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FACULDADE ANHANGUERA DE PIRACICABA

Leandro Rafer Venâncio da Silva - RA 126986739373

RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO BÁSICO II


Autismo, Escola e a Psicoeducação dos Pais

PIRACICABA

2023
Leandro Rafer - RA 126986739373

RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO BÁSICO II


Autismo, Escola e a Psicoeducação dos Pais

Trabalho apresentado ao Curso de


Psicologia da Faculdade Anhanguera,
como parte integrante da avaliação na
disciplina de Estágio Básico II,
apresentando a professora
orientadora: Jaqueline.
ÍNDICE

1 INTRODUÇÃO
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .
3 OBJETIVO.......................................................................................................
3.1 Objetivo Geral .
3.2 Objetivo Específico.........................................................................................
4 MÉTODO.........................................................................................................
4.1 Local................................................................................................................
4.2 Participantes...................................................................................................
4.3 Material............................................................................................................
4.4 Procedimentos.................................................................................................
5 CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO..........................................................
5.1 Histórico...........................................................................................................
5.2 Aspectos Estruturais........................................................................................
5.3 Dinâmica Institucional......................................................................................
6 CRONOGRAMA DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS............................
7 LEVANTAMENTO DAS NECESSIDADES....................................................
8 PROPOSTA DE INTERVENÇÃO...................................................................
9 CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................
10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................
11 ANEXOS..........................................................................................................
1- INTRODUÇÃO
Nesta introdução tenho como objetivo refletir sobre a necessidade de
considerar a família como objeto de cuidado psicopedagógico, no sentido de que ela
sustenta a função educativa. E não somente uma atribuição das instituições de ensino
como a escola, pensando em uma sociedade que se preocupa com o apoio dos
responsáveis pela sua importante função, principalmente pais de crianças com TEA.
Esta forma de “tratar” a família assenta num modelo que inclui o mito de que todas as
crianças tenham que seguir um padrão de aprendizado, o que não funciona no TEA.
Como indicado em Sally (2015), essa crença acaba isentando a sociedade
de apoiar e acaba vendo mais as responsabilidades da família. Isto é especialmente
verdadeiro para as famílias que não têm acesso a educação formal suficiente e para
aqueles que vivem em condições econômicas e sociais desfavoráveis.
O processo de socialização ocorre no convívio familiar e, em especial, por
meio de práticas educacionais desenvolvidas com o objetivo de transmitir hábitos,
valores, crenças e conhecimentos considerados úteis para a inclusão das crianças no
ambiente escolar. É uma ação que, em geral, é aprendida por imitação e continua a
repetir padrões vivenciados pelos pais em suas famílias de origem, além da crença
em conhecimentos e aptidões inatas para desempenhar o papel de pai e mãe e dessa
família. Essas crenças refletem um pensamento naturalista, ou seja, que atribui à
biologia a estrutura patriarcal da organização familiar e as relações entre os gêneros.
Segundo Sally (2015, pág. 50) “Se defendem a ideia de que as funções reprodutoras
diferentes de homens e mulheres automaticamente constroem diferenças essenciais
nos comportamentos paterno e materno”.
Essa perspectiva, desconsidera a família como um fenômeno social e
histórico, onde há uma igualdade biológica na relação de cuidado com o filho. Em
outras palavras. Segundo Sally (2015, pág. 50) "A maternidade [paternidade] é uma
relação de cuidado e não uma tarefa associada ao sexo”. Embora as diferenças
sexuais entre homens e mulheres sejam biológicas, a maneira de vivenciá-las é
cultural, social e historicamente definida.
A perspectiva "essencialista" de família propõe estrutura, organização e
valores bem definidos, com a ideia de ser a melhor maneira de se viver. É amplamente
divulgada pelos meios de comunicação, livros didáticos e instituições da sociedade, o
que implica em um tratamento dessas instituições em relação às famílias, um padrão
que foi aceito sem questionamentos por um longo tempo, inclusive entre educadores
e psicólogos. Como indicado em Lopes (2015), essa família frequentemente aparece
representada como branca, de classe média, composta por pai, mãe, filhos (dois) e
avós; o pai sendo o provedor e ocupando a posição mais alta na hierarquia de poder,
e a mãe sendo a responsável pelo bem-estar e educação dos filhos, desempenhando
um papel doméstico.
Essa é a imagem, o modelo idealizado oferecido pela sociedade.
Idealizada porque permanece muito longe da realidade. Apresenta-se como referência
para avaliação e promete ser um caminho para a felicidade. Os problemas nesse
processo são atribuídos às dificuldades, intelectuais ou psicológicas dos pais.
Instituições educacionais como escolas, seja ela do infantil como do fundamental,
