Você está na página 1de 5

Refere-se ao Art.

de mesmo nome, V(1/2), 17-22, 1995 OPlNIAO


Rev. Bras. Cresc. / ATIJALJCZAÇÃO
Des. Hum. S. Paulo, V(1/2), 1995
OPINlON / CURIRENT COMENTS

O NEONATO PRÉ-TERMO NO BERÇÁRIO DE CUIDADOS


ESPECIAIS: PROPOSTA DE INTERVENÇÃO, RESPEITANDO SUA
INDIVIDUALIDADE, SUAS FRAGILIDADES E SUAS FORÇAS

THE PRETERM NEWBORN BABY IN THE NEONATAL


INTENSIVE CARE UNIT: A PROPOSAL FOR INTERVENTION,
RESPECTING ITS INDIVIDUALITY, ITS FRAILTIES AND ITS
STRENGHTS
1
Pessia Grywac Meyerhof

MEYERHOF, P. G. O Neonato Pré-termo no Berçário de Cuidados Especiais: Proposta de


Intervenção, Respeitando sua Individualidade, suas Fragilidades e suas Forças. Re~. Bras.
Cresc. Desem~. HUm., 5~ão Paulo, 5 (1/2), 1995.

Resumo: Focalizando como observar os sinais comportamentais e a individualidade de cada


recémnascido pré-termo, a autora propõe modificações no bercário de cuidados especiais em
relação ao ambiente fisico, ao cuidado diário do neonato e à orientação de pais do bebê. Estas
modificações parecem ter influência no tempo de permanência do neonato dentro do berçário.

Palavras-chave: neonato pré-termo, berçário de cuidados especiais, tempo de permanência,


intervenção.

Summary: Focusing on how to observe behavioural signs and on the individuality of each
preterm newborn baby, this paper describes changes in Neonatal Intensive Care Units (NICUs)
in relation to the surroundings, to the daily care of the newborn and to parent counselling
about the baby. These changes seem to influence the length of time the baby stays in the NICU.

Key-words: Pretern newborn babies, Neonatal Intensive Care Unit (NICU), period of
permanence in the NICU, intervention.

O meu interesse por recém-nascidos pré- padrões primitivos (que deveriam ter desapareci-
termo advém de há muito tempo. Sou terapeuta do), podendo causar aumento de tônus, para con-
ocupacional e há 28 anos trabalho com crianças seguir alguma função. Por exemplo, a criança
portadoras de paralisia cerebral e atualmente de poderia chegar aos 2 anos de idade e continuar
bebês com lesões centrais, através do método utilizando o reflexo tônico cervical assimétrico (re-
neuro-evolutivo-BOBATH (1969, 1975). flexo este que deveria ter sido integrado ao redor
No início da minha carreira recebíamos dos 3 meses de idade), para tentar alcançar algum
bebês com mais de 24 meses de idade e verificá- objeto. Esta atitude poderia impedir total ou par-
vamos que quando a criança tinha uma lesão cen- cialmente a aquisição das etapas subseqüentes do
tral leve, ela adquiria a maioria das aquisições desenvolvimento como a simetria dos membros
sensório-motoras básicas à custa de fixações de superiores e consequentemente dificultaria que o

1 Terapeuta Ocupacional.Mestre em Psicologia.Doutoranda em Psicologia Experimental pela Universidade de São Paulo. Trei-
nada na Utilização da Escala de Avaliação do Comportamento do Neonato do Brazelton em Boston. Aprovada pela ABRADIMINE
para ser Instrutora em Terapia ()cupacional no curso de Tratamento Neuroevolutivo - Bobath e no “Babv Course’ . Conselheira
técnica do Lar Escola São Francisco. Membro do Setor do Desenvolvimento Humano da Disciplina de Pediatria e Neonatologia
da Escola Paulista de Medicima. Diretora Clínica da Reabilitação Especializada. End: Av. dos Carinás, 85. São Paulo-SP.
CEIP 04086-010 - Fone: 542-5586. Fax: 241 -3032.

