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Sistemas de Gestão Hospitalar

ISCAP
- Instituto Superior contabilidade e
Administração Pública -

Post-Graduação
em
Gestão e Direção de Unidade de Saúde

18 de Fevereiro 2023
1

Prelector

João Manuel Logarinho Monteiro

Administrador Hospitalar do Centro Hospitalar de São João

Grau de especialista em gestão e organização Serv. Saude (IPP)

jmonteiro@chsj.min-saude.pt

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Sistemas de Gestão Hospitalar

Temas

i) Considerações preliminares problemáticas da saúde


ii) Quadratura do círculo do SNS

iii) Evolução dos modelos de gestão

iv) Contratualização em saúde

Gestão e Direção Unidades de Saúde

Algumas considerações preliminares

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Sistemas de Gestão Hospitalar

O Dilema na Saúde

A pergunta que vale 1.000.000,00 USD

Como salvar a Dignidade do Homem

Respeitando a Economia ?

Posições Utópicas

Visão puramente clinica (individualista)


Privilegia as necessidades em detrimento recursos
Lança o sistema de saúde na falência

Visão puramente económica (negócio)


Privilegia os recurso em detrimento das necessidades
Limita direitos
Limita a boa prática

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Sistemas de Gestão Hospitalar

Posição Realista
Se é verdade que os SS n/ geram riqueza (n/visam o lucro)

Produzem bem estar

O desígnio dos SS n/ pode ser o desequilíbrio económico


aumento de divida
deficit permanente
Desperdício

Accionistas do SNS (contribuintes) não o aceitam !


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Os acionistas do SNS não aceitam:

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Sistemas de Gestão Hospitalar

Os acionistas do SNS não aceitam:

• Perdas de eficiência no internamento ascendam a 242


milhões de euros (cerca de 27% do total de custos de
901 milhões)

Fraca eficácia RNCCI


Fraca eficácia organização interna dos serviços :
demora média alta
falta de planeamento das altas
altas apenas de 2ª a 6ª feira
casos sociais
primado cirª conv sobre ambº
falta integração de cuidados
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Os acionistas do SNS não aceitam:

• Perdas no ambulatório que ascendam aos 503 milhões


de euros (cerca de 41% do total de custos de 1.220
milhões)

Duplicações desnecessárias de cext


Doente corre atrás cuidados e não inverso
Privilegio farmácia comunitária e não hospitalar

Relatório Tribunal de Contas, 2011

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Sistemas de Gestão Hospitalar

Os acionistas do SNS não aceitam:

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3 questões nucleares do SNS

Que saúde queremos ter ?

Quanto custa ?

Quem paga ?

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Sistemas de Gestão Hospitalar

Que saúde queremos ter ?

A Saúde é seguramente um dos 3 desejos que os


presentes na sala pediriam ao génio do Aladino

Saúde faz parte das prioridades de todos os seres humanos

Saúde é dos desejos mais profundos de todos nós

Porém
Só damos verdadeiramente valor à saúde quando a perdemos
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Que saúde queremos ter ?

É bom no entanto ter em mente que:

“Nenhum país cobre realmente 100 por cento da população,


para 100 por cento dos serviços disponíveis e em 100 por
cento dos custos, sem listas de espera”

OMS Nov / 2010

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Sistemas de Gestão Hospitalar

Que saúde queremos ter ?

Temos um sistema de saúde que é universal

Temos um sistema de saúde que é geral

Temos um sistema que é tendencialmente gratuito

Mas,

é economicamente sustentável ?
é gerador de equidade no acesso ?
responde eficazmente às necessidades dos cidadãos?
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Quanto custa a saúde ?

Saude não tem preço !


Porquê?

Preço - Valor através do qual um bem ou serviço é


transacionado no mercado

Saúde - Eticamente a vida/saúde tem um valor infinito


- não existe mercado (n/ se vende n/ se compra)
- procura-se saúde / oferece-se cuidados saúde
- porque não escolhemos a doença nem hora
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Sistemas de Gestão Hospitalar

Quanto custa a saúde ?

mas, … tem custo


Porquê?

Economicamente : é muito dispendiosa


(12,2% do PIB 12.386.800,00€)
(Peso da saúde no OE é de 13,9% / gastos saúde no consumos das famílias é 5,8% quando na UE é 2,9 %)

Financeiramente : tem custos elevadíssimos


(Despesa publica em saúde 66% / Despesa privada em saúde 34%)
(Despesa hospitalar 52% do orçamento do SNS/ 5.875 Mil milhões € )
(Despesa corrente em saúde estima-se que aumente 11% )
(divida do SNS ascendeu a 3 Mil milhões € )
(deficit da saúde atingiu 1.1Mil milhões € )
(a despesa per capita de saúde em Portugal é de 2.286€)

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Mas deve ser entendido custo especial

Porquê?

Não como mera fonte de despesa


Mas como um Investimento!

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Sistemas de Gestão Hospitalar

Mas deve ser entendido custo especial

Investimento do SNS em 2021 permitiu um retorno


7,5 mil milhões € para a economia

Maioria dos portugueses faltou 1 dia de trabalho por


doença e 17% por mais de 20 dias

Prestação cuidados SNS permitiu evitar uma ausência


laboral equivalente de 2,8 dias o que representa uma
poupança de 1.000 milhões € (absentismo)

Prestação cuidados SNS permitiu ainda evitar 9,9 dias de


trabalho perdidos em produtividade, o que representa uma
poupança acrescida de 4.000 milhões € (produtividade) 19

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Mas deve ser entendido custo especial

Investimento do SNS em 2021 permitiu um retorno


7,5 mil milhões € para a economia

Estas poupanças geram ainda por via indirecta 2.500 mil


milhões € na relação produtividade/remuneração

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Sistemas de Gestão Hospitalar

Mas deve ser entendido custo especial

Conclusão

Melhor saúde = melhor bem estar = maior capacidade


trabalho = maior riqueza produzida = Melhor saúde

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Quem paga a saúde?

Dar tudo a todos em saúde é utópico !

A alternativa será antes “dar o possivel para que chegue a


todos”.

Mas ... dar o possivel pressupõe fazer escolhas !

preço sombra
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Sistemas de Gestão Hospitalar

Quem paga a saúde?

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Quem paga a saúde?


Mercado da saúde tem particularidades muito próprias

Lado da procura

quem consome não paga (quando muito indirectamente)

temos consumidores que gastam + do que contribuíram


para o sistema (s/reciprocidade)

imprevisibilidade da procura (não escolhemos a doença que


queremos, nem o momento de estarmos doentes)

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Sistemas de Gestão Hospitalar

Quem paga a saúde?


Mercado da saúde tem particularidades muito próprias

Lado da oferta

quem induz sabe que quem consome não paga (anestesia


de custos)

proveitos são independentes dos custos (sabemos o que


recebemos, desconhecemos o que vamos gastar)

oferta induz a procura (não existe soberania do consumidor )

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Posição Realista do SNS


Prestar cuidados de qualidade mas a um custo suportável

coexistência obrigatória
Quem faz Quem controla
(domina o processo) (disponibiliza recursos)
Prestadores Gestores

CLINIC GOVERNANCE
(envolvimento dos clínicos nas decisões da gestão)

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Sistemas de Gestão Hospitalar

Posição Realista do SNS


Clinic governance

clinico aliados da gestão (não adversários)

desconcentrar poderes e competências (CRI´s)

eficácia+eficiência+efectividade (tríade da acão clínica)


avaliação dos resultados (acountability)

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Resultados em Saúde

De uma história de sucesso … !

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Sistemas de Gestão Hospitalar

Resultados em Saúde

A saúde em Portugal registou nos últimos 30 anos uma


evolução positiva, com ganhos muitos significativos:

1980 1995 2009


Mortalidade infantil (1000 nados vivos) 24,3 7,4 3,8
Esperança de vida (anos) 71,4 75,4 79,5
Mortalidade materna (100000 nados vivos) 30 5 6
Anos de vida potencialmente perdidos 9.147 6.001 3.477
(100.000 habitantes)
Consultas médias (p/habitante) nd 3,2 4,1

29

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Resultados em Saúde

- 14º melhor sistema de saúde do MUNDO -

Saúde melhor que o pais !

