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Brazilian Journal of Development 71830

ISSN: 2525-8761

Sistemas de segurança contra incêndio em edificações de baixo risco e


edificações com ocupação educacional

Fire safety systems in low-risk buildings or buildings with educational


occupation
DOI:10.34117/bjdv8n11-073

Recebimento dos originais:06/10/2022


Aceitação para publicação: 08/11/2022

Mayara Cristina Moreira Machado


Graduanda em Engenharia Civil
Instituição: Universidade Nilton Lins
Endereço: Avenida Prof. Nilton Lins, 3259, Flores, Manaus – AM, CEP: 69058-030
E-mail: may.moreiramachado@gmail.com

Erika Cristina Nogueira Marques Pinheiro


Graduada em Engenharia Civil e Engenharia de Segurança do Trabalho
Instituição: Universidade Nilton Lins
Endereço: Avenida Prof. Nilton Lins, 3259, Flores, Manaus – AM, CEP: 69058-030
E-mail: erikamarquespinheiro@gmail.com

RESUMO
Abordar sobre sistema de segurança contra incêndio é ainda hoje, apesar das diversas
evoluções tecnológicas e constantes fiscalizações por parte das autoridades competentes,
foco de preocupação cada vez mais relevante. O presente estudo tem por principal
objetivo analisar o sistema de segurança contra incêndio em edificações de baixo risco e
edificações com ocupação educacional, o qual será atingido a partir da revisão da
literatura e legislação sobre o tema, bem como a partir da realização de estudo de caso. O
estudo de caso foi realizado em uma edificação com ocupação educacional, classificada
de baixo risco, onde a partir da elaboração de projeto contra incêndio foram sugeridas a
inserção de extintores, iluminação e sinalização de emergência, corrimão e etc., tendo em
vista que durante a vistoria da referida edificação foram identificadas diversas
irregularidades com base nas normas regulamentadoras.

Palavras-chave: sistema de segurança contra incêndio, edificação de baixo risco,


edificação com ocupação educacional.

ABSTRACT
Addressing the fire safety system is still today, despite the various technological
developments and constant inspections by the competent authorities, a focus of
increasingly relevant concern. The main objective of this study is to analyze the fire safety
system in low-risk buildings and buildings with educational occupation, which will be
achieved from the review of the literature and legislation on the subject, as well as from
the case study. The case study was carried out in a building with educational occupation,
classified as low risk, where from the elaboration of a fire project, the insertion of fire
extinguishers, lighting and emergency signaling, handrails and etc., was suggested,
considering that during the survey of said building, several irregularities were identified
based on regulatory standards.

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Keywords: fire safety system, low-risk building, building with educational occupation

1 INTRODUÇÃO
Abordar sobre sistema de segurança contra incêndio é ainda hoje, apesar das
diversas evoluções tecnológicas e constantes fiscalizações por parte das autoridades
competentes, foco de preocupação cada vez mais relevante. Afinal, em um contexto
histórico estrutural é possível evidenciar rastros de grandes incêndios desde décadas atrás
até o presente momento, sejam essas ocorrências em pequenas, médias ou grandes
edificações.
No que concerne as legislações que fundamentam as fiscalizações em âmbito
brasileiro, o autor seito (2009) corrobora que as legislações e as regulamentações para a
verificação dos requisitos de segurança contra incêndio em edificações são analisadas nos
âmbitos federal, estadual e municipal. A legislação federal, por meio da Portaria MTB nº
3.214 (BRASIL, 1978), consolidou-se as leis trabalhistas relativas à segurança do
trabalho, cabendo ao extinto Ministério do Trabalho e Emprego, hoje incorporado ao
Ministério da Economia, criar Normas Regulamentadoras (NR) que estabeleçam que o
local de trabalho seja seguro ao trabalhador. Devendo também seguir regulamentos
estaduais e códigos municipais relacionados ao tema.
O presente estudo tem por Objetivo Geral analisar o sistema de segurança contra
incêndio em edificações de baixo risco e edificações com ocupação educacional. E, traçou
como Objetivos Específicos: Conceituar e classificar os tipos de edificações; apresentar
as legislações em âmbito federal, estadual e municipal sobre o tema; E, realizar uma
revisão bibliográfica sobre a eficácia dos sistemas de segurança contra incêndio e sua
modernização.
A importância quanto a abordagem do presente tema consiste no fato de que os
indivíduos que habitam ou passam algumas horas de seus dias em edificações de baixo
risco e com ocupação educacional são em grande parte pessoas vulneráveis a situações
de emergência, evidenciando portanto a necessidade de analisar os sistemas de prevenção
e combate a incêndios indicados como obrigatórios e avaliados com base na legislação
que o regem.

