Você está na página 1de 36

1

UNIVERSIDADE PAULISTA
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

LAURA MOREIRA LISBOA

EDUCAÇÃO FAMILIAR:
O PAPEL DOS PAIS NA EDUCAÇÃO DOS FILHOS

INDAIATUBA - SP
2016
1

UNIVERSIDADE PAULISTA
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

LAURA MOREIRA LISBOA

EDUCAÇÃO FAMILIAR:
O PAPEL DOS PAIS NA EDUCAÇÃO DOS FILHOS

Trabalho de conclusão de curso apresentado como


requisito parcial para a obtenção do título de
Licenciatura em Pedagogia.
Universidade Paulista – Polo Indaiatuba
Orientação: Alessandra Carvalho Teixeira

INDAIATUBA - SP
2016
2

Banca Examinadora

INDAIATUBA - SP
2016
3

AGRADECIMENTO

Quero agradecer a Deus por esta oportunidade que ele me concedeu. Só Ele
sabe o quanto orei por esse momento. Agradeço a Ele por me dar força e
perseverança para ir até o fim.
Agradeço também ao meu esposo que sempre me deu total apoio durante
todo o tempo.
4

RESUMO

Desde os primórdios da humanidade a família existe como forma de


organização social. A família passou por muitas mudanças quanto a sua
configuração no decorrer dos tempos. No Brasil colonial, sob a influência da Igreja, a
única forma de se constituir uma família era apenas por meio do casamento
religioso. O patriarcado foi o modelo de configuração familiar adotado pela Igreja.
Com o surgimento de outras religiões a Igreja Católica foi perdendo o poder de
influência, o conceito e a configuração familiar foi ganhando novas formas. Nas
Constituições brasileiras o conceito de família foi evoluindo com tempo. A
Constituição de 1988, a carta magna, representou o maior avanço por atribuir à
família o papel ativo na sociedade fundamentada em direitos e deveres. Os padrões
rígidos historicamente construídos foram rompidos com a nova forma de a nova
Constituição abranger os direitos da família e suas novas formas de constituição,
como por exemplo, as uniões estáveis e as famílias monoparentais. A educação
familiar e sua importância vêm ganhando notoriedade, muitos teóricos dão ênfase a
sua função fundamental no desenvolvimento e na formação moral e ética do
indivíduo. A escola tem sido o reflexo da inaptidão das famílias frente ao seu papel
na educação dos filhos. A educação familiar tem ganhado novos olhares, a família é
um grupo primário e natural da sociedade, no ambiente familiar se dá a socialização
primária. Os pais exercem o importante papel de mediação da criança com o mundo.
A qualidade do ambiente vivido na infância terá forte influência nas fases do
desenvolvimento humano.

Palavras chave: Conceito de família. Educação familiar. O papel da família.


5

ABSTRACT

From the beginnings of humanity the family exists as a form of social organization.
The family has undergone many changes as to its configuration over time. In colonial
brazil, under the influence of the church, the only way to build a family was through
religious marriage alone. Patriarchy was the model of family configuration adopted by
the church. With the emergence of other religions, the catholic church lost its power
of influence, the concept and the family configuration gained new forms. In the
brazilian constitutions the concept of family has evolved with time. The constitution of
1988, the charter, represented the greatest advance in attributing to the family the
active role in society based on rights and duties. The historically constructed rigid
standards have been broken with the new way in which the new constitution covers
family rights and their new forms of constitution, such as stable unions and single-
parent families. Family education and its importance are gaining notoriety, many
theorists emphasize their fundamental function in the development and moral and
ethical formation of the individual. The school has been a reflection of the inability of
families to face their role in the education of their children. Family education has
gained new glances, the family is a primary and natural group of society, in the family
environment if primary socialization. Parents play the important mediating role of the
child with the world. The quality of the environment experienced in childhood will
have a strong influence on the phases of human development.

Keywords: Family concept. Family education. The role of the family.


6

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

FIGURA 1 – Amamentar pode “alinhar” cérebro da mãe com o do bebê..................17


FIGURA 2 – Influência da Tecnologia na Família Moderna.......................................19
FIGURA 3 – Bíblia Sagrada........................................................................................24
FIGURA 4 – Família reunida mesa............................................................................26
FIGURA 5 – Pais autoritários.....................................................................................27
FIGURA 6 – Educação e Família...............................................................................30
7

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO........................................................................................................8
2. CAPÍTULO I. O CONCEITO DE FAMÍLIA E SUAS TRANSFORMAÇÕES.........10
1.1 A origem do conceito de família...........................................................................10
1.2 O conceito jurídico de família nas Constituições brasileiras................................11
1.3 O Conceito atual de família..................................................................................13

3. CAPÍTULO II. A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO FAMILIAR E SUAS


DIFICULDADES.........................................................................................................15
2.1 Educação familiar é um direito e uma necessidade.............................................15
2.2 Alguns dos principais problemas atuais presentes no ambiente familiar.............18

4. CAPÍTULO III. COMO A FAMÍLIA DEVE ATUAR NA EDUCAÇÃO DOS


FILHOS......................................................................................................................21
3.1 Definição da palavra educação............................................................................21
3.2 O dever da família no processo de educar....................................................... ...22
3.3 Diferenças entre autoritarismo, permissividade e autoridade no processo de
educar.........................................................................................................................26
3.4 A participação da família na vida escolar..............................................................29

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................31
REFERÊNCIAS..........................................................................................................32
8

1. INTRODUÇÃO

O propósito desta monografia numa abordagem qualitativa tem como intuito


auxiliar pais e educadores quanto a questão da importância da educação familiar.
A primeira fase do processo de socialização da infância se dá dentro do
ambiente familiar, onde acontece o primeiro contato com o mundo. A educação
familiar antecede a educação escolar.
Por meio da pesquisa bibliográfica este trabalho tenta esclarecer que é papel
principal da família ensinar aos seus filhos conviver socialmente de forma ética.
Içami Tiba, psiquiatra e educador nos apresenta a definição de cidadania familiar
tendo como princípio fundamental: aquilo que não pode ser praticado na sociedade
não poderá ser praticado dentro de casa, deve ser praticado em casa aquilo que
deverá ser praticado na sociedade.
Atualmente percebe-se essa fragilidade na educação familiar, existe uma
dificuldade da família atual na formação do padrão comportamental social de seus
filhos.
Na escola se reflete os impactos do processo educativo familiar. A instituição
escolar tem assumido muitas exigências educacionais instituídas pelo sistema
educacional brasileiro para atender as novas demandas sociais. Diante das
exigências educacionais existe uma tendência de muitas famílias atribuírem apenas
a escola as responsabilidades sobre o processo educativo e a resolver os conflitos
existentes nas relações sociais de seus filhos.
A escola muitas vezes se encontra sobrecarregada diante das exigências com
a falta do apoio familiar. A escola e a família devem ser parceiras no processo de
educar sem transferir suas responsabilidades próprias.
Quando se fala em educação não existem fórmulas que resolvam todos os
problemas. Primeiramente é preciso compreender nosso contexto social e cultural,
para poder então buscar caminhos que promovam mudanças significativas.
Tanto o ambiente escolar quanto o ambiente familiar são de fundamental
importância para o desenvolvimento integral do educando.
A família e a escola precisam estabelecer vínculos, pois ambas
desempenham papéis fundamentais na sociedade, diferenciados, mas não
desconexos, mas dependentes.
9

