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“Plano de Segurança contra Incêndio e
Pânico (PSCIP) de acordo com o novo
código do Corpo de Bombeiros do
Paraná”

Realização:
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Dúvidas
Durante o período do curso as dúvidas devem ser
encaminhadas para a Tutora, através do ícone “Dúvidas”,
no lado esquerdo da tela de aulas, no sistema EAD.
Objetivo
O novo código de prevenção contra incêndios do Corpo de Bombeiros do
Estado do Paraná, que entrou em vigor em 08/10/2014 mudou toda a
forma como os profissionais devem apresentar seus projetos para
aprovação dos sistemas de segurança contra incêndio e pânico de todas
as edificações, com isso há a necessidade de capacitar os profissionais
que trabalham na área para que possam conhecer melhor a nova
legislação e se adaptem às exigências legais.
Autora e Tutora
Paula Cristina de Souza – Engenheira Civil – PR-51265/D
Formação em Engenharia Civil pela Universidade Estadual de Maringá – PR, Mestrado
em Engenharia Agrícola/ Unioeste – PR, Professora do Centro Integrado de Ensino
Superior, atuando nas disciplinas: Topografia. Professora da Faculdade Estadual de
Ciências e Letras de Campo Mourão, atuando nas disciplinas: Resistência dos
Materiais, Mecânica, Desenho Técnico e Segurança do Trabalho. Professora da
Universidade Tecnológica Federal do Paraná- UTFPR, atuando nas disciplinas: Gestão
da Qualidade, Mecânica dos Fluidos, Transporte, Materiais de Construção, Materiais
Metálicos, Compatibilização de Projetos, Materiais Cerâmicos, atuando no setor da
construção civil a onze anos.
LEMBRETES IMPORTANTES!

• O prazo para a conclusão do curso é até o dia 26/12/2017.


• Até esta data você faz a leitura do conteúdo e também responde a avaliação online
(no ícone superior “Avaliação”)
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• Apostila completa com o conteúdo - para leitura
• Arquivos complementares para aprofundamento do conteúdo
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O Crea-PR informa que este é um curso de atualização profissional, e portanto,
não amplia as atribuições profissionais, devendo as atividades relacionadas ao
assunto deste curso se restringirem às atribuições profissionais já discriminadas
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Fundamentação legal do Código
e aplicações
Aspectos gerais e definições
Aula 1

Realização:
História da Prevenção

Até 1976 as normas apenas indicavam a necessidade


de instalar equipamentos de prevenção contra incêndios
nas construções, porém sem uma obrigatoriedade e
sem a existência de fiscalização. A responsabilidade era
somente do profissional que projetava.

Não era uma legislação embasada e com pensamento


focado na prevenção, deixando muito pela consciência
do empresário/construtor.

Esse tipo de pensamento gerou vários acidentes


Principais Incêndios ocorridos no Brasil
• Edifício Andraus
Ocorrido em São Paulo – 24 de Fevereiro de 1972.
Edifício com 31 pavimentos de escritórios e lojas.
O Incêndio atingiu todos os andares.
Houve 6 vítimas fatais e 329 feridas.
O ponto de origem foi no 4º pavimento em
virtude da grande quantidade de material
depositado.
• Edifício Joelma
Ocorrido em São Paulo – 01 de Fevereiro de
1974.
Edifício com 25 pavimentos de escritórios e
garagens.
O incêndio atingiu todos os pavimentos.
Houve 189 vítimas fatais e 320 feridas.
A causa possível foi um curto-circuito.
• Boate Kiss
Ocorrido em uma discoteca na cidade de Santa
Maria em 27 de janeiro de 2013
Uma tragédia que matou 242 pessoas e feriu 680
Causado por um sinalizador disparado no palco
em direção ao teto por um integrante da banda
que se apresentava no local.
Momento atual da prevenção

O momento atual da prevenção é de uma cobrança muito grande por parte da


população no sentido de melhoria da qualidade das vistorias e segurança das
edificações.

Alguns acontecimentos recentes: explosões de GLP e desabamentos no Rio


de Janeiro e São Paulo tem gerado uma reflexão das autoridades e da opinião
pública sobre a necessidade de maior fiscalização de construções e reformas.

Paralelamente, verificamos que as normas de prevenção vem evoluindo.