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2 METODOLOGIA
Foi realizada pesquisa bibliográfica em textos de diversos autores dedicados ao
estudo do tema abordado no presente artigo. As bases de dados utilizados foram:
Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações e outros. A escolha da metodologia
para o desenvolvimento desse trabalho foi através do estudo de caso de uma edificação
com ocupação educacional, por entender ser a mais adequada para atingir os objetivos
propostos.

Classificação da Pesquisa Estudo de Caso

Coleta de Dados e
Exploratória Desenvolvimento do
Estudo

Qualitativa Análise dos Resultados

3 SISTEMAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO EM EDIFICAÇÕES DE


BAIXO RISCO OU EDIFICAÇÕES COM OCUPAÇÃO EDUCACIONAL
Durante longos anos a ocorrência de incêndios não ganhou a importância que de
fato possuía em âmbito nacional, passando a tornar-se relevante somente após a
ocorrência de grandes desastres, como por exemplo o incêndio do edifício Andraus e o
famoso incêndio do edifício Joelma, ambos ocorridos na década de 70 e que se tornaram
destaque na mídia nacional.
A partir da ocorrência dos trágicos acidentes acima mencionados passaram a
serem criadas as normas sobre o tema, como por exemplo o Código de Segurança Contra
Incêndio e Pânico do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar. Posteriormente, em 30 de
março de 2017 foi sancionada a Lei nº 13.425/17 que versa sobre as medidas de prevenção

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e combate a incêndio e a desastres em estabelecimentos, edificações e áreas de reuniões


de público. Salienta-se que a referida lei altera as leis nº 8.078/90 e 10.406/02 do CC.
Conforme leciona Carrato (2018) as constantes mudanças, a grande variedade de
edificações e suas utilizações relacionadas nas leis existentes, tornam a execução de um
projeto de prevenção e combate a incêndio extenso e complexo. Também, com as atuais
ocorrências de sinistros, a fiscalização das construções civis tem aumentado, sendo
atualmente obrigatória a execução do projeto por arquitetos e engenheiros e passar pela
validação dos agentes responsáveis do Corpo de Bombeiros local.
Com o transcorrer do tempo os dias passam cada vez mais rápido e com isso a
necessidade de meios que agilizem tarefas se faz cada vez mais relevantes. Deste modo,
é evidente que qualquer meio que facilite e acelere o processo de concepção de um projeto
de prevenção e combate a incêndio é valioso, afinal além do contexto de redução do
tempo tem-se automaticamente a redução de custos, demonstrando assim que a opção de
um guia para a execução do projeto seria uma saída vantajosa para a efetivação do mesmo.
Dentro do contexto acima corroborado, a orientação para elaboração de um
projeto surge com intuito de guiar o usuário para que sejam cumpridos todos os passos
necessários para a obtenção do resultado esperado de forma célere e com menor
possibilidade de erros, tornando o processo mais eficiente, acelerando a burocracia
necessária e, assim, o início da construção como também o funcionamento posterior.
Em conformidade com o CSCIP/2017, edificações com destinação escolar devem
passar por todo esse processo, pois se trata de uma edificação não residencial, de larga
escala, geralmente maior que 200 m², onde abrigará uma quantidade significativa de
pessoas de faixa etária variada, inclusive crianças, durante um longo período. Além de
que esses locais possuem materiais inflamáveis, ou seja, que conduzem e propagam com
facilidade as chamas e, então, devem ter a devida atenção para que sejam dispostos da
forma mais segura possível. Essa classe de edificação também possui subcategorias que
diferem entre si a forma como devem ser dispostas as medidas de prevenção e combate a
incêndio.

3.1 ELEMENTOS CONSTRUTIVOS CONVENCIONAIS


Para que ocorra o melhor dimensionamento e construção de determinada
edificação, é importante que cada componente a ser utilizado seja devidamente analisado
e estudado detalhadamente no que concerne à qualidade, efeito e recomendações de uso.

