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Resumos para o teste de PDCA

Neuroplasticidade:
 Tem a ver com a ideia de que o sistema nervoso, aos níveis celular, metabólico ou
anatómico, se modificar através da experiência.
 Esta capacidade varia ao longo do tempo, sabendo-se que é tanto maior quanto mais
nova a criança.
 Para além da fase da vida, a qualidade do ambiente em que a criança vive a
disponibilidade das experiencias adequadas nos momentos certos do
desenvolvimento, podem ser cruciais na determinação da força ou fraqueza da função
e estruturas cerebrais.
Os primeiros 1001 dias:
 Os primeiros dois anos de vida de uma criança constituem um período de sensibilidade
excecional às influências ambientais, designado como período crítico/sensível
 Representa uma verdadeira janela de oportunidade para “aprender” e assume um
papel determinante na modelagem da estrutura e função do cérebro.
 Etapa maturacional durante a qual algumas experiencias cruciais terão o seu máximo
efeito no desenvolvimento/aprendizagem de determinada competência/
comportamento.
 O processo de criação de laços entre a criança e a família é facilitado com base em
interações carinhosas, estimulantes e consistentes.
 Este processo de ligação- vinculação segura com os adultos próximos, geralmente os
pais- leva ao desenvolvimento de empatia, confiança e bem-estar.
 Um ambiente empobrecido, negligente ou abusivo pode originar dificuldades no
desenvolvimento da empatia, na aprendizagem da regulação das emoções ou no
desenvolvimento de competências sociais.
 Risco aumentado de problemas de saúde mental, dificuldades relacionais,
comportamento antissocial e agressividade.

O desenvolvimento da criança
O desenvolvimento de uma criança acontece por meio de um processo complexo, dinâmico e
auto-organizado:
 Impulsionada pela maturação do sistema nervoso central
 Experiência dependente
 Sempre relacional (o desenvolvimento assenta na qualidade das relações)
 Caracterizado por momentos previsíveis e periódicos de desorganização
(Touchpoints)
 Tem uma trajetória única e individual devido à biologia, família, cultura e histórico

Modelo Touchpoints

 Touchpoints- são períodos previsíveis de desorganização durante o


desenvolvimento da criança em que a criança parece que esta a regredir, mas
está apenas a preparar-se para avançar para uma nova etapa do
desenvolvimento.
 O modelo Touchpoints é um modelo sistémico de desenvolvimento infantil,
perspetivado em torno de momentos-chave ou pontos de referência, no qual se
enfatiza a prevenção através de cuidados antecipatórios e da construção de
relações de parceria entre pais e profissionais.
 Os Touchpoints apelam ao conhecimento do desenvolvimento infantil, ao
respeito pelas diferenças de cada criança e de cada família e veio trazer
implicações em áreas como a Medicina e a Educação.
 Esta teoria desenvolvida por T. Berry Brazelton tinha o objetivo de investigar
quer as características comuns, quer a variabilidade do comportamento neonatal.
 Através da sua experiência enquanto profissional de saúde, Brazelton
compreendeu que grande parte do tempo das consultas era dedicado às
inquietações dos pais em relação ao desenvolvimento dos filhos.
 “Os Touchpoints são fases previsíveis que ocorrem precisamente antes de um
surto de crescimento rápido em qualquer linha do desenvolvimento- cognitivo,
motor ou emocional- em que, durante um breve espaço de tempo, se verifica
uma alteração no comportamento da criança” (Brazelton)
 Estas fases conduzem frequentemente a regressões em diversas áreas (que
antecedem o surto de crescimento rápido), sendo difícil para os pais
compreender e lidar com estes momentos de tensão.
 Este modelo aponta para uma mudança de atitude, baseada no paradigma
relacional em conjunto com o desenvolvimental.
 Cada Touchpoints constitui uma oportunidade para o profissional se unir aos pais,
constituindo uma aliança de suporte, acreditando que esta colaboração é
fundamental para a criação de cuidados antecipatórios, que ajudarão a criança.
Assim, os Touchpoints olham a criança e a família inteiras.
 Este modelo é construído com base nos dados empíricos à disposição em cada
momento e com base na perspetiva bioecológica transacional do
desenvolvimento.
Mudança de Paradigma
Teoria dos sistemas
 Um modelo de sistemas é uma maneira valiosa de pensar no nosso papel.
 A teoria dos sistemas assume que cada membro do sistema está em equilíbrio com os
outros membros.
 Se houver um “agente stressor” no sistema, cada membro deve ajustar-se ao stress.
 Como resultado, o stress torna-se uma oportunidade de aprendizagem.
 Se um profissional deseja que o sistema aprenda a ter sucesso, deve tornar-se um
membro igual do sistema.
 Como membro, o profissional deve aprender a valorizar a cultura, religião e etnia.
 Inicialmente, o profissional pode observar o comportamento do bebé com a escala
NBAS (Neonatal Behaviral Assessment Scale).
 O ciclo onde a criança se esforça para ter sucesso, juntamente com os esforços dos
pais alimentam os processos de desenvolvimento do SNC.