Legislações de Prevenção no Paraná
• As legislações que tratam sobre a Prevenção de Incêndios no Paraná são
recentes. As mais antigas são posteriores a 1976, após os grandes
sinistros no Brasil.
• As primeiras legislações que se tem notícia foram baseadas nas normas
do Estado de São Paulo.
• No Paraná se basearam no Código de Posturas de Curitiba.
• A primeira legislação do CB-PMPR foi o Regulamento de Prevenção
contra Incêndios, de 1976.
• Posteriormente em 2001 foi lançado o Código de Prevenção Contra
Incêndios, baixado através de Portaria do Comando do Corpo de
Bombeiros que durou 10 anos, que apesar de muito criticado, trouxe
grande evolução na prevenção de Incêndios no Estado.
• No final de 2011, foi lançado o Código de Segurança contra Incêndio e
Pânico do CBPMPR.
• O novo Código é uma mudança conceitual na forma como era vista a
prevenção, pois estabelece vários conceitos novos, porém mantendo
alguns que estavam consolidados.
• A principal mudança é que o Código não prevê apenas a aprovação de
um Projeto de Incêndio, mas de um Planejamento total da edificação,
tanto na sua construção, quanto na utilização, sendo
responsabilidade de todos (construtor, projetista e usuários) por
construí-la e mantê-la segura contra incêndio e pânico.
Conceitos e Definições
Prevenção:
• Conjunto de medidas ativas e passivas que tem como objetivo
evitar a ocorrência de sinistros ou minimizar as consequências
nos eventos que ocorrerem, evitando a propagação e facilitando
o combate.
• Conjunto de medidas que visam: evitar o incêndio; permitir o
abandono seguro dos ocupantes da edificação e áreas de risco;
dificultar a propagação do incêndio; proporcionar meios de
controle e extinção do incêndio e permitir o acesso para as
operações do Corpo de Bombeiros. (Definição do Novo CSCIP)
Formas de Prevenção
• A Prevenção pode ser realizada através:
• Atividades educativas como palestras e cursos nas escolas, empresas,
prédios residenciais;
• Divulgação pelos meios de comunicação;
• Elaboração de normas e leis que obriguem a aprovação de projetos
de proteção contra incêndios, instalação dos equipamentos, testes e
manutenção adequados;
• Formação, treinamento e exercícios práticos de brigadas de incêndio.
Classificação:
Prevenção Passiva:
É o conjunto de medidas que visam evitar o alastramento do
incêndio para além do compartimento do edifício onde se
originou (compartimentação vertical e horizontal, acesso de
viaturas, separação entre edificações, utilização de materiais
de acabamento, etc).

Prevenção Ativa:
É o conjunto de sistemas que objetivam combater o incêndio
já deflagrado (extintores, hidrantes, chuveiros automáticos,
etc);
Prevenção Construtural e Operacional:

Construtural:
Operacional:
Consideram-se elementos construturais de
Consideram-se elementos de prevenção de
prevenção de incêndios os que obedecem
incêndios instalados na edificação com a
aos preceitos fundamentais de resistir ao
finalidade de combater os princípios de incêndios
fogo e evitar sua propagação, tais como:
facilitando o trabalho dos bombeiros
Paredes corta-fogo
• Instalações sob comando:
Portas corta-fogo
Sistema fixo de prevenção (hidrantes)
Pisos rampas e pisos incombustíveis
Sistema móvel de prevenção (extintores)
Paredes, tetos e coberturas resistentes ao
• Instalações automáticas:
fogo
Chuveiros automáticos;
Vidros aramados Baterias de CO2, PQ e Agentes Especiais
Instalações elétricas classificadas
Compartimentação vertical e horizontal
Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico
Art 1º - O Código dispõe sobre as medidas de segurança contra incêndio nas edificações e
áreas de risco, atendendo ao previsto no artigo 144 § 5º da Constituição Federal, ao
artigo 48 da Constituição Estadual e ao disposto na Lei Estadual nº 16.575 de 28 de setembro
de 2010.

Art 4º – Ao Corpo de Bombeiros Militar do Paraná, por meio do Serviço de Prevenção contra
Incêndios e Pânico, cabe regulamentar, analisar e vistoriar as medidas de segurança contra
incêndio e pânico nas edificações e áreas de risco, bem como realizar pesquisa de incêndio.

O CSCIP fixa os requisitos mínimos de proteção contra incêndios e pânico, exigíveis em


todas as edificações, tendo em vista a segurança de pessoas e bens.