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Saber como os principais materiais construtivos de uma edificação convencional agem


quando submetidas ao incêndio deve ser levado em conta, principalmente em locais que
irão abrigar grande quantidade de pessoas (e em caso de edificações educacionais
especialmente quando com público infantil – de seres frágeis e sem maior potencial de
reação em caso de incêndios).
Ao considerar as edificações mais comuns em âmbito brasileiro sabe-se que suas
estruturas são realizadas a base de concreto armado o qual é regido pela NBR-6118:2014.
Complementa-se que conforme salienta Bastos (2006) este tipo de concreto originou-se
da necessidade de incorporar a durabilidade da pedra com a resistência do aço, com os
benefícios do material composto poder assumir qualquer forma, com rapidez e facilidade,
e com o aço envolvido e protegido pelo concreto para evitar a sua corrosão.
Dentre as principais vantagens do concreto armado está o fato de ele ser
econômico, já que conta com matéria-prima com custo não muito alto, e da relativa
rapidez na construção. Como é um material que necessita de equipamentos simples para
preparo, transporte, adensamento e vibração, não exige mão de obra muito especializada.
É uma estrutura durável, impermeável se dosada de forma correta e que resiste ao fogo,
às influências atmosféricas, ao desgaste mecânico, ao choque e vibrações.
A resistência dos materiais e seu módulo de elasticidade são reduzidos ou até
perdidos completamente quando submetidos ao calor intenso, podendo chegar ao colapso
parcial ou total da edificação (PIGNATTA, 2012). As normas NBR 14432/2001 e a NBR
15200/2004 mostram os parâmetros para a resistência do material ao fogo e como
dimensionar nesta situação, respectivamente.
Como o concreto perde suas resistências físicas e mecânicas, na decorrência de
temperaturas elevadas, porém o concreto já endurecido é tido como um material
incombustível e de baixa condutividade térmica. De acordo com o autor Pignatta (2012),
a questão dos limites a ser estabelecido para estrutura de concreto depende da execução
da obra e do local do incêndio, se é interno ou externo à edificação, além de alguns fatores
que variam o processo, como a intensidade do fogo.
No que concerne aos elementos estruturais de cobertura é importante destacar que
conforme a NBR 14432/2001 caso ocorra de o colapso da estrutura da cobertura não
comprometer a estabilidade estrutural principal, não será exigido que no projeto conste
os requisitos de resistência ao fogo, ficando a respectiva decisão a cargo do responsável

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técnico. Deste modo, o referido critério não se aplica quando a cobertura tem função de
piso e de rota de fuga.
Considerando que o tema central do presente estudo está relacionado a edificação
escolar é importante destacar que para que elabore-se um adequado e eficaz plano de
prevenção e combate ao incêndio devem-se considerar os aspectos físicos construtivos
bem como a predominância daqueles que irão ocupa-lo, assim como o tempo de
permanência no local e os materiais que serão armazenados e dispostos quando a
edificação estiver em funcionamento.
Ao realizar uma revisão da literatura sobre a ocorrência de incêndios em
edificações educacionais constatou-se que quando o projeto e a execução da edificação
são realizados obedecendo as exigências legais, a principal razão para a ocorrência de
incêndio é a forma como os usuários lidam com suas instalações.
Ademais, constatou-se que além do quantitativo de usuários daquele local, outros
fatores que podem contribuir para que se eleve ou reduza a carga de incêndio são os
móveis e materiais existentes no local, situação que exige maior cuidado com possíveis
ignições de incêndio, que podem ser causados por acidente ou de forma criminosa.
Os setores mais comuns que dividem uma escola são as áreas comuns de
circulação, as salas de aula e áreas de serviço administrativo e pedagógico, sendo que em
cada uma possui seus principais riscos de incêndio (CTP, 2013), sendo as causas de
incêndio mais comuns em ambientes didáticos e nas áreas de serviço devido ao mal uso
de equipamentos elétricos e eletrônicos, tanto na manutenção quanto em atividades.

