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UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP

INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS


CURSO DE PSICOLOGIA
ANÁLISE EXPERIMENTAL DO COMPORTAMENTO

Maria Fernanda D. Teixeira - N6242F3 - (PS3A42)


Pamela Yakabe - N556668 - (PS3A42)
Maria Luisa Barbosa Ribeiro - N574JE2 – (PS3B42)

RELATÓRIO CIENTÍFICO

Goiânia-GO
2020
Maria Fernanda D. Teixeira - N6242F3 - (PS3A42)
Pamela Yakabe - N556668 - (PS3A42)
Maria Luisa Barbosa Ribeiro - N574JE2 – (PS3B42)

RELATÓRIO CIENTÍFICO

Trabalho apresentado como requisito parcial


de avaliação da disciplina Análise Experimental
do Comportamento, ministrada pelo
Prof. Leonardo C. Guimarães.

Goiânia-GO
2021
Análise Experimental do Comportamento

Maria Fernanda D. Teixeira - N6242F3 - (PS3A42)


Pamela Yakabe - N556668 - (PS3A42)
Maria Luisa Barbosa Ribeiro - N574JE2 – (PS3B42)
UNIVERSIDADE PAULISTA- UNIP

RESUMO:
Este relatório científico se baseia no estudo da Análise Experimental do
Comportamento, que é um dos estudos abordados dentro da Psicologia através do
equipamento a “Caixa de Skinner”. O objetivo deste trabalho é investigar, manipular e
modelar os efeitos das variáveis ambientais, testando os princípios do comportamento
operante de um rato em ambiente virtual, do programa Sniffy. Este rato será
trabalhado conforme a Caixa de Skinner, onde o animal é colocado numa câmara
virtual que contém uma barra/alavanca, no qual ele pode pressioná-la e obter
alimento, como um tipo de reforço. Os materiais utilizados foram lápis, borracha, um
computador no qual o programa Sniffy fora instalado, cronômetro e um celular que foi
usado para as reuniões ao vivo. Os instrumentos foram sete folhas para registro
tabeladas por função e os arquivos usados no programa: MagTrain.sdf; ShapeBP.sdf;
VR-25.sdf; Shade.sdf. O experimento em si foi preciso ser feito em 07 sessões, que
são: Nível Operante, Treino ao Comedouro, Modelagem, Reforçamento Contínuo,
Extinção Operante, Razão Variável, Treino Discriminativo. Os resultados
apresentados, serão por meio de tabelas e gráficos feitos pela linguagem de
programação do Excel. Por fim, o comportamento-alvo em nível operante foi
modificado e manipulado com sucesso em cada sessão de acordo com cada
procedimento realizado. Prevalecendo o comportamento de pressionar a barra ao
repertório do sujeito experimental.

Palavras-chave: Caixa de Skinner, programa Sniffy, comportamento-alvo, operante,


reforço.

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SUMÁRIO
RESUMO..................................................................................................................3
SUMÁRIO.................................................................................................................4
INTRODUÇÃO..........................................................................................................5
1 METODOLOGIA.....................................................................................................8
1.1 Sujeito..................................................................................................................8
1.2 Ambiente, material e instrumentos utilizados.......................................................8
1.3 Procedimento.......................................................................................................8
2.RESULTADOS.......................................................................................................12
2.1 Gráfico 1 – Nível Operante................................................................................. 12
2.2 Gráfico 2 – Reforçamento Contínuo....................................................................13
2.3 Gráfico 3 – NO e CRF (pressão a barra).............................................................14
2.4 Gráfico 4 – CRF e Extinção (PB).........................................................................15
2.5 Gráfico 5 – CRF e VR-25 (PB)............................................................................16
2.6 Gráfico 6 – Treino Discriminativo.........................................................................17
DISCUSSÃO..............................................................................................................19
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................................................................21

