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SECRETARIA DA SAÚDE DO ESTADO DO CEARÁ

PROJETO QUALIFICAAPSUS CEARÁ:


Qualificando a Atenção Primária
à Saúde no Estado

GUIA INSTRUTIVO DO
SELO BRONZE DE QUALIDADE 2018

1ª Edição

Ceará
2018

1
Governador do Estado do Ceará
Camilo Sobreira de Santana

Secretário da Saúde do Estado do Ceará


Henrique Jorge Javi de Sousa

Secretários Adjuntos
Isabel Cristina Cavalcanti Carlos
Marcos Antônio Gadelha Maia

Secretária Executiva
Lilian Alves Amorim Beltrão

Coordenadoria de Políticas e Atenção à Saúde


Francisco Ivan Rodrigues Mendes Júnior

Núcleo de Atenção Primária


Carmem Cemires Bernardo Cavalcante

Consultora
Maria Emi Shimazaki

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NÚCLEO DE ATENÇÃO PRIMÁRIA - NUAP

Supervisora Estadual
Carmem Cemires Bernardo Cavalcante

Assessoras Técnicas da Supervisão


Ana Paula da Silva Lima
Caroline Soares Nobre
Maria de Lourdes Lopes de Sousa
Priscilla Cunha da Silva

Referências Técnicas da Macrorregião de Saúde de Fortaleza


Bárbara Ketrry Freitas de Oliveira
Maria Josane Pereira

Referências Técnicas da Macrorregião de Saúde de Sobral


Danielle de Menezes Ferreira
Renata Oliveira Leorne Dantas

Referências Técnicas da Macrorregião de Saúde do Sertão Central


Mariana Nunes Ferro Gomes
Caroline Antero Machado Mesquita

Referências Técnicas da Macrorregião de Saúde do Cariri


Maria Eurice Marques de Morais
Maria Ercelina Cavalcante Alencar

Referências Técnicas da Macrorregião de Saúde do Litoral Leste Jaguaribe


Gizelda de Freitas Marinho
Liliane Maria Martins Porto
Raquel Pessoa de Carvalho

Apoio Técnico
Antônia Taciana Ribeiro de Lima
Quelvia da Silva Lima

Apoio Administrativo
Francilira Muniz Mendes
Francisca Raquel da Silva Moura Brito
Maria Aldenir Rodrigues da Silva

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ORGANIZAÇÃO DO GUIA

Carmem Cemires Bernardo Cavalcante


Caroline Soares Nobre
José Iran Oliveira das Chagas Júnior
Mariana Nunes Ferro Gomes

EQUIPE DE ELABORAÇÃO
Carmem Cemires Bernardo Cavalcante
Caroline Antero Machado Mesquita
Caroline Soares Nobre
Érica Oliveira Matias
José Iran Oliveira das Chagas Júnior
Liana de Meneses Fiuza
Mariana Nunes Ferro Gomes
Micael Nobre Pereira
Patrícia Freire de Vasconcelos
Priscilla Cunha da Silva
Raquel Pessoa de Carvalho
Rhanna Emanuela Fontenele Lima de Carvalho
Sherida Karanini Paz de Oliveira

COLABORADORES
Ana Paula da Silva Lima
Bárbara Ketrry Freitas de Oliveira
Danielle de Menezes Ferreira
Gizelda de Freitas Marinho
Liliane Maria Martins Porto
Maria de Lourdes Lopes de Sousa
Maria Ercelina Cavalcante Alencar
Maria Eurice Marques de Morais
Maria Josane Pereira
Renata Oliveira Leorne Dantas

APOIO
Coordenadoria de Políticas e Atenção à Saúde (COPAS)
Coordenadoria de Promoção e Proteção e à Saúde (COPROM)

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Coordenadoria de Assistência Farmacêutica (COASF)
Coordenadoria das Regionais de Saúde (CORES)

REVISÃO
Carmem Cemires Bernardo Cavalcante

FORMATAÇÃO
Ana Paula da Silva Lima
Renata Oliveira Leorne Dantas

INSTITUIÇÃO PARCEIRA
Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS)

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Rumo ao Selo Bronze!1

Nosso Estado é dividido


em cinco macrorregiões
concorrendo ao Selo Bronze
com força e dedicação
pra dizer ao nosso povo
da grande satisfação
em gerar bons resultados
é possível meu irmão.

Tem projeto inovador


que veio articular
profissionais e usuários
grande família formar
acompanhando os doentes
e doenças evitar
com a promoção da saúde
vindo a se destacar.

Pra falar em Qualifica


fico logo a imaginar
as unidades arrumadas
o povo a se deslumbrar
com atendimento decente
agradando a toda gente
e o Selo Bronze ganhar.

Se organiza a entrada
a fila vai acabar
na recepção os cadernos
e tudo posso marcar

1
Cordel elaborado por Maria Eurice Marques de Morais, referência técnica da Atenção Primária à Saúde para a
Macrorregião do Cariri, Núcleo de Atenção Primária da Coordenadoria de Políticas e Atenção à Saúde – Secretaria da
Saúde do Estado do Ceará.

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evitando idas e vindas
podendo tempo ganhar.
Sou esperado na porta
na consulta e na vacina
fico bem e satisfeito
eleva minha autoestima
é um SUS que reconheço
como grande e com estima.

O projeto é arrojado
que veio e logo mudou
a forma de tratamento
dando a mim e a meu avô
envolvendo os meus vizinhos
com atenção e amor.

Minha agente de saúde


agora é toda contente
e o guarda de endemias
cumprimenta toda gente
traz recado até de dente
que marquei pra ajeitar
vejo sim uma equipe
que veio para trabalhar.

Nossa que satisfação


vovô disse que sentiu
quando foi pegar remédio
até com a nutricionista fluiu
e num longo bate papo
aí foi que evoluiu
Era alimento errado
outros tinha que ajustar
pra misturar aos remédios

7
e a diabetes baixar
tudo bem combinadinho
só tinha que acertar.

Sabe o que me faz feliz


e se dá por satisfeito
um posto bem desenhado
e os processos bem feito
ouvindo a comunidade
e excluindo os defeitos.

Selo Bronze é nossa meta


e podemos garantir
ganha eu ganha você
é motivo pra sorrir
todo o nosso Estado
pra frente vamos seguir.

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SUMÁRIO

1. APRESENTAÇÃO 10
2. TUTORIA 12
2.1 A Atenção Primária à Saúde que se deseja construir 12
2.2 A Tutoria na Construção Social da Atenção Primária à Saúde 14
3. GESTÃO DA QUALIDADE NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE 16
3.1 Selos de Qualidade 17
3.2 Eixos de Análise 17
3.3 Formas de Verificação 18
4. PLANO DE GESTÃO DA QUALIDADE NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE 18
4.1 O Ciclo de Melhoria PDSA 19
4.2 A Matriz 5W2H 20
4.3 O Plano de Ação para correção das não conformidades 21

5. METODOLOGIA DE CERTIFICAÇÃO DO SELO BRONZE DE QUALIDADE 22


5.1 Chamamento Público 22
5.2 Realização das Visitas 23
5.3 Processo de Certificação 24
6. FORMAS DE VERIFICAÇÃO DOS ITENS DO INSTRUMENTO DO SELO BRONZE DE
25
QUALIDADE 2018
6.1 Itens relacionados ao Eixo da Gestão da Unidade 25
6.2 Itens relacionados ao Atributo do Primeiro Contato 46
6.3 Itens relacionados ao Atributo da Longitudinalidade 57
6.4 Itens relacionados ao Atributo da Integralidade 97
6.5 Itens relacionados ao Atributo da Coordenação 108
6.6 Itens relacionados ao Atributo da Centralização na Família 119
6.7 Itens relacionados ao Atributo da Orientação Comunitária 126
7. PERCENTUAL DE CONFORMIDADES 131
APÊNDICE 142

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1 APRESENTAÇÃO

O Projeto de Qualificação da Atenção Primária à Saúde - QualificaAPSUS Ceará foi


lançado oficialmente em janeiro de 2016 pela Secretaria da Saúde do Estado (SESA),
com o intuito de subsidiar a reorganização do modelo de atenção, a partir da
reestruturação da Atenção Primária à Saúde nos municípios cearenses e,
consequentemente, da implantação e implementação das Redes de Atenção.
Considerando que a consolidação das Redes de Atenção depende de uma Atenção
Primária (APS) que cumpra seu papel de responsabilização, coordenação e resolução
dos problemas de saúde da população, garantindo, sobretudo, a ampliação do acesso, a
longitudinalidade e a integralidade do cuidado, o Projeto QualificaAPSUS Ceará é
estratégico para o Governo, no intuito de se buscar melhores resultados sanitários e
econômicos no âmbito do SUS.
O Projeto tem como objetivo apoiar os municípios no fortalecimento da APS para
que as equipes de saúde possam cumprir os atributos do primeiro contato, da
longitudinalidade, da integralidade, da coordenação, da centralização familiar, da
orientação comunitária e da competência cultural; cumprir as funções de
responsabilização pela saúde da população adscrita, de comunicação nas redes de
atenção à saúde e de resolução de grande parte dos problemas de saúde da população
sob sua responsabilidade; assumir a coordenação do cuidado nas redes de atenção à
saúde, nas condições crônicas; e participar da rede de atenção às urgências.
A estratégia adotada pela SESA no Projeto QualificaAPSUS Ceará tem como foco
estabelecer padrões de qualidade comuns para a Atenção Primária à Saúde com
consequente certificação das equipes. Para avaliação da gestão da qualidade nas
Unidades Básicas de Saúde, foram propostos três selos - bronze, prata e ouro. Cada selo
reflete o nível de qualidade em que a equipe de saúde se encontra.
O Selo Bronze de Qualidade reúne os itens que visam garantir a segurança do
cidadão e da equipe de trabalho. Já o Selo Prata abrange os itens que visam o
gerenciamento dos processos, com o propósito de agregar valor aos cidadãos. Por fim, o
Selo Ouro congrega os itens que visam os resultados para a comunidade. O objetivo

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proposto é que a equipe de saúde conquiste o Selo Ouro de Qualidade, portanto os selos
bronze e prata são apenas etapas intermediárias.
O Projeto QualificaAPSUS Ceará traz em seu escopo seis oficinas, cujo propósito é
possibilitar a apropriação e/ou compartilhamento de novos conhecimentos, sendo
desenvolvidas por meio de uma cadeia de educação permanente. Além das oficinas, o
Projeto conta ainda com a tutoria, que inclui a aplicação dos conteúdos teóricos
apresentados nas oficinas na prática diária das equipes.
A tutoria possibilita o desenvolvimento de novas habilidades e atitudes,
essenciais para a implementação dos modelos de atenção às condições crônicas e
eventos agudos na APS, que exigem da equipe inovação, proatividade e integração. É
realizada na Unidade Básica de Saúde, junto à equipe para apoiá-la no gerenciamento de
riscos (garantia da segurança aos cidadãos), processos (agregação de valor aos cidadãos
atendidos) e resultados (melhoria dos indicadores de saúde da população).
Assim, a tutoria tem um papel fundamental no Projeto QualificaAPSUS Ceará, pois
pressupõe o suporte às equipes da APS nos municípios, com o objetivo de apoiá-las na
elaboração dos produtos de cada oficina, bem como na avaliação e efetivação do plano
para a gestão da qualidade.
Em 2018, os municípios que aderiram ao Projeto QualificaAPSUS Ceará serão
avaliados para certificação de suas Unidades Básicas de Saúde com o Selo Bronze de
Qualidade. A certificação dá visibilidade ao processo de fortalecimento da Atenção
Primária à Saúde desencadeado pelos municípios, possibilitando seu reconhecimento
social perante o Estado, além de incentivar as equipes a criar um padrão de qualidade da
APS, que garanta um acesso qualificado, efetivo e resolutivo.
Nesse sentido, o guia instrutivo tem como propósito nortear as formas de
verificação de cada item do Instrumento de Avaliação da Qualidade para o Selo Bronze,
apresentando orientações gerais acerca de cada item, bem como a correlação com o
Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ),
com o intuito maior de apoiar as equipes no alcance das conformidades.
Espera-se, portanto, que todos os esforços empreendidos na qualificação da
Atenção Primária sejam revertidos em prol da população cearense, através de

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resultados sanitários concretos, na busca incessante pela melhoria de vida e saúde das
pessoas. Avante Ceará, rumo ao Selo Bronze de Qualidade 2018!

2 TUTORIA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE

2.1 A Atenção Primária à Saúde que se deseja construir2

A Atenção Primária à Saúde (APS), na perspectiva das Redes de Atenção (RAS),


tem suas funções ampliadas de modo a cumprir três funções: a função resolutiva de
atender a 90% dos problemas de saúde mais frequentes da população, que não são
necessariamente os mais simples; a função coordenadora de ordenar os fluxos e
contrafluxos de pessoas, produtos e informações ao longo das Redes; e a função de
responsabilização pela saúde da população usuária adstrita, nas Redes, às Equipes de
Saúde da Família. Só será possível organizar o SUS em Redes se a Atenção Primária
estiver capacitada a desempenhar bem essas três funções. Só, assim, ela poderá
coordenar as Redes e instituir-se como estratégia de organização do SUS.
A Atenção Primária que se quer construir socialmente é uma estratégia complexa,
altamente resolutiva, com capacidade de coordenar as Redes e com responsabilidades
claras, sanitárias e econômicas, por sua população adstrita.
A construção social da Atenção Primária à Saúde, modelo teórico do Projeto
QualificaAPSUS Ceará, que é proposto por Mendes (2015), procura romper com alguns
paradigmas convencionais prevalecentes, que são incoerentes com a opção recente que
se fez, no SUS, de organização em Redes de Atenção.
Há que se passar de um modelo de gestão de oferta para um modelo de gestão da
saúde da população. O modelo de gestão que se pratica no SUS – o modelo da gestão da
oferta, é incompatível com a geração de valor para as pessoas usuárias porque tem seu
foco na oferta de serviços e não nas necessidades da população usuária. Já a proposta de
construção social da APS está referida por um modelo de gestão da saúde da população,
capaz de estabelecer as necessidades de saúde de uma população específica, segundo os
riscos, de implementar e monitorar as intervenções sanitárias relativas a essa população
2
Texto transcrito do livro “A Construção Social da Atenção Primária à Saúde”, de autoria de Eugênio Vilaça Mendes.
Brasília: Conselho Nacional de Secretários de Saúde – CONASS, 2015.

12
e de prover o cuidado para as pessoas no contexto de sua cultura e de suas necessidades
e preferências.
Outro fator que marca o processo de construção social da APS proposto é a
utilização de modelos assistenciais baseados em evidência que estão sendo
operacionalizados internacionalmente. Esses modelos assistenciais são articulados pelo
conceito de condições de saúde e apresentam singularidades quando aplicados a
eventos agudos e a condições crônicas.
A construção social da APS é feita de acordo com um modelo operacional que se
desenvolve em momentos. No primeiro momento, faz-se uma análise da demanda na
APS. Esse trabalho foi possível em função de pesquisas recentes sobre a estrutura da
demanda na APS do SUS, especialmente o trabalho seminal de Gusso (2009), seguido de
outros trabalhos complementares. Os resultados da análise da demanda da APS no SUS
mostram que, diferentemente do que muitas vezes se propaga, não tem nada de simples
sendo, ao contrário, de extrema complexidade. Os diferentes tipos de demandas são
classificados em algumas categorias conforme a afinidade entre elas.
No segundo momento, avalia-se o grau de incoerência entre a estrutura de
demanda e a estrutura de oferta na APS do SUS definindo-se as brechas existentes entre
essas duas estruturas, determinadas pelo acanhado perfil de oferta atualmente vigente.
Com base na determinação dessas brechas propõe-se o incremento das intervenções
efetivas do lado da oferta como forma de superação dessas brechas. Isso é feito ao
estabelecer para os diferentes perfis de demanda, diversos perfis de oferta, com eles
coerentes.
No modelo utiliza-se a metáfora da edificação da casa da APS para construir
socialmente cada tipo de perfil de oferta. Essa construção faz-se com a utilização da
gestão de processos e da educação tutorial. A gestão por processos implica três etapas: o
mapeamento dos processos, o redesenho dos processos e a implantação e o
monitoramento dos processos redesenhados. A implantação desses processos convoca a
utilização de uma estratégia educacional que se utiliza de oficinas tutoriais, cursos e
auditoria de produtos. Esses dois primeiros momentos ligam-se, mais fortemente, à
construção da capacidade resolutiva da APS.

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O terceiro momento é da construção da capacidade de coordenação, uma função
essencial da Atenção Primária nas Redes. A função de coordenação só pode ser
executada eficazmente se estiver assentada em mecanismos de coordenação potentes. À
semelhança de experiências internacionais bem sucedidas, opta-se pelo modelo de
coordenação organizacional de Mintzberg (2003) e faz-se uma discussão sobre os
mecanismos de coordenação que, com base neste modelo, devem ser usados na
construção social da APS. Nomeiam-se alguns modelos de coordenação da atenção à
saúde e propõe-se a utilização do modelo de coordenação do cuidado para que a Atenção
Primária possa coordenar as Redes.
O quarto momento trata da regulação assistencial das condições crônicas não
agudizadas pela Atenção Primária. Para isso, desnuda-se e mostra-se que o modelo de
regulação assistencial vigente no SUS, o modelo da regulação assistencial da oferta,
esgotou-se, devendo ser substituído por um modelo de regulação assistencial da saúde
da população, coerente com o novo paradigma da gestão da saúde da população. Só
assim, será possível que a Atenção Primária à Saúde regule diretamente as condições
crônicas não agudizadas nas Redes de Atenção.

2.2 A Tutoria na Construção Social da Atenção Primária à Saúde3

O processo de mudanças na Atenção Primária à Saúde implica adensá-la


tecnologicamente para capacitá-la a responder socialmente, de forma efetiva, aos
diferentes perfis de demandas por cuidados primários. Nesse sentido, envolve um
conjunto de ações que se dão em dois componentes do Modelo de Donabedian: a
estrutura e os processos.
As mudanças na estrutura envolvem uma nova concepção de estrutura física, a
ampliação da equipe de saúde e a adequação dos recursos materiais e financeiros. As
mudanças nos processos envolvem a organização oferta por meio de: os macro e
microprocessos básicos; os macroprocessos de atenção aos eventos agudos; os
macroprocessos de atenção às condições crônicas não agudizadas, às pessoas
hiperutilizadoras e às enfermidades; os macroprocessos da atenção preventiva; os

3Texto transcrito do livro “A Construção Social da Atenção Primária à Saúde”, de autoria de Eugênio Vilaça Mendes.
Brasília: Conselho Nacional de Secretários de Saúde – CONASS, 2015.

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macroprocessos das demandas administrativas; os macroprocessos da atenção
domiciliar; e os macroprocessos do autocuidado apoiado.
A implantação dessas mudanças implica a utilização de uma estratégia
educacional que se utiliza de oficinas tutoriais, cursos e auditoria de produtos. As
oficinas tutoriais alternam momentos presenciais e de dispersão, estes com tarefas bem
definidas a
serem executadas.
O trabalho de mudança inicia-se com a escolha de unidades laboratórios que são
aquelas em que serão implantadas as mudanças estruturais e processuais com a
participação de um tutor externo que desenvolve uma estratégia educacional de fazer
junto.
As unidades laboratórios cumprem duas funções principais. A primeira é de
gerar, a partir da metodologia geral aqui proposta, um padrão customizado para a
realidade do local em que se trabalha. A segunda é tornar-se um ponto de visita para as
demais unidades acenando que a proposta é viável na realidade específica daquele local.
O trabalho com unidades laboratórios é diferente de um trabalho piloto porque
ela constitui, apenas, um primeiro momento de intervenção num processo de
implantação em escala que já está estabelecido.
Alguns critérios devem ser obedecidos para a escolha das unidades laboratório:
ser uma unidade de saúde da Família com equipe completa; ter uma relação adequada
de população por equipe (em torno de 3.500 pessoas por equipe); ter um gerente com
capacidade de liderança; ter NASF; ter condições adequadas de infraestrutura; e ter um
espaço próprio ou comunitário para atividades de grupo.
As figuras-chave desses processos de implantação são os tutores que
desenvolvem um trabalho educacional nas unidades-laboratório utilizando a estratégia
de fazer junto com as Equipes de Saúde da Família.
Os tutores devem conhecer a metodologia e ter domínio sobre os processos que
vão implantar na Atenção Primária, ou seja, caracterizam-se pela experiência de chão de
fábrica em unidades de APS. Ainda que o trabalho de tutoria aqui recomendado, baseado
na tutoria presencial em ambiente de trabalho, seja diferente da tutoria da educação à
distância, algumas competências semelhantes devem ser consideradas na seleção dos

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tutores (LIMA e ROSATELLI, 2005): conhecer a metodologia; ter domínio sobre os
processos a serem implantados; possuir atitude crítica e criativa no desenvolvimento de
suas atribuições; desenvolver a capacidade de estimular a resolução de problemas;
possibilitar uma aprendizagem dinâmica; ser capaz de abrir caminhos para a expressão
e a comunicação; fundamentar-se na produção de conhecimentos; apresentar atitude
pesquisadora; possuir uma clara concepção de aprendizagem; estabelecer relações
empáticas com seus interlocutores; possuir capacidade de inovação; e facilitar a
construção de conhecimentos.
O trabalho feito nas unidades laboratórios é difundido pelos tutores para outras
unidades básicas de saúde, na fase de expansão do processo de construção social da APS.
Em alguns processos mais complexos, além das oficinas tutoriais, há que se
complementar com cursos breves. Por exemplo, uma oficina tutorial não é suficiente
para um processo como da estratificação de risco das condições crônicas, sendo,
portanto, necessário, ofertar um curso breve sobre o tema para capacitar as Equipes de
Saúde da Família.
Os processos implantados são auditados, por meio de auditorias internas e
externas, periodicamente, segundo a natureza singular de cada processo.

3 GESTÃO DA QUALIDADE NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE4

Para avaliar a qualidade na Atenção Primária à Saúde, instituiu-se o “Instrumento


para Avaliação da Qualidade na Atenção Primaria à Saúde”. A aplicação do instrumento
possibilita verificar o estágio de desenvolvimento alcançado pelas Unidades Básicas de
Saúde (UBS); identificar as não conformidades; e desenvolver planos para correção das
não conformidades ou para melhoria contínua.
Para a elaboração do instrumento utilizou-se como referências: o Manual
Brasileiro de Acreditação – ONA (2014); o Plano Diretor de Atenção Primária à Saúde –
Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais (2010); o Instrumento de Avaliação da
Qualidade na Atenção Primária – Secretaria Municipal de Saúde de Uberlândia – MG
(2011/2012); o Instrumento de Avaliação Externa do PMAQ – Ministério da Saúde

4Texto escrito pela consultora da Secretaria da Saúde do Estado do Ceará - Maria Emi Shimasaki, direcionado para o
Projeto QualificaAPSUS Ceará.

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(2013); o Programa Nacional de Segurança do Paciente – Ministério da Saúde (2013); e
os guias de estudo das oficinas do APSUS, da Secretaria de Estado da Saúde do Paraná
(2013 e 2014).

3.1 SELOS DE QUALIDADE

Para avaliação das Unidades Básicas de Saúde, referentes à Gestão da Qualidade,


foram propostos três Selos: bronze, prata e ouro. Cada selo reflete o nível de qualidade
em que a equipe de saúde se encontra:
a) Selo Bronze: reúne os itens que visam garantir a segurança do cidadão e da equipe;
b) Selo Prata: abrange os itens que visam o gerenciamento dos processos, com o
propósito de agregar valor aos cidadãos;
c) Selo Ouro: congrega os itens que visam os resultados para a comunidade;
O objetivo proposto é que a equipe de saúde conquiste o Selo Ouro da Qualidade.
Os Selos Bronze e Prata são apenas etapas intermediárias.

3.2 EIXOS DE ANÁLISE

O Instrumento considera para cada Selo dois grandes eixos de análise:


a) A Gestão da Unidade: infraestrutura, recursos humanos, recursos materiais e
tecnológicos, gerenciamento de risco, entre outros;
b) Os Atributos da Atenção Primária à Saúde: primeiro contato, longitudinalidade,
integralidade, coordenação, centralização familiar e orientação comunitária.

3.3 FORMAS DE VERIFICAÇÃO

Os itens de avaliação apresentam o que se espera em cada grande eixo de análise.


É uma frase afirmativa que expressa a expectativa de ser alcançada.
A forma de verificação é um orientador para se comprovar se o item de avaliação
foi cumprido, e é de uso do Avaliador. Quanto à resposta, será sim ou não.
Possivelmente, os avaliadores serão convocados muitas vezes pelos participantes para

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debater o “não”, especialmente quando o “sim” deixa de ser alcançado por um aspecto
mínimo exigido pelo item de avaliação. Nestas situações, os avaliadores deverão
relembrar aos participantes os princípios da proposta e os objetivos de sua utilização.
Deverá ser salientado que uma resposta “não”, traz o foco para aquilo que precisa ser
aprimorado até que os parâmetros sejam alcançados.
Os itens de avaliação respondidos como “sim”, certamente, não serão alvo de
intervenções. Forçar uma resposta “sim” quando a situação é de “quase sim”, poderá
comprometer ainda mais o desempenho em relação a este item de avaliação em uma
nova avaliação. Os avaliadores poderão reforçar nos participantes a compreensão do
“não” como “ainda não” e incentivá-los a ver nestes casos uma grande chance de, com
pouco esforço, modificar o panorama em uma próxima avaliação.

4 PLANO DE GESTÃO DA QUALIDADE NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE

Após a aplicação do Instrumento para Avaliação da Qualidade na Atenção


Primaria à Saúde, a equipe deve analisar o percentual de itens que apresentaram
conformidade. Na sequência, deve analisar minuciosamente os itens não conformes e
questionar os motivos, o grau de dificuldade para correção, os recursos necessários, a
qualificação da equipe, entre outros.
Após análise, a equipe deve elaborar um plano para correção das não
conformidades. Mas não basta planejar, é preciso executar, monitorar e avaliar se, de
fato, as não conformidades foram sanadas. Para essa etapa, a recomendação é a
utilização de duas ferramentas da qualidade – o PDSA e a Matriz 5W2H – por serem as
mais utilizadas pela fácil aplicabilidade.
O plano deve ser assinado pelo gerente/responsável da Unidade Básica de Saúde,
bem como pelo gestor municipal de saúde, representando o compromisso mútuo e
salvaguardando as competências e governabilidade de cada uma das partes na correção
das não conformidades identificadas.

18
4.1 O CICLO DE MELHORIA PDSA5

O ciclo PDSA é um método interativo de gestão de quatro passos, utilizado para o


controle e melhoria contínua de processos e produtos. Também conhecido como Ciclo
de Shewhart ou Ciclo de Deming, é uma ferramenta de gestão cujo objetivo principal é
tornar os processos mais ágeis, claros e objetivos, como forma de alcançar um nível de
gestão melhor a cada dia, atingindo ótimos resultados.
O PDSA surge a partir da necessidade de aprendizado e melhoria de um produto
ou processo, complementando o que já existia no PDCA, pois propõe que seja feito um
processo de estudo em pequena escala com o objetivo de desenvolver o aprendizado e a
geração de um novo conhecimento.
A mudança ocorre de Check (Checar/Verificar) para Study (Estudar), portanto, já
é possível considerar que o ciclo passou para um âmbito maior, não visando apenas
checar, e sim estudar, analisar (Figura 1).