4 ESTUDO DE CASO
4.1 LEVANTAMENTO
O presente estudo de caso consiste na elaboração de um projeto de prevenção e
combate a incêndio na qual o cliente proprietário da mesma possuía interesse na
certificação da edificação junto ao Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Amazonas
para que deste modo pudesse fazer as adequações necessárias e instalações dos
equipamentos de prevenção e segurança contra incêndio.
Durante a ocorrência da vistoria para coleta de dados identificou-se que a
edificação não possuía extintores de incêndio e luminárias de emergência, bem como
todas as rampas com inclinação incorretas, sem corrimãos e guarda-corpo, verificou-se
também as portas existentes no local não estavam adequadas com as normas vigentes.

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Figura 01 – Localização da Escola

4.2 LÓCUS DA PESQUISA


A edificação com ocupação educacional a ser analisada possui 321,32m² de área
construída, e está localizada no Conjunto Galileia, no bairro Nova Cidade na cidade de
Manaus/AM.

4.3 CLASSIFICAÇÃO DA EDIFICAÇÃO


A edificação analisada no presente estudo de caso possui 321,32m² de área
construída e a seguir será classificada quanto a sua ocupação, altura e risco em
conformidade com os seguintes regulamentos, decretos e instruções técnicas:

• DECRETO Nº.
24.054 DE 1º DE MARÇO DE 2.004
• IT SP- INSTRUÇÃO
TÉCNICA DO CORPO DE BOMBEIROS DE SP:
❖ IT SP- 11/2019-
SAÍDA DE EMERGÊNCIA;
❖ IT SP- 14/2019-
CARGA DE INCÊNDIO NAS EDIFICAÇÕES E ÁREAS DE RISCO;
❖ IT SP- 18/2019-
ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA;
❖ IT SP- 20/2019-
SINALIZAÇÃO DE EMERGÊNCIA;
❖ IT SP- 21/2019-
EXTINTORES DE INCÊNDIO.

No que concerne a classificação do objeto deste estudo de caso quanto a seu;


grupo, ocupação/uso, divisão e descrição, fica caracterizado a partir da tabela abaixo,

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definida como tabela 1 do decreto estadual de nº 24.054/04 que trata-se de uma edificação
do grupo E, com ocupação/uso educacional, divisão E-5 delimitada em descrição como
pré-escola. Vejamos:

OCUPAÇÃO: EDUCACIONAL/ GRUPO: E/ DIVISÃO: E-5 (PRÉ-ESCOLA)


(Definido Pela Tabela 1 Do Decreto Estadual 24.054/04)

A edificação analisada possui apenas um pavimento, e está denominada como


edificação térrea, pois possui 3,53m de altura, e com base na tabela 2 do decreto estadual
de nº 24.054/04 deverá ser classificada quanto à sua altura como Tipo I. Vejamos a tabela
a seguir:

Conforme poderá ser visto a seguir, a carga de incêndio da edificação analisada


na divisão E-5 está definida com 300MJ/M² sendo sua definição fundamentada pelo
ANEXO A da IT SP-14/2019. Vide tabela abaixo:

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Conforme disposto no art. 7º do decreto estadual de nº 24.054/04 e com base na


carga de incêndio correspondente a edificação ora analisada, esta deverá ser considerada
classe I- baixo risco para fins de dimensionamento dos meios de combate a incêndios.

No que diz respeito às exigências de medidas de segurança contra incêndio para


edificações com áreas construídas até 750m² e altura não superior a 12,00m, adotou-se a
tabela 3 do decreto estadual de nº 24.054/04 que exige as seguintes:

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4.4 COLETA DE DADOS


Após realizada a análise do local e realizada a classificação da edificação, tornou-
se possível identificar as adequações e melhorias necessárias a serem inseridas no projeto
para receber a aprovação do projeto pela comissão de análise técnica do Corpo de
Bombeiros Militar do Estado do Amazonas. No que concerne a esta fase de pré-
elaboração do projeto, e com base nas exigências de medidas de segurança contra
incêndio tabela 3 do decreto estadual de nº 24.054/04, a edificação encontrava-se
conforme as figuras a seguir:

4.5 SAÍDAS DE EMERGÊNCIA


4.5.1 Porta de acesso único e principal dos alunos, abrindo contra o sentido do fluxo
de saída de emergência
Conforme figura 02 podemos observar que a porta principal da edificação
analisada, a qual contava com uma única porta de acesso (entrada e saída) de alunos e
funcionário. Identificou-se que esta abria em sentido contrário ao fluxo de saída de
emergência e com isso estava em desconformidade com a norma regulamentadora.