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INTRODUÇÃO:
Este relatório tem como base os trabalhos e experimentos de Skinner (1904-
1990). De acordo com Schultz & Schultz (2011), Skinner foi um pesquisador e
psicólogo bastante importante para a corrente behaviorista, principalmente pela
introdução do Behaviorismo Radical na década de 40.
Assim como colocado por Moreira e Medeiros (2007), o behaviorismo tinha
como estudo o comportamento humano. Conforme estudado no livro de Miltenberger
(2019), o comportamento são ações de uma pessoa - o que ela faz ou diz - ou seja,
um evento físico que é observável. Além disso, a aprendizagem do comportamento
se refere ao ajuste ou adaptação do organismo em seu ambiente, podendo ser
modelado por ações externas e internas. Miltenberger (2019) afirma, que para a
modificar o comportamento é necessário distinguir o comportamento-alvo.
Miltenberger (2019) trouxe em suas análises a explicação de Skinner (1953),
em relação a distinção entre condicionar o comportamento respondente e o
comportamento operante. O condicionamento respondente precisa de estímulos
biológicos e antecedentes, provocando respostas condicionadas e incondicionadas
desencadeadas por um estímulo ou vários estímulos anteriores (estímulo
generalizado). Moreira & Medeiros (2007) tem como embasamento os estudos de Ivan
Pavlov, no qual, realizou experimento com um cachorro, demonstrando que o reflexo
de salivação do cachorro ao ver a comida é automático, e que seria um estímulo
incondicionado, assim, ele apresentou o som de um metrônomo (estímulo neutro)
juntamente com a comida (estímulo condicionado). Posteriormente, ao acionar o
metrônomo novamente o cachorro logo associou o som com à comida, de modo a ter
eliciado um comportamento esperado, no qual Pavlov denominou de resposta
condicionada.
Já o comportamento operante, Miltenberger (2019) refere que ele é
condicionado por suas consequências, modificando o próprio meio. Ele não pode ser
provocado por um estímulo antecedente natural e sim por um estímulo antecedente
reforçado. Para comprovar o comportamento operante foi utilizado o experimento de
Skinner (1930) com o rato de laboratório, onde ele reforçava o rato dando-lhe comida
(estímulo) ao chegar perto de uma barra e pressioná-la (resposta) dentro de uma

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câmara. Este esquema faz parte do reforçamento, que é o processo pelo qual o
comportamento é fortalecido, e quanto mais fortalecido, mais provável que ocorra no
futuro.
Ele identificou alguns esquemas de reforço para aplicar nos experimentos,
sendo um deles o reforço contínuo, “é aquele em que cada ocorrência de uma
resposta é reforçada.” (Miltenberger, 2019). O outro é o esquema de reforço
intermitente, que ocorre em intervalos de tempo, e “nem todas as ocorrências da
resposta são reforçadas.” (Miltenberger, 2019). Miltenberger em seu livro descreve
que Ferster e Skinner (1957) estudaram vários tipos de esquemas de reforço
intermitentes. Eles descreveram quatro tipos básicos de esquemas: razão fixa, razão
variável, intervalo fixo e intervalo variável.
Skinner (1938) e Ferster (1957) descobriram a partir de experimentos, que
quando para de se apresentar um reforçador que gerava determinado
comportamento, ele para de ocorrer, denominando-se extinção. Este princípio foi
observado em experimentos com animais de laboratório: um pombo foi colocado em
uma câmara onde ele recebia comida ao bicar uma tecla, assim que os pesquisadores
pararam de reforçá-lo com a comida, o pombo deixou de bicar a tecla. “Certa
característica do processo de extinção é que, uma vez que o comportamento não é
mais reforçado, geralmente aumenta um pouco em frequência, duração ou
intensidade antes de diminuir e finalmente parar. Esta característica é conhecida como
uma resistência à extinção.” (Miltenberger, 2019. p.68).
Com isso, Miltenberger (2019) afirmou que um comportamento reforçado
aumenta a sua ocorrência no futuro, e os comportamentos que não são reforçados
diminuem por meio da extinção. Estes dois princípios básicos, reforço e extinção,
formam a modelagem. “A modelagem é definida como o reforço diferencial de
aproximações sucessivas de um comportamento- alvo até que a pessoa exiba o
comportamento- alvo.” (Miltenberger, 2019. p.117).
Um exemplo dado por Miltenberger (2019) é que a modelagem ocorre desde
quando o ser humano nasce. Um bebê está constantemente sendo modelado pelos
seus pais, onde ele tenta manifestar os mesmos comportamentos aos quais os pais
(ou responsáveis) o incita ou o influencia, sendo por forma da linguagem verbal ou
corporal. De modo que ele tenta imitar os pais.