–24 –
Refere-se ao Art. de mesmo nome, V(1/2), 17-22, 1995 Rev. Bras. Cresc. Des. Hum. S. Paulo, V(1/2), 1995

bebê levasse o objeto à boca, dessensibilizando a mente em cinco subsistemas, que parmitem a ob-
região oral. Esta criança não apenas poderia ter servação e a identificação de onde se encontra o
se fixado do ponto de vista motor, como poderia limiar daquele bebê em relação ao stress, aumen-
ter adquirido grandes vícios sensório-motores, to da capacidade de auto-regulação e auto dife-
que, provavelmente, causariam lacunas no desen- renciação entre os subsistemas. O sistema autô-
volvimento perceptivo, cognitivo e na comunica- nomo onde são observados a respiração, cor da
ção, resultando numa defasagem maior ou menor pele, sinais viscerais, o regurgitar e soluços; o sis-
em cada área. Verificou-se que quanto mais tar- tema motor, observando-se postura, o tônus mus-
diamente uma criança com lesão central era en- cular e os movimentos, sistema de organização
caminhada para um programa de reabilitação (te- dos estados, observando se a variação dos esta-
rapia ocupacional, fisioterapia, fonoaudiologia e dos comportamentais desde o estado de sono pro-
outros tratamentos que se fizessem necessários), fundo passando para o estado de alerta, variação
mais difícil era inibir os padrões patológicos já esta manifestada através da definição clara de cada
instalados, dificultando a facilitação de padrões estado; o sistema de atencão e interação observá-
motores normais. vel na capacidade de o bebê permanecer no esta-
Como várias crianças que nos eram enca- do de alerta, usando este estado para apreender
minhadas eram portadoras de lesão central (por informações cognitivas, sociais e emocionais e o
problemas pré, peri ou pós-natal), além de serem meio e eliciar e modificar estes inputs que advêm
pré-termo, resolvemos observar os recém-nasci- do meio em que vive; e finalmente o sistema re-
dos que se encontravam em berçários de cuida- gulador que é observável pelas estratégias que o
dos especiais e verificar se poderíamos atuar na- neonato utiliza para manter uma integração equi-
quele nível com a finalidade de habilitar o neonato librada, relativamente estável e relaxada dos
e não apenas reabilitá-lo. subsistemas.
Estudando as origens das causas das fixa- A diferenciação de cada subsistema pode
ções patológicas, (BOBATH, 1969), e observan- desequilibrar temporariamente outros subsistemas
do o neonato normal, verifiquei que mamuseando que, se não resolvida de forma adequada, pode
o neonato ao nascer, respeitando suas habilida- forçar uma consolidação distorcida de qualquer
des e apenas intervindo quando se fizesse neces- destes.
sário, o neonato poderia, talvez, ter uma qualida- A organização síncrono-ativa do desenvol-
de de vida melhor, e se possuidor de uma lesão vimento estabelece uma aproximação da mãe e
central (que pudesse ou não ter uma regressão es- do terapeuta, de modo a identificar, individual-
pontânea), a intervenção não acarreta nenhum mente, as oportunidades disponíveis do neonato
dano para o bebê. em busca de uma ótima diferenciação e ajusta-
Após ter feito um levantamento bibliográ- mento de cada subsistema, facilitando a reinte-
fico (MEYERHOF, 1994) observei recém-nascdos gração dos mesmos de forma harmônica, sem so-
a termo e pré-termo em berçários de cuidados es- brecarregar e sem exigir em demasia do neonato.
peciais. Baseada nas pesquisas BRAZELTON BRAZELTON (1982) mostra que há uma
(1982) e de ALS et al. além da escala de Avalia- relação entre o controle dos estados comportamen-
ção do Comportamento Neonatal de BRA- tais do neonato e a capacidade de auto-regulação
ZELTON (1984), que mostra que o neonato a ter- do bebê. O neonato aprende desde o seu nasci-
mo tem, geralmente, a melhor performance e mento a manipular reações psicofisiológicas in-
interação com o mal quando está no estado de ternas e a controlar uma hiperestimulação exter-
alerta, procurei identificar os seis estados com- na. Por exemplo, o neonato a termo consegue se
portamentais (dois de sono e quatro de vigília), habituar a sons fortes contínuos respondendo ini-
descritas pelo autor. Estes estados comportamen- cialmente com reação de choro e, posteriormen-
tais são associados à capacidade que o neonato a te, diminuindo estas reações globais podendo até
termo possui, de controlar o nível de estimulação chegar a inibi-las.
e dependem de variáveis fisiológicos como fome, ALS et al. (1982), na avaliação do neonato
nutnção, grau de desidratação e período do ciclo pré-termo, descrevem comportamentos de auto-
de sono e vigília do bebê. regulação desse bebê: os comportamentos de apro-
ALS (1986) descreve o modelo sincrono- ximação, que geralmente indicam que o neonato
ativo do desenvolvimento desde a fecundação até está recebendo uma quantidade de estimulação e
o nascimento do bebê, delineando caminhos para interacão adequada, convidando o terapeuta a
observar o funcionamento cerebral (e possíveis atuar e interagir com ele, e, os comportamentos
alterações do sistema nervoso central) através da de retraimento, que indicam que o neonato está
observação do comportamento do neonato a olho muito estressado e as estimulações excessivas de-
nú. O modelo síncrono-ativo é dividido didatica- veriam ser gradativamente retiradas.

