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MARINHA DO BRASIL

DIRETORIA DE ENGENHARIA NAVAL

RIO DE JANEIRO, RJ.


Em 22 de março de 2002.

ENGENALMARINST Nº 30-01

Assunto: Controladores de motores elétricos, painéis de controle, painéis de distribuição,


painéis de monitoração e quadros elétricos para uso naval.

Anexo: ESPECIFICAÇÃO DE CONTROLADORES DE MOTORES ELÉTRICOS,


PAINÉIS DE CONTROLE, PAINÉIS DE DISTRIBUIÇÃO, PAINÉIS DE
MONITORAÇÃO E QUADROS ELÉTRICOS PARA USO NAVAL.

1 - PROPÓSITO
Estabelecer os requisitos gerais de materiais e de construção aplicáveis a controladores de
motores elétricos, painéis de controle, painéis de distribuição, painéis de monitoração e quadros
elétricos destinados ao emprego a bordo de navios de superfície da MB e outras embarcações, as
inspeções a que devem ser submetidos, informações e documentação que devem ser fornecidas pelo
fabricante.

2 - ANTECEDENTES TÉCNICOS
A necessidade de se estabelecer os requisitos técnicos de documentação e de garantia da
qualidade para os controladores dos motores elétricos, painéis de controle, painéis de distribuição e
quadros elétricos a serem utilizados nos navios de superfície da MB originou a presente
ENGENALMARINST. Esta, sendo exigida em todas as licitações e contratos para fornecimento
dos referidos produtos, minimizará a possibilidade de prejuízos econômicos de eficiência operativa
ou segurança.

3 - NORMAS
Deverão ser observadas as procedimentos estabelecidos no documento em anexo.

4 - VIGÊNCIA
Esta ENGENALMARINST entra em vigor na presente data.

5 - CANCELAMENTO
Esta ENGENALMARINST cancela a Norma MAR-510/017.

ROBERTO DA SILVA LEGEY


Contra-Almirante (EN)
Diretor

-1-
ENGENALMARINST N° 05-15

Distribuição:
Listas: 811, 821, 831, 841, 851, 861, 881, 916
AMRJ, BNRJ, BNA, BNN, BNVC, CPN, IPQM, CVCaboclo, NpaGuanabara, NpaGravataí,
NHIArgos, NBGSampaio, NBTenCastelo, NBFMSeixas, NBComteVarella, NHOAValle,
NSSFPerry, NBTenBoanerges, NBComteManhães, DadM(Bol MB) e SDM (Arq MB)

-2-
OSTENSIVO ENGENALMARINST N° 30-01 - Anexo

ESPECIFICAÇÃO DE CONTROLADORES DE MOTORES ELÉTRICOS, PAINÉIS DE


CONTROLE, PAINÉIS DE DISTRIBUIÇÃO, PAINÉIS DE MONITORAÇÃO E
QUADROS ELÉTRICOS PARA USO NAVAL

SUMÁRIO

Página

PREFÁCIO........................................................................................................................................ 2

INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 2

1 OBJETIVO ................................................................................................................................... 3
2 REFERÊNCIAS NORMATIVAS................................................................................................ 3
3 ABREVIATURAS E DEFINIÇÕES............................................................................................ 6
4 REQUISITOS............................................................................................................................. 12
5 REQUISITOS DE MATERIAIS................................................................................................ 13
6 INSPEÇÕES E TESTES ............................................................................................................ 15
7 DOCUMENTAÇÃO .................................................................................................................. 22

OSTENSIVO 1 ORIGINAL
OSTENSIVO ENGENALMARINST N° 30-01 - Anexo

PREFÁCIO

Esta Norma foi elaborada pela Diretoria de Engenharia Naval e substitui a Norma MAR-510/017 de
OUT/93.

Esta edição introduziu modificações técnicas significativas, procurando adequar a referida norma
para sua aplicação na especificação de aquisição de painéis de distribuição, painéis de controle e
quadros elétricos, além de controladores de motores elétricos, para a MB e fez a revisão da redação
e apresentação da mesma para atender a MATERIALMARINST Nº 26-02A da DGMM de
20/09/94.

INTRODUÇÃO

A necessidade de se estabelecer os requisitos técnicos, de documentação e de garantia da qualidade


para os controladores de motores elétricos painéis de distribuição, painéis de controle e quadros
elétricos a serem utilizados nos navios de superfície da MB originou a presente Engenalmarinst, a
qual será exigida em todas as licitações e contratos para os referidos produtos. A sua utilização
minimizará a possibilidade de prejuízos econômicos e de eficiência operativa ou segurança.

OSTENSIVO 2 ORIGINAL
OSTENSIVO ENGENALMARINST N° 30-01 - Anexo

ESPECIFICAÇÃO DE CONTROLADORES DE MOTORES ELÉTRICOS, PAINÉIS DE


CONTROLE, PAINÉIS DE DISTRIBUIÇÃO, PAINÉIS DE MONITORAÇÃO E QUADROS
ELÉTRICOS PARA USO NAVAL

1 OBJETIVO

Estabelecer os requisitos gerais de materiais e de construção aplicáveis a controladores de motores


elétricos, painéis de controle, painéis de distribuição, painéis de monitoração e quadros elétricos
destinados ao emprego a bordo de navios de superfície da MB e outras embarcações, as inspeções a
que devem ser submetidos, informações e documentação que devem ser fornecidas pelo fabricante.

2 REFERÊNCIAS NORMATIVAS

As normas abaixo são citadas ao longo desta norma e devem ser entendidas como uma necessária
complementação ao item em que são referenciadas. Como todas as normas estão sujeitas a revisões,
as partes envolvidas em acordos baseados nesta norma devem investigar a possibilidade de
utilização de edições mais recentes das normas indicadas.

a) NBR-5984 - Norma Geral de Desenho Técnico;

b) NBR-6146 - Invólucros de Equipamentos Elétricos;

c) IEC-337-1 - Control Switches - General Requirements;

d) IEC-158-1 - Low Voltage Controlgear Contactors;

e) IEC-92-302 - Electrical Installation in Ships - Switchgear and Controlgear Assemblies;

f) MIL-C-2212 - Controllers, Electric Motor A.C. or D.C., and Associated Switching


Devices;

g) MAR-510/003 - Abreviatura e Terminologia, exceto Garantia de Qualidade;

h) PDR-0006 - Lista de Distribuição de Documentos Técnicos emitidos pela DEN;

i) IEC- 332 – Tests on electric cables under fire conditions;

j) IEC-157-1 - Low-Voltage Switchgear and Controlgear - Part 1 - Circuit Breakers;

k) IEC-269 - Low Voltage Fuses;

l) NBR-6856 - Transformador de Corrente;

m) NBR- 6820 - Transformador de Potencial Indutivo; e

OSTENSIVO 3 ORIGINAL
OSTENSIVO ENGENALMARINST N° 30-01 - Anexo

n) IEC- 51 - Direct Acting Indicative Analogue Electrical Measuring Instruments and their
Accessories

3 ABREVIATURAS E DEFINIÇÕES

Para os efeitos da presente norma, além dos termos especificados na norma da referência g), são
aplicáveis os seguintes:

3.1 Procedimento de Inspeção

Documento que discrimina as inspeções, os métodos de ensaio, os pré-requisitos, os recursos


laboratoriais para cada ensaio (próprios ou de terceiros) e os critérios de aprovação.