Escala NBAS
 Enquadramento conceptual
 A NBAS assume que o recém-nascido é um organismo social, predisposto a
interagir com o seu cuidador desde o inicio e capaz de obter o cuidado
necessário para a sua sobrevivência e adaptação
 A NBAS fornece um catálogo de competências do recém-nascido e ao longo
das primeiras quatro semanas de vida, permitindo-nos ver como os
comportamentos discretos do bebé são integrados em padrões coerentes de
comportamento.
 Permite-nos identificar qual o papel que o cuidador pode desempenhar para
facilitar a adaptação e o desenvolvimento do bebé.
 O objetivo da NBAS era identificar e descrever as diferenças individuais na
adaptação comportamental neonatal.
 A NBAS pode ser descrita como uma escala de avaliação
neurocomportamental, projetada para descrever as respostas dos recém-
nascidos ao seu novo ambiente e documentar a contribuição dele para o
desenvolvimento do relacionamento entre pais e filhos.
 A escala estende-se desde o nascimento até ao final dos 2 meses de vida, e
destina-se a descrever a adaptação e o desenvolvimento do bebé,
especificamente a capacidade de autorregulação.
 A escala possui 53 itens e 4 domínios do funcionamento
neurocomportamental:
 Regulação autonómica/fisiológica: os ajustes homeostáticos do SNC do
bebé, refletidos na mudança de cor, tremores e sustos;
 Organização motora: a qualidade do movimento e do tónus, o nível de
atividade e o nível de movimentos motores integrados;
 Organização e regulação do estado: excitação infantil e labilidade do
estado e a capacidade do bebé de regular o seu estado diante de
níveis crescentes de estimulação;

 Atenção/interação social: a capacidade de atender a estímulos visuais


e auditivos e a qualidade do estado de alerta geral.