aproveitam dessa ideologia para culpar a família pelos desafios escolares e
dificuldades de relacionamento que crianças e jovens enfrentam, assim como para
esconder suas próprias falhas. Como indicado em Lopes (2015), raramente se
considera a dificuldade de criar e educar os filhos em nossa sociedade complexa,
agravada pela situação de pobreza, que impõe um estilo de vida exaustivo aos pais.
Frequentemente, opta-se por trilhar o caminho da queixa, que é o mais
simples, para avaliar a competência das famílias, evitando assim o reconhecimento
da necessidade de mudanças estruturais na sociedade. A atribuição de culpa às
famílias, ocorre, na maioria das vezes, com base na comparação com o ideal de
família, com a família idealizada, e não com base na consideração do cotidiano que
se revela nos diversos arranjos que homens e mulheres constroem para conviver,
oferecer cuidados às crianças e adolescentes, e terem um espaço de intimidade e
acolhimento afetivo.
Uma maneira abrangente de descrever a vivência familiar é a seguinte: um
conjunto de indivíduos que convivem, se reconhecem como uma família e se
comprometem a estabelecer um vínculo afetivo duradouro, incluindo a
responsabilidade de cuidar uns dos outros, tanto dos adultos como das crianças,
jovens e idosos. Essa proposta permite diferentes arranjos e protagonistas, mas o
cuidado é o elemento central. Como indicado por Pletsch (2014), são soluções que
frequentemente se distanciam do modelo tradicional da família nuclear. No entanto, a
influência do modelo predominante é tão forte que pode gerar sentimentos de
inadequação para aqueles que optaram por formas alternativas de se organizar. Por
outro lado, as tentativas de comunicar ideias de mudança podem desencadear o caos
social e o colapso moral nas sociedades caracterizadas pela desigualdade social.
Muitas pessoas são teimosas e cegas às evidências. A mera manutenção do modelo
familiar não cria um ambiente educacional propício ao desenvolvimento dos membros
da família, principalmente se a família tem filhos com o Transtorno do Espectro Autista
(TEA).
Isso porque pode ser exaustivo, e é onde a jornada começa, para que a
escola possa dar continuidade, evitando ignorar as necessidades, já citadas da própria
família, e não concentrando se apenas na criança. Senão fizer dessa maneira, o
aprendizado e o desenvolvimento da criança poderá ser menos eficaz e terá maior
probabilidade de se perder ao longo do caminho.
Portanto, essa reflexão é resultado de uma experiência de observação, em
uma escola estadual localizada na cidade de Piracicaba, no interior do Estado de São
Paulo. Essa experiência é parte da atividade obrigatória da disciplina de Estágio
Básico 2, do curso de Psicologia, da Faculdade Anhanguera.
2- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
É na família que a criança inicia o processo de interação, e a partir daí
aprende o modo humano de existir, fazendo da família o seu mundo onde tudo faz
sentido e ela começa a se constituir como sujeito. Isto ocorre por meio da troca
intersubjetiva, criada pelo afeto. Esse é o primeiro ponto de referência para a
construção de sua identidade, anterior a escola. A partir desse pensamento, é possível
perceber o quão ativo é o ser em desenvolvimento, nesse processo de intercâmbio
com o mundo no qual vive, e também com outros ambientes, em um contínuo
processo de transformação. O mundo ao redor dele é provocativo, desperta
disposições e apresenta aspectos tanto atraentes quanto negativos. Como indicado
por Trevarthen (1998), o que é relevante, para a sua concepção, é a importância que
ele atribui ao significado das atividades, papéis sociais e relações interpessoais,
experimentados nas interações cara a cara.
O ambiente familiar é propício para proporcionar inúmeras atividades que
envolvem a criança em ações intencionais, em uma situação de intercâmbio
intersubjetivo, que se torna cada vez mais complexa ou envolve mais
intencionalidades, em uma perspectiva temporal.
As famílias que oferecem às crianças e adolescentes uma variedade de
atividades organizadas, aumentando gradualmente seu nível de dificuldade, para que
eles possam se envolver por períodos mais longos, facilitam os processos de
desenvolvimento. Essas atividades não apenas aprimoram suas habilidades
cognitivas e sociais, mas também fortalecem sua posição dentro da dinâmica familiar,
melhorando o seu comportamento no ambiente escolar também. Como indicado por
Sally (2015), as interações interpessoais na família, em um ambiente de apoio mútuo,
oferecem ao indivíduo oportunidades de desenvolvimento, não só para a criança mas
para todos os envolvidos.
Neste contexto é importante ressaltar o quanto acolher a família e trazer os
familiares para a escola vai ajudar no desenvolvimento de indivíduos com transtorno
do espectro do autismo (TEA), um conjunto de condições de neurodesenvolvimento
que afetam a socialização, a comunicação e o comportamento de uma pessoa. No
entanto, o TEA é muito diversificado e se manifesta de forma diferente em cada
indivíduo. As principais características deste transtorno incluem padrões de
comportamento, interesses ou atividades repetitivas. Isso pode incluir movimentos
repetitivos, apegar-se a certos objetos e adesão estrita às rotinas diárias.
Muitas pessoas com TEA têm dificuldades com a comunicação verbal e
não verbal. Alguns podem ter atrasos na fala ou fala estereotipada. Outros podem ter
dificuldade em compreender e expressar emoções, gestos ou expressões faciais. As
interações sociais podem ser difíceis para pessoas com TEA. Eles podem ter
dificuldade em compreender sinais sociais, manter contato visual ou formar
relacionamentos interpessoais. Muitas pessoas com TEA introduzem sensibilidade
sensorial aumentada e podem ser hipersensíveis ou hipossensíveis a estímulos
sensoriais, como luz, timbre, textura ou cheiro.