3.2 Contato NA

Contato Normalmente Aberto.

3.3 Contato NF

Contato Normalmente Fechado.

3.4 Contato NAF

Contato Reversor.

3.5 Contator Principal

Contator Eletromagnético responsável pelo fechamento e abertura do circuito de alimentação do


motor.

3.6 Contatores Auxiliares

Todos os contatores existentes no equipamento. No caso de painéis de controle e controladores de


motores elétricos, excetua(m)-se o(s) contator(es) principal(is).

3.7 Controlador de Motor Elétrico

Equipamento alimentado pelo sistema de distribuição de energia elétrica do navio, que tem por
finalidade dar partida, alimentar, parar, controlar e monitorar motores elétricos.

OSTENSIVO 4 ORIGINAL
OSTENSIVO ENGENALMARINST N° 30-01 - Anexo

3.8 Painel

É denominado painel, a estrutura metálica cujos requisitos de construção estão definidos no


item 5.1 desta norma. Um painel, após ter em seu interior montados os componentes necessários
para a sua operação, constituirá um controlador, um painel de controle, de distribuição ou de
monitoração.

3.9 Painel de Controle

Equipamento alimentado pelo sistema de distribuição de energia elétrica do navio, que tem por
finalidade controlar (partir, parar, ligar, desligar, executar intertravamentos, etc), monitorar (prover
indicações e alarmes) e proteger equipamentos e sistemas. No caso de equipamentos com
acionamentos por motores elétricos poderá englobar o controlador do motor elétrico. No caso de
aquecedores elétricos, englobará os comandos necessários para o adequado funcionamento destes
aquecedores. Estes aquecedores não incluem os desumidificadores para evitar a condensação da
umidade no interior de equipamentos elétricos.

3.10 Painel de Distribuição

Equipamento responsável pelo controle e proteção do sistema de distribuição de energia elétrica


para os consumidores elétricos do navio.

3.11 Painel de Monitoração


Painel que tem por finalidade monitorar parâmetros de equipamentos e sistemas. Esta monitoração
compreende indicações contínuas (pressão, temperatura, etc), indicações de estado (válvula aberta,
válvula fechada, etc) e alarmes (baixa pressão, alta temperatura, etc).

3.12 Quadro Elétrico

Equipamento conectado ao sistema de geração do navio, responsável pelo controle, proteção e


monitoração deste sistema e dos sistemas de distribuição de energia elétrica. É responsável,
também, pela distribuição da energia elétrica para painéis de distribuição e equipamentos elétricos e
pela proteção destes.

4 REQUISITOS

4.1 REQUISITOS GERAIS

4.1.1 O projeto e a construção do equipamento deverão assegurar:

a) confiabilidade do equipamento;
b) segurança do pessoal (na operação e na manutenção);
c) facilidade de operação;
d) facilidade de manutenção e substituição de componentes;

OSTENSIVO 5 ORIGINAL
OSTENSIVO ENGENALMARINST N° 30-01 - Anexo

e) minimização de dimensões e peso; e


f) padronização de componentes (para reduzir a quantidade de tipos diferentes).

4.1.2 Os circuitos de controle deverão ser projetados de modo a evitar que uma falha num
componente (por exemplo, queima da bobina de um contator ou relé auxiliar) ou a atuação de um
fusível traga risco de avaria aos equipamentos (controlador, motor e carga acionada) ou perigo ao
operador.

4.1.3 Todos os equipamentos deverão ser eletricamente independentes, exceto quanto a


intertravamentos, de modo que um defeito num equipamento não prejudique o funcionamento de
outros equipamentos.

4.1.4 Os circuitos de controle locais e remotos deverão ser projetados de modo a impedir a
ocorrência de sinalização falsa. Os dispositivos de comando não deverão permitir a ocorrência de
indicação falsa.

4.1.5 O fabricante deverá fornecer o equipamento completo, contendo todos os componentes, peças
e acessórios necessários à execução das funções requeridas e para atendimento aos requisitos da
Especificação de Aquisição e, onde aplicável, desta especificação.

4.1.6 O equipamento deverá atender aos requisitos de condições ambientais estabelecidos na


Especificação de Aquisição, tais como: temperatura, umidade, movimentos do navio, vibração,
ruído, choque e interferência eletromagnética.

4.1.7 O equipamento provido de alarme sonoro deverá ser provido de uma botoeira que permita
silenciar o dispositivo sonoro. O alarme visual correspondente deverá ficar energizado até a
cessação do defeito. Quando cessar o defeito, o sistema deverá ser automaticamente rearmado,
ficando disponível para eventual operação.

4.1.8 O equipamento provido de resistor de aquecimento e/ou que comande resistores de


aquecimento instalados em outros equipamentos, deverá possuir os seguintes componentes:

a) dois fusíveis ou disjuntor bipolar para proteção de cada resistor de aquecimento;


b) chave(s) rotativa(s) bipolar(es) para comando do(s) resistor(es) de aquecimento com as
posições “automático” e “desliga”;
c) sinaleiro(s) com lente de cor branca para indicação de resistor(es) de aquecimento
ligado(s).

4.1.9 Os resistores de aquecimento citados no item 4.1.8, acima, deverão ter controle automático
associado a um termostato, instalado no interior do equipamento onde os resistores estiverem
instalados, a fim de impedir excessiva elevação da temperatura.

OSTENSIVO 6 ORIGINAL
OSTENSIVO ENGENALMARINST N° 30-01 - Anexo

4.1.10 Os equipamentos providos de teste de lâmpadas deverão utilizar uma única botoeira para
essa finalidade. As lâmpadas de indicação remota ou de outros equipamentos interligados não
deverão ser energizadas quando a botoeira de teste for acionada.