Já que :

Portugal ocupa o 51º lugar no ranking económico


48º lugar no ranking competitividade (148
países)
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Sistemas de Gestão Hospitalar

Resultados ao nível melhores do mundo

Taxa de mortalidade infantil


3,3/1.000 PT vs. 6,26/1.000 EUA vs. 5,72/1.000 UE

Taxa de cobertura vacinal


Sarampo: 96,6% PT vs. 92,1% EUA
Dif+Tet+Tconv: 96,8% PT vs.84,6% EUA

Longevidade
79,5 anos PT vs. 78,1 anos EUA

Incidência de VIH
0,5% PT vs. 0,6% EUA

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Resultados ao nível melhores do mundo

Prevalência de obesidade
15,4% PT vs. 26,2% EUA

Coesão nacional
Cobertura global PT vs. 65% da população EUA

Equidade
Acesso global PT vs. selectivo seguros de saúde EUA

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Sistemas de Gestão Hospitalar

Resultados em Saúde

A uma realidade economicamente insustentável … !

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Insustentabilidade do SNS

Gastos do SNS assentam numa quadratura do circulo!

(+dotação orçamental + despesa final + deficit + divida)

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Sistemas de Gestão Hospitalar

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Consequências

Será que gastamos muito em saúde ?

Não sabemos

O que sabemos é que :

Temos um PIB curto para a despesa que geramos !

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Sistemas de Gestão Hospitalar

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Consequências

Será que gastamos muito em saúde ?

Não sabemos

O que sabemos é que :

Gastamos mais que a média da OCDE

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Sistemas de Gestão Hospitalar

+ 16 % + 13,5 % + 7,9 % + 9,3 % +7% + 3,4 %


+4,2 %
+ 2,2 %
- 15,1 % - 9,5 %

Em milhões de euros

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Consequências

Será que gastamos muito em saúde ?

Não sabemos

Sub financiamento crónico do SNS (despesa em saúde é > orçamentado)


Os juros da divida externa = ao orçamento do SNS (renegociar divida)

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Sistemas de Gestão Hospitalar

Fonte ACSS

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Deficit do SNS

Fonte ACSS

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Sistemas de Gestão Hospitalar

Em milhões de euros

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Consequências

Será que gastamos muito em saúde ?

Não sabemos

O que sabemos é que o SNS :

Gerou sempre deficit crónico (custos superiores aos proveitos)


Acumulou sempre dívida (encargos sucessivos não pagos)
Despejar recursos não resolve os problemas do SNS
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Sistemas de Gestão Hospitalar

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Consequências

Será que gastamos muito em saúde ?

Não sabemos

O que sabemos é que :

O peso da despesa saúde das famílias c/tendência sempre


crescente (24% em 2005 vs. 31% em 2019)

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Sistemas de Gestão Hospitalar

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Consequências

Será que gastamos muito em saúde ?

Não sabemos

O que sabemos é que :

O peso económico do SNS/PIB c/tendência sempre


decrescente

O estado em cada 9€, gasta 1€/saúde, na UE a ratio é 5€/1€


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Sistemas de Gestão Hospitalar

Consequências

Então onde reside o problema ?

Financeiro ?
Evidencia:
+ financiamento gerou + despesa
Orçamentos da Saude sempre deficitários
% do PIB afecto à saúde > média comunitária

Na desorganização organizada do SNS


Falta/deficiente planeamento dos recursos
Falta/deficiente pacto de regime politico para a saúde
Falta/deficiente estratégia para a saúde em Portugal
Falta/deficiente avaliação da produtividade

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Radiografia Económica
Sistema de Saúde Português 2017

Dados: Comentário

Despesas total de Saúde no PIB(2017): 12º país da UE com > % PIB


9% 8,4% foi a registada na UE
Despesa Publica em Saúde = 66,6% 7º país da UE c/a > taxa esforço famílias
Despesa Privada em Saúde = 33,4% 15,3% foi a registada na UE
Despesa per capita (€) : 1.638,90€

Tx de variação PIB (2015/17): 2,52% A despesa em saúde a crescer + do que


Tx de variação Despª corrente:7,5% riqueza país !

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Sistemas de Gestão Hospitalar

Os Problemas do Sistema de Saúde


Português

1. Questões do Financiamento

2. Questões de estrutura

3. Questões do funcionamento

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Os Problemas do Sistema de Saúde


Português

1. Questões do Financiamento :

Da ótica dos recursos para a ótica da produção


Ponto de partida é a meta e não os meios

Dos modelos prospetivos para de capitação


Pagamento deve centrar-se no tratamento e não episódio

Da visão financeira para a visão económica


Decisão deve basear-se no retorno (L.prazo) e não na tesouraria (C.Prazo)

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Sistemas de Gestão Hospitalar

Os Problemas do Sistema de Saúde


Português

2. Questões da estrutura :

Da rigidez dos níveis de cuidados para … a integração


Afiliação da MGF e HH c/interação de consultas em conjunto; visitas reciprocas;
acompanhamento de doentes

Da visão hospitalocêntrica para … a rede cuidados


Constituição de um modelo integrado de sinalização e circulação de doentes
sem entraves burocráticos

Da patologia para … o problema de saúde


Visão holística do doente

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Os Problemas do Sistema de Saúde


Português
3. Questões do funcionamento:

Da valorização do SU para … o atendimento


programado
Garantir o acesso efectivo aos médicos de família na comunidade, articulando
com cuidados de enfermagem e serviços de acção social

Do internamento para o … ambulatório/domiciliação


cuidados
Permitir a fechar camas de agudos e garantir cuidados de aproximação

Do recurso aos privados para … auto-suficiência técnica


Aumentar o investimento e incrementar modelos de avaliação da capacidade
técnica instalada

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Sistemas de Gestão Hospitalar

Os problemas da Sustentabilidade do
SNS

Causas Técnicas

Causas Gestionárias

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Causas técnicas

Despesa em saúde é independente contribuições (sistema bevarige)


Aumento da esperança de vida (71 anos p/ 80 anos)

Maior oferta de cuidados (+100HH / 23 085 camas / 532 BO´s / 69 ACES)

Planos de Saúde Pública (planos vacinação/ plano saúde materno-infantil; plano


diagostico pre-natal )

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Sistemas de Gestão Hospitalar

Causas técnicas

Espiral tecnológica (instalados os + modernos equipamentos diagnostº/tratamento)

Acesso fármacos/dispositivos médicos (+inovadores / +efetivos)

Medicina defensiva (evitar ações judiciais de responsabilidade civil)


(declaraões de isenção de responsabilidade)

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Causas gestionárias

Modelos de Governação

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Sistemas de Gestão Hospitalar

Causas gestionárias

Os HH tradicionalmente inseriam-se no sector publico


administrativo do Estado .