Iniciaremos nossos estudos discutindo sobre o conceito de família e suas


transformações.
Num segundo momento, discutiremos sobre a importância da educação
familiar e suas dificuldades.
Num terceiro momento discutiremos a atuação da família no processo de
educar.
10

2. CAPÍTULO I . O CONCEITO DE FAMÍLIA E SUAS TRANSFORMAÇÕES

1.1 A origem do conceito de família


A família pode ser considerada a organização social mais antiga do mundo.
Por uma questão de sobrevivência e qualidade de vida, os humanos se organizavam
em grupos, unidos por laços sanguíneos denominados clãs.
Segundo o antropólogo Luiz Almeida Marins as famílias primitivas eram
matrilineares. Os filhos eram criados pela mãe que pertecia a um clã, que eram
grupos sociais formados por grupos de descendentes. O papel de liderança e poder
pertenciam a mulher. Era o homem, pertencente a outro clã, que deixava a sua
família e ia morar com a família da esposa e adequava-se ao novo estilo cultural. A
educação do filhos ficavam à responsabilidade da família materna.
Com advento da agricultura na Mesopotâmia houve a transição da sociedade
nômade para a sedentária, foi quando deu início à civilização urbana e mudou a
configuração familiar de matriarcal para patriarcal.
Na maior parte da história, a família foi organizada e regida na forma patriarcal.
O patriarca reunia-se em uma mesma comunidade com os seus descendentes e
compartilhavam da mesma identidade cultural e patrimonial.
O termo família é derivado do latim “famulus”, que significa “escravo
doméstico”, surgiu na Roma Antiga para designar os grupos de escravos que de
forma legalizada trabalhavam na agricultura das tribos latinas.
Com o grande desenvolvimento da sociedade os laços sanguíneos se tornou
mais dissolvido, foi onde a expressão “família natural” ganhou importância no Direito
Romano. Essa expressão era para designar a família formada pelo casal e os seus
filhos. A família natural se originava apenas através do casamento.
A estrutura da família natural era baseada no patriarcado. O homem como o
chefe da família tinha o poder sobre a esposa e filhos, dono das riquezas, escravos,
da terra e mando político.
Segundo Cunha (2010) Igreja Católica adotou esse modelo de família natural
no Direito Canônico, que era o ordenamento jurídico da Igreja Católica Apostólica
Romana. Tornou o matrimônio sagrado e indissolúvel formado por duas pessoas de
sexos opostos através da cerimônia religiosa, esse modelo familiar predominou por
séculos. A cultura, a religião e as sociedades das nações europeias ocidentais
foram dominadas pela Igreja Católica por mais de um milênio.
11

No Brasil o modelo de família patriarcal era predominante no período colonial.


O governo português não podia estar presente em toda colônia, então os
proprietários das terras tomaram as rédeas do poder. A comunidade familiar
patriarcal era a única organização social que detinha o poder e funções sociais. O
poder patriarcal dominou na ausência de um Estado forte.
O poder da família patriarcal no Brasil foi entrando em defasagem com o início
da industrialização, urbanização e o fortalecimento do Estado.

1.2 O conceito jurídico de família nas Constituições brasileiras


O conceito de família na legislação brasileira evoluiu de acordo com as
exigencias sociais surgidas com o passar dos tempos.
Em 1824 a Constituição Política do Império do Brasil foi a primeira instituição
brasileira encomendada pelo imperador Dom Pedro I. Esta não fazia menção sobre
o conceito de família. O início da família se dava através do casamento religioso
católico, pois nessa época a Igreja exercia controle sobre a vida civil e forte
influência no padrão comportamental e moral das pessoas.
Outras formas de celebrar casamento por outras religiões ganhou forças devido
a Lei 1.144 de 1861 que foi regulamentada pelo Decreto n. 3.069, de 1863. Esse
projeto de lei fez com que a Igreja Católica perdesse parte do seu poder de
influência.
Em 1890 foi separado o poder estatal do poder da Igreja, diante disso foi
promulgado o Decreto 181 de 1890 que retirou o valor jurídico do casamento
religioso e instituiu o casamento civil gratuito, sob pena de prisão e multa a quem
celebrasse o casamento religioso antes do civil.
Na Constituição de 1891, o Decreto 181 de 1890 foi legalmente reconhecido.
Passando a reconhecer somente o casamento civil rompendo de forma definitiva
com a influência religiosa.
A Constituição de 1934 foi a primeira a abordar o conceito de família pelo
casamento indissolúvel. A lei civíl era quem determinava os casos de anulação de
casamento e o desquite. O casamento religioso foi reintroduzido devido a
estranheza social que a Constituição de 1891 causou na população de maioria
católica.
Na Constituição de 1937, de forma clara fazia menção da família constituída
pelo casamento indissolúvel sob proteção do Estado. Destacava a educação dos
12

filhos como dever e direito dos pais e o Estado como colaborador de maneira
principal ou subsidiária, facilitando a execução ou suprindo as deficiências da
educação particular. Reconhecia como dever do Estado a garantia à infância e à
juventude, as condições físicas e morais de vida sã e o desenvolvimento das
faculdades de forma harmoniosa. Cabia aos pais miseráveis pedir auxílio e proteção
ao Estado para a subsistência da educação de seus filhos.
A Constituição de 1946 fazia menção explícita do conceito de família
constituída pelo casamento indissolúvel sob proteção do Estado. O casamento
religioso e o civíl tinha os mesmos efeitos mediante a requerimento do casal pela
inscrição no Registro Público. Era obrigação do Estado dar assistência à
maternidade, à infância e à juventude. A lei concedia amparo às famílias numerosas.
Na constituição de 1967, manteve no casamento religioso e o civíl os mesmos
efeitos. E pela Emenda Constitucional n. 9/77 houve uma mudança quanto a
indissolubilidade do matrimônio, nesta Emenda previa a dissolução do casamento
em alguns casos previstos em lei.
Na Constituição de 1969, também fazia menção do conceito de família
constituída pelo casamento que tinha direito à proteção dos Poderes Públicos. O
casamento civíl e o religioso ainda possuía os mesmos efeitos, o casamento poderia
ser dissolvido mediante a separação judicial por mais de três anos.
A atual Constituição brasileira de 1988 reconhece a família como base da
sociedade sob proteção do Estado e a celebração do casamento civíl de forma
gratuita. Rompendo com o padrão rígido das Constituições anteriores a união
estável entre homem e mulher como entidade familiar foi reconhecida pelo Estado
para efeitos de proteção e devendo este facilitar a regulamentação dessa união em
casamento.

Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.


§ 1º O casamento é civil e gratuito a celebração.
§ 2º O casamento religioso tem efeito civil, nos termos da lei.
§ 3º Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre
o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua
conversão em casamento.

Tem o reconhecimento do Estado como família a formação da comunidade


familiar constituída por qualquer um dos pais e os seus descendentes. A carta
magna modificou a possibilidade de dissolubilidade do casamento através do
divórcio segundo o art. 226:
13

§ 4º Entende-se, também, como entidade familiar a comunidade formada


por qualquer dos pais e seus descendentes.
§ 5º Os direitos e deveres referentes à sociedade conjugal são exercidos
igualmente pelo homem e pela mulher.
§ 6º O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio.

