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ENGENALMARINST Nº 50-01
1 - PROPÓSITO
Estabelecer normas e procedimentos para a realização de inspeções e avaliações de cabos de aço
e cabos de fibra sintética e natural em serviço.
2 - INTRODUÇÃO
A inspeção de cabos de aço e de fibra natural e sintética deve ser feita de forma cuidadosa e
criteriosa, tendo em vista os aspectos de segurança envolvidos.
A presente ENGENALMARINST visa permitir que inspeções dessa natureza sejam feitas à luz
de normas específicas que estabeleçam periodicidade, procedimentos e critérios apropriados,
propiciando um emprego racional do material e segurança do pessoal envolvido.
3 - NORMAS
Deverão ser observadas as procedimentos estabelecidos no documento em anexo, aplicável à
inspeção e avaliação de cabos de aço e fibra natural e sintética em serviço.
4 - VIGÊNCIA
Esta ENGENALMARINST entra em vigor na presente data.
5 - CANCELAMENTO
Esta ENGENALMARINST cancela a Norma MAR 510 / 013.
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ENGENALMARINST N°. 50-01
Distribuição:
Listas: 4 (exceto DAerM, DSAM, DOCM, IPqM e DTM), 51, 82 (somente navios e BNA), 83
(somente navios e BNN), 84 (somente navios e BNVC), 85 (somente navios e ENRG), 91 (somente
BNRJ), 811, 831, 841, 851, 860 (somente navios e BFL), 881, 910 (somente navios), 8450 e 8550
DAdM ( Arq MB ) e SDM ( Arq MB )
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OSTENSIVO ENGENALMARINST N° 50-01 - Anexo
SUMÁRIO
Página
PREFÁCIO ............................................................................................................................... .2
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ .2
1 OBJETIVO ........................................................................................................................... .3
2 DEFINIÇÕES E ABREVIATURAS .................................................................................... .3
3 PROCEDIMENTOS PARA INSPEÇÃO E AVALIAÇÃO DOS CABOS ......................... .3
4 CAMPO DE APLICAÇÃO .................................................................................................. 12
APÊNDICES
A - BIBLIOGRAFIA ................................................................................................................. 13
OSTENSIVO 1 ORIGINAL
OSTENSIVO ENGENALMARINST N° 50-01 - Anexo
PREFÁCIO
INTRODUÇÃO
Com a finalidade de permitir uma maior segurança na operação de equipamentos bem como a
salvaguarda da vida humana, sentiu-se a necessidade de elaborar um procedimento de inspeção e
avaliação de cabos de aço e cabos de fibra sintética e natural em serviço, capaz de ser adotado como
subsídio para auxiliar as tripulações e pessoal das Bases Navais.
OSTENSIVO 2 ORIGINAL
OSTENSIVO ENGENALMARINST N° 50-01 - Anexo
1 OBJETIVO
Este procedimento estabelece as condições exigíveis para inspeção e avaliação de cabos de aço e
cabos de fibra sintética e natural, em serviço.
2 DEFINIÇÕES E ABREVIATURAS
2.1 TORÇÃO REGULAR: tipo de construção de cabo de aço que possui os fios de cada perna
torcidos em sentido oposto ao sentido de torção das próprias pernas, ( ver figura 1 ).
2.2 TORÇÃO LANG: tipo de construção de cabo de aço que possui os fios de cada perna torcidos
no mesmo sentido que as próprias pernas, ( ver figura 2 ).
Todas as etapas dos procedimentos a seguir estabelecidos devem ser executadas. Em caso de dúvida
quanto à inclusão de um defeito de cabo em algum limite de aceitabilidade, o cabo deve ser
sumariamente condenado.
A inspeção externa de cabos móveis para emprego geral deve ser conduzida de modo a verificar a
existência dos seguintes defeitos:
OSTENSIVO 3 ORIGINAL
OSTENSIVO ENGENALMARINST N° 50-01 - Anexo
f) Evidência de dano causado por calor de qualquer origem, tal como chama ou atrito.
a) O cabo de aço pode ser aberto para inspeção interna somente quando completamente livre
de tensão;
b) Atenção especial deve ser dada para o cabo de aço nas regiões próximas a acessórios de
extremidade, trechos que passem acima de roldanas, passem em tambores, ou que
permaneçam expostos ou imersos em água salgada;
c) Se um cabo de aço for aberto cuidadosamente e as suas condições internas não apresentam
causas para substituição, as pernas podem ser retornadas às posições originais sem deformar o
cabo de aço ou prejudicar sua utilização futura.
