Você está na página 1de 47

UNIP- Universidade Paulista

Grupo:
Vitória Costa dos Santos- RA: N666552
Pamela Yakabe - RA N556668
Maria Fernanda D. Teixeira- RA N6242F3
Roberta Fagundes - RA: N6370F3
Anna Júlia Cândido Dias Silva- RA F22CGE5

APS-PDCV
Situação-Problema e Situação das Famílias (Covid-19)

Goiânia-GO
2020
Grupo:
Vitória Costa dos Santos- RA: N666552
Pamela Yakabe - RA N556668
Maria Fernanda D. Teixeira- RA N6242F3
Roberta Fagundes - RA: N6370F3
Anna Júlia Cândido Dias Silva- RA F22CGE5

APS-PDCV
Situação-Problema e Situação das Famílias (Covid-19)

Trabalho de conclusão de
curso para obtenção do título
de graduação em Psicologia
apresentado à Universidade
Paulista – UNIP.

Goiânia, 24 de Abril de 2020.

BANCA EXAMINADORA

Grisiele Silva
Prof. (Nome do orientador)
Universidade Paulista-UNIP

Grisiele Silva
Prof. (Nome do professor avaliador)
Universidade Paulista-UNIP

Micaella Lima
Prof. (Nome do professor monitora)
Universidade Paulista-UNIP
1) Introdução do Trabalho:

Este trabalho é dividido em duas partes. A primeira parte corresponde a uma reflexão
sobre a Situação-Problema, na qual um casal procura por um psicólogo para orientá-los sobre
como seu filho irá lidar com o processo de divórcio deles e buscam por ajuda para que o filho
não sofra muito durante o processo. A estratégia usada neste trabalho será o estudo e
interpretação de como o casal e a criança está lidando com a situação. Usamos um filme
similar com a Situação-Problema para discorrer acerca do assunto, mostrando os dois lados da
história. Além disso, foi estudado através de outros recursos como documentários e pesquisas
relacionadas ao desenvolvimento da criança, no caso referindo-se da segunda e terceira
infância, e também foi-se estudado sobre o divórcio e qual o método mais aconselhável para
usar na terapia de casal, de modo que fosse possível compreender melhor a situação.
2) Desenvolvimento Teórico:

2.1) Afetividade e a base familiar: norteadores da formação da personalidade.

O afeto se tornou um elemento que passa a representar a família. O primeiro contato


que a criança tem com o mundo é a família, principalmente a figura materna, que possui uma
relação desde a concepção e o primeiro contato ao nascimento. É através deste contato que se
vai construindo as relações com as pessoas que estão a sua volta, vai adquirindo
conhecimento sobre o mundo e também sobre a personalidade do indivíduo. E atualmente,
tem apresentado novos formatos de família e isso acaba também modificando as relações
entre os indivíduos e também causam novas formatações de relacionamento.

As condições sociais, culturais, familiares e educacionais refletem e moldam o tipo de


indivíduo que será, de modo que todo indivíduo é único em sua própria história. A educação,
os conceitos éticos e morais, a afetividade e a família são importantes para que o indivíduo
tenha uma boa relação com a sociedade, mas também para que ele tenha um crescimento
integral, com uma maturação saudável e completa. Para Abbud (2012), a família é a unidade
básica de crescimento do ser humano. De modo que, é obrigação dela de socializar a criança e
desenvolver sua personalidade, formando o seu percurso intelectual, emocional e social.

A educação exercida pelos pais, apoiada na carência de afeto, desinteresse, falta de


atenção e maus exemplos éticos, irá culminar em um filho solitário, inseguro e agressivo. A
construção da identidade fica comprometida, pois com a falta de interesse daqueles que mais
poderiam ajudar em sua formação causa um conflito interno na criança. O ser humano é
construído a partir da junção entre a realidade emocional, integral e física. É de suma
importância de uma formação sólida em todos esses âmbitos, principalmente, no afetivo para
um saudável amadurecimento e desenvolvimento do indivíduo. (FABRINO, 2012)

As relações que o ser humano estabelece durante sua fase infantil são fundamentais na
construção e desenvolvimento das relações em sua fase adulta. De modo que, as relações com
embasamento bem construído e com relações de afeto estáveis tornam o indivíduo capaz de
conviver e relacionar-se em grupo. Essas relações podem afetar direta ou indiretamente os
comportamentos essenciais do ser humano tanto individual quanto em grupo.

Para que a criança tenha um bom desenvolvimento cognitivo na escola, é importante


que os pais estejam presentes e se mostrem interessados pelo comportamento e desempenho
da criança. Considerando os conceitos afetivos e a importância da família no cotidiano
escolar. As crianças com desenvolvimento mais estimulado afetivamente, com família melhor
desenvolvida, se tornarão adultos com comportamentos com maiores possibilidades de
vivenciar em sociedade com relações saudáveis e estáveis.

A família é a primeira sociedade que a criança tem acesso. A criança que se


desenvolve com laços afetivos fortalecidos e possui família mais segura de seus atos, tem
mais chances de se tornar um adulto mais capacitado de lidar com as situações cotidianas de
maneira mais confiante e equilibrada para conviver em sociedade, especialmente no que tange
lidar com situações que exijam improviso.

O ser humano influencia e é influenciado pela sociedade e pela cultura ao qual está
inserido, de modo que cada ser humano tem sua personalidade, e escolhe seu caminho desde
criança, porém, suas escolhas são decididas com embasamento da família durante a infância.
O aspecto afetivo tem fundamental influência no desenvolvimento intelectual do sujeito. A
família mostrando clareza em suas relações afetivas, de forma segura e confiantes de suas
decisões, conseguirá encaminhar a criança a um processo de maturação pleno, assim, essas
crianças se tornaram adultos responsáveis e que consiga conviver em sociedade.

A família deve participar inteiramente do desenvolvimento educacional de seus filhos.


Porém, há uma certa dificuldade atualmente, de modo que a sociedade atual encontra-se
desgastada em consequência da correria do cotidiano, e logo as famílias entrando nesse
conceito acabam por não dar atenção necessária as responsabilidades de educação de seus
filhos. Freud (2012) afirma que os primeiros anos da vida da criança são primordiais para o
seu desenvolvimento emocional para que assim, se desenvolvam e tornem adultos capazes de
resolver problemas e conflitos e de lidar com situações inesperadas.

“A família tem a responsabilidade de formar o caráter, de educar para os desafios da vida, de


perpetuar valores éticos e morais. Os filhos espelhando-se nos pais e os pais desenvolvendo a
cumplicidade com os filhos.” ( CHALITA, 2012)

Com as novas formações de família, como por exemplo, a de pais separados pode gerar
mudanças na forma de educação da criança, fazendo com que muitos indivíduos cresçam e
tornem-se adultos com dificuldades de enfrentar as situações cotidianas de forma segura e
confiante. Independente das configurações familiares, o ambiente em que a criança está sendo
desenvolvida poderá causar grande influência em seu desenvolvimento devido à forma como
vivência as experiências pela sociedade em que está inserido e pelos estímulos que recebe
dela.

A afetividade e o desenvolvimento da criança são construídos e se modificam de um


período para o outro, dado que conforme se desenvolvem, as relações afetivas tornam-se
cognitivas. De acordo com Davis (2012): “Afeto e cognição constituem aspectos inseparáveis,
presentes em qualquer atividade, embora em proporções variáveis. [ ... ] O afeto pode ser entendido
como a energia necessária para que a estrutura cognitiva passe a operar”. Sem as relações
afetivas, de modo que incentive o ser humano a vivenciar um momento, não tem motivação
para que ele obtenha conhecimento. Na visão piagetiana, o afeto desempenha um papel
primordial no funcionamento da inteligência. É a partir do afeto que se definem as relações
familiares, as amizades que serão feitas e as decisões que serão tomadas.

O médico e educador Henri Paul Wallon, considera as emoções responsáveis pelo


desenvolvimento do ser humano. Através do meio em que a criança vive, os sentimentos
como alegria, tristeza, medo, ódio, amor, passam a ter maior ou menor relevância em sua
vida. Ele defende que o processo de evolução depende tanto da capacidade biológica do
sujeito quanto do ambiente em que está inserido, que o afeta e pode interferir em seu
desenvolvimento de forma benéfica ou maléfica. Segundo Piaget (2012), experiências
vivenciadas são a base para as construções futuras, embora a relação com outros indivíduos,
como o ambiente, também influenciam em situações do cotidiano.

O período que corresponde dos dois aos sete anos de idade, o pré-operatório, tem
como avanço mais importante o aparecimento da linguagem que irá ocasionar mudanças no
aspecto intelectual afetivo e social da criança. No aspecto afetivo, “surgem os sentimentos
interindividuais, sendo que um dos mais relevantes é o respeito que a criança nutre pelos
indivíduos que julga superiores a ela.” (BOCK, et al, 2002) Ocorre a fase do egocentrismo,
leitura imparcial e incompleta da realidade, possui maior capacidade de assimilação,
imaginação e simulação de situações e pessoas semelhantes.

O período das operações concretas, que ocorre dos sete aos dozes anos, possui melhor
desenvolvimento mental, com inicio da construção lógica, ou seja, a capacidade da criança
estabelecer relações que permitam a coordenação de pontos de vistas diferentes. No plano
afetivo, significa que a criança será capaz de cooperar com os outros, de trabalhar em grupo e,
ao mesmo tempo, de ter autonomia pessoal. (BOCK, et al, 2002) Nessa fase, a criança
consegue relacionar deferentes aspectos e abstrair dados da realidade. Um importante
conceito dessa fase é o desenvolvimento da reversibilidade, a capacidade de representação de
uma ação no sentido inverso de uma anterior.

Os períodos de desenvolvimento da criança pode também ser alterados em virtude da


estrutura familiar em que ela está inserida. Tudo aponta para que a maturação e
desenvolvimento da personalidade estejam ligados com o afeto que a criança recebe no seu
desenvolvimento. A presença da família é tão importante que isso pode refletir nos
relacionamentos futuros que o indivíduo terá, de maneira que, muitos indivíduos que não
tiveram um laço afetivo forte, uma relação estável com a família, ele irá procurar construir
laços com outras pessoas para suprir essa falta que sente da família, dessa relação tão
importante que ele não vivenciou.

Através de relações afetivas estáveis e duradouras assim como com base familiar
segura de seu papel, a criança crescerá em um ambiente propício para que seu
desenvolvimento ocorra plenamente e essa criança seja um adulto capaz de resolver conflitos
e lidar com situações cotidianas de forma confiante e estável.

O modo de vida atual, a correria do nosso cotidiano, como o excesso de trabalho, fez
com que as relações entre os pais e seus filhos diminuísse cada vez mais, de modo que, os
filhos sentissem essa falta de atenção e afeto da parte dos pais.

A família será sempre espaço de afetividade, de demonstração de carinhos, atenção e


amor. Criando-se um ambiente saudável emocionalmente, psicologicamente, socialmente é
essencial para que se tenha e alcance a maturidade afetiva necessária.

O ser humano se desenvolve a partir do meio que está inserido, das influências e
experiências vividas por ele, e também através da forma com que seu sistema desenvolve e
processa as informações.
2.2) Segunda e Terceira Infância:

Segunda Infância (3 a 6 anos):

 Domínio físico: O crescimento é constante; aprimoram-se as habilidades motoras finas


e gerais e aumenta a força física.
 Domínio socioemocional: O pensamento é um tanto egocêntrico, mas aumenta a
compreensão do ponto de vista dos outros. O autoconceito e a compreensão das
emoções tornam-se mais complexos; a autoestima é global. Aumenta a independência,
a iniciativa e o autocontrole. Desenvolve-se a identidade de gênero. Altruísmo,
agressão e temor são comuns. A família ainda é o foco da vida social, mas outras
crianças tornam-se mais importantes.
 Domínio cognitivo: A imaturidade cognitiva resulta em algumas ideias ilógicas sobre
o mundo e as brincadeiras tornam mais imaginativas. Aprimoram-se a memória e a
linguagem. A inteligência torna-se mais previsível. É comum a experiência da pré-
escola, mais ainda a do jardim de infância. A segunda infância se mostra como uma
etapa do crescimento onde a criança passa por um florescimento social e cognitivo.
Iniciada aos três anos de idade, indica um reconhecimento do mundo onde vive. Sem
contar de si mesma, já que começam a absorver conceitos básicos de convivência.