Como citado por Sally (2014), é importante lembrar que o TEA é uma
condição complexa e cada pessoa com TEA tem características e necessidades
únicas onde o diagnostico geralmente é feito por um profissional médico, observando
o comportamento e o histórico de desenvolvimento cada pessoa.

O tratamento e o apoio para pessoas com TEA variam de acordo com as


necessidades do indivíduo. As intervenções podem incluir psicoterapias, terapia
ocupacional, fonoaudiologia e outros. Programas de estudo especializados e outros
recursos de suporte.

Sendo cada vez mais necessário a consciência e a compreensão do TEA


para promover a inclusão e proporcionar um ambiente de apoio e aceitação para as
pessoas com esta condição. O estigma que rodeia o TEA dificulta muitas vezes a
aceitação e a integração destes indivíduos na sociedade, mas a educação e a
compreensão podem desempenhar um papel fundamental na criação de um ambiente
mais inclusivo e acolhedor.
Como citado por Mello (2004) esse processo abrange, por um lado, as
concepções de infância e adolescência de uma sociedade ou grupo social, que se
refere ao tipo de habilidades e conhecimentos necessários e possíveis de serem
transmitidos às crianças, variando de cultura para cultura ou mesmo dentro dos
diferentes segmentos da sociedade. Por outro lado, temos a forma de agir, as
estratégias utilizadas pelos pais para promover o desenvolvimento dos filhos, em
resposta a essas concepções. O desenvolvimento não é um conceito neutro do ponto
de vista ideológico, já que, possui conotações avaliativas que podem se tornar um
problema ao se considerar crianças e adolescentes com TEA, com práticas educativas
familiares de diferentes culturas, origens ou classes sociais.
Ao considerar as famílias como lugar de desenvolvimento, é importante
lembrar que elas têm divergências na concepção de infância e adolescência e,
portanto, oferecem diferentes oportunidades para a criança. Além disso, podem faltar
as condições adequadas de desenvolvimento que a criança autista precisa, como
terapias, médicos e assistência social
Ao analisar a família como contexto de desenvolvimento, é necessário não
considera lá atuando isoladamente das demais instituições sociais. A descontinuidade
no processo de socialização entre as instituições de ensino pode prejudicar o
desenvolvimento da criança e do adolescente.
Como citado por Pletsch (2014), muitas vezes a escola desconsidera o
conhecimento das estratégias inclusivas para dar suporte para a criança autista, isso
mostra como a desqualificação da escola quanto à capacidade das crianças que
chegam com algum transtorno do neurodesenvolvimento.
Portanto, percebemos a necessidade de aprofundar o conhecimento sobre
o meio ambiente, desenvolvimento proporcionado pela família, para entender o
processo educacional que ocorre. Esse conhecimento é especialmente necessário,
em relação a pessoas com TEA. Também para saber mais sobre como contribuir e
buscar informações necessárias para aplicar o aprendizado.
Focar na família não significa focar somente nos processos intrafamiliares
relacionados, como por exemplo apenas sobre a interação entre pais e filhos, mas
também sobre como fazê-lo de forma a favorecer a escola.
Nessa perspectiva, descrita até então, os processos intrafamiliares são
perpassados por extrafamiliares, e as famílias, no decorrer da vida, vão construindo
soluções para os desafios trazidos pelo mundo, que nem sempre oferecem situações
favoráveis ao desenvolvimento de seus membros, mas que podem ser passíveis de
mudança. Como fatores extrafamiliares e sua influência nas relações familiares, como
uma contribuição de vários elementos seja eles teóricos no campo dos estudos da
família que apontam aspectos do ponto de vista da vida familiar, ou até mesmo um
conhecimento e planejamento de programas de cuidados familiares junto com dados
obtidos em pesquisas no campo do desenvolvimento humano.
2.1 A família como lugar para educação
A prática educativa é entendida aqui como expressão de consideração em
ação, ou seja, atividades familiares contínuas e habituais em toda a troca
intersubjetiva, com significado. Para tornar isso possível também para as crianças e
os adolescentes é preciso o conhecimento, prática e construção para essa aquisição
incorporando costumes sociais, compreensão e sugestões para existir no mundo com
os outros. Isso também inclui o processo de reflexão sobre todos os membros da
família. Como citado por Lopes 2015, tais práticas também exigem conhecimento por
não serem sistematizados, podendo surgir como resultado. A aprendizagem social,
transmitida de geração em geração, também aparece no processo, junto com as
estratégias comportamentais, principalmente herdado do behaviorismo com o Applied
Behavior Analysis (ABA).
Área da psicologia que tem ajudado nas interações entre família e escola,
tornando a socialização mais eficiente. Os adultos, pais e professores devem atuar
como intermediários na transferência de capital cultural, emocional e comportamental,
na interação intersubjetiva, em outras palavras, atividades que possibilitem o contato
da criança com conhecimentos relevantes.
Para realizar essa tarefa, requer algumas condições, como o Plano
Educacional Individual, que é direito da criança com TEA de acordo com a lei
Berenice Piana nº 12.764/12, buscando nortear a escola no desenvolvimento
pedagógico e socioemocional, além de considerar os pais como coparticipante do
plano. Políticas Inclusivas Relacionadas à Escolarização da Educação Especial não é
um tópico novo e, na verdade, essa questão deve ser abordada. Muitas vezes é um
tema muito difícil de se discutir pelo menos em termos de intenção, por outro lado, a
reflexão, se estiver alinhada com os objetivos educacionais e as possibilidades reais
da inclusão, torna o ambiente amigável com os colegas e com as famílias dos alunos
assistidos, especialmente porque a escola é inclusiva.
Consequentemente, a inclusão educacional de alunos com TEA hoje é uma
prática evidente no ambiente escolar e uma tarefa que envolve não só a escola, mas
também a família e os profissionais de diversas áreas que atuam na intervenção, como
por exemplo os psicólogos. Contudo, atender alunos com TEA exige um trabalho
complexo de especialistas e conhecimento do processo de aprendizagem único de
cada pessoa, que consistente em considerar as suas próprias necessidades e
características. Como ciência, a psicologia concentra-se no comportamento humano
e oferece contribuições importantes para a educação inclusiva, junto a escola e aos
pais. Como citado por Benitez (2018), que olhando nesta perspectiva, a prática do
profissional psicólogo na intervenção com pessoas autistas não se centra apenas no
comportamento da criança, mas em todas as pessoas que a rodeiam, como por
exemplo, pais, professores, equipa educativa, direção e que, portanto, estão
envolvidas n o processo de intervenção e inclusão, o que torna uma prática possível.

