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MARINHA DO BRASIL

DIRETORIA DE ENGENHARIA NAVAL

RIO DE JANEIRO, RJ.


Em 10 de dezembro de 2001.

ENGENALMARINST N° 40-01

Assunto: Requisitos de Projeto para Luzes Externas de Navios de Superfície.

Anexo: PROCEDIMENTO PARA ESPECIFICAÇÃO DAS LUZES EXTERNAS DE


NAVIOS DE SUPERFÍCIE.

1 - PROPÓSITO
Estabelecer os requisitos de Projeto que devem ser considerados na especificação das luzes
externas a serem utilizadas em navios de superfície, definindo seu emprego e características.

2 - ANTECEDENTES TÉCNICOS
A necessidade de se estabelecer os requisitos exigíveis à especificação das luzes externas que
devem ser utilizadas nos projetos de navios da MB, bem como de reuní-los em um único
documento, uma vez que tais requisitos encontram-se dispersos em várias normas sobre o assunto,
originou a presente ENGENALMARINST.

3 - NORMAS
Deverá ser observado o procedimento estabelecido no documento anexo.

4 - VIGÊNCIA
Esta ENGENALMARINST entra em vigor a partir da presente data.

5 - CANCELAMENTO
Esta ENGENALMARINST cancela a norma "PRC-0033 - Luzes Externas de Navios de
Superfície".

ROBERTO DA SILVA LEGEY


Contra-Almirante (EN)
Diretor

Distribuição:
Listas: 811, 821, 831, 841, 851, 861, 881 e 9160.
AMRJ, DSAM, DAerM, BNRJ, BNA, BNN, CPN, IpqM, CvCaboclo, CvPurus, NPaGuaratuba,
NpaGravataí, NhiArgos, NBGSampaio, NBTenCastelo, NBFMSeixas, NBComteVarella,
NBComteManhães, NBTenBoanerges, NhoAValle, NSSFPerry, DAdM e SDM (Arq. MB).
OSTENSIVO ENGENALMARINST N° 40-01 - Anexo

PROCEDIMENTO PARA ESPECIFICAÇÃO DAS LUZES EXTERNAS


DE NAVIOS DE SUPERFÍCIE

SUMÁRIO

Página

PREFÁCIO .....................................................................................................................................2

INTRODUÇÃO .............................................................................................................................2

1 OBJETIVO ..................................................................................................................................3
2 REFERÊNCIAS NORMATIVAS ..............................................................................................3
3 DEFINIÇÕES ..............................................................................................................................3
4 REQUISITOS ..............................................................................................................................4

APÊNDICES

A LUZES DE NAVEGAÇÃO ......................................................................................................13


B LUZES DE SINALIZAÇÃO E CERIMONIAL .......................................................................17
C LUZES DE FESTA E ANTI-SABOTAGEM ...........................................................................18
D LUZES DO CONVÉS DE VÔO ...............................................................................................19
E LUZES PARA REABASTECIMENTO NO MAR ...................................................................20
F BIBLIOGRAFIA ......................................................................................................................24

OSTENSIVO 1 ORIGINAL
OSTENSIVO ENGENALMARINST N° 40-01 - Anexo

PREFÁCIO

Este Procedimento, elaborado pela Diretoria de Engenharia Naval, estabelece os requisitos exigíveis
para o projeto de Luzes Externas de Navios de Superfície.
Os apêndices A, B, C, D e E, apresentados no presente Procedimento, são normativos; e o apêndice
F, é informativo.
O apêndice A, especifica os requisitos para luzes de navegação de acordo com o comprimento e a
quantidade de mastros da embarcação; a altura e o posicionamento destas luzes; e, apresenta ainda
desenhos que explicitam esses requisitos.
Os apêndices B, C, D e E, especificam os requisitos para as luzes de sinalização e cerimonial, as
luzes de festa e anti-sabotagem, luzes do convés de vôo e luzes para reabastecimento no mar,
respectivamente; esses apêndices apresentam ainda, desenhos esquemáticos da posição dessas luzes
externas referentes aos navios de superfície.
O apêndice F, contém a relação de documentos utilizados como base para a confecção do presente
procedimento.
O presente Procedimento cancela e substitui a Norma PRC 0033 - Luzes Externas de Navios de
Superfície.
Foram acrescentados a esse procedimento, requisitos para luzes para reabastecimento no mar e seu
respectivo anexo.