–25 –
Refere-se ao Art. de mesmo nome, V(1/2), 17-22, 1995 Rev. Bras. Cresc. Des. Hum. S. Paulo, V(1/2), 1995

Estes comportamentos de aproximação e O neonato sabe também se defender, caso


retraimento podem ser verdadeiras dicas para ele não obtenha auxilio no momento necessário.
orientar o terapeuta ou o adulto quando é neces- Ele não é tão frágil como se pensa. Quando a luz
sário intervir ou não para que ele possa se organi- for demasiada, o bebê poderá apenas fechar seus
zar de forma mais adequada. Uma mímica facial olhos e conseguirá se organizar ou poderá dormir
muito intensa pode comunicar que ele está com profundamente (também se organizando) ou cho-
uma dor física talvez, ou algo desagradável o está rar intensamente até obter alguma ajuda (que seja
atrapalhando... poderia ser muita luz? Por vezes mudado de posição, e que a luz seja retirada).
não é apenas a mímica facial mas a postura do Através da fixação visual em algum objeto
corpo como um todo que expressa o que está im- ou mesmo na sua própria mão (que poderá estar
pedindo que o neonato se sinta mais organizado. aberta e depois fechada), o bebê se auto-estimu-
Ele poderia estar pedindo ajuda... será que cobrin- la, organiza-se e depois pode se cansar e dormir.
do a incubadora para diminuir a intensidade de Portanto ele nem sempre precisa de ajuda externa
luz que incide sobre ele ajudaria? para ser estimulado adequadamente. Ele mesmo
Ao ser pesado na balança de prato, onde o consegue graduar a quantidade e qualidade de
neonato é colocado nu, em decúbito dorsal, sobre estimulo necessário para ele mesmo.
uma superficie dura, fria, e instável... o compor- Para registrar isto, a observação do bebe é
tamento motor do bebê geralmente, arqueando o fundamental, anotando sua evolução, verifican-
corpo e, inúmeras vezes, chorando intensamente, do se a intervenção se faz realmente necessária.
parece comunicar ao adulto que a situação é de Outro comportamento de aproximação é
retraimento... será que a pesagem poderia ser fei- quando o neonato permanece em estado de aler-
ta de outra forma? Colocando-o na balança em ta. Pode-se tentar conversar com ele. Ele poderá
decúbito ventral, de tal forma que ele consiga in- estender a língua, ou colocar as mãos no rosto
clusive colocar sua mão à boca, não seria uma indicando que está compartilhando com o que
situação menos estressante? acontece. Poderá até procurar com os olhos a fonte
Ao ser alimentado, no peito ou na mama- sonora, mas... este diálogo poderá ser interrompi-
deira, ou mesmo pela sonda, ele pode estender seu do caso repentinamente ele perca o tônus, dando
braço e espalmar sua mão, pedindo que pare... que sinais de cansaço.
lhe seja dado um tempo para que ele possa se reorga- Estes sinais de aproximação e retraimento
nizar e assimilar o alimento de forma mais adequada. são os que guiam o adulto antes, durante e após a
Outros sinais de retraimento podem ser: intervenção com o neonato. O terapeuta poderá
perda de tônus, bocejar, regurgitar, soluçar, sus- ser o intermediário para ajudar os pais a interpre-
pirar, desviar o olhar, franzir a testa... enfim si- tarem os sinais de seus filhos, auxiliando na co-
nais muito semelhantes aos do adulto, e portanto municação e no desenvolvimento global do
facilmente perceptíveis, mas nem sempre enten- neonato e da família.
didos e atendidos. A tese de doutoramento que estou desen-
Os sinais de aproximação também são inú- volvendo no Berçário de Cuidados Especiais do
meros. O neonato mostra claramente quando está Hospital São Paulo tem como objetivo verificar
organizado e pronto para interagir com o meio. se modificações no ambiente físico do berçário,
Colocar a mão (punho ou dedo) na boca provo- na rotina e na manipulação do neonato pré-termo
cando sucção não nutritiva é uma das coisas que e na orientação aos pais interferem no tempo de
o bebê mais gosta de fazer. Se ele estiver todo permanência do mesmo dentro do berçario atra-
embrulhado, como em um canudo, ele não pode- vés de ganho de peso mais rápido, na diminuição
rá se mexer. Como pode se acalmar ou levar a de intercorrências e na passagem da alimentação
mão à boca? por sonda para via oral num periodo menor de
Outro sinal de aproximação pode ser ob- tempo.
servando quando o neonato está deitado de lado, Estes neonatos são seguidas no ambulató-
dormindo ou em estado de alerta, com as mãos rio por uma equipe multidisciplinar, e além de
juntas e os pés um sobre o outro, mantendo uma avalições específicas de cada área é avaliada a
respiração regular. Nesta situação é importante qualidade de vida dos mesmos.
observar se ele precisa de outros estímulos exter- Foram observados recém-nascidos
nos (além dos que já estiver recebendo). Caso seja prétermo, com peso de nascimento menor ou igual
necessário auscultar o neonato naquele momen- a 2.500 gramas, com idade gestacional menor do
to, (ele todo aconchegado inclusive fazendo que 37 semanas sem problemas genéticos e/ou
preensão sobre a fralda), verificar a possibilidade congênitos.
de se manipular o próximo bebê, deixando este No ambiente físico foi modificada a dis-
bebê descansar um pouco mais. posição espacial, para que Louves.,.: espaço sufi-