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Para que ocorra o reforçamento de um comportamento, Miltenberger (2019) diz
que é necessário ter um estímulo específico antecedente. O comportamento ocorrerá
no futuro, somente na presença desse mesmo estímulo. O estímulo antecedente
presente quando um comportamento é reforçado, é conhecido como estímulo
discriminativo. E o procedimento de reforçar um comportamento através deste
processo, é chamado de Treinamento de Discriminação de Estímulos.
Este relatório propõe uma base da análise do comportamento humano, por
meio do experimento chamado a “Caixa de Skinner”, em que foi utilizado como
representação um rato de laboratório virtual, do programa Sniffy (ALLOWAY,
WILSON, GRAHAM- 2011 - SNIFFY: THE VIRTUAL RAT LIFE). Com a finalidade de
testar os princípios do comportamento operante de forma eficaz e de acordo com os
padrões da ética. Dessa forma, executando a manipulação das variáveis e fenômenos
do ambiente para determinar o comportamento-alvo e modificá-lo.
O objetivo geral deste trabalho, é investigar os efeitos da manipulação de
variáveis ambientais sobre o comportamento de pressionar à barra de um rato em
ambiente virtual. Especificando os objetivos de levantar os comportamentos em nível
operante emitidos pelo rato virtual; e estabelecer o comportamento de pressionar à
barra ao repertório do sujeito experimental.

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1. METODOLOGIA:
Seguindo a lógica do professor universitário Fred Kerlinger em seu livro
Metodologia da Pesquisa em Ciências Sociais (1979), o que consiste a pesquisa
experimental "um tipo de pesquisa científica no qual o pesquisador manipula e
controla uma ou mais variáveis independentes e observa a variação nas variáveis
dependentes concomitantemente à manipulação das variáveis independentes.”

1.1 Sujeito:
Para realizar o presente experimento, foi utilizado pelo grupo um rato albino
virtual, SNIFFY PRO (Versão 3.0).

1.2 Ambiente, materiais e instrumentos utilizados:


Devido a pandemia, todos os experimentos foram realizados remotamente
através de aulas e reuniões online, sendo a turma dividida em trios para a realização
do mesmo. O ambiente utilizado foi o programa de computador Sniffy- Pro, que imita
o modelo da caixa de Skinner com um comedouro ao lado inferior esquerdo, uma
caixa de som localizada no canto superior direito e uma barra no centro da parede,
aos fundos. Os materiais utilizados foram lápis, borracha, um computador no qual o
programa Sniffy fora instalado, cronômetro e um celular que foi usado para as reuniões
ao vivo. Os instrumentos foram sete folhas para registro tabeladas por função e os
arquivos usados no programa: MagTrain.sdf; ShapeBP.sdf; VR-25.sdf; Shade.sdf.

1.3 Procedimento:
O experimento se iniciou com a primeira sessão chamada Nível Operante, foi
realizada no dia 03 de março de 2021. Tinha como objetivo obter informações sobre
os comportamentos básicos do sujeito antes da intervenção, esperando que o de
pressionar a barra seja relativamente menor se comparado com os outros
comportamentos (Farejar, se limpar e se levantar) pois esses já é esperado pelo
animal. A sessão teve uma duração de 15 minutos e suas configurações foram:
Arquivo novo (File>New). Marcado minuto a minuto, cada comportamento realizado
pelo rato Sniffy nas folhas de registro foram: Pressionar a barra, Farejar, Levantar,
Limpar-se. E para finalizar foi esperado o término do tempo já estabelecido.