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1. Fase Administrativa (1974/2002)


ESTADO

Sector Público Administrativo


(Hospitais de Função Pública)

Tutela
Superintendência
Hierarquia
Reg. Dto. Público
Funcionalismo Púb.
Orçam. Retrospectivo
Déficit vai ao OE
Orçam. Rectificativos
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PIDACC

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Sistemas de Gestão Hospitalar

Causas gestionárias

Gestão Administrativa

 ser angariadora de fundos


 isolava-se na dimensão administrativa
 subalternizava-se perante a dimensão clínica
 vocacionava-se para o processo e nada para o resultado

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Causas gestionárias

Governação

 Hegemonia do poder médico e da medicina praticada


 serviço era o centro nuclear da actividade
 balcanização
 sem sensibilidade para o lado económico da actividade

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Sistemas de Gestão Hospitalar

Gestão Administrativa

Modelo de financiamento: Retrospetivo

Baseado em custos

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Causas gestionárias

O financiamento das organizações era de natureza retrospectiva :

 calculo c/ base na despesa do ano anterior


 financiamento c/ base em custos
 sucessiva cobertura do deficit
 orçamento como peças de ficção

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Sistemas de Gestão Hospitalar

Causas gestionárias

Consequências diretas deste modelo :

 divorcio entre o mundo da gestão e a comunidade clinica


 insensibilidade ao impacto económico das decisões clinicas
 crescimento descontrolado da despesa

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Financiamento do SNS

No modelo tradicional
Financiamento era retrospectivo
Suportar os custos

Consequência
Aumento descontrolado da despesa
Aumento do deficit
Desincentivo à eficiência
Orçamentos peças de ficção 66

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Sistemas de Gestão Hospitalar

Gestão Administrativa

Resultado do Modelo Tradicional da Gestão

Hospitais desorganizados

Hospitais caros

Hospital insustentável

Mas, … tolerados sem alternativa

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2ª Fase
Pré-empresarialização hospitalar

Criação do hospital “quase-empresa”

A Lei 27/2002 de 8 de Novembro criou o Hospital São


Sebastião da Feira permitindo-lhe como hospital flexibilizar
a sua gestão como se fosse uma empresa do estado:

 Dupla tutela
 Definição de uma carteira contratual de produção
 Utilização de um novo regime jurídico de aquisição de
bens e serviços
 Possibilidade de contratação de pessoal
 Institucionalização de PPM

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Sistemas de Gestão Hospitalar

3ª Fase
Experimentalismo privado da gestão
“Contrato de Gestão”

A Lei 382 / 91 de 9 de outubro após concurso público


atribui a gestão do Hospital Amadora Sintra a um grupo
privado (Grupo Mello) que passou a administrar o hospital
público durante 10 anos como se tratasse de uma empresa
privada, mas com obrigações públicas.

 Garantir a prestação de cuidados aos utentes do SNS


 Direito de prestar cuidados privados
 O SNS garantia o financiamento dos cuidados públicos
 Contratações eram exclusivamente da responsabilidade da
sociedade gestora
 Investimento por conta da sociedade gestora
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4ª Fase
Empresarialização da gestão hospitalar
Em 2002 dá-se o “Big Bang” da gestão publica dos hospitais

A Lei 27/02 de 8 de Novembro cria o conceito da


Empresarialização Hospitalar, assumindo-se nesse fase a
existência de 2 tipos de instituições de saúde :

Hospitais SPA (sector publico administrativo)


Hospitais SA (sector publico empresarial sob a forma de
sociedades anónimas )

70

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Sistemas de Gestão Hospitalar

1ª Empresarialização (2002/2006)
ESTADO

Sector Empresarial
Hospitais SA
(Empresa)
Tutela
Superintendência
Relação Contratual
Reg. Dto. Púb./Privado
Func. Púb. / Trabalhad.
Orçam. Prospectivo
Déficit é Dívida Pública
Orçamento Único
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Progr. Operac. Espec.

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4ª Fase
Empresarialização da gestão hospitalar

A empresarialização evoluiu

O Dec.Lei 233/08 de 29 de Dezembro veio estabelecer


posteriormente uma 2ª fase da Empresarialização Hospitalar,
ao transformar a natureza jurídica dos hospitais empresa:

Os Hospitais SA passam a Hospitais EPE


Deixam de ser sociedades anónimas para assumirem a figura
de estabelecimentos públicos empresariais

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Sistemas de Gestão Hospitalar

2ª Empresarialização (2006 ...)


ESTADO

SECTOR EMPRESARIAL

Hospitais SA Hospitais EPE


(3ªfase) (4ªfase)

Capital Social
Capital Estatutário
disperso / acções
Sem cotização bolsista
Cotado em bolsa
Inexistência Assemb Geral
Assembleia Geral
Reg Financº Empªs Estado
Cod. Soc. Comerciais
Obrigatoriamente Públicos
Ser objecto
Privatização Impossibilidade de Falência
Sujeitos a Falência Estatutos Sociais
73
Pacto Social

73

A Mudança do Paradigma da gestão

Gestão Empresarial

74

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Sistemas de Gestão Hospitalar

Modelo Empresarial

Hospitais empresa passam a ter um Plano Estratégico


baseado

5 Princípios de Gestão

75

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Plano Estratégico Hospitalar

1º Os HH como empresa devem produzir resultados


retirando o melhor rendimento dos seus recursos
(eficázes)

2º Os HH como empresa devem ser geridos sem


limitações burocráticas, vocacionados para o
resultado e com sentido de responsabilidade
(empreendedores)

3º Os HH como empresa devem organizar-se de modo


assegurar um melhor controlo dos recursos
utilizados (accountability)
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38
Sistemas de Gestão Hospitalar

Plano Estratégico Hospitalar

4º Os HH como empresa têm de assegurar o equilíbrio


de exploração (sustentáveis)

5º Os HH como empresa têm de se preocupar com a


utilização racional dos recursos afetos à produção,
produzindo ao mais baixo custo (eficientes)

77

77

Empresarialização dos Serviços de


Saúde

Gestão Empresarial

Gestão integrada
Gestão baseada em objetivos (Business plan)
Gestão materializada num processo de contratualização interna
Gestão alicerçada em níveis intermédios de gestão
Monitorização e controlo desempenho (actividade/orçamento)

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39
Sistemas de Gestão Hospitalar

Empresarialização dos Serviços de


Saúde

Governação Empresarial

 Envolvimento dos clínicos na gestão


 o serviço dá lugar à departamentação
 balcanização cede à integração de cuidados
 custos e despesa passam a ser considerados na tomada de decisão

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Empresarialização dos Serviços


de Saúde
Novas estruturas na organização clinica dos cuidados (para além dos serviços):

i. Estruturas Intermédias de Gestão:


ii. Centros de Responsabilidade Integrados:;
iii. Centros de Referência.

pág. 80

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Sistemas de Gestão Hospitalar

Centros de Responsabilidade
Integrados
O que são?

i. São estruturas de gestão intermédia;


ii. Dependem dos conselhos de administração dos hospitais que integram a
rede SNS;
iii. Dão dotadas de autonomia funcional e técnica;
iv. Respondem perante um compromisso de desempenho assistencial e
económico-financeiro;
v. Compromisso para um período de 3 anos.

pág. 81

81

Centros de Responsabilidade
Integrados
A realidade do CHUSJ :

i. CRI – Obesidade
ii. CRI - Mama;
iii. CRI – Sono
iv. CRI - Diálise

pág. 82

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41
Sistemas de Gestão Hospitalar

Centros de Responsabilidade
Integrados
Quais os objetivos?
i. Assegurar o desenvolvimento das melhores práticas clínicas centradas nas
necessidades dos utentes,
ii. Fomentar processos de governação clínica que contribuam para a
melhoria continua da qualidade dos cuidados prestados no SNS;
iii. Aumentar a acessibilidade e os tempos de resposta do SNS aos cidadãos;
iv. Rentabilizar a capacidade instalada do SNS;
v. Promover a autonomia, a responsabilização dos profissionais na gestão
dos recursos, incentivando-os a desenvolver, exclusivamente, a sua
atividade no SNS;
vi. Aumentar os níveis de produtividade e de satisfação dos profissionais do
SNS, associando a atribuição de incentivos institucionais e financeiros ao
desempenho alcançado.

pág. 83

83

Centros de Responsabilidade
Integrados
Qual é a sua estrutura de governação?
i. Os CRI são geridos por um conselho de gestão:
- diretor
- administrador hospitalar ou outro profissional com experiência comprovada de
gestão em saúde;
- profissional da equipa multidisciplinar, (enfermeiro no caso dos serviços médicos e
cirúrgicos).

Como é negociada a atividade?


i. CRI sujeito a contrato-programa negociado pelo seu conselho de gestão com o
conselho de administração da instituição.

pág. 84

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Sistemas de Gestão Hospitalar

Centros de Responsabilidade
Integrados

Como são financiados?


i. Os CRI são financiados através de uma linha específica dos contratos-programa das
entidades do SNS, com majoração dos preços a pagar pela atividade contratualizada.

