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HIDRÁULICAS
Eliane Conterato
Lélis Espartel
Vinicius Simionato
Revisão técnica:
Shanna Trichês Lucchesi
Mestre em Engenharia de Produção (UFRGS)
Professora do curso de Engenharia Civil (FSG)
ISBN 978-85-9502-096-2
Introdução
Os sistemas de combate a incêndio são elementos cada vez mais pre-
sentes nos projetos das novas edificações, e também na readequação
das construções existentes. Os incidentes ocorridos nos últimos anos
levaram a uma maior preocupação quanto à segurança das edificações
em sinistros, como incêndios, o que apontou um grande problema no
País: a grande maioria das edificações não seguia as normas, nem as
recomendações do Corpo de Bombeiros do local. Por sua vez, as normas
e os documentos informativos são confusos e, não raro, apontam para
direções e soluções diferentes. Como consequência, tem havido uma
grande movimentação nesta área, tanto na parte de atualização das
normas e recomendações quanto na capacitação dos profissionais para
compreenderem as demandas a fim de tornar as edificações mais seguras.
Neste capítulo você vai conhecer algumas definições acerca de um
Plano de Prevenção Contra Incêndio (PPCI), vendo detalhes sobre seus
componentes, seus principais equipamentos de proteção e o leque de
normas e instruções que norteiam a execução destes projetos no Brasil.
Existem diferentes tipos de extintores para cada tipo de material que está
queimando. Um incêndio pode ser causado por diversos materiais, e cada
agente (tipo de extintor) deverá ser utilizado no combate de cada um. Você
deve estar se perguntando: como faço para saber qual tipo de extintor utilizar
em caso de incêndio? Para isso, vamos primeiro classificar a natureza do fogo,
em função do material combustível:
aumento da temperatura;
produção de fumaça;
produção de chama;
materiais existentes nas áreas protegidas;
forma e altura do teto;
ventilação do ambiente;
temperaturas típica e máxima de aplicação; entre outras características
de cada instalação, conforme requisitos técnicos dos equipamentos.
Como o Anexo D da norma ABNT NBR 13714:2000 é muito extenso para ser inserido
neste capítulo, fique à vontade para consultá-lo. Ele apresenta as divisões dos tipos
de edificações e a aplicabilidade de cada sistema. No Anexo D é indicada também a
vazão mínima para cada situação.
Colebrook
J = 605 × Q1,85 × C-1,85 × d-4,87 × 105
Onde:
J é a perda de carga por atrito, em quilopascals por metro;
Q é a vazão, em litros por minuto;
C é o fator de Hazen-Williams;
V = Q/A
Onde:
V é a velocidade da água, em metros por segundo;
Q é a vazão de água, em metros cúbicos por segundo;
A é a área interna (o diâmetro interno) da tubulação, em metros quadrados.
É necessário dimensionar também a reserva de incêndio, que é um volume
de água a ser utilizado unicamente para os hidrantes e mangotes. A reserva
de incêndio tem de ser prevista para permitir o primeiro combate, durante
determinado tempo. Após este tempo, considera-se que o Corpo de Bombeiros
mais próximo atuará no combate, utilizando a rede pública, caminhões-tanque
ou fontes naturais. Para qualquer sistema de hidrante ou de mangotinho,
você vai determinar o volume mínimo de água da reserva de incêndio com
a seguinte fórmula:
V=Q×t
Onde:
Q é a vazão de duas saídas do sistema aplicado, conforme a Tabela 1, em
litros por minuto;
t é o tempo de 60 min para sistemas dos tipos 1 e 2, e de 30 min para o
sistema do tipo 3;
V é o volume da reserva, em litros.
Leituras recomendadas
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR RIO GRANDE DO SUL. Resoluções técnicas. Porto
Alegre: CBM, 2017. Disponível em: <http://www.cbm.rs.gov.br/?page_id=10500>.
Acesso em: 29 maio 2017.
SANTA CATARINA. Secretaria de Estado de Infraestrutura. Departamento Estadual
de Infraestrutura. Diretoria de Obras Civis. Instruções para elaboração de projetos de
instalações preventivas contra incêndio de edificação. Florianópolis: DEINFRA, [2010]. Dis-
ponível em: <http://www.deinfra.sc.gov.br/jsp/relatorios_documentos/doc_tecnico/
download/engenharia_de_edificacoes/Projetos_de_Instalacoes_Preventivas_con-
tra_Incendio_de_Edificacao.pdf>. Acesso em: 29 maio 2017.
SEITO, A. I. A segurança contra incêndio no Brasil. São Paulo: Projeto, 2008.