4.1.11 Todos os circuitos de controle e monitoração do equipamento, com exceção dos casos
previstos no item 4.1.9, deverão ser alimentados em 115V/60Hz ou 24V/60Hz. No caso de
controladores ou painéis de controle de equipamentos que possuam motores elétricos, essa
alimentação será obtida diretamente do circuito de alimentação do motor (por exemplo, quando a
alimentação do motor for 115V, 60Hz, trifásico) ou através de transformador de controle localizado
no interior do controlador ou painel de controle (por exemplo, quando a alimentação do motor for
440V, 60Hz, trifásico, deverá utilizado um transformador de controle de relação 440V/115V ou
440V/24V).

4.1.12 Poderão ser alimentados em tensão diferente da tensão de controle:

a) a bobina do contator principal, que poderá ser alimentada na tensão de alimentação do


motor; e
b) circuitos associados a equipamentos externos ao controlador ou painel de controle
(válvulas solenóides, desumidificadores, etc.) que trabalhem em tensões diferentes da
tensão de controle. Neste caso, deverá ser provida uma alimentação externa específica para
esses circuitos (por exemplo, 24Vcc).

4.2 REQUISITOS ESPECÍFICOS PARA CONTROLADORES

4.2.1 Cada controlador poderá comandar:

a) somente um motor. Exceto nos casos previstos em 4.2.1.b, o controlador deverá receber
apenas um circuito de força, que será o circuito de alimentação do motor; ou
b) dois ou mais motores de um mesmo sistema (por exemplo, sistema de ar condicionado,
guindaste, etc). Neste caso, deverão ser atendidos os seguintes requisitos:

i) deverão ser providos dispositivos independentes para comando e proteção de cada


motor;
ii) a arquitetura dos circuitos de controle deverá atender aos requisitos da Especificação
de Aquisição e desta norma;
iii)o controlador poderá receber uma alimentação para cada motor ou uma única
alimentação comum a todos os motores; e
iv) caso o controlador receba uma alimentação comum a todos os motores, o controlador
deverá fazer uma distribuição interna, isto é, prover circuitos alimentadores internos
dotados de proteção contra curto-circuito independente para cada motor.

4.2.2 O controlador deverá executar, no mínimo, as funções abaixo citadas:

a) partida e parada manuais;

OSTENSIVO 7 ORIGINAL
OSTENSIVO ENGENALMARINST N° 30-01 - Anexo

b) proteção contra sobrecarga no motor;


c) indicação de motor funcionando; e
d) alarme de sobrecarga no motor.

4.2.3 O controle de partida e parada do motor deverá ser executado por meio de contator
eletromagnético denominado contator principal.

4.2.4 Todos os motores deverão ter partida direta à linha, exceto quando a corrente de partida do
motor exceder o limite estabelecido na Especificação de Aquisição. Neste caso deverá haver
redução da corrente de partida empregando o método de chave estrela-triângulo, autotransformador
ou outro dispositivo de redução da corrente de partida (neste caso, o dispositivo a ser empregado
deverá ser submetido à aprovação prévia da MB). O dispositivo de partida utilizado deverá ser de
operação automática.

4.2.5 Ao ser dado o comando manual de parada, o motor deverá ser desenergizado mesmo que o
dispositivo de partida não tenha completado o seu ciclo.

4.2.6 O motor deverá estar adequadamente protegido contra sobrecarga, esteja em triângulo ou
estrela, no caso da chave estrela-triângulo, ou em qualquer das derivações, no caso do
autotransformador.

4.2.7 Conforme citado em 4.2.2.b), os controladores deverão prover proteção contra sobrecarga no
motor. Essa proteção deverá ser provida por meio de:

a) relés térmicos; ou
b) termistores.

Cada um desses métodos deverá ser capaz de detectar sobrecorrente ou sobreaquecimento


em cada uma das fases e causar a abertura do contator principal.

4.2.8 O dispositivo de proteção contra sobrecarga não poderá ser bloqueado durante a partida do
motor para evitar sua atuação devido à corrente de partida.

4.2.9 A menos que requerido pela Especificação de Aquisição, no caso dos controladores dos
motores da bomba de incêndio e da máquina do leme, o dispositivo de proteção contra sobrecarga
não deverá desenergizar o motor em nenhuma condição. Este dispositivo deverá acionar apenas os
alarmes visuais e sonoro, caso este exista.

4.2.10 O dispositivo contra sobrecarga deverá ser projetado de tal forma que, quando atuar, impeça
o fechamento do contator principal até que seja acionado um botão de rearme, mesmo após o
término do sobreaquecimento ou sobrecorrente. A sinalização de sobrecarga deverá permanecer
energizada até que cesse a sobrecorrente ou sobreaquecimento e seja acionado o botão de rearme.

OSTENSIVO 8 ORIGINAL
OSTENSIVO ENGENALMARINST N° 30-01 - Anexo

4.2.11 O relé térmico deverá ser ajustado entre 110 e 115% da corrente nominal do motor.
Entretanto, caso esse valor de ajuste seja incompatível com o tempo de aceleração do motor,
causando a atuação da proteção durante a partida, esse ajuste poderá ser aumentado até, no máximo,
125% da corrente nominal do motor.

4.2.12 O relé térmico deverá possuir dois contatos sem ponto comum, um NA e outro NF.

4.2.13 A proteção por termistores deverá ser realizada por relé instalado no controlador e conectado
a três termistores embutidos nos enrolamentos do motor, sendo um por fase e ligados em série na
caixa de terminais do motor. Serão empregados termistores de coeficiente de temperatura positivo
(PTC) com temperatura de referência definida pela Especificação de Aquisição.

4.2.14 O controlador provido de recursos que permitam bloquear a atuação do dispositivo de


proteção contra sobrecarga deverá incorporar:

a) chave seletora ou botoeira com retenção (com as posições "neutro/bloqueado") instalada


no interior do controlador de modo que, para acioná-la, seja necessário abrir a porta
frontal;
b) sinaleiro com lente de cor amarela para indicação de proteção bloqueada; e
c) no caso de equipamentos providos de monitoração remota, sinal adequado para
sinalização remota de que a proteção está bloqueada.

4.2.15 O controlador e todos os seus componentes deverão ser capazes de operar normalmente e
permitir a execução satisfatória de todas as suas funções, tendo a tensão de alimentação do motor
qualquer valor entre 80% e 100% do seu valor nominal. Caso a tensão permaneça em valores
abaixo de 80% de seu valor nominal, o controlador deverá automaticamente parar o motor e, no
caso do controlador provido de controle automático de partida e parada, passar o controle para o
modo manual.