Figura 1 - Ciclo PDSA

5
Texto escrito por Rubia Barra e Marco Matos, consultores do CONASS, para a Oficina de Tutoria na
Planificação da Atenção à Saúde, e adaptado pela Secretaria da Saúde do Estado do Ceará para utilização no
Projeto QualificaAPSUS Ceará.

19
4.2 A MATRIZ 5W2H6

A matriz 5W2H é uma ferramenta administrativa que pode ser utilizada em


qualquer empresa a fim de registrar de maneira organizada e planejada como serão
efetuadas as ações, assim como por quem, quando, onde, por que, como e quanto irá
custar para a empresa.
Seu nome não é por acaso, pois designa uma sigla que contém todas as iniciais
dos processos em inglês, sendo: What (o que); Who (quem); When (quando); Where
(onde); Why (por que); How (como); How Much (quanto), conforme mostra o Quadro 1.

Quadro 1 – Significado do 5W2H.


What
O que será feito? É o objetivo que você deseja alcançar.
O quê?
Who Quem irá fazer? Para chegar lá é preciso a elaboração de diversos
Que? processos e ações, quem ficará responsável por cada ação?
When
Quando será feito? Qual a data para se realizar.
Quando?
Where Em que local será feito? É importante detalhar ainda mais o lugar
Onde? onde será executada a ação.
Why
Porque será feito? Quais os motivos que justificam o que será feito.
Por quê?
How Como será feito? Detalhamento de qual o processo que será feito
Como? para atingir o seu objetivo, buscando ser o mais específico possível.
How much
Quanto custa? Qual o valor que será gasto.
Quanto?

6Texto escrito por Rubia Barra e Marco Matos, consultores do CONASS, para a Oficina de Tutoria na Planificação da
Atenção à Saúde, e adaptado pela Secretaria da Saúde do Estado do Ceará para utilização no Projeto QualificaAPSUS
Ceará.

20
4.3 O PLANO DE AÇÃO PARA CORREÇÃO DAS NÃO CONFORMIDADES

A elaboração e monitoramento do plano de ação para correção das não


conformidades identificadas na aplicação do instrumento para avaliação da qualidade na
APS é um dos grandes diferenciais para a implantação de todos os processos
relacionados a tutoria.
No plano de ação são descritas as estratégicas para alcançar os objetivos e metas,
as ações a serem desenvolvidas, os recursos necessários, o prazo, o responsável e a
avaliação dos resultados, conforme segue.

PLANO DE AÇÃO PARA CORREÇÃO DAS NÃO CONFORMIDADES7

Coordenadoria Regional de Saúde:


Município:
Unidade Básica de Saúde:
Gerente/responsável:
Tutor:
Data:
Item de avaliação:
Situação encontrada:
Objetivo/Meta:
Estratégia para
Ações a serem Recursos Avaliação dos
alcançar os Prazo Responsável
desenvolvidas necessários resultados
objetivos/metas

Vale ressaltar a importância do monitoramento do plano de ação para identificar


as ações não executadas, os nós críticos, a repactuação de novas estratégias, a
redefinição de prazos e responsáveis pela condução das ações, de acordo com a proposta
a seguir.

7 Matriz utilizada pelo Programa APSUS Paraná para o plano de ação para correção das não conformidades no
processo de organização da APS com vistas à certificação das Unidades Básicas de Saúde.

21
RESULTADO E ACOMPANHAMENTO8

Coordenadoria Regional de Saúde:


Município:
Unidade Básica de Saúde:
Gerente/responsável:
Tutor:
Data:
Item de avaliação:
Ações Repactuação/ Prazo de
Nós críticos Responsável
Planejadas Executadas Nova estratégia execução

5 METODOLOGIA DE CERTIFICAÇÃO DO SELO BRONZE DE QUALIDADE

5.1 CHAMAMENTO PÚBLICO

A Secretaria da Saúde do Estado do Ceará fará um chamamento público para os


municípios que desejem participar da avaliação para certificação de suas Unidades
Básicas de Saúde com o Selo Bronze de Qualidade 2018. Para tanto, os critérios mínimos
para elegibilidade dos municípios são:
 realizaram adesão ao Projeto QualificaAPSUS Ceará nos anos de 2016 e 2017;
 participaram de, no mínimo, quatro oficinas regionais até março, mês do chamamento
público; e

8 Matriz utilizada pelo Programa APSUS Paraná para o monitoramento do plano de ação para correção das não
conformidades no processo de organização da APS com vistas à certificação das Unidades Básicas de Saúde.

22
 que atingirem, no mínimo, 60% de conformidade no Instrumento de Avaliação para
Qualidade da Atenção Primária à Saúde – Selo Bronze de Qualidade 2018, na fase de
autoavaliação.
Importante ressaltar que, independente do município ter aderido ao Projeto por
meio do Termo de Cooperação Técnica, o mesmo não é obrigado a participar da
avaliação para certificação. Mesmo que não requeira o Selo Bronze na primeira etapa, o
município continuará participando do Projeto QualificaAPSUS Ceará.
O município pode aderir apenas com a Unidade Laboratório, bem como com suas
Unidades de Expansão, desde que atendam à conformidade dos itens e sua comprovação
mediante as formas de verificação exigidas no instrumento de avaliação. Para tanto, o
município deve responder ao chamamento público indicando as Unidades e os
respectivos CNES.
O município deve preencher o instrumento de avaliação do Selo Bronze de
Qualidade 2018 no formulário do google docs, que será disponibilizado através de link
como forma de autoavaliação.
O preenchimento do formulário para cada Unidade que participará da avaliação,
bem como o percentual alcançado por cada uma, validarão a participação do município
na avaliação do Selo Bronze de Qualidade.
Todos os municípios que atenderem aos critérios mínimos estabelecidos nesse
Edital receberão as visitas para avaliação com fins de certificação do Selo Bronze de
Qualidade 2018.

5.2 REALIZAÇÃO DAS VISITAS

A priori, serão realizadas duas visitas: uma visita diagnóstica e uma visita
certificativa, com intervalo de 15 a 20 dias.
O número de avaliadores dependerá do número de equipes na Unidade. No
mínimo, serão dois avaliadores por Unidade Básica de Saúde.
Se na primeira visita a Unidade já alcançar 70% de conformidade, a mesma será
comunicada no ato que receberá o Selo Bronze de Qualidade 2018. Se não alcançar o
percentual necessário, a dupla de avaliadores enviará ao gestor municipal de saúde o

23
relatório de pendências para que a equipe se organize e atinja a conformidade. Assim,
após 15 a 20 dias, a dupla retornará para avaliar somente os itens pendentes.
Com relação às pendências, o que se avalia é atitude da equipe diante dos riscos
identificados, ou seja, o nível de esforços empreendidos pela equipe em busca da
conformidade dos itens.
Os itens que têm correlação direta com ações estaduais e/ou regionais não
realizadas anteriormente não serão avaliados nessa etapa do Selo Bronze. Assim, o
percentual será calculado com base nos itens pontuáveis. Entretanto, os municípios que
implantaram determinados processos com ou sem a realização de ações
estaduais/regionais serão pontuados.
No caso da Unidade possuir mais de uma equipe, esta só receberá o Selo Bronze
se todas as equipes alcançarem, no mínimo, 70% de conformidade, considerando-se que
a certificação é da Unidade e não da equipe.
A validade do Selo é de um ano. Após esse período, a Unidade precisa ser
reavaliada para revalidação do Selo Bronze ou para concorrer ao Selo Prata de
Qualidade.

5.3 PROCESSO DE CERTIFICAÇÃO

As Unidades Básicas de Saúde que atingirem 70% de conformidade no


instrumento de avaliação da qualidade do Selo Bronze receberão do Governo do Estado
um certificado. Da mesma forma, todos os trabalhadores, os tutores da Unidade e a
gestão municipal serão reconhecidos pelo mérito alcançado também na forma de
certificação.
A entrega da certificação será realizada em um evento promovido pela Secretaria
da Saúde do Estado, com a presença de várias representações da sociedade e do Setor
Saúde.
Uma vez certificada, a Unidade Básica de Saúde deverá manter a conformidade
dos itens e, para tanto, deverá passar por avaliação anual para continuar com o Selo. O
período para a avaliação para a manutenção da certificação deverá ser estabelecido pelo
Núcleo de Atenção Primária da Coordenadoria de Políticas e Atenção à Saúde.

24
Independente da primeira etapa de certificação do Selo Bronze de Qualidade,
todas as atividades do Projeto QualificaAPSUS Ceará serão realizadas conforme
cronograma pré-estabelecido, com o intuito de que todas as Unidades Básicas de Saúde
alcancem o percentual de conformidade e a manutenção do mesmo, seja para
revalidação do Selo Bronze ou submissão ao Selo Prata.
Outros períodos de chamamento público serão abertos para contemplar as
Unidades que superarem os desafios relacionados à segurança do cidadão e da equipe de
trabalho. O intuito maior é criar a cultura de melhoria contínua na Atenção Primária à
Saúde em prol de um acesso mais qualificado e resolutivo.

6 FORMAS DE VERIFICAÇÃO DOS ITENS DO INSTRUMENTO DO SELO BRONZE DE


QUALIDADE 20189

6.1 ITENS RELACIONADOS AO EIXO DA GESTÃO DA UNIDADE

Item 01. A unidade básica de saúde possui placa na entrada para identificação de
acordo com padrão pré-estabelecido.

Forma de Verificação:
Verificar se há placa na entrada, segundo padrão pré-estabelecido.

Orientações Gerais:
A Política Nacional da Atenção Básica (PNAB) indica que as Unidades Básicas de Saúde
(UBS) devem possuir identificação segundo padrões visuais do Sistema Único de Saúde
(SUS), facilitando, portanto, a indicação desses equipamentos como parte do Sistema
Local de Saúde, enquanto unidades prestadoras de cuidados primários de saúde de fácil
reconhecimento pela população.
Nesse sentido, as UBS devem ser sinalizadas externamente, seguindo o padrão de
identificação visual pré-estabelecido pelo órgão financiador da obra, conforme segue:
9 Algumas formas de verificação e orientações gerais sobre os itens de avaliação foram adaptadas do documento
“Tutoria na Atenção Primária à Saúde – Manual Operativo do Selo Bronze”, elaborado pela Secretaria de Estado da
Saúde do Paraná, no âmbito do Programa de Qualificação da Atenção Primária à Saúde do Paraná. Curitiba-Paraná,
2017.

25
FINANCIAMENTO PADRÃO
Padrão de identificação visual do Ministério
Ministério da Saúde
da Saúde
Padrão de identificação visual da Secretaria
Secretaria da Saúde do Estado do Ceará
da Saúde do Estado do Ceará
Padrão de identificação visual da Secretaria
Secretaria Municipal de Saúde
Municipal de Saúde

Correlação do item de avaliação com o 3º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria


do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB):
Módulo 1 – 1.4
A unidade possui que tipo de sinalização externa?

Referência:
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção
Básica. Política Nacional de Atenção Básica. Brasília: Ministério da Saúde, 2012.

Item 02. A unidade básica de saúde possui quadro atualizado com a identificação
dos seus profissionais, dias e horários de atendimento, em local visível para a
população.

Forma de Verificação:
Verificar a existência do quadro atualizado com a identificação dos profissionais, dias e
horários de atendimento, em local visível para a população.

Orientações Gerais:
Para um ambiente adequado em uma unidade básica de saúde, existem componentes
que atuam como modificadores e qualificadores do espaço, recomendando-se
contemplar: recepção sem grades, identificação dos serviços existentes, escala dos
profissionais, horários de funcionamento e sinalização de fluxos, conforto térmico e
acústico, e espaços adaptados para as pessoas com deficiência em conformidade com as
normativas vigentes.

26
Nesse sentido, recomenda-se que o quadro seja afixado em local visível, com letras
grandes, possibilitando à população o conhecimento acerca de todos os profissionais
que trabalham na Unidade, com nome e categoria profissional, bem como os dias da
semana e o horário de atendimento.

Correlação do item de avaliação com o 3º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria


do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB):
Módulo 1- 1.4
A(s) equipe(s) disponibiliza(m) na estrutura da unidade: O horário de funcionamento da
unidade de saúde; a escala dos profissionais com nome e horários de trabalho; a
identificação de todos os profissionais (por ex.: crachás, uniformes, jaleco)?

Referência:
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS de Consolidação nº 2, de 28 de setembro
de 2017. Brasília: Ministério da Saúde, 2017.

Item 03. A unidade básica de saúde possui sinalização interna de salas e


ambientes, bem como de sua carteira de serviços prestados.

Forma de Verificação:
Verificar se há sinalização interna das salas e ambientes, bem como a carteira de
serviços prestados visível à população.

Orientações Gerais:
As unidades básicas de saúde devem possuir sinalização interna de todos os espaços
(salas e ambientes), padronizada pela Secretaria Municipal de Saúde, que facilite o
deslocamento dos usuários e, consequente, identificação dos setores, bem como a
indicação de todos os serviços prestados à população.

Correlação do item de avaliação com o 3º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria


do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB):
Módulo 1 – 1.4

27
A(s) equipe(s) disponibiliza(m) na estrutura da unidade: A listagem (escopo) de
ações/ofertas de serviços da equipe; O telefone da ouvidoria do Ministério da Saúde ou
da secretaria estadual ou municipal de Saúde?

Referências:
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção a Saúde. Departamento de Atenção
Básica. Manual de estrutura física das Unidades Básicas de Saúde. Brasília: Ministério da
Saúde, 2006.
BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de Atenção Básica. Acessibilidade em
Unidades Básicas de Saúde. Brasília: Ministério da Saúde.

Item 04. Os pisos, paredes e tetos da unidade básica de saúde são de superfícies
lisas e laváveis.

Forma de Verificação:
Verificar se o piso é antiderrapante, paredes e tetos da unidade são lisas e laváveis.

Orientações Gerais:
O material de revestimento das paredes, teto e pisos das unidades básicas de saúde
devem ser laváveis e de superfície lisa, independente da cor ou material, desde que
permita a limpeza de forma eficiente.

Correlação do item de avaliação com o 3º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria


do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB):
Módulo 1 – 1.6
Os pisos e as paredes da unidade de saúde são de superfícies laváveis?

Referência:
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção a Saúde. Departamento de Atenção
Básica. Manual de estrutura física das Unidades Básicas de Saúde. Brasília: Ministério da
Saúde, 2006.

28
Item 05. A Unidade Básica de Saúde garante acessibilidade a pessoas idosas e com
mobilidade reduzida.

Forma de Verificação:
Verificar se há rampas de acesso, banheiro adaptado, com vaso, pia, dispensador para
sabão e papel em nível adequado, barras de apoio, portas com abertura para fora e área
que permita a manobra de cadeira de rodas.

Orientações Gerais:
Todo projeto de estrutura física de unidades básicas de saúde deve considerar
adequações que permitam o acesso de pessoas deficientes e com limitações, tais como:
rampas de acesso, portas com dimensões ampliadas, maçanetas do tipo alavanca, barras
de apoio, dentre outras.
No caso da estrutura da Unidade Básica de Saúde (UBS) não atender ao solicitado no
item, e na falta de previsão de reforma da mesma, a equipe pode apresentar um plano de
contingência para gerenciar os riscos associados à garantia do acesso às pessoas idosas e
com mobilizada reduzida.

Correlação do item de avaliação com o 3º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria


do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB):
Módulo 1 – 1.4
Nas dependências da unidade, existe: Entrada externa adaptada para cadeira de rodas;
Corrimão nos locais não nivelados (ex.: escadas, rampas etc.); Todas as portas internas
adaptadas para cadeira de rodas; Piso tátil para acesso as dependências da unidade;
Todos os corredores adaptados para cadeira de rodas; Cadeira de rodas disponível e em
condição de uso para deslocamento do usuário; Todos os ambientes com sinalização –
placa – facilitando o acesso (por exemplo: recepção, consultório, banheiro)?

Referências:
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção a Saúde. Departamento de Atenção
Básica. Manual de estrutura física das Unidades Básicas de Saúde. Brasília: Ministério da
Saúde, 2006.

29
Item 06. A Unidade Básica de Saúde possui iluminação, ventilação e acústica
adequada.

Forma de Verificação:
Verificar se a unidade possui ventilação, iluminação e acústica adequadas.

Orientações Gerais:
A ventilação adequada é imprescindível para se manter a salubridade nos ambientes da
Unidade Básica de Saúde (UBS). Recomenda-se que todos os ambientes sejam claros,
com o máximo de luminosidade natural possível e acústica adequada, que possibilitem
as condições mínimas necessárias para o desenvolvimento dos cuidados primários
prestados à população.

Correlação do item de avaliação com o 3º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria


do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB):
Não existe correlação desse item com o PMAQ-AB.

Referências:
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção a Saúde. Departamento de Atenção
Básica. Manual de estrutura física das Unidades Básicas de Saúde. Brasília: Ministério da
Saúde, 2006.
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da
Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância sanitária – RDC ANVISA, nº 63 de
25 de novembro de 2011. Brasília: Ministério da Saúde, 2011.

Item 07. A Unidade Básica de Saúde possui extintores de incêndio e sinalização de


rota de fuga, em caso de incêndio.

Forma de Verificação:
Verificar a existência de extintores de incêndio dimensionados conforme o porte da
unidade, dentro do prazo de validade, com área de delimitação, bem como sinalização da
rota de fuga, em caso de incêndio.

30
Orientações Gerais:
A Unidade Básica de Saúde deve possuir extintor de incêndio e rotas de fuga sinalizadas
para garantir a segurança dos usuários e equipe, em caso de incêndio, indicando as
saídas permitidas.

Correlação do item de avaliação com o 3º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria


do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB):
Não existe correlação desse item com o PMAQ-AB.

Referências:
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção a Saúde. Departamento de Atenção
Básica. Manual de estrutura física das Unidades Básicas de Saúde. Brasília: Ministério da
Saúde, 2006.
BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de Atenção Básica. Acessibilidade em
Unidades Básicas de Saúde. Brasília: Ministério da Saúde.
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da
Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância sanitária – RDC ANVISA, nº 63 de
25 de novembro de 2011. Brasília: Ministério da Saúde, 2011.

Item 08. A Unidade Básica de Saúde possui computadores com acesso à internet
na recepção, farmácia e consultórios.

Forma de Verificação:
Verificar a existência de computadores com acesso à internet na recepção, farmácia e
consultórios.

Orientações Gerais:
As Unidades Básicas de Saúde devem possuir computadores com acesso à internet,
minimamente, na recepção, consultórios e farmácia, permitindo à equipe a alimentação
dos prontuários e sistemas de informação, como forma de garantir a longitudinalidade
no acompanhamento dos usuários, bem como assegurar a tomada de decisão da equipe
a partir dos dados coletados.

31
Não havendo disponibilidade de internet na unidade, verificar se não há prejuízo na
digitação das atividades realizadas. Assim, a falta de internet não é impeditiva para o
selo, desde que se garanta o registro adequado dos serviços prestados na unidade.

Correlação do item de avaliação com o 3º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria


do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB):
Módulo 1 – 1.7
Quantos computadores com acesso a internet?

Referências:
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção a Saúde. Departamento de Atenção
Básica. Manual de estrutura física das Unidades Básicas de Saúde. Brasília, 2006.
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da
Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância sanitária – RDC ANVISA, nº 63 de
25 de novembro de 2011. Brasília: Ministério da Saúde, 2011.

Item 09. A Unidade Básica de Saúde possui número adequado de consultórios


equipados para atendimento aos usuários.

Forma de Verificação:
Verificar a existência de um quantitativo adequado de consultórios na unidade,
conforme o número de equipes de saúde da família, equipados, minimamente, com
mesa, cadeiras e maca para exame.

Orientações Gerais:
As unidades básicas de saúde devem dispor de consultórios suficientes para
atendimento da equipe, conforme a quantidade existente, bem como a garantia de
disponibilidade de equipamentos, materiais, insumos e medicamentos de acordo com a
carteira de serviços prestados à população.

Correlação do item de avaliação com o 3º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria


do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB):
Não existe correlação desse item com o PMAQ-AB.

32
Referência:
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da
Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância sanitária – RDC ANVISA, nº 63 de
25 de novembro de 2011. Brasília: Ministério da Saúde, 2011.

Item 10. A Unidade Básica de Saúde possui consultório odontológico equipado


com oferta de atendimento em saúde bucal para a população.

Forma de Verificação:
Verificar a existência de cadeira odontológica, refletor, equipo e unidade auxiliar em
condições de uso, bem como a sinalização do atendimento na carteira de serviços e a
disponibilidade de profissionais no quadro da unidade.

Orientações Gerais:
As unidades básicas de saúde devem dispor de consultório odontológico destinado à
realização de procedimentos clínico-cirúrgicos, em condições de funcionamento, com
disponibilidade de equipamentos, materiais, insumos e recursos humanos necessários à
oferta do serviço à população.
No caso da unidade não possuir equipe de saúde bucal, deve ser garantido à população o
acesso a esse serviço.

Correlação do item de avaliação com o 3º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria


do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB):
Módulo 5 – 5.3
Quantas Equipes de Saúde Bucal existem nesta unidade de saúde (por modalidade)?

Referência:
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção a Saúde. Departamento de Atenção
Básica. Manual de estrutura física das Unidades Básicas de Saúde. Brasília: Ministério da
Saúde, 2006.

33
Item 11. O número de salas da Unidade Básica de Saúde permite o atendimento
aos usuários de forma a evitar contaminação cruzada.

Forma de Verificação:
Verificar o quantitativo de salas da unidade com relação à oferta de serviços, evitando a
contaminação cruzada de procedimento.

Orientações Gerais:
As unidades básicas de saúde devem disponibilizar a todos os trabalhadores normas e
condutas de segurança biológica, química, física, ocupacional e ambiental; instruções
para uso dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI); procedimentos em caso de
incêndios e acidentes; e orientação para manuseio e transporte de produtos
contaminados.
Verificar a disposição das salas e a realização conjunta de procedimentos contaminados
e não contaminados, que possam favorecer a contaminação cruzada, comprometendo,
assim, a segurança dos usuários e da equipe.

Correlação do item de avaliação com o 3º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria


do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB):
Não existe correlação desse item com o PMAQ-AB.

Referência:
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da
Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância sanitária – RDC ANVISA, nº 63 de
25 de novembro de 2011. Brasília: Ministério da Saúde, 2011.

Item 12. A Unidade Básica de Saúde possui pias exclusivas para higienização das
mãos e insumos necessários em todos os pontos de cuidado com lembrete da
técnica de higienização das mãos.

34
Forma de Verificação:
Verificar a existência de pias exclusivas para higienização das mãos em todos os pontos
de cuidado, com disponibilidade de papel toalha e sabão líquido, bem como afixação de
lembretes da técnica de higienização das mãos.

Orientações Gerais:
A Unidade Básica de Saúde deve dispor de pia para a lavagem dos materiais e para uso
dos profissionais na higienização das mãos antes e depois do atendimento ao usuário.

Correlação do item de avaliação com o 3º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria


do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB):
Não existe correlação desse item com o PMAQ-AB.

Referência:
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de
Vigilância das Doenças Transmissíveis. Manual de normas e procedimentos para
vacinação/ Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de
Vigilância das Doenças Transmissíveis. – Brasília: Ministério da Saúde, 2014.

Item 13. A Unidade Básica de Saúde dispõe de geladeira exclusiva para guarda de
vacinas, com termômetro, controle de temperatura e de higienização, bem como
os Procedimentos Operacionais Padrão relacionados.

Forma de Verificação:
Verificar a existência de geladeira exclusiva para guarda de vacinas, com termômetro,
controle de temperatura e de higienização, bem como os devidos Procedimentos
Operacionais Padrão.

Orientações Gerais:
Na estruturação da sala de vacinação, faz-se necessário a existência de equipamentos de
refrigeração utilizados exclusivamente para a conservação de imunobiológicos conforme
as normas do Programa Nacional de Imunização.

35
Além disso, deve-se garantir o controle rigoroso de temperatura, mediante
monitoramento contínuo, por meio do preenchimento da planilha de controle de
temperatura, bem como a higienização adequada da geladeira, de acordo com os
Procedimentos Operacionais Padrão, que devem estar disponíveis para consulta na sala
de vacina.

Correlação do item de avaliação com o 3º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria


do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB):
Módulo 1 – 1.8
Quantas geladeiras exclusivas para vacina em condições de uso?

Referência:
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de
Vigilância das Doenças Transmissíveis. Manual de normas e procedimentos para
vacinação/ Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de
Vigilância das Doenças Transmissíveis. – Brasília: Ministério da Saúde, 2014.

Item 14. A Unidade Básica de Saúde possui um plano de contingência para queda
de energia na sala de vacina.

Forma de Verificação:
Verificar se a unidade possui plano de contingência afixado em local acessível na sala de
vacina com as devidas orientações.

Orientações Gerais:
O plano de contingência refere-se aos procedimentos que devem ser adotados quando o
equipamento de refrigeração deixar de funcionar por quaisquer motivos. Quando
houver interrupção no fornecimento de energia, o equipamento deve ser mantido
fechado e a temperatura interna deve ser rigorosamente monitorada. Se não houver o
restabelecimento da energia ou quando a temperatura estiver próxima a +7ºC, deve-se
proceder imediatamente à transferência dos imunobiológicos para outro equipamento
(refrigerador ou caixa térmica) com a temperatura recomendada (entre +2ºC e +8ºC). O
mesmo procedimento deve ser adotado em caso de falha do equipamento.

36
Correlação do item de avaliação com o 3º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria
do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB):
Não existe correlação desse item com o PMAQ-AB.

Referência:
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de
Vigilância das Doenças Transmissíveis. Manual de normas e procedimentos para
vacinação/ Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de
Vigilância das Doenças Transmissíveis. – Brasília: Ministério da Saúde, 2014.

Item 15. A equipe de saúde da família conhece o fluxo de encaminhamento para


acidentes biológicos.

Forma de Verificação:
Verificar se houve treinamento da equipe acerca do fluxo (lista de presença, frequência,
ata, programação) e se o mesmo se encontra afixado em local visível.

Orientações Gerais:
As exposições ocupacionais a materiais biológicos potencialmente contaminados são um
sério risco aos profissionais em seus locais de trabalho. Estudos desenvolvidos nesta
área mostram que os acidentes envolvendo sangue e outros fluídos orgânicos
correspondem às exposições mais frequentemente relatadas. Os ferimentos com agulhas
e material perfuro cortante, em geral, são considerados extremamente perigosos por
serem potencialmente capazes de transmitir mais de 20 tipos de patógenos diferentes,
sendo o vírus da imunodeficiência humana (HIV), o da hepatite B e o da hepatite C, os
agentes infecciosos mais comumente envolvidos.
Nesse sentido, o fluxo de encaminhamento para acidentes biológicos deve ser de
conhecimento de todos os trabalhadores da unidade.

Correlação do item de avaliação com o 3º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria


do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB):
Não existe correlação desse item com o PMAQ-AB.

37
Referência:
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações
Programáticas Estratégicas. Exposição a materiais biológicos/ Ministério da Saúde,
Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. –
Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2006.

Item 16. A Unidade Básica de Saúde possui plano de gerenciamento de resíduos,


bem como materiais e condições estruturais adequados para sua devida aplicação.

