumo anual de energia é equivalente a 0,3 tonelada
de petróleo per capita e na América do Norte a 5,3.

Os prognósticos discriminados por reservas mundiais de diferentes tipos de


combustível, em gigatoneladas, estão apresentados na tabela 1.1.

quinas de Fluxo
Os dados mostrados indicam as vantagens de orientação da indústria energética
antes de tudo para o carvão, e com as devidas precauções, para o combustível
nuclear, o que é possível utilizando, como acionador primário, as TV.

quinas de Fluxo
Máquinas de
fluxo

Aula 4 – Bombas – Características de Funcionamento e


Associação

AULA 03: CLASSIFICAÇÃO MÁQUINAS DE

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