4.2.16 O controlador provido de recursos de religamento automático por ocasião do retorno da


tensão de alimentação do motor, terá partida automática, num tempo ajustável entre 0 e 60
segundos, após o restabelecimento da tensão.

4.2.17 Os circuitos remotos, alimentados pelo transformador de controle instalado no controlador,


deverão ser protegidos por fusíveis ou disjuntores. Esses fusíveis ou disjuntores deverão ser
independentes daqueles empregados nos circuitos internos do controlador, de modo a evitar que um
curto-circuito num circuito remoto impeça o controle local.

4.2.18 Resistores de aquecimento de motores, alimentados por controladores, deverão ter comando
automático, sendo energizados quando o motor parar e desenergizados quando o motor partir.

4.2.19 O controlador associado a motor provido de resistor de aquecimento deverá possuir os


seguintes componentes:

OSTENSIVO 9 ORIGINAL
OSTENSIVO ENGENALMARINST N° 30-01 - Anexo

a) dois fusíveis ou disjuntor bipolar para proteção de cada resistor de aquecimento;


b) chave(s) rotativa(s) bipolar(es) para comando do resistor de aquecimento com as
posições automático e desliga; e
c) sinaleiro(s) com lente de cor branca para indicação de resistor(es) de aquecimento
ligado(s).

4.3 REQUISITOS ESPECÍFICOS PARA QUADROS ELÉTRICOS

4.3.1 O circuito de controle de cada disjuntor dos quadros elétricos deverá possuir intertravamentos
que impeçam a colocação em paralelo de fontes não sincronizadas. Essa proteção permitirá o
fechamento de um disjuntor, colocando duas fontes em paralelo, somente se a chave seletora de
sincronismo estiver na posição correspondente ao disjuntor a ser fechado.

4.3.2 Os quadros elétricos deverão ser providos de intertravamentos que impeçam a colocação dos
geradores do navio em paralelo com a fonte de Energia de Terra. Deverão, contudo, existir meios
para anular esses intertravamentos para permitir que o navio forneça energia para um navio a
contrabordo, através da Caixa de Energia de Terra. O cancelamento desses intertravamentos será
comandado por uma chave instalada em local a ser definido pela Especificação de Aquisição e será
indicado por meio de sinaleiro luminoso.

4.3.3 Os quadros elétricos deverão ser providos de proteção contra sobrecargas e curtos-circuitos
nos circuitos dos geradores, circuitos de Energia de Terra, circuitos de interligação entre quadros
elétricos, circuitos de distribuição e circuitos de Força em Avaria. Esta proteção poderá ser feita por
disjuntores ou por fusíveis. Os tipos de dispositivo de proteção a serem utilizados deverão ser
definidos na Especificação de Aquisição.

4.3.4 O barramento principal de cada quadro elétrico deverá ser dividido em partes. O número de
partes em que o barramento será dividido deverá ser definido pela Especificação de Aquisição.
Estas partes deverão ser conectadas através de disjuntores, denominados disjuntores de conexão.

4.3.5 Os quadros elétricos deverão conter os transformadores de corrente e de tensão necessários


aos circuitos de medição e controle.

4.3.6 Os quadros elétricos deverão ser providos, na sua parte frontal, de um diagrama sinótico para
facilitar ao operador a monitoração do sistema elétrico. Esse diagrama deverá indicar as ligações do
barramento principal do quadro aos geradores e às caixas de recebimento de energia de terra e de
fornecimento de energia a navio a contrabordo. Deverão ser associados a esse diagrama, sinaleiros,
botoeiras e medidores para o comando e/ou monitoração dos grupos diesel-geradores, dos circuitos
de energia de terra e fornecimento de energia a contrabordo e dos disjuntores principais. Esse
diagrama deverá ser constituído de lâminas metálicas nas cores definidas na Especificação de
Aquisição. As lâminas empregadas para representar os barramentos principais dos quadros elétricos
deverão ter largura maior que as demais lâminas do diagrama sinótico.

OSTENSIVO 10 ORIGINAL
OSTENSIVO ENGENALMARINST N° 30-01 - Anexo

4.3.7 Os disjuntores instalados nos quadros elétricos deverão atender as características definidas no
item 5.2.7 desta norma. Além destas, os disjuntores deverão atender às características especificadas
abaixo, que deverão ser completamente definidas pelo responsável pelo projeto dos quadros:

a) tipo (por exemplo: em caixa moldada, extraíveis com os barramentos energizados,


motorizados, etc.);
b) corrente nominal (em ampères);
c) tensão nominal (em volts, no mínimo 500V);
d) capacidade de interrupção, valor eficaz (rms) simétrico em 500V, 60Hz,
cos ø = 0,1 (categoria P2, conforme a norma citada na referência j, em kA); e
e) Capacidade de fechamento (making current), valor de pico em 500V, 60Hz, (categoria
P2, conforme a norma citada na referência j, em kA).

4.3.8 Cada disjuntor deverá possuir um disparador com atuação retardada de tempo curto (Short
Time Delay), para proteção contra curtos-circuitos. A faixa de ajuste da corrente e o tempo de
ajuste do disparo deverão ser definidos na Especificação de Aquisição.

4.3.9 Os circuitos de controle dos disjuntores deverão ser alimentados por fonte conectada ao
barramento. Os fusíveis de proteção desses circuitos deverão ser instalados no interior das suas
respectivas seções nos quadros elétricos, em sua parte superior, num compartimento isolado do
restante dessas seções, de modo a permitir máxima segurança para o operador por ocasião da troca
desses fusíveis.

4.3.10 Os quadros elétricos deverão conter os transformadores de corrente e de tensão necessários


aos circuitos de medição e controle.

5 REQUISITOS DE MATERIAIS

5.1 REQUISITOS DE CONSTRUÇÃO

5.1.1 A estrutura do equipamento deverá ser em aço com todas as suas partes soldadas, exceto para
quadros elétricos. Os quadros elétricos poderão ser providos de tampas aparafusadas na sua parte
posterior. A espessura das chapas deverá ser compatível com as dimensões do equipamento de
modo a assegurar a rigidez mecânica e o atendimento aos requisitos de vibração. Entretanto, essa
espessura não poderá ser inferior a 1,9mm.

5.1.2 Todas as arestas e cantos deverão ser arredondadas e as rebarbas deverão ser eliminadas.

5.1.3 O equipamento, exceto quadros elétricos, mesmo quando montado através de calços flexíveis,
deverá ser provido de, no mínimo, quatro "orelhas" para fixação em antepara, localizadas na parte
posterior do mesmo. Entretanto, equipamentos com altura superior a 1500mm poderão ser
instalados no convés, através de sua base.