2.2 Contribuições da psicologia

No presente trabalho queremos mostrar o papel da psicóloga(o) no


desenvolvimento escolar da pessoa com TEA e da sua família. Se utilizando das
abordagens da Análise do Comportamento Aplicada (ABA) para a educação
psicológica da família, abordagens estas essenciais para apoiar pessoas com TEA.
Como citado por Sally (2015), a educação psicológica da família consiste em fornecer
informações, orientações e apoio aos familiares de indivíduos com TEA. Por outro
lado, a ABA é uma terapia fundamentada em evidências que concentra se na
compreensão e modificação do comportamento, sendo frequentemente utilizada
como intervenção para pessoas com TEA.
A educação psicológica familiar engloba uma ampla variedade de tópicos,
desde a compreensão dos sintomas e características do TEA até estratégias de
manejo comportamental, desenvolvimento de habilidades sociais e comunicação
eficaz. Ela desempenha um papel fundamental ao fornecer às famílias as ferramentas
e o conhecimento necessários para apoiar seus entes queridos com TEA em seu
cotidiano.
Por sua vez, a ABA é uma abordagem terapêutica altamente estruturada
que utiliza princípios do reforço positivo para ensinar novas habilidades e reduzir
comportamentos problemáticos. Essa técnica se baseia na análise funcional do
comportamento, identificando os antecedentes e as consequências de um
comportamento a fim de modificá-lo de maneira positiva.
A combinação da psicoeducação familiar com a aplicação de estratégias
da ABA pode ser altamente eficaz. As famílias capacitadas com conhecimentos sobre
TEA podem utilizar as técnicas aprendidas durante a psicoeducação no âmbito
doméstico, proporcionando um suporte mais coerente e integrado aos indivíduos com
TEA.
Contudo, como citado por Sally (2014) é fundamental mencionar que a ABA gera
controvérsias em determinados aspectos, principalmente no que se refere à
intensidade e à focalização exclusiva no comportamento observável. As vezes
excessivamente estruturada e não considerar os aspectos emocionais ou internos da
pessoa com TEA. A ética e a flexibilidade aplicadas à ABA são pontos discutidos,
havendo cada vez mais ênfase na necessidade de evoluir e deixa-lo mais naturalista.
Mas mesmo assim compreendemos que a educação familiar
psicoeducativa e a ABA têm papéis significativos no suporte às pessoas com TEA. A
educação e o suporte oferecidos às famílias, aliados a abordagens terapêuticas
baseadas em evidências, podem aprimorar a qualidade de vida e o desenvolvimento
desses indivíduos. No entanto, é essencial manter um olhar crítico sobre essas
abordagens, buscando sempre equilibrar intervenções eficazes e respeito à
singularidade de cada indivíduo com TEA.
3- OBJETIVO