INTRODUÇÃO
Considerando que os requisitos exigíveis para as luzes externas que devem ser utilizadas em navios
de superfície e especificamente em navios militares encontram-se dispersos por vários documentos
relativos ao assunto, este procedimento foi elaborado de forma a conter em um único documento
aqueles requisitos necessários ao atendimento do propósito citado.

OSTENSIVO 2 ORIGINAL
OSTENSIVO ENGENALMARINST N° 40-01 - Anexo

PROCEDIMENTO PARA ESPECIFICAÇÃO DAS LUZES EXTERNAS


DE NAVIOS DE SUPERFÍCIE

1 OBJETIVO

Este Procedimento especifica as luzes externas que devem ser utilizadas em navios de superfície,
seu emprego e características, visando a sua correta previsão nos projetos de navios da MB.

2 REFERÊNCIAS NORMATIVAS

As normas relacionadas a seguir contêm disposições que através de referência neste texto,
constituem prescrições válidas para o presente Procedimento. Na data da publicação deste
Procedimento, as edições indicadas eram válidas. Como todas as normas estão sujeitas a revisões,
as partes envolvidas em acordos baseados neste Procedimento devem investigar a possibilidade de
utilização de edições mais recentes das normas indicadas. A Diretoria de Engenharia Naval mantém
registros das normas válidas atualmente.

2.1 RIPEAM - Regulamento Internacional para evitar Abalroamentos no Mar - 1972.

2.2 NWP 14 (rev c) - Replenishment at sea.

2.3 Engenalmarinst 30-03 - Aterramento de equipamentos e peças em navios de casco metálico e


não metálico.

2.4 ASTM B 584 - Standard Specification for Copper Alloy Sand Casting for General Applications
– 1979.

2.5 DGMM-3008 (1ª edição) - Normas para classificação dos navios da MB, exceto navio-
aeródromo, para as operações aéreas com aeronaves de asa rotativa – 1997.

3 DEFINIÇÕES E ABREVIATURAS

Para os efeitos do presente Procedimento, aplicam-se as seguintes definições:

3.1 LUZES DE NAVEGAÇÃO - Luzes externas previstas pelo Regulamento Internacional para
Evitar Abalroamentos no Mar, exibidas pelos navios do pôr ao nascer do sol, e entre o nascer e o
pôr do sol em casos de visibilidade restrita, para indicar sua presença, movimento e situação.

3.2 LUZES DE SINALIZAÇÃO - Luzes externas instaladas nos navios com o propósito de
comunicação visual, informação ou sinalização para outros navios ou estações.

3.3 LUZES DE CERIMONIAL - Luzes externas previstas pelo Cerimonial da Marinha Brasileira
que indicam a presença de autoridades a bordo.

OSTENSIVO 3 ORIGINAL
OSTENSIVO ENGENALMARINST N° 40-01 - Anexo

3.4 LUZES DE FESTA - Luzes externas utilizadas quando há solenidade a bordo.

3.5 LUZES DE ANTI-SABOTAGEM - Luzes externas utilizadas quando o navio se encontra


ancorado, para evitar ações de sabotagem.

3.6 LUZES DE CONVÉS DE VÔO - Luzes instaladas no convés de vôo a fim de possibilitar a
decolagem e o pouso noturno de helicópteros.

3.7 LUZES DE CONVÉS EXPOSTO - Luzes instaladas nos conveses expostos a fim de facilitar o
movimento e o trabalho à noite.

3.8 LUZES PARA REABASTECIMENTO NO MAR - Luzes externas utilizadas pelos navios
durante os serviços de reabastecimento no mar noturno, com a finalidade de sinalizar, facilitar o
movimento e o trabalho a noite.

3.9 MB - Marinha do Brasil.

3.10 DSAM - Diretoria de Sistemas de Armas da Marinha.

3.11 C O C - Centro de Operações de Combate.

3.12 A/S - Anti-Submarino.

4 REQUISITOS

4.1 LUZES EXTERNAS

4.1.1 Luzes de Navegação

As seguintes luzes devem ser instaladas nas quantidades e posições descritas pelo RIPEAM
conforme porte do navio e situação em que o mesmo pode se encontrar:

a) Luz de Mastro a Vante ou Navegação a Vante;


b) Luz de Mastro a Ré ou Navegação a Ré;
c) Luz de Bombordo;
d) Luz de Boreste;
e) Luz de Alcançado;
f) Luz de Fundeio a Vante;
g) Luz de Fundeio a Ré;
h) Luzes de Reboque;
i) Luz Auxiliar de Reboque;
j) Luzes de Restrição de Manobra ou Manobra Restrita;
k) Luzes de Avaria ou Navio sem Governo;
l) Luzes de Varredura de Minas;
m) Luzes de Bordo Obstruído/Bordo Livre;
n) Luzes de Restrição por Calado;
o) Luzes de Navio Encalhado.