Forma de Verificação:
Verificar se a unidade possui um plano de gerenciamento de resíduos, bem como
materiais e condições estruturais (lixeiras com pedal para o descarte dos resíduos
sólidos, recipientes para os resíduos líquidos e perfuro-cortantes em quantidade
suficiente, e locais de armazenamento temporário e final dos resíduos gerados).

Orientações Gerais:
De acordo com a Lei Federal nº 12.305, gerenciamento de resíduos sólidos trata-se do
conjunto de ações exercidas, direta ou indiretamente, nas etapas de coleta, transporte,
transbordo, tratamento e destinação final ambientalmente adequada dos resíduos
sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos, de acordo com plano
municipal de gestão integrada de resíduos sólidos ou com plano de gerenciamento de
resíduos sólidos.

Correlação do item de avaliação com o 3º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria


do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB):
Módulo 1 – 1.6
Local exclusivo para abrigo externo de resíduos sólidos? Local exclusivo para depósito
de resíduos comuns? Local exclusivo para depósito de resíduos contaminados? Local
exclusivo para depósito de resíduos recicláveis?

Referência:
BRASIL. Casa Civil. Subchefia para assuntos jurídicos. Lei Federal nº 12.305, de 2010 -
Lei que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Brasília: Casa Civil, 2010.

38
Item 17. A equipe de saúde da família acondiciona os medicamentos de acordo
com as normas da Vigilância Sanitária.

Forma de Verificação:
Verificar se os medicamentos estão dentro do prazo de validade, acondicionados em
local limpo e seco, na temperatura adequada a cada um e, caso haja psicotrópicos, se
estão armazenados em local privativo com restrição de acesso.

Orientações Gerais:
Para o funcionamento adequado das farmácias nas unidades básicas de saúde deve-se
contar com equipamentos e acessórios que satisfaçam aos requisitos técnicos
estabelecidos pela vigilância sanitária.
No caso dos medicamentos termolábeis, estes devem ser mantidos em geladeira própria
e apresentar registro de controle de temperatura. Nas prateleiras, os medicamentos
devem estar organizados em ordem alfabética pelo princípio ativo no sentido de facilitar
a entrega ao usuário.

Correlação do item de avaliação com o 3º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria


do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB):
Não existe correlação desse item com o PMAQ-AB.

Referência:
BRASIL. Ministério da Saúde. Lei nº 13.021, de 8 de agosto de 2014. Dispõe sobre o
exercício e a fiscalização das atividades farmacêuticas. Brasília, 2014.

Item 18. Todos os profissionais da Unidade Básica de Saúde utilizam crachás de


identificação e uniformes.

Forma de Verificação:
Verificar se 100% dos profissionais da unidade básica de saúde estão com crachá de
identificação sem cordão e uniforme padronizado pela Secretaria Municipal de Saúde.

39
Orientações gerais:
A utilização de crachás por todos os profissionais que trabalham na unidade básica de
saúde, independente do cargo/função que exercem, é fundamental para assegurar a fácil
identificação dos mesmos pelos usuários, garantindo, assim, a identidade funcional de
cada membro da equipe.
Da mesma forma, a uniformização, além de contribuir para a identidade funcional,
também é um fator importante na segurança da equipe de trabalho.

Correlação do item de avaliação com o 3º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria


do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB):
Módulo 1 – 1.4
A(s) equipe(s) disponibiliza(m) na estrutura da unidade: Identificação de todos os
profissionais (por ex.: crachás, uniformes, jaleco)?

Referência:
BRASIL. Ministério do Trabalho. Norma Regulamentadora 32 (NR 32) - Segurança e
Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde. Brasília, 2011.

Item 19. A Unidade Básica de Saúde possui alguma iniciativa de mapeamento de


risco ocupacional e ambiental atualizado e exposto em local visível.

Forma de Verificação:
Verificar a existência do mapa na unidade e se o mesmo está exposto em local visível e
atualizado com a classificação risco de cada ambiente.

Orientações Gerais:
Para fins de implementação da Política Nacional de Saúde do Trabalhador, instituída
pela Portaria nº 1.823, de 23 de agosto de 2012, dever-se-á considerar a articulação
entre as ações individuais, de assistência e de recuperação dos agravos, com ações
coletivas, de promoção, de prevenção, de vigilância dos ambientes, processos e
atividades de trabalho, e de intervenção sobre os fatores determinantes da saúde dos
trabalhadores.

40
São estratégias da Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador (RENAST)
a inserção de ações de Saúde do Trabalhador junto à atenção primária em saúde,
através da realização de ações de reconhecimento e mapeamento das atividades
produtivas no território; reconhecimento e identificação da população trabalhadora e
seu perfil sócio ocupacional; promoção de ambientes e processos de trabalhos
saudáveis, o que pressupõe o estabelecimento e adoção de parâmetros protetores da
saúde dos trabalhadores nos ambientes e processos de trabalho; controle e avaliação da
qualidade dos serviços e programas de saúde do trabalhador, nas instituições e
empresas públicas e privadas.
Orienta-se que os profissionais busquem identificar e analisar os riscos presentes nas
atividades produtivas e a ocorrência de acidentes e agravos à saúde relacionados ao
trabalho, da Unidade Básica de Saúde, com a finalidade planejar, executar e avaliar
intervenções visando o cuidado dos trabalhadores e a eliminação ou minimização das
exposições para proteção da saúde, em parceria com os trabalhadores.

Correlação do item de avaliação com o 3º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria


do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB):
Não existe correlação desse item com o PMAQ-AB.

Referências:
BRASIL, Ministério da Saúde. Diretrizes de implantação da Vigilância em Saúde do
Trabalhador no SUS. Secretaria de Vigilância em Saúde, Brasília-2014.
BRASIL, Ministério da Saúde, Portaria 1.823, de 23 de agosto de 2012. Institui a Política
Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora, Brasília -2012

Item 20. Os profissionais da Unidade Básica de Saúde dispõem e utilizam de


Equipamentos de Proteção Individual e Coletiva para o trabalho conforme
determinação da NR32.

Forma de Verificação:
Verificar:
a) a existência de lista com os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) fornecidos por
categoria profissional na Unidade Básica de Saúde;

41
b) o controle de recebimento e perda desses equipamentos;
c) a utilização adequada dos equipamentos por 100% dos profissionais;
d) observar a utilização de sapato fechado, cabelos presos, esmalte claro, unhas curtas, e
o não uso de adornos;
e) a existência de equipamentos de proteção coletiva que contemplem todos os
ambientes da unidade.

Orientações Gerais:
De acordo com a NR 32, o empregador deve vedar: o ato de fumar, o uso de adornos e o
manuseio de lentes de contato nos postos de trabalho; o consumo de alimentos e
bebidas nos postos de trabalho; a guarda de alimentos em locais não destinados para
este fim; e o uso de calçados abertos.
Os Equipamentos de Proteção Individual (EPI), descartáveis ou não, deverão estar à
disposição em número suficiente nos postos de trabalho, de forma que seja garantido o
imediato fornecimento ou reposição.

Correlação do item de avaliação com o 3º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria


do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB):
Módulo - 1 – 1.14
Máscaras descartáveis? Luvas de procedimentos e estéreis descartáveis? Óculos de
proteção? Avental?

Referência:
BRASIL. Ministério do Trabalho. Norma Regulamentadora 32 (NR 32) - Segurança e
Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde. Brasília, 2011.

Item 21. Os profissionais da Unidade Básica de Saúde estão habilitados ao


exercício profissional conforme legislação vigente.

Forma de Verificação:
Verificar a existência de documentação exigida pela Secretaria Municipal de Saúde e
conselhos de classe para 100% dos profissionais da equipe (cópias do certificado do

42
conselho de classe, carteira de trabalho para CLT, ou comprovante de contratação para
os profissionais estatutários).

Orientações Gerais:
As unidades básicas de saúde devem contar com profissionais legalmente habilitados, ou
seja, com formação superior ou técnica, conforme as competências atribuídas por lei.
Isso favorece a segurança do usuário, que receberá os cuidados primários de saúde de
profissionais legalmente habilitados para o exercício de suas funções.
Recomenda-se que a unidade tenha uma pasta ou envelope individual de cada
funcionário contendo cópia do registro de conselho de classe e ficha funcional.

Correlação do item de avaliação com o 3º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria


do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB):
Não existe correlação desse item com o PMAQ-AB.

Referência:
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da
Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância sanitária – RDC ANVISA, nº 63 de
25 de novembro de 2011. Brasília: Ministério da Saúde, 2011.

Item 22. Todos os profissionais da Unidade Básica de Saúde estão com o cartão de
vacina em dia.

Forma de Verificação:
Verificar o controle das vacinas de todos os profissionais da unidade básica de saúde
(cópia do cartão atualizado, contemplando, minimamente, as vacinas Hepatite B, dT
adulto - Difteria e Tétano, e Influenza).

Orientações Gerais:
De acordo com a NR 32, o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional deve
contemplar: o reconhecimento e a avaliação dos riscos biológicos; a localização das
áreas de risco; a relação contendo a identificação nominal dos trabalhadores, sua função,

43
o local em que desempenham suas atividades e o risco a que estão expostos; a vigilância
médica dos trabalhadores potencialmente expostos; e o programa de vacinação.
No caso da vacinação, a unidade deve possuir uma cópia do cartão atualizado de cada
funcionário ou uma declaração de recusa assinada, comprovando se todos estão ou não
imunizados contra a Hepatite B, Difteria, Tétano e Influenza.

Correlação do item de avaliação com o 3º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria


do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB):
Não existe correlação desse item com o PMAQ-AB.

Referência:
BRASIL. Ministério do Trabalho. Norma Regulamentadora 32 (NR 32) - Segurança e
Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde. Brasília, 2011.

Item 23. O gerente e/ou responsável pela Unidade Básica de Saúde gerencia a
escala de férias e/ou folga, horas extras e atestados dos profissionais da unidade.

Forma de Verificação:
Verificar a existência de gerenciamento de escala de férias e/ou folga, horas extras e
atestados dos profissionais da unidade.

Orientações gerais:
O gerenciamento adequado das horas de trabalho dos profissionais pelo gerente e/ou
responsável, tais como a organização de escalas, férias, folgas, atestados, dentre outros,
permite que as atividades desenvolvidas na unidade não seja prejudicadas por falta de
pessoal.

Correlação do item de avaliação com o 3º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria


do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB):
Não existe correlação desse item com o PMAQ-AB.

44
Referência:
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS de Consolidação nº 2, de 28 de setembro
de 2017. Brasília: Ministério da Saúde, 2017.

Item 24. O gerente e/ou responsável pela Unidade Básica de Saúde possui o
controle do patrimônio da unidade.

Forma de Verificação:
Verificar no inventário de patrimônio da unidade e conferir o número (eleger três itens
aleatórios). Caso não tenha, solicitar documento de controle patrimonial. O profissional
do setor deverá ter controle também do tombamento.

Orientações gerais:
O gerenciamento adequado da unidade também envolve o controle do patrimônio, tendo
em vista que cada material e/ou equipamento é considerado um bem de utilização em
serviços públicos de saúde, que devem ser passíveis de controle e tombamento para o
devido controle de todos os recursos existentes na unidade.

Correlação do item de avaliação com o 3º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria


do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB):
Não existe correlação desse item com o PMAQ-AB.

Referência:
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS de Consolidação nº 2, de 28 de setembro
de 2017. Brasília: Ministério da Saúde, 2017.

Item 25. A Unidade Básica de Saúde possui alvará sanitário.

Forma de Verificação:
Verificar se a unidade possui alvará sanitário dentro do prazo de validade. Caso ainda
não possua o alvará, o gerente ou responsável pela unidade deverá apresentar a ressalva
da Vigilância Sanitária comprovando que foi iniciado o processo de retirada do Alvará.

45
Orientações Gerais:
De acordo com o Decreto nº 8.077, para o licenciamento sanitário, os estabelecimentos
deverão: possuir autorização emitida pela ANVISA; comprovar capacidade técnica e
operacional, e a disponibilidade de instalações, equipamentos e aparelhagem
imprescindíveis e em condições adequadas à finalidade a que se propõe; dispor de meios
para a garantia da qualidade dos produtos e das atividades exercidas pelo
estabelecimento, nos termos da regulamentação específica; dispor de recursos humanos
capacitados ao exercício das atividades; e dispor de meios capazes de prevenir, eliminar
ou reduzir riscos ambientais decorrentes das atividades exercidas pelo estabelecimento
que tenham efeitos nocivos à saúde.

Correlação do item de avaliação com o 3º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria


do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB):
Não existe correlação desse item com o PMAQ-AB.

Referência:
BRASIL. Casa Civil. Subchefia de Assuntos Jurídicos. Decreto nº 8.077, de 14 de agosto de
2013. Brasília, 2013.

6.2 ITENS RELACIONADOS AO ATRIBUTO DO PRIMEIRO CONTATO

Item 26. A Unidade Básica de Saúde funciona 40 horas semanais de acordo com a
Política Nacional de Atenção Básica.

Forma de Verificação:
Verificar se o horário de funcionamento da unidade está condizente com a Política
Nacional de Atenção Básica e se está em local visível para a população.

Orientações Gerais:
O horário de funcionamento deve ser contínuo, independente de haver Pronto
Atendimento ou Hospital no município, devendo funcionar durante cinco dias da semana
e 12 meses no ano, possibilitando o acesso facilitado à população. Os horários
alternativos de funcionamento podem ser pactuados através das instâncias de

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participação social, desde que atendam expressamente a necessidade da população,
mantendo a carga horária mínima descrita acima.
Caso a unidade básica de saúde abra às 8 horas e feche às 17 horas, recomenda-se não
fechar no horário de almoço, devendo neste caso organizar o quadro de funcionários do
acolhimento, garantindo o acesso ininterrupto.

Correlação do item de avaliação com o 3º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria


do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB):
Módulo 1 – 1.4
Há horário fixo de funcionamento da unidade?
Esta unidade funciona quais dias na semana (exceto em campanhas e mutirões)?

Referência:
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS de Consolidação nº 2, de 28 de Setembro
de 2017. Aprova a Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) com vistas à revisão da
regulamentação de implantação e operacionalização vigentes, no âmbito do Sistema
Único de Saúde (SUS), estabelecendo-se as diretrizes para organização do componente
Atenção Básica, na Rede de Atenção à Saúde (RAS).

Item 27. A equipe de saúde da família possui o mapa da sua área de abrangência
com delimitação das microáreas, bem como indicação das principais condições de
saúde da população.

Forma de Verificação:
Verificar se a equipe possui mapa com as microáreas atualizadas em local visível
conforme a necessidade de conhecimento das informações e se os profissionais
conhecem seu território.

Orientações Gerais:
O mapa deve estar afixado em local visível, próximo à entrada da UBS, com cada
microárea bem delimitada, sendo de fácil identificação. No mapa, devem constar ainda:
1. Mapeamento das principais condições crônicas: Hipertensos e diabéticos de alto
risco, gestantes, gestantes adolescente, crianças de alto risco.

47
2. Mapeamento de áreas de maior vulnerabilidade: concentração de violência,
migrantes/refugiados, indígenas, assentamentos, acampados, etc.
3. Mapeamento de grupos com condições agudas (dengue, parotidites, meningites,
varicela, sífilis congênita etc.).

Correlação do item de avaliação com o 3º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria


do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB):
Não existe correlação desse item com o PMAQ-AB.

Referência:
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS de Consolidação nº 2, de 28 de Setembro
de 2017. Aprova a Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) com vistas à revisão da
regulamentação de implantação e operacionalização vigentes, no âmbito do Sistema
Único de Saúde (SUS), estabelecendo-se as diretrizes para organização do componente
Atenção Básica, na Rede de Atenção à Saúde (RAS).

Item 28. A equipe de saúde da família tem identificado no mapa os equipamentos


sociais da área de abrangência e os principais postos formais e informais de
trabalho (mapa inteligente).

Forma de Verificação:
Verificar se a equipe tem identificado no mapa os equipamentos sociais (escolas,
creches, cursos profissionalizantes, associações, ambulatórios, igrejas, hortas
comunitárias) e principais postos formais e informais de trabalho (fábricas, indústrias,
áreas comerciais, serviços) da área de abrangência.

Orientações Gerais:
A gestão da Unidade deve definir o território de responsabilidade de cada equipe, e esta
deve conhecer o território de atuação para programar suas ações de acordo com o perfil
e as necessidades da comunidade, considerando suas lideranças e diferentes elementos
para a cartografia: ambientais, históricos, demográficos, geográficos, econômicos,
sanitários, sociais, culturais, etc. Importante refazer ou complementar a territorialização
sempre que necessário, já que o território é vivo.

48
Nesse processo, a Vigilância em Saúde (sanitária, ambiental, epidemiológica e do
trabalhador) e a Promoção da Saúde se mostram como referenciais essenciais para a
identificação da rede de causalidades e dos elementos que exercem determinação sobre
o processo saúde-doença, auxiliando na percepção dos problemas de saúde da
população por parte da equipe e no planejamento das estratégias de intervenção.

Correlação do item de avaliação com o 3º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria


do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB):
Módulo 2 – 2.6
A equipe possui mapas com desenhos do território de abrangência (áreas de risco,
barreiras geográficas, grupo de maior risco e vulnerabilidade)?

Referência:
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS de Consolidação nº 2, de 28 de Setembro
de 2017. Aprova a Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) com vistas à revisão da
regulamentação de implantação e operacionalização vigentes, no âmbito do Sistema
Único de Saúde (SUS), estabelecendo-se as diretrizes para organização do componente
Atenção Básica, na Rede de Atenção à Saúde (RAS).

Item 29. A Unidade Básica de Saúde possui protocolo e os profissionais utilizam


marcadores para identificação segura do paciente.

Forma de Verificação:
Verificar se a unidade possui protocolo para identificação segura do paciente e se os
profissionais utilizam, no mínimo, dois marcadores para identificação dos usuários.

Orientações Gerais:
Recomenda-se implantar estratégias de Segurança do Paciente na Atenção Primária,
estimulando uma prática assistencial segura, envolvendo os usuários na segurança,
criando mecanismos para evitar erros, garantindo cuidado centrado na pessoa,
realizando planos locais de segurança do paciente, fornecendo melhoria contínua
relacionando a identificação, a prevenção, a detecção e a redução de riscos.

49
A Segurança do Paciente é um dos seis atributos da qualidade do cuidado, e tem
adquirido, em todo o mundo, grande importância para os pacientes, famílias, gestores e
profissionais de saúde com a finalidade de oferecer uma assistência segura.
A identificação correta do paciente é uma das estratégias mais importantes para garantir
a segurança do processo assistencial. O processo de identificação do paciente deve ser
capaz de identificar corretamente o indivíduo como sendo a pessoa para a qual se
destina o serviço. Esse processo exige pelo menos dois diferentes parâmetros, tais como
nome completo e data de nascimento, colocada num membro do usuário para que seja
conferido antes do cuidado. Em caso de homônimos, deve-se usar um terceiro e/ou
quarto identificador, devendo ser o nome da mãe e/ou nº de prontuário do usuário.

Correlação do item de avaliação com o 3º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria


do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB):
Não existe correlação desse item com o PMAQ-AB.

Referências:
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS de Consolidação nº 2, de 28 de Setembro
de 2017. Aprova a Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) com vistas à revisão da
regulamentação de implantação e operacionalização vigentes, no âmbito do Sistema
Único de Saúde (SUS), estabelecendo-se as diretrizes para organização do componente
Atenção Básica, na Rede de Atenção à Saúde (RAS).

BRASIL. Ministério da Saúde. Documento de referência para o Programa Nacional de


Segurança do Paciente / Ministério da Saúde; Fundação Oswaldo Cruz; Agência Nacional
de Vigilância Sanitária. – Brasília: Ministério da Saúde, 2014. 40 p.

Item 30. A Unidade Básica de Saúde dá acesso ao número do Cartão Nacional de


Saúde (Cartão SUS) do usuário através de pesquisa.

Forma de Verificação:
Verificar se o acesso ao número do Cartão SUS está disponível para os usuários da
unidade. Eleger, aleatoriamente, três usuários, e verificar se a unidade dá acesso ao
número do Cartão SUS.

50
Orientações Gerais:
O preenchimento do número do Cartão Nacional de Saúde (CNS) do usuário é
obrigatório para o registro dos procedimentos ambulatoriais e hospitalares nos
instrumentos de registro das ações de saúde do Ministério da Saúde. Os
estabelecimentos de saúde devem solicitar e registrar o número do CNS no ato da
admissão do paciente.
Caso o usuário não disponha da informação do número do seu CNS o estabelecimento de
saúde, com registro no Cadastro Nacional de Estabelecimento de Saúde (CNES), deverá
efetuar a consulta dos dados do usuário, por meio do aplicativo de cadastro no endereço
eletrônico disponibilizado pelo Departamento de Informática do SUS (DATASUS) na
internet, para obtenção do número do CNS. E, caso o usuário das ações e serviços de
saúde não possua cadastro na Base Nacional de Dados dos Usuários das Ações e Serviços
de Saúde o estabelecimento de saúde deve efetuar o cadastro do usuário por meio do
aplicativo de cadastro no endereço eletrônico disponibilizado pelo DATASUS na internet.

Correlação do item de avaliação com o 3º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria


do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB):
Não existe correlação desse item com o PMAQ-AB.

Referência:
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria conjunta Nº 2, de 15 de março de 2012. Dispõe
acerca do preenchimento do número do Cartão Nacional de Saúde do usuário no registro
dos procedimentos ambulatoriais e hospitalares. Brasília, DF, mar, 2012.

Item 31. A Unidade Básica de Saúde exige o Cartão SUS em todos os atendimentos.

Forma de Verificação:
Verificar se a unidade exige o Cartão do SUS para efetuar qualquer atendimento.

Orientações Gerais:
Considera-se importante a identificação dos usuários das ações e serviços de saúde, para
os sistemas de referência, com a finalidade de garantir a integralidade da atenção à

51
saúde e de organizar o sistema de referência e contrarreferência das ações e dos
serviços de saúde. O preenchimento do número do Cartão Nacional de Saúde (CNS) do
usuário é obrigatório para o registro dos procedimentos ambulatoriais e hospitalares
nos instrumentos de registro das ações de saúde do Ministério da Saúde.

Correlação do item de avaliação com o 3º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria


do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB):
Não existe correlação desse item com o PMAQ-AB.

Referência:
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria conjunta Nº 2, de 15 de março de 2012. Dispõe
acerca do preenchimento do número do Cartão Nacional de Saúde do usuário no registro
dos procedimentos ambulatoriais e hospitalares. Brasília, DF, mar, 2012.

Item 32. A Unidade Básica de Saúde prioriza o atendimento de urgência e


emergência utilizando um protocolo de classificação de risco durante o seu
funcionamento.

Forma de Verificação:
Verificar a existência de protocolo de classificação de risco na unidade e registros
que comprovem a realização da classificação de risco baseada no protocolo em
todos os turnos e dias de funcionamento da unidade.

Orientações Gerais:
O Acolhimento com Classificação de Risco é uma importante ferramenta desenvolvida
para promover melhorias na organização dos serviços de emergência, onde os
atendimentos são realizados conforme o grau de gravidade apresentado pelo paciente,
por riscos de agravamento ou ainda pelo grau de vulnerabilidade dos mesmos. O
principal propósito é promover um atendimento mais qualificado, organizado e
humanizado, definindo prioridades de acordo com o grau de complexidade apresentado
pelos usuários dos serviços de emergência e não pelo antigo sistema, no qual

52
os pacientes eram atendidos por ordem de chegada, podendo acarretar riscos e agravos
à saúde deles.
Orienta-se a utilização do Caderno de Atenção Básica nº 28 do Ministério da Saúde como
instrumento de protocolo de classificação de risco.

Correlação do item de avaliação com o 3º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria


do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB):
Não existe correlação desse item com o PMAQ-AB.

Referência:
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de
Atenção Básica. Acolhimento à demanda espontânea: queixas mais comuns na
Atenção Básica / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento
de Atenção Básica. – Brasília: Ministério da Saúde, 2012. 290 p. : il. – (Cadernos de
Atenção Básica n. 28, Volume II). Disponível em:
http://dab.saude.gov.br/portaldab/biblioteca.php?conteudo=publicacoes/cab28_vo
l2.

Item 33. A equipe de saúde da família dispõe de equipamentos e insumos em


condições adequadas para o primeiro atendimento nos casos de urgências e
emergências.

Forma de Verificação:
Verificar se há disponibilidade de bolsa/caixa/carrinho de emergência contendo
materiais, equipamentos e medicamentos para o primeiro atendimento de usuários
com parada cardiorrespiratória e choque anafilático.

Orientações Gerais:
Nos casos de urgência e emergência, um atendimento pré-hospitalar de qualidade é
determinante em um melhor desfecho do agravo, de modo que o primeiro atendimento
adequado de uma urgência/emergência, mesmo que na Unidade Básica de Saúde, é
imprescindível para a estabilização do paciente até a chegada do serviço móvel de
urgência e transferência para o hospital mais adequado para o caso clínico. Para tanto,
orienta-se a utilização do Caderno de Atenção Básica nº 28 do Ministério da Saúde.

53
Na Unidade Básica de Saúde, a bolsa/caixa/carrinho deve estar lacrada, evitando assim a
retirada dos mesmos para atendimentos que não estão caracterizados como urgência e
emergência, onde é necessário constar fora da bolsa/caixa/carrinho a relação de
materiais, equipamentos e medicamentos com a data de validade.

Correlação do item de avaliação com o 3º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria


do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB):
Módulo 1 – 1.14
A unidade possui insumos para atendimento de urgência? Todos estes itens de urgência
e emergência estão em um mesmo local que facilite o atendimento dos casos (ex: em
uma sala na unidade para atendimento de urgência; em uma maleta)?

Referência:
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de
Atenção Básica. Acolhimento à demanda espontânea: queixas mais comuns na
Atenção Básica. Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Ministério da Saúde,
2012. 290 p. : il. – (Cadernos de Atenção Básica n. 28, Volume II). Disponível em:
http://dab.saude.gov.br/portaldab/biblioteca.php?conteudo=publicacoes/cab28_vo
l2.

Item 34. A equipe de saúde bucal realiza o atendimento de urgência e emergência,


adotando um Protocolo de Classificação de Risco, durante o funcionamento da
unidade.

Forma de Verificação:
Verificar a existência de protocolo de classificação de risco em saúde bucal na
unidade e registros que comprovem a realização da classificação de risco e
atendimento baseada no protocolo em todos os turnos e dias de funcionamento da
unidade.

Orientações Gerais:
O atendimento às urgências odontológicas na Atenção Primária deve ser amparado
pela Política Nacional de Saúde Bucal, que prevê o acolhimento dos usuários em

54
situação de urgência odontológica e refere que cada localidade deverá organizar os
serviços de saúde bucal conforme a sua realidade e avaliação da situação de risco e
de vulnerabilidade.
Orienta-se a utilização do guia da Capacitação Complementar em
Estratificação de Risco e Manejo Clinico em Saúde Bucal, pertencente ao Projeto
QualificaAPSUS Ceará, como base para as classificações das urgências e emergências
odontológicas.

Correlação do item de avaliação com o 3º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria


do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB):
Módulo 6 – 6.7
No atendimento à demanda espontânea, a Equipe de Saúde Bucal realiza: Atendimento
de urgência (drenagem de abscesso, sutura de ferimentos por trauma, acesso à polpa
dentária, pulpotomia, tratamento de alveolite, tratamento inicial de dente traumatizado,
outros)?