OSTENSIVO 11 ORIGINAL
OSTENSIVO ENGENALMARINST N° 30-01 - Anexo

5.1.4 Os equipamentos deverão possuir portas frontais com largura de, no máximo, 500mm,
providas de dobradiças de aço bicromatizado ou aço inox AISI-304 e junta de neoprene ou material
similar ao longo de toda a superfície de contato entre a porta e a estrutura do controlador. Para
portas com largura igual ou maior que 300mm, deverá ser provido um dispositivo para fixar a porta
automaticamente quando esta for aberta de um ângulo igual ou superior a 100 graus em relação a
sua posição fechada. Esse dispositivo deverá ser construído em latão ou aço inox. O destravamento
da porta deverá ser feito atuando sobre esse dispositivo.

5.1.5 Os equipamentos deverão ser providos internamente de chassis para montagem de


componentes. Não poderão ser fixados componentes nas partes laterais do equipamentos com
exceção dos terminais de aterramento.

5.1.6 O acesso a todos os componentes deverá ser feito somente pela porta frontal. Deverá ser
assegurada a remoção fácil e segura de todos os componentes.

5.1.7 Os componentes e as plaquetas de identificação e advertência situados na porta frontal


deverão ser alinhados adequadamente. Os sinaleiros deverão ser instalados acima das botoeiras e
chaves de comando.

5.1.8 O resfriamento dos componentes deverá ser feito através da circulação natural do ar.

5.1.9 Exceto quadros elétricos, a penetração dos cabos elétricos deverá ser realizada por meio de
prensa-cabos instalados em uma placa removível, aparafusada na estrutura do equipamentos e
provida de junta de neoprene ou material similar para vedação. Essa placa deverá ser instalada na
face inferior, no caso dos equipamentos montados em antepara, ou na face superior, no caso
daqueles equipamentos montados em convés. A distância entre essa placa e a régua de bornes
deverá ser suficiente para permitir a instalação dos cabos externos, respeitando seus raios mínimos
de curvatura; essa distância não deverá ser inferior a 70mm.

5.1.10 A conexão dos cabos externos com os circuitos internos do equipamento deverá ser através
de régua de bornes. Deverá ser provido um conector para cada condutor dos cabos externos.

5.1.11 A distância entre partes condutoras energizadas de fases diferentes e distância entre partes
condutoras energizadas e partes condutoras não energizadas deverão ser aquelas estabelecidas na
tabela do item 6.4 da norma IEC-92-302, citada na referência e desta norma.

5.1.12 Os equipamentos deverão possuir externamente um terminal para aterramento à estrutura do


navio, constituído de parafuso ou pino roscado (M6, M8 ou M10) conectado eletricamente à
estrutura do equipamento. Na parte interna do equipamento, também deverá ser provido um
terminal para aterramento conectado eletricamente à estrutura do mesmo. A porta frontal e o chassi
de montagem dos componentes deverão ser eletricamente conectados ao terminal interno de
aterramento.

OSTENSIVO 12 ORIGINAL
OSTENSIVO ENGENALMARINST N° 30-01 - Anexo

5.1.13 Os transformadores de corrente instalados nos equipamentos deverão ter um dos terminais
do seu enrolamento secundário eletricamente conectado ao terminal interno de aterramento do
equipamento.

5.1.14 O grau de proteção contra penetração de sólidos e líquidos a ser conferido ao equipamento
deverá ser de acordo com o local onde o mesmo será instalado e deverá ser especificado conforme a
norma NBR-6146, citada na referência b desta norma.

5.1.15 Equipamentos com grau de proteção igual ou superior a IPX6 (conforme a norma NBR-
6146) deverão ser providos de resistor de aquecimento para evitar a condensação de umidade em
seu interior.

5.1.16 Equipamentos com peso superior a 20kg deverão ser dotados de, no mínimo, dois olhais de
suspensão.

5.1.17 Os equipamentos deverão receber tratamento contra corrosão e pintura de acabamento de


acordo com esquema que deverá ser submetido à aprovação da MB.

5.1.18 Cada componente do equipamento (contatores, relés, botoeiras, sinaleiros, bornes, etc)
deverá ser perfeitamente identificado, devendo ser adotada a mesma denominação empregada nos
desenhos e manuais do equipamento.

5.1.8 Uma cópia plastificada do diagrama de fiação interna do equipamento deverá ser
adequadamente fixada na face interna da porta.

5.2 REQUISITOS DE COMPONENTES

5.2.1 Deverão ser empregados componentes construídos de materiais não higroscópicos, resistentes
à corrosão do ambiente marinho, não propagadores de fogo e com baixo índice de emissão de
fumaça e gases tóxicos quando expostos a chamas. Deverá ser evitado o emprego de componentes
construídos de materiais halogenados como, por exemplo, o PVC. Deverá ser minimizado o uso de
materiais isolantes.

5.2.2 Botoeiras e sinaleiros deverão atender aos requisitos da norma IEC-337-1, citada na referência
c desta norma.

5.2.3 Chaves de comando deverão atender aos requisitos da norma IEC-337-1, citada na referência
c desta norma. Estas chaves deverão ser do tipo rotativo e possuir espelho frontal quadrado
(66 x 66mm) preto com dizeres em branco. A manopla deverá ser de cor preta.

5.2.3 Contatores auxiliares e relés deverão atender aos requisitos da norma IEC-337-1, citada na
referência d, ou da norma MIL-C-2212, citada na referência f desta norma. Os relés e contatores
auxiliares deverão possuir vida útil de, no mínimo, 2,5 milhões de manobras.

OSTENSIVO 13 ORIGINAL
OSTENSIVO ENGENALMARINST N° 30-01 - Anexo

5.2.4 O contator principal deverá atender aos requisitos da norma IEC-158-1 ou da norma MIL-C-
2212, citada na referência f desta norma.

5.2.5 Relés de proteção contra falta de fase deverão atender aos requisitos da norma IEC-158-1
citada na referência d desta norma.

5.2.6 Os fusíveis e os porta-fusíveis deverão ser unipolares e deverão atender também aos requisitos
da norma IEC-269 citada na referência k desta norma. Deverão possuir corpo de esteatita, fibra de
vidro ou cerâmico, indicador de fusão, pertencer a categoria gl e ter marcado no corpo suas
características nominais. Os porta-fusíveis deverão permitir a extração de fusíveis com o
barramento energizado.

5.2.7 Os disjuntores deverão atender à norma IEC-157-1, citada na referência j desta norma, bem
como deverão ter sidos aprovados para uso naval por Sociedade Classificadora.