O CSCIP é o resultado da coletânea de normas atualizadas que tratam sobre projetos


complementares, em especial, no que trata sobre a proteção da vida humana contra sinistros
e redução dos prejuízos patrimoniais.
Art 6º – O Serviço de Prevenção contra Incêndios e Pânico – SPCIP,
compreende o conjunto de unidades do CBMPR, que têm por finalidade
desenvolver as atividades relacionadas à prevenção e proteção contra
incêndio nas edificações e áreas de risco, observando-se o cumprimento das
exigências estabelecidas neste Código.

Artigo 7º – É função do Serviço de Prevenção Contra Incêndio e Pânico –


SPCIP: realizar pesquisa de incêndio (não é perícia, é pesquisa);
regulamentar as medidas de segurança contra incêndio e pânico; credenciar
seus oficiais e praças; analisar o plano de segurança contra incêndio e pânico
das edificações e áreas de risco; realizar vistoria nas edificações e áreas de
risco; expedir e cassar documentos (LVE, CVE, RE); emitir consultas técnicas;
emitir pareceres técnicos.
Uma das principais mudanças implementadas através do novo CSCIP em relação
ao Código de Prevenção 2011 foi a criação do Plano de Segurança Contra
Incêndio e Pânico (PSCIP), pois trata-se de uma mudança conceitual, pois
anteriormente o Corpo de Bombeiros analisava somente o Projeto de Prevenção
de Incêndios, que como o nome dizia era uma projeto complementar da
edificação.

Com a mudança para PSCIP o Projeto é uma parte do Plano que contempla
vários outros itens que pretendem tornar a edificação muito mais segura, pois
divide a responsabilidade pela segurança da edificação entre: construtor,
responsável técnico e usuários da mesma.

Portanto, todos e cada um destes atores tem responsabilidade sobre a segurança


da edificação. (artigos 16, 17 e 18 do CSCIP)
Art 22 - Classificação das Edificações:
O CSCIP classifica as edificações de três formas:
I - quanto à ocupação
II - quanto à altura
III - quanto à carga de incêndio

O objetivo destas classificações é enquadrar a edificação em um grupo


cujas exigências de sistemas preventivos são especificas de acordo com o
risco da edificação.
Em anexo apresenta-se as tabelas para melhor entendimento.
Constituem medidas de segurança segundo o CSCIP:
I - acesso de viatura na edificação e áreas de risco; XIII - detecção automática de incêndio;
II - separação entre edificações; XIV - alarme de incêndio;
III - resistência ao fogo dos elementos de XV - sinalização de emergência;
construção; XVI - extintores;
IV - compartimentação; XVII - hidrante e mangotinhos;
V - controle de materiais de XVIII - chuveiros automáticos;
acabamento; XIX - resfriamento;
VI - saídas de emergência; XX - espuma;
VII - elevador de emergência; XXI - sistema fixo de gases limpos e
VIII - controle de fumaça; dióxido de carbono (CO2);
IX - gerenciamento de risco de XXII - sistema de proteção contra
incêndio; descargas atmosféricas (SPDA);
X - brigada de incêndio; XXIII - controle de fontes de ignição (sistema
XI - brigada profissional; elétrico; soldas; chamas; aquecedores etc.).
XII - iluminação de emergência;
Normas e Procedimentos Técnicos:
É o documento elaborado pelo CBMPR que regulamenta os procedimentos técnicos
referentes à segurança contra incêndio e pânico das edificações e áreas de risco.

Para a execução e implantação das medidas de segurança contra incêndio, devem


ser atendidas as NPTs elaboradas pelo CBMPR.

De forma geral para cada Medida de Segurança Contra Incêndio existe pelo menos
uma NPT específica.