CONFORME INSTRUÇÃO TÉCNICA 11/2019 - SAÍDA DE


EMERGÊNCIA: ITEM: 5.5.4.1 As portas das rotas de saídas e aquelas das
salas com capacidade acima de 100 pessoas, em comunicação com os acessos
e descargas, devem abrir no sentido do trânsito de saída.

Figura 02 – Saída de Emergência

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Como solução para a irregularidade acima, foi proposto no projeto que em


atendimento a regulamentação vigente, a folha da porta abra no sentido do fluxo de saída
de emergência.
Ainda nesse contexto de saída de emergência, foi identificada a existência de
somente uma porta para essa finalidade. Contudo, no estudo no projeto foi identificado
que apenas uma porta de 0,90 cm não era suficiente para a evacuação total dos ocupantes,
portanto conforme anexo B admitiu-se em cálculo um público de até 76 pessoas para
ocupar a edificação seguindo as diretrizes do anexo A da IT 11/2019, sendo adotado em
dimensionamento de projeto que a edificação terá duas portas de saída de emergência,
adotando as portas de acesso aos funcionários e acesso de alunos para escoamento. A
edificação adotou 2 portas de saída de emergência para descarga do público calculado,
uma porta de 0,90cm e outra de 0,80 cm.
Na tabela a seguir temos os dados para dimensionamento para a capacidade de
publico e das saídas de emergência utilizados para a elaboração do projeto. Vejamos:

4.5.2 Rampa da edificação com inclinação inconforme ao que diz as normas, sem
guarda-corpo e corrimão
Conforme figura 03 podemos observar a rampa existente na entrada principal dos
alunos que faz acesso às demais áreas da escola, apresenta uma inclinação acima de
8,33% conforme exigências da NBR 9050. Ademais, não possui guarda-corpo e corrimão
conforme dispõe a norma.

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CONFORME INSTRUÇÃO TÉCNICA SP 11/2019 - SAÍDA DE


EMERGÊNCIA: ITEM ITEM 5.8.2.1 Os corrimãos devem ser adotados em
ambos os lados das escadas ou rampas, devendo estar situados entre 80 cm e
92 cm acima do nível do piso.

Como adequação foi proposto em projeto a extensão do comprimento da rampa


visando atender a inclinação permitida, de até 8,33%, bem como a implantação de
corrimão em ambos os lados da rampa e guarda-corpo conforme cita IT SP nº 11/19.
Vejamos a seguir como estavam as rampas na edificação:

Figura 03 – Rampa de acesso- Rampa 1

4.5.3 Rampas de acesso a brinquedoteca com inclinação inconforme ao que diz as


normas e sem corrimão
A rampa da edificação que faz acesso a brinquedoteca da escola apresenta
inclinação inconforme, considerando o disposto na NBR 9050. Além disso, a mesma não
possui corrimão instalado em ambos os lados conforme dispões as normas.

CONFORME INSTRUÇÃO TÉCNICA SP 11/2019 - SAÍDA DE


EMERGÊNCIA: ITEM 5.8.2.1 Os corrimãos devem ser adotados em ambos
os lados das escadas ou rampas, devendo estar situados entre 80 cm e 92 cm
acima do nível do piso.

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Diante da identificação de desconformidade com a norma vigente, da necessidade


de regularização e da segurança dos ocupantes da edificação, foi apresentada em projeto
a adequação da rampa, passando a ter como solução com dois lances de rampa e
atendimento da inclinação de até 8,33% em atendimento a NBR 9050.
A seguir, podemos observar na figura 04 o estado que se encontrava a rampa acima
mencionada:

Figura 04 – Rampa de acesso a brinquedoteca- Rampa 2

4.5.4 Rota de fuga com obstrução em razão da inserção de uma porta


Ainda se tratando de saída de emergência, podemos observar na figura 05, uma
obstrução na rota de fuga devido a inserção de uma porta de correr localizada na rampa
de acesso a brinquedoteca. Insta informar que conforme instrução técnica não se pode
comprometer o percurso da rota de fuga, tampouco com porta.