Qual o sistema de incentivos para os profissionais?


i. O sistema de incentivos aos profissionais em que se pode efetuar a remuneração da
produção adicional realizada pelas equipas das entidades do SNS.

pág. 85

85

Estruturas Intermédias de Gestão


O quais os objectivos ?

1. Garantir a implementação da contratualização interna;


2. Acompanhar e avaliar sistematicamente a atividade
desenvolvida;
3. Aplicar medidas destinadas a corrigir os desvios em
relação às previsões realizadas;

pág. 86

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43
Sistemas de Gestão Hospitalar

Estruturas Intermédias de Gestão

O que são ?

1. Estruturas de gestão
2. Agregam serviços/unidades com afinidades funcionais

pág. 87

87

Estruturas Intermédias de Gestão

A realidade

1. UAG de Cirurgia
2. UAG de Medicina
3. UAG de Mulher e da criança
4. UAG de Psiquiatria e Saúde Mental
5. UAG de MCDT’s
6. UAG da Urgência e Medicina Intensiva

pág. 88

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Sistemas de Gestão Hospitalar

Estruturas Intermédias de Gestão

Qual é a sua estrutura de governação?


i. As UAG´s são geridas por um conselho de Directivo :
- diretor
- administrador hospitalar ou outro profissional com
experiência comprovada de gestão em saúde;
- enfermeiro/TSDT
Como é negociada a atividade?
i. UAGC negoceia com os serviços um contrato programa
que é posteriormente discutido e aprovado pelo Conselho
de Administração

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Estruturas Intermédias de Gestão

Como são financiados?


i. As EIG’s têm como financiamento o somatório dos orçamentos dos contratos
programa dos serviços clínicos que a integram.

Qual o sistema de incentivos para os profissionais?


i. Não existem.

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Sistemas de Gestão Hospitalar

Centros de referência

O que são:

Unidades prestadoras de cuidados de saúde com reconhecidos conhecimentos técnicos


na prestação de cuidados de elevada qualidade aos doentes com determinadas situações
clínicas que exigem uma especial concentração de recursos ou de perícia devido à baixa
prevalência da doença, à complexidade no diagnóstico ou tratamento e aos custos
elevados dessas mesmas situações.

pág. 91

91

Centros de referência

A realidade do CHUSJ

1. Cardiologia Intervenção
2. Cardiopatias Congénitas
3. Doenças Hereditárias do Metabolismo
4. Epilepsia Refratária
5. Esófago / Colon / Reto / Intestino / Testículo
6. Transplante do coração
7. Transplante renal
8. Fibrose quistica
9. ECMO
pág. 92

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Sistemas de Gestão Hospitalar

Centros de referência

Quais os objetivos:

1. Melhoria da qualidade;
2. Melhoria do acesso;
3. Melhoria da efetividade;
4. Centrado em outcomes;
5. Melhoria da segurança e diminuição do risco clínico;
6. Transparência;
7. Ensino / formação e investigação.

pág. 93

93

Centros de referência

Qual a sua estrutura de governação:

1. Integrar na sua constituição equipas multidisciplinares experientes e altamente


qualificadas na sua área de atuação, bem como possuir estruturas e equipamentos médicos
altamente especializados, que devam estar concentrados;

Qual o seu financiamento:

1. Majoração de 20% de primeiras consultas


2. Majoração de 10% nas consultas subsequentes
3. Majoração de 5% nos GDH’s médicos e cirurgicos

pág. 94

94

47
Sistemas de Gestão Hospitalar

Centros de referência

Modelo de integração dos CR na rede hospitalar portuguesa e na Rede pág. 95


Europeia de referência (RER)

95

Empresarialização dos Serviços de Saúde

No modelo empresarial
Financiamento passa a prospectivo
Suporta preços

Consequência
Controlo da despesa (custos/preços)
Controlo do deficit
Claro incentivo à eficiência
Orçamentos instrumentos de gestão 96

96

48
Sistemas de Gestão Hospitalar

Empresarialização dos Serviços de Saúde

Consequências (modelo empresarial) continuação

Actividade é que comanda o financiamento


O dinheiro segue o doente
O doente é o gerador da sustentabilidade

97

97

Empresarialização dos Serviços de Saúde

Como podemos então medir a actividade para a


conseguirmos financiar ?

98

98

49
Sistemas de Gestão Hospitalar

Produção Hospitalar

A resposta não é fácil !

1. Tipo de organização
2. Tipo de produto

99

99

Tipo de Organização

O hospital é um organismo complexo

 A sua produção não é planeada (produção permanente)


 Apresenta 2 linhas de autoridade (legal e a técnica)
 Processo/resultado não têm uma relação causa-efeito

100

100

50
Sistemas de Gestão Hospitalar

Tipo de Produto

O produto é muito sui generis

 Não existe 1 produto (doentes e não doenças)

 A opinião do doente é irrelevante


 Imprevisibilidade do resultado

101

101

Tipo de Produto

O hospital produz “cuidados de saúde”

Conjunto especifico de bens e serviços que cada


doente recebe, em função das suas necessidades e
como parte do processo de tratamento definido pelo
médico.

102

102

51
Sistemas de Gestão Hospitalar

Produção Hospitalar

Porque é difícil medir a produção do hospital?

 Os doentes recebem, individualmente diferentes bens


e serviços.
 O hospital tem tantos produtos diferentes quantos os
doentes que trata.

103

103

Produção Hospitalar

Por isso a natureza deste produto é :

 Incomensurável: existem tantos produtos diferentes


quantos doentes que tratamos.

 Indefinível: Não existe um padrão de qualidade de


doente. (iatrogenia da doença/não existe relação causa-efeito entre
processo e resultado)

104

104

52
Sistemas de Gestão Hospitalar

Produção Hospitalar

Mas ... como é possivel avaliar a heterogeneidade da


produção hospitalar ?

Índice de Case Mix (ICM )

105

105

Índice de Case Mix

 O Case Mix determina o grau de severidade ou


complexidade dos doentes/patologias tratadas .

 A complexidade mede o grau de consumos de recursos


que cada doente/patologia consome no hospital.

 Quanto maior for o índice case mix, maior é o gasto


realizado, independentemente do número de
doentes/patologias tratadas.
106

106

53
Sistemas de Gestão Hospitalar

Caso Grave

 A gravidade mede por sua vez o grau de probabilidade


de sobre-vida de um determinado doente.

 A gravidade pode não estar obrigatoriamente associada


a elevado consumo de recursos.

107

107

Caso Raro

 O caso raro mede por sua vez a frequência com que


determinado doente/patologia é tratada num dado
hospital

 A raridade não tem de estar directamente relacionada


com gravidade nem com complexidade

108

108

54
Sistemas de Gestão Hospitalar

Produção Hospitalar

Mas…como se avalia o desempenho


hospitalar?

109

109

Produção Hospitalar

Indicadores de Produção

Indicadores Acesso

Indicadores Qualidade

Indicadores Eficiência

110

110

55
Sistemas de Gestão Hospitalar

Indicadores de Produção

Internamento
Lotação = nº camas existentes
Doentes Saídos = n.º doentes saídos (alta)

Consulta Externa
1ªas consultas = n.º primeiros episódios do doente em especialidade
Consultas subsequentes = n.º consultas programadas

Urgência
Episódios = n.º de admissões registadas

Bloco operatório
Cirurgia Convencional = n.º de doentes operados c/ internamento
Cirurgia Ambulatória = n.º de doentes operados c/ episódios <24h
Cirurgia Urgente = n.º de doentes operados no BOSU
111

111

Indicadores de Produção
Bloco Operatório
Produção base = n.º de doentes operados em período normal
Produção Adicional = n.º doentes operados fora período normal

Hospitais de Dia
Sessões = n.º episódios registados por doente c/vigilância e para
tratamento ou administração de fármacos

Internamento/Consultas Domiciliários
Nº Episódios = n.º de visitas registadas em casa do doente
Nº Consultas = n.º de consultas registadas em casa do doente