Os Touchpoints como períodos sensíveis do desenvolvimento infantil


 Os Touchpoints são períodos durante os quais as explosões de desenvolvimento
podem resultar em disrupção no sistema familiar.
 A sucessão de Touchpoints no desenvolvimento é como um mapa desenvolvimental
do que pode ser identificado e antecipado pelos pais e cuidadores.
Touchpoints
 Touchpoint 1. Gravidez: “o bebé ideal”
o No período pré-natal os pais preparam-se física e psicologicamente para a
paternidade;
o Surge o chamado “bebé imaginado” (criança idealizada) que faz com que
os pais se comprometam emocionalmente com o bebé;
o Surge também a “mãe/pai imaginado”, associado à imaginação do casal
daquilo que serão enquanto futuros pais;
o Intensificam-se as relações com os próprios pais e pessoas com filhos.
 Touchpoint 2. Recém-nascido: “o bebé real”
o A principal preocupação dos pais prende-se com a saúde do bebé;
o Há a preocupação com as características especificas do bebé;
o Os pais começam a substituir o bebé imaginado pelo bebé real;
o Surgem os primeiros laços afetivos e emocionais, criados pelo tempo que
passam juntos.
 Touchpoint 3 e 4. 1-3 semanas: “Identificação do choro” e “Poço de energia”
o Dá-se um período de exaustão parental e vulnerabilidade onde os pais se
estão a adaptar às novas rotinas e às constantes necessidades do bebé;
o O comportamento e temperamento começa a tornar-se mais visível.
 Touchpoint 5. 6-8 semanas: “o bebé gratificante”
o O bebé começa a tornar-se mais sociável e cresce a capacidade de
estabelecer relações com o mundo, permitindo aos pais interagir com ele;
o Aumenta a autoconfiança dos pais, onde se dá um maior ajustamento ao
papel parental;
o Os pais regressam ao mundo exterior e restabelecem as suas rotinas.
 Touchpoint 6. 4 meses: “Olhando para fora”
o O bebé começa a direcionar o seu interesse para o mundo exterior, os
pais possuem mais oportunidades para interagir com ele;
o Formam-se laços emocionais mais fortes, com padrões de interação mais
definidos (construção da previsibilidade quanto à disponibilidade da figura
cuidadora).
 Touchpoint 7. 7 meses: “Levantado de noite”
o A excitação do bebé em explorar o mundo estende-se ao tempo de sono;
o As capacidades motoras do bebé trazem-lhe um maior controlo sobre o
ambiente e um momento propicio para o desenvolvimento cognitivo
(exploração ativa do meio);
o Devido ao crescente controlo do tronco e a compreensão de que os
objetos têm uma existência separada das suas perceções sensoriais,
desperta o interesse pela manipulação e características dos objetos.
 Touchpoint 8. 9 meses: “O dedo espetado”
o O bebé começa a gatinhar, trepar e alcançar os lugares;
o O bebé fica mais consciente das consequências do seu comportamento
(reação dos pais), começando a explorar o proibido;
o Surgem as noções da permanência do objeto e das pessoas.
 Touchpoint 9. 12 meses: “o andar”
o A capacidade de explorar o mundo é apoiada pela segurança das relações
(base segura- sistema de exploração e porto de abrigo- vinculação);
o O andar é uma conquista cheia de significado para os pais e excitação para
a criança;
o Os próximos meses estão repletos de explorações e descobertas, mas com
períodos de irritabilidade, pois com a capacidade de comunicação do
bebé, este começa a exigir aos pais.
 Touchpoint 10. 15 meses: “o trepador”
o O surto de desenvolvimento físico e intelectual exige à criança que
exercite as suas capacidades, e cabe aos pais o encorajamento da
autonomia, mas impondo limites;
o A criança interessa-se pela brincadeira e pelo efeito que esta tem nos
outros;
o A motricidade fina e outras capacidades motoras aprimoram-se;
o A criança pode usar algumas palavras, mas a sua compreensão ainda se
sobrepõe à sua capacidade de expressão;
o Surge uma ansiedade de separação, pois à medida que a criança explora,
descobre que está entregue a si própria e quer ter a certeza de que os pais
estão presentes caso precise deles.
 Touchpoint 11. 18 meses: “Rebelde com uma causa”
o A capacidade para pensar muda do “aqui e agora” para o simbólico,
repercutindo na linguagem, brincadeiras e pensamento;
o A criança desenvolve uma “noção do eu” mais clara e exercita as suas
capacidades intelectuais, desafiando os limites.
 Touchpoint 12. 2 anos “Chega o não”
o O controlo motor é mais confiante, reflexo de uma melhor competência
motora e de um eu mais forte;
o Surge um culminar da descoberta recente de capacidades físicas,
cognitivas e sociais; os pais são confrontados com uma personalidade que
considera as suas prioridades superiores às deles;
o A criança utiliza a linguagem como forma de interpretar e compreender as
suas ações;
o Cria brincadeiras onde imita os papeis dos adultos à sua volta.
 Touchpoint 13. 3 anos: “Porquê?”
o Desenvolve uma imaginação viva e ativa, utilizando a fantasia para dar um
significado a um mundo complexo;
o Surgem os sentimentos de medo e fobias, quando a imaginação se centra
em aspetos da experiência perturbantes;
o A distinção entre imaginação e realidade é ainda pouco clara;
o A criança sente-se atraída pela interação com outros adultos e crianças,
embora ainda não tenha a competência social para cooperar e partilhar,
consegue compreender o impacto do seu comportamento (de o prever) e
de agir de acordo com os resultados que espera obter com o seu
comportamento;
o A criança consegue “manipular” e “testar” os pais sem revelar as suas
intenções; os pais esperam um comportamento mais maduro, por isso os
comportamentos inadequados assumem maior significado;
o A linguagem é a principal forma da criança se relacionar com o mundo,
assim, parece questionar tudo.