3.1 Objetivo Geral

Conhecer melhor o papel do psicólogo no ambiente escolar, no caso a


Escola Estadual Dr. Prudente de Moraes de Piracicaba/SP.
Pois o papel do psicólogo na escola é fundamental para o desenvolvimento integral
dos alunos. Esse profissional atua de diversas formas para promover um ambiente
educacional saudável e contribuir para o bem-estar emocional, social e acadêmico
dos alunos.
O psicólogo escolar realiza avaliações psicológicas para identificar
dificuldades de aprendizagem, questões comportamentais, emocionais ou de
desenvolvimento. Com base nessas avaliações, desenvolve intervenções
individualizadas para ajudar os alunos a superarem desafios e alcançarem seu
potencial máximo.
Ele oferece suporte emocional aos alunos e aos pais, fornecendo
aconselhamento em situações de conflito, ansiedade, bullying, problemas familiares,
entre outros. Essa orientação auxilia na construção de habilidades socioemocionais
e na melhoria do relacionamento interpessoal.
E foi neste quesito que segundo a coordenadora Rosa, o psicólogo está
fazendo muita falta, ela comenta que há aproximadamente 1 ano o estado mandou
um psicólogo da rede para a escola e ele auxiliava principalmente na mediação com
os pais de alunos com TEA. Mas por algum motivo que ela não dá detalhes o
psicólogo foi tirado da escola.
Um trabalho para estreitar a colaboração entre professores e pais,
oferecendo orientações e estratégias para lidar com questões específicas de
aprendizagem e comportamento, promovendo assim um ambiente de apoio integral
ao aluno.

3.2 Objetivos Específicos

O Prudente de Moraes é uma escola de ensino fundamental II, onde os


seus alunos são pré-adolescentes e adolescentes e os professores acabam tendo
que lidar com esta transição de criança para adolescente, algo que muitas vezes os
pais não conseguiram em casa. Neste período que estive na escola, pude observar
um certo esgotamento por parte dos professores e principalmente da coordenação
por ter que intermediar professores, alunos e os pais ou cuidadores, sem muito
suporte e com uma responsabilidade enorme de dar conta da demanda pedagógica
e ainda suprir a demanda emocional da escola.
Algo muito recorrente tem sido as dificuldades com os alunos com TEA,
ou melhor com as famílias dos alunos, principalmente em relação ao
comportamento, higiene pessoal e comunicação, fazendo do psicólogo mais do que
necessário neste ambiente, para ajudar na resolução de conflitos entre alunos,
professores e família, promovendo a comunicação e o entendimento mútuo para
criar um ambiente escolar mais inclusivo e harmonioso.
Tendo como projeto de intervenção desenvolver programas preventivos e
de promoção da saúde mental, como campanhas educativas, grupos de pais,
palestras e workshops, visando à prevenção de problemas emocionais,
comportamentais, habilidades sociais e de adaptação escolar.

4 - MÉTODO

4.1 Local

EE. Dr. Prudente de Moraes, Praça General Carlos Machado Bittencourt, sem
número, Piracicaba, SP.

4.2 Participantes
Participaram do trabalho de forma direta a coordenadora Rosa, professores,
principalmente os que passam mais tempo com os alunos autistas e os alunos que
foram observados no intervalo.

4.3 Material
Foi utilizado para anotações caneta, caderno e o celular

4.4 Procedimento

Todos os dados foram coletados de forma empírica, se baseando nas idas ao campo
que no início não sabia o que pesquisar, mas com o contato com a coordenadora
Rosa, professores e com as necessidades do lugar fui sendo atraídos para as
dificuldades em lidar com os alunos com TEA. Na primeira ida ao campo conversamos
com os professores já ficou claro esta necessidade, depois em contato com a
coordenadora Rosa que me contou um pouco de como é a rotina da escola e como é
feito a inclusão dos alunos TEA, quais as ações que a escola aborda e a necessidade
de um suporte para os profissionais e as famílias.
Nas observações nos intervalos dos alunos pude observar como funciona a dinâmica
e a interação dos mesmos, mas foi só no terceiro dia que criei coragem para perguntar
onde estavam os alunos com TEA, que pelo meu espanto a maior parte deles não
participam do intervalo, a escola pede para os pais buscarem eles antes por falta de
estratégia para ficar com eles.

5 - CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO

5.1 – Histórico

O antigo Grupo Escolar Dr. Prudente foi instituído em 30 de abril de 1935 como o 7º
Grupo Escolar, com seis promoções trazidas do curso Primário Anexo à escola Normal
de Piracicaba, e tem como chefe o primeiro presidente civil do Brasil, o ilustre brasileiro
Prudente de Moraes, nascido em Itu em 4 de outubro de 1841, foi eleito deputado em
1885 e tornou-se um importante político, governando o estado de São Paulo a partir
de 1888. Em 15 de novembro de 1894, num clima de incerteza enquanto os militares
preparavam um golpe de Estado para impedi-lo de assumir o cargo assumiu a
presidência da república. Foi o primeiro presidente político do Brasil.

Funcionou provisoriamente no prédio da escola Normal (Sud Mennucci), até sua


transferência, em 12 de outubro do mesmo ano, para a casa na rua Santo Antônio,
que havia pertencido ao Dr. Prudente José de Moraes Barros. O prédio foi adquirido
pela prefeitura e cedido ao estado especificamente para o funcionamento de grupos
escolares. No prédio edificado posteriormente, também funcionaram a secretaria de
Educação e o centro de Cooperação Escolar.