OSTENSIVO 4 ORIGINAL
OSTENSIVO ENGENALMARINST N° 50-01 - Anexo
Somente pessoal qualificado deve ser autorizado a inspecionar um cabo de aço, devendo este seguir
as etapas apresentadas abaixo, ( ver figuras 4 e 5 ):
a) Tendo cuidado para evitar danos às pernas ou a alma, abrir o cabo de aço em seis ou mais
pontos, introduzir um passa-cabos por debaixo de duas pernas.
b) Cuidadosamente, girar o passa-cabos para expor a alma e a parte inferior das pernas.
Inspecionar investigando a evidência de corrosão interna, arames rompidos ou falha da alma.
OSTENSIVO 5 ORIGINAL
OSTENSIVO ENGENALMARINST N° 50-01 - Anexo
Uma ou mais das condições apresentadas abaixo é suficiente para comprometer a segurança do
cabo, tornando recomendável sua substituição:
f) Evidência de dano causado por calor de qualquer origem, tal como chama ou atrito;
h) Evidência de corrosão interna, arames rompidos no interior das pernas, mossas excessivas
ou falha da alma.
NOTA: Uma coca que não tenha marcado e distorcido permanentemente a forma dos
cabos pode ser desfeita com um passador de cabos, eliminando a coca em cada perna.
Uma inspeção visual de cada perna e alma é requerida para investigar a existência de
deformação.
OSTENSIVO 6 ORIGINAL
OSTENSIVO ENGENALMARINST N° 50-01 - Anexo
a) Cabos que são frequentemente empregados e expostos em todo o seu comprimento, devem
ser inspecionados na periodicidade mínima, ou seja, a cada 3 meses;
A inspeção de cabos de fibra sintética e natural, para emprego geral, deve ser conduzida de modo a
verificar os seguintes aspectos:
a) Desgaste - O desgaste externo de um cabo de fibra sintética é caracterizado por uma fina
penugem uniformemente distribuída na superfície das pernas. Um exemplo de cabo
OSTENSIVO 7 ORIGINAL
OSTENSIVO ENGENALMARINST N° 50-01 - Anexo
desgastado, com uma perda de resistência menor que 10%, é apresentado na figura 6. O
desgaste interno pode ser notado na forma de penugem entre as pernas.
O desgaste externo em cabo de fibra natural é indicado por trechos achatados ( onde as fibras
tenham rompido ). O desgaste interno pode ser detectado pelo aspecto de material pulverizado
entre as pernas.
c) Puimento - Um cabo sintético puído pode ser identificado pela presença de uma dura
camada externa, composta de fibras fundidas juntas por calor decorrente de fricção.( A fricção
é causada pela oscilação do cabo sob grandes cargas ). Um exemplo de cabo de fibra sintética
puído é apresentado na figura 7.
O puimento em cabos de fibra natural toma a aparência de fios rompidos localizados,
pendurados no cabo. Esses cabos puídos tornam-se inconvenientes em sistemas móveis
porque eles travam em roldanas, polias e cabrestantes.
f) Dobramento - Uma distorção localizada formada por uma perna torcida na direção oposta à
normal ( resultado de um desequilíbrio ) é conhecida como dobramento. Esta condição ocorre
em cabos de fibra natural por causa de carregamento excessivo.
Um exemplo de cabo sintético dobrado é apresentado na figura 9.
g) Contaminação
2) Contaminação por Graxa - A contaminação por graxa ou óleo, embora não tenha de
imediato efeitos danosos sobre o cabo, põe em risco a sua operação e manuseio.
OSTENSIVO 8 ORIGINAL
OSTENSIVO ENGENALMARINST N° 50-01 - Anexo
Figura 8 - Cabo sintético apresentando uma Figura 9 - Cabo sintético contendo uma
condição de corte. dobra.