Referências:
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção
Básica. Saúde Bucal / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento
de Atenção Básica. – Brasília: Ministério da Saúde, 2008. 92 p. – (Série A. Normas e
Manuais Técnicos) (Cadernos de Atenção Básica; 17).
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de
Atenção Básica. Acolhimento à demanda espontânea: queixas mais comuns na
Atenção Básica. Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Ministério da Saúde,
2012. 290 p. : il. – (Cadernos de Atenção Básica n. 28, Volume II). Disponível em:
http://dab.saude.gov.br/portaldab/biblioteca.php?conteudo=publicacoes/cab28_vo
l2.

Item 35. A unidade básica de saúde possui agendamento de atendimento para


saúde bucal diariamente.

Forma de Verificação:
Verificar agenda/registro que comprove o agendamento diário.

55
Orientações Gerais:
O encaminhamento do beneficiário ao serviço de referência, na Rede de Atenção, deve
observar o caráter de agendamento regulado, podendo ser também realizado
emergencialmente, de acordo com necessidade definida pela equipe de Atenção
Primária, de modo que a Unidade de Saúde deve acolher todas as pessoas do seu
território de referência, de modo universal e sem diferenciações excludentes.
O acesso tem relação com a capacidade do serviço em responder às necessidades de
saúde da população (residente e itinerante). Isso implica dizer que as necessidades da
população devem ser o principal referencial para a definição do escopo de ações e
serviços a serem ofertados, para a forma como esses serão organizados e para o todo o
funcionamento da Unidade Básica de Saúde, permitindo diferenciações de horário de
atendimento (estendido, sábado etc.), formas de agendamento (por hora marcada, por
telefone, e-mail etc.), e outros para assegurar o acesso.

Correlação do item de avaliação com o 3º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria


do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB):
Módulo 6 – 6.7
Os profissionais da Equipe de Saúde Bucal realizam acolhimento conjuntamente com a
equipe de Atenção Básica? A Equipe de Saúde Bucal utiliza protocolos/critérios pra
conduta do acolhimento?

Referências:
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS de Consolidação nº 2, de 28 de Setembro
de 2017. Aprova a Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) com vistas à revisão da
regulamentação de implantação e operacionalização vigentes, no âmbito do Sistema
Único de Saúde (SUS), estabelecendo-se as diretrizes para organização do componente
Atenção Básica, na Rede de Atenção à Saúde (RAS).
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção
Básica. Saúde Bucal / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento
de Atenção Básica. – Brasília: Ministério da Saúde, 2008. 92 p. – (Série A. Normas e
Manuais Técnicos) (Cadernos de Atenção Básica; 17).

56
6.3 ITENS RELACIONADOS AO ATRIBUTO DA LONGITUDINALIDADE

Item 36. As crianças da área de abrangência da equipe com até dois anos de idade
são identificadas e estratificadas por grau de risco, seguindo a Linha Guia.

Forma de Verificação:
Verificar:
a) a existência da cópia da Linha Guia Nascer no Ceará na Unidade Básica de Saúde.
b) capacitação dos profissionais sobre estratificação de risco de crianças menores de
dois anos.
c) o número de crianças menores de dois anos identificadas e estratificadas por grau de
risco pela equipe.
d) se há registro no prontuário que comprove a estratificação de risco das crianças
(eleger três crianças acompanhadas na unidade e verificar no prontuário).

Orientações Gerais:
O processo de estratificação da população é central nos modelos de atenção à saúde
porque permite identificar pessoas e grupos com necessidades de saúde semelhantes
que devem ser atendidos por tecnologias e recursos específicos, segundo estrato de
risco, de modo que se orienta a construção de uma planilha de estratificação para
monitoramento, visto que sua lógica se apoia num manejo diferenciado, pela Equipe de
Saúde da Família (ESF), de pessoas e de grupos que apresentam riscos similares, com os
objetivos de padronizar as condutas referentes a cada grupo nas diretrizes clínicas e de
assegurar e distribuir os recursos humanos específicos.
O acompanhamento da criança inicia-se na gravidez, através da avaliação do
crescimento intraútero, bem como permanece durante o crescimento e desenvolvimento
do infante, fazendo parte da avaliação integral à saúde da criança acompanha-los, sendo
previsto: o registro na Caderneta da Criança, a avaliação do peso, altura, perímetro
cefálico, desenvolvimento, vacinação, intercorrências, estado nutricional, bem como
orientações sobre os cuidados com a criança (alimentação, prevenção de acidentes e
higiene) todos, realizados pelas equipes da Atenção Primária à Saúde.

57
É importante que a equipe da Unidade Básica de Saúde preste atenção especial às
crianças que tenham as condições ambientais, sociais e familiares desfavoráveis, com
história de internação anterior, história de morte de crianças com menos de cinco anos
na família, recém-nascido de mãe adolescente ou com baixa instrução.

Correlação do item de avaliação com o 3º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria


do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB):
Não existe correlação desse item com o PMAQ-AB.

Referências:
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção
Básica. Saúde da criança: crescimento e desenvolvimento / Ministério da Saúde.
Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Ministério
da Saúde, 2012. 272 p.
CEARÁ. Secretaria da Saúde do Estado. Coordenadoria de Políticas e Atenção à Saúde.
Linha de Cuidado Gestante e Criança menor de 2 anos / Secretaria da Saúde do Estado.
Ceará, 2016. 40 p.

Item 37. As crianças da área de abrangência da equipe com até dois anos de idade
estão em acompanhamento de acordo com a estratificação de risco estabelecida
na Linha Guia.

Forma de Verificação:
Verificar:
a) o número de consultas programadas por faixa etária, conforme o grau de risco.
b) a comprovação da marcação das consultas na agenda.
c) o registro dos acompanhamentos no prontuário (eleger o prontuário de três
crianças).

Orientações Gerais:
Orienta-se que até a criança completar dois anos, o acompanhamento deve ser
cuidadoso com relação ao crescimento e desenvolvimento da criança pela equipe de
saúde (inclusive com busca de faltosos), com um olhar biopsicossocial não só para a
criança, mas também para as condições do contexto de saúde e de vida de sua mãe e

58
família, inclusive com as articulações intersetoriais, no território, necessárias para o
projeto terapêutico de cada criança/família.
Recomendam-se sete consultas de rotina no 1º ano de vida e duas consultas no 2º ano de
vida: 18º mês e 24º mês. A partir do 2º ano de vida, consultas anuais, próximas ao mês
do aniversário, porém se ressalta que crianças que necessitem de maior atenção devem
ser vistas com maior frequência.

Correlação do item de avaliação com o 3º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria


do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB):
Não existe correlação desse item com o PMAQ-AB.

Referências:
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção
Básica. Saúde da criança: crescimento e desenvolvimento / Ministério da Saúde.
Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Ministério
da Saúde, 2012. 272 p.: il. – CEARÁ. Secretaria da Saúde do Estado. Coordenadoria de
Políticas e Atenção à Saúde. Linha de Cuidado Gestante e Criança menor de 2 anos /
Secretaria da Saúde do Estado. Ceará, 2016. 40 p.

Item 38. As crianças da área de abrangência da equipe com até dois anos de idade
estão vacinadas de acordo com Calendário Vacinal.

Forma de Verificação:
Verificar:
a) se o aprazamento está organizado por dia, mês e ano.
b) se as doses foram aplicadas de acordo com o aprazamento (eleger três fichas de
meses anteriores).

Orientações Gerais:
É indiscutível o relevante papel de prevenção e promoção que as imunizações
desempenham na Atenção Primária à Saúde. Poucas ações são tão fortemente
evidenciadas como capazes de proteger a saúde infantil e de impactar a incidência e a
prevalência de doenças na infância. As vacinas preconizadas pelo Calendário Básico de
Vacinação da Criança devem estar disponíveis nas Unidades Básicas de Saúde.

59
Acredita-se que os programas de vacinação deverão incluir ações informativas à
população em geral enfocando a inter-relação da imunização e a prevenção de
deficiências, utilizando-se de linguagem acessível e de recursos variados e abrangentes.

Correlação do item de avaliação com o 3º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria


do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB):
Módulo 2 – 2.16
No acompanhamento das crianças do território, há registro sobre: Vacinação em dia?

Referências:
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de
Vigilância das Doenças Transmissíveis. Manual de Normas e Procedimentos para
Vacinação / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de
Vigilância das Doenças Transmissíveis. – Brasília: Ministério da Saúde, 2014. 176 p. : il.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção
Básica. Saúde da criança: crescimento e desenvolvimento / Ministério da Saúde.
Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Ministério
da Saúde, 2012. 272 p.: il.
CEARÁ. Secretaria da Saúde do Estado. Coordenadoria de Políticas e Atenção à Saúde.
Linha de Cuidado Gestante e Criança menor de 2 anos / Secretaria da Saúde do Estado.
Ceará, 2016. 40 p.

Item 39. A equipe de saúde da família realiza busca ativa de crianças faltosas à
vacinação.

Forma de Verificação:
Verificar se há registro da busca ativa no prontuário de crianças faltosas.

Orientações Gerais:
A busca ativa é ir à procura de indivíduos com o fim de uma identificação sintomática, e
tem como objetivo a identificação precoce de casos suspeitos e uma rápida confirmação
para orientar adequadamente a aplicação de medidas de controle.
Em caso de sistema eletrônico solicitar ao profissional que gere um relatório das vacinas
atrasadas nos últimos meses, para posterior realização de busca ativa e registros. É
relevante que a equipe realize monitoramento das crianças faltosas e efetue a busca

60
ativa para regularização do calendário de vacinação de modo continuo dentro da sua
rotina.

Correlação do item de avaliação com o 3º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria


do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB):
Módulo 2 – 2.16
A equipe realiza busca ativa das crianças: Com calendário vacinal atrasado?

Referências:
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de
Vigilância das Doenças Transmissíveis. Manual de Normas e Procedimentos para
Vacinação / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de
Vigilância das Doenças Transmissíveis. – Brasília: Ministério da Saúde, 2014. 176 p. : il.
CEARÁ. Secretaria da Saúde do Estado. Coordenadoria de Políticas e Atenção à Saúde.
Linha de Cuidado Gestante e Criança menor de 2 anos / Secretaria da Saúde do Estado.
Ceará, 2016. 40 p.

Item 40. As gestantes da área de abrangência da equipe são captadas e


estratificadas por grau de risco, seguindo a Linha Guia.

Forma de Verificação:
Verificar:
a) a existência de cópia da Linha Guia Nascer no Ceará na Unidade Básica de Saúde.
b) a capacitação dos profissionais sobre estratificação de risco de gestantes.
c) o número de gestantes identificadas e estratificadas por grau de risco.
d) se há registro no prontuário que comprove a estratificação de risco da gestante
(eleger três gestantes acompanhadas na unidade e verificar no prontuário).

Orientações Gerais:
O processo de estratificação da população é central nos modelos de atenção à saúde
porque permite identificar pessoas e grupos com necessidades de saúde semelhantes
que devem ser atendidos por tecnologias e recursos específicos, segundo estrato de
risco, de modo que se orienta a construção de uma planilha de estratificação para
monitoramento, ou a utilização do aplicativo Nascer no Ceará quando da implantação do

61
programa no município, visto que sua lógica se apoia num manejo diferenciado pela
Equipe de Saúde da Família (ESF) de pessoas e de grupos que apresentam riscos
similares, com os objetivos de padronizar as condutas referentes a cada grupo nas
diretrizes clínicas e de assegurar e distribuir os recursos humanos específicos.
A estratificação de risco da gestante em dois níveis – risco habitual e alto risco – permite,
assistência adequada em várias situações. Assim, orienta-se a construção de uma
planilha de monitoramento de estratificação de risco das gestantes como processo de
monitoramento.
Conforme as recomendações do Caderno de Atenção Básica, a caracterização de uma
situação de risco, todavia, não implica necessariamente referência da gestante para
acompanhamento em pré-natal de alto risco. As situações que envolvem fatores clínicos
mais relevantes (risco real) e/ou fatores evitáveis que demandem intervenções com
maior densidade tecnológica devem ser necessariamente referenciadas, podendo,
contudo, retornar ao nível primário, quando se considerar a situação resolvida e/ou a
intervenção já realizada. De qualquer maneira, a unidade básica de saúde deve continuar
responsável pelo seguimento da gestante encaminhada a um diferente serviço de saúde.

Correlação do item de avaliação com o 3º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria


do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB):
Módulo 2 – 2.15
A equipe utiliza protocolos para estratificação de risco das gestantes?

Referências:
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção
Básica. Atenção ao pré-natal de baixo risco / Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção
à Saúde. Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Editora do Ministério da Saúde,
2012. 318 p.: il. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos) (Cadernos de Atenção Básica, n°
32).
CEARÁ. Secretaria da Saúde do Estado. Coordenadoria de Políticas e Atenção à Saúde.
Linha de Cuidado Gestante e Criança menor de 2 anos / Secretaria da Saúde do Estado.
Ceará, 2016. 40 p.

62
Item 41. As gestantes têm sete ou mais consultas de pré-natal realizadas na
Unidade Básica de Saúde, conforme Linha Guia.

Forma de Verificação:
Verificando o acompanhamento da gestação conforme o grau de risco (eleger três
prontuários de puérperas).

Orientações Gerais:
O acompanhamento do pré-natal deve ser iniciado precocemente (no primeiro
trimestre) e ser regular, garantindo-se que todas as avaliações propostas sejam
realizadas e que tanto o Cartão da Gestante quanto a Ficha de Pré-Natal sejam
preenchidos. No caso de implantação do Programa Nascer no Ceará no município as
informações devem ser preenchidas no aplicativo do programa.
O total de consultas deverá ser de, no mínimo, seis, e realizados os exames mínimos
preconizados no protocolo. Ressalta-se que o acompanhamento da mulher no ciclo
grávido-puerperal deve ser iniciado o mais precocemente possível e só se encerra após o
42º dia de puerpério.

Correlação do item de avaliação com o 3º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria


do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB):
Não existe correlação desse item com o PMAQ-AB.

Referências:
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção
Básica. Atenção ao pré-natal de baixo risco / Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção
à Saúde. Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Editora do Ministério da Saúde,
2012. 318 p.: il. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos) (Cadernos de Atenção Básica, n°
32).
CEARÁ. Secretaria da Saúde do Estado. Coordenadoria de Políticas e Atenção à Saúde.
Linha de Cuidado Gestante e Criança menor de 2 anos / Secretaria da Saúde do Estado.
Ceará, 2016. 40 p.

63
Item 42. A equipe de saúde da família realiza busca ativa das gestantes faltosas ao
pré-natal.

Forma de Verificação:
Verificar se há registro de busca ativa no prontuário de gestantes faltosas.

Orientações Gerais:
Para uma assistência pré-natal efetiva, deve-se procurar garantir a captação precoce das
gestantes por meio de visitas domiciliares a serem realizadas, preferencialmente, pelos
Agentes Comunitários de Saúde. Deve-se enfatizar a busca ativa por mulheres que
apresentam amenorréia há mais de quinze dias e na orientação quanto à relevância do
pré-natal.

Correlação do item de avaliação com o 3º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria


do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB):
Não existe correlação desse item com o PMAQ-AB.

Referências:
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção
Básica. Atenção ao pré-natal de baixo risco / Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção
à Saúde. Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Editora do Ministério da Saúde,
2012. 318 p.: il. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos) (Cadernos de Atenção Básica, n°
32).
CEARÁ. Secretaria da Saúde do Estado. Coordenadoria de Políticas e Atenção à Saúde.
Linha de Cuidado Gestante e Criança menor de 2 anos / Secretaria da Saúde do Estado.
Ceará, 2016. 40 p.

Item 43. O acompanhamento das puérperas da área de abrangência é realizado


por meio de visita domiciliar em até sete dias, e consulta puerperal até 42 dias
após o parto, conforme Linha Guia.

Forma de Verificação:
Verificar se ocorreu o acompanhamento com visita domiciliar e consulta puerperal no
prazo estipulado na Linha Guia Nascer no Ceará (eleger três prontuários de puérperas).

64
Orientações Gerais:
O período puerperal consiste no período desde o parto até que os órgãos genitais e o
estado geral da mulher voltem às condições anteriores à gestação, aproximadamente,
perdurando entre seis a oito semanas pós-parto, quando o corpo retorna ao estado pré-
gravidez. A primeira consulta à puérpera e ao recém-nascido deve ocorrer na primeira
semana após o parto (até o 5º dia).
É importante destacar que a visita domiciliar às puérperas têm por objetivo monitorar a
mulher e a criança, orientar cuidados adequados, identificar possíveis fatores de risco e
realizar os encaminhamentos necessários.

Correlação do item de avaliação com o 3º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria


do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB):
Módulo 2 – 2.15
Que ações a equipe realiza para garantir a consulta de puerpério até uma semana após o
parto? Visita do agente comunitário de saúde para captação da mulher; Visita domiciliar
de membro da equipe; Consulta em horário especial em qualquer dia da semana?

Referências:
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção
Básica. Atenção ao pré-natal de baixo risco / Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção
à Saúde. Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Editora do Ministério da Saúde,
2012. 318 p.: il. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos) (Cadernos de Atenção Básica, n°
32).
CEARÁ. Secretaria da Saúde do Estado. Coordenadoria de Políticas e Atenção à Saúde.
Linha de Cuidado Gestante e Criança menor de 2 anos / Secretaria da Saúde do Estado.
Ceará, 2016. 40 p.

Item 44. A equipe de saúde da família realiza busca ativa das puérperas faltosas à
consulta puerperal.

Forma de Verificação:
Verificar se há registro da busca ativa no prontuário de puérperas faltosas.

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Orientações Gerais:
A busca ativa é ir à procura de indivíduos com o fim de uma identificação sintomática, e
tem como objetivo a identificação precoce de casos suspeitos e uma rápida confirmação
para orientar adequadamente a aplicação de medidas de controle.
Em caso de sistema eletrônico solicitar ao profissional que gere um relatório das
gestantes faltosas, para posterior realização de busca ativa dessas gestantes, de modo a
garantir o cuidado integral e eficaz à usuária e sua família.

Correlação do item de avaliação com o 3º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria


do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB):
Não existe correlação desse item com o PMAQ-AB.

Referências:
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção
Básica. Atenção ao pré-natal de baixo risco / Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção
à Saúde. Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Editora do Ministério da Saúde,
2012. 318 p.: il. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos) (Cadernos de Atenção Básica, n°
32).
CEARÁ. Secretaria da Saúde do Estado. Coordenadoria de Políticas e Atenção à Saúde.
Linha de Cuidado Gestante e Criança menor de 2 anos / Secretaria da Saúde do Estado.
Ceará, 2016. 40 p.

Item 45. A equipe de saúde da família realiza tratamento concomitante do


parceiro da gestante acometida por sífilis.

Forma de Verificação:
Verificar no prontuário o registro de acompanhamento e tratamento da Sífilis na
gestante e parceiro.

Orientações Gerais:
A sífilis possui uma ascensão preocupante na conjuntura atual. Mesmo possuindo
tratamento eficaz contra seu agente causador, que é de baixo custo e fácil acesso,
elevados índices de contaminação são identificados. Estima-se que a sífilis pode causar
mortes perinatais, abortos, sífilis congênita (SC), e nascimentos de bebês prematuros e

66
de baixo peso. Logo, orienta-se o quanto é fundamental realizar busca ativa para
diagnóstico e tratamento das parcerias sexuais de gestantes com sífilis, não esquecendo
da relevância de incentivar o pré-natal do parceiro nos serviços de saúde.
Orienta-se, ainda, que as parcerias sexuais de gestantes com sífilis podem estar
infectadas, mesmo apresentando testes imunológicos não reagentes, portanto, devem
ser tratadas. No caso de teste reagente para sífilis, seguir as recomendações de
tratamento da sífilis adquirida no adulto, de acordo com o estágio clínico da infecção.

Correlação do item de avaliação com o 3º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria


do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB):
Não existe correlação desse item com o PMAQ-AB.

Referências:
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de DST,
Aids e Hepatites Virais. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral
às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis / Ministério da Saúde, Secretaria
de Vigilância em Saúde, Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. – Brasília:
Ministério da Saúde, 2015.120 p. : il.
CEARÁ. Secretaria da Saúde do Estado. Coordenadoria de Políticas e Atenção à Saúde.
Linha de Cuidado Gestante e Criança menor de 2 anos / Secretaria da Saúde do Estado.
Ceará, 2016. 40 p.

Item 46. A equipe de saúde da família acompanha a evolução do tratamento da


criança acometida por sífilis congênita.

Forma de Verificação:
Verificar no prontuário o registro de acompanhamento e tratamento das crianças com
sífilis congênita.

Orientações Gerais:
É necessário registrar na caderneta de pré-natal da gestante todas as medidas que
compõem as ações para prevenir à sífilis congênita, evitando, assim, que a criança
exposta seja submetida a intervenções desnecessárias no pós-parto.

67
Correlação do item de avaliação com o 3º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria
do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB):
Não existe correlação desse item com o PMAQ-AB.

Referências:
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de DST,
Aids e Hepatites Virais. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral
às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis / Ministério da Saúde, Secretaria
de Vigilância em Saúde, Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. – Brasília:
Ministério da Saúde, 2015. 120 p. : il.
CEARÁ. Secretaria da Saúde do Estado. Coordenadoria de Políticas e Atenção à Saúde.
Linha de Cuidado Gestante e Criança menor de 2 anos / Secretaria da Saúde do Estado.
Ceará, 2016. 40 p.

Item 47. As mulheres da área de abrangência na faixa etária de 25 a 64 anos estão


com o exame de citologia oncótica realizado, conforme Linha Guia.

Forma de Verificação:
Verificar:
a) se há aprazamento para coleta de exame de citologia oncótica mensal, atentando-se
para a faixa etária preconizada.
b) se os exames foram realizados de acordo com o aprazamento (eleger três prontuários
de meses anteriores e verificar registro).

Orientações Gerais:
A realização periódica do exame citopatológico continua sendo mais amplamente
adotado para o rastreamento do câncer de colo do útero. O rastreamento é uma
tecnologia da Atenção Primária, e os profissionais atuantes nesse nível de atenção
devem conhecer o método, a periodicidade e a população-alvo recomendados, sabendo
ainda orientar e encaminhar para tratamento as mulheres de acordo com os resultados
dos exames, garantindo, portanto, seu seguimento.
O Brasil adota como estratégia de rastreamento do câncer do colo do útero a realização
do Papanicolau em mulheres com idade entre 25 e 64 anos, faixa etária em que há maior

68
ocorrência das lesões de alto grau, passíveis de serem tratadas efetivamente para não
evoluírem para o câncer.
Correlação do item de avaliação com o 3º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria
do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB):
Não existe correlação desse item com o PMAQ-AB.

Referência:
BRASIL. Ministério da Saúde. Diretrizes brasileiras para o rastreamento do câncer do
colo do útero / Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. Coordenação
de Prevenção e Vigilância. Divisão de Detecção Precoce e Apoio à Organização de Rede. –
2. ed. rev. atual. – Rio de Janeiro: INCA, 2016.

Item 48. A equipe de saúde da família realiza busca ativa das mulheres faltosas ao
exame de citologia de colo de útero.

Forma de Verificação:
Verificar se há registro da busca ativa das mulheres faltosas no prontuário.

Orientações Gerais:
A busca ativa é ir à procura de indivíduos com o fim de uma identificação sintomática, e
tem como objetivo a identificação precoce de casos suspeitos e uma rápida confirmação
para orientar adequadamente a aplicação de medidas de controle.
Em caso de sistema eletrônico solicitar ao profissional que gere um relatório das
mulheres faltosas, para posterior realização de busca ativa das mesmas, de modo a
garantir o cuidado integral e eficaz à usuária e sua família.
Orienta-se que as equipes de saúde da família tentem motivar, informar e conscientizar
a população feminina sobre a importância da realização anual do exame para a
prevenção, controle e combate ao câncer de colo do útero, garantir o acesso da
população feminina na faixa etária de 25 a 64 anos ao exame de Papanicolau, monitorar
o percentual de mulheres na faixa etária de 25 a 64 anos, que realizam anualmente o
exame de Papanicolau, bem como realizar rastreamento e busca ativa das mulheres na
faixa etária de maior risco para o câncer de colo de útero.

69
Correlação do item de avaliação com o 3º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria
do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB):
Módulo 2 – 2.14
A equipe realiza busca ativa das seguintes situações: Citopatológico atrasado?

Referência:
BRASIL. Ministério da Saúde. Diretrizes brasileiras para o rastreamento do câncer do
colo do útero / Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. Coordenação
de Prevenção e Vigilância. Divisão de Detecção Precoce e Apoio à Organização de Rede. –
2. ed. rev. atual. – Rio de Janeiro: INCA, 2016.

Item 49. As pessoas com Diabetes da área de abrangência da equipe são


identificadas e estratificadas por grau de risco conforme Linha Guia.

Forma de Verificação:
Verificar:
a) a existência da cópia da Linha Guia na Unidade Básica de Saúde.
b) a capacitação dos profissionais sobre estratificação de risco de diabetes.
c) o número de diabéticos identificados e estratificados por grau de risco pela equipe.
d) se há registro no prontuário que comprove a estratificação de risco dos usuários com
diabetes (eleger três usuários com diabetes acompanhados na unidade e verificar no
prontuário).

Orientações Gerais:
A estratificação de risco é o processo que utiliza critérios clínicos baseados em diretrizes
clínicas para identificar subgrupos de acordo com sua condição crônica de saúde com o
objetivo de prestar cuidado equânime e favorecer o fluxo adequado das pessoas
usuárias para proporcionar o cuidado integral. Ressalta-se também que a estratificação
de risco faz parte das atribuições dos profissionais de nível superior pertencentes às
equipes de Saúde da Família.
Conforme a Portaria GM/MS de Consolidação nº 2, ainda faz parte das responsabilidades
das equipes de saúde da família a vigilância em saúde sanitária, que engloba o

70
rastreamento, monitoramento, acompanhamento e avaliação nos eventos crônicos, tais
como o Diabetes Mellitus.

Correlação do item de avaliação com o 3º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria


do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB):
Módulo 2 – 2.18
A equipe utiliza protocolos para estratificação de risco dos usuários com diabetes?

Referências:
BRASIL. Ministério da Saúde. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica:
diabetes mellitus. Brasília: Ministério da Saúde, 2013. (Cadernos de Atenção Básica, n.
36)
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS de Consolidação nº 2, de 28 de setembro
de 2017. Brasília: Ministério da Saúde, 2017.

Item 50. As pessoas com diabetes da área de abrangência da equipe estão em


acompanhamento de acordo com a estratificação de risco estabelecida na Linha
Guia.

Forma de Verificação:
Verificar:
a) o número de consultas programadas, conforme o grau de risco.
b) a comprovação da marcação das consultas na agenda.
c) o registro dos acompanhamentos no prontuário (eleger o prontuário de três usuários
com Diabetes).

Orientações Gerais:
Ressalta-se que o processo de estratificação é contínuo e dinâmico, portanto, sempre
que houver necessidade, o profissional pode reestratificar o usuário para garantir a
continuidade do cuidado.
Conforme a Portaria GM/MS de Consolidação nº 2, o agendamento de consulta ou
procedimento em data futura para usuário do território é uma importante ação para
garantir o acesso aos serviços de saúde na Atenção Primária.