OSTENSIVO 4 ORIGINAL
OSTENSIVO ENGENALMARINST N° 40-01 - Anexo

NOTAS
1 As demais informações acerca das luzes citadas acima, como alcance, arco de visibilidade,
cor, etc, encontram-se no RIPEAM.
2 As luzes de hidrografia, utilizadas em navios hidrográficos, são as mesmas previstas pelo
RIPEAM para restrição de manobra. (ver 4.1.1.j).
3 O Apêndice A apresenta a posição das luzes de navegação para embarcação de comprimento
igual ou superior a 20 m e igual ou superior a 50 m.

4.1.2 Luzes de Sinalização

O Apêndice B apresenta o posicionamento das luzes de sinalização descritas abaixo.

4.1.2.1 Aviação

Uma luminária vermelha deve ser instalada no topo de cada mastro que se eleve mais que 8 metros
acima do ponto mais alto da superestrutura. Quando for impossível localizar a luminária de modo
que a mesma seja visível em todo o horizonte, devem ser instaladas duas luminárias. Quando dois
mastros altos o suficiente para requererem estas luzes, estiverem localizados a menos de 15m de
distância um do outro, as luminárias devem ser instaladas somente no mastro mais alto. Quando
uma luminária vermelha, visível em todo o horizonte, inclusive na direção vertical quando vista de
cima, tiver sido instalada no topo do mastro para outro fim, é permitido utilizá-la como luz de
aviação.

Esta luminária deve apresentar controle de intensidade luminosa através de dimmer, localizado no
painel de luzes de navegação, sinalização e cerimonial, e deve possuir, ainda, um alcance mínimo
de 3 milhas.

4.1.2.2 Esteira

Uma luminária branca deve ser instalada na popa da embarcação, posicionada de modo a iluminar a
esteira do navio sem que nenhuma parte do mesmo seja iluminada.

4.1.2.3 Homem ao Mar

As luminárias a serem utilizadas na sinalização de homem ao mar são as mesmas previstas pelo
RIPEAM para sinalização de navio sem governo. Na sinalização de homem ao mar estas luminárias
devem emitir traços seguidos, ou, se possível, o número nove, automática ou manualmente, por
Alfabeto Morse.

4.1.2.4 Fainas de Explosivos ou Inflamáveis

A luminária a ser utilizada na sinalização de fainas de explosivos ou inflamáveis é a luminária


inferior das componentes das luzes de restrição de manobra previstas pelo RIPEAM, exibindo luz
fixa.

OSTENSIVO 5 ORIGINAL
OSTENSIVO ENGENALMARINST N° 40-01 - Anexo

4.1.2.5 Governo

A luz de governo consiste de um feixe luminoso muito estreito, com visibilidade na direção do
timoneiro, proveniente de uma lâmpada localizada dentro de uma caixa ou cilindro instalado no pau
do jeque.

4.1.2.6 Navio de Serviço

Duas luzes verdes, dispostas verticalmente devem ser instaladas no mastro, exibindo luz fixa,
visível em todo o horizonte.

4.1.2.7 Navio de Registro

Para sinalização de navio de registro deve ser utilizada a luminária superior das componentes das
luzes de navio de serviço.

4.1.2.8 Escote

Duas luzes brancas devem ser instaladas em cada lais da verga mais alta do mastro de vante e
controladas por meio de manipuladores. Cada luminária deve possuir, de preferência, mais de uma
lâmpada, a fim de assegurar as comunicações, caso alguma lâmpada se queime. Excepcionalmente,
permite-se usar apenas um foco de luz colocado em lugar bem visível. Dispondo o navio de mais de
um mastro, ou mais de uma verga, outro par de luzes de escote deve ser instalado como emergência.
A luminária deve possibilitar a visibilidade em todo o horizonte inclusive na vertical quando vista
de cima.

4.1.2.9 Nancy

Duas luzes devem ser instaladas em uma das vergas do mastro, sendo uma a boreste e outra a
bombordo, e devem emitir lampejos infravermelhos. A luminária deve possibilitar a visibilidade em
todo o horizonte, inclusive na vertical quando vista de cima. Para a instalação das luzes de Nancy
deve ser consultada a DSAM, que é o órgão da MB que regulamenta a sua utilização.