Para a elaboração das NPTs foram utilizadas as mais modernas normas nacionais e
internacionais sobre o tema, principalmente as Normas Brasileira (NBRs) e os
Códigos de Prevenção de outros Estados Brasileiros.
O CSCIP possui 40 NPTs que tratam de todas as medidas de segurança contra
incêndio adotadas no Código.
Normas e Procedimentos Técnicos:
1 – Procedimentos Administrativos; 12 – Centros esportivos e exibição;
2 – Adaptação as normas de segurança 13 – Pressurização de escada;
contra incêndio Edificações existentes;
14 – Carga de incêndio;
3 – Terminologia de Segurança contra 15 – Controle de fumaça;
Incêndio;
16 – Plano de emergência;
4 – Símbolos gráficos para PSCIP;
17 – Brigada de incêndio;
5 – Segurança contra incêndio
urbanística; 18 – Iluminação de emergência;
6 – Acesso de Viatura a edificação; 19 – Detecção e alarme incêndio;
7 – Isolamento de Risco; 20 – Sinalização emergência;
8 – Resistência ao fogo dos elementos 21 – Sistema móvel (extintores);
construtivos; 22 - Sistema de hidrantes e mangotinhos;
9 - Compartimentação; 23 – Chuveiros automáticos;
10 – Controle materiais acabamento;
11 – Saídas de Emergência;
24 – Chuveiros automáticos
depósitos;
25 – Proteção para Líquidos 33 – Cobertura de sapê e piaçava
combustíveis inflamáveis;
34 – Hidrante urbano;
26 – Sistema de gases combate a
incêndios; 35 – Túneis rodoviários;
27 – Armazenamento em Silos; 36 – Pátio de containers;
28 – Manipulação e armazenamento 37 – Substação elétrica;
de GLP; 38 – Cozinha Profissional
29 – Comercialização e distribuição 39 – Estabelecimentos destinados a
de GNV; restrição de liberdade;
30 – Fogos de artifício; 40 – Edificações históricas e museus
31 – Segurança para heliponto e
heliporto;
32 – Produtos perigosos em área de
risco;
Edificações Existentes e Antigas perante o novo CSCIP

• Nada muda para as edificações existentes e antigas que não sofrerem


ampliação ou mudança de ocupação.
• São consideradas edificações existentes ou antigas aquelas
comprovadamente regularizadas ou construídas anteriormente à
vigência do CSCIP 2011(08 jan 12).
• As edificações construídas e regularizadas posteriormente à vigência do
Código de Prevenção de Incêndios (março de 2001), quando ampliadas ou
com mudança de ocupação, devem atender integralmente ao CSCIP
2011, não cabendo as adaptações da NPT 02, exceto se houver
compartimentação entre as áreas existentes e ampliadas. Neste caso, pode-
se adotar o Código de Prevenção de Incêndios 2001 para a área existente e
o CSCIP 2011 para a área ampliada.
O que é considerado mudança de ocupação segundo o CSCIP?
• Considera-se mudança de ocupação quando houver troca da atividade
exercida no local, considerando as exigências das Divisões contempladas
nas Tabelas de 6A a 6M do CSCIP 2011, independentemente do grau de
risco a ser implantado.
Os outros casos onde será exigido a adequação são:
Ampliação de área;
Aumento da altura da edificação.
• Quais os procedimento para regularização?
As medidas de segurança a serem exigidas para as edificações
existentes devem ser analisadas, adaptadas e dimensionadas levando em
conta a classificação da edificação conforme a época de existência e a
vigência do respectivo Código de Prevenção de Incêndios.
Quais as exigências básicas para regularização (Edif. maiores)?

• As medidas de segurança contra incêndio consideradas como exigências


básicas nas edificações com área igual ou superior a 1500 m² ou com 04
(quatro) ou mais pavimentos para Risco Leve (RL) e 1000 m² ou 03 (três)
ou mais pavimentos para os Riscos Moderado e Elevado (RM e RE),
independente da data de construção e da regularização, são:

• extintores de incêndio;
• iluminação de emergência;
• sinalização de emergência;
• brigada de incêndio;
• hidrantes;
• saída de emergência.
Quais as exigências básicas para regularização (Edif. menores)?

As medidas de segurança contra incêndio consideradas como exigências


básicas nas edificações com área menor que 1500 m² ou altura inferior a 04
(quatro) pavimentos para o Risco Leve (RL) e 1000 m² ou 03 (três)
pavimentos para os Riscos Moderado e Elevado (RM, e RL), independente
da data de construção e da regularização, são:

• extintores de incêndio;
• iluminação de emergência, se for o caso;
• sinalização de emergência;
• saída de emergência.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico – CBMPR , 2011;

A Segurança contra incêndio no Brasil / coordenação de Alexandre Itiu Seito, et al. São Paulo:
Projeto Editora, 2008.

Apostila de Prevenção contra incêndio – Cap. Ivan, 2008.

Curso de prevenção de incêndios – Cap. Amarildo, EAD-BOMBEIROS, 2010.

NPT 02 - Adaptação às normas de segurança contra incêndio – edificações existentes e


antigas
ANEXO

Classificação das edificações


Primeiro módulo concluído!

Para continuar a leitura do conteúdo, acesse o


Módulo 2 a partir de 27/11.

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