Quanto aos direitos e deveres à sociedade conjugal, homem e mulher devem


exercer seus papéis de forma igualitária.
A liberdade é direito do casal quanto ao planejamento familiar sem a
interferência coercitiva do Estado. Sendo o papel do Estado providenciar recursos
educacionais e científicos para o exercício desse direito.
O Estado de forma assistencialista deve criar mecanismos que coibam a
violência no âmbito das relações familiares.
A carta maior reconhece como dever da família, da sociedade e do Estado
garantir a criança, ao adolescente ou ao jovem com absoluta prioridade o direito à
vida, à educação, à saúde, à alimentação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à
dignidade, ao respeito, à liberdade, à convivência familiar e comunitária, além de
resguardá-los de toda forma de violência, discriminação, negligência, exploração,
crueldade, opressão. Filhos por adoção ou havidos de outras relações possuem os
mesmos direitos.
Filhos menores de 18 anos são penalmente considerados inimputáveis. Tendo
os pais o dever de assistir, criar e educá-los. E aos filhos maiores o dever de cuidar
dos pais na velhice, carência ou enfermidade. É papel da família, da sociedade e do
Estado cuidar das pessoas idosas defendendo sua participação, dignidade, bem-
estar e direito à vida.
Diante das antigas Constituições, a atual de 1988 demonstrou um avanço por
atribuir à família um papel ativo junto à sociedade e ao Estado. A atual Constituição
brasileira é considerada no meio acadêmico e jurídico, uma das cartas mais
evoluídas e progressitas do mundo em relação a proteção dos direitos sociais
fundamentais individuais e coletivos.

1.3 O Conceito atual de família


Com o passar dos tempos a família passou por muitas transformações
sociais, econômicas, políticas e culturais. Tais transformações modificaram a
configuração familiar e as relações parentais.
14

Por muito tempo a família era baseada na consaguinidade e na união de duas


pessoas através do casamento.
O padrão familiar difundido pela Igreja era indissociável, rígido e imutável,
independente da vontade e afeto entre os cônjuges.
A Constituição de 1988 trouxe uma nova realidade ao Direito de Família,
rompendo com os padrões rígidos historicamente construídos. O conceito de família
passou a abranger uniões estáveis e famílias monoparentais, baseado no afeto.
Segundo Osório e Valle (2009) os Dados da Pesquisa Nacional por Amostra
de Domicílios (PNAD) de 2006 demonstraram que no Brasil há um predomínio das
famílias que tem filhos, representando 67,6% da população. Aumentou o número de
pessoas que moram sozinhas, casais sem filhos, mulheres que chefiam suas
famílias sem o cônjuge. O modelo familiar monoparental feminino é maior em
regiões metropolitanas. Entre 1996 e 2006 houve uma tendência de redução do
tamanho da família que passou de 3,6% pessoas para 3,2%. O número de mulheres
consideradas como referência na família é superior ao número de homens. Em
89,5% dos divórcios, a responsabilidade pelos filhos foi atribuído às mulheres. Em
2005 85,9% dos casamentos foi entre pessoas solteiras. Tem também crescido o
número de divorciados que se casam com solteiros, o número de homens
divorciados que se casam com mulheres solteiras possuem percentuais mais
elevados. No Brasil em 2005 a média de idade feminina para o casamento é de 25
anos enquanto para os homens é 28 anos. Entre 1996 e 2006 aumentou o nível de
ocupação da mulher quase 5% enquanto que para o homem reduziu cerca de 1%.
Segundo Tiba (2012a) a casa é o repouso do guerreiro para o homem, para
mulher que trabalha fora é o seu segundo emprego.

A mãe se sobrecarrega, e o pai continua folgado. Entretanto, ela não


precisaria ser 100% mãe. Poderia ser só 50% se os outros 50% fossem
completados pelo pai, que assumiria seu lugar na educação – já que a mãe
trabalha fora e traz fundamental ajuda econômica para o lar. (TIBA, 2012a,
p. 46).

A família nuclear é aquela formada apenas por pais e filhos, a família


expandida é formada por outros parentes consanguíneos como genros, noras,
primos, sogros, sogras e tios. A família monoparental é aquela formada apenas por
um dos pais.
15

Segundo Tiba (2009) existe outros modelos familiares como em que o pai é o
pai, mas a esposa não é a mãe de seus filhos. Só que, na maioria dos casos de
separações a mãe fica com a tutela dos filhos, que geralmente encontra outro
parceiro e este passa a tomar conta de seus filhos. Tem se tornado cada vez mais
comuns famílias constituídas por pais separados, em que agregam seus filhos
biológicos e enteados.

3. CAPÍTULO II. A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO FAMILIAR E SUAS


DIFICULDADES

2.1 Educação familiar é um direito e uma necessidade


Segundo Tiba (2008):

A educação familiar hoje é um projeto de formação e construção de


cidadãos éticos.

A primeira fase do processo de socialização da infância se dá dentro do


ambiente familiar, onde acontece o primeiro contato com o mundo. A educação
começa em casa, ela não pode ser prioridade apenas da escola mas deve ser
também da família.
Segundo Shaffer (2009):

De uma perspectiva desenvolvimental, a função mais importante da família


em todas as sociedades é cuidar e socializar seus filhos. A socialização
refere-se ao processo elo qual as crianças adquirem crenças, valores e
comportamentos considerados importantes e apropriados pelos membros
de sua sociedade... Visto que os eventos dos primeiros anos são tão
importantes para os desenvolvimentos social, emocional e intelectual da
criança, é apropriado considerarmos a família o instrumento primário de
socialização.

A Constituição de 1988 reconhece a família como base da sociedade. A


família tem forte influência no desenvolvimento da personalidade e desempenha um
papel importante na formação moral e ética do invidíduo.

A família é um grupo primário e natural da sociedade, nos quais o ser


humano vive e consegue se desenvolver. Na interação familiar, que é prévia
e social (porém determinada pelo meio ambiente) configura-se bem
precocemente a personalidade determinando-se aí as características
sociais, éticas, morais e cívicas dos integrantes da comunidade adulta.
(KNOBEL, 1996, p.19).
16

A convivência familiar de qualidade é uma necessidade e um direito da


criança e do adolescente. Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente , na Lei
8.069, de 13 de julho de 1990 traz considerações importantes :

Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais


inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata
esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as
oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico,
mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade.

Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do


poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos
referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer,
à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à
convivência familiar e comunitária.

Segundo o ECA a criança e o adolescente tem o direito de serem criados


pelos seus pais biológicos. Quando os pais violam o direito à convivência familiar e
aos deveres pátrios, o ECA exige que a criança ou adolescente seja colocado em
família substituta.
Segundo a Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança, a
família é um grupo fundamental da sociedade e ambiente natural para o crescimento
e bem estar de todos os que à constituem. As crianças devem receber assistência e
proteção necessária afim de que possa assumir de forma plena suas
responsabilidades na comunidade na sua vida adulta. A criança deve crescer em um
ambiente de felicidade, compreensão e amor para que tenha um pleno e harmonioso
desenvolvimento de sua personalidade. A criança deve ser preparada segundo os
ideais educacionais da Carta das Nações Unidas. A criança necessita de cuidados e
proteção especiais devido a sua falta de maturidade física e mental.