5.2.8 Os transformadores de controle deverão ser do tipo seco. A sua regulação não deverá exceder
a 5%. Não poderá ser empregado autotransformador. O transformador deverá ser provido de régua
de bornes devidamente identificados.

5.2.9 Os transformadores de corrente deverão atender aos requisitos das normas NBR 6856, citada
na referência l desta norma, e NBR 6820, citada na referência m desta norma, e deverão ter corrente
nominal no secundário igual a 5A, classe de exatidão 1,2 ou melhor e deverão ser encapsulados em
epóxi.

5.2.10 Os amperímetros deverão atender aos requisitos da norma IEC-51, citada na referência n
desta norma, e deverão possuir classe de exatidão de 1,5, moldura quadrada de 72 x 72mm e escala
com ângulo de atuação de 240 graus ou 90 graus. O conjunto amperímetro-transformador de
corrente deverá ser capaz de indicar a corrente de partida de motores e suportar a corrente de
partida com rotor travado até a atuação da proteção sem sofrer avarias.

5.2.9 Os voltímetros deverão possuir classe de exatidão de 1,5, moldura quadrada de


72mm x 72mm e escala com ângulo de atuação de 90 graus ou 240 graus.

5.2.10 Os horímetros deverão ter, no mínimo, 5 dígitos sendo um decimal.

5.2.11 Transdutores de grandezas elétricas deverão possuir precisão igual ou melhor que 0,6%.

5.2.12 A fiação interna deverá ser constituída de cabos extra-flexíveis de cobre estanhado com
seção reta mínima de 1,5mm2. Esses cabos deverão ter as seguintes características básicas:

a) Atender aos requisitos constantes na norma citada na referência i desta norma;


b) Isenção de halogênios;
c) Baixa emissão de fumaça;
d) Baixa emissão de gases ácidos; e

OSTENSIVO 14 ORIGINAL
OSTENSIVO ENGENALMARINST N° 30-01 - Anexo

e) Baixa emissão de gases tóxicos.

5.2.13 O revestimento isolante da fiação interna deverá ser constituído de material termofixo
facilmente removível do condutor por meio de dispositivo adequado. A fiação interna deverá ter
classe de tensão de 600V e possuir constante de isolamento mínima de 500MΩ.km a 20 graus
Celsius.

5.2.14 Os barramentos deverão ser de cobre eletrolítico e deverão ser pintados na cor da respectiva
fase (A − preto / B − branco / C − vermelho) ou pólo (positivo – preto / negativo – branco), com
exceção das áreas de conexão, que deverão ser prateadas. O dimensionamento dos barramentos
deverá ser feito de modo que a temperatura não ultrapasse em +15o C à temperatura ambiente
especificada e deverão ser fixados por meio de isoladores ou suportes isolantes construídos de
material que possua as seguintes características:

a) Alta resistência à umidade e salinidade;


b) Alta resistência ao envelhecimento; e
c) Auto-extingüível.

5.2.15 Os cartões de circuito impresso deverão conter apenas dispositivos eletrônicos. Os cartões
deverão ser do tipo extraível (plug-in) e suas conexões externas deverão ser feitas por meio de
conectores macho-fêmea, com terminais banhados em ouro. Na parte frontal do cartão deverá
existir um puxador para extração do cartão. Deverão ser providos meios para o travamento
individual de cada cartão, de modo a impedir que o cartão se solte devido a choque ou vibração.
Este travamento deverá ser feito de tal forma que seja possível remover um cartão sem destravar os
que estiverem a sua volta.

5.2.16 A régua de bornes deverá ser constituída de conectores unipolares do tipo SAK construídos
de material termofixo ou, alternativamente, material termoplástico com certificado que assegure ser
não higroscópico, fixados em trilho suporte.

5.2.17 Plaquetas de identificação de componentes deverão ser em fórmica (tipo sanduíche) ou de


alumínio anodizado ou de acrílico. Alternativamente, poderão ser utilizadas etiquetas plásticas à
prova de perdas colocadas sobre braçadeiras na fiação junto ao componente a ser identificado.

5.2.18 Plaquetas de indicação ou advertência deverão ser em acrílico, fixadas por meio de
parafusos. Os dizeres deverão ser gravados pela parte posterior da plaqueta.

OSTENSIVO 15 ORIGINAL
OSTENSIVO ENGENALMARINST N° 30-01 - Anexo

6 INSPEÇÕES E TESTES

6.1 INTRODUÇÃO

6.1.1 GERAL

O fabricante deverá permitir livre acesso a qualquer tempo, de Autoridade Inspetora as


dependências da fábrica para observar o desenvolvimento do projeto, elaboração de planos e
documentos, registros de controle da qualidade, fabricação e montagem dos equipamentos.

6.1.2 RESPONSABILIDADE

6.1.2.1 O fabricante deverá exercer o controle da qualidade de todos os materiais e componentes


empregados na fabricação dos equipamentos de seu fornecimento.

6.1.2.2 O fabricante submeterá os equipamentos e componentes de seu fornecimento aos testes e


inspeções especificados neste item, além de outros eventualmente exigidos pela Especificação de
Aquisição, com o propósito de verificar a qualidade da fabricação, o desempenho dos equipamentos
e componentes e o atendimento dos requisitos do item 4 e da Especificação de Aquisição. Para isso
o fabricante deverá utilizar suas instalações ou subcontratar laboratórios ou institutos de pesquisas
para a realização de testes, desde que previamente aprovado pela MB.

6.1.2.3 O fabricante deverá efetuar a correção de todas as irregularidades observadas durante as


inspeções e testes.

6.1.2.4 A aprovação de um equipamento em todos os testes descritos neste item, não eximirá o
fabricante da responsabilidade pelo bom desempenho do equipamento e seus componentes.

6.1.2.5 A MB poderá, a seu critério, enviar Autoridade Inspetora para testemunhar todos os testes a
que forem submetidos os equipamentos e seus componentes. Todos os testes e inspeções deverão
ser conduzidos de modo a satisfazer a Autoridade Inspetora, que poderá solicitar sua repetição,
desde que isto seja necessário para assegurar que os resultados obtidos são confiáveis. Caberá à
Autoridade Inspetora a avaliação dos resultados dos testes e a aprovação ou não dos equipamentos e
componentes. Antes da realização de cada teste o fabricante deverá exibir à Autoridade Inspetora os
certificados de aferição de todos os instrumentos a serem empregados no teste.