MCDT
Nº exames/analises = n.º de exames realizados

GDH´s 112
Nº GDH´s= n.º total de doentes saídos c/ diagnóstico codificado ICD-10
112

56
Sistemas de Gestão Hospitalar

Indicadores de Produção

GDH´s
GDH´s médicos = n.º de doentes saídos c/ diagnóstico de patologia médica
GDH´s cirurgicos = nº de doentes saídos c/ diagnostico de patologia cirúrgica

IVG
IVG médica = nº casos de abortamento médico
IVG cirúrgica= n.º casos de abortamento cirúrgico

Partos
Nº Partos distócitos = n.º de nascimentos via normal
Nº Partos Eutócitos = nº de nacimentos p/ cesariana

113

113

Indicadores de Acesso

Internamento
 Taxa Ocupação = n.º dias internamento / (n.ºdias x lotação)

Consulta Externa
 Taxa Acessibilidade = n.º primeiras consultas/total consultas
 Evolução Lista Espera para Consulta = n.º doentes/tempo minimo/
médio/tempo máximo/mediana de espera
 Ratio entre consultas/urgências = nº de consultas/nº urgências

Bloco Operatório
 Evolução Lista Espera para Cirurgia = n.º doentes/tempo mínimo/
médio/tempo máximo/mediana de espera

114

114

57
Sistemas de Gestão Hospitalar

Indicadores de Qualidade

Internamento
 Índice case mix
 Taxa Reinternamento = (n.º reinternamentos/n.º internamentos)*100
 Taxa de Mortalidade = nº de mortes/nº doentes saídos
 Taxa de reoperações = (nº doentes reoperados/nºtotal operados)*100
 Taxas de infeção = (nº doentes infetados/nº total doentes saídos)*100
 Taxas de cesarianas = (nº de cesarianas / nºtotal de partos)*100

115

115

Indicadores de Eficiência

Internamento
 Demora Média = n.º dias internamento /n.º doentes saídos
(doentes saídos)

 Doentes saídos acima liminar superior = nº doentes longa duração

Consulta Externa
 Ratio Subsequentes/Primeiras = n.º consultas subseq./n.ºprimeiras
consultas

Bloco Operatório
 Taxa de Ambulatorização = n.ºdoentes operados Amb/ nº total de
doentes operados (conv+amb)
 Demora média pré-operatória = nº dias entre a admissão e a cirurgia
 Taxas de ocupação BO = nº horas entre 1ºd/ultºd / nº horas possíveis
 Taxas de utilização BO = nº horas de cirurgia a cirurgia / nº horas
possíveis
116

116

58
Sistemas de Gestão Hospitalar

Indicadores Sustentabilidade

 Resultado Operacional = €total dos proveitos – €total das despesas


 custos pessoal nos proveitos = (€total CP/ € total dos proveitos)*100
 variação consumos = €CMVC ano n - €CMVC ano n-1
 variação FSE = €FSE ano n - €FSE ano n-1
 custos Pessoal = €CP ano n - €CP ano n-1
 Valor EBITA = resultado antes de impostos/rendas/amortizações

117

117

Financiamento/Pagamento

Mas…como se financiam os cuidados e como


são pagos?

118

118

59
Sistemas de Gestão Hospitalar

Financiamento / Pagamento

2 Modelos financiamento : contratual (SNS)


: não contratual (3ºs legalmente
responsáveis, seguradoras e sub-sistemas
privados)

2 Modelos de pagamento : orçamento global (contrato programa)

: caso (preço previsto em Portaria)

119

119

Modelo Financiamento Contratual

Pressupõe um processo de relacionamento

Entre 2 entidades (financiadores e prestadores)

Existência de um acordo (contrato programa)

Um período certo (ano civil)

120

120

60
Sistemas de Gestão Hospitalar

C
o
Modelo de Financiamento Contratual
n
t
e
x contrato-programa SNS
t
u
a
l
i
z Entidades prestadoras
a Entidades Financiadores
ç Hospitais (vendem)
ã Ministério da Saúde (compra)
o

d
o objetivos de produção (responsabiliza o contratador e o prestador pelos objetivos)

p valor de financiamento (pela atividade com base em preços)


r
o indicadores de acesso / qualidade / eficiência (institucionais)
b
l Incentivos (cumprimento dos objetivos)
e
m
a

121

Modelo Financiamento Não Contratual

Não existe processo de relacionamento

2 entidades (pagadora e prestadora)

Tabela de preços (nacional)

Vigência da tabela é permanente (até à sua revogação)

122

122

61
Sistemas de Gestão Hospitalar

C
o
Modelo Financiamento Não Contratual
n
t
e
x Tabela de Preços em portaria
t
u
a
l
i
z Entidades prestadoras
a Entidades Pagadoras
ç Hospitais (vendem)
ã (compram)
o

d
o 3ºs legalmente responsáveis
p Seguradoras
r
o Sub-sistemas privados
b
l
e
m
a

123

Produção

Como se paga ?

124

124

62
Sistemas de Gestão Hospitalar

C
o
Modelo de Pagamento Contratual
n
t
e
x contrato-programa SNS
t
u
a
l
i
z Entidades prestadoras
a Entidades Financiadores
ç Hospitais (vendem)
ã Ministério da Saúde (compra)
o

d
o orçamental global (limitado ao valor total do CP)

p Preços por linhas de produção (GDH’s médico / cirurgico; cons.extª; HHDD;Urg; cuid.domclª; progr.
r Verticais)
o Doente equivalente (doente padrão)
b
l
e
Preço base nacional ajustado pelo ICM de cada instituição (preços diferentes p/instituiç)
m
a Preços compreensivos em certa patologias (Ca mama, Ca reto, Ca colon)
EBITA

125

Produção

Como se prepara/negoceia o valor do


financiamento?

126

126

63
Sistemas de Gestão Hospitalar

Alocação de recursos financeiros para contratação


com Hospitais e Centros Hospitalares

127

127

Alocação de recursos financeiros para contratação


com Hospitais e Centros Hospitalares

128

128

64
Sistemas de Gestão Hospitalar

129

129

Alocação de recursos financeiros para contratação


com Hospitais e Centros Hospitalares

130

130

65
Sistemas de Gestão Hospitalar

Alocação de recursos financeiros para contratação


com Hospitais e Centros Hospitalares

131

131

Alocação de recursos financeiros para contratação


com Hospitais e Centros Hospitalares

132

132

66
Sistemas de Gestão Hospitalar

Alocação de recursos financeiros para contratação


com Hospitais e Centros Hospitalares

133

133

Alocação de recursos financeiros para contratação


com Hospitais e Centros Hospitalares

134

134

67
Sistemas de Gestão Hospitalar

Alocação de recursos financeiros para contratação


com Hospitais e Centros Hospitalares

135

135

C
o
Modelo Contratual
n
t 1ª Etapa 2ª etapa
e
x Negociação interna Negociação externa
t
u
a
l
i
contrato-programa SNS
z
a Controlo de gestão interno Monitorização externa
ç
ã
Conselho de
o Ministério da Saúde
Administração
d
o
ACSS
UAG (Administração Central
p do Sistema de Saúde)

r
o
b Serviços ARS / Direção
Executiva SNS
l Clínicos
e
m
a

136

68
Sistemas de Gestão Hospitalar

Produção

Que tipo de produção é considerada ?

137

137

Modelo contratual

Tipos de Contrato SNS Definição do


produção tipo

Produção Normal Teto contratual

Produção Marginal Ultrapassa o teto até 10%

Produção Adicional Realizada além horário

138

138

69
Sistemas de Gestão Hospitalar

Produção

Que linhas de produção são contratualizada ?

139

139

Modelo Contratual

Contrato SNS

Internamento
Ambulatório
Consulta Externa
Urgência
Hosp Dia
Cuidados Domiciliários
Programas Verticais
Outros

140

140

70
Sistemas de Gestão Hospitalar

Calculo do Financiamento

Como se reparte o financiamento com base


nos indicadores de produção?