O desenvolvimento cognitivo e emocional de uma criança é influenciado não


apenas por sua saúde e estado nutricional, mas também pelas experiências
e interações que ocorrem durante a infância com aqueles que participam de
sua vida (pais, irmãos, amigos). Esses elementos atuam em sinergia e não
podem ser separados em diferentes domínios. Por isso, além de assegurar
nutrição e tratamento das doenças, é importante garantir que a criança
cresça em um ambiente com afeto, estimulação intelectual e interação com
as pessoas da família. (UNICEF, 2005, p. 69).

Desde de recém-nascida, a criança começa estabelecer vínculo com a mãe


nas interações sucessivas. A formação do vínculo é um processo. A amamentação
se constitui em um momento privilegiado de aproximação e fortalecimento desse
vínculo emocional. Esse momento ímpar de amamentação, troca de olhares e
17

toques entre mãe e bebê proporciona na criança o sentimento de segurança e


proteção. Esse vínculo emocional pode futuramente influenciar positivamente o
relacionamento dessa criança com outras pessoas.

Figura 1 - Amamentar pode “alinhar” cérebro da mãe com o do bebê

Fonte: http://www2.uol.com.br/vivermente/noticias/amamentar_pode_-alinhar-
_cerebro_da_mae_com_o_do_bebe.html

O ambiente vivido por uma criança durante sua infância terá influência na sua
formação integral.

O desenvolvimento cerebral é extremamente rápido nos primeiros anos de


vida. Ao nascer, o cérebro já está com seu crescimento celular praticamente
concluído. Um recém-nascido tem aproximadamente 100 bilhões de células
cerebrais, que, na maior parte delas, não estão conectadas entre si. O
amadurecimento do cérebro vai ocorrer nos primeiros anos de vida, quando
redes serão organizadas a partir do estabelecimento ou fortalecimento de
trilhões de conexões entre as células cerebrais. O ambiente em que a
criança vive irá afetar a forma como essas conexões cerebrais serão
estabelecidas. Criança que experimenta situações extremas de estresse
nos primeiros anos de vida encontra-se em maior risco de desenvolver
vários problemas cognitivos, comportamentais e emocionais, deixando de
atingir o seu pleno potencial. Enquanto a genética estabelece o patamar
que uma criança poderá atingir no seu desenvolvimento, o ambiente irá
determinar se esse patamar será atingido ou não. (UNICEF, 2005, p. 69).

A qualidade do ambiente vivido por uma criança pode influenciar ou até


mesmo determinar características comportamentais que apresentará em sua vida
adulta. Não basta aos pais se preocuparem com os aspectos físicos e materiais, é
preciso oferecer um ambiente de convivência harmônica e equilibrada. O ambiente
familiar é a referência que a criança tem para conviver em sociedade.
18

Os fracassos na vida social e na vida íntima do adulto têm muitas vezes


origem em erros de educação, pais excessivamente rígidos podem levar os
filhos à timidez e à eterna rebeldia, pais que brigam entre si, em presença
da criança, podem gerar instabilidade e incapacidade para um matrimônio
feliz. (WEIL, 2000, p.158).

Segundo Silva (2008):

Uma família constituída a luz de princípios morais sólidos fará de seus


membros cidadãos de primeira categoria, ao passo que uma família
destituída desses princípios legará aos seus integrantes vícios de toda
natureza. (p. 5).

2.2 Alguns dos principais problemas atuais presentes no ambiente


familiar
A prática educativa tem sido objeto de estudo para muitos especialistas, como
educadores, psicólogos, psiquiatras, sociólogos e psicanalistas. É nítido em nossa
sociedade a inaptidão das famílias frente a seu papel na educação. Muitos pais
estão despreparados para educar seus filhos.
Segundo o psicólogo e educador Marcos Meier em uma entrevista ao portal
de notícias G1 (2012), o professor está carregado com tarefas que são atribuídas
aos pais. O professor tem que gastar parte do seu tempo que era destinado ao
ensino para corrigir indisciplina entre outras coisas da área da educação básica
familiar. Segundo o educador devido ao excesso de ocupação dos pais e o acesso
as tecnologias, adolescentes passam horas excessivas no computador, video game,
telefone e não estão desenvolvendo mecanismos de socialização.
Para Meier as famílias não devem ser classificadas como estruturadas ou
desestruturadas por causa da sua configuração, com o aumento dos divórcios criou-
se novas relações. Meier defende o enfoque para a funcionalidade da família, pois
existem famílias que tem a presença do pai e da mãe e filhos que são disfuncionais,
devido a falta de atenção dos pais. Existem famílias sem o pai, mas a mãe exerce
um papel maravilhoso com apoio dos avós e tios.
Para o educador a escassez de momentos de intimidade necessários para
construir uma relação de qualidade entre família é resultado da falta de tempo dos
pais e o excesso de tempo conectados as tecnologias.
19

Figura 2 - Influência da Tecnologia na Família Moderna

Fonte: https://familiatecnologiacts.wordpress.com/

Segundo Sinay (2012) existe um tipo de orfandade de crianças e


adolescentes de todos os níveis sociais e culturais na nossa sociedade atual. Uma
orfandade diferente daquela relacionada aos mais pobres que são privados de
oportunidades básicas.

Essa sociedade em que vivemos hoje. A morte física dos pais não é
condição necessária para o filho se transformar em órfão. E a presença
deles não é, por sua vez, uma garantia contra a orfandade. Uma criança
pode ver seus pais todos os dias, ter contato físico e material com eles,
viver sob o mesmo teto, ser matriculado no colégio por eles, receber dessas
mesmas pessoas o alimento que come a roupa que veste e ser um órfão.
(SINAY, 2012, p. 22).

Esse autor chama de órfãos funcionais aqueles que em sua maioria convivem
com pai e mãe, frequentam escolas e colégios, tem acesso as tecnologias, tem suas
necessidades básicas supridas e recebem bens materiais. Mas em contrapartida
estão cercados por adultos que não assumem a responsabilidade em educá-los,
guiá-los, limitá-los e dar-lhes ordens.
Para Sinay (2012) o conceito de orfandade vai além dos bens materiais
proporcionados a criança. Existem uma orfandade emocional quando pela falta de
interação contínua e ativa com os adultos mais próximos as crianças deixam de
expressar seu mundo afetivo e a nutrí-lo pela ausência de fontes. A orfandade ética
é a impossibilidade da criança de construir e exercer uma escala de valores, porque
são privadas de referências concretas, reais e constantes que só podem ser
transmitidas pela presença e atitudes dos pais. A orfandade logos é a falta de
20