Terceira Infância (6 a 12 anos):

 Domínio físico: O crescimento torna-se mais lento. A força física e as habilidades


atléticas aumentam. São comuns as doenças respiratórias, mas de um modo geral a
saúde é melhor do que em qualquer outra fase do ciclo de vida.
 Domínio socioemocional: Diminui o egocentrismo. O autoconceito torna-se mais
complexo, afetando a autoestima. A corregulação reflete um deslocamento gradual no
controle dos pais para a criança. Os colegas assumem importância fundamental.
 Domínio cognitivo: As crianças começam a pensar com lógica, porém concretamente.
As habilidades de memória e linguagem aumentam. Ganhos cognitivos permitem à
criança beneficiar-se da instrução formal na escola. Algumas crianças demonstram
necessidades educacionais e talentos especiais.
Segunda Infância:

A segunda infância se mostra como uma etapa do crescimento onde a criança passa
por um florescimento social e cognitivo. Iniciada aos três anos de idade, indica um
reconhecimento do mundo onde vive. Sem contar de si mesma, já que começam a absorver
conceitos básicos de convivência.

 Desenvolvimento da responsabilidade:
Mesmo com três anos de idade, uma criança pequena já começa a compreender o peso
de suas ações. Por exemplo, o ato de guardar brinquedos, se manter mais limpa, comer
quando sentir fome, entre outras coisas.

 Independência:
Muitos pais enlouquecem quando os filhos começam a correr soltos pela casa.
Acontece que esse é um movimento natural e necessário para que a criança possa se
desenvolver como deve. Torná-la mais independente dará mais autonomia para que possa
tomar as próprias decisões quando for necessário.

 Desejo de exploração:
A criança nesse período costuma ser bastante ativa e curiosa. Por meio dos seus
sentidos, vai explorar o mundo para tentar compreendê-lo. Assim, não se assuste caso ela
queria se sujar, brincar na chuva ou começar brincadeiras novas.

 Distúrbios:
A segunda infância é marcada por alguns distúrbios que deixam os pais muito
preocupados com os filhos. Embora muitos não saibam, esse tipo de reação é natural e faz
parte do processo. Se a criança não aprende a controlá-los, eles passarão sozinhos à medida
que ela cresce.

 Alimentação:
A segunda infância é o ponto ideal para que implemente na criança ideias sadias sobre
a sua alimentação diária. Neste processo, se a alimentação da criança for ruim, o seu corpo vai
se desenvolver de forma inadequada. Muitos casos de obesidade ficam evidentes logo nos
primeiros anos de vida por causa da constituição física e psicológica da criança. Acostumada
pelos pais, a criança só vai preferir gordura, açúcar e outros alimentos saturados em sal. A fim
de evitar isso, à ensine a logo cedo preferir por alimentos nutritivos e ricos em vitaminas e
minerais. Não faça isso pensando que está apenas ajudando na saúde dela, mas em seu
crescimento corporal e mental. É justamente por causa da alimentação positiva que muitas
crianças são mais dispostas, inteligentes e até felizes.

 Cognição:
A cognição também é peça chave no desenvolvimento da segunda infância. A criança
se mostra capaz de expandir a sua forma de pensar para lidarem melhor com o mundo ao
redor. Nesse caminho, já compreende a relação de causa e consequência de ações e como isso
acontece.

Terceira Infância:

O terceiro período de vida do indivíduo é marcado pela faixa etária de idade dos 6 aos
12 anos. Sendo o período das operações concretas, na qual possui melhor desenvolvimento
mental, com início da construção da lógica, sendo um período importante para seu
desenvolvimento precisam se alimentar bem, necessitam de receber atenção e auxilio dos pais
nos assuntos escolares. É nesse período que se inicia a fase escolar regular, onde a criança
pode apresentar dificuldades e requerer maior atenção dos pais, é também um período de
maior socialização com outras pessoas sem ser do seu seio familiar, na qual a criança começa
a interagir em seu meio de forma mais independente, adquirir novas experiências e novos
conhecimentos.

Nesse estágio há a diminuição do egocentrismo da criança presente na fase pré-


operatória. Demonstra maior domínio de suas construções lógicas, em que ela agora consegue
considerar vários aspectos de uma situação ao mesmo tempo, não precisando focalizar apenas
em um de cada vez.

Apresentando o desenvolvimento psicossexual, o desenvolvimento psicossocial que


acontece neste período, será extremamente importante no campo dos relacionamentos e no
autoconceito, interferindo diretamente na autoestima. Convêm estar atento aos
comportamentos expressos nesta fase, especialmente no espaço escolar, que representa um
importante cenário no desenvolvimento da criança, propício para sua autonomia e construção
de sua identidade. Sendo relevante considerar que o relacionamento desenvolvido neste
período, estará constituindo a relação entre pares e familiares em todo o restante do ciclo vital.
Portanto, quanto mais cedo se perceber a necessidade de intervenção, melhor será o
desenvolvimento psicossocial desse indivíduo.

A formação da autoestima é um importante fator a ser considerado no


desenvolvimento emocional da criança, que, apesar de ter seu início em tempos anteriores, é
na terceira infância que passa a ser notado com maior visibilidade. Todo esse processo se
deve, entre outros fatores, ao aumento das capacidades cognitivas e de autoavaliação, sendo
que tal aumento está relacionado com o desenvolvimento promovido pela entrada da criança
na escola regular e, por conseguinte, do processo educacional. Portanto, a autoestima
caracteriza-se por ser o conjunto de juízos e valores que um indivíduo atribui a aspectos de
sua personalidade, de suas habilidades e de sua imagem pessoal (MUSSEN, 1995). Desta
forma, este conceito utilizado distancia-se de uma possível visão da autoestima como
capacidade de ter segurança de si em situações provatórias, tal como pode ser imaginada
muitas vezes de acordo com o senso comum. Pode-se dizer então que a autoestima
desenvolve-se muito em função da relação com o outro, mas também se desenvolve de modo
a promover um melhor relacionamento social. Este não é um conceito que se torna estático
assim que toma uma dimensão individual. Sua importância é realmente revelada quando a
criança desenvolve sua autoestima, e se coloca favoravelmente nas relações que estabelece,
seja na escola ou em qualquer outro meio de sua convivência.

A terceira infância é marcada por diversas mudanças, entre elas é comum que a
criança se desenvolva na medida em que entra em contato com esse novo universo proposto.
Adaptando-se e obtendo nova aprendizagem e sendo lapidada para novas fases que se
iniciarão. Contudo, têm algumas características dessa fase relativamente complexa, como
distúrbios emocionais, podendo ser: Transtorno Desafiador Opositor (TDO); Transtorno de
conduta (TC); Fobia escolar; Transtornos de ansiedade; Depressão infantil.

Conforme apresente esses distúrbios os pais procuram por ajuda para poder tratar de
forma eficiente e para que a criança possa se desenvolver normalmente e de forma saudável.
Algumas técnicas de tratamento utilizadas são: Psicoterapia individual; Terapia familiar;
Terapia comportamental e medicamentosa. Encaminhando a criança para o desenvolvimento
emocional de forma saudável a não prejudica-la, caracterizado por: Controle das emoções
negativas; aumento da empatia e comportamento pró-social; controle voluntário das emoções,
atenção e do comportamento.

À medida que o tempo passa, as crianças conscientizam-se de seus próprios


sentimentos e dos sentimentos das pessoas de seu meio de convívio. Aprendem a controlar
melhor suas expressões emocionais em situações sociais, e passam a compreender à
perturbação emocional dos outros, de modo que aprendem a responder corretamente a elas.

Transtornos de aprendizagem na terceira infância:

Na situação-problema analisada é informado que Salim apresenta dificuldades


escolares como não conseguir compreender multiplicação e divisão na disciplina de
matemática, e em português troca o “p” pelo “q” e o “b” pelo “d” na escrita, já na leitura
gagueja ao ler e troca algumas letras. De acordo com os dados informados fica perceptível a
necessidade de uma avaliação interdisciplinar entre pedagogos e psicólogos sobre a
possibilidade de Salim possuir dislexia e discalculia, ambos os transtornos específicos de
aprendizagem.

Segundo o Instituto ABCD (2019), organização brasileira referência em transtornos de


aprendizagem, a dislexia é um transtorno que afeta habilidades básicas de leitura e linguagem,
dentre os principais sintomas da dislexia na linguagem oral podemos destacar o atraso no
desenvolvimento da fala, erros de pronúncia, incluindo trocas, omissões, substituições,
adições e mistura de fonemas; na leitura temos dificuldade em decodificar palavras, leitura
oral devagar e incorreta, vocabulário reduzido, compreensão de texto prejudicada; na escrita
destacam-se erros de soletração e ortografia, omissão, substituição e inversão de letras e/ou
sílabas.

Ainda conforme o Instituto ABCD (2019), a discalculia é um transtorno que afeta a


aprendizagem e o desempenho em matemática. A pessoa com discalculia apresenta um
desempenho matemático abaixo do esperado para a idade, experiências e oportunidades
educacionais. Entre os principais sintomas destaca-se o senso numérico fraco, dificuldade de
estimar quantidades, esquecimento de estratégicas matemáticas, principalmente
procedimentos longos com várias etapas como divisões e multiplicações longas.

Por isso, fica evidente a necessidade de uma avaliação dessa possibilidade para que os
transtornos de aprendizagem não sejam confundidos com problemas psicopedagógicos
resultante dos problemas de relacionamento dos pais. Além disso, é importante a investigação
para que a equipe pedagógica da escola faça a abordagem adequada para o problema.

2.3) A família e o divórcio:

Já explicamos o quão é importante a família para o desenvolvimento de uma criança,


pois ela é a base para o crescimento desta.
O modelo ecológico do desenvolvimento humano de Bronfenbrenner (1996) relata
que, crianças influenciam os próprios ambientes onde se encontram quando iniciam uma
atividade nova, por exemplo, quando começam a estabelecer algum tipo de vínculo com
outras pessoas e, logo, são influenciadas ao mesmo tempo pelos que estão ao seu redor. Esse
novo modelo introduz uma maior ênfase não só na interação da pessoa em desenvolvimento
com outras pessoas, mas com objetos e símbolos. Inclui uma nova forma de olhar as
propriedades da pessoa em desenvolvimento. Assim, considera: a pessoa, o processo, o tempo
e o contexto.

Esta nova abordagem ressalta a importância de se considerarem as características do


indivíduo em desenvolvimento, bem como as suas convicções, o nível de atividade, o
temperamento, as suas metas e as suas motivações.

A família desempenha um papel de extrema importância no desenvolvimento da


criança, uma vez que, é através desta que se constroem pessoas adultas com uma determinada
autoestima e onde estas aprendem a enfrentar desafios e a assumir responsabilidades.

Está deve assegurar a sobrevivência dos filhos, o seu crescimento saudável e sua
socialização dentro dos comportamentos básicos de comunicação.

As famílias de hoje carecem de tempo para conviver e para comunicar. Os adultos têm
novas responsabilidades com o seu cotidiano, seja um estudo, trabalho e às vezes se perdem
nas redes sociais. Por vezes, as faltas de assunto associadas ao estresse aumentam o
distanciamento entre os membros da família.

A verdade é que os pais devem fazer um esforço em se dialogarem com seus filhos
para estabelecerem os laços familiares mais fortes, até porque, existe sempre algo para dizer:
uma aventura no seu trabalho, uma tarefa doméstica, um programa na rádio, o futebol, etc.

Mas e quando acontece o divórcio? O que ocorre no desenvolvimento da criança?

O divórcio vivenciado por uma criança poderá gerar efeitos negativos em seu
desenvolvimento, com a concretização do divórcio e a saída de um dos genitores de casa, a
criança fica quase que privada desse genitor. Além do contato, possivelmente, se tornar
menor, a criança pode perceber uma perda da atenção, da figura parental e do tempo
disponível. Dependendo da guarda desta criança, guarda unilateral ou compartilhada, à afeta
independentemente do que aconteceu ao significado do término do casal.

O divórcio gera, no filho, sentimento de insegurança em relação aos vínculos


familiares, influenciado diretamente pelo comportamento parental. Em longo prazo, o
desenvolvimento infantil exposto a esses fatores pode levar a dificuldades em sua autoestima.

Oaklander (1980), discorreu que o divórcio poderá ser o desencadeador da baixa


autoestima na criança, demonstrando-se através de comportamentos como: chorar com
facilidade, necessidade de vencer, trapaças, comportamentos antissociais, críticas a si mesmo.
Já os resultados do estudo, que coincide com os de outra pesquisa feita pela Universidade da
Califórnia em Berkeley revelam que os filhos de pais divorciados podem sofrer depressão, ter
problemas na escola, e desenvolver menos habilidades sociais em comparação com outras
crianças.

A psicóloga americana Judith Wallesrstein no seu livro ‘Law and Divorce’ (Lei e
Divórcio) faz um perfil psicológico dos filhos de divorciados:

“- 25% não terminaram os estudos no colégio (contra 10% dos demais filhos).

- 60% necessitaram de tratamento psicológico (contra 30%)

- 50% tiveram problemas com alcoolismo e drogas antes dos 15 anos.

- 65% têm uma relação conflitante com o pai (só 5% receberam ajuda econômica substancial por parte
do pai).