Em 23 de novembro de 1944, foi lançada a pedra fundamental do novo prédio no local


da atual escola. A operação só ocorreu em 12 de setembro de 1952.
5. 2 - Aspectos Estruturais

A escola oferece num ambiente acolhedor e humano, com várias oportunidades


socioeducativas aos alunos, como aulas de música, clube juvenil, teatro e muito
mais.
Um ensino que busca qualidade atendendo alunos do Ensino Fundamental, últimos
anos.
Sua proposta dinâmica, em sintonia com os novos tempos, valoriza a autonomia, a
reflexão e a solidariedade. Construir e vencer desafios são características da equipe,
coordenadora, professores e funcionários.
Próximo ao centro especificamente na Praça General Carlos Machado Bittencourt,
uma praça com várias arvores na área externa, já a estrutura da escola tem uma
arquitetura onde preserva e traz menções a arquitetura Barroca do Brasil.
5. 3 - Dinâmica Institucional

Uma escola de período integral (PEI) de 9 horas diárias, as aulas ocorrem das 7horas
ás 16horas, com intervalo das 13horas ás 14horas, dividido em 2 grupos, o primeiro
são os 8º e 9º anos com intervalo de 30 minutos, no segundo grupo são os 6º e 7º
anos com mais 30 minutos. A escola tem o seu funcionamento de segunda a sexta
feira, tirando as exceções para compensações de horas aso sábados.
Os critérios de acesso e permanência dos adolescentes e jovens precisam atender
algumas exigências.
- Ter concluído o 5º ano do ensino fundamental;
- Tenham concluído com certificação o ensino fundamental;
- Apresentar disponibilidade de tempo para frequência ao ensino regular;
- Assumir o compromisso de elaborar projeto de vida.
Para a matrícula, se o aluno já estiver matriculado em uma unidade escolar de ensino
integral estadual, poderá fazer a transferência, mas se não estiver poderá buscar a
vaga diretamente na escola sendo observado as diretrizes e procedimentos para
atendimento à demanda escolar, estabelecidos na legislação pertinente.
6- CRONOGRAMA DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

16/10/2023 - Neste primeiro dia na escola depois do contato com a supervisora Rosa
e entrega dos documentos, fui orientado a observar a escola no todo, pois foi logo
após o feriado do dia das crianças, que por conta disso não ouve a reunião do Clube
Juvenil e nem a reunião dos professores. Sendo assim acabei acompanhando a aula
de música com o Professor Sérgio, que em parceria com o Projeto Municipal “
JOVENS MÚSICOS” levam a música de forma social as crianças e adolescentes. Este
projeto funciona as segundas feiras com o propósito de ministrar aulas de
instrumentos de sopro aproveitando as doações feita pelo Estado. Depois, através da
coordenadora Rosa fui conhecer um pouco da escola e dos seus dilemas e benefícios
que traz para a comunidade.
23/10/2023 – No segundo dia acabei participando da reunião dos professores cuja
pauta era as demandas dos alunos com TEA.
30/10/2023 - Fiquei observando o intervalo dos alunos, passei pelo refeitório onde
estavam alguns alunos fazendo a alimentação, mas foi na quadra que passei boa
parte do tempo. Por ser o lugar de maior aglomeração dos alunos.
Alguns meninos de dividem para uma partida de futebol de meia, mas a maioria
aproveita para descansar.
09/11/2023- Neste dia fui convidado para acompanhar uma reunião com um grupo de
pais de alunos autistas. Um momento de escuta da escola para com a família e para
repassar a saída da antiga professora da sala de recurso (sala de inclusão) e a
contratação da nova profissional.
Foi passado aos pais que a nova professora tinha as qualificações para o cargo, mas
sem nenhuma experiência e que ela iria dar continuidade com os alunos até o final
deste ano letivo.
13/11/2023- Neste dia os alunos estavam mais agitados, alguns aproveitaram para
mais uma vez jogar futebol de meia, outros conversavam em grupos, alguns
preferiram se reunir em cantinhos para trocar ideias. Mas a grande maioria estavam
bem mais falantes.
23/11/2023- Em mais uma ida ao campo fiquei sentado observando os alunos no
período do intervalo, não havia nada de novo aparentemente, então tive que tentar
olhar com mais precisão os comportamentos dos alunos. Foi onde encontrei alguns
padrões de comportamentos e oportunidades de socialização.
27/11/2023- A proposta era observar os alunos na quadra onde a maioria fica no
intervalo, mas enquanto estava lá começou a chover, onde para fugir da chuva me
dirigi ao refeitório onde pude observar a alimentação dos alunos e a interação entre
eles no refeitório.