 Através destes Touchpoints os pais sentem-se mais seguros e confortados por poderem
prever e antecipar os saltos e regressões dos seus filhos, e os profissionais podem
melhorar os cuidados prestados às crianças e famílias.
Teoria da vinculação
 Laço específico, preferencial e duradouro do bebé com o cuidador (permite à criança
sentir-se protegida)
 As crianças usam a sua figura de vinculação como uma “base segura” o que lhes
permite explorar o ambiente sem stress ou perigo
 As crianças usam a sua figura de vinculação como um “porto seguro” quando se
sentem stressadas ou em perigo
 Sistema comportamental de vinculação: as crianças aproximam-se dos seus cuidadores
(aproximam-se ou choram) à procura de conforto e manutenção de contacto.
Diferenças individuais na vinculação:

 Todas as crianças se aproximam se houver uma figura de disponível;


 A disposição de se aproximar está inerente à biologia humana;
 Há diferenças entre a existência de um relacionamento de vinculação e a qualidade;
 Os padrões de interação são construídos através das respostas dos cuidadores à
criança;
 Ao longo das interações, as crianças começam a reconhecer os seus cuidadores e a
antecipar as suas ações;
 A segurança do relacionamento depende da perceção de disponibilidade que a
criança tem da figura de vinculação quando necessita de conforto/proteção, e a
organização das respostas da criança ao cuidador à luz dessas perceções;
Fases do desenvolvimento da vinculação:
 Pre-Attachment (nascimento- 6 semanas):
 A criança produz sinais para trazer os outros para perto de si e é confortado
pela interação seguinte;
 Attachment-in-the making (6 semanas- 6/8 meses):
 A criança começa a responder preferencialmente a familiares;
 Clear-cut-attachment (6/8 meses- 1 e meio/2 anos):
 A criança procura contacto com os seus cuidadores habituais e demonstra
comportamentos de protesto aquando da separação
Situação estranha
1.º. Apresentação da sala
2.º. Mãe sentada na cadeira enquanto a criança brinca no chão
3.º. Estranha entra na sala
Estranha fala com a mãe
Estranha brinca com o bebé
4.º. Primeira separação: a mãe sai
5.º. Primeira reunião: a mãe entra e a estranha sai
6.º. Segunda separação: a mãe sai e o bebé fica sozinho
7.º. Estranha entra e acalma o bebé se necessário
8.º. Segunda reunião: a mãe retorna e a estranha sai
Índices comportamentais avaliados:
 Procura de proximidade
 Manutenção de contacto
 Resistência e evitamento
Sistema de classificação ABC (Mary Ainsworth):
 Padrão de vinculação seguro (B):
o A criança desenvolve expectativas positivas sobre si própria, e a disponibilidade
dos outros e torna-se confiante na sua aptidão no ambiente, desenvolvendo
estratégias de regulação emocional
 Padrão de vinculação inseguro-ambivalente (C):
o Respostas de protesto;
o Quando as reações são inconsistentes, a criança protesta, e aprende a
maximizar as suas emoções negativas para obter proximidade e suporte;
o A criança não desiste das tentativas de proximidade, intensificando-as e
exagerando o perigo;
o Isto mantém o sistema de vinculação constantemente ativo, o que requere
extra vigilância e preocupação