- Mesmo que a maioria passe dos 30 anos de idade, apenas 30% se casou.

- Do total de casados, 50% já se divorciaram.”

Mas e se adiar uma separação por causa dos filhos: isso faz realmente bem a eles?

Alguns casais adiam a separação por causa dos filhos, sejam eles pequenos ou pré-
adolescentes, e também muitos alegam querer esperar passar datas comemorativas
importantes para que essa ocasião não estrague as datas para os filhos, para que não criem
uma aversão a aquele momento. Mas, o que acontece é que muitos desses casais deixam o
tempo passar e ainda não se separaram, não por terem se reconciliado, mas por não terem
coragem de dar esse passo, e muitos por medo de como será a reação dos filhos.

Mas, especialistas dizem que isso é mais prejudicial, não somente a criança, como
também para o casal, de modo que esse relacionamento vai se desgastando cada dia mais. Os
filhos vão sentindo que o relacionamento, a convivência dos pais já não é a mesma, às vezes
as brigas aumentam, ou ambos simplesmente passam a se ignorar causando um clima tenso
dentro de casa, e dessa forma sendo capaz de atingir de forma maléfica os filhos. Pois, os
mesmos estão convivendo no mesmo ambientes, já percebem como o ambiente mudou, e na
forma como os pais se tratam.

Esconder essa decisão dos filhos, e continuar com a situação dessa maneira, tentando
“mascarar” algo que já está mais do que decidido, mas que não tem coragem de dizer, pode
gerar malefícios ao desenvolvimento da criança emocionalmente.

A neuropsicóloga especialista em comportamento infantil e mestre em Psicologia do


Desenvolvimento pela Universidade de São Paulo Deborah Moss (2018), afirma sobre as
crianças que "Elas têm sensibilidade e percebem muito bem o clima à sua volta. Estão atentas aos
olhares, às conversas e até mesmo às palavras não ditas. Ou seja, mesmo com os pais morando sob o
mesmo teto, as crianças notam que são dois estranhos convivendo juntos".
Então, no momento em que os pais anunciam que estão se divorciando aos filhos, isso
é apenas uma certeza em palavras para a criança de algo que ela já sabia ao ver como os pais
estavam se tratando, vai gerar uma frustração na criança, mas para algumas podem sentir até
um alivio ao ouvir essa notícia.

Quanto mais cedo se anunciar a notícia do divórcio aos filhos, de modo que já se
tenham certeza da decisão, mas benéfico será para a relação presente e futura da família. Pois,
dessa forma, não terá uma cobrança futuros dos pais sobre os filhos, dizendo que continuaram
no casamento por conta deles e que dessa forma foram infelizes, e isso não irá gerar nos filhos
o sentimento de culpa pela infelicidade dos pais.

É importante que os pais ensinem os filhos que nenhum relacionamento maléfico deve
ser mantido apenas para passar uma imagem de família tradicional para as outras pessoas, ou
mesmo para os próprios filhos. "Um ambiente com brigas, ofensas e hostilidade não precisa ser
mantido apenas para que a presença física seja constante", pondera a psicóloga Cinthia Santiago,
do Rio de Janeiro (RJ), que atua como terapeuta de casal e família.

Os pais pensam apenas em como o filho vai estar depois da separação, mas não param
para pensar em como os filhos estão se sentindo com a atual situação, em como estão
emocionalmente. Às vezes, como as crianças estão no presente momento é mais importante
do que em como irão reagir após a separação, não deixando de ser importante, mas os pais
podem dar atenção principalmente a como estão emocionalmente no presente.

A sugestão do psicólogo Aurélio Melo, mestre e doutor em Desenvolvimento Humano


pela USP é “O mais importante é deixar claro que as coisas vão mudar. Haverá perdas, sempre, mais
isso não significa abandono nem desamparo”.

Com a separação o casal estará deixando de ser marido e mulher, mas nunca deixará
de ser pai e mãe. Os pais da criança devem deixar isso claro para ela, pois ela continuará se
sentindo segura ao saber disso, é preciso sempre conversar e deixar bem entendido a situação
que estão passando para a criança, para que ela saiba que ainda terá nos pais o suporte e
segurança que precisa.

"É preciso apoiar a criança nesse momento, escutá-la e validar suas


emoções. Ela pode sentir raiva, tristeza, medo, e os pais deverão ouvir e
acolher. Um erro muito comum é fingir que está tudo normal, como se nada
fosse mudar, e que o filho deve ficar alegre e feliz. A percepção infantil vai
além das palavras, portanto, mesmo que os pais não falem muitas vezes ela
percebe e pode ter reações negativas ao ficar sem espaço para falar e validar
suas emoções". (MELO, 2018)

É importante que os pais trabalhem com as crianças durante e após o processo de


divórcio, que conversem e deixem que a criança se abra emocionalmente para eles. Sendo
assim, ambos terão um bom relacionamento familiar, podendo viver de forma saudável entre
si, e desse modo, não irá afetar negativamente o desenvolvimento dos filhos.
2.4) Explicação para um mau comportamento/ ou comportamento atípico de uma
criança (Modelo de Patterson)

Há um sistema característico sobre o ambiente no qual a criança vive, desenvolvido


por Gerald Patterson. Ele fala sobre a abordagem ecológica, que é a visão de que o
desenvolvimento das crianças, estudadas dentro do contexto em que elas vivem, no qual pode
afetá-las ou ajudá-las a construir o seu caráter.

Ilustração Modelo de Patterson do navegador Google Chrome

Este modelo foi desenvolvido para explicar as origens da “delinquência” de uma


criança, no qual os cientistas do desenvolvimento tentam explicar este processo. Seus estudos
demonstram que os pais cujas técnicas disciplinares e monitoramento são fracos e tendem a
ter filhos desobedientes. Como na Situação-Problema que será apresentado mais tarde, por
um casal que estará passando por uma separação e querem ver como o seu filho vai aceitar
isto, pensando em seu bem-estar. Porém, no desenvolvimento do filho, em sua criação, todos
os desejos da criança foram satisfeitos, e não houve restrição em sua disciplina.

Contudo, ao considerarmos os contextos do desenvolvimento, não podemos esquecer


que todos os diversos contextos interagem uns com os outros e com as características dos
indivíduos que estão se desenvolvendo dentro deles. Nesse sentido, alguns
desenvolvimentistas utilizam os conceitos de vulnerabilidade e resiliência. Uma pessoa
vulnerável, ela permanece a sofrer com as coisas ruins que já vivenciou, já uma pessoa
resiliente, é o oposto, ela por ter passado muitas coisas difíceis, ela desenvolve técnicas de
proteção contras os efeitos da vulnerabilidade.

O modelo Patterson descreve os muitos fatores que influenciam o desenvolvimento do


comportamento antissocial. O núcleo do processo (a caixa vermelha), neste modelo, é entre a
criança e o genitor (fraca disciplina e monitoramento dos pais). Contudo, Patterson argumenta
que existem esforços ecológicas, ou contextuais, mais amplas que também são as “causas” da
delinquência da criança, algumas das quais listadas nas caixinhas azuis.

De acordo com a teoria da coerção, Patterson desenvolveu um treinamento para os


pais. O objetivo é que os pais aprendam a gerenciar adequadamente as contingências
ambientais e não caiam na armadilha do reforço negativo.

O programa tem uma grande vantagem: a criança se acostuma ao desconforto e


desenvolve estratégias para tolerar a frustração. Os pais, da mesma forma, aprendem a
suportar as birras e choros sem ceder no curto prazo.

A modificação do comportamento de alguém, ou terapia comportamental, é uma


forma deliberada de condicionamento operante utilizada para eliminar o comportamento
indesejável, como acessos de raiva, ou inculcar comportamento desejável, como guardar os
brinquedos depois de brincar. Por exemplo, toda vez que uma criança guarda os brinquedos,
ela recebe uma recompensa, como um elogio ou um doce ou um brinquedo novo. A
modificação do comportamento funciona particularmente com crianças que apresentam
necessidades especiais, como aquelas com incapacidade mental ou emocional.

O psicólogo norte-americano B. F. Skinner (1904-1990), que formulou os princípios


do condicionamento operante, trabalhou principalmente com ratos e pombos, mas sustentava
que esses princípios aplicavam-se também aos seres humanos (SKINNER, 1938). Ele
descobriu que um organismo tenderá a repetir uma resposta que foi reforçada por
consequências desejáveis e suprimirá uma resposta que foi punida. De acordo com os
princípios de Skinner (1938), uma punição, como deixar uma criança de castigo, reduz a
probabilidade de que um comportamento venha a se repetir. A psicologia de Skinner, no
entanto, é de aplicação limitada, pois não atende adequadamente às diferenças individuais, às
influências culturais e sociais, ou outros aspectos do desenvolvimento humano que podem ser
atribuídos a uma combinação de fatores – e não somente a associações aprendidas.
3) Situação-Problema:

3.1) Síntese- História de um casamento:

O filme característico à Situação-Problema foi História de um Casamento, ele possui


02:16:17 de produção com direção e roteiro de Noah Baumbach, produzido por David
Heyman. Este filme de estilo comédia-dramática é originado dos Estados Unidos da América,
com o elenco de artistas renomados Scarlett Johansson (Nicole), Adam Driver (Charlie),
Azhy Robertson (Henry), Laura Dern (Nora Fanshaw), Alan Alda (Bert Spitz), Ray Liotta
(Jay), Julie Hagerty (Sandra), Merritt Wever (Cassie), entre outros atores e atrizes. O contexto
do filme mostra que o casal Nicole e Charlie Barder estão passando por um processo de
separação, no qual os dois querem ter a guarda do filho. No começo, eles decidiram não usar
advogados, fazendo o processo de separação de acordo com as vontades do marido, Charlie.
Mas ao desenvolver do trama Nicole percebe que precisa viver a sua vida, então com ajuda de
uma colega de trabalho, ela entra em contato com Nora Fanshaw, a melhor advogada de Los
Angeles. Conseguindo assim mudar as atitudes do ex-casal.

3.2) Relatório Descrição-Filme:

Descrição dos personagens:

O filme começa com a apresentação dos protagonistas, no qual Charlie conta como vê
sua esposa e Nicole conta como vê seu esposo, ao longo da vida de casal:

“Charlie descreve Nicole, como uma ótima pessoa, sempre prestativa e atenciosa. Ela
sempre soube resolver problemas de família e sempre cuidou dele e de seu filho. É uma mãe
que dedica boa parte do tempo para brincar com o filho. Nicole, deixou toda a sua carreira
de atriz, sua família e amigos, para se dedicar a ele e trabalhar junto com ele. Ela tem alguns
pontos negativos como a desorganização, mas não o afeta tanto.”

“Nicole descreve Charlie, como alguém destemido e que sempre alcança seus
objetivos. Ele é um homem organizado e arrumado, e sempre ajuda ela a por tudo em ordem.
Ele sempre aguentou bem os surtos dela, e nunca deixou ser afetado por eles. Charlie adora
ser pai, e adora tudo o que as pessoas não gostam, como birras e de ser acordado durante a
noite pelo filho. Ele é uma pessoa independente, nunca obteve ajuda dos pais, pois em sua
infância eles mexiam muito com bebidas alcoólicas e tinha muita violência em sua casa. Ele
trabalha como diretor em uma peça teatral em Nova-Iorque junto com ela. Ele transforma
todo o mundo em família.”

Motivos pelos quais estão terminando:

Há vários motivos pelo qual o casal está passando pelo processo do término: Nicole é
quem decidiu se separar, pois ela não estava aguentando ser a sombra dele e sempre satisfazê-
lo. E ela não queria viver com alguém que a traiu (ele havia traído ela com uma das colegas
de teatro), pois ele quebrou um voto, uma promessa sempre feita tanto no casamento civil,
quanto no religioso.

A separação:

Os dois no começo concordaram em não usar advogados e nem mediadores. Porém,


quando Nicole percebe que ela pode ter a própria vida com o filho sem a interferência das
escolhas possessíveis do marido, ela decide usar advogada, Nora Fanshaw, a melhor advogada
de Los Angeles. E com essa decisão Charlie precisa ir atrás de um advogado.

Nicole quer viver como atriz com a sua família (mãe e irmã) na Califórnia. Já Charlie
quer continuar com sua peça teatral em Nova Iorque e viver disso em outros lugares também.

Ao desenrolar do filme Charlie não quer solicitar nenhum advogado que fará mal a
Nicole e a sua família. No entanto, acaba procurando o melhor advogado da cidade para lutar
de igual para igual com Nora.

No final das contas, no tribunal, o juiz determinou que o caso ficasse em Los Angeles,
e que eles seriam entrevistados por uma avaliadora especialista em crianças.