7- LEVANTAMENTO DAS NECESSIDADES

Um ambiente que desempenha um papel crucial no desenvolvimento dos


adolescentes influenciando seu bem-estar, aprendizagem e interações sociais.
Compreender as necessidades dos adolescentes é essencial para criar um ambiente
que os apoiam plenamente.
Por isso observei algumas dificuldades no espaço físico, salas muito quentes e sem
ventilação, as instalações também são deficientes para exercícios ou demandas
esportivas.
A escola até que tem se esforçado para proporcionar um espaço social e recreativo
aos alunos, sempre os incentivando para a interação social. Mas no que ainda estão
com dificuldades é no apoio emocional, por falta de um suporte até mesmo do estado,
como por exemplo acesso a profissionais de saúde mental e aconselhamento
promovendo um ambiente que promova a expressão e aceitação de emoções com
programas de apoio para lidar com estresse, ansiedade e pressão acadêmica.

Outra coisa que percebi, foi uma diminuição no engajamento acadêmico e estimulação
criativa, acredito que seja pela falta de incentivo, devido a cortes na verba da
educação proposta pelo governo.
Outro ponto são as barreiras para se criar um ambiente seguro e inclusivo com
políticas e práticas que promovem a igualdade e a diversidade, prevenindo o bullying
e o isolamento.
Analisando as necessidades observadas teríamos como proposta melhorias nas
instalações físicas podendo criar um ambiente mais acolhedor e propício à
aprendizagem, ambientes flexíveis e multifuncionais promovendo a colaboração e a
criatividade dos alunos.
Mais suporte emocional, com a prestação de serviços de saúde mental podendo
reduzir problemas emocionais e melhorar o bem-estar geral dos alunos. Pois as
estratégias de apoio psicológico podem ajudar a lidar com as pressões sociais e
académicas.
E um ambiente mais inclusivo com políticas inclusivas e programas anti-bullying
criando um ambiente seguro e acolhedor para todos os estudantes
independentemente da sua origem, deficiência ou identidade.
Um ambiente escolar eficaz para os adolescentes deve ser um espaço que promova
o crescimento integral, valorizando não apenas a formação acadêmica, mas também
o bem-estar emocional, social e físico dos alunos e professores. Ao atender a essas
necessidades das escolas podem ajudar os adolescentes a alcançar seu potencial
máximo.
Essa análise pode servir como um ponto de partida para a implementação de
mudanças e melhorias no engajamento dos professores, focando nas necessidades
essenciais dos alunos.

8 - PROPOSTA DE INTERVENÇÃO

Em um exame aprofundado das necessidades e realidades da escola Dr. Prudente de


Moraes percebi questões relacionadas a habilidades social dos alunos. Questões
como higiene pessoal, problemas de relacionamento, comunicação e falta de
habilidades para resolver problemas surgem como fatores principais.

Frente a isso gostaria de propor uma intervenção que foca no desenvolvimento


emocional e no apoio psicossocial de alunos com TEA
Requisitos levados em consideração: Altos níveis de estresse e ansiedade:
Professores, coordenação, familiares e também em muitos dos alunos com TEA estão
passando por um desgaste emocional enorme gerando conflitos, o que vem
impactando negativamente o aprendizado.

Falta de ferramentas para gerir emoções: Alguns alunos estão tendo dificuldade em
identificar e gerir as suas emoções, o que pode levar a problemas comportamentais
ou isolamento.
Atividades do projeto de intervenção: Workshops e Palestras: Realizar workshops
regulares sobre estratégias de enfrentamento no TEA, gerenciamento de estresse,
desenvolvimento emocional e resolução de conflitos. Podendo trazer profissionais na
semana de palestra de psicologia para fornecer orientações práticas e falar de como
é lidar com o autista na adolescência, convidando os pais, familiares e até mesmo os
professores para participar. Pode se criar também uma mesa redonda com
profissionais e pais de crianças com TEA, para um debate explorando as experiências
dos pais, seus desafios e como compartilhar recursos e boas práticas.

Grupos de Apoio e Discussão: Criar grupos de discussão na própria escola onde os


pais ou responsáveis possam compartilhar experiências, desafios e estratégias para
resolver problemas usuais relacionados ao ambiente escolar. Esses grupos podem
ser liderados por psicólogos, profissionais qualificados ou até mesmo os profissionais
em educação especial.

Campanhas de sensibilização: Implementar campanhas regulares sobre o autismo,


destacando a importância de falar mais sobre o tema e trazer conscientização,
atividades que visam criar um ambiente escolar mais acolhedor, onde os alunos com
TEA se sintam apoiados e tenham acesso a recursos para desenvolver aptidões
emocionais e enfrentar os desafios do cotidiano. A longo prazo, isto deverá melhorar
o bem-estar geral dos alunos e contribuir para um ambiente escolar mais saudável e
inclusivo.