141

141

Modelo Contratual

Valor Contrato SNS Financiamento


Atividade %

Objetivos Desempenho
95%

Incentivos (Nac/Reg)
5%

142

142

71
Sistemas de Gestão Hospitalar

Calculo do Financiamento

Como se calcula o financiamento com base


nos indicadores de produção?

143

143

Modelo Contratual

Linhas de Contrato SNS Financiamento


produção

Preço base nacional (3.120 €)


(ponderado pelo ICM)

Quantidades
contratualizadas Preços diferentes p/HH
---------------------------------------
Preços compreensivos nacionais

Preços idênticos p/HH144

144

72
Sistemas de Gestão Hospitalar

Calculo do Financiamento
(Produção 95%)

Qual é o indicador de quantidade


considerado para calculo do financiamento?

145

145

Modelo Contratual
(Produção 95%)

Principais linhas Contrato SNS Indicador de


de produção quantidade

i)Internamento
i)N Doentes equivalente Cir/Med
ii)Ambulatório
ii)NDoentes equivalente Cir/Med
iii)Consulta Externa
iii)Nº consultas externas
iv) Urgência
iv) Nºepisódios
v)Hosp Dia
v) Nº sessões
vi) Cuidados domiciliários
vi) Nº doentes internados/nº consultas
vii)Programas Verticais
vii) Nº doentes
viii) Outros
146

146

73
Sistemas de Gestão Hospitalar

Modelo Contratual (SNS)


(Produção 95%)

Linha de produção Internamento

 Ao nível do internamento a produção é medida por doentes


equivalentes.

 Um sistema que classifica os doentes:

 Médicos
 Cirúrgicos

147

147

Modelo Contratual (SNS)


(Produção 95%)

Linha de produção Consulta Externa

 A produção é medida pelo número de episódios

 Um sistema que classifica as consultas:

 Primeiras
 Subsequentes

 Médicas
 Não Médicas

 Presenciais
 Sem a presença do doente
148

148

74
Sistemas de Gestão Hospitalar

Modelo Contratual (SNS)


(Produção 95%)

Linha de produção Urgência

 A produção é medida pelo número de episódios

 Um sistema que classifica as urgências:

 Básicas
 Médico-cirúrgicas
 Polivalentes

149

149

Modelo Contratual (SNS)


(Produção 95%)

Linha de produção Ambulatório

 Ao nível do ambulatório a produção é medida por doentes


equivalentes.

 Um sistema que classifica os doentes:

 Médicos
 Cirúrgicos

150

150

75
Sistemas de Gestão Hospitalar

Modelo Contratual (SNS)


(Produção 95%)

Linha de produção Hospitais de Dia

 A produção é medida pelo número de sessões

 Um sistema que classifica as sessões:

 Oncológicas
 Psiquiatria
 Hematologia Clinica
 Outras

151

151

Modelo Contratual (SNS)


(Produção 95%)

Linha de produção Cuidados Domiciliários

 A produção é medida pelo

 Número de doentes internados no domicilio

 Pelas consultas domiciliarias realizadas

152

152

76
Sistemas de Gestão Hospitalar

Modelo Contratual (SNS)


(Produção 95%)

Linha de produção Doentes Específicos

 A produção é medida pelo Nº de doentes sinalizados pelo


programa.

 Um sistema que classifica os doentes:

 Ca mama
 Ca útero
 Ca cólon
 Etc…

153

153

Calculo do Financiamento

Que sistema permite classificar os doentes


para calculo do financiamento do
internamento?

154

154

77
Sistemas de Gestão Hospitalar

Grupos Diagnósticos Homogéneos

 Desde 1989 que em Portugal se introduziu na actividade


hospitalar o sistema de classificação de doentes designado por
GDH´s – Grupos de Diagnóstico Homogéneos.

 Inicialmente aplicado à mera contabilização da actividade é agora


simultaneamente um meio de financiamento hospitalar segundo o
método “pagamento por caso”.

155

155

Grupos Diagnósticos Homogéneos

 Sistema de classificação de doentes

 Agrupa os doentes (ou episódios de doença) num número


finito de classes (grande classificação de doenças), de
acordo com um objectivo pré-determinado.

156

156

78
Sistemas de Gestão Hospitalar

Grupos Diagnósticos Homogéneos

25 Grandes Classificações de Doenças (GCD)

 Pré Grandes Categorias Diagnósticas


 Doenças e Perturbações do Olho
 Doenças e Perturbações do Ouvido, Nariz, Boca e Garganta
 Doenças e Perturbações do Aparelho Respiratório
 Doenças e Perturbações do Aparelho Circulatório
 Doenças e Perturbações do Aparelho Digestivo

157

157

Grupos Diagnósticos Homogéneos

25 Grandes Classificações de Doenças (GCD) continuação

 Doenças e Perturbações do Sistema Hepatobiliar e Pâncreas


 Doenças e Perturbações do Sistema Musculo-esquelético
 Doenças e Perturbações da Pele, Tecido Celular e Mama
 Doenças e Perturbações Endocrinas Nutricionais e
Metabólicas
 Doenças e Perturbações do Rim e do Aparelho Urinário

158

158

79
Sistemas de Gestão Hospitalar

Grupos Diagnósticos Homogéneos

25 Grandes Classificações de Doenças (GCD) continuação

 Doenças e Perturbações do Aparelho Genital Masculino


 Doenças e Perturbações do Aparelho Genital Feminino
 Gravidez, Parto e Puerpério
 Recém-nascidos e Lactentes c/ Afecções Perinatais
 Doenças e Perturbações do Sangue/Orgãos Hematopoléticos e
Doenças imunológicas
 Doenças e Perturbações Mieloproliferativas e Mal-diferenciadas
159

159

Grupos Diagnósticos Homogéneos

25 Grandes Classificações de Doenças (GCD) continuação

 Doenças Infecciosas e Parasitárias


 Doenças e Perturbações Mentais
 Uso de Álcool / Droga e Perturbações Mentais Orgânicas
induzidas por Álcool ou Droga
 Traumatismos , Intoxicações e Efeitos Tóxicos de Drogas
 Queimaduras
 Factores de Influência no Estado de Saúde e Outros Contactos
com os Serviços de Saúde 160

160

80
Sistemas de Gestão Hospitalar

Grupos Diagnósticos Homogéneos

25 Grandes Classificações de Doenças (GCD) continuação

 HIV
 Traumatismos múltiplos significativos

161

161

Grupos Diagnósticos Homogéneos

25 Grandes Classificações de Doenças (GCD)

 Agrupam 956 episódios possíveis de doença

Produto Final
(956 Grupos Diagnóstico Homogéneo)

162

162

81
Sistemas de Gestão Hospitalar

Grupos de Diagnóstico Homogéneos

O que são ?

 Sistema de classificação de doentes internados, em Hospitais


de Agudos (apenas e só nestes Hospitais).

 “DRGs are a patient classification scheme which provides a


means of relating the type of patients a hospital treats (i.e., its
case mix) to the cost incurred by the hospital.”
Diagnosis Related Groups, Definitions Manual

163

163

Grupos de Diagnóstico Homogéneos


O que permitem ?

 Enquadrar os doentes internados (após alta), num determinado perfil


de utilização de Recursos.

 Normalizar a informação médica por forma a se efectuarem


comparações entre diferentes especialidades e entre diferentes
Hospitais.

 Medir a Produção Hospitalar através da identificação de um produto


final.

 Financiar o Hospital em função do Produto Final 164

164

82
Sistemas de Gestão Hospitalar

Grupos de Diagnóstico Homogéneos

Onde estão previstos?

O artº4 nº1 da Portaria nº 207/2017 de 11 de Julho, publicada


no DR I Série - nº 132, define que “ … o preços das prestações
de saúde realizadas em internamento é calculado nos termos da
presente portaria mediante o sistema de classificação de
doentes em GDH … “

165

165

Grupos de Diagnóstico Homogéneos

Que tipos de GDH´s existem?