Henry:

Henry é o filho de 08 anos de Nicole e Charlie. Ele no começo aceita a separação de


seus pais, não quer dizer que ele queira, mas suas atitudes demonstram que ele tenta se
conformar com a situação. Em uma parte do filme ele diz:

“Quando o papai chegar podemos ir ao brinquedo do tubarão? Ou eu podia uma vez com ele e
depois ir com você? Porque não me importo de ir duas vezes mesmo!”.

Com a situação da separação do casal, no começo quem decidia quem iria dormir na
casa de quem, era Henry. Henry comenta com seu pai que ele não quer voltar para Nova
Iorque, ele tem amigos, família, tudo lá em Los Angeles, menos o próprio pai. E ele tem a
aprovação da mãe para continuar lá, pois ela havia dito que se ele quisesse poderia ficar lá
com ela.

Nicole tem todo o dinheiro pra manter a saúde, o bem-estar e a educação para seu filho
em Los Angeles. Tendo assim, a guarda primária do filho. Porém, Nicole concorda com a
guarda compartilhada do filho, caso Charlie continue vivendo na Califórnia. Mas Henry,
mesmo com tudo a seu favor, sofre com a separação dos pais, o seu domínio cognitivo é um
dos primeiros a ser afetado:

“Nicole começa a dizer que a professora de Henry quer marcar uma reunião com os pais em
relação à leitura de Henry na sala de aula, ele não está lendo bem, não conseguindo acompanhar a
leitura e ainda troca letras. E na disciplina de matemática ele não vai bem. A resposta dos dois em
relação ao filho era que ele estava ansioso e que se cobrava demais, além disso, eles disseram que ele
desistia facilmente quando tinha dificuldade.”

A culpa:
Em uma parte do filme, Nicole decide conversar com Charlie em relação ao divórcio e
tratar a base da conversa, para cada um colocar a sua observação. Mas, por mais que Nicole
tenta resolver o assunto, ela queria que ele “abrisse” os olhos em relação ao comportamento
controlador dele, porém, ele não consegue ver isso, acha que está certo em tudo e que tudo
tem que ser conforme os seus desejos. Charlie culpa Nicole por tudo inclusive pela traição.
Mas no final um se desculpa com o outro, e por tudo que os afetou neste processo de divórcio.

A Avaliadora:

A primeira pessoa a ser avaliada é Charlie com Henry. Enquanto isso, Nora, está
fazendo um teste prático para Nicole, antes de passar pela avaliadora. Nora diz a Nicole é
possível aceitarmos pais imperfeitos, mas nunca será aceito mães assim. Então ela precisava
passar no teste como mãe perfeita para o seu filho.

Charlie recebeu a avaliadora em casa, e até então está indo bem. Porém, quase no final
da visita, ele tenta descontraí-la com um truque com uma faca e acaba se machucando. E isso
foi um grande ponto negativo para a avaliação.

Resultado da avaliação e processo do fim do término:

Charlie abriu mão de Nova Iorque, o advogado dele desistiu do caso e colocou o seu
sócio encarregado. Nicole não quer o dinheiro de Charlie, então não receberá nada. A guarda
do filho ficou para Nicole, e enquanto Charlie estiver em Los Angeles a guarda será
compartilhada.

O final:

O filme termina com Charlie e Henry lendo a carta que Nicole escreveu durante o seu
casamento, como ela o via. Ele vê que realmente ela o amava, e que era a única a se importar
com suas ideias e executá-las da melhor maneira possível, a única que realmente se importou
com ele. Charlie e Nicole continuam sendo amigos, mas cada um vive sua vida e a única coisa
que os ligam, é seu filho, Henry.

3.3) RELATÓRIO SITUAÇÃO-PROBLEMA:

Salomão e Romana vão à sua procura para tentar resolver um problema prático com
seu filho Salim que tem atualmente 8 anos. O casal resolveu se separar e busca uma
orientação sobre o filho, pois têm dúvidas se ele conseguirá aceitar esse momento. Para poder
orientá-los, você necessita saber algumas informações sobre como foi o desenvolvimento da
criança até aquele momento, para conhecê-lo melhor.

Os pais contam que aos três anos Salim, sempre que possível buscava dormir na cama
com eles. Para isso ele insistia muito, com suplícios e soluços. Após 3 ou 4 noites, os pais
cediam, pois acabavam com pena da criança. Quando não cediam, ele dormia no próprio
quarto, mas ao longo da madrugada, Salim mudava-se para a cama dos pais, entre os dois e os
mesmos, muito sonolentos, nada faziam.
Aos 5 anos ele começou a frequentar a escola. Todos os dias selecionava quem ia
buscá-lo: ora a mãe, ora o pai. E se caso os pais trocavam na hora de pegá-lo, ele armava uma
gritaria na porta da escola e não queria ir embora para casa enquanto a pessoa desejada não
chegasse. As professoras e a direção da escola achavam tudo muito estranho, pois no dia-a-dia
das atividades ele se saia muito bem.

O casal sempre deu todos os presentes que o filho solicitava. Agora com a separação
sabem que o padrão econômico de vida de ambos irá ser reduzido pela metade e com isso
estão preocupados em não poder atender todas as necessidades do filho. E há uma grande
probabilidade de Salomão ser transferido de cidade, sendo essa uma das principais razões da
separação, pois Romana não quer abandonar os pais a quem dedica boa parte do seu tempo,
mesmo estes não tendo nenhum problema.

Atualmente, Salim está no 3º ano do ensino fundamental, mas a coordenação da escola


já comunicou que se ele não se dedicar mais, provavelmente será retido, já que no ano
anterior foi aprovado pelo conselho de classe que considerou as dificuldades dos pais na sua
educação. Vem apresentando problemas em matemática (não consegue compreender
multiplicação e divisão) e em português troca letras e na escrita troca “p com q” e “b com d”.
Quando vai ler algo em sala, gagueja e troca também algumas letras.

Possui alguns amigos, mas nas brincadeiras é ele quem sempre determina as regras.
Quando alguma criança propõe algo diferente, ele afirma que essa não é a forma correta, que
deve ser outro jogo e ele não quer.
4) Reflexão:

4.1) Aspectos a serem observados:

01) Desenvolvimento humano:

Idades de Salim: Períodos de desenvolvimento:


03 anos Segunda Infância
05 anos Segunda Infância
08 anos Terceira Infância

 Salim, atualmente possui 08 anos de idade e faz o terceiro ano do ensino fundamental.
 Ele é filho de Romana e Salomão.
 Romana e Salomão estão se divorciando e buscam orientação de um psicólogo para
lidar com seu filho.
 Uma das principais razões pela separação do casal é: Salomão será transferido de
cidade e Romana não quer ficar longe dos pais.
 Romana dedica boa parte do seu tempo aos seus pais, mesmo que estes não possuem nenhum
problema.
 A dúvida que o casal tem é se Salim terá algum problema com relação a separação dos pais.
 Salim aos três anos é muito apegado aos pais. Ele dormia sempre que quisesse ao lado deles.
Caso, os pais decidissem ao contrário, Salim não disciplinado a dormir sozinho, ele era cedido
pelas suas decisões. Não houve restrições.
 Por Salim sempre tomar suas próprias decisões sem a disciplina dos pais desde aos 03 anos de
idade, aos 08 anos de idade ele começa a fazer a mesma coisa com seus amigos de escola.
 Aos 05 anos de idade, Salim decidia quem iria buscá-lo na escola, e se fosse contrariado, agia
de forma negativa, se recusando a ir embora. E com isso se refletiu em suas atitudes aos 08
anos de idade: “Quando alguma criança propõe algo diferente, ele afirma que essa não é a
forma correta, que deve ser outro jogo e ele não quer.”.
 A criança sempre ouviu um “sim” para todos os seus desejos. E não por restrições, no qual
estas restrições formariam o seu caráter no futuro, principalmente, agora que o casal está
passando por um processo de divórcio.
 Os pais davam todos os presentes solicitados pelo filho. Agora com o divórcio, não sabem se
conseguem preencher todo o desejo ao filho, por conta do padrão econômico vivido pelos pais
em separação.
 Aspecto cognitivo: com a dificuldade da educação proposta pelos pais e com a separação em
jogo, o rendimento escolar de Salim diminuiu.
 Com o psicológico da criança abalado, o seu processo cognitivo teve problemas em sua
formação: “Vem apresentando problemas em matemática (não consegue compreender
multiplicação e divisão) e em português, troca letras e na escrita troca “p com q” e “b com d”.
Quando vai ler algo em sala, gagueja e troca também algumas letras.”.
 Salomão irá mudar de cidade, já Romana não irá mudar, Salim talvez passe por um processo
mais difícil. Tendo que viver de forma alternada com os pais.
 Salim por ser muito apegado aos pais, pode ser um reflexo do apego entre sua mãe com os
pais dela.

4.2) Relação Filme com Situação-Problema:


Semelhança:

 Henry e Salim possuem a mesma idade: 08 anos.


 Salomão e Charlie eles serão transferidos de cidade.
 Romana e Nicole são apegadas as suas respectivas famílias.
 Salomão e Romana, Charlie e Nicole estão passando pelo processo de divórcio.
Diferenças:

 Nicole e Charlie vão à procura de advogados pra solucionarem o processo de


separação.
 Romana e Salim vão atrás de um psicólogo para seu filho.
 A Situação- Problema gira em torno do contexto de Salim.
 O Filme gira em torno da separação do casal e suas vidas pessoais.
Henry/ Salim:

Aceitação:

 Henry e Salim possuem apenas 08 anos de idade. Henry diferentemente de Salim


“aceita” bem a separação dos pais, já Salim começa a não aceitar as opiniões diversas.
 No quinto parágrafo do Relatório Descrição-Filme, Henry comenta: “Quando o papai
chegar podemos ir ao brinquedo do tubarão? Ou eu podia uma vez com ele e depois ir
com você? Porque não me importo de ir duas vezes mesmo!”
 Já na Situação-Problema, Salim, não aceita as opiniões diversas dos seus colegas.
Além disso, ele nunca aceitou as opiniões e disciplinas dos seus pais.
Problemas cognitivos:

O processo cognitivo de Salim e de Henry é afetado por conta da separação dos pais.
Tanto na Situação-Problema quanto no Relatório Descrição-Filme eles são afetados
justamente nas disciplinas de Português e de Matemática. Eles antes tinham um ótimo
desempenho com relação a essas matérias, mas durante o processo de separação dos seus pais
este desempenho caiu. Em Português gaguejam e liam pausadamente, e trocavam letras. Já em
Matemática estavam ficando ruins nos cálculos.

Decisões:

Henry assim como Salim começa a decidir com quem quer ficar. Salim ainda escolhe
quem dos pais irá buscá-lo na escola, já Henry é mais apegado a mãe, decidindo apenas ficar
com a mãe. Além disso, na hora de dormir, Salim dormia na cama junto com os pais, já Henry
decide com quem quer dormir.

Opiniões dos pais em relação a seus filhos:

Na Situação-Problema, Romana e Salim vão a busca de um psicólogo para saber


como orientar o filho, para ver se ele iria aceitar o momento de separação. Já no Relatório
Descrição-Filme, eles não vão atrás de um psicólogo para saber como o filho está
correspondendo à separação. Além disso, no décimo sexto parágrafo mostra que as resposta
dos pais em relação ao processo cognitivo de Henry, baseado em seus pensamentos, é: “A
resposta dos dois em relação ao filho era que ele estava ansioso e que se cobrava demais, além
disso, eles disseram que ele desistia facilmente quando tinha dificuldade.”. Mas não
buscaram ver se esse detalhe estava relacionado com o divórcio deles.
5) Conclusão:

Aconselho Salomão e Romana a terem uma conversa sincera com Salim sobre o
divórcio, explicando o motivo de uma forma que demonstre segurança e amor, de modo que
ele entenda que não é culpa dele e que ele continuará tendo seus pais, mas não como um
casal.

Não se preocupem em não dar todos os presentes que Salim solicitar, o que ele precisa
não é de valores materiais e sim dos pais dele. Portanto, construir e fortalecer seus vínculos
com ele mostra que, mesmo separados, vocês estão juntos para o que ele precisar.

Salim tem demonstrado maus comportamentos e dificuldades na escola. Portanto, seria


relevante reforçar os limites de comportamento com Salim, mostrando que ele deve obedecer
aos pais e auxiliar ele com suas dificuldades em sala de aula.

Caso estejam inseguros sobre o divórcio, aconselho a não tomarem decisões


precipitadas. Reforcem os motivos pelos quais querem se divorciar e vejam se não teria outro
caminho para resolver a situação em questão para que tal ato não ocorra.