CONFORME INSTRUÇÃO TÉCNICA SP 11/2019 - SAÍDA DE


EMERGÊNCIA: ITEM 5.6.2.5 Não é permitida a colocação de portas em
rampas, estas devem estar situadas sempre em patamares planos, com largura
não inferior à da folha da porta de cada lado do vão.

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Diante da irregularidade identificada, foi sugerido que realizasse a remoção da


porta para que deste modo o acesso se tornasse livre como deve ser, bem como a
adequação em projeto.

Figura 05 – Rampa 2- Porta de correr

4.6 ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA


Durante a visita realizada, verificou-se a inexistência do sistema de iluminação de
emergência em toda a extensão da edificação, podemos observar a figura 06- A), B), C),
D). Conforme as exigências de medidas de segurança contra incêndio apresentadas na
tabela 3, nota 1 do decreto estadual de nº 24.054/04, não há exigências para implantação
do sistema de iluminação de emergências em razão da altura da edificação, mas se
tratando da ocupação do prédio por crianças, foi visto a necessidade de apresentar em
projeto técnico luminárias de aclaramento para as rotas de fuga bem como embasa o
anexo E da NBR 10989, vejamos abaixo:

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Diante das condições analisadas, foram distribuídos em toda a edificação


luminárias de emergência de modo a garantir melhor evacuação dos ocupantes em caso
de emergência e pânico, bem como considerados os vários obstáculos móveis, rampas,
móveis, cadeiras e etc.

Figura 06 – Iluminação de Emergência

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4.7 SINALIZAÇÃO DE EMERGÊNCIA


Conforme figuras- 02,03,04,05,06 e 07, podemos observar que a edificação
analisada não possui placas de sinalização e orientação de emergência, assim como dispõe
a sua finalidade descrita na IT SP nº 20/2019.

CONFORME INSTRUÇÃO TÉCNICA SP 20/2019- SINALIZAÇÃO DE


EMERGÊNCIA ITEM: Finalidade 5.1.1 A sinalização de emergência tem
como finalidade reduzir o risco de ocorrência de incêndio, alertando para os
riscos existentes e garantir que sejam adotadas ações adequadas à situação
de risco, que orientem as ações de combate e facilitem a localização dos
equipamentos e das rotas de saída para abandono seguro da edificação em
caso de incêndio.

Figura 07 – Sinalização de Emergência

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Diante da desconformidade observada em visita técnica, observou-se a


necessidade de apresentar em projeto técnico as sinalizações de orientação de rota de fuga
com placas do tipo fotoluminescente e conforme exige sinalização de emergência citada
na tabela 3 do decreto estadual de nº 24.054/04. Portanto, o projeto apresentado contempla
todas as indicações de placas de sinalização de rota de fuga.

4.8 EXTINTORES DE INCÊNDIO


Durante a visita técnica realizada na edificação analisada, foi observado a ausência
de instalação de extintores de incêndio no ambiente, fato este que pode ser comprovado
nas figuras 02,03,04,05,06 e 07 apresentadas no corpo do presente estudo, em que
demonstram o ambiente analisado e evidenciam que em nenhuma das fotografias
apresentadas é possível ver extintores de incêndio instalado.
Como meio de solucionar as irregularidades foram distribuídos em projeto
técnico, extintores portáteis do tipo PÓ QUÍMICO –ABC- CLASSE 2:A 20 BC, em
quantitativo total de 5 unidade extintoras, distribuídos de tal forma que atenda a IT Nº
21/2019.
Seguindo critérios de distribuição dos extintores de incêndio com base no
regulamento da IT SP 21/2019 e tabela 1 da referida IT que determina o distanciamento
máximo de caminhamento, os extintores foram distribuídos em projeto técnico da
seguinte forma: próximo a entrada principal de alunos; 1 extintor do tipo pó químico –
ABC- classe 2:A 20 BC, próximo a entrada principal de funcionários; 1 extintor de
incêndio do tipo pó químico –ABC- classe 2:A 20 BC.

CONFORME INSTRUÇÃO TÉCNICA SP 21/2019 - SAÍDA DE


EMERGÊNCIA: ITEM 5.2.1.12.3. Salienta-se que deve ser instalado, pelo
menos, um extintor de incêndio a não mais de 5 m da entrada principal da
edificação e das escadas nos demais pavimentos.

