Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Parientalidade
Quelimane
2023
1
Vaneusa Lucas Pedro
Parientalidade
Quelimane
2023
2
Sumário
1. Introdução..................................................................................................................4
1.1. Objectivos...............................................................................................................4
1.1.1.Geral......................................................................................................................4
1.1.2. Específicos...........................................................................................................4
1.2. Metodologia................................................................................................................4
2. Revisão de literatura...................................................................................................5
2.1. Parientalidade......................................................................................................5
2.1.1. A importância e o vínculo na parentalidade....................................................6
2.1.2. Tipos de Parientalidade...................................................................................7
2.1.3. Estilos Parientais.............................................................................................7
3. Conclusão...................................................................................................................9
4. Referencias Bibliograficas.......................................................................................10
3
1. Introdução
A família é o espaço privilegiado para a elaboração e aprendizagem de
dimensões significativas da interacção: os contactos corporais, a linguagem, a
comunicação, as relações interpessoais (Alarcão, 2006). É no espaço familiar que se
desenvolve o sub-sistema parental, habitualmente constituído pelos pais (marido e
mulher), que têm funções executivas que, por sua vez, visam a educação e protecção das
gerações mais novas. É a partir das interacções pais-filhos que as crianças aprendem o
sentido de autoridade, a forma de negociar e de lidar com o conflito no contexto de uma
relação vertical (Alarcão, 2006). É também no contexto desta interacção que se
desenvolve o sentido de filiação e de pertença familiar.
1.1. Objectivos
1.1.1.Geral
Conhecer a Parientalidade
1.1.2. Específicos
1.2. Metodologia
4
2. Revisão de literatura
2.1. Parientalidade
Cruz (2005) define parentalidade como o “conjunto de acções encetadas pelas
figuras parentais (pais ou substitutos) junto dos seus filhos no sentido de promover o
seu desenvolvimento da forma mais plena possível, utilizando para tal os recursos de
que dispõe dentro da família e, fora dela, na comunidade” . Assim, a relação entre pais e
filhos torna-se primordial, assumindo um papel essencial dentro das relações familiares.
Enquanto cuidadores da criança, os pais tornam-se os principais agentes da sua
socialização, a nível comportamental, emocional e de desenvolvimento cognitivo.
Contudo, nunca se pode assumir que é o modo de ser e de agir dos pais a influenciar
decisivamente em determinada direcção os filhos, pois outros factores estão implicados,
como a hereditariedade, a idiossincrasia de cada filho, a sua idade, o número de irmãos
e ainda outros factores familiares e extrafamiliares (Oliveira, 1994). Palácios e Rodrigo
(2002, citado por Machado, 2007) falam-nos de algumas funções específicas que os pais
têm para com os filhos, tais como assegurar a sua sobrevivência, o crescimento e
socialização nos comportamentos de comunicação, diálogo e simbolização;
proporcionar aos filhos um ambiente de afecto e apoio; estimular os seus filhos; tomar
decisões tendo em conta os outros contextos educativos nos quais a criança se integra.
Apesar dos pais agirem frequentemente pelas e no lugar das crianças em situações em
que estas ainda não desenvolveram competências (Maccoby & Martin, 1983), não quer
dizer que a criança não tenha um papel a desempenhar como agente activo. Até porque
não são apenas os pais que influenciam os seus filhos na forma de estar e de ser, o
oposto também se verifica, pois de acordo com Bronfenbrenner (1987; cit. por
Machado, 2007) as relações diádicas são recíprocas e promovem o desenvolvimento de
ambos os elementos da díade quando um deles evolui.
As relações entre pais e filhos são então bidireccionais, mas também influenciadas
por factores externos (e.g.: cultura, nível socio-económico, etc.) Contudo, neste estudo
Interessa pois perceber como é que os factores da parentalidade, nomeadamente os
estilos parentais e aliança parental, se correlacionam e como variam de acordo com
determinados aspectos demográficos relacionados com os pais (sexo, religião, nível
socio-económico e situação relacional).
5
Os cuidados e as responsabilidades da criança devem ser divididos. Para o exercício
parental envolve todos os cuidados que são necessários para o bom desenvolvimento
global da criança. Este cuidado refere-se à saúde física, psíquica, social, cognitiva,
nutricional, emocional, entre muitas outras esferas que garantem a saúde no sentido
mais amplo, recomendadas pela Organização Mundial de Saúde. A parentalidade,
portanto, vai além dos aspetos psicológicos e não é uma área de atenção exclusiva de
qualquer abordagem, mas de todos os profissionais interessados em prestar algum tipo
de assistência àqueles que exercerão esse papel social.
A paternidade diz respeito não só a todos aqueles que a exercerão, mas também
àqueles que serão impactados por ela. Trata-se de olhar para toda a família, que vai
adquirir novos papéis sociais e vai precisar criar novos laços a partir desse novo lugar e
configuração. É um conceito amplo, de fato.
Todos aqueles que cuidam da criança devem ser assistidos e cuidados para que
possam preservar a saúde mental, a fim de contribuir para o desenvolvimento saudável
6
dessa criança. Os medos, fragilidades, traumas, crenças e valores que cada cuidador
carrega refletirão no exercício parental e se não forem atendidos podem impactar nesse
desenvolvimento infantil.
7
representam o “conjunto de atitudes que são comunicadas à criança/jovem e que, todas
juntas, criam um clima emocional, no qual os pais actuam de determinada forma”
(Darling & Steinberg, 1993, p. 488); e os segundos (práticas parentais educativas)
dizem respeito aos “comportamentos, com objectivo específicoa, através dos quais os
pais expressam os seus deveres parentais” (Darling & Steinberg, 1993, p. 488). Assim,
o comportamento é influenciado e tornado relevante através das atitudes que lhe estão
subjacentes, mas estas são expressas através do primeiro, daí que facilmente se deduza
que as práticas parentais (comportamentos) são exercidas a partir da avaliação dos
estilos parentais (atitudes). É o que nos diz o modelo integrativo de Darling e Steinberg
(1993), que pressupõe que os atributos/características parentais, influenciados pelos
objectivos de socialização, sejam de dois tipos: estilos parentais e práticas parentais .
Através a
8
3. Conclusão
A parentalidade está presente em todas as áreas da vida e não apenas na
relação com os filhos. Os adultos de hoje eram crianças antes e carregaram os
impactos dessas relações desde então. A constituição subjetiva, o sentimento de
pertencimento, o reconhecimento sobre si mesmo, a perceção construída sobre o seu
lugar nas relações sociais e nos papéis são atravessados pela paternidade que foi
exercida em algum momento, é essencial reconhecer as particularidades de cada um.
Cada indivíduo é único na sua forma, na sua essência e na forma como se relaciona
socialmente.
9
4. Referencias Bibliograficas
Alarcão, M. (2006). (Des)Equilíbrios Familiares. Coimbra: Quarteto.
Algarvio, S., Leal, I., Maroco, J., e Serra, A. M. (2008). Preocupações parentais:
Estudo comparativo entre um grupo de pais normativos e um grupo de pais de crianças
nascidas por fertilização in vitro. Anais do Congresso Nacional de Psicologia da Saúde:
Intervenção em Psicologia e Saúde, 7, 635-638.
10