De acordo com o artigo produzido pela psicóloga clínica de adultos, casais e famílias,
Viviane Sampaio, explica-se que o divórcio causam dor e sofrimento tanto para o casal,
quanto para os filhos (caso tenham). A terapia pode ajudar a tornar essa fase mais fácil de ser
vivida. Mas o que faz em uma terapia? Ela explica por partes:

Deve-se identificar e aumentar a capacidade de mudança de cada cônjuge frente a


situações estressantes; identificar o impacto da separação nos filhos, independentemente da
idade, e desmistificar a crença de que filhos adultos não sofrem com a separação; Além disso,
devem-se esclarecer as crenças pessoais de cada cônjuge em relação a si próprio e ao outro
cônjuge. Crenças são as ideias e valores formados com base no julgamento da experiência de
cada cônjuge em seus relacionamentos. Esclarecer as crenças que dificultam a separação e as
crenças que se formaram no casal. Esclarecer as crenças de cada cônjuge oriundas de sua
família de origem com relação ao próprio evento da separação.

Além do mais, as emoções como medo, tristeza, culpa, raiva, satisfação, alívio e
alegria serão trabalhadas a todo o momento em ambos; a qualidade da comunicação será
transformada. Atitudes como adivinhações ou esperar que o outro adivinhe aquilo que pensam
ou querem serão desencorajadas. E definir metas a curto, médio e longo prazo para a
concretização da separação para ambos.
6) Referências Bibliográficas:

1. BOYD, Denise; BEE, Helen; Artmed. A Criança em Crescimento: Conceitos


Básicos e Métodos, 2011. p. 29-44.
2. 2 LAUB, Andréa.. Reflexão sobre o Contexto no Desenvolvimento das Crianças de
acordo com a Psicologia Desenvolvimentista. São Paulo, jul. 2015. Disponível em
<http://refinandopensamentos.blogspot.com/2015/07/reflexao-sobre-o-contexto-
no.html
3. HISTÓRIA de um Casamento. Direção de Noah Baumbach. Estados Unidos: Netflix,
2019. ( 136 min.)
4. FABRINO, Verônica Noel. Afetividade e base familiar: norteadores da formação
da personalidade, São Mateus, 2012.
5. VIRGINIO, Regina Maria Araújo. A integração entres pais e escola: A influência
da família na educação, Brasil, fev. 2020.
6. TEORIA da coerção de Patterson: treinamento para os pais. Amenteé maravilhosa,
set. 2019. Psicologia educacional e do desenvolvimento. Disponível em <
https://amenteemaravilhosa.com.br/teoria-da-coercao-de-patterson/
7. SEGUNDA Infância: duração e características. Psicanálise Clínica, fev. 2020.
Disponível em < https://www.psicanaliseclinica.com/segunda-infancia/
8. PAPALIA, Diane; FELDMAN, Ruth Duskin. Desenvolvimento Humano. 12. ed.
AMGH, 2013.
9. MEDINA, Vilma. Os efeitos que o divórcio causa nos filhos. Guiainfantil.com, abr.
2016. Disponível em <https://br.guiainfantil.com/blog/familia/divorcio/os-efeitos-que-
o-divorcio-causa-nos-filhos/
10. ANTÔNIO, A.S. A importância da família no desenvolvimento da criança. Educação
diferente, set. 2010. Disponível em < https://edif.blogs.sapo.pt/67621.html
11. SILVA, Isabella Thays Ortiz; GONÇALVES, Charlisson Mendes. Os efeitos do
divórcio na criança. Psicologia. pt. ISSN, p. 1645-6977, 2016.
12. MARTINS, Edna; SZYMANSKI, Heloisa. A abordagem ecológica de Urie
Bronfenbrenner em estudos com famílias. Estudos e pesquisas em psicologia, v. 4, n.
1, p. 0-0, 2004.
13. NORONHA, Heloísa. Adiar uma separação por causa dos filhos: isso realmente faz
bem a eles?. UNIVERSA, out. 2018. Disponível em <
https://www.uol.com.br/universa/noticias/redacao/2018/10/06/adiar-uma-separacao-
por-causa-dos-filhos-isso-realmente-faz-bem-a-eles.htm
14. SAMPAIO, Viviane. O trabalho do psicólogo na separação de um casal. OAB, São
Paulo, jul. 2006. Disponível em <http://www.oabsp.org.br/noticias/2006/07/17/3741
15. O que é dislexia?. Instituto ABCD, maio. 2019. Disponível em
<https://www.institutoabcd.org.br/o-que-e-dislexia . Acesso em: 09 de maio de 2020.
16. O que é discalculia?. Instituto ABCD, [s.d]. Disponível em <
https://www.institutoabcd.org.br/discalculia/. Acesso em: 09 de maio de 2020.
17. THIADO, David. Desenvolvimento da criança: Do final da segunda, ao inicio da
terceira infância, nov. 2017. (18 min). Disponível em
<https://youtu.be/QLvlDvQqRpA
18. ZATTONI, Romano Scroccaro. A autoestima em crianças da terceira infância e sua
relação com o elogio no contexto educacional. In: X congresso nacional de
educação–EDUCERE & I seminário internacional de representações sociais,
subjetividade e educação–SIRSSE. 2011.
19. TERCEIRA Infância {de 6 a 12 anos}. Ciclo Vital – Passos da infância, abr. 2017.
Disponível em <https://passosdodesenvolvimento.wordpress.com/2017/04/13/titulo-
do-post-do-blog/
20. ASPECTOS Gerais sobre o Desenvolvimento na Terceira Infância. Psicologia da
Infância, c2013. Disponível em
<https://www.passeidireto.com/arquivo/2147886/resumo-desenvolvimento-terceira-
infancia
1) Introdução do Trabalho:

Este trabalho é dividido em duas partes. A segunda parte corresponde à capacidade de


uma análise e discussão sobre o impacto da situação atual nas diversas fases do
desenvolvimento humano. Porém, o grupo irá trabalhar apenas a faixa etária do jovem-adulto,
ou seja, dos 20 aos 40 anos. Será uma análise crítica sobre os impactos do distanciamento
social mundial causado pela mais nova pandemia, Covid-19. Foram apresentados também
através de reportagens, bases e artigos teóricos, filmes e documentários para a realização do
trabalho em grupo.
2) Desenvolvimento teórico:

Jovem adulto (20 aos 40 anos)

O período do Jovem adulto é marcado dos 20 aos 40 anos. Caracterizando uma etapa
de muita força e vitalidade, e também nessa período o indivíduo está enfrentando um
momento de testagem do seu potencial, e de enfrentamento social e pessoal. O jovem-adulto
tem tendência a desenvolver maus hábitos, como por exemplo, fumar, ingerir muita bebida
alcoólica, fazer uso de drogas, excesso de açúcar e má alimentação. Para se manter saudável é
importante cuidar bem do corpo, tanto físico, psíquico e espiritual. Evitar os maus hábitos, ter
uma alimentação saudável, manter uma boa rotina de sono, exercitar-se fisicamente e
mentalmente.

Nessa fase há uma presença visível de dificuldades emocionais e financeiras, o


indivíduo possui incertezas sobre o futuro, tem uma grande preocupação com a sua vida
profissional, amorosa e social. Nesse período qualquer estímulo oferecido ao organismo
resulta em uma resposta imediata.

Em sua fase adulta o indivíduo passa um processo de desenvolvimento de identidade,


consolidação da estrutura da personalidade e a autorrealização. É uma fase de novas
descobertas, experiências, conquistas e mais responsabilidades.

Erik Erikson propôs uma concepção de desenvolvimento humano em 8 estágios.


Sendo cada estágio atravessado por uma crise psicossocial. Recebeu o nome de Teoria
Psicossocial do Desenvolvimento, no qual ele separa oito estágios de desenvolvimento da
personalidade do indivíduo para que dessa forma ela tenha sua formação da personalidade de
forma total. O estágio que representa a fase da personalidade do jovem adulto é:

Intimidade x isolamento: Esse estágio é representado pela vida adulta. Neste cenário o
indivíduo está a procura de outra pessoa a quem ele possa confiar. Caracterizado por um
momento de união. Para que se obtenha uma associação positiva é necessário que o indivíduo
tenha construído um ego forte e autônomo, aceitando assim o convívio com outro ego. Mas,
quando o indivíduo não construiu um ego seguro, irá preferir o isolamento, principalmente, se
esse sofreu uma decepção, a tendência será de se isolar de forma temporária ou duradoura, de
modo também a tentar proteger o seu ego.

Para Piaget (1970), ele acredita que quando se alcança a fase adulta a pessoa já está
completamente desenvolvida por causa das fases anteriores que ela já havia passado.

Partindo de uma perspectiva psicogenética, a teoria de desenvolvimento de Wallon


assume que o desenvolvimento da pessoa se faz a partir da interação do potencial genético,
típico da espécie e uma grande variedade de fatores ambientes.

Quando o indivíduo atinge a fase de adulto, segundo a Teoria Psicogenética de


Wallon, ele já conhece seus sentimentos, quem ele é, suas limitações e pontos fortes. Ele
desenvolveu uma consciência moral: reconhecer e assumir com clareza seus valores e dirigir
suas decisões e escolhas de acordo com eles. E se ele conseguir relacionar-se com outra
pessoa, receber essa pessoa de braços abertos para sua vida, é um fator que indica o
amadurecimento dessa pessoa. Fase essa que recebe o nome “O equilíbrio entre o afetivo e
cognitivo”. (Maboney; Ramalho, 2005)

Quando chegam à meia idade sofrem com a “Síndrome do ninho vazio”, que é o
momento que os filhos estão saindo de casa, se casando e constituindo família. Mas,
percebem que não estão sozinhos, pois seus filhos continuam ao seu lado, porém morando em
casas diferentes, assim eles percebem que não foram abandonados por eles. (Satori;
Zilberman, 2008)

Ansiedade

Ficar ansioso diante de tarefas importantes, novos desafios ou oportunidades que serão
enfrentadas ao decorrer da vida, ou no aguardo de uma notícia é normal e pode até ser necessário
em alguns casos. Dessa forma, tem-se a definição de que a ansiedade é a antecipação da ameaça
que se encontra no futuro onde a pessoa afetada se encontra em sofrimento por situações que ainda
não aconteceram, diferentemente do medo, que é a reação sentimental e emocional ao fato que se
encontra no presente, percebida e respondida de forma evidente. Entretanto, é possível detectar que
a ansiedade não se limita em um simples sintoma, ou em apenas uma forma universal, pois as
pessoas são muito diferentes, o que faz com que esse inimigo social se manifeste em várias fases e
níveis, desenvolvendo assim algo que chamamos de Transtorno de Ansiedade.
O transtorno de ansiedade é definido como uma agitação em excesso do sistema
nervoso central, é o pico de uma ansiedade e ela traz uma sensação desprazerosa e
desconfortável ao indivíduo, trazendo até ataque de pânico. Os seus efeitos são perceptíveis e
podem ser de forma real, ou imaginária à ausência do controle do corpo.
Dentre eles, são chamados de: transtorno de ansiedade de separação, mutismo seletivo,
fobia específica, fobia social, agorafobia, transtorno de pânico, transtorno de ansiedade
generalizada (TAG), transtorno de ansiedade induzido por substâncias/medicamentos,
transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), transtorno dismórfico corporal, transtorno de
acumulação, tricotilomania, transtorno de escoriação, transtorno de estresse pós-traumático
(TEPT), transtorno misto ansioso e depressivo (TMAD).

Em uma entrevista com a psicóloga Michelli Gonçalves, que atende nas Clínicas
Einstein e no espaço saúde da Natura, ela cita alguns sintomas e algumas soluções para o
autocontrole:

“Além dos desgastes mentais, a ansiedade produz alguns sintomas físicos também,
como a aceleração no coração, sudorese, tremores, tensão muscular, dificuldade para
respirar, dores de cabeça, cansaço ao acordar e até queda de cabelo.
Assim, algumas formas de controle são essenciais para o controle de tal situação,
como: criar uma rotina, diminuir a autocobrança, cuidar da alimentação, fazer exercícios de
respiração e relaxamento (meditação), praticar exercícios físicos, consumir informações de
forma equilibrada, socializar com amigos e familiares, entre outros. Dessa forma, tem-se um
equilíbrio definido entre os dias, e a ansiedade.”.

As 5 fases da ansiedade:

Neste cenário, encontra-se então a primeira fase da ansiedade, que pode ser descrita
como uma leve antecipação do sofrimento de uma situação futura, da idealização de situações
que ainda não se concretizaram, mas que gera certo desconforto e preocupação no indivíduo,
o que caracteriza a primeira fase é a leveza da ansiedade nessa etapa. Assim, a segunda fase
da ansiedade está ligada com as memórias antigas que podem ser positivas ou negativas, o
que já foi vivenciado, desde a gestação até a fase adulta, que pode variar entre pequenas e
grandes situações, a segunda fase se caracteriza pela ansiedade de viver uma próxima
experiência parecida ou igual a aquela memória do passado.