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Em seguida, a sessão de Treino ao Comedouro teve início também no dia 03
de março de 2021. O objetivo era com fazer com que o rato se aproxime do comedouro
toda vez que a barra é pressionada externamente, emitindo um som e tendo a
liberação de comida, até ele começar a se aproximar do comedouro apenas por ouvir
o som. O tempo de duração da sessão foi 15 minutos, para as configurações no Sniffy
dessa sessão foi aberto um novo arquivo e configurado em: Experiment > Design
Operant Conditioning Experiment. Após a janela ser aberta, ir em “Reinforcement
Action” na opção de Barr Press. Depois disso selecionar o gráfico de associações.
Nessa sessão, os comportamentos registrados foram os mesmos comportamentos
anteriores: Farejar, limpar, levantar e pressionar a barra, sendo o último um pouco
mais realizado. E para finalizar a sessão foi certificado que o rato Sniffy havia
associado o som com a presença de comida, mesmo sendo marcado em 15 minutos
na folha de registro, os estímulos continuaram até aparecer a sentença “Sound/Food”,
o 3o nível no gráfico de associações.
Em prossecução, a sessão de modelagem inicia-se no dia 10 de março de
2021. Tinha como objetivo ensinar um novo comportamento, fazer com que o rato a
pressione a barra aos fundos da caixa para obter alimento sozinho. O tempo
delimitado era de 15 minutos e a configuração utilizada foi a abertura do arquivo
MagTrain.Sdf. Os demais comportamentos foram registrados normalmente
(Pressionar barra, farejar, levantar, se limpar) no entanto, quando o rato se levantava
bem próximo a barra um reforço era realizado. E o critério para encerrar a sessão foi
a utilização da barra vermelha de associação chegando ao seu pico mais alto e ao
aparecimento da sentença “BAR/SOUND”.
Por conseguinte, ocorreu-se a sessão de Reforçamento Contínuo no dia 17 de
março de 2021. O objetivo dessa sessão era aumentar e fortalecer a frequência do
comportamento (CRF) do rato em pressionar a barra na presença do reforço, ou seja,
cada vez em que ele pressionava a barra era liberado o alimento. Teve uma duração
de 15 minutos e o arquivo utilizado foi o ShapeBP.sdf. Todos os comportamentos
anteriores foram registrados, porém, o comportamento de Pressionar a Barra
aumentou demasiadamente se comparado com os primeiros registros. A sessão foi
dada por encerrada quando o rato foi completamente modelado a apertar a barra
sozinho e sua frequência aumentada, sendo sinalizada quando as três barras
vermelhas ficaram todas preenchidas.
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Posteriormente, a sessão com o nome de Extinção Operante começou no dia
24 de março de 2021. Essa sessão consiste em diminuir a frequência do
comportamento-alvo em CRF. Enquanto no Reforçamento Contínuo o foco era
aumentar a frequência com que o rato pressionasse a barra, nessa sessão o processo
é o contrário. É esperado que Sniffy apresente “respostas emocionais” como exemplo:
pressionar a barra com mais força e frequência num curto intervalo de tempo, uma
vez que deixou de receber seu reforço. A duração foi um pouco maior, tendo 30
minutos, sendo divido pela metade para que nos primeiros 15 minutos fossem
utilizados para desestabilizar e diminuir a frequência do comportamento-alvo e os
outros 15 minutos para estabilizar sua normalidade. O arquivo utilizado foi
ShapeBP.sdf e teve as seguintes configurações: Experiment > Design Operant
Conditioning Experiment > Extinction > Mute Pellet Dispenser para que a barra de
comida fosse silenciada. Nesse experimento os comportamentos registrados foram:
Limpar, farejar, levantar e pressionar, sendo o último diminuído gradativamente
quando chegava ao término da sessão. E a sessão foi encerrada após o término do
tempo estabelecido.
A sexta sessão é chamada de Razão Variável, realizada no dia 31 de março de
2021. O objetivo dessa sessão é observar o comportamento de Sniffy inicialmente ao
momento em que a variável reforçadora é liberada e ocorrendo uma mudança na linha
de registro, na qual mudava para a linha seguinte a cada reforçador e não por minuto
como normalmente ocorria nas sessões anteriores. Teve uma duração de 7 minutos
e a configuração realizada no Sniffy foi o arquivo VR-25.SDF. Os comportamentos
registrados durante essa sessão foram: Farejar, levantar, limpar e pressionar a barra.
Por fim, a sessão foi encerrada quando os 15 reforçadores foram liberados.
A última sessão a ser feita no experimento chama-se Treino Discriminativo, foi
realizada no dia 07 de abril de 2021. O seu objetivo era fazer com que Sniffy
pressione a barra quando e somente um som é emitido através da caixa (assumindo
o posto de estímulo discriminativo- SD), ou seja, quando o som se fazer presente, o
comportamento de pressionar a barra será reforçado e quando o som estiver
ausente (denominado de S∆) o comportamento não será reforçado. Teve uma
duração de 30 minutos e o arquivo utilizado foi o ShapeBP.sdf, em seguida a
configuração: Experiment > Design Operant > S+ e escolher 2.0kHz.