71
Correlação do item de avaliação com o 3º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria
do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB):
Módulo 2 – 2.18
A equipe programa as consultas e exames de pessoas com Diabetes mellitus em função
da estratificação dos casos e de elementos considerados por ela na gestão do cuidado?

Referências:
BRASIL. Ministério da Saúde. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica:
diabetes mellitus. Brasília: Ministério da Saúde, 2013. (Cadernos de Atenção Básica, n.
36)
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS de Consolidação nº 2, de 28 de setembro
de 2017. Brasília: Ministério da Saúde, 2017.

Item 51. A equipe de saúde da família realiza busca ativa dos diabéticos faltosos
aos atendimentos.

Forma de Verificação:
Verificar no prontuário se há registro da busca ativa dos diabéticos faltosos.

Orientações Gerais:
A busca ativa é uma atividade realizada no âmbito da Atenção Primária à Saúde, cujo
intuito é identificar potenciais usuários para inseri-los na Rede de atendimento, ou
resgatar um usuário desistente ou faltoso a um atendimento.
Conforme a Portaria GM/MS de Consolidação nº 2, no que se refere às atribuições
profissionais da Atenção Básica, é atribuição comum a todos realizar busca ativa para
promover o planejamento de ações de prevenção, proteção e recuperação em saúde no
território.

Correlação do item de avaliação com o 3º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria


do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB):
Não existe correlação desse item com o PMAQ-AB.

72
Referência:
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS de Consolidação nº 2, de 28 de setembro
de 2017. Brasília: Ministério da Saúde, 2017.

Item 52. Os hipertensos da área de abrangência da equipe são identificados e


estratificados por grau de risco, conforme Linha Guia.

Forma de Verificação:
Verificar:
a) a existência da cópia da Linha Guia na Unidade Básica de Saúde.
b) a capacitação dos profissionais sobre estratificação de risco de hipertensão.
c) o número de hipertensos identificados e estratificados por grau de risco pela equipe.
d) se há registro no prontuário que comprove a estratificação de risco dos usuários com
hipertensão (eleger três usuários com hipertensão acompanhados na unidade e verificar
no prontuário).

Orientações Gerais:
A estratificação de risco é o processo que utiliza critérios clínicos baseados em diretrizes
clínicas para identificar subgrupos de acordo com sua condição crônica de saúde com o
objetivo de prestar cuidado equânime e favorecer o fluxo adequado das pessoas
usuárias para proporcionar o cuidado integral. Ressalta-se também que a estratificação
de risco faz parte das atribuições dos profissionais de nível superior pertencentes às
equipes de Saúde da Família.
Conforme a Portaria GM/MS de Consolidação nº 2, faz parte das responsabilidades das
equipes de saúde da família a vigilância em saúde sanitária, que engloba o rastreamento,
monitoramento, acompanhamento e avaliação nos eventos crônicos, tais como a
Hipertensão Arterial.

Correlação do item de avaliação com o 3º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria


do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB):
Módulo 2 – 2.17
A equipe utiliza protocolos para estratificação de risco dos usuários com hipertensão?

73
Referências:
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS de Consolidação nº 2, de 28 de setembro
de 2017. Brasília: Ministério da Saúde, 2017.
MALACHIAS, M.V.B, et al. VII Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial. Sociedade
Brasileira de Cardiologia, v,107, n.3, Supl. 3, Set, 2016. 103p.

Item 53. Os hipertensos da área de abrangência da equipe estão em


acompanhamento de acordo com a estratificação de risco estabelecida na Linha
Guia.

Forma de Verificação:
Verificar:
a) o número de consultas programadas, conforme o grau de risco.
b) a comprovação da marcação das consultas na agenda.
c) o registro dos acompanhamentos no prontuário (eleger o prontuário de três usuários
com hipertensão).

Orientações Gerais:
Ressalta-se que o processo de estratificação é contínuo e dinâmico, portanto, sempre
que houver necessidade, o profissional pode reestratificar o usuário para garantir a
continuidade do cuidado.
Conforme a Portaria GM/MS de Consolidação nº 2, o agendamento de consulta ou
procedimento em data futura para usuário do território é uma importante ação para
garantir o acesso aos serviços de saúde na Atenção Primária.

Correlação do item de avaliação com o 3º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria


do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB):
Módulo 2 – 2.17
A equipe programa as consultas e exames de pessoas com hipertensão arterial sistêmica
em função da estratificação dos casos e de elementos considerados por ela na gestão do
cuidado?

74
Referências:
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS de Consolidação nº 2, de 28 de setembro
de 2017. Brasília: Ministério da Saúde, 2017.
MALACHIAS, M.V.B, et al. VII Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial. Sociedade
Brasileira de Cardiologia, v,107, n.3, Supl. 3, Set, 2016. 103p.

Item 54. A equipe de saúde da família realiza busca ativa dos hipertensos faltosos
aos atendimentos.

Forma de Verificação:
Verificar no prontuário se há registro da busca ativa dos hipertensos faltosos.

Orientações Gerais:
A busca ativa é uma atividade realizada no âmbito da Atenção Primária à Saúde, cujo
intuito é identificar potenciais usuários para inseri-los na Rede de atendimento, ou
resgatar um usuário desistente ou faltoso a um atendimento.
Conforme a Portaria GM/MS de Consolidação nº 2, no que se refere às atribuições
profissionais da Atenção Básica, é atribuição comum a todos realizar busca ativa para
promover o planejamento de ações de prevenção, proteção e recuperação em saúde no
território.

Correlação do item de avaliação com o 3º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria


do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB):
Não existe correlação desse item com o PMAQ-AB.

Referência:
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS de Consolidação nº 2, de 28 de setembro
de 2017. Brasília: Ministério da Saúde, 2017.

75
Item 55. As pessoas com transtorno mental da área de abrangência são
identificadas e estratificadas por grau de risco, conforme Linha Guia.

Forma de Verificação:
Verificar:
a) a existência de cópia da Linha Guia na Unidade Básica de Saúde.
b) a capacitação dos profissionais sobre estratificação de risco de pessoas com
transtorno mental.
c) o número de pessoas com transtorno mental identificadas e estratificadas por grau de
risco pela equipe.
d) se há registro no prontuário que comprove a estratificação de risco das pessoas com
transtorno mental (eleger três pessoas com transtorno mental acompanhadas na
unidade e verificar no prontuário).

Orientações Gerais:
A estratificação de risco é o processo que utiliza critérios clínicos baseados em diretrizes
clínicas para identificar subgrupos de acordo com sua condição crônica de saúde com o
objetivo de prestar cuidado equânime e favorecer o fluxo adequado das pessoas
usuárias para proporcionar o cuidado integral. Ressalta-se também que a estratificação
de risco faz parte das atribuições dos profissionais de nível superior pertencentes às
equipes de Saúde da Família.
Orienta-se a utilização do guia da Capacitação Complementar em Estratificação de
Risco e Manejo Clínico em Saúde Mental, pertencente ao Projeto QualificaAPSUS
Ceará, como base para a estratificação de risco de pessoas com transtorno mental.
Conforme a Portaria GM/MS de Consolidação nº 2, ainda faz parte das responsabilidades
das equipes de saúde da família a vigilância em saúde sanitária, que engloba o
rastreamento, monitoramento, acompanhamento e avaliação nos eventos crônicos, tais
como os transtornos mentais.

76
Correlação do item de avaliação com o 3º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria
do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB):
Não existe correlação desse item com o PMAQ-AB.

Referência:
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria de Consolidação nº 2, de 28 de setembro de 2017.
Brasília: Ministério da Saúde, 2017.

Item 56. As pessoas com transtorno mental da área de abrangência da equipe


estão em acompanhamento de acordo com a Linha Guia.

Forma de Verificação:
Verificar:
a) o número de consultas programadas, conforme o grau de risco.
b) a comprovação do matriciamento mensal na agenda.
c) o registro dos acompanhamentos no prontuário (eleger o prontuário de três pessoas
com transtorno mental).

Orientações Gerais:
O agendamento de consulta ou procedimento em data futura para usuário do território é
uma importante ação para garantir o acesso aos serviços de saúde na Atenção Primária.
Ressalta-se também que o profissional de saúde pode realizá-lo a fim de promover a
gestão da clínica, isto é, direcionando o retorno da pessoa com transtorno mental de
acordo com suas necessidades.
Deve-se verificar o registro no prontuário dos próximos retornos da pessoa com
transtornos mentais, considerando o profissional e o período correspondente ao seu
grau de risco, ou seja, se a marcação tomou por base a parametrização das consultas
alinhada com a estratificação de risco estabelecida.

Correlação do item de avaliação com o 3º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria


do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB):
Não existe correlação desse item com o PMAQ-AB.

77
Referências:
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 3.088, de 23 de dezembro de 2011. Brasília:
Ministério da Saúde, 2011.
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS de Consolidação nº 2, de 28 de setembro
de 2017. Brasília: Ministério da Saúde, 2017.
PARANÁ. Secretaria de Saúde do Estado do Paraná. Linha Guia de Atenção à Saúde
Mental. Curitiba, PR, 2014.

Item 57. A equipe de saúde da família realiza busca ativa das pessoas com
transtorno mental faltosas aos atendimentos.

Forma de Verificação:
Verificar no prontuário se há registro da busca ativa das pessoas com transtorno mental
faltosas.

Orientações Gerais:
A busca ativa é ir à procura de indivíduos com o fim de uma identificação sintomática, e
tem como objetivo a identificação precoce de casos suspeitos e uma rápida confirmação
para orientar adequadamente a aplicação de medidas de controle.
Logo, a Política Nacional de Saúde Mental sugere que os profissionais devem trabalhar
numa lógica territorial, manter uma relação com a população do território baseada no
vínculo, no acolhimento e na responsabilização, assim como ter uma postura de busca
ativa em relação aos problemas de saúde no território.

Correlação do item de avaliação com o 3º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria


do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB):
Não existe correlação desse item com o PMAQ-AB.
Referências:
BRASIL. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Saúde mental no SUS: os
Centros de Atenção Psicossocial. Brasília: Ministério da Saúde, 2004.
BRASIL. Secretaria de Vigilância em Saúde. Guia de vigilância epidemiológica. 6 ed.
Brasília: Ministério da Saúde, 2005.
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS de Consolidação nº 2, de 28 de setembro
de 2017. Brasília: Ministério da Saúde, 2017.

78
Item 58. As pessoas com dependência de álcool e/ou substâncias psicoativas da
área de abrangência são identificadas e estratificadas por grau de risco, seguindo
a Linha Guia.

Forma de Verificação:
Verificar:
a) a existência de cópia da Linha Guia na Unidade Básica de Saúde.
b) a capacitação dos profissionais sobre estratificação de risco de pessoas com
dependência de álcool e/ou substâncias psicoativas.
c) o número de pessoas com dependência de álcool e/ou substâncias psicoativas
identificadas e estratificadas por grau de risco pela equipe.
d) se há registro no prontuário que comprove a estratificação de risco das pessoas com
dependência de álcool e/ou substâncias psicoativas (eleger o prontuário de três pessoas
com dependência de álcool e/ou substâncias psicoativas acompanhadas na unidade).

Orientações Gerais:
A estratificação de risco é o processo que utiliza critérios clínicos baseados em diretrizes
clínicas para identificar subgrupos de acordo com sua condição crônica de saúde com o
objetivo de prestar cuidado equânime e favorecer o fluxo adequado das pessoas
usuárias para proporcionar o cuidado integral. Ressalta-se também que a estratificação
de risco faz parte das atribuições dos profissionais de nível superior pertencentes às
equipes de Saúde da Família.
Conforme a Portaria GM/MS de Consolidação nº 2, ainda faz parte das responsabilidades
das equipes de saúde da família a vigilância em saúde sanitária, que engloba o
rastreamento, monitoramento, acompanhamento e avaliação nos eventos crônicos, tais
como pessoas com dependência de álcool e/ou substâncias psicoativas.
A promoção de ações intersetoriais, encaminhamento para grupos de mútua ajuda, de
redução de danos, de manutenção da abstinência e prevenção de recaídas, assim como o
tratamento da síndrome de abstinência, constituem-se como abordagens mínimas e
indispensáveis, e podem ser realizadas no nível da Atenção Primária.

79
Referências:
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS de Consolidação nº 2, de 28 de setembro
de 2017. Brasília: Ministério da Saúde, 2017.
PARANÁ. Secretaria Estadual de Saúde. Linha Guia de Atenção à Saúde Mental. Curitiba,
PR, 2014.

Item 59. As pessoas com dependência de álcool e/ou substâncias psicoativas, da


área de abrangência da equipe, estão em acompanhamento de acordo com a
estratificação de risco estabelecida na Linha Guia.

Forma de Verificação:
Verificar:
a) o número de consultas programadas, conforme o grau de risco.
b) a comprovação da marcação das consultas na agenda.
c) o registro dos acompanhamentos no prontuário (eleger o prontuário de três pessoas
com dependência de álcool e/ou substâncias psicoativas).

Orientações Gerais:
O agendamento de consulta ou procedimento em data futura para usuário do território é
uma importante ação para garantir o acesso aos serviços de saúde na Atenção Primária.
Ressalta-se também que o profissional de saúde pode realizá-lo a fim de promover a
gestão da clínica, isto é, direcionando o retorno da pessoa com dependência de álcool
e/ou substâncias psicoativas de acordo com suas necessidades. Por estes motivos, a
Atenção Primária à Saúde tem uma posição estratégica na abordagem precoce do uso
problemático de álcool e/ou substâncias psicoativas, podendo contribuir para a
mudança da relação de indivíduos e seus familiares com o uso destas substâncias.

Correlação do item de avaliação com o 3º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria


do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB):
Não existe correlação desse item com o PMAQ-AB.

80
Referências:
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS de Consolidação nº 2, de 28 de setembro
de 2017. Brasília: Ministério da Saúde, 2017.
RIO DE JANEIRO. Secretaria Municipal de Saúde. Guia de Referência Rápida: Álcool e
Outras Drogas. 1 ed. Rio de Janeiro, 2016.

Item 60. A equipe de saúde da família realiza busca ativa das pessoas com
dependência de álcool e/ou drogas psicoativas faltosas aos atendimentos.

Forma de Verificação:
Verificar no prontuário se há registro da busca ativa das pessoas com dependência de
álcool e/ou drogas psicoativas faltosas.

Orientações Gerais:
A busca ativa é ir à procura de indivíduos com o fim de uma identificação sintomática, e
tem como objetivo a identificação precoce de casos suspeitos e uma rápida confirmação
para orientar adequadamente a aplicação de medidas de controle.
Logo, a Política Nacional de Saúde Mental sugere que os profissionais devem trabalhar
numa lógica territorial, manter uma relação com a população do território baseada no
vínculo, no acolhimento e na responsabilização, assim como ter uma postura de busca
ativa em relação aos problemas de saúde no território.
Consideram-se atribuições dos profissionais da Atenção Primária realizar busca ativa
para promover o planejamento de ações de prevenção, proteção e recuperação em saúde
no território.

Correlação do item de avaliação com o 3º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria


do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB):
Não existe correlação desse item com o PMAQ-AB.

Referências:
BRASIL. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Saúde mental no SUS: os
Centros de Atenção Psicossocial. Brasília: Ministério da Saúde, 2004.
BRASIL. Secretaria de Vigilância em Saúde. Guia de vigilância epidemiológica. 6 ed.
Brasília: Ministério da Saúde, 2005.

81
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS de Consolidação nº 2, de 28 de setembro
de 2017. Brasília: Ministério da Saúde, 2017.

Item 61. As pessoas idosas da área de abrangência da equipe são identificadas e


estratificadas conforme o Protocolo de Identificação do Idoso Vulnerável – VES 13.

Forma de Verificação:
Verificar:
a) a existência de cópia do Protocolo de Identificação do Idoso Vulnerável – VES 13 na
Unidade Básica de Saúde.
b) a capacitação dos profissionais para realização de estratificação de risco de pessoas
idosas com o Protocolo de Identificação do Idoso Vulnerável – VES 13.
c) registro no prontuário das pessoas idosas identificadas e estratificadas por grau de
risco pela equipe periodicamente.

Orientações Gerais:
O idoso vulnerável é definido como aquele indivíduo que tem risco de declínio funcional
ou morte em dois anos. O Vulnerable Elders Survey (VES 13) ou Protocolo de
Identificação do Idoso Vulnerável é um instrumento simples e eficaz, capaz de identificar
o idoso vulnerável residente na comunidade, com ênfase nos dados referentes à idade,
autopercepção da saúde, presença de limitações físicas e incapacidades. Baseia-se,
portanto, na avaliação das habilidades necessárias para a realização das tarefas do
cotidiano. A duração média do questionário é de quatro a cinco minutos e ele pode ser
aplicado por qualquer profissional da área da saúde.
Conforme a Portaria GM/MS de Consolidação nº 2, no que se refere às atribuições dos
profissionais da Atenção Primária, é atribuição comum a todos realizar ações de atenção
à saúde da população local, bem como aquelas previstas nas prioridades, protocolos e
diretrizes. Além disso, também é atribuição de todos instituir ações para segurança do
paciente, propor medidas para reduzir os riscos e diminuir os eventos adversos.
Orienta-se a utilização do guia da Capacitação Complementar em Estratificação de
Risco e Manejo Clínico em Saúde da Pessoa Idosa, pertencente ao Projeto
QualificaAPSUS Ceará, como base para a estratificação de risco de pessoas idosas.

82
Correlação do item de avaliação com o 3º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria
do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB):
Não existe correlação desse item com o PMAQ-AB.

Referências:

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria de Consolidação GM/MS nº 2, 28 de setembro de


2017. Brasília, Ministério da Saúde 2017.
BRASIL. Ministério da Saúde. Envelhecimento e saúde da pessoa idosa. Brasília:
Ministério da Saúde, 2006. (Cadernos de Atenção Básica, n. 19) (Série A. Normas e
Manuais Técnicos)
CEARÁ. Secretaria da Saúde do Estado do Ceará. Guia da Capacitação Complementar da
Saúde da Pessoa Idosa do Projeto QualificaAPSUS Ceará. 2017.
PARANÁ. Secretaria de Saúde do Estado do Paraná. Oficina 9 – Saúde do Idoso na
Atenção Primária à Saúde, APSUS. Agosto de 2014. Disponível em:
http://www.saude.pr.gov.br/arquivos/File/Apsus_cadero9_1208_14_alta.pdf.

Item 62. As pessoas idosas da equipe estão em acompanhamento de acordo com a


estratificação de risco baseada no Protocolo de Identificação do Idoso Vulnerável
– VES 13.

Forma de Verificação:
Verificar:
a) o número de consultas programadas, conforme o grau de risco.
b) a comprovação da marcação das consultas na agenda.
c) o registro dos acompanhamentos no prontuário (eleger o prontuário de três pessoas
idosas).

Orientações Gerais:
Ressalta-se que o processo de estratificação é contínuo e dinâmico, portanto, sempre
que houver necessidade, o profissional pode reestratificar o usuário para garantir a
continuidade do cuidado.
Conforme a Portaria GM/MS de Consolidação nº 2, o agendamento de consulta ou
procedimento em data futura para usuário do território é uma importante ação para
garantir o acesso aos serviços de saúde na Atenção Primária.

83
Correlação do item de avaliação com o 3º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria
do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB):
Não existe correlação desse item com o PMAQ-AB.

Referências:
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria de Consolidação GM/MS nº 2, 28 de setembro de
2017. Brasília, Ministério da Saúde 2017.
BRASIL. Ministério da Saúde. Envelhecimento e saúde da pessoa idosa. Brasília:
Ministério da Saúde, 2006. (Cadernos de Atenção Básica, n. 19) (Série A. Normas e
Manuais Técnicos)
CEARÁ. Secretaria da Saúde do Estado do Ceará. Guia da Capacitação Complementar da
Saúde da Pessoa Idosa do Projeto QualificaAPSUS Ceará. 2017.

Item 63. A equipe da saúde da família realiza busca das pessoas idosas faltosas aos
atendimentos.

Forma de Verificação:
Verificar no prontuário se há registro da busca ativa das pessoas idosas faltosas.

Orientações Gerais:
A busca ativa é ir à procura de indivíduos com o fim de uma identificação sintomática, e
tem como objetivo a identificação precoce de casos suspeitos e uma rápida confirmação
para orientar adequadamente a aplicação de medidas de controle.
Conforme a Portaria GM/MS de Consolidação nº 2, no que se refere às atribuições
profissionais da Atenção Básica, é atribuição comum a todos realizar busca ativa para
promover o planejamento de ações de prevenção, proteção e recuperação em saúde no
território.
Assim, deve-se verificar a existência de registro das pessoas idosas faltosas e checar se
foi feita busca ativa pelo Agente Comunitário de Saúde através de conferência da
planilha de visitas domiciliares, com data e assinatura do profissional que a executou.

Correlação do item de avaliação com o 3º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria


do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB):
Não existe correlação desse item com o PMAQ-AB.

84
Referências:
BRASIL. Secretaria de Vigilância em Saúde. Guia de vigilância epidemiológica. 6 ed.
Brasília: Ministério da Saúde, 2005.
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS de Consolidação nº 2, de 28 de setembro
de 2017. Brasília: Ministério da Saúde, 2017.

Item 64. A equipe de saúde da família utiliza protocolo para identificar fatores de
risco no domicílio relacionados à queda na pessoa idosa.

Forma de Verificação:
Verificar:
a) a existência de cópia do Protocolo de Prevenção de Quedas em Idosos na unidade
básica de saúde.
b) a capacitação dos profissionais sobre o Protocolo de Prevenção em Quedas em Idosos.
c) se há registro no prontuário que comprove a identificação de fatores de risco no
domicílio relacionado à queda na pessoa idosa com base no protocolo (eleger três
pessoas idosas acompanhadas na unidade e verificar no prontuário).

Orientações Gerais:
Conforme a Portaria GM/MS de Consolidação nº 2, no que se refere às atribuições dos
profissionais da Atenção Básica, é atribuição comum a todos realizar ações de atenção à
saúde da população local, bem como aquelas previstas nas prioridades, protocolos e
diretrizes. Além disso, também é atribuição de todos instituir ações para segurança do
paciente, propor medidas para reduzir os riscos e diminuir os eventos adversos.

Correlação do item de avaliação com o 3º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria


do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB):
Não existe correlação desse item com o PMAQ-AB.

Referências:
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS de Consolidação nº 2, de 28 de setembro
de 2017. Brasília: Ministério da Saúde, 2017.

85
BRASIL. Ministério da Saúde. Envelhecimento e saúde da pessoa idosa. Brasília:
Ministério da Saúde, 2006. (Cadernos de Atenção Básica, n. 19) (Série A. Normas e
Manuais Técnicos)

Item 65. A equipe de saúde da família utiliza protocolos para identificar fatores de
risco ambientais relacionados à queda de usuários na unidade.

Forma de Verificação:
Verificar:
a) a existência de cópia do Protocolo na Unidade Básica de Saúde.
b) a capacitação dos profissionais sobre o protocolo.
c) se há registro no prontuário que comprove a identificação de fatores de risco
ambientais relacionados à queda de usuários na unidade com base no Protocolo (eleger
três pessoas acompanhadas na unidade e verificar no prontuário).

Orientações Gerais:
Conforme a Portaria GM/MS de Consolidação nº 2, no que se refere às atribuições dos
profissionais da Atenção Básica, é atribuição comum a todos realizar ações de atenção à
saúde da população local, bem como aquelas previstas nas prioridades, protocolos e
diretrizes. Além disso, também é atribuição de todos instituir ações para segurança do
paciente, propor medidas para reduzir os riscos e diminuir os eventos adversos.

Correlação do item de avaliação com o 3º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria


do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB):
Não existe correlação desse item com o PMAQ-AB.

Referências:
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria de Consolidação GM/MS nº 2, 28 de setembro de
2017. Brasília, Ministério da Saúde 2017.
BRASIL. Ministério da Saúde. Envelhecimento e saúde da pessoa idosa. Brasília:
Ministério da Saúde, 2006. (Cadernos de Atenção Básica, n. 19) (Série A. Normas e
Manuais Técnicos)
CEARÁ. Secretaria da Saúde do Estado do Ceará. Guia da Capacitação Complementar da
Saúde da Pessoa Idosa do Projeto QualificaAPSUS Ceará. 2017.

86
Item 66. A equipe de saúde da família utiliza protocolo para prevenir a Lesão por
Pressão.

Forma de Verificação:
Verificar:
a) a existência na unidade básica de saúde de cópia do Protocolo de Prevenção de Lesão
por Pressão.
b) a capacitação dos profissionais sobre o protocolo de Prevenção de Lesão por Pressão.
c) se há registro no prontuário que comprove a prevenção de lesão por pressão com
base no Protocolo (eleger três pessoas acompanhadas na unidade e verificar no
prontuário).

Orientações Gerais:
Lesão por pressão é uma solução de continuidade localizada na pele e ou no tecido ou
estrutura subjacente, geralmente sobre uma proeminência óssea, resultante de pressão
isolada ou de pressão combinada com fricção e ou cisalhamento.
Segundo a Portaria GM/MS de Consolidação nº 2, no que se refere às atribuições dos
profissionais da Atenção Básica, é atribuição comum a todos realizar ações de atenção à
saúde da população local, bem como aquelas previstas nas prioridades, protocolos e
diretrizes. Além disso, também é atribuição de todos instituir ações para segurança do
paciente, propor medidas para reduzir os riscos e diminuir os eventos adversos.

Correlação do item de avaliação com o 3º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria


do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB):
Não existe correlação desse item com o PMAQ-AB.

Referências:
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria de Consolidação GM/MS nº 2, 28 de setembro de
2017. Brasília, Ministério da Saúde 2017.
BRASIL. Ministério da Saúde. Envelhecimento e saúde da pessoa idosa. Brasília:
Ministério da Saúde, 2006. (Cadernos de Atenção Básica, n. 19) (Série A. Normas e
Manuais Técnicos)
CEARÁ. Secretaria da Saúde do Estado do Ceará. Guia da Capacitação Complementar da
Saúde da Pessoa Idosa do Projeto QualificaAPSUS Ceará. 2017.

87
THULER, S.R; DANTAS, S.R.P.E. Úlceras por pressão: prevenção e tratamento. Um guia
rápido da Coloplast. Colopast A/S, 2013. Classificação das lesões por pressão, com
Consenso NPUAP, 2016, Adaptado culturalmente para o Brasil. Associação Brasileira de
Estomatoterapia, 2017. Disponível em: http://www.sobest.org.br/textod/35.

Item 67. Os usuários com tuberculose da área de abrangência são diagnosticados e


tratados pela equipe e têm o tratamento concluído.

Forma de Verificação:
Verificar:
a) se a unidade realiza busca ativa de sintomáticos respiratórios.
b) o número de casos de tuberculose e, nos respectivos prontuários, se há registro do
acompanhamento (tratamento diretamente observado e visita domiciliar) e conclusão
de tratamento.