–26 –
Refere-se ao Art. de mesmo nome, V(1/2), 17-22, 1995 Rev. Bras. Cresc. Des. Hum. S. Paulo, V(1/2), 1995

ciente, permitindo aos adultos que circulassem mãe ou sobre o bico da mamadeira, propiciando
sem esbarrar nos berços e incubadoras. Em rela- a estimulação adequada dos órgãos fono-
ção ao ruido, foi pedido que o adulto diminuísse articulatórios.
o volume da voz, o volume do rádio, além de As intervenções supracitadas foram adap-
modificar a maneira de fechar a portinhola da in- tadas às necessidades de cada neonato, após ob-
cubadora. Em relação a iluminação, foi colocado servação dos mesmos.
um abajour à noite que substituisse a iluminação Os pais começaram a ter livre acesso ao
intensa do berçario tentando enfatizar a diferença berçario entre 9:00 horas e 21:00 horas. Eram es-
entre o dia e a noite. Foram cobertas as incubado- timulados a participarem ativamente dos cuida-
ras durante o dia propiciando que o bebê ficasse dos dos seus bebês, além de alimentá-los. A pre-
em estado de alerta por mais tempo. Cada berço sença dos mesmos aumentou, e eles começaram
ou incubadora tinha um crachá indicando o nome a observar os estados comportamentais de seus
do neonato além do número, personalizando o filhos além de entender os sinais que eles emi-
bebê desde que nascia. Foram colocados quadros tiam. Eles começavam a brincar com seus filhos,
e cartazes nas paredes, mostrando aos pais como diminuindo a preocupação e o stress entre eles.
amamentar, banhar, carregar e brincar com seus Na alta pareciam mais confiantes e mais conten-
filhos... enfim o Berçário de Cuidados Especiais tes de levarem seus filhos para casa. A presença
foi, paulatinamente, transformando-se em Berçá- dos pais era maior depois que foi permitido o li-
rio de Desenvolvimento e não apenas um lugar vre acesso ao berçaário.
para salvar vidas. Alguns resultados foram analisados, esta-
Em relação ao manuseio direto com o tisticamente: comparado a média de dias de inter-
neonato foram introduzidas modificações nas rou- nação dos neonatos que não foram submetidos às
pas e na maneira de vestir o bebê. As mães eram modificações supracitadas (grupo controle) com os
incentivadas a trazerem roupas de casa, de tal for- neonatos durante e pós-modificações (grupo expe-
ma que as mãos do bebê ficassem para fora, per- rimental), em relação ao peso de nascimento.
mitindo que ele as colocasse na boca e as chupas-
se para se organizar melhor. Eram incentivadas, Gráfico 1
também, a trazerem fitas para colocar na cabeça Comparação entre a média do número de dias de
dos bebês do sexo feminino para propiciar um as- internação do grupo experimental (34,13 dias) e
pecto mais gracioso. A enfermagem foi orientada do grupo controle (27,22 dias) com o peso de nas-
para trocar o bebê manuseando-o o mínimo pos- cimento (p < 0,05)
sível, respeitando o seu estado comportamental e
seus movimentos. O banho, geralmente uma si-
tuação em que o neonato chorava muito, foi mo-
dificado, iniciando-o de barriga para baixo, desta
forma inibindo o reflexo de choro, passando pos-
teriormente para a posição de barriga para cima,
e lavando-o devagar. O bebê parecia participar me-
lhor durante o banho, e geralmente não chorava.
Ao ser colocado na balança de barriga para baixo
de tal forma que pudesse sugar sua mão, o neonato
movimentava-se menos: a situação que outrora
era de choro intenso passou a ser uma situação
praticamente sem choro e aparentemente mais
agradável. As mudanças de decúbitos dos neona-
tos e a manutenção de cada postura através de
anteparos feitos com cueiros enrolados, permitiam Trata-se de um levantamento preliminar de
que os bebês se auto-organizassem mais rapida- dados da pesquisa, que deverá ser concluída ate o
mente, aconchegando-se nos anteparos. final do ano de 1996. Por ora, os resultados pare-
A sucção não nutritiva foi estimulada a cem muito promissores. Como a intervenção não
partir do decúbito lateral, posição que permitia é onerosa, introduzindo apenas mudança de ati-
que o bebê levasse sua mão à boca, até a adapta- tude, além de aprendizagem da observação dos
ção de chupetas. A alimentação via sonda foi fei- comportamentos do neonato, é provável que este
ta estimulando a sucção não nutritiva e o posicio- tipo de intervenção seja desenvolvida favorecen-
namento do neonato durante a alimentação via do que o neonato permaneça menos tempo no
oral, foi cuidadosamente modificada, facilitando berçário de cuidados especiais, que a manipula-
o vedamento dos lábios do bebê sobre o peito da ção do bebé seja efetuada quando ele está mais