 Padrão de vinculação inseguro-evitante (A):


o Reações de fuga e estratégias de desativação/autossuficiência;
o Quando confrontada com passividade, a criança aprende a suprimir o stress e
negar as suas necessidades de proximidade, evitando as consequências
previstas ao expressá-las
o A criança não procura proximidade, desligando o sistema de vinculação sem
restabelecer a sua segurança
o Surge um padrão de “autoconfiança compulsiva” quando o bebé tenta lidar
com as ameaças sozinho, suprimindo as suas vulnerabilidades
 Padrão de vinculação desorganizado (D):
o Comportamento estranho;
o Não consegue manter estratégias de proximidade quando stressada (não
consegue lidar com o stress), pode apresentar comportamentos dos outros 3
padrões
o Expressões confusas e desorientamento;
o Freezing, expressões de medo/apreensão do cuidador;
o Movimentos descoordenados
o Explosões de raiva seguidas por Freezing/comportamento atordoado;
Maior parte destas crianças têm históricos de maus tratos ou medo do cuidador
Normalmente experienciaram:
- Abuso físico/sexual/verbal;
- Negligência;
- Separação prolongada do cuidador principal;
- Doenças não diagnosticadas/graves;
- Mudanças frequentes;
- Saúde mental dos pais (depressão materna, transtornos de personalidade);
- Pais assustadores/assustados.

Preditores da vinculação
» Quando falamos de antecedentes da vinculação (preditores), referimo-nos às variáveis
(fatores) que influenciam a qualidade da vinculação.
Temperamento do bebé
» O temperamento é definido como diferenças individuais que surgem precocemente na
reatividade emocional, motora e atenciosa e na regulação da mesma.
» Existem três tipos gerais de temperamento nas crianças:
Fácil:
 Crianças felizes e ativas desde o nascimento
 Ajustam-se facilmente a novas situações e ambientes.
Lento para aquecer:
 Bebés suaves e menos ativos desde o nascimento
 Podem ter alguma dificuldade em adaptar-se a situações novas.