conversas, exemplos e experiências compartilhadas que levem a uma conexão


precoce com a vontade de construir uma vida com sentido. A orfandade espiritual é a
ausência de um ambiente proporcionado pelos adultos mais próximos, em que se
possa ir mais além das questões materiais, e se ligar a instâncias superiores. A
orfandade afetiva é a necessidade sinais constantes e consistentes emitidos pelos
adultos, que validem seu valor, importância e caráter especial, esses sinais só
chegam através de um olhar cordial, escuta sensível, momentos compartilhados,
acompanhamento dos processos e experiências. A orfandade normativa está
relacionada a falta de limites impostos para que favoreça a aprendizagem e a
convivência construtiva, pautados em noções de valores, que construam ambientes
favoráveis ao próprio desenvolvimento.
Segundo Sinay (2012) nunca existiram tantos seres humanos vivos como
atualmente, nunca tão conectados por meio da tecnologia, nunca as pessoas
tenham estado menos em contato entre si, nunca nos reconhecemos menos como
semelhantes e necessários uns para os outros. Vivemos em uma sociedade do
mercado onde as pessoas são definidas e valorizadas pelo que tem e não pelo que
são. Muitos pais tem dedicado a viverem para trabalhar e consumir e se encontram
despreparados para transmitir valores através do comportamento. Vivemos na
sociedade do consumo onde a estratégia mercadológica é manipular as
consciências fazendo com que as pessoas vejam os desejos como necessidades.
Existe uma perversa estratégia do mercantilismo em nossa sociedade infiltrada nas
relações de pais e filhos, passando a falsa mensagem de que o carinho, a atenção e
a admiração que os pais receberão dos filhos será proporcional ao valor das coisas
e dos presentes dados. O trabalho não deve ser visto como um fim em si mesmo no
qual a pessoa se dedica cegamente. Os pais trabalham para que não falte nada aos
seus filhos e acabam deixando se suprir o essencial com a sua presença, atenção e
o acompanhamento. Os pais acabam delegando suas responsabilidades a outras
pessoas, instituições e artefatos. A ausência de proximidade é devido a falta de
tempo, aponta os pais. A falta de tempo é devido ao trabalho e trabalham para
garantir o bem-estar da família que por fim acabam sofrendo por esta ausência.
Para Sinay (2012), muitos empregam tanta energia em trabalhar e consumir
que acaba restando pouca disposição para investir nas relações humanas e no
cultivo dos vínculos. É notável o quanto os pais gastam tempo cuidando de seus
automóveis, respondendo a e-mails, conectados nos celulares do que com seus
21

filhos. A dimensão do hedonismo tem sido proporcional ao vazio existencial daqueles


que o praticam, fazendo com que esqueçam da presença do outro, mesmo sendo o
próprio filho.
Segundo Cortella (2016), devido a velocidade das mudanças de paradigmas e
a pouca convivência dos pais com os filhos, muitos tem delegado a escola as suas
responsabilidades. Diante dessas mudanças alguns pais e mães ficam
desorientados. Atualmente, não apenas a educação dos filhos é necessária, mas a
dos pais também. Os pais devem buscar apoio em revistas, livros, grupos de
discução. A função da escola é a escolarização e a da família é a educação.

Alguns pais delegam a educação à escola porque talvez nem lhes ocorra
nessa hora que, para eles, filhos são para sempre enquanto, para a escola,
eles são transeuntes curriculares. (TIBA, 2012b, p. 24).

De acordo com Tiba (1996), muitos pais que por pagarem a escola de seus
filhos transferem suas responsabilidades a ela. Ainda usam como desculpa o pouco
tempo de convivência para deixarem os filhos fazerem o que quiserem sem nenhum
tipo de cobrança, esses pais estão deseducando seus filhos.

4. CAPÍTULO III. COMO A FAMÍLIA DEVE ATUAR NA EDUCAÇÃO DOS


FILHOS

3.1 Definição da palavra educação


A palavra educação provém do latim, educare,educere, cujo sentido literal é
conduzir para fora. O conceito de educação pode assumir diferentes significados,
abrange hábitos e valores de uma sociedade, além de abranger a vida em
sociedade compreende o aprendizado das experiências individuais.
O processo educativo também é compreendido quando o indíviduo no intuito
de adaptar-se na sociedade passa pelo desenvolvimento intelectual, físico e moral.
A educação envolve todos os processos sociais de aprendizagem, acontece
dentro da escola e fora dela nos mais diferentes lugares.
A educação pode ser divida entre formal, não formal e informal. A formal está
relacionada ao processo de escolarização necessária, reconhecida e garantida
como direito pelo Estado. Na educação não formal existe uma intencionalidade,
pensada em termos coletivos, se dá no meio de práticas sociais dos grupos
envolvidos em ações práticas. A educação informal ocorre em momentos
22

espontâneos ou naturais, ainda que esteja carregada de representações e valores


como no caso do tema em pauta, a educação familiar.

3.2 O dever da família no processo de educar


Toda atuação familiar é educativa. Mesmo de maneira isenta de
intencionalidade, a forma como os pais lidam com os comportamentos dos filhos
pode rechaçar ou legitimar valores e conhecimentos adquiridos pela criança no
processo civilizatório. Os pais exercem o importante papel de mediação da criança
com o mundo.
A participação educacional dos pais começa desde o início da vida de uma
criança. A maneira dos pais agirem em relação a educação dos filhos irá influenciar
a forma dos filhos se relacionar com as pessoas e o mundo.
De acordo com Tiba (2012b), a maioria dos pais são bem intencionados e
querem educar seus filhos. Muitos tem dificuldades porque suas experiências
pessoais e familiares não foram sufucientes. Atualmente existe uma grande
dificuldade dos pais na formação de valores nos seus filhos.
Porém, a falta de conhecimentos por parte dos pais quanto a maneira de
educar deixou de ser uma desculpa diante de tantas informações e orientações
educacionais que veiculam na mídia. É necessário que os pais de fato coloquem a
educação como prioridade.

Um excelente educador não é um ser humano perfeito, mas alguém que


tem serenidade para se esvaziar e sensibilidade para aprender. (CURY,
2003, p. 17).

Educar não consiste apenas em cuidar e suprir as necessidades, educar dá


muito mais trabalho porque é preparar a criança para a vida.

Educar é acreditar na vida, mesmo que derramemos lágrimas. Educar é ter


esperança no futuro, mesmo que os jovens nos decepcionem no presente.
Educar é semear com sabedoria e colher com paciência. (CURY, 2003, p.
9).

Para Tiba (2012b), todos os pais amam seus filhos, mas para educar, amar já
não é suficiente. Para ter competência educativa é necessário aprender a educar.

Naturalmente, questionar as atitudes paternas não significa colocar em


dúvida seu amor pelos filhos, mas a eficácia e a responsabilidade no
desempenho de funções indelegáveis. (SINAY, 2012, p. 40).
23

Tiba (2012b) faz referência as fases do amor no aprendizado. O amor


dadivoso é recebido pelos filhos ao nascerem, são amados desde o nascimento. O
amor que ensina o que os filhos ainda não sabem, o amor que exige que os filhos
ponham em prática o que aprenderam, o amor que aplica as consequências que é
uma ação diretamente relacionada a falta cometida.
Para Tiba (2012a) a qualidade da educação depende muito mais do preparo
da mãe quanto educadora do que o tempo de permanência com o filho. Existem
muitas crianças e adolescentes que tem a presença contínua de suas mães e são
mal educadas.

A mulher precisa tomar cuidado para não transformar seu amor de mãe
numa doação que atropela o filho em vez de educá-lo. (TIBA, 2012a, p. 51).