Em conseguinte, encontra-se agora a terceira fase da ansiedade que já deixa de ser


somente emocional, e passa a serem detectados sintomas físicos, que se caracterizam como:
sudorese, tremores, sensação de falta de ar, tontura, calafrios, ondas de calor, sensações de
formigamento, taquicardia, incapacidade para relaxar, entre outros. Levando assim a quarta
fase da ansiedade que é uma característica mais avançada do processo três, se caracteriza
como medo em cadeia, que é o medo secundário onde é gerada a paralisia emocional e física,
assim o indivíduo não consegue mais ter controle de suas ações, como exemplo a
alimentação, onde a pessoa se alimenta pela ansiedade e não consegue se equilibrar gerando
assim seu desconforto físico e ganho de peso excessivo (obesidade), essa fase é caracteriza
pelo medo secundário, e é considerada uma ansiedade patológica, sendo assim a mais comum.

Por fim, a quinta fase da ansiedade onde se encontra a junção de todas as


características das cinco fases existentes, tem-se o fortalecimento dos registros emocionais da
fase um, o que faz com que ocorra o aumento da ansiedade tanto no lado emocional, como no
lado físico. Com isso, o corpo tende a cair a imunidade o que pode desencadear dores,
oscilações de ansiedade que se transformam em um estado de desânimo evidente ou
depressão. A característica principal da quinta fase é o fortalecimento dos registros
emocionais.

Ansiedade entre os jovens e o adultos:

De acordo com o relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS), divulgado em 23


de fevereiro: “foi apontado que o Brasil é o país com a maior taxa de transtornos de
ansiedade no mundo. Quase 10% da população sofre dessa disfunção, que engloba várias
outras como: ataques de pânico, transtorno obsessivo-compulsivo, estresse pós-traumático e
fobias.”.
A ansiedade é uma doença comum na transição da fase do jovem para a vida adulta. É
nesta fase que a maioria dos jovens se preocupa com sua vida profissional, no curso da
faculdade, em seu primeiro emprego, na sua vida amorosa, entre outras situações e realidades
novas e diferentes tomadas para seu futuro, no qual elas serão frutos da responsabilidade de
cada um. Porém, se o transtorno for persistente e os sintomas atrapalharem a
rotina e as atividades do jovem, é preciso identificar as causas e medos para que
eles possam ser tratados.

Já a ansiedade na fase adulta e estabilizada, é causada pelo estresse do dia a dia. Neste
caso, provavelmente, essa doença é causada pela alteração de estilo de vida das pessoas, ou
seja, não possuem um estilo de vida saudável. Mas que ela afeta mais ainda na meia-idade
entre 40 aos 60 anos.

Um exemplo de ansiedade muito comum na fase adulta indo para a meia-idade, é a


sensação expressa por Kourtney Kardashian, atriz e modelo famosa dos EUA, em seu
aniversário de 40 anos, ela caiu aos choros e se perguntava sobre o que ela tinha feito na vida,
no qual ela dizia também que não havia priorizado mais as coisas importantes para a sua vida.
A sensação dela com a chegada dos 40 anos não é incomum.

“Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Warwick e da


Faculdade de Dartmouth descobriu que, nos EUA, as mulheres costumam estar mais
infelizes, na média, por volta dos 40 anos. Enquanto isso, os homens se sentem pior aos 50.
Algumas pessoas sofrem mais do que outras, mas essa crise da meia-idade sempre acontece
com homens e mulheres, casados ou solteiros, ricos ou pobres, com ou sem filhos, diz o
estudo.”. –Universa (plataforma UOL)

Ansiedade em meio à pandemia do Covid-19

Enfrentamos em 2020 um cenário atípico, e até mesmo desconhecido para muitos. No


qual se pede o isolamento em casa durante a quarentena da pandemia do Covid-19 (Sars-Cov-
2). Esse momento causa na sociedade ou pelo menos em grande parte dela a preocupação e o
medo com o presente período, por motivos de haver um afastamento social, estabelecimentos
de lazer fechados, incertezas com o futuro e muitos acabaram ficando desempregados.

Sendo ainda uma doença “desconhecida” causa certo pânico na humanidade, sendo
uma espécie de situação que pode abalar a saúde mental, e causar estresse, ansiedade e
angústia. Esses e outros fatores podem culminar no desenvolvimento de transtornos como
ansiedade e depressão.

Marilda Lipp, psicóloga e diretora do Instituto de Psicologia e Controle do Stress


(IPCS) diz que “O que sobra de uma epidemia é a doença mental”.

As notícias sobre o covid-19, informações sobre números de contaminados, a


quantidade de mortes, sintomas, métodos de prevenção e cura, causa sentimentos de angústia
e vulnerabilidade na sociedade mundialmente.
“O desconhecido assusta, pois cria outras perguntas: Como eu vou lidar com isso? Como vai ser
comigo?”, afirma Dorli Kamkhagi psicóloga e psicanalista do Laboratório de Neurociências
do IPq (Instituto de Psiquiatria) do HC-FMUSP (Hospital das Clínicas da Faculdade de
Medicina da Universidade de São Paulo).

A Organização Mundial de Saúde (OMS) publicou algumas orientações para preservar


o bem-estar durante a pandemia. Uma de suas orientações foi para evitar o bombardeio de
informações. Não passe o dia todo assistindo ou lendo somente notícias sobre o coronavírus,
separe apenas um momento do seu dia para se informa sobre. Para não gerar excesso de
informações e com isso causar maiores preocupações e estresse, suscitando em um transtorno
de ansiedade.

Pessoas que já sofrem de transtornos mentais, como depressão, ansiedade e transtorno


bipolar, propendem a ter seus sintomas agravados, e desencadear até mesmo ataques de
pânico. É necessário que nessas situações busque a ajuda de profissionais para ajudá-lo, como
um médico ou psicólogo.

“Eu percebi um processo de intensificação dos sintomas, muito por conta da forma como eles
têm recebido as notícias. Esses pacientes já estavam em processo de melhora e voltaram a apresentar
os sintomas de modo maduro, sintomas de ansiedade muito fortes”, afirma Bohler.

A estudante universitária Beatriz Bonfim, de 22 anos, lida há três anos com o


transtorno de ansiedade e afirma que a quebra de rotina imposta pelo confinamento tornou
seus sintomas mais presentes. “A partir do momento em que meu trabalho virou home office e
minha faculdade começou a ensinar à distância, essa quebra de rotina me deixou desestabilizada. (…)
Eu comecei a de fato sentir os sintomas nessa fase de ficar enclausurada, ficar em casa, não poder
sair. De não ter a rede de apoio que costumamos ter quando vivemos a vida normalmente”. (Jornal
de Brasília, 2020)

"Desde o início do isolamento, minha ansiedade aumentou muito. Com frequência, ela vem
sem que eu espere. Tenho dificuldade em respirar e pensar direito. É uma sensação de confusão.".
Diz Lígia, de 18 anos que mora com seus pais nos Reino Unido.

Particularmente, tem sido uma situação mais difícil para adolescentes e jovens. De
modo, que eram acostumados a sair, ter sua liberdade, frequentar as aulas presenciais, tanto
escola de ensino médio, onde muitos adolescentes do último ano do ensino médio estavam se
preparando para os vestibulares, como também para universitários e ainda mais para aqueles
que estão em seu último período de faculdade.

Naomi, de 21 anos, diz que sua ansiedade também aumentou muito por causa do
coronavírus. Estudante de psicologia, ela teve as provas de final de semestre canceladas e,
embora as aulas tenham sido feitas às distância, pela internet, a falta de rotina e incertezas
quanto ao curso a afetaram. (BBC, 2020)

O que está acontecendo também com essas pessoas que já sofrem com o transtorno de
ansiedade é causar a confusão entre os sintomas de ansiedade com o do Covid-19. Ao ter uma
crise de pânico causada pelo cenário atual da pandemia, a pessoa não consegue identificar se
essa falta de ar está sendo causa pela crise de ansiedade ou pela doença Covid-19.

“Uma coisa que tem acontecido muito é a confusão do sintoma de falta de


ar da ansiedade com o mesmo sintoma do coronavírus. Isso é parte de um
processo que nós chamamos de somatização: a pessoa começa a imaginar
os sintomas e então tem a sensação de que esses sintomas começaram a
ocorrer”, explica o psicólogo João Pedro Bohrer.

O crescente número de novos casos e mortes não somente no Brasil, mas também nos países
estrangeiros vem causando muito medo nas pessoas. E isso não deixa de ser bom, mas o
problema acontece quando o medo passa a ser agudo, as pessoas ficam acuadas, desesperadas,
com medo de morrer, de contrair a doença ou de algum familiar seu contrair a doença e
morrer, de ficar desempregados e sem dinheiro para sobreviver. Essas sensações devem ter
interpretadas como um sinal de alerta, pois isso pode desencadear um transtorno mental como
ansiedade, e agravar sintomas em pessoas que já tenham transtornos psiquiátricos pré-
existentes.

"O medo é bem-vindo num primeiro momento. Ele está em consistência com essa situação nova, que
as pessoas identificam como potencialmente ameaçadora", diz Jocelaine Silveira, professora de
psicologia da UFPR (Universidade Federal do Paraná).

Um artigo publicado pela Revista Brasileira de Psiquiatria, com estudos feitos durante
epidemias, tragédias e pandemias, inclusive a do coronavírus, afirma que durante as
pandemias o número de pessoas que desenvolvem distúrbios psiquiátricos é maior do que o
número de pessoas infectadas pelo vírus. "É possível que estas condições possam evoluir para
transtornos psiquiátricos depressivos, ansiosos (incluindo crises de pânico e estresse pós-
traumático), psicóticos e paranoides e até suicídio”.

E mesmo quando o evento trágico passa, o abalo emocional e mental continua. Mas, o
medo pode ser ainda pior, pois o medo agudo pode atacar até mesmo o sistema imunológico e
causar dano há ele, enfraquecendo-o durante esse tempo, causando uma deficiência no
sistema imunológico.

Filmes que retratam o momento atual que mundo está passando:

Relatório do filme “Flu”

 O filme se passa na Coreia do Sul, especificamente na cidade de Bundang.


 É sobre o vírus da gripe aviária, que sofreu mutação dentro de um contêiner que
transportava pessoas vindas da China para a Coreia do Sul, no qual havia uma pessoa
doente, onde contaminou todo o restante.
 Altamente contagioso e de fácil contagio. E é transmitido pelo ar.
 Autoridades pensavam ser apenas um gripe normal, mas a alta letalidade dele
mostrou-se diferente e a mortalidade se tornou alta, no qual, procuraram identificar o
vírus, que se mostrou desconhecido dentre os vírus.
 Foi identificado como o vírus H5N1. Não havia cura, vacina ou tratamento conhecidos
ainda.
 Houve um paciente que sobreviveu a viagem dentro do contêiner que possuía os
anticorpos necessários para uma cura e possível vacina.
 Os governantes do pais não concordavam com os médicos em emitir alerta para
isolamento e para as pessoas saberem do novo vírus. Mas, a partir do momento que
teve a confirmação de muitos casos pela cidade foi feito a quarentena e isolamento da
cidade, feito pelo presidente quando soube da situação.
 Havia uma briga entre os médicos e governadores. Na qual os médicos defendem a
vida dos cidadãos e os governadores estão apenas preocupados com o país e sua
economia.
 Sociedade assustada com a situação desconhecida, pelo fato de ser declarado uma
epidemia. Gerando histeria, pânico e ansiedade na humanidade.
 Uso de máscaras é obrigatório dando o cenário da situação e pela sua forma de
contágio e transmissão.
 Uma criança que estava doente, filha de uma das médicas a frente do desenvolvimento
da cura, toma a vacina feita com o plasma do Monssai, paciente que sobreviveu ao
contágio, e desenvolve os anticorpos necessários para cura e vacina da doença.
 Os governadores queriam bombardear a cidade de Bundang, no qual o presidente vai
contra, e os governadores todos vão contra o presidente. Assim, ele assume a culpa
caso tudo de errado, e para o bombardeio da cidade, indo contra os Estados Unidos
também. Assim, ele promete aos cidadãos que ficará do lado deles e irá desenvolver e
produzir a cura e vacina o mais rápido possível para todas as pessoas da cidade e para
os demais do país.

Relatório do filme “Contágio”

O filme “Contágio” lançado em 2011 e dirigido por Steven Soderbergh narra uma
história de ficção/terror em que um novo vírus altamente contagioso e letal começa a se
espalhar pelo mundo. Esse novo vírus, natural dos morcegos, sofre uma mutação ao entrar em
contato com suínos, e torna-se capaz de infectar humanos. Entretanto, o foco do filme não é
como o vírus surgiu ou se difundiu, mas o comportamento das instituições governamentais, de
saúde e da humanidade frente a uma pandemia catastrófica.