9 - CONSIDERAÇÕES FINAIS

Frente ao que foi visto, o desafio proposto trouxe inúmeros aprendizados e novas
reflexões, permitindo-nos entrar em contato com uma realidade que muitas vezes é
vista do lado de fora, o que foi uma experiência enriquecedora. É evidente e chocante
a divergência entre o que é proposto e o que acontece na realidade. Isso ficou claro
durante a primeira visita a campo, presenciando a tamanha falta de preparo do corpo
docente em relação ao autismo (TEA), o que entrou em conflito com a realidade
passada pelas secretarias de educação e o próprio Ministério da Educação.
Esse trabalho me mostrou uma ampla gama de possibilidades em relação à demanda
de trabalho do psicólogo, tanto no setor privado quanto no setor público. Funções
essas que eram e ainda são desconhecidas por muitos. O trabalho de um psicólogo
vai muito além do atendimento clínico tradicional é muito mais amplo do que imagina
se. Na prática, também pude notar o quanto o psicólogo faz falta no ambiente escolar,
pois quando se trata de emoções, principalmente na adolescência é preciso um
trabalho que vai além do pedagógico.
Sem falar nas dificuldades que a escola tem de comunicação com a família de alunos
com TEA, o que poderia ser amenizado com um suporte adequado.
Mas também fiquei impressionados com o cuidado e o respeito que os profissionais
tem com os alunos, principalmente a coordenadora Rosa, é notório o quanto ela
dedica a sua vida pela educação.

9.1 Considerações finais do aluno

Em 2021, quando ingressei no primeiro semestre da faculdade, não tinha ideia do que
esperar da vida universitária e do quanto ela me proporcionaria em termos de
aprendizado para minha vida.
Essa nova jornada acadêmica trouxe consigo diversos desafios e reflexões que
através dessa experiência, tive a oportunidade de adentrar esferas que talvez nunca
tivesse visto por este angulo se não fosse pela psicologia. Um dos principais desafios
foi escrever este relatório final, que inicialmente parecia uma tarefa intransponível,
mas, com a ajuda da professora estou conseguindo finalizar este trabalho que me
trouxe tantos aprendizados. Outro desafio foi ter que conciliar entre poder ajudar e ter
que me silenciar para somente observar, isso foi torturante.
E depois ainda ter que transpor para o papel e redigir de forma detalhada as
experiências, além de analisar os artigos científicos utilizados como fonte de estudo e
aplicar as referências no trabalho. Acredito que seria mais proveitoso se desse para
este estágio além da observação ter mais orientações na prática no ambiente do
estágio.
Essa experiência não me trouxe nenhum desconforto, mas sim muitos aspectos
positivos para o meu repertório de conhecimento. Experimentar e criar novos contatos
"fora da bolha" foi extremamente enriquecedor para mim.
A minha sugestão para os próximos trabalhos seria uma abordagem mais pratica
podendo exercer de algum modo os aprendizados adquiridos até então, eu sei que
nem sempre será possível mas fica a minha sugestão.
Na elaboração do trabalho fiquei com algumas dúvidas, como: Porque foi tirado o
psicólogo que chegou a dar assistência para a escola? O que faz e qual o seu papel
nas Escolas Estaduais na prática? E como tornar a escola um ambiente mais inclusivo,
pois temos na teoria um discurso lindo, mas na pratica fica muito a desejar.?
Sendo assim deixo a minha crítica aos órgãos públicos seja municipal, estadual e
nacional que ainda está bem distante da realidade enfrentada pelos pais, professores
e alunos.
Finalizo este trabalho com um balanço positivo de tudo que foi aprendido, cada
experiência vivida e principalmente em ter uma professora que conseguiu me nortear
por este caminho que é a psicologia educacional.

10 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 Livro

LOPES, Renata. Conhecendo-Se Para Educar: Orientação Cognitivo


Comportamental Para Pais. Rio Grande do Sul: Sinopsys, 2015.

MELLO, Ana Maria. Autismo: Guia prático. 4.ed. São Paulo: Corde, 2005.

PLETSCH, Márcia Denise. Repensando A Inclusão Escolar: Diretrizes Políticas e


Práticas Curriculares e Deficiência Intelectual. Editora: Nau, 2014.

SALLY, Rogers; GERALDINE, Dawson; LAURIE, Vismara. Autismo: Compreender


e agir em família. Lisboa: Lidel, 2015

SALLY, Rogers; GERALDINE, Dawson. Intervenção precoce em Crianças com


Autismo: Modelo Denver para promoção da linguagem, da aprendizagem e da
socialização.1.ed. Lisboa: Lidel, 2014

Internet

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Disponível em:
https://cbialunos.com/pluginfile.php/420691/mod_resource/content/2/PSICOEDUCA
%C3%87%C3%83O%20FAMILIAR.pdf. Acesso em: 01 nov. 2023.
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https://www.scielo.br/j/estpsi/a/GsMP7wfNk5Xc9dsKGQwYCZK/?lang=pt. Acesso
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Disponível em: https://jus.com.br/artigos/73835/o-direito-ao-acesso-a-educacao-da-


pessoa-com-transtorno-espectro-autista-tea-apos-a-lei-berenice-piana-n-12-764-12-
violacao-de-preceito-fundamental-ou-descumprimento-de-relacao-contratual. Acesso
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Disponível em: https://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2012/07/codigo-de-etica-


psicologia.pdf. Acesso em: 19 out. 2023.

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