Segundo Tiba (2012b), o amor dadivoso e o amor que ensina não são
suficientes. Os pais devem por em prática o amor que exige e o amor que aplica as
consequências. Precisam exigir que o filho assuma as consequências previamente
combinadas das faltas cometidas. O pais que não ensinam, que não exigem e que
não aplicam as consequências estão construindo a ignorância, esta porém é muito
mais cara do que a construção do conhecimento.
De acordo com Tiba (1996), a forma como muitos filhos tratam os seus pais,
percebe-se não uma falta de amor, mas de orientação, apatia e até certa covardia
dos pais que não conseguem exigir dos filhos o mínimo de consideração. Os pais
muitas vezes dão do bom e do melhor para os seus filhos e são tratados de forma
grosseira e antiética. Os próprios pais devem exigir e incutir o comportamento ético
nos filhos.
Educar não é dar liberdade para a criança fazer o que quiser, mas é
necessário estabelecer limites a padrões de conduta saudáveis ao seu
desenvolvimento.
A bíblia é considerada por muitos o livro dos livros, embora muito antigo, é
cheia de informações científicas e a exatidão de suas informações pode ser
confirmada pela ciência após muito séculos. O mais interessante para esta pesquisa
é a variedades de conselhos práticos que ela possue, conselhos para uma
convivência social saudável, convivência familiar e também conselhos para a
educação dos filhos.
24

Figura 3 - Bíblia Sagrada

Fonte: https://jesuselpanvivo.wordpress.com/2015/page/4/

A criança precisa de limites estabelecidos, os pais não podem fazer todas as


suas vontades, se não for assim ela não desenvolverá o domínio próprio, o equilíbrio
e trará problemas aos pais.

É bom corrigir e disciplinar a criança. Quando todas as suas vontades são


feitas, ela acaba fazendo a sua mãe passar vergonha. (BÍBLIA, Provérbios,
29:15).

Para uma educação eficaz é necessário iniciar seu processo desde a mais
tenra idade. A educação e os valores passados de pais para filhos precisam ser
legítimos, o exemplo exerce maior influência do que as palavras. A Bíblia aconselha
aos pais ensinarem os filhos no caminho e não apenas apontar o caminho. Antes de
ensinar a fazer o que é bom é preciso ser praticante.

Eduque a criança no caminho em que deve andar, e até o fim da vida não
se desviará dele. (BÍBLIA, Provérbios, 22:6).

De acordo com Tiba (2009), toda família deve ter como princípio de boa
convivência e civilidade a Cidadania Familiar. Trata-se de uma prática familiar, onde
não se pode fazer em casa o que não poderá fazer na sociedade. Deve ser
praticado em casa aquilo que deverá ser feito na vida em sociedade. Quando os
pais aplicam esse conceito de Cidadania Familiar estão contribuindo para um futuro
de competência social e profissional de seus filhos. A família deve funcionar como
uma equipe, cada um deve ter suas obrigações. Quando os pais falham na
exigência do cumprimento das obrigações, os filhos crescem interesseiros,
prepotentes e sem espírito de cooperação.

Sempre é tempo de cada integrante da família aprender qual é a sua parte.


O líder ou a família também deve exigir que o faça. Essa exigência faz parte
do amor, pois o amor exige. Amor que é pura dádiva não educa. (TIBA
2009, p.115).
25

Segundo Tiba (2009), na educação familiar deve ser ressaltado a importância


da ética no comportamento de todos. Assumir as consequências dos atos realmente
ensina a ética ao filho, castigar não desenvolve a ética e não educa, a impunidade
deseduca.
Consequência significa arcar com recursos próprios os prejuízos
provocados. Se alguém estragou algo com as mãos, é com elas que terá
que consertar. (TIBA, 2009, p. 118).

Para Tiba (2009), a meritocracia deve ser estimulada pela família dentro de
casa, pois essa é a realidade na sociedade. Os pais que premiam o filho que não
merece, acabam desmerecendo o outro filho que merece. O filho que é premiado
sem merecer acaba acreditando que o mundo fará o mesmo.
Segundo Tiba (2012b), a meritocracia é o reconhecimento pelo que se faz, a
falta dela corroe a motivação. Nunca se deve recompensar um filho sem o devido
merecimento, os pais que recompensam seus filhos sem o devido merecimento
estão falsificando o mundo para eles.

Um dos maiores venenos que corroem a motivação é a não adesão dos


pais à meritocracia. Um filho que seja ético, esforçado e tenha bons
resultados não pode ser tratado da mesma forma do que o outro que não
valorize a ética e o empenho, nem alcance resultados positivos. Tratar da
mesma forma aquele que merece e aquele que não merece causa danos a
ambos. (TIBA, 2012b , p. 87).

De acordo com Tiba (2012a), a boa convivência familiar eleva a autoestima e


promove a saúde social. O tempo de convivência diminuiu muito, mas a hora da
refeição continua sendo necessária. Os pais precisam dar mais importância a
companhia dos filhos do que a própria refeição. Os pais não devem obrigar seus
filhos a comerem sem terem vontade, mas devem sentar-se a mesa para
conversarem, trocarem idéias, pois é o momento de se atualizarem. O mais
importante nesses momentos de reunião é a presença física e psíquica de todos. O
espírito de equipe, de família e a sensação de pertencimento surgem nesses
momentos que surtem a sensação de ter alimentado a alma.
26

Figura 4 - Família reunida mesa

Fonte: http://gnt.globo.com/maes-e-filhos/materias/fazer-refeicoes
-em-familia-estimula-bons-habitos-alimentares-das-criancas.htm

Crianças precisam sentir que pertencem a uma família. Elas carregam esse
amor dentro de si para onde forem, inclusive em seus primeiros passos na
escola. A sensação de pertencer à família as defende de ser adotadas por
traficantes, bandos de deliquentes ou fanáticos de qualquer espécie.(TIBA,
2012a , p. 81).

3.3 Diferenças entre autoritarismo, permissividade e autoridade no


processo de educar.
Muitos pais se perderam quanto a maneira de educar seus filhos. Esses pais
que em outra geração, foram filhos de pais autoritários que educavam seus filhos de
maneira patriarcal. O pai falava e o filho tinha que obedecer, não havia espaço para
o diálogo. Esse modelo estrutural familiar serviu de reforço para posicionamentos
autoritaristas dos pais sobre os filhos.

Pais, não irritem os seus filhos, para que eles não fiquem desanimados.
(BÍBLIA, Colossenses, 3:21).

O autoritarismo está relacionado ao uso exagerado do poder pelo arrogante


desejo de impor se a qualquer custo, sem considerar a opinião do outro.
27

Figura 5 - Pais autoritários

Fonte: http://www.monicadonettoguedes.com.br/infancia-e-
adolescencia/pais-autoritarios.html

Muitos pais se revoltaram contra o autoritarismo que sofreram e ao terem


seus filhos, por falta de equilíbrio, começaram a agir radicalmente ao contrário,
tornando-se extremamente permissivos causando grande desordem familiar.
De acordo com Tiba (2012a), Deve-se evitar dois extremos na educação dos
filhos, a superproteção e o excesso de cobrança. As crianças precisam ser
protegidas e cobradas de acordo com suas necessidades e capacidades. Em
situações nas quais não conseguem se defender deverão ser protegidas, a mãe
nunca deverá abrir mão da razão para defender o filho, isso pode favorecer a
deliquência. As crianças deverão ser cobradas de coisas que são capazes de fazer.

A omissão dos pais, que permite à criança fazer tudo o que deseja, ou a
explosão diante de qualquer deslize do filho, além de não educar, distorcem
a personalidade infantil, tornando a criança folgada (sem limites) ou
sofocada (entupida, reprimida, tímida). (TIBA, 2012a, p. 57).

A permissividade tornou muitos jovens sem noção de padrão de


comportamento e limites.