No decorrer do filme surgem atores que cumprem o seu papel institucional e


demonstram diversas características reais da sociedade. Primeiramente, pode-se destacar a
ação da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do CDC em descobrir a origem do vírus,
bem como de um tratamento eficaz. Ainda, há os atores que representam a mídia e que
utilizam da tragédia para compartilhar “fake news”, sensacionalismo com o objetivo de
conseguir fama. Os governos e políticos travam batalhas durante a crise em busca de poder,
orçamentos e para regular a distribuição de recursos. O governo ainda utiliza de forças
militares para controlar a população. Por último, destaca-se a variada atuação da população,
enquanto muitos tomam os devidos cuidados para evitar a propagação da doença, muitos
desrespeitam as regras instauradas e utilizam de um momento de fragilização social e
necessidade para praticar roubos, violência, assassinatos.

O filme mostra, portanto, o que ocorre quando milhões de pessoas entram em pânico
simultaneamente diante de uma situação em que os padrões sociais estão abalados durante
uma pandemia.

O mundo tem vivido uma crise semelhante em alguns aspectos ao cenário retratado no
filme. Atualmente, ocorre a pandemia causada pelo novo coronavírus (COVID-19 ou SARS-
CoV2), um vírus que também surgiu na China pelo contato de morcegos com outros animais,
que ao sofrer mutações passou a ser capaz de infectar humanos. Apesar da infectividade e
letalidade serem bem menores do que a retratada no filme, muitos comportamentos humanos
do filme podem ser observados na realidade. Todas as instituições de pesquisa e saúde do
mundo fecharam parcerias intermediadas pela OMS para acelerar os processos de pesquisas
em busca de uma cura. Além disso, é possível observar o comportamento da mídia e das
pessoas nesse momento que, apesar da fragilidade das pessoas, aproveitam para causar
pânico, compartilhar informações falsas e conseguir fama. Ainda, é importante destacar como
os diferentes governos tem se comportado diante dessa crise, enquanto a maioria defendem o
distanciamento social e a aplicação de quarentena, outros têm sido resistentes quanto às ideias
apresentadas pelas entidades de saúde. Por último, destaca-se o comportamento humano
durante essa pandemia que, apesar do surgimento de diversas boas ações, de empatia as
dificuldades do outro e de cuidado muito, ainda, tem havido investigações acerca de ações de
ódio contra agentes de saúde e de corrupção e desvio de verba que era ao combate da crise.

• O que é COVID-19

O COVID-19 faz parte de uma família de vírus chamada Coronavírus. Essa família
viral é responsável por causar infecções respiratórias. Os primeiros vírus dessa família foram
observados em humanos pela primeira vez em 1937, mas apenas em 1965 que eles receberam
o nome de coronavírus devido sua morfologia microscópica em forma de coroa.

A OMS emitiu o primeiro alerta para a doença em 31 de dezembro de 2019, quando


autoridades de saúde chinesa notificaram casos de uma pneumonia misteriosa na cidade de
Wuhan. O surto inicial da doença ocorreu em pessoas que tiveram algum contato com o
mercado de frutos do mar de Wuhan, o que indica algum vetor animal no ciclo da doença. Ao
analisar o genoma do vírus, descobriu que, provavelmente, sua origem está relacionada a
morcegos.

O vírus é transmitido de uma pessoa doente para outra através de contato próximo por
meio de aperto de mãos, gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro e superfícies e objetos
contaminados. O quadro sintomatológico do Covid-19 é complexo tendo em vista os
diferentes casos que surgem no mundo e que podem estar associados ou não a outras
comorbidades. Porém, dentre os sintomas, os principais são tosse, febre, coriza, dor de
garganta, dificuldade para respirar e perda do olfato e paladar.

A prevenção contra o vírus é fundamental para interromper a rede de transmissão e


evitar o colapso dos sistemas de saúde e permitir, assim, que todas pessoas doentes possam
receber o devido cuidado. As principais recomendações de prevenção são o distanciamento
social; lavar as mãos com frequência com água e sabão; evitar tocar os olhos, nariz e boca
com as mãos não higienizadas; utilizar álcool em gel quando não for possível lavar as mãos;
manter uma distância mínima de 2m de qualquer pessoa que apresente tosse ou espirro; evitar
contato íntimo; higienizar com frequência objetos muito utilizados; manter os ambientes
ventilados; manter uma rotina saudável; utilizar máscaras toda vez que for necessário sair de
casa.
3) Relato:

⚠ OBS: este é o meu primeiro relatório científico no qual entrarei em detalhes sobre um
pouco do que você presenciou durante a Pandemia.

Caso não queira fazer parte do relatório, não há problemas, o importante é o seu bem-estar e
segurança.

->Seu nome é: Luciano (nome fictício que será usado no trabalho)

-> Características: Pai de família e trabalhador.

->Perguntas referentes à Pandemia:

01- No começo, o que mais te chocou, quando soube da doença?

R. Me chocou o fato de não ter um remédio que pudesse curar e em segundo plano o fato de
levar a óbito um grande número de pessoas.

02- O que você sentiu em relação ao isolamento social?

R. Algo novo, pois nunca tinha passado por nada igual.

03- Para sustentar a sua família, você precisou continuar a trabalhar? Você sentiu medo ao ter
que trabalhar?

R. Sim, porém Home Office.

04- De 0 à 10, qual o nível de ansiedade você sentiu no começo da pandemia?

R. 5

05- De 0 à 10, qual o seu nível de ansiedade agora?

R. 5

06- Você tomou todas as medidas de prevenção para não adquirir a doença? Caso sim, quais
as medidas que você usou?

R. Sim. Máscara ao sair na rua, álcool gel, lavar as mãos, colocar as roupas para lavar
assim que chegava em casa e também pano com Água Sanitária na porta.

07- Durante esta pandemia, você procurou mais conteúdos referente à doenças, bactérias e
vírus?

R.Sim.
08- Você foi atrás de conteúdos como filmes, documentários, séries em relação à doenças?

R.Sim.

09- Você tem assistido, ou lido bastante os noticiários que estão correlacionados ao Covid-
19? Caso sim, o que você sentiu quando assistiu/leu?

R.Sim. No primeiro momento fiquei um pouco preocupado com as notícias recebidas através
dos noticiários, mas com o passar do tempo fui me inteirando mais sobre o assunto e fiquei
mais tranquilo adotando as medidas de segurança.

**********************************************************************

PERDA E LUTO

01- Posso também relatar o seu processo de perda e luto no meu trabalho?

R. Sim.

02- Caso sim, qual a causa da morte do seu ente querido?

R. Parada Cardíaca.

03- Quando passou pelo processo de luto, o que sentiu sobre a perda?

R. Um vazio muito grande, pois era meu pai (de criação).

04- Qual foi a maior preocupação que você teve na perda do seu ente?

R. Por ser em um período de pandemia não conseguir fazer o velório e o sepultamento


normal.

05- Qual foi a sua preocupação durante à perda, em relação ao Covid-19?

R. Não tive nenhuma preocupação, pois sabia que não faleceu proveniente da Covid-19.

06- Você pôde fazer o velório?

R. Sim, com algumas restrições.

07- Caso tenha feito o velório, como você foi tratado?

R. Não houve nenhuma diferença.

08- Sabemos que podemos demonstrar que toda a vida do ser humano tem valor. Você pôde
demonstrar, (da sua forma e do seu jeito), isso durante o velório?

R. Não, porque houve algumas restrições.

09- Como foi o processo todo do velório?


R. Foi meio complicado. Com a pandemia tinha algumas restrições. Somente uma pessoa
pode registrar o óbito, a funerária tinha restrição, as salas de velórios tinham regras
distintas.

10- E o enterro, como foi o processo todo dele?

R. O enterro transcorreu de forma normal, tivemos apenas restrição quando ao tempo do


velório.

11- Durante o processo do velório e do enterro, as pessoas que trabalhavam na funerária


tiveram ética, moral e respeito, tanto pelo seu ente quanto por você?

R.Sim.

12- Durante o velório e enterro, foram tomadas as medidas necessárias para se prevenir ao
Coronavírus?

R.Sim.

Foi limitado em 4 horas o velório.

Revezamento das pessoas dentro da sala de velório, limitado em 10 pessoas por vez.

Uso de mascara em todo o tempo, bem como álcool gel na entrada da sala.

No enterro o cemitério não apresentou nenhuma orientação quando ao sepultamento, porém


as pessoas que lá estiveram respeitaram o distanciamento social.

Uma grande falha foi em relação aos funcionários que estava fazendo o sepultamento, pois o
mesmo nem sempre possui os equipamentos de proteção para se resguardarem do Covid-19.
4) Reflexão:

Perda, Morte e Luto

O luto é uma fase que chegará para todos nós em algum momento das nossas vidas,
com algum familiar ou pessoa próxima, ou algo que era importante pra você como um objeto,
viagem que estava programada, emprego ou até mesmo ideias, etc.

Fase 1 - Negação:

Seria uma defesa psíquica que faz com que a pessoa acabe negando o problema. Não
aceitar a realidade e não querer falar sobre o assunto, procurando um jeito de pensar que
aquilo não aconteceu.

Fase 2 - Raiva:

Nessa fase o indivíduo começa a se revoltar com o mundo, se sentindo injustiçado e


não se conforma que está passando por essa fase.

Fase 3 - Barganha:

Essa é fase que o indivíduo começa a negociar, fazendo promessas que irá cumprir se
sair dessa situação. Como, por exemplo, dizendo que ser será uma pessoa melhor, mais gentil,
mais saudável, etc.

Fase 4 - Depressão:

Nessa fase a pessoa se isola de todos ao seu redor, entra no seu mundo e fica
melancólica.

Fase 5 - Aceitação:

Fase em que o indivíduo não tem desespero, conseguindo enxergar a realidade da


situação, pronto para enfrentar o luto.

Conclusão:

Por mais que se esteja rodeado de pessoas, abraços e palavras de conforto, não é fácil
encontrar algo que realmente console a pessoa que está de luto a superar esse momento. É
importante esclarecer que não existe uma ordem certa das fases do luto, mas é comum que as
pessoas passem por esse processo.

Nem todas as pessoas conseguem passar por esse processo por completo, algumas
ficam estagnaras em uma das fases.
O papel do psicólogo é identificar e ajudar a pensar junto com o paciente o estágio em
que se encontra. A resolução do estágio exige a vivencia de sentimentos e pensamentos que o
indivíduo evitava. A tarefa do psicólogo é permitir que o paciente vivencie o luto. Para passar
dessa fase é preciso viver ela primeiro.

O luto e a morte durante a pandemia (Covid-19):

Resumo-Relatório: Covi-19-Morte e Luto da #DicasPsi:

A professora Maria Angélica do canal de YouTube, convidou a Professora e Doutora


Heloisa Sellinger para falar sobre o tema: Morte e Luto durante a pandemia do coronavírus.
Ela menciona que o processo de luto é algo de uma exigência psíquica enorme, que leva
tempo, em média uns 02 anos para que o indivíduo possa seguir em frente total com sua vida.
E há uma contribuição de grande importância do luto acolhido, a empatia ao sofrimento e a
dor do outro.

Já mencionado acima das fases do luto, o ser humano precisa de uma forma encarar a
perda e o luto sozinho, mas ao mesmo tempo em comunhão com alguém, ele precisa ser
acolhido. Mas, atualmente, essas inúmeras fases, sozinho, tem enfrentado também o massacre
de muitas respostas ruins no campo da sociedade, de desfaçatez com a dor do próximo, seja
pelas exigências do mercado, ou por ignorância. A maioria que passa por estes problemas
fazem parte da classe trabalhadora, no qual o trabalhador também não tem muito tempo para
seu sofrimento, principalmente, durante a pandemia, pois muitos estão perdendo os seus
empregos.

A sociedade atual tem apresentado que sempre está feliz e que não passa por
problemas em suas redes sociais. Ela sempre vende uma postura de prazer e consumo,
exatamente tudo que a pessoa enlutada não está disponível. Pois, no momento do luto ela
apresenta um vazio, no qual ela não consegue compreender a morte do ente querido, ela
sentirá todas as emoções e sentimentos a flor da pele: raiva, culpa, ela exigirá compreensões
que ela não pode ter. Ela vai ter procuras, que são considerados saudáveis, no campo da
religião e/ou da filosofia.

O ser humano não tem de forma psíquica uma instrução do que seja à morte. Então, é
preciso fazer um trabalho cognitivo, um trabalho de assimilação de valores, construídos
através da filosofia e religião para dar um ressignificado a essa perda. Este trabalho é
individual, singular e no tempo de cada um, mas a vivência desses afetos sempre foi um
trabalho simbólico compartilhado entre os humanos.

Diante da situação, desde os antepassados, sempre foi realizado uma ritualização de


morte, através de homenagens e rituais fúnebres. Porém, durante esta pandemia a sociedade
está atropelando esses ritos, não dando condições para que o trabalho de luto possa construir
novas representações daquele que se partiu. Hoje, as pessoas que estão morrendo estão sendo
enterradas em blocos, ou cremadas, e que o familiar presente, não pode vê-lo. E o velório é
algo cultural. E muitas vezes, aqueles que trabalham no velório, por temer aquele que morreu,
torna a situação mais complicada, não querendo muitas vezes tocar nem no caixão.