Difícil:
 Crianças com hábitos e rotinas irregulares (comer, dormir)
 Têm dificuldade em adaptar-se a novas situações
 Muitas vezes expressam humores negativos de forma muito intensa
 São as mais difíceis para os cuidadores satisfazerem e manterem a energia e
alegria de cuidar diariamente.
Envolvimento social
» Elevada importância das interações/conexões para o bebé nos primeiros meses de
vida- procura do outro
» Recém-nascido:
o Predisposição para interagir/comunicar desde o nascimento (não dirigida);
o Mostra preferência por faces humanas, o cheiro e o sabor do outro é
reconfortante (leite materno) e tem preferência pelo som (voz) dos familiares.
» 3 meses:
o A predisposição inata evolui para formas mais complexas de procura do outro
o Envolvimento social do bebé (estado de alerta, sorriso, olhar) por isso
enriquecem as suas interações.
o Expectativas, pedidos e respostas, começa a desenvolver padrões de interação
(fundações dos relacionamentos)
» Quando há uma quebra na interação (desconexão), provoca stress no bebé (conexão)
e segue-se uma procura do bebé pela reconexão/reunião;
» “Dança mãe-bebé” - momentos de sincronia e assincronia, onde o importante é a
capacidade de se reencontrarem (reparação da interação);
» Esta reparação reflete a capacidade do bebé de se regular face ao stress face à
desconexão: regulação emocional do bebé
» 6 semanas-6meses:
o Os processos de envolvimento social e de regulação emocional complexificam-
se, acompanhando as outras áreas de desenvolvimento do bebé
o Os padrões de interação tornam-se organizados: os bebés distinguem as
pessoas, têm expectativas sobre o que a interação acarretará e preferem os
familiares que interagem com eles
» 12 meses:
o Formam-se “clear attachment patterns” à medida que o mundo social do bebé
cresce;
Paradigma Still Face
1º episódio- a mãe brinca com a criança (3 min)
2º episódio- a mãe fica sentada na cadeira séria (3 min)
3º episódio- a mãe volta a brincar com a criança (3min)
Regulação emocional do bebé (2º ep):
 Evitar o olhar
 Afastamento
 Exploração visual
 Olhos fechados
 Mão/objeto na boca
 Auto conforto
 Agarrar objetos
 Blocking
Envolvimento social do bebé (1º e 3º ep)
 Estado de alerta
 Iniciação de interação social
 Vocalização
 Olhar
 Afeto positivo(sorriso)
Padrões de regulação emocional do bebé
SPO (Social Positive Oriented):
 As crianças exibem comportamentos positivos prolongados no contexto de uma
interação reciproca no 1º episódio;
 Há uma diminuição da afetividade positiva durante o Still face e uma recuperação
durante o 3º episódio.
SCO (Social-Comfort Oriented):
 Nos 1º e 3º ep a criança evita contacto incluindo aversão ao olhar, tensão quando
tocada e desconforto geral;
 Durante o 2º ep a criança apresenta comportamentos de auto conforto e exploração;
 Algumas crianças parecem mais relaxadas durante o 2º ep do que nos outros.
DI (Inconsolável):
 No 1º ep a criança altera entre períodos de interesse/atenção, afastar-se e protestar;
 A criança reage ao Still face com um comportamento negativo evidente que persiste
ou aumenta durante o 3º ep. O stress da criança é tão intenso que o 3º ep acaba mais
rápido.
Padrões de regulação emocional e qualidade da vinculação
 Padrão de regulação emocional SPO = Padrão de vinculação seguro (B)
 Padrão de regulação emocional SCO = Parão de vinculação inseguro-evitante (A)
 Padrão de regulação emocional DI = Padrão de vinculação inseguro-resistente (C)
Comportamento interativo materno
Sensibilidade materna:
o Revela quatro componentes essenciais: a tomada de consciência dos sinais enviados
pela criança, a capacidade de os interpretar corretamente, adequação das respostas
dadas (tendo em conta os estados emocionais do sujeito e o seu nível
desenvolvimental) e a prontidão dessas mesmas respostas.
o Comportamento interativo sensível = Padrão seguro (B)
o Comportamento interativo inconsistente= padrão inseguro ambivalente (C)
o Comportamento interativo com sinais de rejeição = padrão inseguro evitante (A)
o Comportamento interativo que mostra/provoca sinais de medo = padrão inconsolável
(D):
 paradoxical injunction (situação sem solução):
O bebé procura a proximidade pela ativação do sistema de vinculação, mas essa
pessoa é também fonte de medo por isso, o bebé reage afastando-se (proximidade
x fuga).

Escala Care-Index
 Tem como propósito avaliar o os padrões de interação mãe-filho em situação de
interação livre;
 É composto por 6 aspetos do comportamento interativo. Para o adulto: sensibilidade,
impulsividade e passividade maternas;
 Para a criança: cooperação, compulsividade e dificuldade;
 Sensibilidade materna: sincronia da atividade do adulto relativamente às respostas da
criança
 Intrusividade materna: podem-se manifestar em situações onde a mãe tem a
aparente intenção de aumentar o envolvimento da criança, mas só conseguem irritá-
la/diminuir a sua participação.
 Passividade materna: ausência ativa do adulto na interação, que se manifesta através
de um retraimento e passividade face aos sinais da criança.

Elevados níveis de sensibilidade materna = padrão de vinculação seguro (B)


Elevados índices de Intrusividade materna= padrão de vinculação inseguro evitante (A)
Elevados índices de passividade materna = padrão de inseguro ambivalente (C)

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