Antigamente, os pais eram autoritários; hoje, são os filhos. Antigamente, os


professores eram heróis dos alunos; hoje, são vítimas deles. (CURY, 2003,
p. 52).

Pais permissivos têm dificuldades de dizer não por medo de traumatizar e de


não serem amados pelos filhos, quando na verdade acabam deformando a
personalidade deles. Uma das consequências da permissividade é a intolerância de
crianças e jovens à frustração.
28

O “sim” só tem valor para quem conhece o “não”. (TIBA, 2012a, p. 63).

Segundo Tiba (2012b), muitos pais se queixam que seus filhos são
consumistas. É natural uma criança querer tudo o que vê, faz parte da vida pedir.
Mas são os pais os responsáveis pela criança e tem o dever de educar os desejos
separando-os das necessidades. Os pais devem estabelecer os limites entre
desejos e necessidades, quando dizer sim e o não.

Pais brilhantes, quando têm condições, dão presentes materiais para seus
filhos, mas não os estimulam a ser consumistas, pois sabem que o
consumismo pode esmagar a estabilidade emocional, gerar tensão e
prazeres artificiais. (CURY, 2003, p. 17).

De acordo com Cury (2003), os jovens não suportam ser contrariados,


dominam os adultos, se comportam como reis, seus desejos precisam ser atendidos
imediatamente. Os pais precisam aprender a dizer não aos seus filhos, sem ceder
as chantagens, deixarem claro os pontos a serem negociados e os limites
inegociáveis.
A autoridade é baseda no envolvimento emocional, nos vínculos, no diálogo,
no respeito e no estabelecimento de limites de forma justa que são necessários à
uma boa convivência.

O diálogo é uma ferramenta educacional insubstituível. Deve haver


autoridade na relação pai-filho e professor-aluno, mas a verdadeira
autoridade é conquistada com inteligência e amor. Pais que beijam, elogiam
e estimulam seus filhos desde pequenos a pensar não correm o risco de
perdê-los e de perder o respeito deles. (CURY, 2003, p. 90)

O ensino que realmente causa impacto em quem o recebe não é o que


passa de uma mente para outra, mas de um coração para outro.
(HENDRICKS, 1991,p. 91).

Tiba (2012b) nos adverte que castigos, as surras, cascudos, broncas, gritos,
proibições de brincar ou de assistir TV, não educam. As consequências devem estar
ligadas diretamente à falta cometida.

Um ensinamento tem de ter coerência na sua essência educativa,


constância na sua aplicação e consequências punitivas quando não for
cumprido. (TIBA, 2012b, p. 40).

Segundo Cury (2003), os pais nunca devem tentar corrigir seus filhos quando
estiverem irados, em momentos de ira perdemos a nossa racionalidade. Devem
evitar a punição física, a dor não estimula a inteligência. A forma como uma pessoa
corrige alguém revela o seu nível de maturidade. Os limites devem ser colocados e
29

seguidos de explicações. Os pais devem tomar cuidado com os excessos, pois a


punição só é útil quando é baseada na inteligência. É sempre bom elogiar antes de
corrigir.

3.4 A participação da família na vida escolar


Quanto a educação escolar, para Tiba (2012a), ela se difere da familiar, uma
não pode substituir a outra, mas se complementam. A escola não pode ser
responsabilizada pela formação do caráter e os padrões de comportamentos, que
são responsabilidades da educação familiar. A escola tem papel complementar ao da
família. É importante os pais estarem informados a respeito do comportamento dos
filhos na escola para que possam realmente conhecê-los. A escola pode orientar aos
pais na superação de dificuldades domésticas com determinado filho, por ela lidar
com grande número de crianças, tem mais experiências do que os próprios pais.
Quando a escola e a família têm valores semelhantes, falam a mesma linguagem,
demonstram uma coerência e segurança se tornam absolutamente favoráveis ao
desenvolvimento da criança.

Teoricamente, a família teria a responsabilidade pela formação do indivíduo,


e a escola, por sua informação. A escola nunca deveria tomar o lugar dos
pais na educação, pois os filhos são para sempre filhos e os alunos ficam
apenas algum tempo vinculados às instituições de ensino que frequentam.
(TIBA, 1996, p. 111).

Segundo Tiba (2012b), quando os pais não são capazes de ajudarem nos
estudos diários em casa, não devem se envergonharem. Pois consiste em uma
oportunidade em serem ensinados pelos próprios filhos e torna o filho bom naquela
disciplina. Quando os pais não se interessam e não acompanham as tarefas
escolares, os filhos tendem a confundirem-se e acharem que seus pais não se
interessam por eles.

É sabido que pais que acompanham os estudos do filho propiciam que ele
melhore seu rendimento em 80%. Alunos que rendem bem na escola ficam
também mais motivados a aprender mais. É muito difícil estimular alunos
desmotivados. Filhos saudáveis querem correspondern às expectativas dos
pais.(TIBA, 2012b, p. 53).
30

Figura 6 - Educação e Família

Fonte: http://www.educacaoefamilia.com.br/testes

De acordo com Tiba (2009), alunos melhoram muito seu desempenho escolar
quando seus pais acompanham seus estudos. O rendimento dos alunos dependem
30% da escola e 70% dos pais.

O saber é essencial, portanto estudo não se negocia. Não cabe ao filho


decidir se estuda ou não. Ele tem que estudar e pronto. Como vai estudar?
Aí cabe a possibilidade de conversar e negociar horários e etc.(TIBA,
2012b, p. 53).

Segundo Tiba (1996), algumas das características que nos diferem dos
animais são as dimensões cognitiva, afetiva e motivacional. A dimensão cognitiva é
constituída pelo conhecimento, memória, pensamento abstrato, dos processos
mentais e da capacidade de julgamento. Quanto mais se adquire o conhecimento,
mais a memória e o raciocínio são enriquecidos. A dimensão afetiva é formada pelas
emoções e as sensações básicas e instintivas. Quanto mais informações uma
pessoa adquirir, maior será a capacidade de reflexão sobre os próprios sentimentos,
mais controle terá sobre as próprias reações e terá capacidade de responder
adequadamente os desafios e os estímulos externos. A dimensão motivacional é a
que nos impulsiona a agir, a amar e a conhecer. O ser humano quanto mais
aprende, mais deseja aprender. A pessoa ignorante é aquela acha que sabe tudo e
não tem interesse em adquirir novos conhecimentos. O conhecimento tem a
capacidade de nos motivar a aprender e quando estamos motivados a facilidade
para aprender é maior. O estudo é fundamental à qualidade de vida. No milênio
passado era considerado rico quem possuía propriedades. Hoje a riqueza está em
31

adquirir conhecimentos e aplicá-los de maneira sábia. Os pais precisam ter essa


consciência dessas dimensões, por meio das ações e palavras deverão passar às
crianças, jovens e até mesmo a sociedade os valores dos estudos.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante da velocidade das mudanças da nossa sociedade, a educação se
tornou um grande desafio.
Vivemos em nossa sociedade uma profunda crise ética e moral, oxalá se o
desenvolvimento humano no campo da ética e da moral fosse proporcional ao
avanço tecnológico.
A educação familiar precisa ser vista como um projeto de formação de
cidadãos, requer planejamento e preparo.
Essa pesquisa teve como objetivo ressaltar algumas das questões relevantes
para as famílias e exortar um olhar mais atento para a importância da educação
familiar.
Esse trabalho monográfico não pretendeu explorar exaustivamente o tema em
questão. Existe a certeza de que muito ainda há a ser pesquisado.
A maior ameaça a educação familiar é a conformidade diante da ignorância.
Não existe um perfeito educador, mas é preciso que as famílias busquem soluções
educativas para suas particularidades familiares e encarem a educação dos seus
filhos como prioridade.
A educação familiar eficaz é capaz de promover mudanças significativas em
nossa sociedade. Família saudável é sinônimo de sociedade saudável.
32

REFERÊNCIAS

AGUIAR, Ana Maria da Silva Fortes. A Instituição família e su importância no


processo de educar. Disponível em: <http://antaresamericana.com.br/artigos/a-
instituic%C3%A3o-familia-e-sua-importancia-no-processo-de-educar/43>. Acesso
em 25 de out. 2016.