 GDH Cirúrgicos
 GDH Médicos

166

166

83
Sistemas de Gestão Hospitalar

Grupos de Diagnóstico Homogéneos

 GDH Cirúrgico

 GDH Médico

167

167

Grupos de Diagnóstico Homogéneos

Breve explicação da Tabela GDH

Indice severidade – Grau de perda de funções de um


órgão, ou extensão de descompensação fisiológica
1- menor
2- moderado
3- major
4-extremo

168

168

84
Sistemas de Gestão Hospitalar

Grupos de Diagnóstico Homogéneos

Breve explicação da Tabela GDH

Tipo de GDH
Cirurgico – com intervenção cirúrgica
Médio – os que não têm intervenção cirurgica

169

169

Grupos de Diagnóstico Homogéneos

Breve explicação da Tabela GDH

Peso relativo
Coeficiente de ponderação, que reflete o preço de
tratar um doente típico do GDH, expresso em
termos relativos face ao preço base de um doente
médio nacional que tem por definição um coeficiente
de ponderação 1

170

170

85
Sistemas de Gestão Hospitalar

Grupos de Diagnóstico Homogéneos

Breve explicação da Tabela GDH

Limiar inferior
Nº mínimo de dias que o doente tem de estar internado
Limiar superior
Nº máximo de dias que o doente deverá estar internado
Demora média pura
Demora média na base de todos os episódios da base de
dados central de GDH’s

171

171

Grupos de Diagnóstico Homogéneos

Processo de determinação dos GDH´s

 A base de determinação dos GDH´s são os registos no


processo clínico efectuados ao longo do internamento.

 Os registos devem ser rigorosos, completos e objectivos.

 Grupo de médico (codificadores) codificam os diagnósticos,


intervenções, e outros actos médicos registados no processo

 Atribuição de um código com base no ICD-10 CM


172

172

86
Sistemas de Gestão Hospitalar

Grupos de Diagnóstico Homogéneos

Processo de determinação dos GDH´s

 Folha de codificação é inserida num programa informático


(agrupador GDH, All Patients DRG, versão 31.0
desenvolvido nos EUA)

 Gerado um GDH (diag. principal; intervenções; diag.


secund, procedimentos; idade, género, destino após a alta e
peso à nascença)

 A cada episódio de internamento, só pode corresponder um


GDH.
173

173

Tipos de episódios

Como se classificam os episódios de GDH´s


em função da demora média ?

174

174

87
Sistemas de Gestão Hospitalar

Episódios de curta duração

Doentes cujo tempo de internamento é igual ou mais baixo ao


limiar inferior do GDH a que pertencem (Coluna K).

Doentes de
curta duração

LI LM

175

175

Episódios de evolução prolongada

Doentes cujo tempo de internamento é igual ou superior ao limiar


máximo do GDH a que pertencem (Coluna M).

Doentes de
evolução
prolongada

LI LM

176

176

88
Sistemas de Gestão Hospitalar

Episódios normais

Doentes cujo tempo de internamento é superior ao limiar inferior


e inferior ao limiar máximo do GDH a que pertencem.

Doentes
normais

LI LM

177

177

Calculo do Financiamento

Como são financiados os episódios de GDH´s no


modelo contratual ?

(DOENTE EQUIV x ICM x preço base nacional)

178

178

89
Sistemas de Gestão Hospitalar

Modelo Contratual

Linha de produção Internamento

 Ao nível do internamento a produção é financiada por GDH´s


(médicos e cirúrgicos)

mas,

 GDH´s M/C por doente equivalente

179

179

Modelo Contratual

Enquadramento do Sistema

 Não existem doenças , mas doentes !

 Os episódios de doença podem variar de doente p/ doente

 A mesma patologia (mesmo GDH) pode manifestar-se nos


doentes de forma diferente, com reflexos nos tempos de
internamento.

 Logo o tempo de internamento é um requisito essencial na


determinação do GDH
180

180

90
Sistemas de Gestão Hospitalar

Modelo Contratual

Demora Média Internamento

 Para cada GDH é definido um tempo de internamento

 Os tempos de internamento estão previstos na Portaria


207/2017 de 11 julho

 Os dias de internamento são contados em dias completos de


24h

 Na contagem não é contabilizado o dia da alta

181

181

Modelo Contratual

Episódios normais (doente padrão)

Doentes cujo tempo de internamento é superior ao limiar inferior


e inferior ao limiar máximo do GDH a que pertencem.

Doentes
normais

LI LM

1 doente nesta situação é 1 doente padrão / doente pago 182

182

91
Sistemas de Gestão Hospitalar

Modelo Contratual

Episódios equivalentes (equivalem ao doente padrão)

Doentes cujo tempo de internamento sendo inferior ou igual ao


limiar inferior são convertidos em doentes padrão, ou que
ultrapassam o limiar máximo

Doentes equivalentes
Doentes equivalentes

LI LM

183

183

Modelo Contratual
Conclusão

i. Num episódio típico ou normal um doente saído corresponde


a um doente padrão.

ii. Num episódio de evolução prolongada um doente saído


corresponde a um doente padrão.

iii. Mas não assim nos episódios de curta duração em que para
os converter em episódios normais aplicam-se as seguintes
fórmulas de cálculo:

184

184

92
Sistemas de Gestão Hospitalar

Modelo Contratual

No CHUSJ um doente que esteja abaixo do limiar inferior


equivale a 0,98 doentes padrão

185

185

Modelo Contratual

Exemplo:
1000 doentes saídos (700 GDH cirúrgicos + 300 GDH médicos)

GDH Cirúrgico (400 doentes > L inf e < L máx)


(300 doentes < L inf)

GDH Médico (100 doentes > L inf e < L máx)


(200 doentes < L inf)

Total doentes: 1000


(500 doentes > L inf e < L máx) = 500 doentes padrão
(500 doentes < L inf) = 500 * 0,98 = 490 doentes padrão
Total doentes equivalentes: 990

186

186

93
Sistemas de Gestão Hospitalar

Calculo do Financiamento

Como são financiados os episódios de GDH´s


no modelo contratual ?

(doente equiv x ICM x preço base nacional)

187

187

Modelo Contratual

O Indice Case Mix é um outro elemento importante para a


avaliação da produção

O índice de case-mix (ICM) é o coeficiente global de


ponderação da produção que reflecte a relatividade de um
hospital face aos outros, em termos da complexidade da sua
casuística.

188

188

94
Sistemas de Gestão Hospitalar

Modelo Contratual
Tomemos este exemplo:

Hosp. A Hosp. B
Nº doentes Nº doentes
5 15
10 20
30 80
80 0
______ ______
125 doentes 115 doentes
51.250€ 95.725€

O Hosp A é + ou – eficiente que o Hosp. B ?

189

189

Modelo Contratual

O índice de case-mix (ICM) permite explicar porque motivo


o nível da despesa hospitalar não está apenas relacionada
com a quantidade de cuidados, mas essencialmente com a
severidade dos doentes tratados
1- menor

2- moderado

3- major

4-extremo
190

190

95
Sistemas de Gestão Hospitalar

Modelo Contratual

Exemplo:
GDH Peso Hosp. A Hosp. B
Relativo Nº doentes Nº doentes
1 4,5 5 15
71 0,3 10 40
161 1,2 30 60
373 0,5 80 0
______ ______
125 115

ICM A = (5 x 4,5) + (10 x 0,3) + (30 x 1,2) + (80 x 05) : 125 = 0,82
ICM B = (15 x 4,5) + (40 x 0,3) + (60 x 1,2) + 0 : 115 = 1,63

191

191

Modelo Contratual
Tomemos este exemplo:

Hosp. A Hosp. B
Nº doentes Nº doentes
5 15
10 20
30 80
80 0
______ ______
125 doentes 115 doentes
51.250€ 95.725€
0,82 ICM 1,63 ICM

O Hosp A c/ + doentes mas – complexos < despesa


O Hosp.B c/ - doentes mas + complexos > despesa

192

192

96
Sistemas de Gestão Hospitalar

Modelo Contratual

O índice de case-mix (ICM) permite entender que


hospitais/serviços com menor movimento assistencial,
possam apresentar custos de funcionamento mais elevados
sem que isso signifique ineficiência/desperdício

193

193

Calculo do Financiamento

Como são financiados os episódios de GDH´s no


modelo contratual ?