4.1.2.10 Marcha

Duas luzes, sendo uma verde (inferior) e uma vermelha (superior) devem ser instaladas em cada lais
de uma das vergas do mastro dos navios do porte de contratorpedeiros de escolta ou superior para
indicar a ação das máquinas. Esta indicação deve ser da seguinte maneira:
• Máquinas Paradas: luzes vermelhas, fixas.
• Máquinas Adiante 1/3 ou Devagar: Um (1) lampejo de 3 em 3 segundos, com as luzes
verdes.
• Máquinas Adiante 2/3 ou a Meia-Força: Grupo de 2 lampejos de 3 em 3 segundos, com as
luzes verdes. O intervalo entre lampejos deve ser de 1 segundo.
• Máquinas Adiante com a velocidade padrão ou toda força: luzes verdes, fixas.
• Velocidade de Evolução: grupo de 4 lampejos de 3 em 3 segundos, com as luzes verdes. O
intervalo entre lampejos deve ser de 1 segundo.

OSTENSIVO 6 ORIGINAL
OSTENSIVO ENGENALMARINST N° 40-01 - Anexo

• Velocidade de manobra: grupo de 5 lampejos de 3 em 3 segundos, com as luzes verdes. O


intervalo entre lampejos deve ser de 1 segundo.
• Máquinas atrás 1/3 ou devagar: um (1) lampejo de 3 em 3 segundos, com as luzes vermelhas.
• Máquinas atrás 2/3 ou a meia força ou a toda força: grupo de 2 lampejos, de 3 em 3
segundos, com as luzes vermelhas. O intervalo entre lampejos deve ser de 1 segundo.
Cada lampejo deve ter duração de ½ segundo.

4.1.2.11 Holofotes de Busca e Sinalização

Os holofotes devem ser instalados a bombordo e a boreste de cada estação de sinais, em locais
prontamente acessíveis e de onde se obtenha um arco máximo de visibilidade tanto em elevação
quanto em azimute.

O número de holofotes instalados deve assegurar a cobertura de 360o de azimute e deve ser no
mínimo dois, com elevação desde 25o abaixo da horizontal a 105o acima da horizontal.
O holofote a ser instalado deve possuir características de potência, alcance, divergência focal e
tensão nominal, de acordo com a tabela 1 abaixo:

TABELA 1
Tensão Divergência focal Potência Alcance
V W m
24 1.5°< d < 3° 150 < P < 1000 1100 < A < 1400
115 3.5° 500 < P < 1000 700 < A < 1050

4.1.2.12 Luz de guerra anti-submarino

Os navios equipados para participarem de guerra A/S devem exibir uma luz de feixe rotativo
instalada no mastro, em local em que possa ser vista em todo o horizonte. A luminária deve possuir
difusores de três cores diferentes: âmbar, verde e vermelho. A cor a ser utilizada pode ser definida
pela força operativa. A potência da lâmpada a ser utilizada deve ser, no mínimo, de 60 Watts.
A alimentação de energia para esta luz deve ser controlada do passadiço e remotamente do COC,
próximo ao console de guerra A/S.

4.1.3 Luzes de Cerimonial

Devem ser instaladas no mastro cinco luzes brancas, visíveis em todo o horizonte, sendo três luzes
convenientemente espaçadas e dispostas num mesmo alinhamento vertical, e duas no lais da verga,
uma em cada bordo.
Estas luzes devem ser acesas conforme agrupamento abaixo, quando as seguintes autoridades
estiverem a bordo:
• Presidente da República: As três luzes do Mastro.
• Comandante da Marinha: Luzes superior e central do mastro e luz da verga à boreste.
• Chefe do Estado-Maior da Armada: Luzes superior e central do mastro e luz da verga à
bombordo.
• Comandante em Chefe: Luzes superior e central do mastro
• Comandante de Força: Luz superior do mastro.

OSTENSIVO 7 ORIGINAL
OSTENSIVO ENGENALMARINST N° 40-01 - Anexo

NOTA - O apêndice B apresenta a posição das luzes de Cerimonial do navio.

4.1.4 Luzes de Festa

A iluminação de festa deve ser feita através de lâmpadas de 15 W instaladas em extensões,


removíveis, de cabos flexíveis e distribuídas de proa a popa do navio. Estas lâmpadas devem ser
separadas uma das outras de aproximadamente 50 cm.
NOTA - O apêndice C apresenta a distribuição das luzes de festa no navio.