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4.9 PROJETO TÉCNICO DE SEGURANCA CONTRA INCÊNDIO


O projeto técnico de prevenção e combate a incêndio em questão foi desenvolvido
com base nas classificações citadas no início deste estudo e seguindo os critérios e moldes
documentais conforme exigências. Consiste em garantir a integridade física dos
ocupantes e a continuação de legal funcionamento do empreendimento em questão, bem
como a certificação junto ao Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Amazonas.
Conforme apresentado soluções em cada item das exigências necessárias para a
edificação em questão, o projeto contempla as soluções apresentadas e padrões para
aprovação junto ao Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Amazonas, obedecendo às
legislações vigentes. O Projeto elaborado contempla a seguinte documentação para
aprovação: Memorial descritivo (Anexo A); Memorial de cálculo de público (Anexo B).
Do projeto para aprovação: Folha 01/04 Cobertura e Situação (Anexo C)-; Folha 02/04-
Cortes e Fachada (Anexo D); Folha 03/04- Planta Baixa (Anexo E)- Térreo; Folha 04/04-
Legendas e detalhes de instalação (Anexo F).

5 CONCLUSÃO
O presente artigo buscou abordar sobre sistema de segurança contra incêndio em
edificações de baixo risco ou com ocupação educacional e com isso realizou-se uma breve
revisão da bibliografia sobre o tema para que a partir desta análise pudesse ser iniciado o
estudo de caso proposto.
Considerando que este estudo tinha por objetivo analisar o sistema de segurança
contra incêndio em edificações de baixo risco e edificações com ocupação educacional,
evidencia-se que o mesmo foi atingido a partir da revisão bibliográfica. Nesta fase foi
possível ainda conceituar e classificar os tipos de edificações, apresentar as legislações
em âmbito federal, estadual e municipal sobre o tema e analisar a eficácia dos sistemas
de segurança contra incêndio e sua modernização.
Com base nos conhecimentos adquiridos a partir da revisão da literatura
prosseguiu-se para o estudo de caso, o qual tratava sobre a elaboração de um projeto de
prevenção e combate a incêndio na qual o cliente proprietário da edificação analisada
possuía interesse na certificação da edificação junto ao Corpo de Bombeiros Militar do
Estado do Amazonas.
Durante a visita técnica foram apontadas as irregularidades existentes no local
fundamentadas nas normas vigentes e em seguida foram implantadas as adequações em

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um projeto técnico de prevenção e combate a incêndio para que após compridas, o


referido projeto fosse remetido ao Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas.
A partir do desenvolvimento do presente estudo evidenciou-se que as literaturas
sobre o tema bem como elaboração de estudos de caso ainda são escassas, motivo pelo
qual sugere-se a expansão de estudos sobre o assunto e a consequente publicação dos
mesmos como forma de enriquecimento literário.

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REFERÊNCIAS

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Sistema de iluminação de emergência. Rio de Janeiro, 2013.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 12693:


Sistemas de proteção por extintor de incêndio. Rio de Janeiro, 2013.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 14432:


Exigências de resistência ao fogo de elementos construtivos de edificações -
Procedimento. Rio de Janeiro, 2000.

BASTOS, Paulo Sérgio Dos Santos. NOTAS DE AULA: FUNDAMENTOS DO


CONCRETO ARMADO. Bauru, 2006.

CARRATO, Beatriz Souza. Orientação para elaboração do plano de segurança contra


incêndio e pânico para edificações escolares no estado do Paraná. 2018. Trabalho de
Conclusão de Curso (Bacharelado em Engenharia Civil) - Universidade Tecnológica
Federal do Paraná, Campo Mourão, 2018.

CPT, Centro de produções técnicas. Artigo. Disponível


em:https://www.cpt.com.br/cursoseducacao-infantil/artigos/seguranca-em-escolas-
como-evitarincendios. Acesso em 02 Out. 2022.

PIGNATTA, Valdir. Fogo em estruturas de concreto. Disponível em:<


https://www.cimentoitambe.com.br/massa-cinzenta/fogo-em-estruturas-de-concreto-ate-
quanto-elas-suportam/>. Acesso em 02 Out. 2022.

SEITO, Alexandre Itiu et al. A segurança contra incêndio no Brasil. São Paulo: Projeto
Editora, 2008.