Como há um impedimento de ver a pessoa dentro do caixão, em questão de ética e


moral, para continuar com o processo saudável do luto, deve-se fazer um novo ritual,
deixando com que aqueles que perderam o ente querido possam criar o seu próprio,
demonstrando que toda vida tem valor, compartilhando socialmente o que sente em relação à
morte.
5) Conclusão:

Como cuidar da saúde mental em tempos de pandemia:

Cuidar do corpo é o essencial para trazer saúde ao físico, mas esquecemos de que
cuidar do corpo também é cuidar da mente. E trazer saúde para mente deve ser algo diário
para o ser humano, pois o nosso cérebro influencia diretamente no bom funcionamento de
todo o organismo. E durante esta pandemia, com o isolamento social, nos impossibilita de ter
o mesmo contato com o próximo, antes de ocorrer o inevitável, trazendo e gerando um grande
desconforto ao ser humano. Assim, criando-se certos fantasmas: o medo, a ansiedade, o
estresse e a tristeza.

O grupo G8 Comunicação do Hospital do Rim de Goiânia, fez uma entrevista com a


Psicóloga Clínica e Hospitalar, Thaísa Ribeiro sobre o Coronavírus e sobre a saúde mental.
Ela menciona que é preciso por mais que tenha um isolamento social, um envolvimento da
comunidade, por meio dos meios tecnológicos. Pois, estar em contato, atento e cuidar das
necessidades do outro, diminui o risco de doenças psicológicas.

Thaísa Ribeiro menciona: “ De acordo com a pirâmide de intervenções do IASC (Comitê


Permanente Interagências), que quantifica o número de transtornos psiquiátricos em catástrofes ou
situações de calamidade, normalmente qualquer população tem entre 8 a 10% de pessoas com
transtornos emocionais/pacientes psiquiátricos. Em épocas de catástrofe, como a pandemia de
coronavírus, esse índice sobe para 20 a 25% da população.”.

Por isso, é importante redobrar a higiene do sono, melhorar a qualidade da


alimentação, beber mais água, praticar atividades físicas, procurar e realizar formas de lazer
(o que gosta de fazer, o que traz felicidade), fazer uma limpeza emocional (tirar pensamentos
e sentimentos ruins), relaxar o corpo, etc.

Mas como é possível cuidar dos outros?

A Psicóloga enfatiza que momento de isolamento físico, é momento de proximidade


emocional: “Preocupe-se com seus colegas, familiares, vizinhos etc., e disponha de ajuda caso
precisem. Se alguém não estiver bem por algum motivo, preocupe-se com a forma como pode ajudar:
Se colocando à disposição para conversar; Oferecendo para ajudar com algum trabalho; Realizando
confraternizações online, etc.”.

Mas sempre se lembrando das prevenções do Covid-19:

SIGA AS 5 DICAS
Ajude a combater o coronavírus

1- MÃOS: Lavar frequentemente.


2-COTOVELO: Usar para cobrir a tosse.
3-ROSTO: Não tocar e o uso de máscara.
4- ESPAÇO: Manter a distância segura.
5-CASA: Não sair, se possível.
Informação e imagem tirada https://coronavirus.saude.gov.br/sobre-a-doenca#como-se-proteger

É preciso de terapia nesta situação?

Nesse momento crítico, no qual as pessoas possuem o medo do futuro, seja por conta
da morte intencionada pelo coronavírus, tanto pelo medo do desemprego e a baixa economia
do país, ou até mesmo por conta dos estudos na faculdade, a psicoterapia mais do que nunca
tem acesso às emoções, crenças e comportamentos muitas vezes desconhecidos até pelo
próprio sujeito terapeutizado. Então, sim a terapia é importante.

A Psicóloga Thaísa Ribeiro menciona que: “Durante a calamidade descobre-se


sentimentos heroicos, emoções e sensações que podem acarretar prejuízo emocional importante. Na
relação com o psicoterapeuta, a pessoa tem a possibilidade de ajustar todas as demandas não
saudáveis, contando sempre com a confidencialidade, a suspensão de julgamentos, ou críticas
morais.”.

Isso quer dizer que o paciente, terá mais liberdade para contar o que sente ao
Psicoterapeuta, pois o paciente tem a confidencialidade, a suspensão de julgamentos, ou
críticas morais. Além disso, o atendimento poderá ser feito, por meios de tecnologia online.
Facilitando o processo de transformação mental, comportamental, das crenças e emoções não
saudáveis.

Mas e os adultos/ jovens que estão na linha de frente contra a doença/o vírus?

A Thaísa Ribeiro é uma Psicóloga Clínica e Hospitalar, os países tanto o Brasil,


quanto os estrangeiros colocaram todos que trabalham no contexto da área da saúde na “linha
de frente”, ajudando os pacientes que estão com o vírus. Em relação a este contexto, ela diz:

“Para colaboradores da saúde a saúde mental é fundamental, uma vez que lidam com
situações limítrofes na relação com os usuários (familiares e pacientes) e que muitas vezes
apresentam emoções na relação com os profissionais, de forma exacerbada. Portanto, cuidar de quem
cuida e estar atento em relação ao saudável em cada instância precisa ser uma preocupação básica.
Quando a instância psicológica se desorganiza, todas as outras instâncias são afetadas. Além de
construir uma rede de apoio eficaz, faz-se necessário ter amigos para solicitar ajuda, familiares para
cuidado básico e porque não uma rede de apoio religiosa.”

As orientações que devem passar para estes profissionais da saúde é ter autorresponsabilidade
e responsabilidade com o outro. Pois eles podem negligenciar a sua saúde para ajudar o outro, pois
pode afetar também o outro. Então é recomendado a estes também conseguirem ter tanto uma saúde
física, quanto emocional e mental.
6) Referências Bibliográficas:

1 MAROBEV, Abigail Alvarenga; ALMEIDA, Laurinda Ramalbo de.. Afetividade e


processo ensino-aprendizagem: contribuições de Henri Wallon. Psic. da Ed., São Paulo,
2005. Disponível em <https://revistas.pucsp.br/psicoeduca/article/view/43324

2 MIRANDA, Alex Barbosa Sobreira de.. O Desenvolvimento Humano na Perspectiva de


Erick Erikson. Psicologado, [S.I.]. (2002). Disponível em
<https://psicologado.com.br/psicologia-geral/desenvolvimento-humano/o-desenvolvimento-
humano-na-perspectiva-de-erick-erikson

3 GIRÃO, Maria Aparecida Melo.. Teoria Psicossocial do Desenvolvimento em Erik


Erikson. Psicologado [S.I.]. (2009). Disponível em <https://psicologado.com.br/psicologia-
geral/desenvolvimento-humano/teoria-psicossocial-do-desenvolvimento-em-erik-erikson

4 GAZZOL, Karine; PEZZINI, Kathiele; FAVARETTO, Tais Cristina; ANTUNES,


Christianne Leduc; GARCEZ, Livia; TEIXEIRA, Cristina Ribas. O Desenvolvimento
Humano ao Longo do Ciclo Vital. Psicologado, [S.l.]. (2018). Disponível
em https://psicologado.com.br/psicologia-geral/desenvolvimento-humano/o-
desenvolvimento-humano-ao-longo-do-ciclo-vital .

5 Desenvolvimento do Adulto Jovem. Portal Educação, São Paulo, [s.d].


<https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/educacao/desenvolvimento-do-
adulto/15863

6 ZIEGLER, Maria Fernanda. Metade dos adultos com ansiedade ou depressão em São Paulo
apresenta dor crônica. Agência FAPESP, São Paulo, jul, 2017. Disponível em:
<http://agencia.fapesp.br/metade-dos-adultos-com-ansiedade-ou-depressao-em-sao-paulo-
apresenta-dor-cronica/25706/>

7 SBIE, Equipe. 02/03/2017- O que causa ansiedade nos jovens? Como a psicologia explica
isso?. Sbie, mar. 2017. Disponível em: <https://www.sbie.com.br/blog/o-que-causa-
ansiedade-nos-jovens-como-psicologia-explica-isso/>

8 G1. Ansiedade que foge do controle não é normal e deve ser investigada. Bem Estar, São
Paulo, dez. 2013. Disponível em: <http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2013/12/ansiedade-
que-foge-do-controle-nao-e-normal-e-deve-ser-investigada.html>

9 GONÇALVES, Michelli. NOVO CORONAVÍRUS: COMO LIDAR COM A


ANSIEDADE NA PANDEMIA. Natura, abr. 2020. Disponível em:
<https://www.natura.com.br/blog/saude-e-bem-estar/novo-coronavirus-como-lidar-com-a-
ansiedade-na-pandemia>

10 UNIVERSA. Kourtney Kardashian sofre de ansiedade por chegar aos 40 anos: é normal?
Uol, [s.d]. Disponível em:
<https://www.uol.com.br/universa/noticias/redacao/2019/07/09/kourtney-kardashian-sofre-
de-ansiedade-por-chegar-aos-40-anos-e-normal.htm>
11 REDAÇÃO, Da .. A saúde mental durante e após a pandemia de coronavírus – podcast.
Veja Saúde, 2020. Disponível em <https://saude.abril.com.br/podcast/a-saude-mental-
durante-e-apos-a-pandemia-de-coronavirus-podcast/

12 SANTOS, Maria Tereza .. Coronavírus: como preservar a saúde mental durante a


pandemia. Veja Saúde, 2020. Disponível em <https://saude.abril.com.br/mente-
saudavel/coronavirus-saude-mental-pandemia/

13 SANCHES, Danielle .. Coronavírus: como segurar a ansiedade diante de tanta informação.


Viva Bem, 2020. São Paulo. Disponível em
<https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2020/03/16/coronavirus-como-segurar-a-
ansiedade-diante-de-tanta-informacao.htm

14 OLIVEIRA, Sibele .. Medo da pandemia de covid-19 afeta a saúde emocional: como lidar
melhor. Viva Bem, 2020. Disponível em
<https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2020/04/01/medo-da-pandemia-de-covid-
19-afeta-a-saude-emocional-como-lidar-melhor.htm

15 NEIVA, Lucas. Pandemia provoca confusão de sintomas em vítimas de ansiedade. Jornal


de Brasília, 2020. Brasília. Disponível em <https://jornaldebrasilia.com.br/cidades/pandemia-
provoca-confusao-de-sintomas-em-vitimas-de-ansiedade/

16 VENEMA, Videke . Coronavírus: o impacto da doença na saúde mental de adolescentes e


jovens. BBC Stories, 2020. Disponível em <https://www.bbc.com/portuguese/geral-
52157980

17 PSI, #Dicas. Covid 19- Morte e Luto, maio. 2020. (9:49min) Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=evu9hKUgmZc>

18 ALMEIDA, Bruno. As 5 fases do luto (ou sobre a morte) de Elisabeth Kubler-Ross.


Psicologia Msn.com, São Paulo, [s.d]. Disponível em:
<https://www.psicologiamsn.com/2014/09/as-5-fases-do-luto-ou-sobre-a-morte-de-elisabeth-
kubler-ross.html>

19 COMUNICAÇÃO,G8. Como cuidar da saúde mental em tempos de pandemia. Hospital


do rim, Goiânia, 2020. Disponível em <http://hospitalhr.com.br/como-cuidar-da-saude-
mental-em-tempos-de-pandemia/

20 SOBRE a doença. Ministério da Sáude, 2020. Disponível em


<https://coronavirus.saude.gov.br/sobre-a-doenca#como-se-proteger

21 HAMMOUD, Maitê. Trantornos de ansiedade: conheça os 15 tipos mais comuns. Mundo


Psicologos, nov. 2016. Disponível em: < https://br.mundopsicologos.com/artigos/trantornos-
de-ansiedade-conheca-os-15-tipos-mais-comuns>
22 ROCCO, Roberta. 5 Etapas da Ansiedade. Qual você se encontra?, ago. 2017.
(25:44min). Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=EN20SpNcNKY&feature=youtu.be>

23 QUAL é a origem do novo coronavírus? G1, 2020. Disponível em:


<https://g1.globo.com/bemestar/coronavirus/noticia/2020/02/27/qual-e-a-origem-do-novo-
coronavirus.ghtml

24 CORONAVIRUS Covid-19, Ministério da Saúde, 2020. Disponível em:


<https://coronavirus.saude.gov.br/>

25 EXPLICANDO o Coronavírus. Produção Sara Masetti; Sam Ellis. Netflix,2020. (26min)

26 FLU. Direção Kim Sung-soo. Korea: Netflix, 2013. (121min)

27 CONTÁGIO. Direção de Steven Soderbergh. Estados Unidos, 2011. (106min)

Você também pode gostar