Uma ou mais das condições especificadas pela tabela 3, é suficiente para comprometer a segurança
do cabo,tornando recomendável sua substituição ou recuperação, conforme indicado. Os termos
utilizados na tabela 3 são apresentados na figura 11.
OSTENSIVO 9 ORIGINAL
OSTENSIVO ENGENALMARINST N° 50-01 - Anexo
1.2 Três ou mais fios adjacentes partidos nas Emendar, se localizado; caso contrário,
pernas de cabos de até 4 1/2" de circunferência. substituir.
1.3 Quatro ou mais fios adjacentes partidos nas Emendar, se localizado; caso contrário,
pernas de cabos de 5" de circunferência e substituir.
acima.
3. Puimento
3.1 Queima ou derretimento em um Emendar, se localizado; caso contrário,
comprimento superior a quatro vezes a substituir.
circunferência do cabo ( para cabos de fibra
sintética ).
3.2 Fios rompidos, pendurados no cabo ( para Emendar, se localizado; caso contrário,
cabos de fibra natural ). substituir,
OSTENSIVO 10 ORIGINAL
OSTENSIVO ENGENALMARINST N° 50-01 - Anexo
Tabela 3 - Conclusão
Descrição da anormalidade Ação recomendada
Condições aplicáveis a qualquer tipo de cabo
7. Contaminação
7.1 Ferrugem Se a mancha for superficial, remover com água
e sabão. No caso de manchas persistentes que
se estendam para o interior do cabo, remover a
parte manchada e emendar.
7.2 Graxa ou Óleo Lavar com detergente suave.
Condições aplicáveis a cabos trançados de qualquer construção
( " BRAIDED ROPES " )
8. Mais de quatro pernas adjacentes de Emendar, se localizado; caso contrário,
cobertura arrancadas ( que não possam ser substituir.
reincorporadas à cobertura trançada ).
9. Núcleo visível através da cobertura devido a Emendar, se localizado; caso contrário,
dano na cobertura ( exceto trança simples ). substituir.
10. Dano no núcleo - arrancado, cortado, com Substituir.
abrasão, ou pernas derretidas.
Condições aplicáveis somente a cabos de 3 e 8 pernas trançadas
( " PLAITED ROPE " )
11. Dano no espaço entre as pernas. Emendar, se localizado; caso contrário,
substituir.
12. Esfarelamento entre pernas adjacentes Emendar, se localizado; caso contrário,
devido ao contato superficial. substituir.
Quando em dúvida, substituir o cabo em serviço
OSTENSIVO 11 ORIGINAL
OSTENSIVO ENGENALMARINST N° 50-01 - Anexo
a) Espias, que são frequentemente empregadas expostas em todo seu comprimento, devem ser
inspecionadas a cada 3 meses.
4 CAMPO DE APLICAÇÃO
Os procedimentos citados, não devem ser aplicados para cabos instalados em equipamentos de
aplicação especial e que possuem critérios próprios para sua avaliação; um exemplo de equipamento
de aplicação especial é o Aparelho de Parada do NAeL " Minas Gerais " .
Sempre que houver dúvida por parte do Setor Operativo quanto à aplicabilidade deste
procedimento, a DEN deve ser consultada.
OSTENSIVO 12 ORIGINAL
OSTENSIVO ENGENALMARINST N° 50-01 - Anexo
APÊNDICE A ( Informativo )
BIBLIOGRAFIA
A.1 NAVAL SHIPS TECHNICAL MANUAL - S9086 - UU - SMT - 010 CHAPTER 613 -
WIRE AND FIBER ROPE AND RIGGING.
A.2 ISO 4309 - WIRE ROPE FOR LIFTING APPLIANCES - CODE OF PRACTICE FOR
EXAMINATION AND DISCARD.
A.3 DEN - 840/0 - 570 - 001 - ACESSÓRIOS DO CASCO - CABOS DE AÇO E CABOS
DE FIBRA SINTÉTICA E NATURAL EM SERVIÇO - PROCEDIMENTO PARA
INSPEÇÃO.
OSTENSIVO 13 ORIGINAL