Orientações Gerais:
A Equipe de Saúde da Família deve conter documentos que registrem a busca ativa
realizada aos sintomáticos respiratórios, bem como a relação nominal e quantitativa de
casos de tuberculose.
O prontuário é um documento único constituído de um conjunto de informações, sinais
e imagens registradas, geradas a partir de fatos, acontecimentos e situações sobre a
saúde do paciente e a assistência a ele prestada. Devem conter nos prontuários as
seguintes informações, no que se refere ao acompanhamento das pessoas com
tuberculose: registro de baciloscopia de controle do segundo, quarto e sexto mês;
registro da solicitação de cultura para microbactérias com identificação de teste de
sensibilidade após resultado positivo no segundo mês de baciloscopia positiva; registro
de acompanhamento clínico mensal com anotação de peso da pessoa com tuberculose;
registro da visita domiciliar pelo Agente Comunitário de Saúde; registro do
preenchimento da Ficha de Acompanhamento da Tomada Diária da Medicação e registro
de Tratamento Diretamente Observado preferencialmente todos os dias, ou seja, de
segunda a sexta-feira, na fase de ataque e no mínimo três vezes por semana na fase de
manutenção do tratamento, administrado por profissionais de saúde ou eventualmente

88
por outra pessoa, desde que devidamente capacitada e sob monitoramento do
enfermeiro. Nos finais de semana e feriados os medicamentos são autoadministrados.
Cuidado enaltecido pela Portaria de consolidação GM/MS nº 2, de 28 de setembro de
2017, ao ressaltar que integração entre a Vigilância em Saúde e Atenção Básica é uma
condição essencial para o alcance de resultados que atendam às necessidades de saúde
da população, na ótica da integralidade da atenção à saúde.

Correlação do item de avaliação com o 3º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria


do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB):
Módulo 2 – 2.20
A equipe realiza o acompanhamento do tratamento diretamente observado do usuário
com tuberculose?
A equipe realiza busca ativa para os seguintes casos: sintomáticos respiratórios?

Referências:
BRASIL. Ministério da Saúde. Tratamento diretamente observado (TDO) da Tuberculose
da Atenção Básica – Protocolo de enfermagem. Brasília, 2011.
BRASIL. Ministério da Saúde. Brasil livre de tuberculose. Plano Nacional pelo fim de
Tuberculose como Problema de Saúde Pública. Brasília, 2017.
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS de Consolidação nº 2, de 28 de setembro
de 2017. Brasília: Ministério da Saúde, 2017.

Item 68. Os usuários com hanseníase da área de abrangência da equipe são


diagnosticados e tratados pela equipe e têm o tratamento concluído.

Forma de Verificação:
Verificar o número de casos de hanseníase, o registro nos prontuários do
acompanhamento (tratamento diretamente observado e visita domiciliar) e
conclusão de tratamento.

Orientações Gerais:
A Equipe de Saúde da Família deve conter documentos impressos que comprovem o
registro do número de casos de hanseníase, bem como um documento que conste o
nome dos pacientes que realizam o tratamento. No que se refere ao acompanhamento

89
será considerado os seguintes critérios: o registro do retorno às Unidades Básicas de
Saúde das pessoas com hanseníase a cada 28 dias; a dose supervisionada no serviço de
saúde e o recebimento da cartela com os medicamentos nas doses a serem
autoadministradas em domicílio; o registro do exame de contatos com dados referentes
à avaliação clínica e vacinação; e o registro das estratégias de busca ativa dos faltosos
(contato telefônico imediato e visita domiciliar em até 30 dias).
A Portaria de Consolidação GM/MS nº 2, de 28 de setembro de 2017, ressalta que
integração entre a Vigilância em Saúde e Atenção Básica é uma condição essencial para o
alcance de resultados que atendam às necessidades de saúde da população, na ótica da
integralidade da atenção à saúde.

Correlação do item de avaliação com o 3º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria


do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB):
Módulo 2 – 2.21
Quando há usuário diagnosticado com hanseníase a equipe: realiza consulta deste
usuário nesta UBS?

Referências:
BRASIL. Ministério da Saúde. Hanseníase, de 4 de julho de 2017. Disponível em:
http://portalms.saude.gov.br/saude-de-a-z/hanseniase
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS de Consolidação nº 2, de 28 de setembro
de 2017. Brasília: Ministério da Saúde, 2017.

Item 69. Os usuários da área de abrangência da equipe de saúde bucal estão


estratificados segundo o grau de risco para a saúde bucal, conforme Linha
Guia.

Forma de Verificação:
Verificar:
a) a existência de cópia da Linha Guia na Unidade Básica de Saúde.
b) a capacitação dos profissionais sobre estratificação de risco em saúde bucal.
c) o número de gestantes, crianças menores de cinco anos e diabéticos identificados e
estratificados por grau de risco pela equipe.

90
d) se há registro no prontuário que comprove a estratificação de risco de gestantes,
crianças menores de cinco anos e diabéticos (eleger uma gestante, uma criança menor
de cinco anos e um diabético acompanhados na unidade e verificar no prontuário).

Orientações Gerais:
A estratificação de risco é o processo que utiliza critérios clínicos baseados em diretrizes
clínicas para identificar subgrupos de acordo com sua condição crônica de saúde com o
objetivo de prestar cuidado equânime e favorecer o fluxo adequado das pessoas
usuárias para proporcionar o cuidado integral. Ressalta-se também que a estratificação
de risco faz parte das atribuições dos profissionais de nível superior pertencentes às
equipes de Saúde da Família.
Orienta-se que a equipe possua um exemplar impresso do guia da Capacitação
Complementar de Estratificação de Risco e Manejo Clínico em Saúde Bucal, de modo a
subsidiar a estratificação segundo o grau de risco.
A criação de um documento que conste a lista nominal e o quantitativo de gestantes,
crianças menores de cinco anos e diabéticos identificados e estratificados por grau de
risco pela equipe, também poderá auxiliar no apoio das ações que serão desenvolvidas
para cada grupo de risco. Nesse sentido, o prontuário servirá como documento
comprobatório da estratificação de risco realizada pelo profissional, pois nele constarão
os registros referentes aos usuários.

Correlação do item de avaliação com o 3º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria


do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB):
Módulo 6 – 6.7
A Equipe de Saúde Bucal realiza a avaliação de risco e vulnerabilidade no acolhimento
dos usuários? Os profissionais da equipe de Saúde Bucal que fazem o acolhimento foram
capacitados para a avaliação de risco e vulnerabilidade dos usuários?

Referências:
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS de Consolidação nº 2, de 28 de setembro
de 2017. Brasília: Ministério da Saúde, 2017.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Saúde do Paraná. Superintendência de Assistência à
Saúde. Linha Guia de Saúde Bucal. Curitiba. SESA, 2014.76p.

91
Item 70. A equipe de saúde bucal garante agenda para a continuidade do
tratamento de um usuário que iniciou seu tratamento em saúde bucal.

Forma de Verificação:
Verificar:
a) o número de consultas programadas, conforme o grau de risco.
b) a comprovação da marcação das consultas na agenda.
c) o registro dos acompanhamentos no prontuário (eleger o prontuário de uma gestante,
uma criança menor de cinco anos e um diabético).

Orientações Gerais:
A agenda de atendimentos da equipe é uma ferramenta fundamental para organização
da resposta às demandas da população. Sua elaboração é feita pela própria equipe,
considerando as diretrizes clínicas vigentes. Uma agenda bem elaborada reflete o
equilíbrio entre a atenção à demanda para o evento agudo e atenção às condições
crônicas.
O profissional dentista deverá registrar no período de todas as consultas realizadas a fim
de resgatar as informações para contabilizar o quantitativo de pessoas atendidas. Com o
número bruto obtido, o profissional calculará o percentual, considerando o total das
pessoas do seu território.
O cálculo deverá ser feito da seguinte forma: o número de atendimentos de primeira
consulta odontológica programática multiplicada por 100. Após obtenção do resultado,
dividir pela população cadastrada referentes do agendamento dos atendimentos.
Orienta-se que os profissionais criem um documento que servirá para alimentação dos
dados referentes às consultas programadas conforme grau de risco de cada usuário,
para que sirva de documentação comprobatória dos atendimentos agendados. A forma
de agendamento poderá ser comprovada de acordo com a utilização de agenda impressa
ou virtual.

92
Correlação do item de avaliação com o 3º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria
do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB):
Módulo 6 – 6.7
Qual a principal forma de marcação de consulta para a continuidade do tratamento
odontológico?

Referências:
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS de Consolidação nº 2, de 28 de setembro
de 2017. Brasília: Ministério da Saúde, 2017.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Saúde do Paraná. Superintendência de Assistência à
Saúde. Linha Guia de Saúde Bucal. Curitiba. SESA, 2014.76p.

Item 71. Os casos de Dengue, Chikungunya e Zika vírus da área de abrangência


são atendidos e acompanhados pela equipe, conforme Protocolo do Ministério
da Saúde.

Forma de Verificação:
Verificar:
a) a existência de cópia do protocolo na Unidade Básica de Saúde.
b) a capacitação dos profissionais sobre o protocolo.
c) o número de casos notificados na unidade.
d) se há registro no prontuário que comprove o acompanhamento dos casos (eleger três
casos acompanhados na unidade e verificar no prontuário).

Orientações Gerais:
As arboviroses são caracterizadas por um grupo de doenças virais, transmitidas por
vetores (Arthropod-borne vírus). Estas têm sido reconhecidas pela Organização Mundial
de Saúde (OMS) como um problema global de saúde pública, em virtude de sua
crescente dispersão territorial e necessidade de ações de prevenção e promoção e
controle cada vez mais complexas.
Conforme a Portaria de Consolidação nº 2, de 28 de setembro de 2017, a integração
entre a Vigilância em Saúde e Atenção Básica é condição essencial para o alcance de
resultados que atendam às necessidades de saúde da população, sendo a Vigilância em

93
Saúde (sanitária, ambiental, epidemiológica e do trabalhador) e a Promoção da Saúde
referenciais essenciais para a identificação da rede de causalidades e dos elementos que
exercem determinação sobre o processo saúde-doença, auxiliando na percepção dos
problemas de saúde da população por parte da equipe e no planejamento das estratégias
de intervenção.
Orienta-se que os profissionais possuam na unidade os protocolos impressos (original
ou cópia) da Dengue, Zika e Chikungunya, bem como o comprovante das capacitações
referentes aos protocolos realizadas pelos profissionais. A criação de uma planilha ou
documento para controle dos casos notificados na unidade irá contribuir para
desenvolvimento das ações voltadas para aquele território.

Correlação do item de avaliação com o 3º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria


do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB):
Módulo 2 – 2.22
A gestão municipal ofertou para a equipe: Protocolo clínico da Dengue, Zika, Febre e
Chikungunya?

Referências:
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS de Consolidação nº 2, de 28 de setembro
de 2017. Brasília: Ministério da Saúde, 2017.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Coordenação-Geral de
Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviços. Guia de Vigilância em Saúde: volume 2
/ Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Coordenação-Geral de
Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviços. – 1. ed. atual. – Brasília: Ministério da
Saúde, 2017.

Item 72. Os casos de Síndrome Congênita associada à infecção pelo vírus


Zika/microcefalia da área de abrangência são identificados, notificados e
acompanhados pela equipe, conforme Protocolo do Ministério da Saúde.

Forma de Verificação:
Verificar:
a) se a equipe tem identificado casos de microcefalia na área de abrangência.
b) se há notificações dos casos.

94
c) se há registro no prontuário que comprove o acompanhamento dos casos (eleger
casos acompanhados na unidade e verificar no prontuário).

Orientações Gerais:
A Síndrome Congênita associada à infecção pelo vírus Zika é um conjunto de alterações
na formação das estruturas do corpo, principalmente do sistema nervoso central, entre
outras, a microcefalia, que é causada pela infecção materna pelo vírus Zika durante a
gravidez.
Segundo a Portaria de Consolidação nº 2, de 28 de setembro de 2017, no que se refere ao
processo de trabalho na atenção básica, as equipes devem assumir seu território de
referência (adstrição), considerando questões sanitárias, ambientais (desastres, controle
da água, solo, ar), epidemiológicas (surtos, epidemias, notificações, controle de agravos),
culturais e socioeconômicas, contribuindo por meio de intervenções clínicas e sanitárias
nos problemas de saúde da população com residência fixa, os itinerantes (população em
situação de rua, ciganos, circenses, andarilhos, acampados, assentados etc.) ou mesmo
trabalhadores da área adstrita.
Orienta-se que seja criado um documento que contenha a relação de casos de Síndrome
Congênita do vírus Zika, identificados, notificados e acompanhados em cada área de
abrangência. Considerando que o prontuário é um documento único que possibilita a
comunicação entre membros da equipe multiprofissional e a continuidade da assistência
prestada ao indivíduo, o profissional deve registrar todas as informações referentes ao
paciente (consultas, tratamentos, busca ativa, acompanhamentos, visitas domiciliares e
etc.), para fins de comprovação das informações.

Correlação do item de avaliação com o 3º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria


do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB):
Não existe correlação desse item com o PMAQ-AB.

Referência:
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS de Consolidação nº 2, de 28 de setembro
de 2017. Brasília: Ministério da Saúde, 2017.

95
Item 73. A equipe de saúde da família possui protocolo para identificar agravos e
doenças relacionados ao trabalho.

Forma de Verificação:
Verificar:
a) a existência de cópia do protocolo na Unidade Básica de Saúde.
b) a capacitação dos profissionais sobre o protocolo.
c) o número de casos notificados na unidade.
d) se há registro no prontuário que comprove o acompanhamento dos casos (eleger três
casos acompanhados na unidade e verificar no prontuário).

Orientações Gerais:
As equipes de Atenção Primária à Saúde devem atuar de forma articulada para garantir
o desenvolvimento de ações no âmbito individual e coletivo, abrangendo a promoção e
proteção da saúde dos trabalhadores, a prevenção de agravos relacionados ao trabalho,
o diagnóstico, tratamento, reabilitação e manutenção da saúde.
Orienta-se que os profissionais possuam na unidade os protocolos impressos (original
ou cópia) referentes à identificação de agravos e doenças relacionadas ao trabalho, bem
como o comprovante das capacitações realizadas pelos profissionais.
A criação de uma planilha ou documento para controle dos casos notificados na unidade
irá contribuir para desenvolvimento das ações voltadas para o território.

Correlação do item de avaliação com o 3º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria


do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB):
Não existe correlação desse item com o PMAQ-AB.

Referência:
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS de Consolidação nº 2, de 28 de setembro
de 2017. Brasília: Ministério da Saúde, 2017.

96
6.4 ITENS RELACIONADOS AO ATRIBUTO DA INTEGRALIDADE

Item 74. A equipe de saúde da família realiza a fase pré-analítica dos exames de
apoio diagnóstico.

Forma de Verificação:
Verificar se a equipe dispõe de formulários que orientem o preparo do usuário para os
exames (exame de sangue, urina, endoscopia, ultrassom, dentre outros).

Orientações Gerais:
Segundo a literatura científica, a fase pré-analítica concentra a maior parte dos
equívocos que podem gerar resultados não consistentes com o quadro clínico do
paciente. Estima-se que problemas nessa etapa sejam responsáveis por cerca de 70%
dos erros ocorridos nos laboratórios. Entre eles, vale destacar os aspectos relacionados
à orientação do paciente, como a necessidade ou não do jejum e o intervalo adequado
deste, o tipo de alimentação, a prática de exercício físico, o uso de medicamentos capazes
de interferir na análise e mudanças abruptas nos hábitos da rotina diária precedendo a
coleta.
Independentemente da coleta de exames ser realizada ou não na Unidade Básica de
Saúde, a equipe deve realizar orientações aos usuários, dispondo, inclusive, de
impressos com orientações sobre os principais exames de apoio diagnóstico.
É preciso considerar que se o usuário vai diretamente ao laboratório fazer uma coleta de
sangue, por exemplo, nem sempre o mesmo tem a orientação de jejum, suspensão de
medicamentos, dentre outros. Assim, a unidade deve garantir a qualidade do exame e o
devido preparo do usuário.

Correlação do item de avaliação com o 3º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria


do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB):
Não existe correlação desse item com o PMAQ-AB.

97
Referência:
BRASIL. Ministério da Saúde. Resolução de Diretoria Colegiada- RDC Nº 302, de 13 de
Outubro de 2015. Dispõe sobre Regulamento Técnico para funcionamento de
Laboratórios Clínicos. Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Brasília, DF, 2005.
Disponível em:
http://portal.anvisa.gov.br/documents/10181/2718376/RDC_302_2005_COMP.pdf/70
38e853-afae-4729-948b-ef6eb3931b19

Item 75. A equipe de saúde da família viabiliza aos usuários os resultados dos
exames laboratoriais no tempo acordado entre a Secretaria Municipal de Saúde e
o laboratório.

Forma de Verificação:
Verificar se os profissionais da equipe recebem o retorno dos resultados dos exames
laboratoriais no tempo adequado, conforme prazo estipulado entre a Secretaria
Municipal de Saúde e o laboratório. Verificar se os resultados são analisados, registrados
em prontuário e informados aos usuários, por meio da seleção aleatória de três
prontuários.

Orientações Gerais:
O retorno dos resultados dos exames em tempo hábil oportuniza possíveis
encaminhamentos, quando necessário, principalmente, quando forem ferramentas de
diagnóstico precoce, como também reduzem o tempo de espera e maximizam a e
efetividade dos agendamentos.
Orienta-se que os exames sejam selecionados de forma aleatória, periodicamente, pela
gestão da unidade para fazer uma comparação entre a data de realização e a data de
expedição do laudo e/ou data de protocolo.
Em caso de laboratório terceirizado, a Secretaria Municipal de Saúde deve verificar os
prazos estipulados em contrato e verificar se os mesmos estão sendo observados. Caso
contrário, a gestão deve possuir mecanismos para cobrar ao laboratório o cumprimento
dos prazos. Se o laboratório for do próprio município é questão de ajuste de gestão local.

98
Correlação do item de avaliação com o 3º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria
do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB):
Não existe correlação desse item com o PMAQ-AB.

Referência:
BRASIL. Ministério da Saúde. Resolução de Diretoria Colegiada- RDC Nº 302, de 13 de
Outubro de 2015. Dispõe sobre Regulamento Técnico para funcionamento de
Laboratórios Clínicos. Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Brasília, DF, 2005.
Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/documents /10181/2718376/ RDC_302
_2005_COMP.pdf/7038e853-afae-4729-948b-ef6eb3931b19

Item 76. A equipe de saúde da família viabiliza às gestantes de alto risco consultas
no pré-natal de risco, conforme a Linha Guia.

Forma de Verificação:
Verificar se a equipe agenda as consultas no pré-natal de risco, conforme a Linha Guia
(eleger três gestantes de alto risco para verificação).

Orientações Gerais:
É relevante destacar que a Linha Guia Nascer no Ceará estabelece que todas as gestantes
de risco habitual e alto risco devem realizar as consultas de pré-natal na Atenção
Primária à Saúde, porém as de alto risco deverão ter interconsultas nas Maternidades de
Risco Intermediário, Policlínicas e/ou Maternidades de Alto risco.
Através dos agendamentos das consultas, é possível ganhar tempo e economizar nas
papeladas e outros materiais burocráticos. Esta ferramenta também desafoga o espaço
do consultório (lotações nos corredores da Unidade Básica de Saúde) e o tempo de
espera do usuário. Além disso, o agendamento permite aos médicos e demais
profissionais visualizarem com mais rapidez e precisão todos os históricos com
consultas, exames e demais informações sobre os pacientes.

Correlação do item de avaliação com o 3º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria


do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB):
Módulo 2 – 2.15

99
A equipe organiza as ofertas de serviço e encaminhamentos (consultas, exames) das
gestantes baseadas na avaliação e classificação de risco e vulnerabilidade?

Referências:
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações
Programáticas Estratégicas. Manual de acolhimento e classificação de risco em
obstetrícia / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações
Programáticas Estratégicas. Brasília: Ministério da Saúde, 2014.
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria. Nº 1.020, de 29 de maio de 2013. Institui as
diretrizes para a organização da Atenção à Saúde na Gestação de Alto Risco e define os
critérios para a implantação e habilitação dos serviços de referência à Atenção à Saúde
na Gestação de Alto Risco, incluída a Casa de Gestante, Bebê e Puérpera (CGBP), em
conformidade com a Rede Cegonha.
CEARÁ. Secretaria da Saúde do Estado. Coordenadoria de Políticas e Atenção à Saúde.
Linha de Cuidado Gestante e Criança menor de 2 anos / Secretaria da Saúde do Estado.
Ceará, 2016. 40 p.

Item 77. As gestantes da área de abrangência estão vinculadas às maternidades de


referência, de acordo com sua estratificação de risco.

Forma de Verificação:
Verificar se há registro da vinculação da gestante às maternidades de referência, de
acordo com a estratificação de risco no prontuário (eleger três prontuários de gestantes
e verificar a vinculação conforme o risco).

Orientações Gerais:
A estratificação de risco é o processo que utiliza critérios clínicos baseados em diretrizes
clínicas para identificar subgrupos de acordo com sua condição crônica de saúde com o
objetivo de prestar cuidado equânime e favorecer o fluxo adequado das pessoas
usuárias para proporcionar o cuidado integral.
Esta estratificação de risco identifica diferentes situações de gravidade, indicando níveis
de diferentes necessidades de saúde, o que, por sua vez, define o tipo de cuidado que
deve ser ofertado nos vários serviços, proporcionando uma das ferramentas para a
vinculação destas gestantes. Isto é, permite a comunicação das equipes da Atenção
Primária à Saúde com os demais níveis: pontos de Atenção Secundários e Terciários, de

100
modo que, já no momento do pré-natal, a gestante terá seu parto assegurado no hospital
de referência, de acordo com a avaliação de risco gestacional, por meio de um sistema de
vinculação hospitalar.

Correlação do item de avaliação com o 3º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria


do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB):
Módulo 2 – 2.12
Indique para quais das condições abaixo existem referências e fluxos definidos: Parto
(maternidade)?

Referências:
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações
Programáticas Estratégicas. Manual de acolhimento e classificação de risco em
obstetrícia / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações
Programáticas Estratégicas. Brasília: Ministério da Saúde, 2014.
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria. Nº 1.020, de 29 de maio de 2013. Institui as
diretrizes para a organização da Atenção à Saúde na Gestação de Alto Risco e define os
critérios para a implantação e habilitação dos serviços de referência à Atenção à Saúde
na Gestação de Alto Risco, incluída a Casa de Gestante, Bebê e Puérpera (CGBP), em
conformidade com a Rede Cegonha.
CEARÁ. Secretaria da Saúde do Estado. Coordenadoria de Políticas e Atenção à Saúde.
Linha de Cuidado Gestante e Criança menor de 2 anos / Secretaria da Saúde do Estado.
Ceará, 2016. 40 p.

Item 78. A equipe de saúde da família realiza o seguimento das mulheres com
citologia de colo uterino com resultado alterado.

Forma de Verificação:
Verificar:
a) existência de registro de agendamento das mulheres com citologia de colo uterino
com resultado alterado para o centro de referência.
b) Registro dos acompanhamentos dessas mulheres no prontuário.

101
Orientações Gerais:
É papel da Atenção Primária à Saúde desenvolver ações para prevenção do câncer do
colo do útero por meio de ações de educação em saúde, vacinação de grupos indicados e
detecção precoce do câncer e de suas lesões precursoras por meio de seu rastreamento.
Recomenda-se ter como base as Diretrizes e Protocolos clínicos para dar seguimento as
mulheres com exames de citologia de colo de útero alterado, visando subsidiar os
profissionais da saúde em suas práticas assistenciais, bem como apoiar os gestores na
tomada de decisão em relação à organização e estruturação da linha de cuidado da
mulher com câncer do colo do útero.

Correlação do item de avaliação com o 3º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria


do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB):
Módulo 2 – 2.14
A equipe de atenção básica realiza o seguimento das mulheres após tratamento
realizado na atenção especializada?

Referência:
BRASIL, Ministério da Saúde. Diretrizes brasileiras para o rastreamento do câncer do
colo do útero / Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. Coordenação
de Prevenção e Vigilância. Divisão de Detecção Precoce e Apoio à Organização de Rede. –
2. ed. rev. atual. – Rio de Janeiro: INCA, 2016.

Item 79. A equipe de saúde da família viabiliza transporte sanitário e/ou


transporte de urgência (SAMU) para o usuário que necessita ser transferido para
um serviço adequado para a resolução do problema.

Forma de Verificação:
Verificar se a equipe possui uma planilha de registro de transferência de
urgência/emergência constando: data, usuário, problemas apresentados pelo usuário,
horário de solicitação e de chegada da ambulância.

102
Orientações Gerais:
A Atenção Primária à Saúde tem como objetivos a ampliação do acesso, o fortalecimento
do vínculo, a responsabilização e o primeiro atendimento às urgências e emergências,
em ambiente adequado, até a transferência/encaminhamento dos pacientes a outros
pontos de atenção, quando necessário, mediante implantação de acolhimento com
avaliação de riscos e vulnerabilidades.

Correlação do item de avaliação com o 3º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria


do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB):
Não existe correlação desse item com o PMAQ-AB.

Referência:
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção
Especializada. Manual instrutivo da Rede de Atenção às Urgências e Emergências no
Sistema Único de Saúde (SUS) / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde,
Departamento de Atenção Especializada. – Brasília: Editora do Ministério da Saúde,
2013.

Item 80. A equipe de saúde da família viabiliza transporte sanitário eletivo para o
usuário que necessita desse atendimento.

Forma de Verificação:
Verificar se a unidade possui registro do agendamento do transporte sanitário eletivo
para seus usuários (ex.: fisioterapia, tratamento ambulatorial oncológico, terapia renal
substitutiva etc.) e o monitoramento da garantia ou não desse transporte.

Orientações Gerais:
Considerando que na maioria dos municípios o agendamento do transporte sanitário
eletivo é centralizado, a Unidade Básica de Saúde deve ter a relação desses usuários, pois
devido a sua condição crônica apresentam maior vulnerabilidade. Os registros devem
constar o quantitativo de pacientes que utilizam o transporte, bem como o número de
absenteísmo em relação ao transporte sanitário eletivo e os motivos.

103
Correlação do item de avaliação com o 3º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria
do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB):
Não existe correlação desse item com o PMAQ-AB.

Referência:
BRASIL. Resolução Comissão Intergestores Tripartite Nº 13, de 23 de fevereiro de 2017.
Dispõe sobre as diretrizes para o Transporte Sanitário Eletivo destinado ao
deslocamento de usuários para realizar procedimentos de caráter eletivo no âmbito SUS.
Brasília, DF, 2017.

Item 81. A lista da Relação Municipal de Medicamentos (REMUME) está disponível


para o profissional médico, enfermeiro e dentista da unidade.

Forma de Verificação:
Verificar se a lista está disponível na unidade e se é de fácil acesso para os profissionais
médico, enfermeiro e dentista.

Orientações Gerais:
As prescrições médicas/odontológicas devem estar baseadas no elenco padronizado
descrito na REMUME. Para a elaboração da REMUME, faz-se necessário a formação de
uma Comissão de Farmácia e Terapêutica, a qual deve ser composta por equipe
multiprofissional: farmacêutico, médico, enfermeiro e odontólogo.
Caso o município ainda não tenha a REMUME, o mesmo deve apresentar a lista de
medicamentos que disponibiliza para a população que acessa a Atenção Primária à
Saúde.
Isso envolve o abastecimento de medicamentos em todas e em cada uma de suas etapas
constitutivas, a conservação e controle de qualidade, a segurança e a eficácia terapêutica
dos medicamentos, o acompanhamento e a avaliação da utilização, a obtenção e a
difusão de informação sobre medicamentos e a educação permanente dos profissionais
de saúde, do paciente e da comunidade para assegurar o uso racional de medicamentos.