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ANEXOS
A, B, C, D e F
PROC. Nº
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO AMAZONAS MEMORIAL xx
DESCRITIVO

Endereço: Rua Hélio Leão, Nº: 148, Nova Cidade, Conj. Galiléia. CEP: 69.090-661 Nº. 148
Bairro: Cidade Nova Município: Manaus E-mail:
Proprietário: CENTRO EDUCACIONAL GALILÉIA Fone:
Razão Social/Nome Fantasia: CENTRO EDUCACIONAL GALILÉIA CNPJ/CPF: xxxxxxxx
Resp. Técnico: Manuela Gomes da Silva Fone: Conselho/nº Reg.: 13754-D/AM
Área da edificação: 321,32 m2
Área total: 321,32 m2
Área protegida (não edificada): m2
Altura da edificação: I Ocupação: Educacional e Cult. Física Lotação: 76
Divisão: E-5 Classificação de risco: Baixo MJ/M²: 300
PROTEÇÃO POR EXTINTORES USO DO CBMAM
Tipos Capacidades Quantidade Parecer:
Pó químico ABC 2:A 20:BC 5 Em / / .

Número total de unidades extintoras: 05 Analista Chefe de Análise


PROTEÇÃO POR HIDRANTES
Quantidade de hidrantes: Unid. Reservatório
Diâmetro da tubulação: mm Subterrâneo Nível do solo Elevado
Diâmetro das expedições: mm Potência da bomba de incêndio: CV
Diâmetro das mangueiras: mm Vazão Pressão
Comprimento das mangueiras: m Bomba L/Min M.C.A
Diâmetro da boca do esguicho: mm H-1 L/Min M.C.A
Capacidade reservada: m³ H-2 L/Min M.C.A
Acionamento da Bomba: H-3 L/Min M.C.A
Automático Manual H-4 L/Min M.C.A
PROTEÇÃO NECESSÁRIA
Acesso de viatura do Corpo de Bombeiros X¹ Iluminação de emergência
Isolamento de risco/Separação entre edific. Detecção de incêndio
Segurança estrutural nas edificações Alarme de incêndio
Compartimentação horizontal X Sinalização de emergência
Compartimentação vertical X Extintores
Controle de material de acabamento Hidrantes ou mangotinhos
X Saídas de emergência Chuveiros automáticos
Elevador de emergência Resfriamento
Controle de fumaça Espuma
Plano de emergência Sistema fixo de gases limpos e dióxido de carbono
SPDA Gás canalizado
Brigada de incêndio/Bombeiro Civil Controle de fontes de ignição
RISCOS ESPECIAIS
Armazenamento de líquidos inflamáveis Fogos de artifício
Gás Liquefeito de Petróleo Vaso sob pressão (caldeira ou similares)
Armazenamento de produtos perigosos Subsolo ocupado

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Responsável técnico Proprietário


Observações da DAT/NAT:

CÁLCULO DE PÚBLICO

Proprietário: CENTRO EDUCACIONAL GALILÉIA Nº PROCESSO:


Endereço: Rua Hélio Leão, nº 148, Conjunto Galiléia. Nova Cidade. MANAUS/AM

Dados para o dimensionamento do público: IT 11/2019 ITEM 5.3 ANEXO `A` TABELA 1
Grupo/Divisão: E-5
População : Uma pessoa por 1,5 m² de área.

ÁREA (m²) Qtd pessoas


Sala de aula 1 17,78 12
Sala de aula 2 19,93 13
Sala de aula 3 16,75 11
Sala de aula 4 13,92 9
Sala de aula 5 16,40 11
Sala de aula 6 13,17 9
Sala de aula 7 16,02 11

Total: 76 QUATIDADE DA POPULAÇÃO: 76

DIMENSIONAMENTO DA SAÍDA DE EMERGÊNCIA

Dados para o dimensionamento da SAÍDA DE EMERGÊNCIA IT 11/2019 ITEM 5.4 ANEXO `A` TABELA 1
Capacidade da Unidade de Passagem: ACESSO/DESCARGA= 30 ESCADAS/RAMPAS= 22 PORTAS= 30

ACESSO/DESCARGA
N= 76= 0,76 1 x 0,55= 1,20m
100

ESCADAS/RAMPAS
N= 76 = 1,01 1 x 0,55= 1,20 m
75

PORTAS
N= 76= 0,76 1 x 0,55= 0,80m
100

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