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3º Problema - Lombalgia
Avaliação pediátrica
1. Observação
1. Anamnese
2. Inspeção
• Instabilidades ou assimetrias na anca e limitações nos 2 membros
• Alinhamento ósseo e deformidades articulares
• Distribuição de carga e simetria
• Pesquisar pele sensível, frágil
• Problemas vasomotores ao nível dos pés
• Tónus muscular
• Movimento simétrico diafragmático (paralisia do nervo frénico)
(Jornal de Pediatria)
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Além disso, os olhos são inspecionados para verificar se estão presentes os sinais
de Síndrome de Horner, especialmente na presença de paralisia total. Os quatro sinais
vistos na síndrome de Horner são ptose, miose, enophthalmos e anidrose na face
ipsilateral. Estes resultados são tomados como indicações de ferimento proximal
(geralmente avulsão) do tronco inferior.
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• Reflexo de Moro
A resposta global consiste em extensão e abdução seguidas de flexão e adução dos
4 membros. O estímulo é provocado pela perda de equilíbrio e consiste em puxar-se
bruscamente o lençol sob o recém-nascido ou quando a cabeça cai.
➢ 1° Mês: 4 segundos
➢ 6° Mês: 0,5 segundo.
Quando o bebé não adquire o reflexo de Moro ao nascimento, pode indicar uma
disfunção do SNC, e se persiste para além do período esperado, pode indicar um problema
sensório-motor, adiando o sentar voluntário, o controlo da cabeça e outros marcos
motores. A assimetria deste reflexo, tal como os outros, pode indicar uma lesão de um
lado do cérebro.
(Graef, 2007)
• Reflexo de Preensão
Consiste em estimular a região de emergência dos dedos (das mãos e dos pés) com
um bastão, ou com o dedo do examinador; observa-se a flexão de todos os dedos sobre o
dedo do examinador. Uma resposta negativa ao estímulo na palma da mão é altamente
indicativa de anomalia neurológica, especialmente espasticidade. (Graef, 2007)
• Reflexo de Sucção
Quando um objeto é colocado na boca do recém-nascido a estimulação labial irá
desencadear imediatamente a sucção. (Graef, 2007)
• Reflexo da Marcha
Segura-se o bebé pelas axilas e deixa-se a sola do pé tocar na cama/mesa. Observa-
se a flexão/extensão das pernas alternadamente, simulando o caminhar. (Graef, 2007)
• Reflexo cutâneo-plantar
Consiste em estimular a planta do pé em sua borda lateral. No recém-nascido o
reflexo deve ser em extensão. Se houver extensão do hálux, é um reflexo patológico
chamado sinal de Babinski. Quando o paciente já anda, o reflexo deve apresentar-se em
flexão. Entre estes períodos a resposta é variável (este espaço abrange desde o fim do
primeiro semestre até por volta de 12 meses). (Graef, 2007)
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• Reflexos profundos
Com o recém-nascido em decúbito ventral, com cabeça centrada, faz-se um
estímulo paravertebral de cima para baixo e como resposta espera-se uma flexão lateral
do tronco no lado estimulado, deve ser feita bilateralmente. Difícil de serem avaliados
nos recém-nascido, pois deve haver um relaxamento muscular, assim como no adulto.
Muitas vezes há ausência de reflexos. Nesta fase deve se dar mais valor a uma assimetria.
(Graef, 2007)
5. Avaliação muscular
A avaliação dos músculos permite determinar o potencial para futuras
deformidades e avaliar o desequilíbrio muscular em cada articulação (Resegue &
Wechsler).
O teste muscular só pode ser feito por volta dos 4/5 anos e quando mais velho,
maior a fiabilidade (Resegue & Wechsler).
Enquanto a criança não atinge esta idade, a habilidade e criatividade são pré-
requisitos para fazer teste muscular. A modificação dos procedimentos pode ser feita até
que a criança responda aos comandos verbais e possa fazê-lo com resistência. Como tal,
há várias vantagens na utilização da escala do movimento ativo, que pode ser usada nos
movimentos normais da criança em vez de em movimentos feitos por comandos do
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fisioterapeuta. As alterações nos movimentos devem ser registadas e usadas como uma
ferramenta de avaliação.
6. Avaliação da sensibilidade
Não é possível fazer todo o teste de sensibilidade até que a criança tenha adquirido
habilidades de cognição e linguagem para responder aos testes.
Esta avaliação deve-se utilizar um alfinete ou objeto pontiagudo que deve ser
conduzido pelas áreas dos dermátomos até que se observe alguma reação dolorosa
(expressões faciais: fecho dos olhos, caretas, choro. Se durante a sucção, na alimentação,
sente o alfinete, o bebé para a atividade de sucçar ou retira a parte envolvida).
7. Avaliação da dor
As principais variáveis comportamentais analisadas no contexto da dor são o
choro, a atividade motora e a expressão facial.
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(Jornal de Pediatria)
8. Avaliação Funcional
Inicialmente deve-se avaliar quais as posições, as posturas e os movimentos que
o bebé consegue adquirir. Nesta avaliação pretende-se determinar o que a criança
consegue ou não fazer, a qualidade da ação e as suas limitações.
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Para uma melhor graduação da evolução das capacidades do bebé, podem usar-
se:
9. Escalas
• Peabody Developmental Motor Scale (Escala PDMS)
Esta escala tem como objetivos: identificar recém-nascidos com atraso no
desenvolvimento motor; avaliar o desenvolvimento motor em resposta à intervenção
assim como identificar estratégias de intervenção e pode ser aplicada em crianças até os
5 anos de idade. Através desta é possível medir as habilidades motoras grossas (reflexos,
equilíbrio, atividades estáticas, locomoção) e habilidades motoras finas (pressão, uso da
mão, coordenação olho-mão e destreza manual). (Vieira, Ribeiro, & Formiga, 2009)
Referências Bibliográficas:
Graef, J. (2007). Manual Of Pediatric Therapeutics.
Jornal de Pediatria. (s.d.). Avaliação da Dor e Tratamento.
Jornal de Pediatria. (s.d.). Importância da avaliação dos MG espontâneos.
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