104
Correlação do item de avaliação com o 3º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria
do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB):
Não existe correlação desse item com o PMAQ-AB.

Referências:
BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Assistência Farmacêutica, aprovada
pela Resolução CNS Nº 338, de 6 de maio de 2004, que define como um de seus eixos
estratégicos, no inciso I do art. 2º, a garantia de acesso e equidade às ações de saúde,
incluindo a Assistência Farmacêutica. Brasília, DF, 2004.
BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Medicamentos, aprovada pela Portaria
Nº 3.916/GM, de 30 de outubro de 1998, que estabelece no item 3.1, como uma de suas
diretrizes, a adoção de Relação de Medicamentos Essenciais e, como uma de suas
prioridades, no item 4.1 a revisão permanente dessa Relação, Brasília, DF, 1998.
BRASIL. Art. 28 Decreto nº 7.508, de 28 de junho de 2011, garantia do usuário de
acesso universal e igualitário à assistência terapêutica integral, Brasília, DF, 2011.

Item 82. A equipe de saúde da família realiza o controle e descarte de


medicamentos vencidos com a Assistência Farmacêutica, de acordo com as
normas da vigilância sanitária.

Forma de Verificação:
Verificar se a equipe possui o registro de controle de medicamentos vencidos e
condições de descarte, bem como dos Procedimentos Operacionais Padrão correlatos.

Orientações Gerais:
Os medicamentos violados, vencidos, sob suspeita de falsificação, corrupção, adulteração
ou alteração devem ser segregados em ambiente seguro e diverso da área de
dispensação e identificados quanto à sua condição e destino, de modo a evitar sua
entrega ao consumo.
A inutilização e o descarte desses produtos devem obedecer às exigências de legislação
específica e as orientações da coordenação da Assistência Farmacêutica do Município,
devendo estar descritas no Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde
da Unidade Básica de Saúde.

105
Correlação do item de avaliação com o 3º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria
do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB):
Não existe correlação desse item com o PMAQ-AB.

Referências:
BRASIL. Lei Federal nº 12.305, de 2015. Lei que institui a Política Nacional de Resíduos
Sólidos. Brasília, DF, 2015.
BRASIL. Ministério da Saúde. Resolução RDC Nº306, de 7 de Dezembro de 2004. Dispõe
sobre o Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde.
Brasília, DF, 2004.
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 344, de Maio de 1998(*).Aprova o
Regulamento Técnico sobre substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial.
Brasília, DF, 1998.
BRASIL. Resolução da diretoria colegiada, RDC nº 44, de 17 de agosto. Dispõe sobre Boas
Práticas Farmacêuticas para o controle sanitário do funcionamento, da dispensação e da
comercialização de produtos e da prestação de serviços farmacêuticos em farmácias e
drogarias e dá outras providências. Brasília, DF, mar, 2018. Disponível em:
https://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/index.php/legislacao/item/rdc-44-
2009

Item 83. Todos os medicamentos disponíveis na unidade básica de saúde são


padronizados conforme a lista da Relação Municipal de Medicamentos (REMUME)
e possuem sistema de gerenciamento.

Forma de Verificação:
Verificar se não existe na unidade medicamentos fora da Relação Municipal de
Medicamentos (REMUME) (ex: amostras grátis).

Orientações Gerais:
A Relação Municipal de Medicamentos Essenciais (REMUME) é um dos marcos da
instituição do Sistema Municipal de Assistência Farmacêutica, que engloba ações desde a
seleção de produtos farmacêuticos até o momento de sua utilização pelo usuário do
Sistema Único de Saúde (SUS) no município, e serve como base para orientar a aquisição
de produtos eficazes e seguros, a prescrição e a dispensação, constituindo a melhor
gerência para os recursos públicos que devem ser aplicados de modo equânime.

106
Considerando a dificuldade em cumprir o que a RDC da ANVISA n°60 de 26 de novembro
de 2009 preconiza, orientamos que NÃO deve haver amostra grátis na Unidade Básica de
Saúde.

Correlação do item de avaliação com o 3º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria


do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB):
Não existe correlação desse item com o PMAQ-AB.

Referências:
BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Assistência Farmacêutica, aprovada
pela Resolução CNS Nº 338, de 6 de maio de 2004, que define como um de seus eixos
estratégicos, no inciso I do art. 2º, a garantia de acesso e equidade às ações de saúde,
incluindo a Assistência Farmacêutica. Brasília, DF, 2004.
BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Medicamentos, aprovada pela Portaria
Nº 3.916/GM, de 30 de outubro de 1998, que estabelece no item 3.1, como uma de suas
diretrizes, a adoção de Relação de Medicamentos Essenciais e, como uma de suas
prioridades, no item 4.1 a revisão permanente dessa Relação, Brasília, DF, 1998.
BRASIL. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Assistência Farmacêutica no
SUS/Conselho Nacional de Secretários de Saúde. – Brasília: CONASS, 2007.

Item 84. Os medicamentos imunobiológicos são passíveis de rastreabilidade na


unidade básica de saúde, desde o almoxarifado até a disponibilização ao usuário.

Forma de Verificação:
Verificar documento que comprove a rastreabilidade dos medicamentos e
imunobiológicos na unidade e os disponibilizados aos usuários (Ex: planilha com
controle dos lotes dos medicamentos armazenados e disponibilizados na unidade).

Orientações Gerais:
A rastreabilidade dos medicamentos é imprescindível. No caso dos imunobiológicos, o
próprio SI-PNI garante essa rastreabilidade, pois não é possível fazer o registro da
vacina sem que conste o número do lote.
Quanto aos medicamentos, mesmo que o sistema seja informatizado, deve ser garantida
sua rastreabilidade. Nos casos em que há coordenação municipal considera-se que esta
tenha o controle do que foi distribuído para as Unidades Básicas de Saúde.

107
O farmacêutico ou profissional responsável pela farmácia deve, no mínimo, confeccionar
uma planilha em Excel contendo registro de recebimento dos medicamentos com nome
do princípio ativo/sal, Lote, Data de Validade, bem como outra planilha com controle de
distribuição, constando: Data, Nome do usuário, Medicamento, Lote.

Correlação do item de avaliação com o 3º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria


do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB):
Não existe correlação desse item com o PMAQ-AB.

Referências
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de
Vigilância das Doenças Transmissíveis. Manual de Normas e Procedimentos para
Vacinação / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de
Vigilância das Doenças Transmissíveis. – Brasília: Ministério da Saúde, 2014. 176 p. : il.

6.5 ITENS RELACIONADOS AO ATRIBUTO DA COORDENAÇÃO

Item 85. Os prontuários familiares estão organizados e preenchidos


adequadamente.

Forma de Verificação:
Verificar o tipo de prontuário (físico ou eletrônico), o modo de organização dos mesmos
na unidade (individual ou familiar) e se há registro adequado dos atendimentos por
parte dos profissionais.

Orientações Gerais:
O prontuário familiar é um instrumento de registro das informações provenientes do
processo de atenção às famílias do território de abrangência da Unidade Básica de
Saúde. Permite o acesso de forma ágil, as ações realizadas pela Equipe de Saúde da
Família. Geralmente consiste numa capa de arquivo externa contendo informações
selecionadas sobre a família, bem como os prontuários individuais de cada um de seus
membros. Os mesmos podem ser arquivados e identificados pelo nome do responsável

108
por aquela família, pelo informante principal, pelo sobrenome (quando único), ou, mais
frequentemente, por um sistema numérico adotado pela equipe.

Correlação do item de avaliação com o 3º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria


do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB):
Módulo 2 – 2.7
Os prontuários dos usuários da equipe estão organizados por núcleos familiares?

Referências:
BIBLIOTECA VIRTUAL. Atenção Primária à Saúde. Segunda Opinião Formativa. Existe
algum modelo de dados a ser colocado na folha de rosto dos prontuários individuais e
familiares, além da lista de problemas?. Acesso em: fev 2018. Disponível em:
<http://aps.bvs.br/aps/existe-algum-modelo-de-dados-a-ser-colocado-na-folha-de-
rosto-dos-prontuarios-individuais-e-familiares-alem-da-lista-de-problemas/>
DEMARZO, Marcelo Marcos Piva; OLIVEIRA, Cristina Alves de; GONÇALVES, Daniel
Almeida. Prática clínica na Estratégia Saúde da Família: organização e registro. UNA-SUS.
UNIFESP
http://www.unasus.unifesp.br/biblioteca_virtual/esf/2/unidades_conteudos/unidade1
5m/unidade15m.pdf>

Item 86. As crianças menores de dois anos da área de abrangência possuem


caderneta de saúde da criança com registros atualizados.

Forma de Verificação:
Verificar se as cadernetas de saúde da criança estão com registros atualizados.
Selecionar aleatoriamente um usuário na sala de espera e verificar o preenchimento
adequado da caderneta (vacinas, curva de crescimento e desenvolvimento, consultas
médicas e odontológicas).

Orientações Gerais:
A Caderneta de Saúde da Criança é um documento importante para acompanhar a saúde,
o crescimento e o desenvolvimento da criança, do nascimento até os nove anos. Contém
informações e orientações para ajudar a cuidar melhor da saúde da criança.
Apresenta os direitos da criança e dos pais, além de orientações sobre o registro de
nascimento, amamentação e alimentação saudável, vacinação, crescimento e

109
desenvolvimento, sinais de perigo de doenças graves, prevenção de acidentes e
violências, entre outros.
A segunda parte é destinada aos profissionais de saúde, com espaço para registro de
informações importantes relacionadas à saúde da criança. Contém, também, os gráficos
de crescimento, instrumento de vigilância do desenvolvimento e tabelas para registros
das vacinas aplicadas.

Correlação do item de avaliação com o 3º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria


do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB):
Módulo 2 – 2.16
A equipe utiliza a caderneta de saúde da criança para o seu acompanhamento?

Referências:
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS de Consolidação nº 2, de 28 de Setembro
de 2017.
BRASIL. Ministério da Saúde; Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações
Programáticas Estratégicas. Área Temática de Saúde da Criança e Aleitamento Materno.
Caderneta de Saúde da Criança: passaporte para a cidadania. Brasília; 2013.

Item 87. As gestantes da área de abrangência possuem caderneta da gestante com


registros atualizados.

Forma de Verificação:
Verificar se as cadernetas da gestante estão com registros atualizados. Selecionar
aleatoriamente um usuário na sala de espera e verificar o preenchimento adequado da
caderneta (vacinas, consultas médicas e odontológicas, exames, vinculação de
maternidade).

Orientações Gerais:
As cadernetas da gestante são produzidas e distribuídas anualmente, sendo um
instrumento fundamental para o registro das informações de acompanhamento da
gestação e deve ser parte essencial do processo de trabalho dos profissionais de saúde,
sendo utilizada em todas as consultas do pré-natal. As informações inseridas na

110
caderneta podem apoiar o profissional no diálogo com a gestante e nas ações de
educação em saúde.

Correlação do item de avaliação com o 3º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria


do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB):
Módulo 2 – 2.15
A equipe de atenção básica utiliza a caderneta da gestante para o acompanhamento das
gestantes?

Referências:
BRASIL. Mistério da Saúde. Caderneta da Gestante. 3ª edição. Brasília, DF, 2016.
Disponível em:
http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/marco/01/Caderneta-Gest-
Internet.pdf
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS de Consolidação nº 2, de 28 de setembro
de 2017. Brasília: Ministério da Saúde, 2017.

Item 88. Os adolescentes da área de abrangência possuem caderneta da saúde do


adolescente com registros atualizados.

Forma de Verificação:
Verificar se as cadernetas da saúde do adolescente estão com registros atualizados.
Selecionar aleatoriamente um usuário na sala de espera e verificar o preenchimento
adequado da caderneta (registro antropométrico e dos estágios de maturação sexual,
alimentação saudável, saúde bucal, saúde sexual e reprodutiva, vacinas).

Orientações Gerais:
A Caderneta é um instrumento para apoiar a Atenção à Saúde de adolescentes na Rede
de Saúde, que permite aos profissionais o acompanhamento do crescimento e
desenvolvimento dessa população, o acesso dos usuários a orientações sobre suas
responsabilidades e direitos, promoção de hábitos saudáveis, saúde sexual e saúde
reprodutiva, imunização, saúde bucal, autocuidado e prevenção de doenças e agravos.
Além disso, as informações contidas neste documento facilitam as ações educativas, a

111
partir dos variados contextos, promovendo o aprendizado e a consolidação de estilos de
vida saudáveis.
A utilização das cadernetas estimula os adolescentes na participação e protagonismo
juvenil, bem como os profissionais de saúde no acompanhamento biopsicossocial dos
adolescentes nas Unidades Básicas de Saúde.
Conforme o Art. 11 do Estatuto da Criança e do Adolescente, o atendimento integral à
saúde da criança e do adolescente deve ser assegurado, por intermédio do Sistema Único
de Saúde, garantindo o acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para
promoção, proteção e recuperação da saúde. A partir da atenção integral à saúde pode-
se intervir de forma satisfatória na implementação de um elenco de direitos,
aperfeiçoando as políticas de atenção a essa população.

Correlação do item de avaliação com o 3º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria


do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB):
Módulo 1 – 1.9
Caderneta do Adolescente sempre disponível?

Referências:
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS de Consolidação nº 2, de 28 de setembro
de 2017. Brasília: Ministério da Saúde, 2017, Anexo V.
BRASIL. Ministério da Saúde. Ministério da Saúde. Orientações para o atendimento à
saúde da adolescente - Menino. Disponível em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/orientacoes_atendimento_adolescnte_meni
no.pdf
BRASIL. Ministério da Saúde. Orientações para o atendimento à saúde da adolescente -
Menina. Disponível em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/orientacoes_atendimento_adolescnte_meni
na.pdf
BRASIL. Ministério da Saúde. Programas – Saúde do Adolescente. Nota Técnica sobre o
uso de Caderneta Saúde Adolescente (SESDF). Disponível em: www.saude.df.gov.br

112
Item 89. As pessoas idosas da área de abrangência possuem Caderneta de Saúde
da Pessoa Idosa com registros atualizados.

Forma de Verificação:
Verificar se as Cadernetas de Saúde da Pessoa Idosa estão com registros atualizados.
Selecionar aleatoriamente um usuário na sala de espera e verificar o preenchimento da
caderneta.

Orientações Gerais:
A Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa é preenchida no momento da realização da visita
domiciliar, onde haja um morador com 60 anos ou mais de idade, ou na unidade básica
de saúde. Também é um instrumento valioso que auxiliará na identificação das pessoas
idosas frágeis ou em risco de fragilização.
Para os profissionais de saúde, a Caderneta possibilita o planejamento, a organização
das ações e um melhor acompanhamento do estado de saúde dessa população. Para as
pessoas idosas é um instrumento de cidadania, onde terá em mãos informações
relevantes para o melhor acompanhamento de sua saúde.
Segundo a Portaria GM/MS de Consolidação nº 2, de 28 de setembro de 2017, é
atribuição dos profissionais da atenção Básica no atendimento à saúde da pessoa idosa
preencher, entregar e atualizar a Caderneta, conforme Manual de preenchimento
específico.

Correlação do item de avaliação com o 3º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria


do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB):
Módulo 1 – 1.9
Caderneta do Idoso ou equivalente sempre disponível?

Referências:
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS de Consolidação nº 2, de 28 de setembro
de 2017. Brasília: Ministério da Saúde, 2017.
BRASIL. Ministério da Saúde. Envelhecimento e saúde da pessoa idosa. Brasília:
Ministério da Saúde, 2006. (Cadernos de Atenção Básica, n. 19) (Série A. Normas e
Manuais Técnicos)

113
Item 90. O preenchimento e atualização do e-SUS é de responsabilidade das
equipes de saúde da família e do Núcleo Ampliado de Saúde da Família, vinculadas
à unidade básica de saúde.

Forma de Verificação:
Verificar se o e-SUS está disponível na unidade, se os profissionais são responsáveis pelo
seu preenchimento e atualização (relatórios periódicos) e onde ocorre a digitação do
mesmo (equipe e/ou Secretaria Municipal de Saúde).

Orientações Gerais:
O sistema e-SUS AB foi desenvolvido para atender às necessidades de cuidado na
Atenção Básica. Logo, o sistema poderá ser utilizado por profissionais das Equipes de
Saúde da Família e Atenção Básica, pelo Núcleo Ampliado de Apoio a Saúde da Família,
do Consultório na Rua, e da Atenção Domiciliar, oferecendo ainda dados para
acompanhamento de programas como Saúde na Escola e Academia da Saúde.

Correlação do item de avaliação com o 3º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria


do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB):
Não existe correlação desse item com o PMAQ-AB.

Referências:
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS de Consolidação nº 01, de 28 de setembro
de 2017. Brasília: Ministério da Saúde, 2017.
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS de Consolidação nº 2, de 28 de setembro
de 2017. Brasília: Ministério da Saúde, 2017. – Anexo XXII .

Item 91. Os relatórios do e-SUS e os indicadores pactuados pela Secretaria


Municipal de Saúde são discutidos pelas equipes de saúde da família e do Núcleo
Ampliado de Saúde da Família, vinculadas à unidade básica de saúde.

Forma de Verificação:
Verificar documentação que comprove (ata de reunião, relatório, plano de ação etc.) a
discussão dos relatórios e indicadores do e-SUS pelas equipes da unidade.

114
Orientações Gerais:
O e-SUS Atenção Básica (e-SUS AB) é uma estratégia do Departamento de Atenção Básica
para reestruturar as informações da Atenção Básica em nível nacional. Esta ação está
alinhada com a proposta mais geral de reestruturação dos Sistemas de Informação em
Saúde do Ministério da Saúde, entendendo que a qualificação da gestão da informação é
fundamental para ampliar a qualidade no atendimento à população. A estratégia e-SUS
AB faz referência ao processo de informatização qualificada do SUS em busca de um SUS
eletrônico.
Os indicadores são medidas-síntese que contém informação relevante sobre
determinados atributos e dimensões do estado de saúde, vem como do desempenho de
sistema de saúde. É uma tentativa de estabelecer medidas por meio de relações, por
tanto de expressões numéricas como forma aproximação da realidade e um dado
fenômeno, fato, evento ou condição.
Orienta-se que os profissionais desenvolvam documentos que comprovem as reuniões
realizadas (com data, pauta, encaminhamentos e assinatura dos presentes), bem como
instrumento de monitoramento e plano de ação para avaliação dos indicadores (digital
ou manual).

Correlação do item de avaliação com o 3º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria


do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB):
Módulo 2 – 2.26
Quais são as estratégias e instrumentos utilizados para monitorar as ações planejadas?
Utilização das informações registradas no e-SUS?

Referências:
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS de Consolidação nº 01, de 28 de setembro
de 2017. Brasília: Ministério da Saúde, 2017.
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS de Consolidação nº 2, de 28 de setembro
de 2017. Brasília: Ministério da Saúde, 2017. – Anexo XLII.
Indicadores de Saúde. Disponível em: www.fsp.usp.br/marciafurquim

115
Item 92. A unidade básica de saúde realiza notificações compulsórias de agravos e
doenças, bem como àquelas relacionadas à Saúde do Trabalhador.

Forma de Verificação:
Verificar a existência de fichas de notificação compulsória na unidade, o registro
adequado das mesmas pelos profissionais, bem como um consolidado mensal para
monitoramento dos casos (semana epidemiológica, data de notificação, nº do SINAN,
tipo de agravo, nome e nº do prontuário).

Orientações Gerais:
A notificação compulsória é a comunicação obrigatória à autoridade de saúde, realizada
pelos médicos, profissionais de saúde ou responsáveis pelos estabelecimentos de saúde,
públicos ou privados, sobre a ocorrência de suspeita ou confirmação de doença, agravo
ou evento de saúde pública, descritos no anexo, podendo ser imediata ou semanal.
Frente à necessidade de disponibilizar informações de forma consistente e ágil sobre a
situação da produção, perfil dos trabalhadores e ocorrência de agravos relacionados ao
trabalho para orientar as ações de saúde, a intervenção nos ambientes e condições de
trabalho foram criados Instrumentos de Notificação Compulsória - Ficha de Notificação -
padronizadas pelo Ministério da Saúde, segundo o fluxo do Sistema de Informação de
Agravos de Notificação (SINAN) para regulamentar a notificação compulsória de agravos
à saúde do trabalhador - acidentes e doenças relacionados ao trabalho em rede de
serviços sentinela específica.

Correlação do item de avaliação com o 3º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria


do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB):
Não existe correlação desse item com o PMAQ-AB.

Referências:
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS de Consolidação nº 01, de 28 de setembro
de 2017. Brasília: Ministério da Saúde, 2017.
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS de Consolidação nº 2, de 28 de setembro
de 2017. Brasília: Ministério da Saúde, 2017.

116
BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de Operação. SINAN relatórios. Brasília, DF, 2015.
Disponível em:
http://portalsinan.saude.gov.br/images/documentos/Aplicativos/relatorios/Manual%
20de%20Operacao%20SINAN%20Relatorios%20-%20versao_4.8.pdf.
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 204 de fevereiro de 2016. Define a Lista
Nacional de Notificação Compulsória de doenças, agravos eventos de saúde pública nos
serviços de saúde públicas e provados em todo território nacional, nos termos de anexo,
e outras providencias, 2016

Item 93. As equipes de saúde da família e do Núcleo Ampliado de Saúde da


Família, vinculados à unidade básica de saúde, alimentam os sistemas de
informação em saúde sob sua responsabilidade.

Forma de Verificação:
Verificar se as equipes da unidade alimentam os sistemas do e-SUS, SI-PNI, HÓRUS,
SISVAN, dentre outros sob sua responsabilidade.

Orientações Gerais:
Os sistemas de informação em saúde são instrumentos padronizados de monitoramento
e coleta de dados, que tem como objetivo o fornecimento de informações para análise e
melhor compreensão de importantes problemas de saúde da população, subsidiando a
tomada de decisões nos níveis municipal, estadual e federal.
De acordo com a Portaria GM/MS de Consolidação nº 2, de 28 de setembro de 2017, a
ausência de alimentação de dados no sistema de informação definidos pelo ministério da
Saúde por (90) noventa dias consecutivos a suspensão de recursos.
Compete às Secretarias Municipais de Saúde a coordenação do componente municipal
dos Sistemas Nacionais de Vigilância em Saúde e de Vigilância Sanitária, no âmbito de
seus limites territoriais, de acordo com a política, diretrizes e prioridades estabelecidas.

Correlação do item de avaliação com o 3º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria


do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB):
Não existe correlação desse item com o PMAQ-AB.

117
Referências:
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS de Consolidação nº 01, de 28 de setembro
de 2017. Brasília: Ministério da Saúde, 2017.
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS de Consolidação nº 2, anexo VLII, de 28 de
setembro de 2017. Brasília: Ministério da Saúde, 2017.

Item 94. A equipe de saúde da família realiza o monitoramento das internações


por condições sensíveis à Atenção Primária à Saúde ocorridas em seu território.

Forma de Verificação:
Verificar se há registro e monitoramento de, no mínimo, dois agravos por condições
sensíveis à Atenção Primária à Saúde (hipertensão e diabetes) e se há análise por parte
da equipe acerca do comportamento desses indicadores no território (relatórios, planos
de ação etc.).

Orientações Gerais:
As Condições Sensíveis à Atenção Primária em Saúde - CSAP são agravos à saúde cuja
morbidade e mortalidade podem ser reduzidas através de uma Atenção Primária
oportuna e eficaz. O conjunto desses problemas de saúde é estudado a partir de uma
lista, que representa eventos que poderiam ser evitados, em sua totalidade ou em parte,
pela presença de serviços efetivos de saúde em um dado período histórico. O conceito de
evitabilidade depende das evidências científicas disponíveis no período e é mutável.
As Condições Sensíveis à Atenção Primária estão listadas por grupos de causas de
internações e diagnósticos, de acordo com a Décima Revisão da Classificação
Internacional de Doenças (CID-10).

Correlação do item de avaliação com o 3º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria


do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB):
Não existe correlação desse item com o PMAQ-AB.

Referência:
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 221 de 17de abril de 2008. Publica a Lista
Brasileira de Internações por Condições Sensíveis à Atenção Primária. Brasília, DF, 2008

118
6.6 ITENS RELACIONADOS AO ATRIBUTO DA CENTRALIZAÇÃO NA FAMÍLIA

Item 95. As famílias da área de abrangência estão classificadas segundo o grau de


risco.

Forma de Verificação:
Verificar:
a) a existência de protocolo de classificação de risco familiar na unidade.
b) o conhecimento dos profissionais em relação ao protocolo.
c) eleger, aleatoriamente, três prontuários físico/papel, para verificar a identificação do
risco familiar, conforme o protocolo. No caso de prontuário eletrônico, verificar se existe
indicação da classificação de risco familiar no software ou se a equipe possui, no
mínimo, uma planilha com a relação de suas famílias por microárea e respectivos riscos.

Orientações Gerais:
Para realizar a classificação de risco familiar utiliza-se a Escala de risco familiar
proposta por Coelho e Savassi (popularmente conhecida por Escala de Coelho), baseada
em sentinelas para avaliação de situações de risco, procurando-se classificar, dentre
elas, quais seriam as que demandam maior atenção.
No caso de prontuário físico/papel, as equipes devem identificar o risco familiar na capa.
Já no prontuário eletrônico, recomenda-se elaborar uma planilha com identificação das
famílias e risco familiar.

Correlação do item de avaliação com o 3º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria


do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB):
Módulo 2 – 2.6
Existe definição da área de abrangência da equipe? A equipe possui mapas com
desenhos do território de abrangência (áreas de risco, barreiras geográficas, grupo de
maior risco e vulnerabilidade)?

119
Referência:
COELHO, Flávio Lúcio G; SAVASSI, Leonardo Cançado Monteiro. Aplicação de Escala de
Risco Familiar como instrumento de priorização das Visitas Domiciliares. Revista
Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, [S.l.], v. 1, n. 2, p. 19-26, nov. 2004.
Disponível em: <https://www.rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/104/98>. Acesso em:
12 mar. 2018. doi:https://doi.org/10.5712/rbmfc1(2)104..

Item 96. As equipes de saúde da família e do Núcleo Ampliado de Saúde da


Família, vinculadas à Unidade Básica de Saúde, desenvolvem ações abordando a
saúde da criança e do adolescente, junto às famílias da área de abrangência.

Forma de Verificação:
Verificar documentação (livro de registro, atas, fotos, relatório e-SUS/SISAB etc.) que
comprove a realização de atividades referentes à saúde da criança, bem como atividades
voltadas aos adolescentes abordando a saúde sexual e reprodutiva, junto às famílias.

Orientações Gerais:
A Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PNAISC) tem por objetivo
promover e proteger a saúde da criança e o aleitamento materno, mediante a atenção e
cuidados integrais e integrados da gestação aos nove anos de vida, com especial atenção
à primeira infância e às populações de maior vulnerabilidade, visando à redução da
morbimortalidade e um ambiente facilitador à vida com condições dignas de existência e
pleno desenvolvimento.
O Ministério da Saúde propõe Diretrizes Nacionais para a Atenção Integral à Saúde de
Adolescentes e de Jovens na Promoção, Proteção e Recuperação da Saúde, baseadas na
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde de Adolescentes e Jovens, sensibilizando
gestores para uma visão holística do ser humano e para uma abordagem sistêmica das
necessidades dessa população. Busca, ainda, apontar para a importância da construção
de estratégias interfederativas e intersetoriais que contribuam para a modificação do
quadro nacional de vulnerabilidade de adolescentes e de jovens, influindo no
desenvolvimento saudável desse grupo populacional.
Orienta-se a impressão dos relatórios do e-SUS referentes a cada ação desenvolvida pela
equipe junto à família, bem como o registro de atividades (livro de registro, atas e fotos)

120
voltadas para crianças e adolescentes abordando temáticas de relevância, tais como a
saúde sexual e reprodutiva.