4.1.5 Luzes de Anti-Sabotagem

A iluminação para anti-sabotagem deve ser feita através de projetores instalados na extremidade de
lanças removíveis com aproximadamente 3 m de comprimento, em ambos os bordos, e direcionados
para a linha d’água. Estes projetores devem ser separados entre si de cerca de 15 m.

NOTA - O apêndice C apresenta a distribuição das luzes de anti-sabotagem no navio.

4.1.6 Luzes do Convés de Vôo

A iluminação da área de pouso deve ser feita por reflexão no piso do convés de vôo, por meio de
projetores. A iluminação deve ser restrita a área de pouso e o nível de iluminamento no piso do
convés de vôo deve ter intensidade na faixa de 5 (cinco) a 7 (sete) lux. No centro do círculo de
toque, a intensidade deve se aproximar de 9 (nove) lux. As luzes devem ser instaladas e
posicionadas conforme o apêndice D.

4.1.6.1 “Stop/Go”

Duas luzes “Stop/Go” (PATT. 0581/923-5037) devem ser instaladas na antepara do hangar. Uma
das luzes deve estar voltada para o piloto e a outra para o oficial de controle de vôo.

4.1.6.2 Indicador da Trajetória de Aproximação

Um indicador da trajetória de aproximação (GPI-ZA-710/5 MK II - NSN 6210-99-537-4497) deve


ser instalado na linha de centro acima da porta do hangar, podendo ser estabilizado por ação
giroscópica ou efeito pendular, sendo compulsória a estabilização do Indicador de Rampa de
Aproximação por ação giroscópica para navios incorporados a partir de 05 de fevereiro de 2000, de
acordo com a norma da referência 2.5.

4.1.6.3 Referência do Horizonte

Luzes de Referência do Horizonte (NSN-6240-99-996 - 4691) devem ser fixadas rigidamente à


estrutura do navio acima da antepara do hangar, horizontalmente em relação ao plano do convés de
vôo, com espaçamento entre luminárias de aproximadamente 1 m.
A iluminação para referência do horizonte pode ser feita também por meio de barra estabilizada, de
comprimento mínimo de 3m, sendo compulsória a barra de giro estabilizada para navios
incorporados a partir de 05 de fevereiro de 2000 de acordo com a norma da referência 2.5.

OSTENSIVO 8 ORIGINAL
OSTENSIVO ENGENALMARINST N° 40-01 - Anexo

4.1.6.4 Projetores

Os projetores para iluminação do convôo devem ser instalados em ambos os bordos, na antepara do
hangar. Conforme a área a ser iluminada podem ser instalados os seguintes projetores:
• Projetor de 7,5o NSN 6210-99-522-8923
• Projetor de 20o NSN 6210-99-525-7425
• Projetor de 35o NSN G-6210-99-521-8855

Podem ser instalados projetores de superfície no convôo ("deck surface floodlights"), de luz branca
ou amarela, e providos de direcionadores, de modo que o seu foco de luz seja direcionado,
exclusivamente, para a Área de Pouso e Decolagem. Estes projetores são geralmente usados em
combinação com projetores de antepara em navios onde se emprega aproximação direta para pouso,
e não apenas aproximação lateral.

4.1.7 Luzes do Convés Exposto

4.1.7.1 Um número limitado de luminárias deve ser instalado nos conveses expostos. Este número
deve ser o mínimo necessário para permitir a passagem com segurança do pessoal de bordo nos
locais , tais como: escadas de uso frequente, passagens principais sujeitas a tráfego intenso,
obstruções tais como passagens baixas ou estreitas ou mudanças abruptas do nível do convés e para
prover iluminação para o equipamento do convés exposto, a fim de facilitar o movimento e o
trabalho à noite.

4.1.7.2 As passagens com curvas ou cantos acentuados devem ter uma luminária localizada de
modo a permitir visibilidade de ambos os lados da curva.

4.1.7.3 Se as passagens a serem iluminadas forem longas, retas e livres de obstruções, as luminárias
podem ser espaçadas de aproximadamente 15 metros.

4.1.7.4 As luminárias devem ser posicionadas de tal modo que não ocorra interferência com as
luzes de navegação do navio. Quando se fizer necessário elas devem ser providas com anteparos.