ANASTÁCIO, Edmilson Nascimento. Educação Familiar, base de uma sociedade


saudável. 01 nov. 2016. Disponível em:
<http://edmil.jusbrasil.com.br/artigos/294498878/educacao-familiar-base-de-uma-
sociedade-saudavel>. Acesso em 27 de out. 2016.

BÍBLIA, A.T. Provérbios. Português. Bíblia sagrada: contendo o antigo e o novo


testamento. NOVA Tradução na Linguagem de Hoje (NTLH). Barueri: Sociedade
Bíblica do Brasil, junho de 2000.p.752.

BRASIL, Constituição,1988. Promulgada em 5 de outubro de 1988. Disponível em


<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm>.
Acesso em 31 de out. 2016.

Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança. Adotada em 20 de


novembro de 1989. Disponível em:
<http://www.unicef.org/brazil/pt/resources_10120.htm >. Acesso em 01 nov. 2016.

CORTELLA, Mário Sérgio. Cortella: "Não é só a educação dos filhos que é


necessária, mas a dos pais também". Revista Crescer, Por Texto Naíma Saleh -
atualizada em 09/11/2016 18h20. Disponível em:
<http://revistacrescer.globo.com/Criancas/Escola/noticia/2016/11/cortella-nao-e-so-
educacao-dos-filhos-que-e-necessaria-mas-dos-pais-tambem.html>. Acesso em: 24
nov. 2016.

CUNHA, Matheus Antonio da. O conceito de família e sua evolução histórica. Portal
Jurídico Investidura, Florianópolis/SC, 27 set. 2010. Disponível em:
33

<www.investidura.com.br/biblioteca-juridica/artigos/historia-do-direito/170332>.
Acesso em: 26 out. 2016.

CURY, Augusto Jorge, 1958 – Pais brilhantes, professores fascinantes / Augusto


Jorge Cury. – Rio de Janeiro: Sextante, 2003.

DANTAS, San Tiago. Direito de Família e das Sucessões. Rio de Janeiro: Forense,
1991.

FACHINETTO, Neidemar José. CONVIVÊNCIA FAMILIAR E CIDADANIA. 30 jun.


2014. Disponível em:
<http://www.desenvolvimentosocial.pr.gov.br/arquivos/File/Convivencia_familiar_Neid
emar_Fachinetto.pdf>. Acesso em 01 de nov. 2016.

FERRARI, Juliana Spinelli. "Papel dos pais na educação: a dimensão emocional da


formação"; Brasil Escola. Disponível em:
<http://brasilescola.uol.com.br/psicologia/papel-dos-pais-na-educacao.htm>. Acesso
em 28 de novembro de 2016.

Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF). Competências familiares na


atenção às crianças de até 6 anos: avaliação em oito comunidades brasileiras.
Brasília: UNICEF, 2005. Disponível em:
<http://www.unicef.org/brazil/pt/avalia_compet.pdf >. Acesso em: 02 nov. 2016.

HENDRICKS, Howard. Ensinando para transformar vidas. Belo Horizonte, Editora


Betânia, 1991.

KNOBEL, M. Orientação Familiar. Campinas: Papirus Editora, 1996.

_____Lei n.8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do


Adolescente e dá outras providências. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm >. Acesso em 01 nov. 2016.
34

MEIER, Marcos. O Professor está sobrecarregado com tarefas que são dos pais, diz
educador. Atualizado em 16/05/2012. Disponível em:
<http://g1.globo.com/educacao/noticia/2012/05/professor-esta-sobrecarregado-com-
tarefas-que-sao-dos-pais-diz-educador.html>. Acesso em: 02 nov. 2016.

OSORIO, Luiz Carlos; VALLE, Maria Elizabeth Pascual. Manual de Terapia Familiar.
Porto Alegre: Artmed, 2009, p. 29.

PRODANOV, Cleber Cristiano; FREITAS, Ernani Cesar de. Metodologia do trabalho


científico: Métodos e Técnicas da Pesquisa e do Trabalho Acadêmico. 2.ed. Novo
Hamburgo, RS: Editora Feevale, 2013.

SAPIO, Gabriele. A LDB E A CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA DE 1988: OS DOIS


PILARES DA ATUAL LEGISLAÇÃO EDUCACIONAL NACIONAL. 19 nov. 2010.
Disponível em: <http://www.iunib.com/revista_juridica/2010/11/19/a-ldb-e-a-
constituicao-brasileira-de-1988-os-dois-pilares-da-atual-legislacao-educacional-
nacional/>. Acesso em 28 de out. 2016.

SHAFFER, David R. Psicologia do desenvolvimento: infância e adolescência. São


Paulo: Cengage Learning, 2009,p.537.

SINAY, Sergio. A sociedade dos filhos órfãos. Tradução: Luís Carlos Cabral. – Rio de
Janeiro: Best Seller, 2012, p. 10, 25.

SILVA, José Luiz Mônaco. A família substituta no Estatuto da Criança e do


Adolescente. São Paulo. Ed Saraiva, 1995.

TERUYA, Marisa Tayra. A família na historiografia brasileira. Bases e Perspectivas


Teóricas. Disponível em:
<http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/2000/Todos/A%20Fam%EDlia%2
0na%20Historiografia%20Brasileira....pdf>. Acesso em: 26 out. 2016.

TIBA, Içami. Disciplina, limite na medida certa. São Paulo: Editora Gente, 1996 —
1a ed, p. 113,167,168.
35

TIBA, Içami. Educação familiar é projeto de formação e construção de cidadãos


éticos. 21 out. 2008. Disponível em: <http://educacao.uol.com.br/colunas/icami-
tiba/2008/10/21/educacao-familiar-e-projeto-de-formacao-e-construcao-de-cidadaos-
eticos.htm>. Acesso em: 03 nov. 2016.

TIBA, Içami. Família de Alta Performance: conceitos contemporâneos na educação.


São Paulo: Integrare Editora, 2009, p. 104,114,115,117,120,121.

TIBA, Içami. Adolescentes: Quem Ama, Educa!: formando cidadãos éticos. São
Paulo: Integrare Editora, 2012a, p.29,50,51,185,186,199,200,201.

TIBA, Içami. Pais e educadores de alta performance. São Paulo: Integrare Editora,
2012b, p. 17, 20,33,36,39,66,67,88,54,59,121.

WEIL, Pierre. A criança, o lar e a escola. 21. ed. Editora Vozes: Petrópolis, RJ, 2000.

Você também pode gostar