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Os únicos comportamentos que foram registrados foram o pressionar a barra em S D
e em S∆ de forma alternada (como um zigue-zague). E a sessão se encerra com o
término do tempo.

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2. RESULTADOS:
2.1 Nível Operante:

Minutos Pressionar Farejar Levantar Limpar-se


1 3 2 7
2 4 3 5
3 3 7 7
4 2 3 5
5 4 4 7
6 3 4 5
7 3 4 6
8 4 2 8
9 4 6 5
10 5 2 6
11 3 8 4
12 5 5 8
13 1 2 3 8
14 2 4 5
15 1 3 4 6

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O treino de nível operante consistia na observação sem interferência dos
comportamentos do Sniffy,durante 15 minutos, no qual como pode ser observado são
os comportamentos, pressionar, farejar, levantar e limpar-se, sendo capaz de
observar que o comportamento-alvo de pressionar à barra tem uma frequência mínima
de 2 pressões.

2.2 Reforçamento Contínuo:

Minutos Pressionar Farejar Levantar Limpar-se


1 20 2 0 1
2 8 3 1 4
3 16 1 1 1
4 18 0 0 2
5 19 0 1 0
6 16 1 1 1
7 14 1 2 2
8 18 4 0 2
9 12 4 2 6
10 16 1 1 0
11 17 0 1 2
12 20 1 0 1
13 18 2 1 2
14 16 2 0 4
15 15 3 0 2

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Essa sessão foi correspondente ao treino de reforçamento contínuo, que tinha
o objetivo de fazer com que Sniffy completasse com êxito a modelagem do
comportamento-alvo de pressionar à barra. Como pode ser observado, Sniffy atingiu
o resultado esperado, que era o condicionamento de pressão à barra. A sessão durou
15 minutos, mas o comportamento continuou até que Sniffy fosse 100% reforçado e
condicionado a esse comportamento-alvo.
2.3 Gráfico 3 – NO e CRF (pressão a barra):

NO CRF
Minutos Pressão à barra Pressão à barra

1 20
2 8
3 16
4 18

5 19
6 16
7 14
8 18
9 12
10 16
11 17
12 20

13 1 18
14 16
14
15 1 15
Esse gráfico apresenta uma comparação de sessões, sendo NO e CRF, no
qual pode ser percebido uma demasiada diferença no comportamento-alvo de
pressionar à barra. Uma diferença de 241 pressões à barra. Esse gráfico auxilia na
comparação e observação para ver se o condicionamento do comportamento-alvo –
pressão à barra – está de fato ocorrendo como o esperado, de modo que pode ser
percebido de fato a mudança do comportamento de Sniffy, sendo condicionado ao
comportamento desejado.