4.1.7.5 As luminárias montadas em anteparas devem estar entre 1,5 m e 1,8 m acima do piso.

4.1.8 Luzes para Reabastecimento no Mar

4.1.8.1 Luzes de Contorno do Casco do navio

Duas luzes azuis (de 25 watts de potência) devem ser exibidas pelo navio de controle durante a
aproximação do navio recebedor e no período em que este estiver a contrabordo. Nos serviços de
reabastecimento no mar. Estas luzes devem ser instaladas a vante e a ré na extremidade da borda
falsa, de modo a iluminar o contorno do casco. Uma terceira luminária deve ser utilizada se o navio
possuir comprimento superior a 183 metros, esta luz deve ser localizada entre as duas mencionadas
acima. As luminárias devem ser confeccionadas de modo a fornecer arcos de visibilidade conforme
exposto no apêndice E, ver figura E.5 e E.6.
Nota - O apêndice E apresenta o posicionamento e detalhes das luzes para reabastecimento no
mar.

OSTENSIVO 9 ORIGINAL
OSTENSIVO ENGENALMARINST N° 40-01 - Anexo

4.1.8.2 Luzes para as áreas de trabalho

As áreas de trabalho (estações de recebimento) devem ser iluminadas por luzes amarelas (refletores)
de nível de iluminamento mínimo de 5 luxes. Essas luminárias devem ser instaladas de tal forma
que as luzes não incidam nas vistas do pessoal no passadiço ou na parte externa do navio.
Cada refletor deve possuir, no mínimo, 150 W de potência e controle de intensidade luminosa
através de dimmer.

4.1.8.3 Caixa de sinalização

Os navios envolvidos nos serviços de reabastecimento devem exibir nas estações de transferência
uma caixa de sinalização similar à apresentada no apêndice E - fig. E.3. e que indique o material
que está sendo transferido.

4.1.8.4 Outras luminárias portáteis

Outras luminárias auxiliares utilizadas nos serviços de reabastecimento noturno (luzes de obstrução,
luzes para acessórios, luzes para o pessoal operativo, luzes da linha de distância, lanternas ou
bastões luminosos para sinalização e lanternas para o pessoal operativo) devem obedecer os
requisitos constantes da NWP 14.

4.2 LUMINÁRIAS

4.2.1 REQUISITOS GERAIS

Todas as lâmpadas de potência igual ou superior a 40 watts devem possuir filamento reforçado
(RS);
A base das lâmpadas das luminárias de navegação, sinalização e cerimonial deve ser do tipo B-22;
O aterramento de todas as luminárias deve ser conforme Engenalmarinst 30-03.

4.2.2 NAVEGAÇÃO, SINALIZAÇÃO E CERIMONIAL

As luminárias devem possuir as seguintes características:


• Material: Latão Naval (liga C85.700, padrão ASTM B 584/79) e acabamento à base de
esmalte epóxi
• Grau de Proteção: IP-56
• Difusor: Lentes Fresnel
• Potência: 60 watts no mínimo; para a luz de governo, luz de esteira e luz de contorno 25
watts

NOTA - As luminárias de mastro à vante e à re, bombordo, boreste e alcançado devem


possuir duas lâmpadas.

4.2.3 HOLOFOTE DE SINALIZAÇÃO

O holofote de sinalização deve possuir as seguintes características:

OSTENSIVO 10 ORIGINAL
OSTENSIVO ENGENALMARINST N° 40-01 - Anexo

• Material: Latão Naval (liga C85.700 padrão ASTM B584/79) com acabamento à base de
esmalte epóxi
• Diâmetro: 12”
• Grau de proteção: IP-56

Cada holofote deve apresentar visor com alça de mira, dispositivo adaptável para colocação de
filtros coloridos e venezianas para sinalização.

4.2.4 ANTI-SABOTAGEM

Os projetores devem possuir as seguintes características:


• Material: Fibra de vidro
• Potência 100 watts

4.2.5 CONVÉS DE VÔO

4.2.5.1 Projetores

Os projetores devem possuir as seguintes características:


• Potência: 150 watts
• Grau de proteção: IP-67
• Tipos:
• Projetor de 7,5°

- (NSN 6210-99-522-8923)
• Projetor de 20°
- (NSN 6210-99-525-7425)
• Projetor de 35°
(FSN G-6210-99-521-8855)

4.2.5.2 Indicador da Trajetória de Aproximação

• Potência: 150 watts


• Grau de proteção: IP-67
• Tipo: NSN 6210-99-537-4497

4.2.5.3 Referência do Horizonte

• Potência: 100 watts


• Tipo:NSN 6210-99-923-5037

4.2.5.4 Stop/Go

• Potência: 2 lâmpadas de 40 watts


• Grau de proteção: IP-56
• Tipo: NSN 6210-99-923-5037

OSTENSIVO 11 ORIGINAL
OSTENSIVO ENGENALMARINST N° 40-01 - Anexo

4.2.6 Convés Exposto

As luminárias devem possuir as seguintes características:


• Material: Latão Naval (Liga C85.700 padrão ASTM B584/79) com acabamento à
base de esmalte epóxi
• Grau de proteção: IP-56
• Difusor orientado para o piso
• Potência: 60 watts

OSTENSIVO 12 ORIGINAL
OSTENSIVO ENGENALMARINST N° 40-01 - Apêndice A

APÊNDICE A (normativo)

LUZES DE NAVEGAÇÃO

Figura A.1 - Embarcação de comprimento igual ou superior a 20 metros.