–27 –
Refere-se ao Art. de mesmo nome, V(1/2), 17-22, 1995 Rev. Bras. Cresc. Des. Hum. S. Paulo, V(1/2), 1995

disponível e orgaruzado e que os pais estejam mais casa, pois, aprenderam a manipulá-lo e a enten-
preparados para receberem seu filho dentro de der seus sinais quando ainda estava internado.

BIBLIOGRAFIA BOBATH, B. Motor development of diferent


types of cerebral palsy. London, Spastics
ALS, H.; LESTER, B. M.; TRONICK, E.; Intenational Med. Pub. William Heinemann
BRAZELTON, T. B. Towards a research Med. Books Ldt., 1975.
instrument for assessment of preterm infant BRAZELTON, T. B. Early intervention. In:
behaviour (APIB) and the manual for the FRITZGERALD, H. E.; LESTER, B. M.;
assessment of preterm infant behaviour. In: YOGMAN, M. W. eds. Theory and research
FRITZGERALD H, E; LESTER B. M: YOG- in behavioural pediatrics. V. 1, New York,
MAN, M. W. eds. Theory and research in Plenum Press, 1982.
behavioural pediatrics. New York, Plenum BRAZELTON. T . B. Neonataal behavioural
Press, 1982. assessment scale. Clinics in developmental
ALS, H. A synactive model of neonatal behaviour medicine. Philadelphia, J. S. B. Lippincott,
organization - a framework for assessment of 1984.
neurobehavioural development in the pre- MEYERHOF, P. G. O neonato de risco - proposta
mature infant and for support of infants and de intervenção no ambiente e no desenvolvi-
parents in the neonatal intensive care envi- mento. In: KUDO, A. M.; MARCONDES, E.;
roment. Physical and Ocupational Therapy in LINS, L.; MORIYAMA, L. T. I.; GUIMA-
Paediatrics, 6(3), 1986. RÃES, M. L.; JULIANI R.; PIERRI, S. A. eds.
BOBATH, B. The very early treatment of cere- Fisioterapia, fonoaudiologia e terapia
bral palsy. Dev. Med. Child. Neurol., 9(4), ocupacional em pediatria. São Paulo, Savier,
1969. 1994.
BOBATH, B. Abnormal postural reflex activities
cause by brain lesion. London, William recebido em: 30/05/96
Heinemann Med. Books Ltd.,1971. aprovado em: 30/08/96

–28 –

Você também pode gostar