2.4 Gráfico 4 – CRF e Extinção (PB):

CRF Extinção Extinção


Minutos Pressão à Pressão à Minutos Pressão à
barra barra barra

1 20 29 16 1
2 8 21 17 0

3 16 9 18 1
4 18 8 19 1
5 19 4 20 1
6 16 2 21 0

7 14 1 22 0
8 18 2 23 0
9 12 1 24 1

10 16 1 25 0
11 17 4 26 1
12 20 1 27 0
13 18 3 28 0

14 16 0 29 0
15 15 3 30 1

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Esse é um gráfico comparativo das sessões de CRF e de Extinção, no qual
tinha o objetivo de diminuir ou até mesmo eliminar o comportamento de pressionar à
barra. Para que a extinção ocorresse de fato o reforçador (comida) foi retirado, no qual
mesmo que o Sniffy pressionasse à barra freneticamente não era mais liberado
reforço. Como pode ser observado de inicio houve um surto de extinção, mas logo
cessou e o comportamento de pressionar à barra foi diminuindo, entretanto, como
pode ser visto no minuto 11 houve uma recuperação do comportamento, mas logo foi
cessado novamente, dimiuindo demasiadamente o comportamento de pressão à
barra
2.5 Gráfico 5 – CRF e VR-25 (PB):
CRF VR
Minutos Pressão à barra Pressão à barra
1 20 8
2 8 27
3 16 28
4 18 18
5 19 13
6 16 22
7 14 13
8 18 23
9 12 27
10 16 33
11 17 17
12 20 13
13 18 30
14 16 35
15 15 3 16
Esse é um gráfico comparativo das sessões de Reforço contínuo e Razão
Variável. Na sessão de VR o reforçador volta a ser liberado, porém com uma mudança
ao ser disponibilizar o reforçador, no qual Sniffy pressionava à barra mas não era em
todo pressionar à barra que era liberado o reforçador, sendo esse método conhecido
como reforçador intermitente, que tem como objetivo firma o comportamento-alvo para
que ele continue a ocorrer.

2.6 Gráfico 6 – Treino Discriminativo:

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Treino Treino
Discriminativo Discriminativo
Minutos Pressão à Pressão à Minutos Pressão à Pressão à
barra SD barra S▲ barra SD barra S▲

1 14 16 13
2 18 17 11

3 13 18 2
4 17 19 14
5 18 20 7
6 6 21 13

7 10 22 7
8 7 23 6
9 11 24 8

10 3 25 17
11 8 26 1
12 6 27 18
13 10 28 4

14 9 29 14
15 14 30 2

Esse é o gráfico de treino discriminativo, no qual essa sessão tinha o objetivo


de que Sniffy discriminasse entre SD que era liberado o reforçador (comida), contudo
juntamente com um som, e o S▲ era a ausência do som, de modo que não tinha
liberação de reforçador sem a presença do som. É possível constatar que a partir do
6° minuto o Sniffy consegue reparar a discriminação, o que estava acontecendo,
perceber que só havia a liberação de comida na presença do som. Desse modo,
podemos inferir que o resultado foi alcançado, ao modo que a frequência do
comportamento diminuiu em S▲ e permaneceu frequente em SD.