NOTAS
1 Embarcação de comprimento inferior a 50 m não é obrigada a exibir a luz de navegação a ré.
2 Para embarcação de comprimento igual ou superior a 12 m, mas inferior a 20 m, a luz de
navegação a vante, deve ser posicionada a uma altura não inferior a 2,5 m acima da amurada.
3 Uma embarcação de comprimento inferior a 12 m pode ter sua luz mais alta posicionada a
uma altura inferior a 2,5 m acima da amurada. Entretanto, quando além das luzes de bordos e
a luz de alcançado tiver uma luz de navegação, esta deve ser posicionada a uma altura pelo
menos 1 m superior às luzes de bordos.
4 As luzes de bordos de uma embarcação de comprimento inferior a 20 m podem ser
combinadas em uma única lanterna e esta deve ser posicionada a pelo menos 1 m abaixo da
luz de navegação avante, e instalada sobre a linha de meio navio da embarcação.
5 Uma embarcação de comprimento inferior a 7 m e velocidade máxima até 7 nós pode em
lugar das luzes apresentadas no desenho exibir uma luz circular branca; caso seja possível,
exibir também as luzes de bordos.

OSTENSIVO 13 ORIGINAL
OSTENSIVO ENGENALMARINST N° 40-01 - Apêndice A

Figura A.2 - Embarcação de comprimento igual ou superior a 20 metros.

NOTAS
1 Nos navios de mais de um mastro, a sinalização para navio rebocando deve ser feita através
da luz de navegação a vante e de duas luzes de reboque instaladas no mastro de vante. Nos
navios com apenas um mastro, a sinalização para navio rebocando deve ser feita utilizando-se
a luz de navegação a ré e duas luzes de reboque instaladas neste mastro. A luz de navegação a
vante pode ser situada em qualquer parte da superestrutura por ante avante da luz de
navegação a ré e em plano mais baixo.
2 Em embarcação de comprimento inferior a 20 m o espaçamento entre as luzes posicionadas
em linha vertical não deve ser inferior a 1 metro e, exceto quando for necessária uma luz de
reboque, a altura acima do casco da luz inferior não deve ser menor que 2 metros.
3 Em embarcação de comprimento igual ou superior a 20 m, o espaçamento entre as luzes
posicionadas em linha vertical não deve ser inferior a 2 m e, exceto quando for necessária uma
luz de reboque, a altura acima do casco da luz inferior não deve ser menor que 4 metros.
4 A luz auxiliar de reboque deve ser posicionada em uma linha vertical, pelo menos 2 m acima
da luz de alcançado, apresentando o mesmo arco de visibilidade desta, conforme descrito no
RIPEAM.

OSTENSIVO 14 ORIGINAL
OSTENSIVO ENGENALMARINST N° 40-01 - Apêndice A

Figura A.3 - Embarcação de comprimento igual ou superior a 20 metros

NOTAS
1 As embarcações de comprimento inferior a 7 m, não são obrigadas a exibir as luzes de restrição
de manobra, varredura de minas e bordos livre e obstruído.
2 As luzes de restrição de manobra podem ser instaladas no mastro de vante ou no mastro de ré,
onde melhor possam ser vistas.
3 Quando luzes circulares forem obscurecidas em setores angulares superiores a 6º, devem ser
instaladas outras luzes circulares do lado oposto para que seja obtido o arco de visibilidade de
360º.
4 Em nenhum caso a mais alta da luzes de bordos livre e/ou obstruído deve ser posicionada a uma
altura maior que a mais baixa das luzes de restrição de manobra.
5 Uma embarcação engajada em operações de varredura de minas não deve exibir as luzes de
restrição de manobra.
6 As luzes de restrição por calado são três luzes vermelhas, visíveis em todo o horizonte, dispostas
em linha vertical.