6.1.3 PROGRAMA DE INSPEÇÕES E TESTES

6.1.3.1 O fabricante deverá submeter à aprovação da MB um programa de inspeções e testes


contendo as seguintes informações, discriminadas individualmente para cada inspeção e teste:

a) data e local previsto para a realização do teste ou inspeção;


b) tempo previsto para duração do teste ou inspeção;

OSTENSIVO 16 ORIGINAL
OSTENSIVO ENGENALMARINST N° 30-01 - Anexo

c) especificação completa dos instrumentos a serem empregados para o teste, incluindo:


descrição do instrumento, fabricante, modelo, escalas disponíveis, precisão, data da última
aferição do instrumento, nome da instituição responsável pela última aferição, etc; e
d) lista dos documentos técnicos (ver item 7) que deverão ser observados para a realização
das inspeções e testes.

6.1.3.2 Os testes e inspeções somente poderão ser realizados com a prévia autorização da MB e
após a aprovação pela MB da documentação técnica (ver item 7) e do programa de inspeções e
testes (ver item 6.1.3.1).

6.1.4 FORMULÁRIOS DE INSPEÇÕES E TESTES

Os relatórios dos testes realizados em laboratórios subcontratados pelo fabricante deverão ser
confeccionados pela instituição a que pertencer o laboratório. Todos os demais relatórios de testes e
inspeções deverão ser confeccionados pelo fabricante. Todos os relatórios deverão ser
confeccionados em papel timbrado e possuir espaço para assinatura da Autoridade Inspetora, do
representante do fabricante e, quando aplicável, da instituição subcontratada para realizar o teste.
Os relatórios de teste deverão identificar cada teste com a denominação aqui empregada, deverão
conter uma descrição dos procedimentos de teste ou especificação da norma adotada, deverão
especificar os resultados a serem obtidos e suas tolerâncias, deverão possuir espaço para registro
dos valores medidos e todas as informações necessárias a correta avaliação dos seus resultados,
além de espaço para anotar observações. Os relatórios de inspeção deverão listar as inspeções
realizadas, os defeitos encontrados, suas prováveis causas e providências tomadas para corrigi-los,
além de espaço para outras observações. Em todos relatórios de testes e inspeções deverão ser
registradas e comentadas as pendências e necessidade de reteste ou reinspeção.

6.1.5 INSPEÇÕES E TESTES

Deverão ser realizados os seguintes testes e inspeções:

a) Inspeção visual;
b) Teste de funcionamento;
c) Teste de resistência de isolamento;
d) Teste de rigidez dielétrica;
e) Verificação de peso; e
f) Outros de acordo com a Especificação de Aquisição.

6.2 CERTIFICADOS DE TESTE

Quando requerido pela MB, o fabricante deverá fornecer certificados de teste de cada componente
para comprovação do atendimento dos requisitos desta norma e das normas citadas no capítulo 4
incluindo todos os testes previstos nessas normas.

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OSTENSIVO ENGENALMARINST N° 30-01 - Anexo

6.3 INSPEÇÃO VISUAL

6.3.1 DESCRIÇÃO

6.3.1.1 Deverão ser inspecionados todos os componentes do equipamento para verificar se são
aqueles especificados no contrato de fornecimento do equipamento, se estão instalados
corretamente e seu arranjo corresponde aos desenhos aprovados, além de permitir o acesso
requerido e a facilidade de remoção dos componentes extraíveis.

6.3.1.2 Deverá ser verificado se o equipamento corresponde aos desenhos aprovados e atende a
todos os requisitos do capítulo 4 desta norma e da Especificação de Aquisição do equipamento.

6.3.2 CRITÉRIO DE APROVAÇÃO

Os resultados das inspeções serão considerados satisfatórios somente se o equipamento:

a) Atender os requisitos do capítulo 4 desta norma;


b) Atender os requisitos da Especificação de Aquisição; e
c) Corresponder à documentação técnica aprovada.

6.4 TESTE DE FUNCIONAMENTO

6.4.1 DESCRIÇÃO

6.4.1.1 Após o término da montagem do equipamento, todos os seus circuitos e componentes


deverão ser submetidos a testes de funcionamento para detectar ligações incorretas e defeitos nos
componentes. Deverá ser verificada a capacidade do controlador para executar todas as funções
previstas, incluindo:

a) funcionamento;
b) sinalizações;
c) comandos;
d) automatismo;
e) intertravamentos; e
d) proteções.

6.4.1.2 Esses testes deverão ser realizados com o controlador recebendo alimentação com valor de
85% da tensão nominal especificada para o motor.

6.4.1.3 Nos controladores providos de relé associado a termistores, deverá ser ligado ao circuito
destinado aos termistores um resistor de valor variável. Fazendo-se variar o valor da resistência
nesse circuito, o relé deverá atuar e permitir o rearme nos respectivos valores de resistência
especificados pelo fabricante do relé.

OSTENSIVO 18 ORIGINAL
OSTENSIVO ENGENALMARINST N° 30-01 - Anexo

6.4.2 CRITÉRIOS DE APROVAÇÃO

Os resultados dos testes de funcionamento serão considerados satisfatórios somente se:

a) todas as ligações estiverem corretas;


b) todos os componentes funcionarem corretamente; e
c) o equipamento executar corretamente todas as funções requeridas.

6.5 TESTE DE RIGIDEZ DIELÉTRICA

6.5.1 DESCRIÇÃO

6.5.1.1 Esse teste deverá consistir na aplicação, durante 60 segundos, de uma tensão senoidal
(60Hz), com valor igual ao especificado abaixo, entre as partes condutoras conectadas para fins de
teste e a estrutura do equipamento. A tensão do teste deverá ter os seguintes valores:

a) 2 kV para os circuitos de 440V;


b) 1 kV para os circuitos de 115V; e
c) 0,5 kV para os circuitos de 24V ou menos.

6.5.1.2 Antes da realização do teste, medidores, transformadores de potencial e circuitos


eletrônicos, poderão ser desconectados. O teste será iniciado aplicando 30% da tensão de teste
especificada acima. Essa tensão será elevada rapidamente até atingir, sem, no entanto, ultrapassar o
valor especificado acima e então será mantida durante 60 segundos. Após esse período, a tensão
será reduzida rapidamente até 30% do valor de teste e então desconectada. A fonte de tensão
empregada no teste deverá ter potência nominal igual ou maior que 1kW.

6.5.2 CRITÉRIO DE APROVAÇÃO

Os resultados desse teste serão considerados satisfatórios somente se não for constatada qualquer
evidência de falha no isolamento.