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DISCUSSÃO:
Conforme Moreira e Medeiros (2007) no Behaviorismo Radical de Skinner,
estudamos sobre o comportamento. Em síntese, o objetivo geral deste trabalho é
investigar os efeitos da manipulação de variáveis ambientais sobre o comportamento
de pressionar a barra (o comportamento-alvo) de um rato em ambiente virtual. O
comportamento-alvo em nível operante foi modificado e manipulado com sucesso em
cada sessão de acordo com cada procedimento realizado. Por fim, prevaleceu o
comportamento de pressionar a barra ao repertório do sujeito experimental.
Diante dos dados obtidos nos resultados do trabalho, à luz do referencial teórico
na introdução, juntamente com a explicação do método, podemos concluir que o
comportamento de nível operante apenas foi para identificar de forma direta os
comportamentos básicos do rato. No começo obtemos informações sobre o sujeito
antes da intervenção e da modelagem, é perceptível através dos dados que os
comportamentos: farejar (50), se limpar (92) e se levantar (61) foram produzidos em
grande escala, já o de pressionar a barra ocorreu apenas duas vezes, conforme o
esperado.
Depois, durante a sessão de CRF, foram no total 243 pressões à barra
concluindo com êxito a modelagem específica do comportamento-alvo.
Detalhadamente, para perceber o êxito e a eficiência do experimento, logo após os
dados do Esquema de Reforçamento Contínuo, colocamos a comparação entre ele e
o nível operante: CRF 243 e Nível Operante apenas 02, resultando à diferença de 241
pressões à barra. O caminho para a sessão de CRF foi, primeiramente a sessão do
treino ao comedouro que foi conduzir o rato à comida, e depois passar para a
modelagem, na espera de que o rato tentasse obter comida sozinho, e em seguinte
acompanha o treino do reforço contínuo. De acordo com Miltenberger (2019) há um
aumento e fortalecimento na frequência do comportamento (CRF) do rato em
pressionar à barra na presença do reforço.
Depois da sessão de Esquema de Reforço Contínuo vem a Extinção.
Visivelmente no começo, Sniffy pressionava excessivamente a barra (nos primeiros
minutos -01 ao 05 minutos- foram pressionados 71 vezes) para conseguir o alimento
(reforço), entretanto, observa-se que este comportamento foi diminuindo conforme ele
percebia que não era mais reforçado (dos minutos 06 ao 10 ele pressionou apenas 07
vezes). Porém, no processo de extinção nos dados, o leitor, pode perceber que
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geralmente aumenta um pouco o comportamento-alvo em frequência, duração ou
intensidade antes de diminuir - (do 10º até o 20° minuto- ele pressiona 15 vezes, mas,
de forma, que a cada minuto ele pressiona entre 4 vezes, 3 vezes, 0, uma vez) - e
finalmente parar de vez. A linha decai, mas passa pelo processo de resistência, no
gráfico é possível notar formações de “montanhas”. Com os dados comparados ao
trabalho de Skinner, conforme Milteberger (2019), realmente esta sessão consiste em
diminuir a frequência do comportamento-alvo e o animal também sofre com a
resistência.
No quinto gráfico foi preciso observar o comportamento do Sniffy inicialmente
ao momento em que a variável reforçadora é liberada e ocorrendo uma mudança na
linha de registro, na qual mudava para a linha seguinte a 15 reforçadores liberados.
Em comparação a CRF, tivemos 310 pressões à barra na VR, resultando a diferença
de 67 pressões à barra. Miltenberger (2019), em seu livro descreve que Ferster e
Skinner (1957) estudaram vários tipos de esquemas de reforço intermitentes. Um
desses esquemas é a razão variável (VR), descrito acima.
E por fim, no gráfico da sessão do Treinamento Discriminativo em SD tivemos
191 pressões à barra, já no S∆ tivemos 110 pressões à barra. Demonstrando que nos
primeiros minutos (do primeiro minuto até o quinto – foram 45 pressões à barra em SD
e em S∆ foram 35 pressões) liberando os reforçadores ou não, ele pressionava
bastante à barra sendo que no começo o rato não tinha a noção de quando seria
liberado ou não. A partir do sexto minuto o rato começa a perceber que quando no
canto superior estiver emitido um som (assumindo o posto de estímulo discriminativo-
SD), ou seja, o som se fizer presente, o comportamento de pressionar a barra será
reforçado e o som estiver ausente (denominado de S∆) o comportamento não será
reforçado. Dos 27 aos 30 minutos o rato pressionou 32 vezes apenas quando o som
era emitido, já na ausência do som ele apenas pressionou 06 vezes até cessar.
Miltenberger (2019) concluiu que este procedimento de reforçar um comportamento
através do estímulo discriminativo, é chamado de Treinamento de Discriminação de
Estímulos.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
-> RAYMOND G. MILTENBERGER Modificação do comportamento: Teoria e
Prática. 6ª Ed. Norte americana CENGAGE, 2019.
-> MÁRCIO BORGES MOREIRA & CARLOS AUGUSTO DE MEDEIROS Princípios
básicos de análise do comportamento. 2ª Ed. Artmed, 2019.
-> ALLOWAY, WILSON, GRAHAM Sniffy: the virtual rat Life version 3.0 (2011)
-> SCHULTZ, D. P.; SCHULTZ, S. E. História da Psicologia Moderna.9ª ed. São
Paulo: Thomson Learning, 2011. (Capítulo 12).
-> LEONARDO C. GUIMARÃES Modelo do trabalho. 2021 (Professor da UNIP).
-> Tabelas e gráficos feitos no Microsoft Excel (linguagem de programação).

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