OSTENSIVO 15 ORIGINAL
OSTENSIVO ENGENALMARINST N° 40-01 - Apêndice A

Figura A.4 - Embarcação de comprimento igual ou superior a 50 metros

NOTAS
1 Uma embarcação de comprimento inferior a 50 m, pode exibir somente uma luz de fundeio.
2 Uma embarcação de comprimento inferior a 50 m, pode exibir somente uma luz de navio
encalhado.
3 Em uma embarcação de comprimento inferior a 7 m, permite-se que não exiba as luzes de
fundeio e as luzes de navio encalhado.
4 Quando as luzes circulares forem obscurecidas em setores angulares superiores a 6º, devem
ser instaladas outras luzes circulares do lado oposto para que seja obtido o arco de visibilidade
de 360º.

OSTENSIVO 16 ORIGINAL
OSTENSIVO ENGENALMARINST N° 40-01 - Apêndice B

APÊNDICE B (normativo)

LUZES DE SINALIZAÇÃO E CERIMONIAL

Figura B.1 - Disposição das luzes de sinalização e cerimonial

NOTAS
1 Deve haver uma luz de aviação no topo de cada mastro que se eleve a mais de 8 m acima do
ponto mais alto da superestrutura. Quando houver mastros suficientemente altos para levarem
essas luzes, porém separados por menos de 15 m, permite-se que somente o mais alto a
possua.
2 A luz de esteira deve ser instalada abaixo da luz de alcançado.
3 Os espaçamentos entre luzes posicionadas em linha vertical devem ser iguais.

OSTENSIVO 17 ORIGINAL
OSTENSIVO ENGENALMARINST N° 40-01 - Apêndice C

APÊNDICE C (normativo)

LUZES DE FESTA E ANTI-SABOTAGEM

Figura C.1 - Disposição das luzes de festa e anti-sabotagem

NOTAS
1 As luzes de festa devem ser separadas de aproximadamente 50 cm.
2 As luzes de anti-sabotagem devem ser separadas de aproximadamente 15 metros.
3 As luzes de anti-sabotagem devem ser instaladas a bombordo e a boreste do navio
simetricamente.

OSTENSIVO 18 ORIGINAL
OSTENSIVO ENGENALMARINST N° 40-01 - Apêndice D

APÊNDICE D (normativo)

LUZES DO CONVÉS DE VÔO

Figura D.1 - Disposição das luzes do convés de vôo

Nota - O número de projetores para iluminar o convôo depende da área do mesmo.

OSTENSIVO 19 ORIGINAL
OSTENSIVO ENGENALMARINST N° 40-01 - Apêndice E

APÊNDICE E (normativo)

LUZES PARA REABASTECIMENTO NO MAR

Figura E.1 - Disposição das luzes para reabastecimento no mar

OSTENSIVO 20 ORIGINAL
OSTENSIVO ENGENALMARINST N° 40-01 - Apêndice E

Figura E.2 - Disposição das luzes para reabastecimento no mar

OSTENSIVO 21 ORIGINAL
OSTENSIVO ENGENALMARINST N° 40-01 - Apêndice E

Figura E.3 - Detalhes construtivos da caixa de sinalização.

OSTENSIVO 22 ORIGINAL
OSTENSIVO ENGENALMARINST N° 40-01 - Apêndice E

Figura E.4 - Luzes de contorno (Vista Isométrica)

Navio de comprimento superior a 183 metros, posicionamento das luzes de contorno.

Figura E.5 - Luzes de contorno (Vista Superior)

Navio de comprimento inferior a 183 metros, posicionamento e arcos de visibilidade permitidos.

Figura E.6 - Luzes de contorno (Vista Frontal)

Arcos de visibilidade permitidos para as luzes de contorno

OSTENSIVO 23 ORIGINAL
OSTENSIVO ENGENALMARINST N° 40-01 - Apêndice F

APÊNDICE F (informativo)

BIBLIOGRAFIA

F.1 AEROMARINST Nº 207701-A - Balizamento dos conveses de vôo dos navios da MB que
operam com helicópteros, exceto NAel - janeiro/1982;

F.2 CERIMONIAL DA MARINHA BRASILEIRA - 06/agosto/1982;

F.3 NAVSEA 0902-001-5000 - General Specification for Ships of the U.S. NAVY -
01/janeiro/1977;

F.4 BV 35-E-ANLAGEN - Beleuchhtungen, Positions Lanternen und Signallichter -


setembro/1981;

F.5 ELECTRICAL SPECIFICATION (MK 10-Frigates) Nº 2211E e 2210E -


04/novembro/1977.

OSTENSIVO 24 ORIGINAL

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