Correlação do item de avaliação com o 3º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria


do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB):
Módulo 2- 2.16
A equipe desenvolve ações de promoção do aleitamento materno exclusivo para
crianças até seis meses? A equipe desenvolve ações de estímulo à introdução de
alimentos saudáveis e aleitamento materno continuado a partir dos seis meses da
criança?

Referência:
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS de Consolidação nº 2, de 28 de setembro
de 2017. Brasília: Ministério da Saúde, 2017.

Item 97. As equipes de saúde da família e do Núcleo Ampliado de Saúde da


Família, vinculadas à Unidade Básica de Saúde, desenvolvem ações abordando os
cuidados no pré-natal, parto e puerpério, junto às famílias da área de abrangência.

Forma de Verificação:
Verificar documentação (livro de registro, atas, fotos etc.) que comprove a realização de
atividades de orientação ao pré-natal, parto e puerpério, bem como contracepção pós-
parto e orientação sexual e reprodutiva, junto às famílias.
Orientações Gerais:
A assistência materna e neonatal inicia-se na comunidade com ações educativas para
gestantes, puérperas e suas famílias, apoio ao aleitamento materno, apoio nutricional,
imunização, serviço de apoio social etc.
Outros serviços assistenciais, tais como pré-natal, assistência a puérpera e ao recém-
nascido, são realizados no nível primário de atenção à saúde, seja em unidades básicas
ou em ambulatórios localizados em unidades mistas, hospitais ou maternidades.

121
Orienta-se a impressão dos relatórios do e-SUS referentes a cada ação desenvolvida pela
equipe junto à família, bem como o registro de atividades (livro de registro, atas e fotos)
abordando os cuidados no pré-natal, parto e puerpério, junto às famílias.

Correlação do item de avaliação com o 3º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria


do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB):
Não existe correlação desse item com o PMAQ-AB.

Referência:
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS de Consolidação nº 2, de 28 de setembro
de 2017. Brasília: Ministério da Saúde, 2017.

Item 98. A equipe de saúde da família e do Núcleo Ampliado de Saúde da Família


desenvolvem ações de enfrentamento ao Aedes Egypti, junto às famílias da área de
abrangência.

Forma de Verificação:
Verificar documentação (livro de registro, atas, fotos, relatórios e-SUS/SISAB etc.) que
comprove a realização de ações de enfrentamento ao Aedes Egypti, junto às famílias.

Orientações Gerais:
O mosquito da espécie Aedes aegypti, também chamado popularmente de mosquito da
dengue, é responsável pela transmissão de várias doenças para o homem, como a febre
amarela, dengue, chikungunya e zika. Diante da imensa quantidade de problemas
causados, esse mosquito torna-se um grave problema para a população.
Quando o foco do mosquito é detectado e não pode ser eliminado pelos moradores,
como em terrenos baldios ou lixo acumulado na rua, a Secretaria Municipal de Saúde e
seus profissionais elaboram estratégias em combate ao mosquito concentrando esforços
nas ações voltadas ao controle e redução dos riscos epidemiológicos e ambientais em
saúde, tais como: ações de controle vetorial em conjunto com a equipe de vigilância,
atividades de educação e mobilização com a comunidade, intervenções integradas à
equipe de vigilância, notificação dos casos identificados, dentre outros.

122
Correlação do item de avaliação com o 3º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria
do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB):
Módulo 2 – 2.22
No último ano foi realizada alguma ação para combate ao Aedes aegypti no território?

Referência:
BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de Atenção Básica. Portaria nº 2.121 de 18
de Dezembro de 2015. Brasília: Ministério da Saúde, 2015.

Item 99. As equipes de saúde da família, do Núcleo Ampliado de Saúde da Família


e do Programa Academia da Saúde, vinculadas à unidade básica de saúde,
desenvolvem ações relacionadas à alimentação saudável, atividade física,
prevenção do tabagismo e alcoolismo, transtorno mental, entre outros, junto às
famílias da área de abrangência.

Forma de Verificação:
Verificar documentação (livro de registro, atas, fotos, relatório e-SUS/SISAB etc.) que
comprove a realização de atividades relacionadas à alimentação saudável, atividade
física, prevenção do tabagismo e alcoolismo, saúde mental, entre outros, junto às
famílias.

Orientações Gerais:
O Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não
Transmissíveis (DCNT) no Brasil, 2011-2022, define e prioriza as ações e os
investimentos necessários para preparar o país para enfrentar e deter as DCNT nos
próximos dez anos. O plano aborda as quatro principais doenças (cardiovascular, câncer,
respiratórias crônicas e diabetes) e os fatores de risco (tabagismo, consumo nocivo de
álcool, inatividade física,alimentação inadequada e obesidade).
De acordo com documento do Ministério da Saúde, compete à Atenção Primária a
realização de ações de promoção da saúde, tais como alimentação saudável e atividade

123
física, e prevenção de fatores de risco, tais como agentes cancerígenos físicos e químicos
presentes no ambiente.

Correlação do item de avaliação com o 3º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria


do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB):
Módulo 2 – 2.26
A equipe desenvolve ações voltadas à promoção à saúde?

Referência:
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS de Consolidação nº 2, de 28 de setembro
de 2017. Brasília: Ministério da Saúde, 2017.

Item 100. As equipes de saúde da família, do Núcleo Ampliado de Saúde da Família


e do Programa Academia da Saúde, vinculadas à unidade básica de saúde,
desenvolvem ações relacionadas aos cuidados com a hipertensão e/ou diabetes,
junto às famílias da área de abrangência.

Forma de Verificação:
Verificar documentação (livro de registro, atas, fotos, relatório e-SUS/SISAB etc.) que
comprove a realização de atividades relacionadas aos cuidados com a hipertensão e/ou
diabetes, junto às famílias.

Orientações Gerais:
De acordo com documento do Ministério da Saúde, a atenção primária deve realizar
ações de caráter individual ou coletivo, voltadas à promoção da saúde e à prevenção dos
danos, bem como ações clínicas para o controle da hipertensão arterial e do diabetes
mellitus.

Correlação do item de avaliação com o 3º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria


do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB):
Não existe correlação desse item com o PMAQ-AB.

124
Referência:
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS de Consolidação nº 2, de 28 de setembro
de 2017. Brasília: Ministério da Saúde, 2017.

Item 101. A equipe de saúde da família realiza visitas domiciliares às famílias da


área de abrangência.

Forma de Verificação:
Verificar documentação (Relatório e-SUS/SISAB, registro em prontuário) que comprove
a realização de visitas domiciliares às famílias da área de abrangência.

Orientações Gerais:
As equipes de saúde da família devem realizar visitas domiciliares com periodicidade
estabelecida no planejamento e conforme as necessidades de saúde da população, para o
monitoramento da situação das famílias e indivíduos do território, com especial atenção
às pessoas com agravos e condições que necessitem de maior número de visitas
domiciliares.
Para fins de comprovação, orienta-se impressão dos relatórios que comprovem visitas
domiciliares às famílias da área de abrangência.

Correlação do item de avaliação com o 3º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria


do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB):
Módulo 2 – 2.25
As famílias da área de abrangência da equipe são visitadas com periodicidade distinta de
acordo com avaliações de risco e vulnerabilidade?

Referência:
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS de Consolidação nº 2, de 28 de setembro
de 2017. Brasília: Ministério da Saúde, 2017.

125
6.7 ITENS RELACIONADOS AO ATRIBUTO DA ORIENTAÇÃO COMUNITÁRIA

Item 102. A unidade básica de saúde tem Conselho Local ou representante no


Conselho Municipal de Saúde.

Forma de Verificação:
Verificar documento que comprove a existência de Conselho Local ou a participação
de um membro da unidade no Conselho Municipal de Saúde por meio de registro em
frequência e/ou ata. Nos casos em que há apenas um Conselho Municipal de Saúde e
não há um representante dos trabalhadores na referida UBS considerar discussão da
pauta das atas do Conselho Municipal de Saúde nas reuniões de equipe.

Orientações Gerais:
O Conselho de Saúde é um órgão colegiado, deliberativo e permanente do Sistema Único
de Saúde (SUS) em cada esfera de governo. Faz parte da estrutura das secretarias de
saúde dos municípios, dos estados e do governo federal.
Os conselhos locais de saúde (que possibilitam a proximidade entre a comunidade e os
serviços de saúde e as demais organizações do bairro) atuam na formulação de
estratégias e no controle da execução da política de saúde, inclusive nos aspectos
econômicos e financeiros. O conselho analisa e aprova o plano de saúde, analisa e aprova
o relatório de gestão e informa a sociedade sobre a sua atuação.
Considerando a existência do Conselho Local, orienta-se que o profissional arquive toda
a documentação referente ao conselho seja essa documentação em forma de ata ou
documento formalizado disponibilizado pelo Conselho. Nos casos em que há apenas
Conselho Municipal de Saúde e não há um representante dos trabalhadores da referida
Unidade Básica de Saúde considerar discussão da pauta das atas do Conselho Municipal
de Saúde nas reuniões de equipe.

Correlação do item de avaliação com o 3º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria


do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB):
Módulo 2 – 2.32

126
Há Conselho Local de Saúde na unidade de saúde ou em outros espaços de participação
popular?

Referência:
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS de Consolidação nº 2, de 28 de setembro
de 2017. Brasília: Ministério da Saúde, 2017.

Item 103. A equipe de saúde da família identifica as principais lideranças da


comunidade.

Forma de Verificação:
Verificar na unidade o registro contendo a relação nominal e endereço de lideranças
comunitárias/ pessoas formadoras de opinião (vereador, pastor, padre, rezadeira
etc.), por microárea e equipe de saúde da família.

Orientações Gerais:
De acordo com a Portaria GM/MS de Consolidação nº2, de 28 de setembro de 2017, a
sensibilização e conscientização dos formadores de opinião e da população em geral
constituirão medidas essenciais para a promoção de saúde de modo geral. Quanto aos
formadores de opinião, deverão ser promovidos debates sobre estratégias de
comunicação que estimulem a adoção de atitudes e valores, a realização de eventos
conjuntos, a participação dos diversos setores envolvidos na promoção e prevenção da
saúde aos diferentes segmentos da população.
Orienta-se que o profissional crie um documento (planilha, listagem etc.) e nele conste a
relação nominal e endereços das lideranças comunitárias/pessoas formadoras de
opinião (vereador, pastor, padre, rezadeira etc.), por microárea e equipe de saúde da
família.

Correlação do item de avaliação com o 3º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria


do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB):
Não existe correlação desse item com o PMAQ-AB.

127
Referência:
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS de Consolidação nº 2, de 28 de setembro
de 2017. Brasília: Ministério da Saúde, 2017.

Item 104. As equipes de saúde da família, do Núcleo Ampliado de Saúde da


Família e do Programa Academia da Saúde, vinculados à unidade básica de saúde,
realizam trabalhos intersetoriais e/ou participam de eventos de relevância para a
comunidade.

Forma de Verificação:
Verificar a realização de trabalhos intersetoriais pelas equipes nos relatórios do e-
SUS/SISAB e/ou a participação das mesmas nos eventos de relevância para a
comunidade em registros de frequência/fotográfico.

Orientações Gerais:
De acordo com a Portaria GM/MS de Consolidação nº 2, de 28 de setembro de 2017, a
intersetorialidade, que se refere ao processo de articulação de saberes, potencialidades e
experiências de sujeitos, grupos e setores na construção de intervenções
compartilhadas, estabelecendo vínculos, corresponsabilidade e cogestão para objetivos
comuns, onde a Política nacional de promoção da saúde traz em sua base o conceito
ampliado de saúde e o referencial teórico da promoção da saúde como um conjunto de
estratégias e formas de produzir saúde, no âmbito individual e coletivo, caracterizando-
se pela articulação e cooperação intra e intersetorial, pela formação da Rede de Atenção
à Saúde (RAS), buscando articular suas ações com as demais redes de proteção social,
com ampla participação e controle social.

Correlação do item de avaliação com o 3º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria


do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB):
Não existe correlação desse item com o PMAQ-AB.

Referência:
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS de Consolidação nº 2, de 28 de setembro
de 2017. Brasília: Ministério da Saúde, 2017.

128
Item 105. A comunidade vinculada à unidade básica de saúde possui algum
mecanismo de manifestar formalmente a sua opinião em relação à unidade.

Forma de Verificação:
Verificar se há mecanismos para a manifestação da comunidade (ouvidoria, pesquisa,
caixa de sugestões etc.).

Orientações Gerais:
De acordo com a Portaria GM/MS de Consolidação nº 2, de 28 de setembro de 2017, as
ouvidorias são canais democráticos de comunicação, destinados a receber manifestações
dos cidadãos, incluindo reclamações, denúncias, sugestões, elogios e solicitação de
informações. Por meio da mediação e da busca de equilíbrio entre os entes envolvidos
(cidadão, órgãos e serviços do SUS), é papel da Ouvidoria efetuar o encaminhamento, a
orientação, o acompanhamento da demanda e o retorno ao usuário, com o objetivo de
propiciar uma resolução adequada aos problemas apresentados, de acordo com os
princípios e diretrizes do SUS.
As ouvidorias fortalecem o SUS e a defesa do direito à saúde da população por meio do
incentivo à participação popular e da inclusão do cidadão no controle social. As
ouvidorias são ferramentas estratégicas de promoção da cidadania em saúde e produção
de informações que subsidiam as tomadas de decisão.
Orienta-se a criação de um documento para ser disponibilizado à população para que
eles preencham, seja esse de avaliação e/ou sugestão, o importante é que através desse
mecanismo a equipe consiga coletar as informações necessárias. É importante ressaltar
que, após a consolidação dos dados, o resultado deva ser compartilhado com todos os
membros da equipe. Caso seja um modelo de avaliação diferente do escrito, que a equipe
informe a população a existência desse método de avaliação.

Correlação do item de avaliação com o 3º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria


do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB):
Módulo 2 – 2.32

129
A equipe dispõe de canais de comunicação que permitem aos usuários expressarem suas
demandas, reclamações e/ou sugestões sobre o serviço da UBS?

Referência:
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS de Consolidação nº 2, de 28 de setembro
de 2017. Brasília: Ministério da Saúde, 2017.

Item 106. A equipe de saúde da família articula-se com as principais associações,


sindicatos e/ou outras instituições sociais ligadas à comunidade vinculada à
unidade básica de saúde.

Forma de Verificação:
Verificar na unidade o registro contendo a relação nominal e endereço das principais
associações, sindicatos e/ou outras instituições sociais ligadas à comunidade, bem como
a participação da equipe de saúde da família em encontros, reuniões e assembleias
conjuntas.

Orientações Gerais:
As equipes de saúde devem promover, no âmbito de sua competência, a articulação
intersetorial e interinstitucional necessária à implementação das ações, em busca de
parcerias que favoreçam as ações de promoção e prevenção à saúde.
Orienta-se que o profissional crie um documento (planilha, listagem etc.) e neste conste
a relação nominal e associações, sindicatos e/ou outras instituições sociais ligadas à
comunidade. Além disso, a equipe deverá arquivar os documentos referentes às
participações dos profissionais da equipe de saúde da família em encontros, reuniões e
assembleias conjuntas.

Correlação do item de avaliação com o 3º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria


do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB):
Não existe correlação desse item com o PMAQ-AB.

130
Referência:
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS de Consolidação nº 2, de 28 de setembro
de 2017. Brasília: Ministério da Saúde, 2017.

7. PERCENTUAL DE CONFORMIDADE

De acordo com o instrumento de avaliação do Selo Bronze de Qualidade 2018, ao


todo são 106 itens, conforme especificado no quadro a seguir.

CONSOLIDADO DO INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO DO SELO BRONZE DE QUALIDADE 2018


Nº ITENS R10 ITENS NA11
EIXOS/ATRIBUTOS
ITENS Nº ESPECIFICAÇÃO Nº ESPECIFICAÇÃO

1 - GESTÃO DA UNIDADE 25 01 19 - -

2 - PRIMEIRO CONTATO 10 02 32 e 34 02 34 e 35

36, 37, 40, 41, 43,


49, 50, 52, 53,
3 - LONGITUDINALIDADE 38 19 55, 56, 58, 59, 61, 02 69 e 70
62, 64, 65, 66 e
69

4 - INTEGRALIDADE 11 02 76 e 77 - -

5 - COORDENAÇÃO 10 - - - -

6 - CENTRALIZAÇÃO NA
07 01 95 - --
FAMÍLIA
7 - ORIENTAÇÃO
05 - - - -
COMUNITÁRIA

TOTAL 106 25 25 04 04

No mínimo, cada Equipe de Saúde da Família vinculada à Unidade Básica de


Saúde responderá obrigatoriamente 77 itens, nos quais serão aplicados os valores 0
(item não conforme) ou 1 (item em conformidade).

10 R – Itens que têm correlação direta com ações estaduais e/ou regionais não realizadas anteriormente, portanto não serão
avaliados nessa etapa do Selo Bronze. Assim, o percentual será calculado com base nos itens pontuáveis. Entretanto, os municípios
que implantaram determinados processos com ou sem a realização de ações estaduais/regionais serão pontuados.
11 NA – Itens relativos às Equipes de Saúde da Família que possuem Saúde Bucal. Assim, caso a equipe não tenha Saúde Bucal na

Unidade, esses itens não serão aplicados a título de pontuação.

131
O número de itens pode aumentar caso a equipe tenha saúde bucal vinculada
e/ou se contemplar alguns itens classificados como R, devido ao fato dos mesmos terem
correlação direta com ações estaduais e/ou regionais não realizadas anteriormente, não
sendo portanto obrigatórios para avaliação nessa etapa do Selo Bronze. Entretanto, os
municípios que implantaram os processos relacionados a esses itens, independente das
ações estaduais/regionais serão pontuados.
Diante do exposto, temos a seguinte fórmula padrão para cálculo do percentual
de conformidade das equipes.

Nº de itens avaliados como 1


_______________________________________________________________________ x 100
% conformidade =
Total de itens que cabe a cada Equipe de Saúde da Família

Para exemplificar, seguem alguns casos:

a) No caso da Equipe de Saúde da Família com Saúde Bucal

Nº de itens avaliados como 1


% conformidade = ________________________________________________________ x 100
81 (106 – 25R)

b) No caso da Equipe de Saúde da Família sem Saúde Bucal

Nº de itens avaliados como 1


% conformidade = _________________________________________________________ x 100
77 (106 – 25R – 04NA)

c) No caso de Equipe de Saúde da Família com Saúde Bucal e que conseguiu realizar
algum(s) itens R. Como são 25 itens classificados como R, suponhamos que a equipe
tenha realizado três itens. Vejamos:

132
Nº de itens avaliados como 1
% conformidade = _______________________________________________________ x 100
84 (106 – 22R)

d) No caso da Equipe de Saúde da Família sem Saúde Bucal e que conseguiu realizar
alguns itens R. Como são 25 itens classificados como R, suponhamos que a equipe tenha
realizado quatro itens. Vejamos:

Nº de itens avaliados como 1


% conformidade = ________________________________________________ x 100
81 (106 – 21R – 04NA)

e) No caso de Unidades Básicas de Saúde que possuam mais de uma Equipe de Saúde da
Família, com ou sem Saúde Bucal:
 Durante a visita, os avaliadores aplicarão somente uma vez a matriz referente ao eixo
da Gestão da Unidade, independente do número de equipes existentes na Unidade.
Assim, as respostas obtidas serão transcritas para a(s) outra(s) equipe(s);
 As matrizes dos atributos da Atenção Primária à Saúde serão aplicadas
individualmente para cada Equipe de Saúde da Família vinculada à Unidade Básica de
Saúde;
 O Selo Bronze de Qualidade é dado à Unidade Básica de Saúde e não às Equipes de
Saúde da Família;
 Não existe cálculo de média entre os percentuais obtidos pelas Equipes de Saúde da
Família vinculadas à Unidade Básica de Saúde, que está sendo avaliada para certificação
com o Selo Bronze de Qualidade;
 Cada Equipe de Saúde da Família deve obter, no mínimo, 70% de conformidade para
que a Unidade Básica de Saúde seja certificada com o Selo Bronze de Qualidade.

133
UNIDADES RUMO AO SELO BRONZE!12

Em 2016 o nosso Estado aderiu


a um novo Projeto como nunca se viu
Projeto que busca melhorias
Pra nos proporcionar mais alegrias.

Com o surgimento do novo,


Nossos corações se angustiam
Porque logo se pensa “lá vem mais trabalho,
Tão bom que estava meu dia-a-dia.”

E analisando um pouco o Projeto


Veremos que ele não é nenhum bicho de sete cabeças
Ele só pede o que praticamente fazemos
De uma forma diferente do que vemos
E pra se fazer, basta querer
E o Projeto vai acontecer.

Vamos então arregaçar as mangas


Porque o que não nos falta é disposição
Que para conseguirmos o sucesso,
Tudo está aqui, em nossas mãos.

E que fique bem claro que a responsabilidade


depende de cada um de nós, sem excluir ninguém
E se esse cada um fizer sua parte, aí meu bem,
Não tem pra ninguém
É só felicidade.

12Texto elaborado por Paula Roberta Germano Dias, Tutora do QualificaAPSUS no município de Itatira, Região de
Saúde de Canindé, por ocasião da II Oficina Estadual de Qualificação de Tutores, realizada nos dias 28 de fevereiro e
01 de março de 2018, em Fortaleza – Ceará.

134
Por fim deixei pra falar pra vocês
Um assunto que muito me orgulho
Que talvez em meados de junho
Vamos sim, inclusive Itatira, Canindé com sua região
Receber a certificação.

Quando digo VAMOS SIM, receber a certificação


Quero me referir a todos nós, desse lindo Ceará
Porque como diz o grande poeta Patativa do Assaré
“Eu sou de uma terra que o povo padece
Mas nunca esmorece, PROCURA VENCÊ
Eu sou brasilêro, fio do Nordeste
Sou cabra da peste, sou do Ceará”.

Digo mais então


Para quem tem sangue no olho e disposição
Nada se torna impossível,
e nós Cearenses somos é “porretas”
Vamos agarrar essa oportunidade
Vamos fazer acontecer
Pra que assim, todas as unidades do nosso Ceará
Possam o Selo Bronze receber.

135
O Qualifica veio pra ficar...13

Para os que já me conhecem


sabe que gosto de improvisar
fazer versos nos encontros
faço por deles gostar
não sou Raquel de Queiroz
mas sei com rima brincar
e na II oficina de Tutores
esse não poderia faltar
e no nome de Doutora Carmem Cemires
venho a todos saudar.

Já vi que no Ceará
tem artistas pra valer
os atores aqui são muitos
não vou citar um a um
no papel não vai caber
mas no verso eu improviso
quando aperto
faço ficar espremido
mas do QualificaAPSUS
o nome dos municípios
vocês irão conhecer
porque ao alto se avista
a ruma de Selo Bronze
que nosso Estado vai ter.

Dos 184 municípios


166 estão a participar
a vontade das equipes
é a saúde melhorar

13
Texto elaborado por Hylana Morais de Brito, Tutora do QualificaAPSUS no município de Nova Olinda, Região de
Saúde de Crato, por ocasião da II Oficina Estadual de Qualificação de Tutores, realizada nos dias 28 de fevereiro e 01
de março de 2018, em Fortaleza – Ceará.

136
que não pensamos assim,
mais um trabalho a fazer
que a visão seja outra
depois dele conhecer
porque somos os agentes
pra mudança acontecer.

No começo assustou
pensei que não iria fazer
mas ao longo do tempo
é que pude perceber
que todos os processos de trabalho
todos da equipe
eram acostumados a fazer
de forma desalinhada
as ações desajustadas
mas conseguimos resolver
o Qualifica chegou
os processos alinhou
e o bendito do Selo
toda equipe quer ter.

O projeto é fantástico
veio para impactar
melhoria no serviço
para o povo ofertar
o trabalho não é fácil
até construir outro mapa
a consulta agendada
mapear as microáreas
fazer o povo entender.

E em todas as oficinas
passamos a se aprimorar

137
em gestão e avaliação
até territorialização
Carmem foi ensinar
porque não é só desenhar
temos que o risco elencar
ver as condições crônicas
eventos agudos
todo posto mapear.

Prevenção e promoção
gerenciar os processos
monitorar e avaliar
são muitos atributos
para a unidade verificar
mas é com essas oficinas
que vamos meio buscar
porque lá na parede do meu posto
quero o Selo Bronze
e dizer aos usuários pregar
vocês só fizeram ganhar.

Doutor Ivan eu te digo


que se lá na SESA perguntar
o que melhorou com o APSUS?
não tenho receio a falar
pode dizer a esse povo
que esse “menino” bonito
começou a engatinhar
e logo agora em junho
os primeiros passos vai dar
quando começar os Selos
não vai ninguém segurar.

138
Doutora Emi te afirmo
que também vamos aqui ter
Bronze, Prata e Ouro
não demora acontecer
e numa reunião de prefeitos
um desses estimados sujeitos
possa do Secretário de Estado
outro selo concorrer
se Diamante ou Esmeralda
a ideia está plantada
tomara que eles saibam colher.

O que imagino é isso


quando os outros municípios
tiverem os Selos a receber
eles entendam o negócio
que a qualidade na assistência
esse sim é o propósito
melhor que dinheiro ter
e para os mais resistentes
se não conseguir a ideia mudar
peço ao Senhor Secretário os chamar
para um puxão de orelhas neles dar
para nunca mais pegar documento
e assinar por assinar.

Um apelo aqui eu faço


para o governador que entrar
que se mudar os gestores
deixem o Qualifica ficar
e que por Deus ele entenda
que o QualificaAPSUS apenas não é
um projeto de B ou de A
é um processo de qualidade da saúde

139
do povo do Ceará.

Melhorar a qualidade
recompensa vamos ter
de que adianta um serviço
um mega pedido eu ter
cadeiras de luxo
quadros luxuosos
lustres,cadeiras bonitas
e o Selo não receber?
porque o que mais importa
o Qualifica ensinar a fazer
qualidade do serviço
Isso o cidadão irá ter.

É fácil? Foi fácil?


te afirmo que não
alinhar, realinhar
não está sendo fácil não
mas uma coisa eu digo
que mude o gestor, a gestão
profissionais ou gerentes
se a semente do Qualifica vingar
o processo não muda não
porque o produto final
garanto que vamos colher.

São muitos municípios aqui


mas posso citar cada um
mas vou assim pelas macros
sintam-se abraçados um a um
a macro de Fortaleza
a macro do Sertão Central
também a macro daquele lindo Sobral

140
daí desço pro Litoral
já chego no Cariri
em nome da minha região
agradeço a todos da COPAS, NUAP e da SESA
e recebam um grande abraço
da macro do Cariri.

141
APÊNDICE – INSTRUMENTO DO SELO
BRONZE DE QUALIDADE 2018

142

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