(doente equiv x ICM x PREÇO BASE NACIONAL)

194

194

97
Sistemas de Gestão Hospitalar

Modelo Contratual

O preço base nacional foi determinado em função dos custos


fixos e variáveis de um doente padrão.

O seu valor para 2023 é de 3.120 €.

195

195

Modelo contratual

Linha de produção Internamento

Conclusão

 Produto Final : Doente Normal


 Doente equivalente = Equivale ao doente normal < 1

 Portaria : Identificar GDH M/C


: Identificar o limiar inferior

196

196

98
Sistemas de Gestão Hospitalar

Modelo Contratual
Calculo do Financiamento

Internamento (GDHM/C) = Número de doentes equivalentes ×


preço nacional x ICM hosp

Cirurgia Ambulatório (GDHM/C) = Número de episódios de


GDH × preço nacional x ICM hosp

Hospital de Dia = Número de sessões × preço unitário sessão

Consulta Externa = Número de consultas médicas × preço do grupo

Urgência = Número urgências × preço do grupo


197

197

Modelo Contratual

Acompanhamento do Contrato Programa

198

198

99
Sistemas de Gestão Hospitalar

Modelo Contratual
Preços da Produção Normal, Marginal e Adicional

199

199

Modelo Contratual

Valor Contrato SNS Financiamento


Atividade %

Objetivos Desempenho
(Produção) 95%

Incentivos (Nac) 5%

200

200

100
Sistemas de Gestão Hospitalar

Avaliação dos indicadores de incentivo


(acesso / desempenho assistencial / desempenho económico)
(Incentivos 5 %)

Índice de Desempenho Individual


Cumprimento dos indicadores (de per si)

<50% o grau de cumprimento é = 0%


>50% até 120% o grau de cumprimento é = % resultado
>120% o grau de cumprimento é = 120%

201

201

1ª linha – Espera para consulta dentro do TMRG


(Objectivo de acesso)
(Incentivos 5 %)

Significado:
avaliar o cumprimento do TMRG em espera para consulta

Importância:
garantir realização consultas de acordo c/a prioridade clinica
(normal 120 dias; prioritário 60 dias; muito prioritária 30 dias)

202

202

101
Sistemas de Gestão Hospitalar

2ª linha - Consulta em tempo adequado


(Objectivo acesso)
(Incentivos 5 %)
Significado:
avaliar o cumprimento do TMRG em consulta

Importância:
garantir realização consultas de acordo c/a prioridade clinica
(normal 120 dias; prioritário 60 dias; muito prioritária 30 dias)

203

203

3ª linha – Espera para cirurgia em tempo adequado


(Objectivo acesso)
(Incentivos 5 %)
Significado:
avaliar o cumprimento do TMRG em espera p/cirurgia
Importância:
garantir a realização da cirurgia no tempo adequado
(180 dias normal, 60 dias prioritário; 15 dias muito prioritário, 3 dias urgente)

204

204

102
Sistemas de Gestão Hospitalar

4ª linha – Tratamento cirúrgico em tempo adequado


(Objectivo acesso)
(Incentivos 5 %)
Significado:
avaliar o cumprimento do TMRG p/cirurgia

Importância:
garantir a realização da cirurgia no tempo adequado
(180 dias normal, 60 dias prioritário; 15 dias muito prioritário, 3 dias urgente)

205

205

5ª linha – Percentagem episódios urgência


atendidos dentro do protocolo de triagem
(Objectivo acesso)
(Incentivos 5 %)
Significado:
avaliar o nº atendimentos urgência dentro do tempo definido no protocolo de triagem

Importância:
garantir a atendimento de urgência dentro do tempo adequado

206

206

103
Sistemas de Gestão Hospitalar

6ª linha – Percentagem doentes referenciados


para a RNCCI em tempo adequado
(objectivo acesso)
(Incentivos 5 %)
Significado:
avaliar a referenciação em tempo adequado (até 2 dias) no total de doentes
referenciados para a RNCCI

Importância:
garantir boa referenciação / diminuir o tempo de internamento hospitalar

207

207

7ª linha - Reinternamentos 30 dias


(Objectivo qualidade)

(Incentivos 5 %)
Significado:
avaliar o nº internamentos q/ocorrem n/30 dias após alta do anterior

Importância:
evitar altas precoces / diminuição artificial da DM

208

208

104
Sistemas de Gestão Hospitalar

8ª linha – Percentagem de cirurgias de ambulatório


para procedimentos tendencialmente ambulatorizaveis
(objectivo qualidade)
(Incentivos 5 %)
Significado:
avaliar a percentagem de cirurgias realizadas em ambulatório no total de cirurgias
com procedimentos ambulatorizaveis

Importância:
promover a ambulatorização de cuidados

209

209

9ª linha – Cirurgia da anca em 48 horas


(objectivo qualidade)

(Incentivos 5 %)
Significado:
avaliar o nº casos q/ ultrapassam este tempo de resposta em SU

Importância:
avaliar capacidade instalada do BOSU e impacto na rotina ORT

210

210

105
Sistemas de Gestão Hospitalar

10ª linha – Índice mortalidade ajustada


(objectivo qualidade)

(Incentivos 5 %)
Significado
avaliar a taxa de mortalidade no internamento do nível de risco de mortalidade

Importância:
medir o nº de óbitos no internamento do nível de risco num hospital, com o total de
internamentos do nível de risco

211

211

11ª linha – Índice demora média ajustada


(objectivo qualidade)

(Incentivos 5 %)
Significado
avaliar o número de dias p/ episódio de internamento

Importância:
avaliar impacto direto na produção (aumento nº doentes saídos)

212

212

106
Sistemas de Gestão Hospitalar

12ª linha – Demora média pré-operatória


(objectivo qualidade)

(Incentivos 5 %)
Significado
avaliar o número de dias de internamento pré-operatório

Importância:
medir o tempo de internamento antes da cirurgia

213

213

13ª linha – Gastos operacionais por doente


padrão
(objectivo eficiência)
(Incentivos 5 %)
Significado
quantifica o custo operacional ajustado pela complexidade do doente

Importância:
medir a eficiência na utilização de recursos no tratamento do doente

214

214

107
Sistemas de Gestão Hospitalar

14ª linha – Doente padrão por médico ETC


(objectivo eficiência)

(Incentivos 5 %)
Significado
avaliar o número de doentes padrão por médico a 35h semanais

Importância:
medir a produtividade por médico

215

215

15ª linha – Doente padrão por enfermeiro ETC


(objectivo eficiência)

(Incentivos 5 %)
Significado
avaliar o número de doentes padrão por enfermeiro a 35h semanais

Importância:
medir a produtividade por enfermeiro

216

216

108
Sistemas de Gestão Hospitalar

16ª linha – Percentagem dos gastos com HE, suplementos


e FSE (selecionados) no total de gastos com pessoal
(objectivo eficiência)
(Incentivos 5 %)
Significado
avaliar o total de custos com pessoal adicionais no total de custos com pessoal

Importância:
medir a adequabilidade dos custos base com recursos humanos e a necessidade de
recorrer a trabalho para além da remuneração base

217

217

Avaliação dos indicadores de incentivo


(acesso / desempenho assistencial / desempenho económico)
(Incentivos 5 %)

Índice de Desempenho Global


Cumprimento dos indicadores (no seu conjunto)

<65% do grau de cumprimento é 0% = 0€ de incentivos


>65% e 99,9% do grau de cumprimento = € proporcional à %
100% e 120% do grau de cumprimento = € proporcional à %
>120% do grau do cumprimento = € limite 120%

218

218

109
Sistemas de Gestão Hospitalar

Indicadores de incentivo
(Incentivos 5%)

219

219

Total Financiamento

220

220

110
Sistemas de Gestão Hospitalar

ISCAP
Gestão e Direção das Unidade de Saúde

Muito obrigado

João Logarinho Monteiro 221

221

111

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