6.6 MEDIÇÃO DA RESISTÊNCIA DE ISOLAMENTO

6.6.1 DESCRIÇÃO
Antes da realização do teste de rigidez dielétrica deverá ser medida a resistência de isolamento
entre as partes condutoras, conectadas para fins de teste e a estrutura do equipamento e entre partes
condutoras de fases diferentes ou polaridades opostas, empregando uma tensão de teste igual a
500Vcc ±10%. Essa tensão de teste deverá ser mantida durante 60 segundos, a menos que sejam
constatadas indicações de falha no isolamento, tais como: súbitas flutuações nos valores indicados
no medidor ou se o valor no final da medição for menor que 50% do valor encontrado no início do
teste. Nesse caso, a tensão de teste deverá ser mantida durante tanto tempo quanto necessário para
determinar o estado do isolamento. Nos circuitos de tensão nominal igual ou superior a 110V esse

OSTENSIVO 19 ORIGINAL
OSTENSIVO ENGENALMARINST N° 30-01 - Anexo

teste deverá ser repetido após a execução do teste de rigidez dielétrica. Antes da realização do teste,
medidores, transformadores de potencial e circuitos eletrônicos poderão ser desconectados.

6.6.2 CRITÉRIO DE APROVAÇÃO

Os resultados serão considerados satisfatórios somente se todos os valores medidos forem


superiores a 10 megohms.

6.7 VERIFICAÇÃO DO PESO

6.7.1 DESCRIÇÃO

Deverá ser verificado o peso do controlador completo com todos os seus componentes (incluindo
fusíveis) e acessórios.

6.7.2 CRITÉRIO DE APROVAÇÃO

O resultado será considerado satisfatório somente se o peso total do equipamento for igual ou
inferior a 110% do peso máximo permitido pela Especificação de Contrato. Caso a Especificação de
Contrato não estabeleça limite para o peso, o resultado deste ensaio será considerado satisfatório
somente se o peso total do equipamento for igual ou inferior a 110% do peso especificado para o
equipamento nos desenhos aprovados (ver item 7.4).

7 DOCUMENTAÇÃO

7.1 GERAL

7.1.1 O fabricante deverá fornecer a MB a documentação técnica especificada nos itens a seguir.
Somente após a analise e a aprovação desses documentos pela MB, poderá ser iniciada a fabricação
do controlador e a aquisição de seus componentes. Essa documentação técnica deverá formar um
conjunto constituído por:

a) diagrama das ligações internas;


b) diagrama das ligações externas;
c) desenho dimensional e de arranjo dos componentes;
d) lista de componentes elétricos;
e) lista das plaquetas indicativas e de advertência; e
f) memória de cálculo (para itens como, por exemplo, transformador de controle).

7.1.2 Toda a documentação técnica deverá ser confeccionada em folhas com as dimensões
padronizadas para o formato A4 ou A3 conforme a norma NBR-5984 citada na referência a.

OSTENSIVO 20 ORIGINAL
OSTENSIVO ENGENALMARINST N° 30-01 - Anexo

7.2 DIAGRAMA DAS LIGAÇÕES INTERNAS

7.2.1 Esses desenhos deverão consistir de diagramas multifilares mostrando esquematicamente as


ligações entre os componentes do controlador e as ligações desses componentes com os cabos
elétricos do navio. Deverão ser identificados individualmente cada condutor, cada terminal, cada
contato e cada componente.

7.2.2 Esses desenhos deverão conter, também, as seguintes informações sobre o conjunto motor-
carga acionada:

a) potência e corrente nominais;


b) corrente de partida e tempo total de aceleração;
c) tempo máximo admissível com o motor travado;
d) classe de isolamento; e
e) temperatura de referência dos termistores embebidos no motor.

7.2.3 A corrente nominal dos fusíveis, a faixa de ajuste e o valor ajustado dos componentes
ajustáveis, tais como relés térmicos e relés temporizados, e o valor de atuação (por exemplo:
10kg/cm2, 100 graus Celsius) de dispositivos tais como pressostatos, termostatos, etc, deverão ser
especificados.

7.3 DIAGRAMA DAS LIGAÇÕES EXTERNAS

Deverão consistir de diagramas multifilares contendo todas as ligações externas do controlador,


mostrando as réguas de bornes do controlador e dos equipamentos conectados a ele, bem como os
respectivos cabos elétricos. Esses desenhos deverão especificar as características listadas abaixo
para os cabos de interligação de modo a permitir sua aquisição pelo estaleiro:

a) número de condutores;
b) seção reta mínima dos condutores, em mm2;
c) comprimento máximo admissível para o cabo (se aplicável); e
d) fator de blindagem (se aplicável).

7.4 DIMENSIONAL E DE ARRANJO DE COMPONENTES

7.4.1 Esse desenho deverá incluir:

a) vistas frontal, lateral, superior e inferior;


b) cortes, no mínimo 2; e
c) detalhes do terminal de aterramento, da chapa de fixação dos prensa-cabos, dos fechos
da porta, dos olhais de suspensão e dos dispositivos de fixação da porta quando aberta.

OSTENSIVO 21 ORIGINAL
OSTENSIVO ENGENALMARINST N° 30-01 - Anexo

7.4.2 Os desenhos listados acima deverão conter as seguintes informações:

a) dimensões de todas as partes estruturais e dos componentes;


b) espaço necessário na frente do controlador para abertura da porta frontal e manutenção;
c) peso total;
d) material e espessura das chapas da estrutura e montagem dos componentes;
e) localização do centro de gravidade;
f) grau de proteção do controlador;
g) código do fabricante, tipo e cor da pintura de acabamento;
h) cor de identificação dos barramentos (se aplicável).

7.5 LISTA DE COMPONENTES ELÉTRICOS

O fabricante do equipamento deverá fornecer a lista de componentes elétricos do equipamento,


informando todos os dados técnicos de cada componente, tais como potência e/ou corrente
nominal, tensão da bobina de comando, número de contatos auxiliares (discriminando entre NA e
NF), faixas de ajuste, tensão de isolamento, etc...

7.6 LISTA DE PLAQUETAS INDICATIVAS E DE ADVERTÊNCIA

Essa lista deverá especificar as dimensões, cor, material e dizeres das plaquetas indicativas e de
advertência.

7.7 MEMÓRIA DE CÁLCULO

Este documento deverá conter o cálculo do dimensionamento de cada transformador de controle.

7.8 COLETÂNEA DE CATÁLOGOS TÉCNICOS

O fabricante deverá fornecer coletâneas contendo catálogos técnicos de cada componente


empregado no equipamento. Cada catálogo deverá conter todas as informações técnicas sobre o
equipamento, tais como: materiais, dimensões, modo de fixação, características de operação e
características nominais (potência, tensão, corrente, freqüência, número de contatos, etc.)

OSTENSIVO 22 ORIGINAL

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